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We Ger Richard Sennett A corrosao do carater Trad de MARCOS SANTARRITA VRAGEN, EDITORA RECORD RIO DE JANEIRO + SK PAULO. 1999 Hitoas motvos para Rico se esforar por compreendet 1 poca em que vive. A sociedade modern est em revlta ‘contra 0 tempo rotneto, burocrtco, que pode paalisr © tuabaho, o goveroe tras insttiges.O problema de Rico 0 qu fazer de si mesmo quando ess revolta contra artina for vitoriosa. Na aurora do captalismo industrial, porém, ndo era tio ‘evidente assim que a rotina fsse um mal. Em meades do sf- ‘ale dezsito, parecia que o trabalho repttivo podialevar a ddaas diferentes diregSes, uma postiva efrutfera, outra ‘estatva.O lado positive da rosina foi descrto na grande ‘Encclopédia de Diderot, publicada de 1751 217725 0 lado rnegativo do tempo de trabalho regula foi retratado da for smarmais dramatic em rqueca das nas, de Adam Smith, publicado em 1776, Diderot creditara que a rotina nota. bulbo podia ser igual a qualquer outra forma de aprendiz do por repetigio, um professor necesirio; Smith, que a rotinaembotar sprite. Hoje, a vciedadefca com Smith Diderot ager o que poderfamos perder tomando o lado de seu oponente Os artigos que mas chamam a aengo, na Eniclopédia, do ‘educado pico de Diderot si os que tratum da vida dirs: 36 Richard. Sennest textos de viros autores sobre ainda 08 vtios fice © ‘tapricaltura. Via acompanhadoe de uma sie de grave as que ilustram como fazer uma eadera ou cnaelar uma pedra.O desenko do seule deaoito caacterzase pela lee ‘inci do trogo, masa maioria dos artistas usa ee legin- {da para descrever cena de lazer aristocético 00 paiagens, cos lusradores da Encclopdia puseran esa clegincia ast vigo de martelos, prenss grificase empilhadeias. © objet vo dasimagense textos eajusifiar a nerene digniae do twabaho.™ ‘A dignidade particular da rosin aparece no Volume $ da ncilopadia, num sre de liinas que mestram uma fibri- cade papel, UAngle, loesiada a wns noventa gullémetros de Pris, perto da cidade de Montaris. A fabrica & dspomta ‘amo um easel, com 0 bloco principal igandose em dois Angols refs a alas menores; no exterior, vemos pateres alles em toro da bic, exatanente como apareeriam no terreno de uma mansiosrstocrtica no campo, O eeniro desa fabrics modelo — tio bonito para nosos colhos —'na verdade dramatiza uma grande tansformasio que ceomega na épocs de Diderot ali cara separavase do local de tubal. Até meados do séulo dzoito, faa auava ‘como o centro fico da economia. No campo, os fans fa- iam a mora das coisas que consuniam; em eidades como Parison Londres, os ofcos também eram pratcados na mo- ‘ada fair. Na casa de um padeiro, or exemplo, daristas, aprendize ea fafa biolégica do padiro “fziam a ref ‘es juntos, davase comida a todos juntos, pois ve esperava ‘que todos dormisem e vvessem na mesma cass", emo ob- serra historiador Herbert Applebaum; "0 custo da fabri: so do pio... inca a habitago alimentaso eroupa de t- das as pesous que wabalhavam para o amo. Ot sass em Ainbeioeram uma fas do custo" © antoplogo Daniel A corrosto do cariter Defer chama iso de economia do domus; em ve da ser dio do slisi,renara uma inseparivelcombinagio de abi {ge subordinasio &vontade do amo. Diderot descreve em L'Angée uma nova ordem de traba: Tho, iberada do dons. A fibica nko oferecia abitagio aoe ‘wabalhadoresem suas instlagdesy na verdade, esa fbrica foi uma das primeeas na Franga arerutar trabalhadores de to long que eles tnham de ita cavalo para o trabalho, em verde anda a pé. Foi ambém una das primera a pagar di ‘etament liiosatrabalhadoresadolescentes, em ver de 208 pais A aparénciaanarate,e até mesmo elegante, da fbr de papal mee geo gaara est pura ob um luz positva, ( que nosmestram do Ido de dentro € também postivor rina a ordem. Fazer polpa de papel era na verdade, durate sfelo dezoite, uma operaoeasticse malchsten, os tr pos usados muitasvees eram retiados de eadivere,¢ de- ois apodrecidos em eabas durante dois meses, para decom ‘or as fibras. Em LAnglé, porém, os pisos so imaculados, © rnenhum eabalhador parece a Beira do vémito. No aposento onde as fibras si tansformadas em polpa plas mareadas ‘de uma prensa — a mai sua de toda as aividades — nh ‘enum ser humano, No aposesto onde ocorra amass atta Aivsio de trabalho, a polpareradae prensada em fina fo- ‘has rabalham tes artesios com a coordenaio de um ble, (© sepredo dessa ordem industrial estva em sis rotinas recs, UAnge € uma fibrica em que tudo tem se lugar ‘dos sabem o que fet. Mas, para Diderot, ese tipo de ro tina nio gee a simples eitermindvel repeigdo mesa de uma tare. O mestreescola que insite em que o ano decorecingiena versos de wm poema quer ver a poesia a= ‘mazenada no céebro dele, para ser eciperada a Yontade € ‘sada no julgamento de outros poems. Em seu Raradoxo so a” Richard Seonett A cxrosto do carter 2 Para Adam Smith, esas imagens de oreira evlust,frater- nidadee serenidade represeatam um sonho impossivel. A ro: tina embrutece 0 esprit. A rotina, plo menos como organi 2ada no capitalismo emergente que ele via, preci negar ‘qualquer relasio entre o trabalho comum eo pape posiivo da repeicio na criagl do produto. Quando Adam Smith publicou A riquea das mages, em 1776, fo visto —e cont ‘mua endo — como um apéstlo daguee nov capitalism iso se deven& dclaracso qu fer no inicio dolivro em favor dos livres mereados. Mas Smith é mais que um apéstolo da liber dade econdmica; tina plena conscitncia do lado negro do ‘mercado, Era consitncia lhe vinhasobretudo ao considrat ‘a organizagi da rtina no tempo nessa nova ordem econé- ‘Ariqueca das nagdessebasia mums nic grande inmiglo: Smith sreditava que alive crulagio de moeds, bens eta bao exigiria que as pessoas fizesem tarfas cadaver mals ‘epecialzadas. O surgimento de lies mercados ver acom- ‘panhado da dvisto do trabslho na sodedade. Entendemos faclmente su ideia da divsto do wabalo observando uma ‘olmeia; A medida qu a colmeia uments de mano, cada tuna de suas efluls se tona o local de um determinado tra: Ino, Em termos formals as menses numérias da mudan- ‘1 — tej o volume de dibeiro ou a quantdade de bens no mercado — esti insparavelmenteligadas 3 espcilizasio a fungio produ (© exemplo pritico de Smith € uma fbrica de alfinetes (Mio os modernosafinetes de costra; os alfnetes do stealo ezstoeram o equraente das nos achat e prego peg: ‘og, usados em earpintaria) Ele calculava que tm fabricate 4ealfneesfazendo tudo sozinho pot produir no maximo ‘dgumas centenas de unidades por di; numa fabrca operan- 4o de acordo com as novas dvishes de trabalho, onde a fbr- bre o ator, Diderot tentou explicar como o ator ou ari ex ‘loa as profundeeas de um papel repetindo as falas sem pa- tar, Bemprava encontrar esas mesma virtades da repetigso 10 trabalho industrial Fazer papel no € algo bruto; Diderot acreitava — nova mente por analog sates — que esta rotinaextava em cons- tante evelusfo, 2 medida que os trabalhadores aprendiam ‘como manipuare alter eadaestigio do processo de trabs- Tho. De formamais ample, 0 “rismo” de trabalho significa que, repetindo wma operasdo em particular, se descobre como ‘tlerar ou moderar a atvidade, fazer YariagBes, manejar of materials deenvolver nova peiicas— asim como um m- ‘seo apende como conduit o tempo ao exceutar uma pest musical. Gragas 8 repticio e a0 ro, otrabalhador pode tleangar, ise Diderot, “a uidade mental e manual” no ta bao. (Cleo, isso € um ideal. Diderot aprsentaprovas visu satis para tol convincete. Na fibrica de papel, os me- nines que cortam trapes rangsos so mosirados trabalhan- do socinos num sposento, sem supervisor edlto, Nas sales Petidores. A relagto entre 0 mercado eo estado contribu para A verdadeiradiferenca entre os dois regimes 0 rm ° Y 2 0 le o le le le % le 0 le ie | 0 - 9 le 9 le 9 0 " ba q 9 le 9 9 a Richard Sennett (Os egimes do Reno tendem a pr feios na mudanga quan- do seus cidados menos podeross sofrem,enquanto 0 anglo- ‘ameriano tende mais seguir as mudancas na organizasioe nas priticas do trabalho, mesmo quando os facos podem pagar 0 prego. O modelo do Reno de cera forma mais amistowo coma bburocracia do governo, enquanto oanglo-americano opera com ‘ase no principio de que o govero€ culpado até provaem can- ‘tdrio, Ruud Labbers ex primeiro minsto da Holand, afro ‘gue 2 confianga holandeta no governo na verdade possbiltou tai sts econdmicoe dolores governamentais do que wna ‘idadana mais adversra ria aeitado.” Assim, muita ves ‘se aplicaoroulo de “neciberaismo” a0 modelo anglo-america ‘no (“iberal” no sentido de néo regulado); e o de “capitalismo de estado" 20 do Reno. "Eases regimes tém diferentes defeitos. © anglo-america- ‘no tem tdo baixodesemprego, mas desigualdade salarial, Os fatos brutos da atual dsigualdade de riqueza no regime anglo-americano sio de fato atordoantes. O economista Simon Head calculou que para os 80 por cento de menor renda da poptlagio trabalhadora americana a média dos salirios semanas (justados pela inflago) caiu 18 por cen- to de 1973 2 1995, enquanto o salério da elite empresarial subia 19 por cento, e 66 por cento depois da magia da con- tabilidae fisal® Outro economista Pal Krugman, afirma ‘que o 1 por cento de maior renda dos asaariados america ‘os mais que duplicou sua renda eal na década de 1979-89, fem comparagio com wma taxa muito inferior de riquera fcumulada nas décadas anteriores** Na Gri-Bretanha, The Economist calcalo recentemente que 0s 20 por cento de ‘maior renda da populasio tabalhadora ganham sete vezes mais que 0s 20 por cento de menor renda, quando hé vinte ‘anos a proporgio era de apenas quatro vezes.* Um secreti- rio do trabalho assim argumentou: “Estamos a caminho de ‘A corrosio do caviter 6 tos tomar uma sociedade de dus camadascompostade ns poucos vencedorese um grande grupo dexado para tis” ‘pif secundada plo presidente do Federal Reserve Bank {o Banco Cental americano}, que delarou hi pouco que a fends desigual pode tornarse “uma grande ameaga 8 nos tociedade”.® Embora no regimes do Reno a distinc slarial no teaha sumentado tanto na dima geraio, 0 desemprego se tornoa tina praga. Durante ts anos, entre 193 e199, a economia americana gerou guase 8,6 miles de empregos ede 1992em ante o mercado de empregobritaico também comego aflo- reser, engoant nama décadaquase todo o mercado de trabalho europenejaponts eagnou.* Tabela2.) (O estabelecimento dessa diferenasenaiza um fio sim- ples A operagio da producto flexvel depende de como uma tociedade define o bem comm. O regime anglo-americano tem pouca Timitages ola desigaadade de igueza mas leno emprego, enquanto a redesassistencais dos estados fenanos, mas senses aos wabuhadorescomuns, so um estorv rig de emprego. Qual dot mals vamos tolear, depende do bem gue busaros. Por isso i a palavea "reg sme sere os termos de poder nos quas se permite que ‘operem os mercados ea produsio. CConcentragso som cntralzagdo. Um regime fextel tem uma tercira crac. As modangas nas redes,mercados € producio que ele usa permitem o que parece ser umn eximoro, a concenzaio de poder sem centralizagio de poder. ‘Uma das afirmases em favor ds nova organiar dota ‘adho € que descenaliza poder, qur dizer, & i pessoas nas eategoraninfrors dessasorpnizagbes mae contcle sobre suas atvidades. Crtamente€ uma frag fal, em termos das tencasempregadas para desmonat os velhos colosos barocréticos. Os novorsitemas de informarao of- “ Richard Sennett ecem um quado abrangente da organizagio aos altos admi- ‘istradores de uma forma que dexa aindividuos em qualquer parte da rede poucoespago para esconder-s; 0s SIMS subs- ‘tuem as negociagdes que poderiam protege os individuos a0 lidar apenas com seus superioesintermedisrios, Do mes: ‘mo modo, a desagregaso vertical ea climinagdo de camadas sio tudo, menos processos descentralzantes. Hé tum conti nente de poder no arquipélago de poder evel; alguém no ‘ontinente decide que “Barbados” pode faze o trabalho an- tesfeito por “Trinidad” e “Guadalupe”; “Barbados raramente refer aumentar seus prépris fads A sobrecara aminisrativa de pequenos grupos de trabalho com muitas tres diversas é uma caracteristicafequente da eorganizagio empresral — contritia i divides cada ver ‘mais sutis do trabalho que Adam Smith imaginow na fibrica de alfinetes. Fazer tas experincias com dezenas ou centenas de silhares de empregados exigeimensos poderes de comando. A ‘economia da desigualdade anova ordem aresenta ati n0- vs formas de poder desgual, arbtéio, dentro da organizagio. Em termos de especlizaso flexivl vejam of computado ‘es pesois de marcas famosas que compramos; 80 uma cola tem de peas e montagens pace feas em todo o mundo, a ‘marca representando no mimo um enguadramento final do todo. A produgio deles se dé num mercado global de tabalho€ resulta numa prétca produtiva chamada de "esvaciamento” (Gollowing) uma vez que a marca ¢ um simbolovaro, Em seu ‘estudo disco Lear and Moon, Benett Harion mostra com ‘exatdio como o poder bierérquico permanece firmements no gar ness tipo de produ; grande empresa tem em se po- der o mutance corps debllt de empresas dependents, pasa ‘8 quedss no ciclo dos nepécios ou fracsos de produto para (08 parcrros mas fracos, que slo espremidos com mui orga Asilhas de trabalho fcam ao largo de um coninente de pode. ‘A corrosto- do carter 6 iris chama esa rede de relagesdesigais instiveis ‘teoncentragio sem centralzagio";complementa o poder de -eorgaizar uma insist de alto a baixo em fagmentos édulosde uma ede. O controle pode ser exabeecido insu do-se metas de producto oa cro para uma ampla varidade de grupos na orgnizagio, que cada unidade tem iberdade de ‘ampri da mancia que jlgar adequada. Essa liberdade, no ‘ntante, égspecoss.Eraro as orgnizagéesflexieis extabele- ‘em mya de fic umpriment em geal a unidades so ‘presionadas a produzt ou ganhar muito mais do que esté em. suas capacidades imeditas. As reldades de oferta e procura raramente esto em sineonia.com esas metas oesorgo € para focgar cada vez mais as unidades, spear dessa eldades, uma ressio que vem da alta adminisrasio dainstuigio (vtra manirade entender o sistema de poder descrio por Harrison € dizer qu a contestagio da velha ordem burocrs- tia no sgnifcon menos esatura institucional. A estrucura ermanece nas orgs que impelem as unidades ou indvduos Aredia; o que fica em aberto¢ como fazer sa, € topo da organiza lexiel ara vezesoferece as respostas Ext mas em posgio de fater a contabildade de suas préprasexigén- clas do que de indcar wm sistema pelo qul elas podem ser cumpridas. *Concentragio sem centalzago" € uma manei- rade transmit a operagio de comando muna eeutura que ‘io mais tem a careza de uma pirkmide — a etrata insitaional se tornou mais complex, no mais simples, Por isso propria palavra“desburocratizagio"éenganadora, al de desgraiosa. Nas modernasorganizages que praticam a ‘concentragio sem centrlizagio, a dominagio do alto € a0 mesmo tempo fort informe ‘Ua mancira de compreender como os trés elementos do ‘regime flexivel se juntam est na organizagSo do tempo no “6 Richard Sennett local de trabalho. As organizagéesflexiveis hoje esto fazen- do experiéncias com vitios horitios do chamado “flexi- tempo”, Em vez de turnosfixos, que nfo mudam de més para més, o dia de trabalho ¢ um mossico de pessoas trabalhando ‘em hordrios diferentes, mais individualizados, como no ¢s- critério de Jeannerte, Esse mosaico de tempo de trabalho parece distante da monétona organizacéo do trabalho na fabrica de alfinetes; na verdade, parece uma liberagéo do ‘tempo de trabalho, um verdadeiro beneficio do ataque daor- 2 rotina padronizads. As realidades do flexitempo sio bem diferentes ‘Ofleitempo surgi do nove influxo de mulheres no mun do do trabalho, Mulheres pobres como Flavia sempre taba Tharam em maior némero que as da burguesa. Naima ge- ‘ago, como observamos,imeros significativos de mulheres ‘ntraram nas fileias da mo-de-obra de classe média nos Es tacos Unidos, Europa e Jato, econtinuaram naforga de tra batho mesmo depos de ter flhoss untaram-se as mulheres jé cempregadas em nieis nferiores dos servigos ¢ da manfati- ta. Em 1960, cerca de 30 por cento das americana estavam ‘na forsade trabalho asialariada, e 70 por cento nfo; em 1990, «quase 60 por cento estavam na forga de trabalho assalariada, {86 40 por cento nfo, Nas economias desenvolvidas do moun- ‘do-em 1990, quase SO por cento da forga de trabalho profi sional liberal e técnica jf eram de mulheres, amaioria empre- sgadaem tempo integral. A necessidade assim como 0 deseo pessoa, motivou ese trabalho; umn padrio de vida de dase tmédia em geral exige hoje dois asalariados adultos. Esas ‘aabalhadoras precsavam, porém, de horas de trabalho mais fleives;em todas ax classes, muita delassio empregadas de meio periodo e mies em periodo integral (Tabela 5.) "Aentrada de mais mulheres da classe média na forsa de ‘trabalho jadou asim a causar maior inovagio no planeja A cortosio do caréter a sent lexiel do tempo integral e de meio periodo. A essa altura tas mudangas cruzer a barira dos géneros, de modo que também os homens tim horiiselsticos. fexitempo hoje stan de vias mancires, Ame simples, sade de alma forma por cerca de 70 por cent das em esas amcicans,€0 tabalhador dar uma semana inte tral de trabalho, mas determinando quando, durante o dia {stark frie on no escrito. No extemo oposto cerca de 20 po cento das empresas peitem hodros de taba tho *comprimidos", como quando o empregado fro tra batho de toda wna semana em quatro day Trabalhar em cass € hoje uma ong em cerca de 16 por cento das em- press, sobretado para tabalhadoresem srvigo, vendas Eteencos, 0 qe se tormou posivel em grande parte dev do ao desenvolvimento de ntraedes de comunicasi. Nos Extados Unidos, homens e mulheres brancos de dase mé- dia tém hoje mais aces a hordrosflexivis de trabalho au os que teaalham em abies ou os trabalhadores his Plnicos O fexitempo € um privilegio do dia de trabalho; ‘© trabalho noturno anda € pasado para a castes menos prvilegiada, Tabla 6) Ese fatoatsinaa outra manera em que o lxtempo, emboraparecendoprometer maior iberdate qu ado tabu. Ihadoratlad roi da fire de alfinetes de Smith, et, 2 como, ane nae nova tana cone © citempo nao é como o calendatio de folgas, em que os tra- bathadores bem oqo esperar; tamponcoGcompariel com © simples total de horas semanas de trabalho que uma en ean pode eabelecer para seus empregados de nel inf For A programaso feel do tempo é ms um benefico concedio a trbalhadoresfvorecdos, dz a anata adi sisraiva Lote Baily, do que um dit tabla; € um tenefce dsibuid de manera desigtleesritamente aio a Richard Sennett nado. Iso hoje se aplica aos Estados Unidos; outros esto chepando & pritica americana.” Seo flexitempo € a recompensa do empregado, também pe no donsiotntimo da instiuiéo. Vem o mais flexi dos flexitempos,o trabalho em eas. Este prémio caves gran de ansiedade entre ox empregadores; eles temem perder 0} controle sobre os trabalhadoresausentes, desconfiam de que! (0 que ficam em casa abusam dessa liberdade."* Em con: Seqnca crouse um monte de controles para regular os pro- cexsos de trabalho concreto dos ansentes do escritéio. Exi= ‘gese que as pessostelefonem regularmente pra escritrio, fu usam-se controles de inta-ede para monitorar o taba: Thador ausente; 0s e-mails sio frequentementeabertos pelos ‘supervisores. Poucas organizagSes que montam esquemas de flextempo dizem a seus wabalhadores: “Aqui est a tarefa faga-a como quser, contanto que sja fit”, no modelo do ‘Taper. Um trabalhador em flexitempo controlao local do trabalho, mas nio adquire maior controle sobre o processo de trabalho em si A essa altura, véros estudossugerem que a supervisio do tabalho muitas veue é na verdade maior para ‘os ansentes do escrtério que para os presente.” (Os tabalhadores, asim, trocam uma forma de submissio ao poder — cara a cara — por outa, elewnica; foi o que

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