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Didrio da Republica, 2.* série PARTE H N2240 11 de dezembro de 2020 Pag. 160 MUNICIPIO DA MAIA Regulamento n.° 1079/2020 ‘Sumario: Regulamento Municipal do Aerédromo de Vilar da Luz (anteprojeto para efeitos do iniclo o procedimento © partic paca procedimental) Regulamento Municipal do Aerédromo de Vilar da Luz (anteprojeto para efeitos do inicio do procedimento e participagao procedimental) Anténio Domingos da Silva Tiago, Presidente da Camara Municipal da Maia, no uso da com- peténcia que Ihe é conferida pela alinea b) do artigo 35.° do anexo | da Lei n.° 75/2013, de 12 de setembro, submete para publicagao o regulamento municipal do Aerddromo de Vilar da Luz (ante- projeto para efeitos do inicio do procedimento e participacao procedimental) aprovado na reuniao de camara de 2 de novembro de 2020, nos seguintes termos Nota Justificativa Nos termos do Regulamento do Plano Diretor Municipal da Maia, o “Aerédromo de Vilar de Luz” é uma infraestrutura municipal com uso especial, destinando-se predominantemente a infraestruturas e equipamentos puiblicos e privados, admitindo-se outros usos complementares, designadamente comércio, servigos, industria e armazenagem, desde que compativeis com a fungao dominante. Este equipamento encontra-se implantado em bens iméveis do dominio privado do Municipio da Maia, sendo a exploragao e a gestdo do "Aerédromo de Vilar de Luz” asseguradas diretamente pelo Municipio, que ¢ também o seu operador perante as entidades com competéncia em ma- t6ria de aviagao civil, admitindo-se que essa exploragdo venha a ser assumida por entidade de reconhecido mérito, assegurados que sejam os tramites e procedimentos legais e regulamentares aplicaveis para o efeito. Mercé de reestruturagao recente levada a efeito pelo Municipio, 0 “Aerédromo de Vilar de Lu: tem vindo a aumentar a sua capacitagdo, tendo a operacionalidade desta infraestrutura aeroportua- ria passado de um Aerédromo com certificagao muito condicionada, a um Aerédromo recertificado pelo periodo maximo legalmente possivel (5 (cinco) anos), sem qualquer restri¢ao dentro da sua categoria Impde-se a adequagdo das condigdes e dos termos de gestao, funcionamento ¢ exploragao deste equipamento municipal ao novo e mais exigente enquadramento legal aplicavel, nova rea- lidade de mercado e a uma melhorada prossecugao do interesse publico municipal. presente regulamento assume-se, assim, como um instrumento fundamental na gestéo do ‘Aerédromo de que 0 Municipio dispord, pois visa definir normas de acessibilidade e utilizagao pelos utentes, garantindo a seguranga da atividade, tanto no lado terra como no lado ar, reforgando-se a fungdo primordial do aerédromo de Vilar de Luz enquanto infraestrutura eminentemente aeronautica, com regras internacionalmente aceites, Pretende-se, desta forma, criar um quadro regulamentar tinico, a uniformizagao de procedi- mentos, otimizando-se a capacidade e qualidade deste equipamento municipal e, em consequéncia, melhorar 0 servico publico prestado, potenciando o desenvolvimento de atividades que permitam a sua promogao, manutengao e aproveitamento, em observancia dos principios da legalidade, da prossecugdo do interesse puiblico e da igualdade. Sao, ainda, previstas regras de procedimento relativamente a matérias especificas cujos aspetos particulares se torna ainda necessario concretizar, e, também, no que respeita as taxas agregam-se numa Unica tabela as concretas previsbes das taxas e demais recoitas, com os Didrio da Republica, 2.* série PARTE H N2240 11 de dezembro de 2020 Pag. 161 respetivos valores associados e métodos de calculo aplicaveis, diferenciadas pela sua natureza, prevendo-se, assim, a sua autonomizagao do Regulamento de Liquidagdo e Cobranca de taxas e outras Receitas Municipais — Capitulo XVII, Quadro LXXXVII De notar que a generalidade das taxas aqui previstas jd constava do referido Regulamento Municipal, aproveitando-se o presente para harmonizar com a regulamentagao especifica prevista no Decreto-Lei n.° 254/2012, de 28 de novembro, que estabelece o conjunto de taxas aplicaveis a todos os aeroportos e aerédromos situados em territério nacional, sempre em respeito pelo principio da prossecugao do interesse puiblico local e, para além das necessida- des financeiras pretende-se a promogao de finalidades sociais e econémicas, razao pela qual foram criados mecanismos de redugao ou isengao da aplicagao de taxas. Na determinagao das taxas aplicdveis foram tidos em conta critérios econémico-financeiros adequados a realidade do Municfpio, bem com aos principios da proporcionalidade, equivaléncia juridica e da justa repartigao dos encargos puiblicos, procurando a necesséria uniformizagao dos valores de taxas cobrados. Salienta-se, também, que os valores foram estabelecidos em relagao direta com 0 custo efetivo da prestagao ou disponibilizagao do servico prestado pelo Municipio e que, as redugées e isengdes aplicéveis visam potenciar e incentivar as atividades aeronduticas e a Utilizac&o crescente do aerédromo municipal pelos agentes econémicos e, em contraciclo, a sobreavaliagao de algumas das taxas tem como objetivo desincentivar o seu uso por parte dos operadores do aerédromo, privilegiando o exercicio da atividade aerondutica, fungao principal deste equipamento. Indica-se, nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 112.°, n.° 7 € 241 ° da Constitui- :40 da Repiblica Portuguesa e do artigo 136.° do novo Cédigo de Procedimento Administrativo, que a competéncia subjetiva e objetiva para a emissao do presente diploma regulamentar se encontra prevista no seguinte conjunto de diplomas legislativos: a) Cédigo do Procedimento Administrativo, aprovado e publicado pelo Decreto-Lein.° 4/2015, de 7 de janeiro; b) Lei de Bases Gerais da politica publica de solos, de ordenamento do territério e de urba- rnismo, aprovada e publicada pela Lei n.° 31/2014, de 30 de maio; ) Regime Juridico das Autarquias Locais, aprovado e publicado pela Lein.° 75/2013, de 12 de setembro: d) Regime Juridico do Patriménio Imobiliério Publico, aprovado e publicado pelo Decreto-Lei n° 280/207, de 7 de agosto; @) Decreto-Lein 186/2007, de 10 de maio, alterado e republicado pelo Decreto-Lein.° 55/2010, de 31 de maio; f) Decreto-Lei n.° 254/2012, de 4 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei 2108/2013, de 31 de julho; g) Lei n.° 53-£/2006, de 29 de dezembro, allerada pela Lei n.° 117/2009, de 29 de dezembro; 1h) Programa Nacional de Seguranga da Aviacdo Civil, aprovado e publicado pelo Decreto-Lei n° 142/2019, de 19 de setembro; ) bem como toda a legistacdo internacional emanada da ICAO (International Civil Aviation Organization), a que Portugal se encontra vinculado e, ainda, a demais legislagdo comunitaria nacional aplicavel ao setor. presente regulamento foi aprovado pela Camara Municipal da Maia em (*) e pela Assem- bleia Municipal da Maia, em (*), tendo sido, nos termos do quadro legal aplicdvel, antecedido de um periodo prévio de participagao procedimental e submetido a um periodo de consulta ptiblica de 30 dias antes da sua aprovagao definitiva pelos érgaos municipais. As taxas previstas no Anexo | foram sujeitas a parecer prévio da ANAC, conforme determinam 08 artigos 75.° ¢ 76, do Decroto-Lei n.° 254/2012, de 28 de novembro. Didrio da Republica, 2.* série PARTE H N2240 11 de dezembro de 2020 Pag. 162 Assim: AAssembleia Municipal deliberou aprovar, nos termos previstos no artigo 241.° da Constituigéo da Republica Portuguesa e nas alineas b) ¢ g) do artigo 25.° da Lei n.° 73/2013, de 3 de setembro, para valer como regulamento com eficacia externa, o seguinte: CAPITULO | Disposigées Gerais Artigo 1.° Objeto O presente Regulamento fixa as condigdes de acesso, regras de gestdo, funcionamento e de explo- ragdo do Aerédromo Municipal de Vilar de Luz. Artigo 2.° Ambito de aplicagéo ‘Sendo um Aerédromo de uso piiblico, aberto ao trafego aéreo em geral (ptiblico ou privado), as presentes normas aplicam-se a todos os utentes e visitantes que pretendam utilizar a infraes- trutura, Artigo 3.° Entidade Gestora Aeentidade gestora é o Municipio da Maia, ou outra, em quem este delegar tal competéncia. Artigo 4.° ‘Operador do Aerédromo © operador do Aerédromo é 0 Municipio da Maia, ou outro, em quem este delegar tal com- peténcia. Artigo 5.° Obrigagdes do Operador do Aerédromo As obrigagdes do operador do Aerédromo encontram-se definidas nomeadamente: a) No artigo 19° e seguintes do Decreto-Lei n.° 186/207, de 10 de maio, alterado ¢ republi- cado pelo Decreto-Lei n.° 55/2010, de 31 de maio. b) No Programa Nacional de Seguranga da Aviagao Civil, aprovado e publicado pelo Decreto- -Lein.® 142/2019, de 19 de setembro; ) Ena demais legislagao internacional, comunitéria e nacional aplicavel ao setor. Antigo 6.° Obrigagées do Utiizador do Aerédromo — Sao obrigacées dos utlizadores do Aerédromo Municipal de Vilar de Luz, nomeadamente: a) Cumprir as normas do presente Regulamento: b) Cumprir escrupulosamente 0 Programa de Seguranca do Aerédromo; c) Acatar as instrugdes e as recomendagGes do Diretor do Aerédromo, trabalhadores e cola- boradores do Municipio da Maia em exercicio de fungdes no Aerddromo municipal. Didrio da Republica, 2.* série PARTE H N2240 11 de dezembro de 2020 Pag. 163, 2 — Os.utiizadores do Aerédromo ficam obrigados a fazer cumprir pelas suas visitas, convidados ou clientes as normas a si aplicdveis. Artigo 7.° Definigées Para efeitos do presente regulamento, entende-se por: a) «Aerédromo» area definida em terra, incluindo edificios, instalagdes e equipamentos, destinada a ser usada no todo ou em parte para a chegada, partida e movimento de aeronaves & delimitada por vedagao propria; b) «Aerédromo de uso piiblico» Aerédromo aberto ao trafego aéreo em geral: ) «Aeronave» qualquer maquina que consiga uma sustentacao na atmosfera devido as reagdes do ar, que nao as do ar sobre a superficie terrestre; @) «Area de manobra» a parte de um Aerddromo destinada a descolagem, alerragem e rolagem de aeronaves, excluindo as zonas de estacionamento; e) «Area de movimento» a parte do Aerédromo destinada a descolagem, aterragem e rolagem de aeronaves, compreendendo a drea de manobra e zonas de estacionamento; f) «Diretor do Aerédromo» elemento designado pelo operador do Aerédromo, apés prévia auto- rizagao da ANAC, que superintenda o respetivo funcionamento e assegure o cumprimento das leis € regulamentos em vigor, bem como dos procedimentos estabelecidos no manual do Aerédromo; g) «Hangar» espago coberto para desenvolvimento de atividades de indole aerondutico; fh) «Lado Ar» a zona de movimento dos aerédromos e seus terrenos ¢ edificios adjacentes, ou parte destes, cujo acesso é reservado e controlado; /) «Lado Terra» todas as areas dentro do perimetro do Aerédramo que nao sejam qualificadas como lado ar; J) «Manual de Aerédromo» o manual que contém toda a informagao relativa a localizacao do ‘Aerédromo, instalagées, servigos, equipamentos, procedimentos operacionais de seguranga e de seguranca operacional, organizacéo, administragdo, direitos e deveres do operador de Aerddromo @ de todos 08 utilizadores; k) «Manual VFR» o manual que contém a informagao destinada as operagées aéreas de acordo com as regras de voo visual; 1) «Operador de Aerédromo» o titular do certiicado de Aerédromo; m) «Pista» Area retangular definida num Aerédromo terrestre preparada para aterragem e descolagem de aeronaves; 1n) «Plano de Emergéncia do Aerédromo» o programa que define as normas e os procedimentos de emergéncia no Aerédromo; 0) «Programa Nacional de Seguranca da Aviacao Civil» o programa que consagra o sistema nacional de seguranca da aviagao civil e define as responsabilidades dos diferentes intervenientes no setor da aviagao na implementagao das normas de base comuns sobre a seguranga da aviagao civil p) «Sistema de gestao de seguranga operacional» o sistema de gestao destinado a garantir © controlo da seguranga operacional (safety) do Aerédromo, Para 08 efeitos do presente regulamento, entende-se por: a) «ANAC» a Autoridade Nacional da Aviagao Civil b) «IFR» (Instrument Flight Rules) as regras de voo por instrumentos; ¢) «VFR» (Visual Fligth Rules) as regras de voo visual; d) «WGS 84» (World Geodetic System) 0 Sistema geodésico mundial; @) «PEA» 0 Plano de Emergéncia do Aerédromo; f) «PNSAC» 0 Programa Nacional de Seguranga da Aviagao Civil g) «PSA» o Programa de Seguranga do Aerédromo; hh) «SGSO/SMS» 0 Sistema de Gestao de Seguranga Operacional; ’) «SSLCI» 0 Servigo de Salvamento ¢ Luta contra Incéndios. Didrio da Republica, 2.* série PARTE H N2240 11 de dezembro de 2020 Pag. 164 CAPITULO II Descrigdo da Infraestrutura SECGAO! Informagées Gerais Artigo 9.° Propriodade (© Aerédromo Municipal é propriedade do Municipio da Mata. Artigo 10.° Localizagao Morada do Aerédromo Municipal: Rua de Vilar de Luz, 1700, Folgosa 4425-403 Maia Artigo 11.° Condigées de Operagao Realizagao de voos sob regras VFR/IFR (Visual Fligth Rules/Instrument Flight Rules) Artigo 12.° Horétio de funcionamento 1 — 0 Horario de funcionamento do Aerédromo 6 0 estipulado no Manual VFR. 2— Fora do horario de funcionamento estipulado no Manual VFR, s6 sero permitidos vos autorizados proviamente pelo Diretor do Aerédromo e os relacionados com missdes de busca e salvamento e protegao civil SECGAO I Caracteristcas do Lado Ar Artigo 13.° Pista 1 —0 Lado Ar encontra-se devidamente vedado, possuindo as caracteristicas definidas no Manual VFR 2—O Lado Ar é uma area de acesso restrito e/ou reservado. SECGAO II Caractorstcas do Lado Tarra Artigo 14.° ‘Aerogare 1 —0 Aerédromo de Vilar de Luz possui uma aerogare, destinada ao processamento de Passageiros, carga e correio @ ao planeamento das operagées de vo, 2— Os servicos administrativos ¢ de operagdes do Aerddromo esto também localizados na aerogare. Didrio da Republica, 2.* série PARTE H N2240 11 de dezembro de 2020 Pag. 165 — O controlo de acessos as areas reservadas e restritas, da competéncia do Municipio da Maia, enquanto Operador do Aerddromo, também se encontra na aerogare. Artigo 15.° ‘Area Técnica O Aerddromo de Vilar de Luz tem uma drea técnica de acesso reservado onde se encontram instalados Hangares e servigos de manutengdo. Artigo 16° Outras éreas no perimetro do Aerédromo 1 — 0 Aerédromo dispée de vias de circulagao proprias e de area para estacionamento rodoviario. 2—O Aerédromo dispée, ainda, de éreas para instalagdo e exploragao de servigos de apoio ou conexos com a atividade aeronautica CAPITULO III SECGAO | ‘Acesso Artigo 17. Acesto a0 Aerédromo 1 — 0 acesso de pessoas e viaturas as dreas publicas do Aerédromo é livre. 2—O acesso de pessoas e viaturas as dreas reservadas ou restritas encontra-se condicio- nado ao cumprimento do PSA. Artigo 18° ‘Acesso ao Lado Terra 1 —E permitido 0 acesso de qualquer utilizador ao Lado Terra, nos termos referidos no artigo. anterior. 2—0O acesso as dreas reservadas ou restritas do Lado Terra concessionadas ou cedidas encontra-se sujeito ao cumprimento do PSA e dependente da autorizagdo dos titulares de direitos de utiizagao das mesmas. Artigo 19° ‘Acesso ao Lado Ar 1 — 0 acesso ao Lado Ar s6 6 permitido a pessoas ou viaturas autorizadas para o efeito, em estrita obediéncia ao PSA. 2—E expressamente proibido a circulagao e estacionamento de veiculos no Lado Ar, nome- adamente junto dos Hangares e placas de estacionamento, com excegao de viaturas previamente autorizadas, necessarias ao trabalho/manutengao no Lado Ar. 3— Em casos de ativagdo do Plano de Emergéncia, as viaturas dos bombeiros, ambulancias € protecdo civil poderao aceder, circular e estacionar no Lado Ar sem sujeigdo ao previsto no n.° 1 do presente artigo. 4— Esta vedado o acesso de utiizadores nao autorizados ao Lado Ar, provenientes do inte- rior dos Hangares, sendo responsabilidade dos respetivos titulares de direitos fazer cumprir esta proibigao, sob pena de eventual sangao. 5 — Sem prejuizo do disposto no numero anterior, em caso de eventual acesso nao podem de forma alguma ser assacadas responsabilidades ao Municipio da Maia, enquanto Operador do Didrio da Republica, 2.* série PARTE H N2240 11 de dezembro de 2020 Pag. 166 Aerédromo de Vilar de Luz, € Diregao do Aerddromo, por alguma anomalia, incidente ou acidente que ocorra do deficiente controlo préprio nesse acesso e utilizagao. 6 — Para que pessoas e viaturas tenham acesso e possam permanecer na area designada do Lado Ar é obrigatéria autorizacdo, que pode ter cariz permanente, temporaria ou pontual. A au- torizagao implica a emisséo de um cartéo de identificagao atribuido nos termos do PSA. SECGAO II Cedéncia Artigo 20.° Condigées Gerais da Cedéncia 1 — 0 Munic'pio da Maia podera ceder 4reas dentro do perimetro do Aerédromo, nos termos do presente regulamento e conforme acordado com a contraparte, sempre em respeito pelo inte~ resse pUblico municipal — Considerando 0 fim a que cada cedéncia se destina, assim o Municipio estabelecera critérios especificos de cedéncia, através de contrato, a celebrar entre sie a entidade, de acordo com a seguinte tipologia de uso ou outra que se mostre conveniente aos interesses do Municipio enquanto entidade gestora e operadora do Aerédromo: a) Hangares ou éreas para edificagao de Hangares; b) Recreagao e Desporto; ) Manutengao aeronautica ou material aerondutico; 4d) Formagao, Instrugdo, Treino ou Exame; @) Construgao Aeronautica; f)Assisténcia em escala; g) Transporte Aéreo: 1h) Trabalho Aéreo: 1) Elaboragao de Estudos ¢ Projetos no ambito da Atividade Aeronautica; J) Parque de combustiveis; k) Estacionamento. 3— Encontram-se definides no artigo 31.° e na Tabela do Anexo 1, respetivamente, as con- digdes e 0s valores a cobrar, no que respeita a Taxa de Ocupagao de Espago, podendo ainda ser cobrado outro tipo de compensagao, nos termos dos contratos a celebrar. Artigo 21.° Estacionamento Rodoviério O Aerédromo dispée de drea para estacionamento rodovidrio, propriedade do Municipio, que poderd ser disponibilizada, mediante o pagamento da respetiva taxa ou compensagao. SECGAO II Exploragio Artigo 22.° Atividade Aeronautica — Todas as operagées com aeronaves no Aerédromo Municipal de Vilar de Luz estdo sujeitas: a) A legislagao Portuguesa em matéria de aviagao civil, bem como a outras aplicaveis no que respeita a responsabilidade civi Didrio da Republica, 2.* série PARTE H N2240 11 de dezembro de 2020 Pag. 167 b) Ao previsto no presente Regulamento, no Manual VFR, no Manual do Aerédromo ou nou- {ros procedimentos e manuals, que venham a ser aprovados no ambito da seguranga, utlizagao e explorago do Aerédromo. 2.— Para realizacdo de operagdes no Aerédromo, para além dos procedimentos definidos em legislagao prépria, deverao ser consideradas as caracteristicas da infraestrutura 3.— Pela exploragao e pelo exercicio de qualquer atividade e servigo na area do Aerédromo, que nao implique a celebragao de um contrato de cedéncia de espago nos termos referidos nos artigos precedentes, e ainda pela utilizagao dos respetivos servicos e equipamentos, sao devidas taxas. SUBSECGAO | ‘Ambito e Clasifcagdo de Taxas,lsengdes e Redugtes Artigo 23.° Ambito e Classificagao 1 — Pela ocupagao dos terrenos, edificagées ou outras instalag6es, bem como pelo exercicio de qualquer atividade e servigo na area do Aerédromo de Vilar de Luz, e ainda pela utilizagéo dos respetivos servigos e equipamentos, sdo devidas taxas e/ou compensagées. 2—Atendendo & natureza dos servigos ¢ as atividades desenvolvidas no Aerédromo, as taxas a cobrar, agrupam-se em Taxas de Trafego, de Ocupacdo e outras Taxas de Natureza Comercial Artigo 24.° Isengées e Redugdes 1 — Esto isentas do pagamento de Taxa de Aterragem e Descolagem, operagdes de aero- aves em servigo das entidades referidas no n.° 2, do artigo 24.°, do Decreto-Lei n.° 254/2012, de 28 de novembro, bem como aquelas ao servigo das entidades referidas no n.° 4, do artigo 26.°, do mesmo diploma legal. 2—Aplicam-se as isengdes ¢ reduges de taxas previstas na lei, podendo o Municipio da Maia deliberar outras isengdes redugdes, nomeadamente, e sem restringir, quando estejam em causa entidades sem fins lucrativos que prossigam fins sociais, culturais, recreativos, de preferéncia com ligagées a aeronditica. onvisko! Taxas de Tréfego: Artigo 25.° Taxa de Aterragem ¢ Descolagem —ATaxa de Aterragem e Descolagem constitui a contrapartida da utilizagao das ajudas vi- suais @ aterragem e descolagem, bem como da utilizagao das infraestruturas inerentes a circulagao de aeronaves no solo apés aterragem e para efeitos de descolagem. 2—E devida a Taxa de Aterragem e de Descolagem por cada operagdo de AterragemiDes- colagem, sendo a mesma calculada por unidade de tonelagem métrica da massa maxima a des- colagem, indicada no certificado de aeronavegabilidade de cada aeronave, ou em documento para 0 efeito considerado equivalente 3—Para efeitos do exposto no niimero anterior, a massa maxima a descolagem de cada aeronave sera arredondada, por excesso, para a tonelada seguinte indicada no certificado de ae- ronavegabilidade de cada acronave, Didrio da Republica, 2. série PARTE H N2240 11 de dezembro de 2020 Pag. 168 4— 0s valores a cobrar relativamente a Taxas de Aterragem © Descolagem sao os que se encontram definidos na Tabela do Anexo |. 5 — Para efeito de isengao ¢ ou redugao de taxa, é aplicavel o disposto no artigo 24.°, do presente regulamento Artigo 26.° Taxa de Estacionamento 1 — E devida a taxa de estacionamento pelo estacionamento de cada aeronave, podendo ser definida por periodos de tempo em fungao da massa maxima a descolagem de cada aeronave, ou da area ocupada pela mesma, bem como de acordo com a area de localizagao do estacionamento, designadamente em area de tréfego, de manutengao ou outras. ‘2 —As aeronaves estacionam nos locais designados pelo servigo de operagées do Aerédromo de Vilar de Luz, ficando a sua remogo para esses locais a cargo dos proprietérios, representantes ou respetivos utilizadores. 3—Ataxa de estacionamento nao confere o direito a prestagao de qualquer servigo adicional nem atribui qualquer responsabilidade ao Municipio da Maia ou a Diregao do Aerédromo quanto seguranca das aeronaves estacionadas 4 — Os valores a cobrar relativamente a Taxas de Estacionamento so 0s que se encontram definidos na Tabela do Anexo |. 5 — Para efeito de isengao e ou redugao de taxa, é aplicavel o disposto no artigo 24.°, do presente regulamento Artigo 27° Te de Abrigo 1 — E devida taxa de abrigo pelo estacionamento de cada aeronave em locais abrigados, em fungao da massa maxima 4 descolagem por periodos de tempo. 2—Ataxa de abrigo apenas confere direito a iluminacao necesséria as operagdes de entrada e saida no abrigo, devendo qualquer outra iluminacao suplementar ser fornecida mediante o prego fixado na Tabela de Taxas. 3—Ataxa de abrigo nao confere o direito a prestacao de qualquer servigo adicional nem atribui qualquer responsabilidade ao Municipio da Maia ou a Diregao do Aerédromo quanto a seguranca das aeronaves estacionadas. 4 — Os valores a cobrar relativamente a Taxas de Estacionamento so os que se encontram definidos na Tabela do Anexo |. 5 — Para efeito de isengao e ou redugdo de taxa, 6 aplicavel o disposto no artigo 24., do presente regulamento. Artigo 28.° ‘Taxa do Sorvico a Passageiros 1 —E devida a taxa de servigo a passageiros pelo servigo prestado a cada passageiro em- barcado em voo comercial ou néo comercial, podendo ser diferenciada em fungao dos critérios do destino do passageiro, e do servigo, critérios esses aplicaveis de forma alternativa ou cumulativa, 2—Ataxa de servigo a passageiros é cobrada nos voos comerciais ao transportador, que a pode repercutir nos passageiros, nos voos nao comerciais ao operador da aeronave. 3— Sem prejuizo do disposto no n.° 1, pode ser cobrada uma taxa diferente para os passa- geiros em transferéncia. 4—Ataxa de servigo a passageiros nao confere o direito a prestagéio de qualquer servigo adicional nem atribui qualquer responsabilidade ao Municipio da Maia ou a Diregao do Aerédromo quanto a seguranga das aeronaves. 5— Os valores a cobrar relativamente a taxa de servico a passageiros sao 0s que se encon- tram definidos na Tabela do Anexo | 6 — Para efeito de isengao e ou redugdo de taxa, ¢ aplicavel o disposto no artigo 24., do presente regulamento. Didrio da Republica, 2. série PARTE H N2240 11 de dezembro de 2020 Pag. 169, Artigo 29.° ‘Taxa de Abertura de Aerédromo 1 — Sempre que, excecionalmente, seja requerida a antecipagao de abertura do Aerédromo fora do periodo de funcionamento, ou 0 prolongamento do seu funcionamento para além do periodo estabelecido para uma operagao de aterragem ou descolagem de qualquer aeronave, é devida uma taxa a determinar por tipo de operacao, periodo horatio e tipo de aeronave, —Aabertura do Aerddromo deve ser requerida com uma antecedéncia nao inferior a qua- renta e oito horas. 3—A taxa prevista no presente artigo nao confere direito a quaisquer servicos adicionais, mas apenas a abertura ou prorrogagao do periodo de funcionamento do aeroporto ou Aerédromo, para uma pontual operacao de qualquer aeronave. 4— Os valores a cobrar relativamente a taxa de abertura do Aerédromo so os que se en- contram definidos na Tabela do Anexo | 5 — Para efeito de isengao ¢ ou reducdo de taxa, ¢ aplicavel o disposto no artigo 24.° do presente regulamento. oivisaon, Taxas de assisténcia em escala Artigo 30.° Taxas de assisténcia em escala 1 — Sdo devidas taxas de assisténcia em escala pelo exercicio de quaisquer das modalidades que integram os servigos referenciados na lista constante do anexa i do Decreto-Lei n.° 275/99, de 23 de julho, nos termos previstos no artigo 32.° do Decreto-Lei n.° 254/2012, de 28 de novembro. 2—A taxa de assisténcia em escala nao confere o direito & prestagao de qualquer servico adicional nem atribui qualquer responsabilidade ao Municipio da Maia ou a Dirego do Aerédromo quanto a seguranga das aeronaves. 3— Os valores a cobrar relativamente a taxa de assisténcia em escala so 0s que se encon- tram definidos na Tabela do Anexo I 4— Para efeito de isengao e ou redugdo de taxa, ¢ aplicavel 0 disposto no artigo 24.°, do presente regulamento. DIvisAo Taxas de Ocupagao Artigo 31.° ‘Taxa de Ocupagio de Espacos 1—E devida a taxa de ocupagao pela utilizagao privativa, para qualquer fim, de terrenos, incluindo 0 subsolo, espagos, locais, edificios, gabinetes, hangares e outras areas do Aerédromo de Vilar de Luz, a qual pode ser definida por unidade meétrica, localizagao ou periodo horario, diario ou mensal de utlizagao, e diferenciada om fungao da zona, finalidade ou prazo da ocupacao, ou sujeita a valores maximos por tipo de ocupacdo ou utilizagao, bem como pelo interesse municipal. 2—Ataxa de ocupagao nao confere o direito & prestagao de qualquer servico adicional nem atribui qualquer responsabilidade ao Municipio da Maia ou a Diregao do Aerédromo quanto a se- guranga das aeronaves. 3— Os valores a cobrar relativamente a taxa de ocupacao so 0s que se encontram definidos na Tabela do Anexo | 4— Pata efeito de isengao ¢ ou reducdo de taxa, & aplicével o disposto no artigo 24.°, do presente regulamento 5 — Pela ocupagao prevista no presente artigo, o Municipio pode ainda cobrar outro tipo de compensagao nos termos dos contratos a celebrar, Didrio da Republica, 2.* série PARTE H N2240 11 de dezembro de 2020 Pag. 170 Artigo 32.° Encargos por conta dos Titulares dos Direites de Utlizagao de Espacos ‘So por conta dos titulares de direitos de utilizagao de espacos, todos os encargos decorrentes direta ou indiretamente da ocupagao do espago cedido, nomeadamente: a) As licengas, taxas e contribuigées devidas ao Estado, ao Municipio ou a quaisquer outras entidades; b) Os consumos de agua, eletricidade, telecomunicagées e outros; c) Manutengao do sistema de ar condicionado, se existente, desde que ndo seja mais conve- niente para 0 municipio outra forma; d) Manutengao de equipamentos de seguranca, se existentes (meios de 1 * intervened, ilu- minagao de emergéncia, intrusao e detegdo de incéndio), e instalacdo de outros que venham a ser necessdrios, desde que ndo seja mais conveniente para o municipio outra forma; €) Instalagao e manutengao de equipamentos de higiene ¢ limpeza; f) Conservago e manutengao das instalagdes; g) Implementagao de Medidas de Autoprotecdo, conforme estipulado no n.°4, do artigo 6.°, do Decreto-Lei n.° 20/2008; fh) Limpeza, desinfegao e desinfestagao; ') 0 equipamento necessério ao funcionamento da atividade exercida no espaco cedido; J)As taxas devidas ao abrigo do presente regulamento. owiskow Outras Taxas de Natureza Comercial Artigo 33.° Taxa de equipamento 1 —E devida a taxa de equipamento pela utilizacdo de quaisquer equipamentos do Aerédromo de Vilar de Luz, em servigos distintos dos que constituem contrapartida da cobranga de taxas de tréfego, sendo esta definida por unidade ou tempo de operagao, podendo fixar-se um valor unitario ou periodos minimos de utilizagao 2—A taxa de equipamento no confere o direito a prestagao de qualquer servigo adicional nem atribui qualquer responsabilidade ao Municipio da Maia ou & Diregao do Aerédromo quanto seguranga das aeronaves e dos equipamentos. 3— Os valores a cobrar relativamente a taxa de equipamento so os que se encontram definidos na Tabela do Anexo I. 4— Para efeito de isengao e ou redugo de taxa, € aplicavel 0 disposto no artigo 24.°, do presente regulamento. Artigo 34° Taxa de prestagao de servigos 1 —E devida a taxa de prestago de servigos pelos servigos nao incluidos no artigo 28.° que sejam prestados pelos servigos do Aerédromo de Vilar de Luz, sendo esta definida por periodo de ‘tempo ou tipo de servigo, podendo fixar-se um valor unitario ou periodos minimos, 2—A taxa de prestagdo de servigos nao confere o direito 8 prestagao de qualquer servico adicional nem atribui qualquer responsabilidade ao Municipio da Maia ou a Diregao do Aerédromo quanto a seguranga em geral 3— Os valores a cobrar relativamente a taxa de prestagdo de servigos so os que se encon- tram definidos na Tabela 1 do Anexo | 4— Para efeito de isengao e ou redugo de taxa, € aplicavel 0 disposto no artigo 24.°, do presente regulamento. Didrio da Republica, 2.* série PARTE H N2240 11 de dezembro de 2020 Pag. 171 Artigo 35.° Taxa de consumo 1 —E dovida a taxa de consumo pelo fornecimento, por parte do Aerédromo de Vilar de Luz, de quaisquer produtos ou bens, tais como agua, telefones ou energia, no cumprimento de obrigagdes legais ou regulamentares ou ainda quando solicitados por quaisquer entidades. 2—Ataxa de consumo consiste num valor ou numa percentagem, que pode variar conforme 08 produtos ou bens, tendo em conta 0 respetivo custo suportado pelo Municipio da Maia e & co- brada em conjunto com o valor deste. 3—Ataxa de consumo nao confere o direito a prestagao de qualquer servigo adicional nem atribui qualquer responsabilidade ao Municipio da Maia ou a Diregdo do Aerédromo quanto a se- guranga em geral 4— Os valores a cobrar relativamente a taxa de consumo so os que se encontram definidos na Tabela do Anexo | 5 —Para efeito de isengao € ou redugdo de taxa, ¢ aplicavel o disposto no artigo 24., do presente regulamento. Artigo 36° Taxa de exploracao 1—E devida a taxa de exploragao pelo exercicio de quaisquer atividades relativamente as quais nao haja lugar cobranga de outro tipo de taxas, podendo ser definida segundo um dos seguintes critérios: a) Por aplicagao de um valor percentual sobre o volume de negécios realizado; ) Por montante fixo definido pelo Municipio da Maia, que pode ser diferenciado em fungao do tipo de atividade ou por unidade de tempo do exercicio respetivo; ) Por aplicagao conjugada dos critérios referidos nas alineas anteriores. 2—A taxa de exploragao nao confere o direito a prestagao de qualquer servigo adicional em atribui qualquer responsabilidade ao Municipio da Maia ou a Diregao do Aerddromo quanto & seguranga em geral 3— Os valores a cobrar relativamente a taxa de exploragao so 0s que se encontram definidos na Tabela do Anexo | 4— Para efeito de isengao e ou redugo de taxa, € aplicdvel 0 disposto no artigo 24.°, do presente regulamento. Artigo 37.° ‘Taxa de estacionamento de viaturas 1 —E devida a taxa de estacionamento de viaturas pelo estacionamento de viaturas nas reas do Aerédromo de Vilar de Luz definidas diferenciadamente por localizagao, tipo de parques, duragao do estacionamento, dia da semana e tipo de viaturas, fixada através de regimes de avenca ou similar com pregos maximos por viatura, dia, semana ou més. 2—O Municipio da Maia pode exercer o direito de retengdo das viaturas estacionadas no ‘Aerédromo até integral pagamento das quantias em divida 3—Ataxa de estacionamento de viaturas nao confere o direito & prestagao de qualquer servigo adicional nem atribui qualquer responsabilidade ao Municipio da Maia ou a Diregao do Aerddromo quanto a seguranga em geral. 4— 0s valores a cobrar relativamente a taxa de estacionamento de viaturas so os que se encontram definidos na Tabela do Anexo |. 5—Para efeito de isengdo e ou redugao de taxa, é aplicavel o disposto no artigo 24.°, do presente regulamento. Didrio da Republica, 2.* série PARTE H N2240 11 de dezembro de 2020 Pag. 172 Artigo 38.° ‘Taxa de publ dade, fotografia ou fllmagem 1 —E devida a taxa de publicidade, fotografia ou flmagem pelo exercicio ou exploragaio de atividades publicitarias, de fotografia ou filmagem na area do Aerddromo, sendo definida em fungao do periodo de tempo de utilizagao, conforme o disposto na tabela de taxas. 2—Ataxa de publicidade, fotografia ou filmagem é também devida nos casos de um exercici pontual de ato ou de atividade publicitéria, fotografica ou de flmagem no Aerédromo, sendo definida estes casos mediante um valor unitério, que pode ser diferenciado em fungao do local, da drea ocu- pada e ainda do prazo de exercicio desse ato ou alividade publicitarios, fotograticos ou de filmagem. SUBSECGAO II Regime de Liquidagdo e Cobranca de Taxas Artigo 39.° Liquidagao e Cobranca de taxas 1—As taxas previstas no presente regulamento sao liquidadas e cobradas pela entidade gestora do Aerédromo, 0 Municipio da Maia ou outro, em quem este delegar tal competéncia. 2—As taxas e outras importancias em divida ao operador do Aerddromo, devem ser pagas no prazo maximo de 30 dias, a contar da data de emissdo da fatura, excetuando as situagdes re- feridas no n.°5 do presente artigo. 3.—As taxas devidas por entidades sedeadas, pela ocupacao de espagos do Aerédromo, so cobradas e liquidadas, nos termos do contrato estabelecido entre o operador do Aerddromo e a entidade, sem prejuizo do disposto no n.° 3, do artigo 43°, do Decreto-Lei n.° 254/2012, de 28 de novembro. 4 — Para efeitos de cobranga e liquidagao de taxas devidas por entidades sedeadas com atividade regular no Aerédromo, sao fixados regime de cobranga periddica, desde que acordado previamente com 0 operador do Aerédromo. 5—As taxas devidas pela utilizagdo do Aerédromo, por aeronaves de utllizadores com ativi- dade nao regular, sao cobradas e liquidadas antes da partida destas. 6 — Para efeitos de liquidagao das importancias devidas referidas nos ntimeros anteriores, deverdo os utiizadores, que ndo disponham de conta corrente previamente acordada com o ope- rador do Aerédromo, dirigirem-se ao servigo de operagées. Artigo 40.° Incumprimento do dever de Pagamento 1 —A falta de pagamento das Taxas referidas neste regulamento no respetivo prazo, faz incorrer 0 devedor no pagamento de juros de mora. 2—Aalta de pagamento das Taxas no prazo legalmente previsto para 0 seu pagamento vo- luntério, determina a extragdo de certidao de divida, que servird de base a instauragao de processo de execugdo fiscal para cobranga das taxas e respetivos juros de mora, seguindo este os seus tramites conforme o previsto no Cédigo de Procedimento e de Proceso Tributario. 3—A mobilizagao de reclamagées, de recursos ou de quaisquer outros meios de reac&o sobre taxas liquidadas, no derroga a obrigacao de pagamento da liquidacao, que se mantém inalterada Artigo 41.° Privilégio Creditério 1 — Pelas taxas ¢ juros de mora em divida ao abrigo do presente capitulo, o Estado Portugués © a entidade gestora do Aerédromo gozam de privilégio creditério sobre os bens dos devedores Didrio da Republica, 2.* série PARTE H N2240 11 de dezembro de 2020 Pag. 173 que se encontrem na area do Concelho da Maia, podendo os mesmos ser objeto de retencdo até integral pagamento das quantias em divida ou até decisao judicial 2—No caso de bens pereciveis ou que representem comprovadamente risco para a satide ou para a integridade fisica, a entidade gestora do Aerédromo pode promover a respetiva destruigao 0u abate ou, se possivel, a sua alienagao, deduzindo, neste tiltimo caso, o valor obtido ao montante da divida existente, Artigo 42.° Dever de Informagéo 1— 0s titulares das licengas, 0 seu pessoal, bem como os comandantes das aeronaves ou 08 seus representantes devem prestar a entidade gestora do Aerédromo todos os esclarecimentos necessérios ao processamento e cobranca das taxas, sob a forma que Ihes for indicada. 2—As aeronaves podem ser retidas enquanto nao forem prestados os esclarecimentos exigi- dos nos termos do ntimero anterior ou nao forem cumpridas as disposigGes relativas ao pagamento das taxas. 3—Aretengao das aeronaves utilizadas nas operagées expressas nas alineas a)e b) don.° 4 do artigo 26.°, do Decreto-Lei n.° 254/2012, de 28 de novembro carece de parecer prévio favoravel dos servigos do Ministério dos Negécios Estrangeiros, 0 qual deve considerar, nomeadamente, 0 regime de reciprocidade aplicavel. CAPITULO IV Disposicées Finais Artigo 43° Incumprimentos. incumprimento do presente regulamento determina, conforme os casos, a aplicagao: a) Do Regime Geral das Contraordenagées Aeronduticas Civis, aprovado e publicado pelo Decreto-Lei n.° 10/2004, de 9 de janeiro; b) Do Programa Nacional de Seguranga da Aviagao Civil, aprovado e publicado pelo Decreto- -Lein.? 142/2019, de 19 de setembro; ¢) De agdes de cardter corretivo e disciplinar, a determinar pelo Municipio da Maia; 4d) Outro tipo de sangdes previstas na legistagao aplicavel. Artigo 44.° Disposigdes Legals Aplicaveis 1 —E aplicavel o disposto nos seguintes diplomas legais: a) Decreto-Lein 186/2007, de 10 de maio, alterado e republicado pelo Decreto-Lein.° 55/2010, de 31 de maio; b) Decreto-Lei n.° 254/2012, de 4 de setembro, alterado © republicado pelo Decreto-Lei 2108/2013, de 31 de julho; c) Decreto-Lei n.° 10/2004, de 9 de janeiro; d) Programa Nacional de Seguranga da Aviagao n° 142/2019, de 19 de setembro: |, aprovado e publicado pelo Decreto-Lei 2—E ainda aplicavel toda a legislacao internacional emanada da ICAO (International Civil Aviation Organization), a que Portugal se encontra vinculado e, ainda, a demais legislagéo comu- nitéria e nacional aplicdvel ao setor. Didrio da Republica, 2.* série PARTE H N2240 11 de dezembro de 2020 Pag. 174 Artigo 45.° Omissses Situagdes omissas no presente Regulamento serdo resolvidas pela entidade gestora do ‘Aerédromo, tendo em conta nomeadamente o Manual do Aerédromo, 0 Manual VFR, 0 Plano de Emergéncia do Aerédromo e o Programa de Seguranca do Aerédromo, sem prejulzo da demais legislado, que se revele direta ou indiretamente aplicavel. Artigo 46.° Aplicagde transitéria ‘As disposigdes do presente Regulamento aplicam-se a todas as relacdes contratuais estabe- lecidas entre o Municipio e terceiros, que incidam sobre espagos do Aerédromo de Vilar de Luz e se mantenham validas e em vigor & data da entrada em vigor do mesmo. Artigo 47.° Revises ao Regulamento O presente Regulamento sera sujeito a revisdo sempre que se justificar. Artigo 48.° Entrada om vigor presente regulamento entra em vigor no dia seg ANEXO I Tabela 1 1 —Taxas de trétego (artigo 25. ao artigo 28.% at) Taxa de aterragem e descolagem, até 2.000 kg MMD: |) Horario de operacao. 10,00€ {i Antecipacao do horério de operacao, ce 120,.00€ J) Prolongamento do horério de operagao 120,00 Jv) Cada «Toque e anda» ‘09 € 92) Taxa de aterragem e descolagem, por TON. (MMD), acima de 2000 Kg) 1) Horatio de operacao. 12,00€ {i Antecipagao do horério de operacao. 130,00€ ii) Prolongamento do horério de operagao s30,00€ iv) Cada “Toque e and: 150€ 1) Taxa de estacionamento, por aeranave, por cada 24 horas ou frago, além das 02:30h inicais: |)Na Placa de estacionamento Oeste... ce 6,00€ |i) Na Placa de estacionamento Este 5,00€ i) Fora das Placas de estacionamento 150€ 2) Taxa de estacionamento, por aeronave, por 7 dias consecutvos: 1) Na Placa de estaclonamento Oeste. 40,00€ ji) Na Placa de estacionamento Este 33.00€ ii) Fora das Placas de estacionamento 5,00€ Didrio da Republica, 2.* série PARTE H N° 240 11 de dezembro de 2020 Pag. 175 8) Taxa de estacionamento, por aoronave, por més ')Na Placa de estaconamento Oeste. 145,00€ 1) NaPlaca de estacionamento Este s2000€ fi) Fora dos Pacas de estacionaments 15,00€ 4) Taxa de estacionamento, por aeronave, anual 1) Na Placa 6o estaclonamento Oeste 1 300,00 € 1) NaPlaca de estacionamento Esto 1 100,00€ fi) Fora dos Pacas do estacionamonts 120,00€ €) Taxa de abrigo, por TON. (MIMD): 1) Por 26 horas ou fragao. 10.00€ {Por T das consocutves. 60,00€ fi) Por mes, 200,00 € jv) anual 11980,00€ 4) Taxa de servigo @ passageros, por passageiro: |) Taxa de embarquoldesembarque de passageires. 3.00€ i Taxa de passageios om transito, se Superior a 02:30 400€ 6) Taxa de abertura de Aerédromo fora do horério de opera 1) Opsragao Comercial, ansportatrabalno aéreo [acrosce a taxa 4b) vi) se aplcavel] 120.00 1t Operagto nfo comercial 80,00€ fi) Trina, nstrugao ou simiar 50,00 € 2—Taxa de asssténcia em escala (artigo 20: 2) Assisténcia administrativa, 10.00€ b)Assisténcia a passageros 5,00€ 6) Assisigncia a bagagens o50€ €) Assistancia a carga e coreio 26,00€ 6 Assisténcia a operacoes de pista “50€ fh Assistencia a impeza de aeronaves o50€ 4g) Assistncia a combustvas ecieos ioo€ fy Assisténeie & manutencao too€ i) Assisténcia a operagbes abreas 3.00€ 2) Assisteeia ao trersporte em terra o50€ #) Assistoncia &restauracso. € 3.— Tanas de ocupagéo (artigo 31°) 2) Terenos inclundo o subsolo — "Lado Aim 1) Dia ou tragao ot0€ {i Potiodo de 7 das consecutivos 0.50 fin Pormés soe in anual 10,00 6) Temenos incluindo o subsolo — “Lado Tera’ /n? )Dia ou tragao ot5€ fi Potiodo 6e7 das consecutivos oe ‘iy Pormés 150€ in anual 15,00€ 6) Areas na aerogarei ')Dia ou tragao one fi Periodo de? dias consecutivos 120€ fin Por mas 400 ‘anual a900€ 4) Gabinete ou baleSoln? ) Dia ou tracao o50€ 1 Periodo de 7 diss consecutivos 150€ fi) Por més 500€ in) anual 50,00€ 0) Totaidade de hangarim? 1) Dia ou raga i) Periodo de 7 dias consecutivos. eS Didrio da Republica, 2.* série PARTE H No240 11 de dezembro de 2020 Pag. 176 4) Por més 150€ i Arua 18,00€ 4— Outras taxas de natureza comercial argos 33. 38.) 42) Equipamentos de placa Dia ou tragao 4.00€ 1 Periodo de 7 das consecutivos 20,00€ fi) Por més 75,00€ i Arua 750,00 € ') Prestagdo de servigos: 1) Emissao de cartes de acesso 4.00€ ‘i Emissao de cartes de acesso— 2 via 7.50€ fi) impeza ou Lavagem/nora ou frago. 5,00 € iv Prevengao de socortosihora outrage 25,00€ v) Guarda e volumes. ..... : S : 20,00€ vi) Requisipo dos serigos de socorros. ms 200,00€ 6) Taxa de consume: |) Fornecimento gua in 4,00€ 1) Fomecimento agua quenieim® 450€ fi) Fornecimento energiaeltricalpoténciaiKVA o80€ 'i) Fornecimento energia elétrcalconsumolkwh : : : o20€ ¥) Forecimento de gas/consumotkwh ot0€ «i Disponibiizacso de combustiveis e dleos 200€ 4) Taxa de exploragéolpor atvidade: 1) Dia ou fragdo 10,00€ i Periodo do 7 das consecutivos 50,00€ i) Por més 150,00€ in Anal 1 500,00 € 61) Taxa de circulagdofestacionamento do viaturas Lado Ar 1) Dia ou fragao . ve - ” 7,00 € {i Periodo de 7 das consecutivos 40,00€ i) Por més : aa a 150,00€ in Anal 1 500,00 € 62) Taxa de estacionamento de viaturas Lado Tera: Dia ou tragao 4.00€ {i Periodo de 7 das consecutivos m u ms : 25,00€ fi) Por més 100,00€ in Anal 100,00 £3) Fotografia e fimagens: 1) Areas pablicas, até 2 horas 120,00€ 1 Areas publicas, hore accional 75,00€ i) Areas condiconadas ou resis, até 2 horas 150,00€ iv) Areas condicionadas ou restias, hora adicional. 90,00€ 64) Publiidade: 1) Reclamos ou letrirosim*. . - ve 20,00€ fi) Reclamos ou letersi a a uf 2500€ Nota. — serdo apicdveisisengées e redugses aos valores apresentados nos termos legals, bem como eventuais isengdes e redugdes municipais. 2.de novembro de 2020. — Presidente da Camara Municipal da Maia, Anténio Domingos da Silva Tiago. 313770805

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