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NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 16450 Primeira ediga0 04.02.2016 Ensaios nao destrutivos — Liquido penetrante — Qualificagdo de procedimento Non-Destructive testing — Liquid penetrant — Procedure qualification ICS 19.100 ISBN 978-85-07-06057-4 ASSOCIACAO Numero de referéncia ai BRASLEIRA gp, My ABNT NBR 16450.2016 TECNICAS 6 paginas @ABNT 2016 “FL ABNT NBR 16450:2016 ©ABNT 2016 ‘Todos os direitos reservados. Amenos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicagao pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrénico ou mecéinico, incluindo fotocépia e microfilme, sem permissao por escrito da ABNT. ABNT ‘Av-Treze de Maio, 13 - 28° andar 20031-901 - Rio de Janeiro - RU Tel: + 85 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abnt@abnt.org.br wwwabnt.org.br “Fa. © ABNT2016 - Todos o¢ dieitos reservados ABNT NBR 16450:2016 Sumario Pagina Prefacio .. 1 Escopo 2 Referéncias normativas. 3 Termos e definic& 4 Requisitos gerais 44 Qualificagdo de pessoas .. 42 Instrumentos. 43 Ambiente de ensaio 44 Padres. 45 Dispositivos para manutengo da temperatura de ensaio. 46 Materiais penetrantes .. 5 Metodologia... 5A Ensaios em temperaturas convencionais (5 °C a 52 °C).. 5.2 Ensaios em temperaturas nao convencionais (menor que 5 °C e acima de 52 °C). 5.21 Temperaturas menores que 5 °C 5.2.2 Temperaturas maiores que 52°C. 5.2.3 Técnica alternativa para penetrantes colorido: 6 Validade do ensaio de qualificacao... 7 Registro. 8 Padrées de ensaios. 9 Nivel de sensibilidad 10 ‘Seguranca e meio ambiente. Tabelas Tabela 1 ~ Exemplo de tempo de penetraca Tabela 2 — Nivel de sensibilidade.. ®ABNT 2016 - Todos os direitos reservarios iii “FL ABNT NBR 16450:2016 Prefacio A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é 0 Foro Nacional de Normalizacao. As Normas Brasileiras, cujo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizacéo Setorial (ABNT/ONS) e das Comissdes de Estudo Especiais (ABNT/CEE), so elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalizagao. Os Documentos Técnicos ABNT so elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. AABNT chama a atengao para que, apesar de ter sido solicitada manifestagao sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados @ ABNT a qualquer momento (Lei n® 9.279, de 14 de maio de 1996). Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citagao em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os Orgdos responsaveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para exigéncia dos requisitos desta Norma AABNT NBR 16450 foi elaborada pelo Organismo de Normalizagao Setorial de Ensaios Nao Destrutivos (ABNTIONS-058), pela Comissdo de Estudo de Métodos Superficiais (CE-058:000.001). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n° 11, de 11.11.2015 a 11.01.2016. © Escopo em inglés desta Norma Brasileira 6 o seguinte Scope This Standard establishes the minimum requirements for qualification of type ! and Il (fluorescent and color) liquid penetrant procedure, using techniques “a” and ‘o" (water and solvent removable), with type “d" developer (non aqueous) for the sensitivity level specified (Level 1 or 2). The aplication of the requirements of this Standard is level 3 responsibilty. iv © ABNT2016 - Todos os direitos reservados FLA. NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16450:2016 Ensaios nao destrutivos — Liquido penetrante — Qualificagao de procedimento 1 Escopo Esta Norma estabelece os requisitos minimos de uma sistematica de qualificagao do procedimento de ensaio nao destrutivo por liquid penetrante Tipo | e Il (fluorescente e colorido), técnicas ‘a’ @ ‘c’ (removivel com agua e solvente), com revelador Tipo “d” (Umido nao aquoso), para o nivel de sensibilidade especificado (Nivel 1 ou 2). A aplicagao dos requisitos desta Norma é de responsabilidade do profissional Nivel 3 no método de liquido penetrante. 2. Referéncias normativas Os documentos relacionados a seguir so indispensaveis a aplicagao deste documento. Para refe- réncias datadas, aplicam-se somente as edig6es citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as edigdes mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR NM 327, Ensalos nao destrutivos — Liquidos penetrantes — Terminologia ABNT NBR NM 334:2012, Ensaios nao destnitivos - Liquidos penetrantes - Deteccao de descontinuidades ABNT NBR NM ISO 9712, Ensaios ndo destrutivos — Qualificacdo e certificagdo de pessoal em END ISO 3452-2, Non-destructive testing - Penetrant testing — Part 2: Testing of penetrant materials ISO 3452-3, Non-destructive testing — Penetrant testing — Part 3: Reference test blocks 3. Termos e definicdes Para os efeitos deste documento, aplicam-se 0s termos e definigdes da ABNT NBR NM 327 e os seguintes. 34 validagao de um procedimento ato do nivel 3 baseado na qualificago do procedimento, comprovado por meio da assinatura no procedimento de ensaio 3.2 qualificacao de procedimento de END atribuigao do nivel 3 consistindo da andlise da compatibilidade e adequagao do procedimento de ensaio aos requisitos minimos citados nas normas e especificagdes aplicaveis, baseado em ensaios em pecas de produgao ou padrées por meio de evidéncias documentadas ®ABNT 2016 - Todos os direitos reservarios 1 “FLS- ABNT NBR 16450:2016 4 Requisitos gerais 4.1 Qualificagdo de pessoas A pessoa que executa 0 ensaio de liquido penetrante deve atender a ABNT NBR NM ISO 9712. 4.2 Instrumentos 4.21 Os seguintes instrumentos so necessdrios para a condugao dos ensaios de qualificacao, conforme a técnica aplicada a) cronémetro; b) medidor de temperatura; c) medidor de luz branca; d) medidor de luz ultravioleta; e) termohigrémetro (quando aplicavel). 4.2.2 Todos os instrumentos mencionados em a) ae) devem estar calibrados. 4.3. Ambiente de ensaio As condigdes de ambientes para a realizacao dos ensaios de qualificagao devem proporcionar minima interferéncia na qualidade do ensaio a ser realizado. 4.4 Padrées Deve ser conforme a ISO 3452-3 tipo 1, bloco de referencia 4.5. Dispositivos para manutengao da temperatura de ensaio Durante toda a execuco dos ensaios de qualificagao do procedimento, os dispositivos devem garantir a manutengao da temperatura de ensaio conforme estabelecido no procedimento, respeitando 05 limites definidos na Seco 5. 4.6 Materiais penetrantes 4.6.1 Na qualificagao dos materiais penetrantes, devem ser respeitados os limites de temperatura especificados pelo fabricante. 4.6.2 Todos os conjuntos de materiais penetrantes constantes no procedimento devem ser avaliados durante os ensaios de qualificacao. 5 Metodologia 5.1 Ensaios em temperaturas convencionais (5 °C a 52 °C) 5.1.1 O ensaio deve ser conduzido na temperatura minima estabelecida no procedimento com tolerancia de 0 °C e- 5 °C. 2 © ABNT2016 - Todos o¢ dieitos reservados “Fs. ABNT NBR 16450:2016 EXEMPLO Para se qualificar um procedimento na temperatura minima de 10 °C, 0 ensaio é conduzido na temperatura entre 5 °C e 10 °C. 5.1.2 Durante a conducdo do ensaio de qualificagao, os materiais penetrantes € 0 bloco de ensaio devem estar mantidos & temperatura minima estabelecida em 5.1.1. 5.1.3 Imediatamente antes da aplicagao do penetrante no bloco de ensaio e estabilizadaa temperatura minima, deve-se efetuar uma leve limpeza da superficie do bloco com panos secos ¢ limpos de forma a remover qualquer condensado que possa interferir no ensaio. 5.1.4 Remogéo com agua: apés decorrido o tempo de penetracao especificado, a remogao do excesso de penetrante deve ser conduzida por meio de um spray de dgua por um tempo maximo de 1 min ¢ em seguida efetuar a secagem com panos secos ¢ limpos. 5.1.5 Remogao por solvente: apés decorrido o tempo de penetragdo especificado, a remogao do excesso de penetrante deve ser conduzida primeiramente com panos levernente umedecidos em solvente e em seguida com panos secos e limpos. 5.1.6 Arevelagao deve ser efetuada no tempo maximo estabelecido no procedimento apés 0 término do processo de remogao do excesso do penetrante. 5.1.7 A avaliagdo do ensaio deve ser efetuada apés decorrido 0 tempo minimo de revelagao especificado no procedimento e de acordo com o nivel de sensibilidade requerido. 5.1.8 Quando da utilizagdo de penetrantes tipo |, 0 processo de remogao e avaliagéo devem ser conduzidos por meio de lampada UVA. 5.2 Ensaios em temperaturas nao convencionais (menor que 5 °C e acima de 52 °C) 5.2.1 Temperaturas menores que 5 °C 5.2.1.1 Para esta faixa de temperatura, recomenda-se utilizar penetrantes pelas técnicas IC ou IC (removiveis com solvente). 5.2.1.2 O ensaio deve ser conduzido na temperatura minima estabelecida no procedimento com tolerancia de 0 °C e- 5 °C. 5.2.1.3 Durante a condugao do ensaio de qualificagao, os materiais penetrantes e o bloco de ensaio devem estar mantidos a temperatura minima estabelecida em 5.2.1.2. 5.2.1.4 Antes da aplicagao do penetrante no bloco de ensaio estabilizada a temperatura minima, deve-se efetuar uma leve limpeza da superficie do bloco com panos secos e limpos de forma ‘a remover qualquer condensado que possa interferir no ensaio. 5.2.1.5 Remogao por solvente: apés decorrido 0 tempo de penetragao especificado, a remogao do excesso de penetrante deve ser conduzida primeiramente com panos secos e limpos e em seguida com panos levemente umedecidos em solvente. 5.2.1.6 A revelaco deve ser efetuada no tempo maximo estabelecido no procedimento apés © término do processo de remogao do excesso do penetrante e secagem. 5.2.1.7 A avaliagdo do ensaio deve ser efetuada apés decorrido 0 tempo minimo de revelagéo especificado no procedimento e de acordo com o nivel de sensibilidade requerido. ®ABNT 2016 - Todos os direitos reservarios 3 -FLT- ABNT NBR 16450:2016 5.2.1.8 Quando da utilizagao de penetrantes tipo I, 0 processo de remogao e avaliagdo devem ser conduzides por meio de lampada UVA. 5.2.2 Temperaturas maiores que 52°C 5.2.24 Paraesta faixa de temperatura, recomenda-se utilizar penetrantes pela técnica lIC (removiveis com solvente). 5.2.2.2 Se 0 ensaio for realizado em temperaturas acima de 52 °C, deve ser utilizado um conjunto de blocos sendo que um dos blocos deve ser aquecido e mantido na temperatura estabelecida durante todo o ensaio. As indicagdes de trinca devem ser comparadas com o outro bloco na faixa de temperatura entre 5 °C e 52 °C. 5.2.2.3 O ensaio deve ser conduzido na temperatura maxima estabelecida no procedimento com limite de até 10 °C. 5.2.2.4 Para qualificar um procedimento para temperaturas acima de 52 °C, os limites inferior e superior devem ser determinados e o procedimento qualificado para estas temperaturas. 5.2.2.5 Como por exemplo, para qualificar um procedimento para a faixa de temperatura de 52 °C a 93 °C, a capacidade do penetrante de revelar as indicacdes no bloco-padrao deve ser demonstrada em ambas as temperaturas (como especificado na ABNT NBR NM 334:2012, Anexo B). 5.2.2.6 Apenas o bloco-padrao deve ser aquecido e mantido na maior temperatura estipulada pelo procedimento para realizagdo do ensaio, simulando assim a real condigéo da inspegao de campo, onde apenas as pecas ou equipamentos que sao objetos de inspecao se encontram na temperatura elevada. Os produtos aplicados sobre a superficie aquecida do bloco devem estar na temperatura ambiente. 5.2.2.7 O controle dos tempos de penetragao, de remoco, de revelago e de interpretagao na condugao do ensaio de sensibilidade deve ser rigoroso de forma que as indicagdes produzidas no bloco-padrao sejam logo observadas, pois qualquer variagao no processo pode implicar em nao visualizagao das descontinuidades. 5.2.2.8 Deve ser definido em procedimento os tempos minimo e maximo de penetracao em fungao das faixas de temperatura, ver exemplo na Tabela 1 Tabela 1 — Exemplo de tempo de penetrago Tempo de penetragao Conjunto min Faixa de 53° 80°C | Faixade 80a100°C | Faixa de 100 a 120°C A 8a10 3a5 1,525 5.2.2.9 A revelagdo deve acontecer imediatamente apds a secagem do removedor e deve ser definido 0 tempo maximo para a interpretagao dos resultados para cada faixa de temperatura 5.2.2.10 Para controle e manutengdo da temperatura do ensaio, devem ser utilizados equipamentos! dispositivos que garantam o atendimento a faixa definida para o ensaio. 5.2.2.11 A aplicacao do penetrante no bloco de ensaio deve ser efetuada apés a temperatura de ensaio para cada faixa ser estabilizada 4 © ABNT2016 - Todos o¢ dieitos reservados “Flee ABNT NBR 16450:2016 5.2.3. Técnica alternativa para penetrantes coloridos 5.2.3.1 Como uma altemativa aos requisitos de 5.2.1 e 5.2.2, quando utilizando um penetrante colorido, 6 permitido 0 uso de um Unico bloco-padréo para a temperatura convencional (5 °C a 52 °C) endo convencional, e a comparagéio deve ser realizada por meio de uma fotografia. §.2.3.2 Quando a técnica alternativa for utiizada, os detalhes de processamento descritos em 5.2.1 @ 5.2.2. so aplicados. O bloco deve ser minuciosamente limpo entre as duas etapas de processamento. Fotografias devem ser tiradas apés processamento para a temperatura ndo convencional e apés © processamento para temperatura convencional. As indicagSes de trincas devem ser comparadas entre as duas fotografias. Devem ser aplicados os mesmos critérios conforme Se¢do para a qualificago. 5.2.3.3 Técnicas fotograficas idénticas devem ser utllizadas para fazer a comparaco das fotografias (como especificado na ABNT NBR NM 334:2012, Anexo B). 6 Validade do ensaio de qualificagao 6.1 Avalidade dos ensaios de qualificagao dos produtos penetrantes nao pode ser superior a 24 meses. 6.2 Uma vez ultrapassado este prazo, ou quando houver evidéncia de que algum lote de um material penetrante apresenta problemas quanto qualidade, o produto deve ser objeto de novo ensaio de qualificagao. 7 Registro 7.1. Aqualificagao do procedimento deve ser documentada pelo inspetor nivel 3 responsdvel. 7.2 O registro do ensaio efetuado dos materiais penetrantes que s40 objeto de qualificacao do procedimento deve conter todas as condi¢ées dos ensaios que garantam a rastreabilidade. 7.3. O registro deve estar disponivel para o cliente/contratante. 7.4 registro deve apresentar um parecer conclusivo do profissional nivel 3 responsdvel, quanto @ qualidade dos resultados obtidos de forma que evidencie que os materiais penetrantes estéo aprovados ou no para uso. 8 Padroes de ensaios Os padrées para avaliagao dos materiais penetrantes devem ser os padrées tipo 1 de 10, 20, 30 ¢ 50 rm da ISO 3452-3, correspondentes ao tipo de penetrante e ao nivel de sensibilidade pretendido 9 Nivel de sensibilidade A Tabela 2 apresenta 0 nivel de sensibilidade requerido correspondente ao tipo de bloco para cada tipo de material penetrante. ®ABNT 2016 - Todos os direitos reservarios 5 “Fle ABNT NBR 16450:2016 Tabela 2 — Nivel de sensibilidade Nivel de Penetrante fluorescente (tipo |) Penetrante colorido (tipo II) sensibilidade 10 hm 20 nm 30 nm 50 xm Nivel 1 - 100 % - 100 % Nivel 2 100% - 100 % - Nivel 3 a - = = Deve ser efetuada periodicamente uma avaliacéo das condigdes gerais dos blocos-padrées de sensibilidade: entupimento de descontinuidades, condigdes da superficie, entre outras. A fotografia original apresentada pelo fabricante garante a quantidade inicial de descontinuidades do padrao. NOTA Outras formas de verificacdo da sensibilidade para todos os niveis podem ser empregadas conforme acordado entre as partes interessadas, entretanto, sempre com base na capacidade de visualizacao de descontinuidades produzidas de forma natural ou artificial Para determinagdo do nivel 3 de sensibilidade (ultra-alta, aplicagdes especificas), deve ser adotada uma anélise por meio de um equipamento de medica de visibilidade, conforme ISO 3452-2. 10 Seguranca e meio ambiente Dever ser adotados procedimentos de seguranga relativos ao local do ensaio e a ficha individual de seguranga dos produtos quimicos (FISPQ). 6 © ABNT2016 - Todos o¢ dieitos reservados -FLI0-

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