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DIREITO ADMINISTRATIVO

BLOCO 1 -

Princípios da administração pública (art. 37. Caput, CF) –

“LIMPE”

LEGALIDADE – A ADM. Pública somente pode fazer o que lei determina ou autoriza.

Ex. Súmula Vinculante nº 44, STF – Exame psicotécnico. Editais de concursos públicos preveem
exames necessários para exercício do cargo, o edital traz o que a lei determina. Ex. limite de
idade / altura.

IMPESSOALIDADE – Os agentes públicos devem sempre buscar o interesse público e não


apenas o privado daquele que exerce o cargo. Ex. nepotismo. Súmula vinculante nº 13, STF.

Os atos praticados pelos agentes públicos não são atribuídos pessoalmente a eles, mas sim à
administração. Ex. um governante não pode ter seu nome e/ou imagem atribuído a uma
construção pública, pois o ato é da gestão administrativa, não especificamente do agente.

MORALIDADE – Versa sobre a atuação de boa-fé, lealdade, honestidade, probidade do agente


público. Diz respeito à moralidade objetiva, aquela que a lei diz como tal.

PUBLICIDADE – Possui dois sentidos. Pode ser entendida como publicação oficial dos atos
administrativos. Ex. publicação de um edital de um concurso.

Pode ser caracterizada como a transparência, a qual o Estado tem o dever de fornecer
informações relativas a assuntos da administração pública a qualquer pessoal. Não há
necessidade de divulgação, mas se requisitado, deve-se fornecer. Ex. divulgação de proventos
e de um funcionário público.

Art. 5º, XXXIII – existe exceção ao princípio da publicidade. A CF prevê que pode haver sigilo
quando a informação for imprescindível à segurança do Estado ou da sociedade. Ex. Lei de
acesso à informação: LF. 12.527

EFICIÊNCIA – E.C. 19, - Refere-se a produtividade, economicidade e celeridade da


administração pública.

BLOCO 2 -

DOS PODERES ADMINISTARTIVOS –

Os poderes da administração pub. Podem ser exercidos de forma vinculada ou discricionária.

Vinculada – Quando o agente público atua SEM LIBERDADE. Ou seja, atua com base na lei, mas
a lei não lhe oferece liberdade.

Ex. órgão de transito é obrigado a fornecer a CNH, caso o agente passem em todas as provas.
Não existe possibilidade de não fornecer o documento.
Discricionário – Quando a lei lhe confere certa LIEBRDADE DE ATUAÇÃO.

Ex. Um agente de transito, ao verificar uma infração, tem possibilidade de aplicar uma multa
entre R$ 500,00 a R$ 1.000,00, dentro destes valores, ele possui liberdade de aplicar o valor
que achar correto, mas não pode aplica-la acima ou abaixo dos valores estipulados. Daí o
motivo pelo qual o poder discricionário oferece apenas certa liberdade.

Poder de polícia – O poder de limitar, com base na lei, restringir ou condicionar o exercício de
certos direitos ou o uso de bens públicos, para proteção do interesse da coletividade.

Não confundir com a polícia judiciária – Neste caso, versa-se sobre a polícia de trânsito,
ambiental, etc.

Polícia administrativa – Atua de forma preventiva ou repressiva. – Neste caso, a polícia


administrativa possui poderes para aplicar sanções (ex. multas – sanção administrativa).
Preventivamente, possui poderes para expedição de licenças, autorizações e
fiscalizações.

A atuação do poder de polícia se dá, não sempre, mas muitas vezes, de forma discricionária.

O poder de polícia também auto executório. Isto é, decide a aplicação do ato ilícito e executa.

É possível a delegação à administração pública indireta. Exemplo: autarquia de trânsito, como


a C.E.T.

Poder disciplinar – Poder de aplicar sanções a agentes públicos. Exemplo: demissão.

Possui poder, inclusive, a particulares que mantenham vínculo especifico com a administração
pública ou que estejam sujeitos à disciplina interna de órgão/entidade. Exemplo: expulsão de
um aluno numa escola. Regres especificas daquele local.

Poder hierárquico – Decorre das relações de coordenação e de subordinação entre órgãos e


agentes públicos.

Prerrogativas do poder hierárquico – (i) imposição de ordens, (ii) fiscalizar seus subordinados,
(iii) punir os subordinados, se necessários – decorre do poder disciplinar, (iv) fazer controle de
atos do subordinado – revogar e anular atos, (v) pode degelar e avocar competências.

Poder normativo / regulamentar – Poder de expedir normas infralegais (está abaixo da lei –
não cabe ao poder executivo), exemplo: decretos, portarias, instituições normativas,
regulamentos.

Quando um agente publico na função administrativa, utiliza seu poder normativo para expedir
atos infralegais, esse ato está abaixo de uma lei comum.

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