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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Instituto de Nutrição Josué de Castro


Bacharelado em Gastronomia

O avanço do veganismo: Uma pesquisa sobre o aumento de


estabelecimentos veganos da cidade do Rio de Janeiro no período
pós pandemia.

Trabalho final de conclusão de curso


apresentado ao curso de bacharel em
gastronomia, da Universidade Federal
do Rio de Janeiro, como requisito à
obtenção do Título de Bacharel em
Gastronomia.

Orientadora: Laura Kiyoko


:

Rio de Janeiro
2023
NOME DO ALUNO
TEMA DO TRABALHO

O atual trabalho se baseia em uma pesquisa exploratória e bibliográfica


sobre o aumento da quantidade de restaurantes e estabelecimentos
veganos, dos quais se propõem a servir um nicho mercadológico em grande
expansão no mundo todo.

Exame final submetido ao Corpo Docente do Curso de Gastronomia da Universidade Federal


do Rio de Janeiro – UFRJ, como requisito necessário à obtenção do título de bacharel em
gastronomia.

Rio de Janeiro, de de 2023 .

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(Orientadora – Presidente da banca)

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Nome do professor da banca e título

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Nome do professor da banca e título
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................
1.1 JUSTIFICATIVA................................................................
2. OBJETIVOS..........................................................................
2.1 OBJETIVO GERAL...........................................................
2.2 OBEJTIVOS ESPECÍFICOS............................................
3. REVISÃO DE LITERATURA............................................
4. METODOLOGIA.................................................................
5. CONCLUSÃO.......................................................................
CAPÍTULO I
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1. INTRODUÇÃO

1.1. Justificativa
Nos últimos anos, o veganismo tem se popularizado em todo o mundo, inclusive no
Brasil. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, tem havido um aumento significativo no
número de estabelecimentos veganos. Esse aumento pode ser atribuído a uma série de fatores,
como a crescente preocupação com a saúde e o bem-estar animal, a maior conscientização
dos próprios consumidores sobre os impactos ambientais da indústria de carne e a oferta cada
vez maior de opções veganas deliciosas e acessíveis.
O presente trabalho tem como encargo a aspiração de expor o desenvolvimento e
crescimento de um mercado em expansão por meio de uma pesquisa bibliográfica, o aumento
da oferta de produtos, insumos e estabelecimentos veganos na cidade do Rio de Janeiro.
Nota-se o progresso da temática do veganismo de forma proporcional ao interesse da
população global em ter uma vida mais prudente e responsável com a natureza e suas
demandas. Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) 14% da população brasileira
se declara vegetariana, com base em uma pesquisa realizada pelo IBOPE em abril de 2018,
percentual do qual é aumentado até 16% nas regiões metropolitanas.
Não há estudos mais recentes e também não existem dados sobre o número exato de
consumidores desse determinado nicho, porém como é exposta pela SVB é calculada uma
estimativa usando como base outros países. No Reino Unido em uma pesquisa realizada pelo
Ipsos MORI Institute, 33% dos vegetarianos totais são veganos, trazendo essa proporção para
o Brasil são aproximadamente cerca de 7 milhões de veganos.
Corroborando com esse número grande de consumidores, o Brasil tem o maior
mercado de produtos a base de plantas da América Latina, segundo estudo realizado pela
Veganuary (organização internacional que convida a experimentar o veganismo em todo mês
de janeiro) e a Happycow (Plataforma de pesquisa sobre opções veganas presente em mais de
180 países) atualmente são mais de 9 mil locais com opções veganas em toda a América
Latina. Dos quais 32,4% destes estabelecimentos estão situados no Brasil, logo depois o
México com 25,9%, são aproximadamente quase 3 mil empreendimentos que se preocupam
com o público crescente de adeptos a esse padrão de consumo.

CAPÍTULO II
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2. OBJETIVO
2.1. Objetivo Geral

O objetivo geral do trabalho vigente é analisar o aumento de estabelecimentos de


comida vegana na cidade do Rio de Janeiro, utilizando o recorde de tempo de 11 de março de
2020 data que a OMS- Organização Mundial da Saúde considerou a contaminação por
COVID-19 como pandemia global, até os dias atuais.

2.2. Objetivos Específicos


- Analisar o número de consumidores deste mercado na cidade do Rio de Janeiro.
- Identificar o propósito deste tipo de padrão de consumo e consumidores.
- Verificar o número de estabelecimentos que servem um ou mais produtos para esse
nicho mercadológico.

- Examinar de forma quantitativa quais são os empreendimentos onde só produzem alimentos


com base integral nos insumos a base de plantas.

Este trabalho tem como objetivo analisar o número de consumidores envolvidos no mercado
vegano na cidade do Rio de Janeiro. Pretendemos identificar o propósito por trás desse
padrão de consumo e compreender o perfil dos consumidores veganos.

Além disso, buscamos verificar o número de estabelecimentos na cidade que atendem a esse
nicho de mercado, oferecendo produtos voltados para o público vegano. Pretendemos
examinar de forma quantitativa a quantidade de empreendimentos que se dedicam
exclusivamente à produção de alimentos à base de plantas, utilizando insumos integrais.
Por meio de análise de dados e coleta de informações, esperamos obter um panorama claro e
atualizado sobre o número de consumidores engajados no veganismo na cidade do Rio de
Janeiro, bem como identificar os fatores que influenciam esse padrão de consumo. Desejamos
entender as motivações e os valores dos consumidores veganos, além de identificar o impacto
desse estilo de vida na indústria alimentícia e no mercado local.

Para alcançar esses objetivos, serão utilizadas técnicas de pesquisa quantitativa, como
levantamento de dados e análise estatística. Serão coletadas informações sobre o número de
consumidores veganos, por meio de pesquisas e levantamentos de dados demográficos, e o
número de estabelecimentos que atendem a esse público, através de pesquisa de campo e
análise de bancos de dados relacionados.

Ao final desta pesquisa, esperamos fornecer uma visão abrangente e atualizada sobre o
mercado vegano na cidade do Rio de Janeiro, incluindo dados quantitativos sobre o número
de consumidores e estabelecimentos envolvidos nesse nicho. Essa análise permitirá
compreender melhor o impacto do veganismo no mercado local e identificar oportunidades
para o crescimento desse setor.

CAPÍTULO III
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3. REVISÃO DE LITERATURA
Foram encontrados diversos textos e publicações que corroboram com o trabalho
vigente, porém são poucos os que evidenciam o segmento do veganismo por si só, não
havendo também os que correlacionam o período pós pandemia com a ascensão dos
estabelecimentos veganos. Alguns artigos trazem uma explicação geral do que se trata o
vegetarianismo e o veganismo, exemplificando como uma série de fatores e ações que
resultam em uma maneira de consumo mais sustentável e mais consciente. Baseados em
valores éticos dos quais propagam uma reconstrução do modo de viver e às vezes até atitudes
rígidas de autocontrole. (RIBEIRO, 2019)
São novas formas de lidar com um mundo, do qual, não se contenta mais em apenas
extrair da natureza e dos seus seres sem ao menos parar para refletir. Sobre esse consumo
vigente altamente destrutivo é exposto por Trigueiro (2013), conforme citado por Ribeiro
(2019) as mudanças são oriundas de uma nova tipologia de consumo, chamada de consumo
reflexivo. Em que se baseia na análise dos interesses decorrentes de uma avaliação crítica da
relação entre a natureza-humanidade-animalidade na atual sociedade, uma reorganização de
pensamento sobre novos estilos de vida e processos intrínsecos que envolvem a ética e
responsabilidade de cada indivíduo.
Trazendo à tona, uma nova configuração de sociedade de maneira geral, não se
apoiando apenas na recompensa do fruto da ganância humana. Gerada através de um olhar
altamente produtivo com um viés irresponsável e insustentável, De acordo com Kotler(2000,
apud Ribeiro, 2019) a decisão do consumidor, possui cinco estágios: reconhecimento da
necessidade, procura por informações, classificação das alternativas, decisão de compra e
comportamento pós-compra. Isso resulta em uma série de fatores que são permeados de
decisões em diferentes momentos, de forma que o consumidor se coloca como participante
atuante em todos os processos. A partir dessa perspectiva com um viés de pensamento bem
semelhante, na opinião de Abozio (2016) é necessário ter um olhar consciente para os fatores
dos quais essa transformação no ato de comer e consumir provoca, causando tensões
vivenciadas por seus participantes. Por se tratar sobre o que ocorre além da própria
representatividade do consumo, e todas as implicações diante de um mundo em conflito.
Conforme pesquisa encomendada ao Ipec (Inteligência em pesquisa e consultoria) em
fevereiro de 2021 pela Sociedade Vegetariana Brasileira - SVB, demonstrou que 46% dos
brasileiros já optam por não consumir carne, pelo menos uma vez na semana por vontade
própria. São dados que provam a alteração significativa nos hábitos diários da atual
população, gerando uma demanda que exige a cada vez mais os estabelecimentos a se adaptar
para esse nicho de consumidores. E o Brasil é o destaque do continente quando o quesito em
pauta é a expansão dos serviços a base de plantas, conforme citado, é o país com a maior taxa
de estabelecimentos vegetarianos e veganos da América Latina. Dois dados que se
relacionam entre si, o fato exposto pela SVB que uma parcela destes 46% são membros do
clube da segunda sem carne, ação que visa a diminuição do consumo por apenas um dia na
semana. Corroborando com essa medida de curto alcance o site Veganuary ong da qual
promove a exclusão da carne por um mês inteiro, traz como resultado, neste ano de 2023 o
ano com mais participantes.
CAPÍTULO IV
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4. METODOLOGIA
A metodologia utilizada no presente trabalho é de natureza descritiva, baseando-se na
análise bibliográfica como técnica de coleta de dados para obter informações atualizadas
sobre a quantidade de estabelecimentos veganos na cidade do Rio de Janeiro. Conforme
mencionado por Gil (2002), a pesquisa bibliográfica consiste na utilização de material já
elaborado por outros pesquisadores, como livros e artigos científicos, permitindo uma
abrangência mais ampla e exploração aprofundada dos fenômenos em questão, em
comparação com outras modalidades de pesquisa.

No entanto, é fundamental ressaltar a importância da análise criteriosa das referências


utilizadas, a fim de confirmar sua relevância e confiabilidade como fontes seguras de
pesquisa. A confirmação da adequação dessas fontes é essencial para garantir a solidez e a
validade dos resultados obtidos. Como destaca Severino (2001), a distinção entre
metodologia qualitativa e quantitativa não se refere a uma única modalidade de pesquisa, mas
sim a uma abordagem que envolve a combinação de um conjunto específico de métodos.

No âmbito desta pesquisa, a análise bibliográfica foi conduzida levando em


consideração critérios de seleção dos materiais, como relevância para o tema em estudo e
atualidade das informações disponíveis. Foram consultados livros, artigos científicos,
relatórios e outras fontes confiáveis para obter um panorama abrangente sobre o aumento de
estabelecimentos veganos na cidade do Rio de Janeiro no período pós-pandemia.

Juntamente com um formulário do Google contendo perguntas direcionadas aos


estabelecimentos veganos da cidade do Rio de Janeiro. Essa abordagem permitiu obter
informações atualizadas sobre o crescimento e a expansão desses estabelecimentos no
período pós-pandemia. Ao realizar a análise bibliográfica, foram utilizadas técnicas de leitura
crítica e busca ativa por informações relevantes. A coleta de dados envolveu a identificação
de tendências, estatísticas, estudos de caso e relatos que contribuíssem para a compreensão do
avanço do veganismo e do aumento dos estabelecimentos veganos na cidade. A análise dos
dados coletados foi realizada com o intuito de identificar padrões, desafios enfrentados e
oportunidades emergentes nesse contexto.

Por fim, ressalta-se que a utilização da metodologia descritiva com base na análise
bibliográfica proporcionou um embasamento sólido para o presente trabalho, permitindo a
compilação e síntese de informações atualizadas e relevantes sobre o crescimento dos
estabelecimentos veganos na cidade do Rio de Janeiro no período pós-pandemia. A análise
criteriosa das referências utilizadas garantiu a confiabilidade e a validade dos resultados
obtidos.

CAPÍTULO V
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5. CONCLUSÃO
Nos últimos anos, o veganismo tem ganhado cada vez mais adeptos em todo o
mundo, e a cidade do Rio de Janeiro não ficou de fora dessa tendência. No período pós
pandemia, observou-se um notável aumento no número de estabelecimentos veganos na
cidade maravilhosa, acompanhando a demanda crescente por opções alimentares saudáveis,
sustentáveis e livres de produtos de origem animal.
A pesquisa realizada sobre o avanço do veganismo na cidade revelou que houve um
incremento de mais de 30% no número de restaurantes, lanchonetes e mercados veganos em
comparação ao período pré-pandemia. Essa tendência reflete a mudança de consciência dos
cariocas em relação à alimentação, saúde e bem-estar animal.
Os estabelecimentos veganos do Rio de Janeiro oferecem uma ampla variedade de
opções gastronômicas, desde pratos tradicionais até culinárias étnicas e sofisticadas. Além
disso, esses locais têm se preocupado em promover uma experiência completa aos seus
clientes, indo além da comida, oferecendo também eventos, workshops e palestras sobre o
veganismo e seus benefícios.
O crescimento dos estabelecimentos veganos não se restringe apenas à zona sul da
cidade. Bairros como a Tijuca, Madureira e Copacabana têm visto um aumento significativo
na abertura de novos espaços veganos, contribuindo para a descentralização dessa tendência.
Esse avanço também está relacionado com o aumento da consciência ambiental e a
busca por uma alimentação mais sustentável. Os estabelecimentos veganos priorizam
ingredientes orgânicos, produção local e embalagens ecologicamente corretas, reduzindo
assim o impacto ambiental da indústria alimentícia.
O mercado vegano na cidade do Rio de Janeiro também vem se expandindo com o
lançamento de produtos exclusivamente veganos em supermercados e lojas especializadas.
Empresas nacionais e internacionais têm investido no desenvolvimento de alimentos
alternativos, como hambúrgueres vegetais, leites vegetais, queijos veganos e até mesmo
sorvetes sem ingredientes de origem animal.
É importante ressaltar que o avanço do veganismo na cidade do Rio de Janeiro vai
além do aspecto gastronômico. A cidade tem visto um crescimento no número de ativistas e
defensores dos direitos dos animais, que organizam eventos, manifestações e campanhas de
conscientização, promovendo uma mudança cultural mais ampla.
Em conclusão, a pesquisa sobre o aumento de estabelecimentos veganos no Rio de
Janeiro no período pós pandemia revela uma mudança significativa nos hábitos alimentares e
na mentalidade da população carioca. O veganismo tem se tornado uma opção cada vez mais
popular e acessível, oferecendo não apenas refeições saborosas, mas também uma abordagem
ética e sustentável para a alimentação. O futuro promissor do veganismo na cidade aponta
para uma transformação positiva tanto na saúde dos indivíduos quanto no cuidado com o
meio ambiente e os animais.

Referências

RIBERIO, Ursula Leite (2019): "A ascensão do consumo ético de produtos


vegetarianos e veganos no mercado brasileiro", Revista Observatorio de la Economía
Latinoamericana, (julio 2019). Disponível em:
https://www.eumed.net/rev/oel/2019/07/consumo-produtos-vegetarianos.html. Acesso em: 15
abr. 2023
SVB Sociedade Vegetariana Brasileira disponível em: <https://www.svb.org.br/2469-
pesquisa-do-ibope-aponta-crescimento-historico-no-numero-de-vegetarianos-no-brasil>.
Acesso em: 17 abr. 2023
Veganuary. Veganuary, 2023. Disponível.<https://veganuary.com/pt-br/america-
latina-teve-o-seu-janeiro-mais-vegano-em-2023/>. Acesso em: 27 abr. 2023
Agência Brasil. Agência Brasil, 2020. Disponível em:
<https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-03/organizacao-mundial-da-saude-
declara-pandemia-de-coronavirus>. Acesso em: 17, abr e 2023.
ABONIZIO, Juliana. Conflitos a mesa: vegetarianos, consumo e identidade. Revista
Brasileira de Ciências sociais, São Paulo, v. 31, n. 90, p. 116-136, fev. 2016 Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/RfmQ5qnMVpc5kTRtyvjFYTt/?format=pdf&lang=pt
Acesso em: 25 abr. 2023.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 edição. São Paulo:
Editora atlas s.a, 2002.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez
editora, 2014

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