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PREPARA PARÁ

ENSINO MÉDIO | MATEMÁTICA

MATERIAL DO

2ª-
PROFESSOR

S ÉRIE
PREPARA
SOMOS EDUCAÇÃO

MATEMÁTICA

2
2 a SÉRIE
ENSINO MÉDIO
Arlete Ap. Oliveira de Almeida (coord.),
Adriana Mendonça
Antonio Dantas Costa Neto
Jefferson Almeida Santos
Erica Regina de Santana Santos
Mayara dos Santos Zanardi
Laércio Gomes Pereira
Breno Guimarães Castro
Silvana Pucceti
Presidência: Guilherme Mélega
Vice-presidência de Soluções e Serviços Educacionais:
Camila Montero Vaz Cardoso
Direção de Negócios: Elzimar Gouvea de Albuquerque
Direção de Educação: Aldeir Antonio Neto Rocha
Direção Editorial: Lidiane Vivaldini Olo
Coordenação de Projeto: Hydnéa Ponciano Domingueti
Coordenação Editorial: Camila Camilo
Autoras: Arlete Ap. Oliveira de Almeida (coord.), Adriana Mendonça, Antonio Dantas Costa
Neto, Jefferson Almeida Santos, Erica Regina de Santana Santos, Mayara dos Santos
Zanardi, Laércio Gomes Pereira, Breno Guimarães Castro e Silvana Puccetis
Planejamento, Controle de Produção e Indicadores:
Flávio Matuguma (ger.), Juliana Batista (coord.),
Jayne Ruas e Vivian Mendes Moreira
Revisão: Letícia Pieroni (coord.), Aline Cristina Vieira, Anna Clara Razvickas,
Carla Bertinato, Carolina Guarilha, Daniela Lima, Danielle Modesto, Diego Carbone, Elane
Souza de Paula Vicente, Gisele Valente, Helena Settecerze, Kátia S. Lopes Godoi, Lilian
M. Kumai, Luana Marques, Luíza Thomaz, Malvina Tomáz, Marília H. Lima,
Paula Freire, Paula Rubia Baltazar, Paula Teixeira, Rafael Simeão, Raquel A. Taveira,
Ricardo Miyake, Shirley Figueiredo Ayres, Tayra Alfonso, Thaise Rodrigues e Thayane Vieira
Iconografia e Tratamento de Imagens: Roberta Bento (ger.),
Iron Mantovanello (coord.), Thaisi Lima e
Ligia Dona de Souza (pesquisa iconográfica) e Fernanda Crevin (tratamento de imagens)
Licenciamento de Textos: Roberta Bento (ger.),
Iron Mantovanello (coord.), Raisa Maris Reina e Liliane Rodrigues
Arte: Fernanda Costa (ger.), Kleber de Messas (líder de projeto), Aleksander Scheidegger, Ana
Clara Xavier, Anna Julia Medeiros, Carlos Roberto de Oliveira, Carol Luik,
Cassio de Moura, Danielle dos Santos, Elidia Fernandes, Felipe Cabral,
Francisco Claudio Moreira, Jorge Adriano Savi, Karina Vizeu Winkaler,
Paula Samico, Rafael de Oliveira e Sarah Takechi
Design: Erik Taketa (coord.) e Gustavo Vanini (proj. gráfico e capa.)

Todos os direitos reservados por Somos Sistemas de Ensino S.A.


Avenida Paulista, 901, 6o andar – Bela Vista
São Paulo – SP – CEP 01310-200
http://www.somoseducacao.com.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

PREPARA Somos Educação : Matemática : segunda série :


Ensino médio : livro do professor / Arlete Ap. Oliveira de
Almeida...[et al]. -- 1. ed. -- São Paulo : Somos Sistemas
de Ensino, 2023.

Outros autores: Adriana Mendonça, Antonio Dantas Costa


Neto, Jefferson Almeida Santos, Erica Regina de Santana
Santos, Mayara dos Santos Zanardi, Laércio Gomes Pereira,
Breno Guimarães Castro, Silvana Pucceti
ISBN 978-65-5969-232-3

1. Matemática (Ensino médio) I. Almeida, Arlete Ap. Oliveira


de

23-3793 CDD 469.07

Angélica Ilacqua CRB-8/7057


2023

ISBN 9786559692316 (Aluno) Ilustração da capa:


ISBN 9786559692323 (Professor) Desenho "Natureza sobre nós", feito por Juliana
Código da obra: 838798 (Aluno)
Monteiro Santos, estudante da 2a série do Ensino
Código da obra: 838948 (Professor)
1a edição
Médio na escola E.E.E.M. Dom Pedro I, de Belém.
1a impressão
Foi selecionado no concurso
''Prepara COP30", realizado pela Secretaria de Estado
Impressão e acabamento da Educação do Pará (Seduc-PA).

Uma publicação

2
APRESENTAÇÃO
Olá, estudante!

Este livro conta com uma capa muito bonita. Foi desenhada
por seus colegas estudantes de escolas da rede estadual
aqui do Pará. Eles participaram do concurso ‘’Prepara COP30”,
realizado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
Belém será sede do evento mais importante sobre clima da
atualidade — a COP30, no ano de 2025. Até lá, estamos preparando
uma série de ações para todos vocês. Acompanhem!

Dito isso, este livro será a sua companhia nas próximas aulas.
Cuide dele com carinho!

Temos certeza de que as atividades aqui contidas apoiarão a sua


aprendizagem e o seu desenvolvimento, principalmente em
relação às habilidades aferidas pelo Sistema de Avaliação da
Educação Básica, o SAEB, que analisa a qualidade da Educação
Básica oferecida pelas redes de ensino do Brasil.

Aproveite suas aulas ao lado do(a) seu(ua) professor(a) e de seus


colegas. Essas experiências irão lhe preparar para as próximas
etapas da sua trajetória escolar e da sua vida.

Bons estudos!

Helder Barbalho Rossieli Soares


Governador do Estado do Pará Secretário de Estado de
Educação do Pará

3
QUADRO DE CONTEÚDOS
Aqui estão a organização das habilidades exploradas em cada capítulo e os respectivos descritores:

2a série do Ensino Médio


Eixo curricular Objeto do conhecimento Habilidade Desc.
Números e operações; Álgebra e Funções Equações do 1o grau a área de retângulo Identificar representações algébricas que expressem a relação de H19
interdependência entre duas grandezas.
Capítulo 1

Espaço e Forma Localização de objeto no espaço Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço H6
bidimensional tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
Grandezas e Medidas Medidas de comprimento e massa Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (comprimento, H10
massa, capacidade, área, volume).
Tratamento da Informação Informações em tabelas Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências. H23
o
Números e operações; Álgebra e Funções Função polinomial do 1 grau Resolver situação-problema cujos dados estejam expressos em gráfico H21
cartesiano que mostre a variação de duas grandezas.
Espaço e Forma Localização de pessoa no espaço Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço H6
Capítulo 2

bidimensional tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.

Grandezas e Medidas Medidas de capacidade Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (comprimento, H10
massa, capacidade, área, volume).
Tratamento da Informação Problemas com dados apresentados em Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a H25
forma de tabela de dupla entrada construção de argumentos.
Números e operações; Álgebra e Funções Equação polinomial do 2o grau Identificar representações algébricas que expressem a relação de H19
interdependência entre duas grandezas.
Espaço e Forma Polígonos e suas características Identificar características de polígonos ou sólidos (prismas, pirâmides, H7
Capítulo 3

cilindros).
Grandezas e Medidas Área e perímetro Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (comprimento, H10
massa, capacidade, área, volume).
Tratamento da Informação Problemas envolvendo tabelas Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando informações H26
expressas em gráficos ou tabelas.
Números e operações; Álgebra e Funções Função do 2o grau Resolver situação-problema cujos dados estejam expressos em gráfico H21
cartesiano que mostre a variação de duas grandezas.
Capítulo 4

Espaço e Forma Polígonos: triângulos e suas características Identificar características de polígonos ou sólidos (prismas, pirâmides, H7
cilindros).
Grandezas e Medidas Medidas de ângulos (grau e radiano) Avaliar a razoabilidade de resultado de uma medição na construção de um H13
argumento consistente.
Tratamento da Informação Informações em gráficos Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências. H23

Números e operações; Álgebra e Funções Juros simples e juros compostos Avaliar propostas de intervenção na realidade, utilizando cálculos de H17
porcentagem e/ou juros.
Espaço e Forma Polígonos: quadriláteros e suas Identificar características de polígonos ou sólidos (prismas, pirâmides, H7
características cilindros).
Capítulo 5

Grandezas e Medidas Área: decomposição de figuras planas Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando cálculos de H14
perímetros, área de superfície ou volume de blocos retangulares.

Tratamento da Informação Problemas envolvendo gráficos Avaliar propostas de intervenção na realidade, utilizando informações H26
expressas em gráficos ou tabelas.

Tratamento da Informação Interpretar situações em gráficos e tabelas Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos D35
gráficos que as representam e vice-versa.
Números e operações; Álgebra e Funções Inequações Identificar representações algébricas que expressem a relação de H19
interdependência entre duas grandezas.
Espaço e Forma Círcunferência e círculo Identificar características de polígonos ou sólidos (prismas, pirâmides, H7
Capítulo 6

cilindros).
Grandezas e Medidas Adição e subtração de áreas Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando cálculos de H14
perímetros, área de superfície ou volume de blocos retangulares.
Tratamento da Informação Problemas com dados apresentados em Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a H25
forma de gráfico construção de argumentos.

4
2a série do Ensino Médio
Eixo curricular Objeto do conhecimento Habilidade Desc.
Números e operações; Álgebra e Funções Acréscimos e descontos Utilizar informações expressas em forma de juros (simples ou compostos) H18
como recurso para a construção de argumentação (aumentos e descontos
sucessivos).
Capítulo 7

Espaço e Forma Características dos polígonos: quadriláteros Identificar características de polígonos ou sólidos (prismas, pirâmides, H7
cilindros).
Grandezas e Medidas Área e perímetro: quadriláteros Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando cálculos de H14
perímetros, área de superfície ou volume de blocos retangulares.
Tratamento da Informação Princípio fundamental da contagem Resolver situação-problema que envolva processos de contagem ou noções H28
de probabilidade.
Números e operações; Álgebra e Funções Porcentagem Avaliar propostas de intervenção na realidade, utilizando conhecimentos H5
numéricos.
Espaço e Forma Projeção ortogonal e vistas Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço H6
Capítulo 8

tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.


Grandezas e Medidas Medidas de arcos (grau e radiano) Avaliar a razoabilidade de resultado de uma medição na construção de um H13
argumento consistente.
Tratamento da Informação Probabilidade Resolver situação-problema que envolva processos de contagem ou noções H28
de probabilidade.
Números e operações; Álgebra e Funções Problemas envolvendo equações e Identificar representações algébricas que expressem a relação de H19
inequações interdependência entre duas grandezas.
Grandezas e Medidas Teorema de Pitágoras e aplicações Resolver situação-problema que envolva medidas de arcos ou ângulos (grau H12
Capítulo 9

e radiano), utilizando teorema de Pitágoras ou razão trigonométrica (seno de


um ângulo agudo).
Tratamento da Informação Média aritmética Utilizar médias aritméticas, noção de probabilidade ou conhecimentos H29
estatísticos como recurso para a construção de argumentação.
Espaço e Forma Sólidos geométricos: prismas Identificar características de polígonos ou sólidos (prismas, pirâmides, H7
cilindros).
Números e operações; Álgebra e Funções Equação exponencial Identificar representações algébricas que expressem a relação de H19
interdependência entre duas grandezas.
Capítulo 10

Espaço e Forma Movimentação de pessoa/objeto no espaço Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço H6
tridimensional tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
Grandezas e Medidas Volume de blocos retangulares Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando cálculos de H14
perímetros, área de superfície ou volume de blocos retangulares.
Tratamento da Informação Moda, média e mediana Utilizar médias aritméticas, noção de probabilidade ou conhecimentos H29
estatísticos como recurso para a construção de argumentação.
Números e operações; Álgebra e Funções Função exponencial Resolver situação-problema cujos dados estejam expressos em gráfico H21
cartesiano que mostre a variação de duas grandezas.
Espaço e Forma Pirâmides Identificar características de polígonos ou sólidos (prismas, pirâmides, H7
Capítulo 11

cilindros).
Grandezas e Medidas Razões trigonométricas Resolver situação-problema que envolva medidas de arcos ou ângulos (grau H12
e radiano), utilizando teorema de Pitágoras ou razão trigonométrica (seno de
um ângulo agudo).
Tratamento da Informação Princípio aditivo e princípio multiplicativo Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando probabilidade e/ou H30
conhecimentos estatísticos (porcentagem, gráficos, médias).
Números e operações; Álgebra e Funções Porcentagens sucessivas Avaliar propostas de intervenção na realidade, utilizando conhecimentos H5
numéricos.
Espaço e Forma Cones e cilindros Identificar características de polígonos ou sólidos (prismas, pirâmides, H7
Capitulo 12

cilindros).
Grandezas e Medidas Razões trigonométricas Resolver situação-problema que envolva medidas de arcos ou ângulos (grau H12
e radiano), utilizando teorema de Pitágoras ou razão trigonométrica (seno de
um ângulo agudo).
MATEMÁTICA

Tratamento da Informação Gráficos estatísticos: leitura e interpretação Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando probabilidade e/ou H30
conhecimentos estatísticos (porcentagem, gráficos, médias).

5
CONHEÇA SEU LIVRO
Cada parte deste livro foi construída para, ao longo das atividades, você e seus colegas desenvolverem novas habilidades e
novos conhecimentos, além de exercitar os já desenvolvidos. Veja como o material está estruturado:

Vl
ad
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ran
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ers
1 CAPÍTULO
toc
k
NÚMEROS REAIS, MEDIDAS E O título do capítulo
INTERPRETAÇÃO ESTATÍSTICA apresenta uma síntese
do que será abordado
Atividade 1 Ð Nœmeros reais na reta numŽrica
Explorando as ideias
ATIVIDADE
O conjunto dos números reais é a união do conjunto dos racionais (frações, dízimas pe-
riódicas, decimais, inteiros positivos e negativos) com o conjunto dos irracionais (raízes não Cada capítulo está
exatas, dízimas não periódicas como o p, etc.).
Todos os números reais podem ser localizados por um ponto em uma reta numérica cha-
mada de reta real.
dividido em várias
Na figura a seguir, estão em destaque os pontos A, B e C, representando os números intei-
ros 2, 3 e 4, respectivamente. Dividindo o segmento AB em cinco partes iguais, obtém-se os
atividades
3 Na reta numérica a seguir, estão destacados a origem O e os pontos A e P, que representam, respectivamente, os números
pontos
inteiros –1 e 2. Os pontos assinalados dividem P, Q, RAPeemS,quinze
o segmento quepartes
representam,
iguais. respectivamente, os
números racionais 2,2; 2,4; 2,6 e 2,8.
A B C D Dividindo
E O F o segmento
G H BCI emJ 10 partes
K Liguais,
M tem-se
N Pos pontos M e N, representando, respec-

21
tivamente,
0
os números racionais 3,4 e 3,7. 2

A cuja coordenada
Indique, em cada item, o ponto dessa reta numérica P Qé dada. R S B M N C
3
a) b) −0,4 c) 1,4 d) e) f)
5
2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 3,4 3,7 4
4 De maneira aproximada, marque na reta real os pontos reproduzidos a seguir:
3 Na próxima figura, marcamos de forma aproximada e .
A 52 ; B 5 0,75; C 5 11 2 ; E 5 1; F 5 17 ; G 52 5
2
25 24 23 22 21 0 1 2 3 4 5
25 24 23 22 21 0 1 2 3 4 5

2 π

25 24 23 22 Agora
21 0 Ž1 sua
2 vez!
3 4 5

1 Na reta numérica a seguir, estão destacados a origem O e os pontos A, B, C, D e E, que representam, respectivamente, os
números inteiros 0, 1, 2, –1, –2 e –3. Os tracinhos à direita da origem O dividem o segmento OB em oito partes iguais, e os
Atividade 2 – Localização notracinhos
plano cartesiano
à esquerda da origem O dividem o segmento OE em seis partes iguais.
E S D R C O P A Q B
Explorando as ideias
O plano cartesiano é um sistema de duas retas numéricas perpendiculares chamadas de eixos.
23 22 21 0 1 2
y
6 Escreva o número correspondente a cada ponto:
2o quadrante 1o quadrante
S representa o número __________
P 4 R representa o número __________
P representa o número __________
2
Q representa o número __________
O2 Q
Indique entre quais
x
números inteiros consecutivos se localizam, na reta numérica, os números racionais a seguir:
–6 –4 –2 0 2 4 6
18
–2 a) 2,23 c)
5
13
d) 
–4 R
b) −3,8
3o quadrante 4o quadrante
3
–6

Reta horizontal: eixo x ou eixo das abscissas.


Reta vertical: eixo y ou eixo10
das ordenadas.
Ponto O: origem do sistema.
MATEMÁTICA

Os eixos determinam quatro regiões, chamadas de quadrantes, como você pode ob-
servar na imagem anterior.

11

Atividade 3 Ð Convers‹o de unidades de medida


Explorando as ideias
EXPLORANDO Grandezas

AS IDEIAS Grandeza é tudo que pode ser medido. Veja alguns exemplos a seguir:
A ação de medir transformou o modo como o ser humano se relaciona com o mundo que
o rodeia.
Esta seção inicia o
7th Son Studio/Shutterstock

capítulo, com uma


apresentação dos
conceitos explorados

Hoje, é possível observar muitas medidas escritas em diversos suportes, como embala-
gens, anúncios, folhetos; e também realizamos medições usando instrumentos como régua,
balança, termômetro. Unidades de medida
A necessidade de um sistema de medidas com unidades fixas e universais se potencializou
LightField Studios/Shutterstock

com o passar dos anos. Eram necessárias unidades de medida que pudessem ser usadas em
qualquer país e que pudessem indicar medidas grandes e pequenas.
Em uma tentativa de resolver esse problema, por volta de 1789, a Academia de Ciência da
França criou o Sistema Métrico Decimal a pedido do Governo Republicano Francês. Inicialmen-
te, ele foi constituído de três unidades fundamentais: o metro (para medir comprimento), o
litro (para medir volume) e o quilograma (para medir massa). Anos mais tarde, esse sistema foi
DonNichols/Getty Images

substituído pelo Sistema Internacional de Unidades (SI), que é usado atualmente.

As unidades de medidas são quantidades específicas de determinadas grandezas físicas


e são usadas como padrão para realizar medições.
Zephyr_p/Shutterstock

Para medir a largura de uma


pia, é necessário o auxílio de um
instrumento de medida; no caso
da imagem, uma trena.
Ao comprar produtos no supermercado, observamos medidas de massa e de capacidade.
O resultado de uma medição é sempre expresso por um número seguido da unidade de
Quando precisamos saber as horas, usamos um relógio. Para saber se uma pessoa está medida empregada para realizar a medição.

com febre, medimos a temperatura com um termômetro. São muitas as situações em que as Para toda grandeza há uma unidade de medida padrão. Veja alguns exemplos:

medidas de comprimento, massa, capacidade, tempo, temperatura, perímetro, área e volume Grandeza Unidade de medida padrão Identificação

Comprimento metro m
são necessárias.
Área metro quadrado m²
Rido/Shutterstock

Volume metro cúbico m³

Capacidade litro L

Massa grama g

Os múltiplos e submúltiplos das unidades de medida são identificados por prefixos que
possuem o mesmo significado e valor independente da grandeza:
unidade
k h da d c m
padrão
quilo
hecto deca deci quilo mili
(1 000
(100 vezes (10 vezes (1 décimo (1centésimo (1 milésimo
vezes a
a unidade a unidade da unidade da unidade da unidade
unidade
padrão) padrão) padrão) padrão) padrão)
padrão)

Sendo assim, para converter metro para milímetro ou grama para miligrama ou litro para
mililitro podemos adotar o mesmo procedimento, que é multiplicar por 1000.
Veja os exemplos:

3 m 5 3 000 mm (milímetros)
14 CAPÍTULO 1 7 g 5 7 000 mg (miligramas)
2,5 L 5 2 500 mL
5 500 m 5 5,5 km (quilômetros)
MATEMÁTICA

3 8000 g 5 38 kg (quilogramas)

6
15
Agora é sua vez!
1 Uma indústria produziu, em um único dia, 1 500 L de suco de laranja e 2 400 L de suco de uva. Todo o suco de laranja será
Esses eixos determinam um plano, denominado plano cartesiano ou sistema de coordenadas cartesianas. Eles dividem o transferido para embalagens com capacidade para 300 mL, enquanto o de uva terá embalagens de 750 mL.
plano em quatro regiões, denominadas quadrantes, numerados como indicado na figura da página anterior. a) Quantas embalagens serão necessárias para o suco de laranja?
Cada ponto desse plano está associado a um par ordenado de números. Veja, como exemplo, o ponto P da figura. A reta que b) E para o suco de uva?
passa por P e é perpendicular ao eixo x corta esse eixo no ponto associado ao número 25; a reta que passa por P e é perpendicular
2 Com uma garrafa de refrigerante cuja capacidade é de 2,5 L é possível encher 20 copos idênticos. Qual é a capacidade, em mL,
ao eixo y corta esse eixo no ponto associado ao número 4.
de cada copo?
Dizemos que o ponto P está associado ao par ordenado (25; 4). Os números 25 e 4 são as coordenadas de P. A abscissa de
3 A figura seguinte representa um pote contendo azeitonas. Para melhor conservação, no pote é acondicionada água com a
P é 25 e a ordenada de P é 4. Escrevemos P(25; 4) para indicar que o ponto P está associado ao par ordenado (25; 4).
azeitona. A embalagem apresenta o “peso” líquido do produto (água e azeitonas) e o peso drenado (somente azeitonas).
Coordenadas de P

MRS Editorial
P(−5; 4)

Abscissa de P Ordenada de P

O primeiro número do par (abscissa) está sempre associado ao eixo x, e o segundo número do par (ordenada), ao eixo y, como
mostra o esquema anterior. Por isso a denominação par ordenado.
Quantos gramas de água esse pote contém?

Agora Ž sua vez! 4 Para medir o comprimento da quadra de tênis de um clube, duas pessoas, Leonardo e Karina, usaram como medidas seus

AGORA É SUA
passos. Leonardo deu 80 passos iguais, e Karina, 64. Um dia antes dessa medição, Leonardo mediu seu passo e descobriu
1 Considere o par ordenado (7, 23) para responder às questões a seguir: que ele tinha 75 cm. De acordo com essas informações, responda em seu caderno.
a) Qual é a sua abcissa? a) Qual o comprimento da quadra de tênis em metros?

VEZ!
b) Qual é a sua ordenada? b) Quantos centímetros mede 1 passo de Karina?
c) Quais são suas coordenadas?
d) Em que quadrante está situado o ponto a ele associado?
2 Considere o plano cartesiano a seguir: Atividade 4 – Interpretação de gráficos
y
“Agora é sua vez!” 6 Explorando as ideias
Um dos modos mais utilizados para representar e analisar dados estatísticos são os gráficos.
4 Eles apresentam um conjunto de elementos que possibilitam uma interpretação rápida do que

é uma atividade 2
A se quer representar.
Há gráficos de vários tipos: gráficos de segmentos ou linhas, de colunas ou barras, de se-
tores ou circulares. Veremos que, dependendo dos dados que queremos representar, optamos
D

ou sequência de –6
C
–4 –2 0
O
2 4 6 x
por um ou outro tipo.

Gráfico de setores
Também conhecido como gráfico tipo pizza, o gráfico de setores geralmente é utilizado

atividades que B
–2 quando queremos comparar uma parte com o total, usando ou não porcentagem. Veja um
exemplo na figura:
–4

aparece sempre após –6


Porcentagem do número de filhos por
mulher entre os associados ao Clube X
(frequência relativa)

MRS Editorial
a seção “Explorando a) Dê as coordenados dos pontos:
A(____,____) C(____,____)
10%
22,5%
0 filho
1 filho
32,5% 2 filhos

as ideias” B(____,____)
b) Represente no plano cartesiano os pontos:
M (3, 5)
D(____,____)
35% 3 filhos

N(24, 3) Fonte: Dados elaborados para fins didáticos.

P(6, 22)
Q(0, 25) 16 CAPÍTULO 1

12 CAPÍTULO 1

Agora é sua vez! Atividade 4 – Gráficos de colunas e de barras


1 Um reservatório inicialmente vazio, com capacidade para 9 000 L, recebe água por meio
de um cano à razão de 1 200 cm3 por segundo. Em quantos minutos ele ficará cheio? Explorando as ideias
Os gráficos e as tabelas facilitam a interpretação e a análise de dados. Comumente, são
utilizados na área da pesquisa e da estatística, inclusive pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), para que seja possível interpretar as informações do Censo.
Veja uma possível representação dos resultados dessa pesquisa por meio de um gráfico de
colunas, também chamado gráfico de barras verticais.

Número de filhos por mulher do clube X

MRS Editorial
Frequência absoluta
16
2 Um restaurante comprou 60 litros de suco por R$ 150,00 e o vendeu em copos com 14
300 mL, ao preço de R$ 2,50 o copo. Qual foi, em reais, o lucro do restaurante na venda 12
10
desse suco? 8
6
4
2
0
0 1 2 3
Número de filhos
Fonte: Dados elaborados para fins didáticos.

Uma variação dessa representação é o gráfico de barras horizontais.

Número de filhos por mulher do clube X

MRS Editorial
No de filhos
0
Explorando as ideias 1
2
Algumas equival•ncias importantes 3

Vamos analisar algumas equivalências importantes entre unidades de medida de volume e ZOOM 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
de capacidade. Lembre-se de que a equivalência básica é 1 L 5 1 dm3. Fonte: Dados elaborados para fins didáticos.
1 dm3 5 1 L
• 1 m3 5 1 000 dm3 5 1 000 L
1 m3 5 1 000 L O número de horas diárias que os adolescentes passam na frente de um computador, nave-
• 1 cm3 5 0,001 dm3 5 0,001 L 5 1 mL gando pela internet, tem sido uma grande preocupação para pais e educadores.
1 cm3 5 1 mL
A equivalência 1 m3 5 1 000 L pode ser visualizada com base em uma situação concreta. Uma escola, com cerca de 500 alunos, sorteou alguns deles para participarem de uma pes-
Imagine uma caixa-d’água em formato de cubo, com aresta interna medindo 1 m. O volume quisa. O objetivo era saber quantas horas por dia, em média, eles ficavam na internet. Os resul-
de água que cabe nela é (1 m)3 5 1 m3. A capacidade dessa caixa-d’água é, portanto, igual a tados da pesquisa foram representados pelo gráfico de colunas a seguir.
1 000 litros, ou seja, cabem nela 1 000 litros de água.
Frequência absoluta
Exemplos: 16

MRS Editorial
14
a) O volume de 4,5 dm3 equivale a uma capacidade de 4,5 L.
12
b) Se o volume interno de um reservatório é igual a 6,4 m3, sua capacidade é de 10
6,4 á 1 000 L 5 6 400 L. 8
c) 0,4 dm 5 400 cm , equivalentes a uma capacidade de 400 mL.
3 3
6
4
Agora é sua vez! 2
0
1 Preencha as lacunas a seguir com as medidas equivalentes. 1 2 3 4 5
Número de horas diárias na internet
a) 3,4 dam3 5 m3 5 L5 hL

b) 0,00006 hm3 5 dm3 5 L5 daL Exemplos:


a) Qual é a população dessa pesquisa?
c) 45 L 5 mL 5 cm 5
3
m 3

b) Qual é a variável pesquisada?


d) 5 dL 5 L5 dm3 5 mm3
MATEMÁTICA

c) Quantos são os elementos da amostra utilizada?


e) 72 000 L 5 m3 5 hm3 5 dam3

23 24 CAPÍTULO 2

6. A figura mostra o resultado de uma pesquisa realizada pela 2B Brasil com 400 homens.
Prepara Saeb

PREPARA SAEB 1. A linha reta abaixo representa parte da escala de um termômetro. Cada unidade de medida está dividida em cinco partes iguais.
A B
CADA VEZ MAIS VAIDOSOS
• Os homens já representam 16 % do mercado de cosméticos no brasil –
o dobro do que representavam no início dos anos 90
–3 –2 –1 0 1
• 30% deles gastam, em média, 30 minutos por dia na frente do espelho
Os pontos A e B correspondem, nessa ordem, aos números
Ao final dos capítulos a) ( ) 22,2 e 20,1 c) ( ) 22,4 e 20,2 • Os produtos que eles mais procuram são:
Hidratante para mãos 25%
b) ( ) 22,2 e 0,1 d) ( ) 22,4 e 0,2
pares, há a seção 2. Observe a figura:
Hidratante para o corpo
Creme antirrugas
19%
11%
A B C D E F G H I J K L
“Prepara SAEB” 1
2 Legenda
No esquema acima, estão locali-
zados alguns pontos da cidade.
Hidratante para os pés
Máscara facial
11%
5%
Fonte: Consultoria 2B Brasil Research
REVISTA VEJA - JUNHO/2003

com dez questões 3


4
5
X
Y P
X – Teatro
K – Shopping
A coordenada (5,G) localiza
a) ( ) a catedral.
Os homens que procuram produtos de beleza são aqueles que gastam em média 30 minutos por dia na frente do espelho.
6 L – Quadra Poliesportiva A quantidade de homens entrevistados que procuram hidratante para as mãos é:
relacionadas às 7
8 Z
L
K
Z – Estádio de Futebol
P – Catedral
b) ( ) a quadra poliesportiva.
c) ( ) o teatro.
a) ( ) 30 d) ( ) 120
9 b) ( ) 66 e) ( ) 140
habilidades aferidas 10 Y – Cinema d) ( ) o cinema.
c) ( ) 100
7. Uma caixa d'água tem forma de cilindro circular reto, com 2 m de diâmetro e 70 cm de altura. Considerando-se p 5 3,14, a
3. Uma casa de sucos naturais vendeu, num dia, 17,5 litros de suco. Esse suco foi servido em copos de 125 mililitros cada um.
pela prova Nesse dia, o número de copos de suco vendidos, nessa casa, foi de
capacidade aproximada dessa caixa é de:
a) ( ) 2 000 litros. b) ( ) 2 100 litros. c) ( ) 2 200 litros. d) ( ) 2 300 litros. e) ( ) 2 400 litros.
a) ( ) 72.
8. Numa gráfica, 6 máquinas com a mesma capacidade podem tirar, juntas, 4 800 cópias em uma hora. Se duas dessas máquinas
b) ( ) 120. param de funcionar, o número de cópias que as máquinas restantes podem tirar juntas, em uma hora, é
c) ( ) 140.
a) ( ) 7 200. b) ( ) 3 200. c) ( ) 1 600. d) ( ) 800.
d) ( ) 218.
9. Observe o plano cartesiano.
4. O gráfico representa a preferência dos alunos da turma 402 em relação aos esportes praticados na aula de Educação Física.
y
De acordo com o gráfico, 6
Handebol
Basquete
a) ( ) o esporte preferido desta turma é o basquete. 5
B
b) ( ) o esporte de que os alunos dessa turma menos gostam é o vôlei. 4
c) ( ) a metade da turma prefere futebol. 3 A

Futebol d) ( ) vôlei e basquete são esportes preferidos pelo mesmo número de alunos. 2
Vôlei C D
1
5. A tabela abaixo apresenta o resultado de uma pesquisa sobre as estratégias das pessoas para ter paz interior. Em seguida,
encontra-se o gráfico gerado a partir dos dados apresentados na tabela. –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 6 7 x
–1
Estratégia Percentual –2
Ter fé 28 –3
Conhecer e amar a si mesmo 14
Fazer o bem 10
Meditar 7 Com relação a esse plano, é correto afirmar que
Amar a natureza 5
a) ( ) o ponto A possui ordenada nula. d) ( ) o ponto D está a 3 unidades do eixo x.
Pensar positivamente 5
Ter harmonia na família 5 b) ( ) o ponto B está a 4 unidades de distância do eixo y. e) ( ) o ponto C está a 1 unidade de distância do eixo x.
Outros 26
c) ( ) o ponto D é simétrico ao ponto C, em relação ao eixo x.
ÉPOCA, 5 mar 2007.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência de legendas das estratégias conhecer e amar a si mesmo, fazer o bem e meditar,
10. Observe a reta numérica abaixo.
nessa ordem.
a) ( ) d) ( ) 0 1 2 A 8 B
b) ( ) e) ( ) Nela estão localizados os pontos A e B que correspondem, respectivamente, aos números
MATEMÁTICA

c) ( ) a) ( ) 13 e 6. c) ( ) 7 e 9.
MATEMÁTICA

b) ( ) 6 e 13. d) ( ) 7 e 13.

26 CAPÍTULO 2 27

7
8
k
t oc
er s
utt
Sh
ns /
Ive
ey N
S e rg

MATEMÁTICA
Capítulo 1 Equação de 1o grau,
localização no plano,
medidas de comprimento e
informações em tabelas 10
Capítulo 2 Função, geometria e
tratamento da informação 22
Capítulo 3 Geometria e equação
polinomial de 2o grau 31
Capítulo 4 Álgebra, geometria e gráficos 38
Capítulo 5 Juros e geometria 55
Capítulo 6 Desigualdades, figuras planas
e dados 65
Capítulo 7 Entre números e figuras 77
Capítulo 8 Números reais, medidas e interpretação
estatística 89
Capítulo 9 Álgebra, geometria e estatística 100
Capítulo 10 Números reais, medidas e interpretação
estatística 111
Capítulo 11 Exponencial, pirâmides, noções de
trigonometria e probabilidade 119
Capítulo 12 Álgebra, geometria, trigonometria e
gráficos 129
9
EQUAÇÃO DE 1O GRAU,
1
Vl
ad
LOCALIZAÇÃO NO PLANO,

im
ir W
ran
ge
/Sh
utt
MEDIDAS DE COMPRIMENTO E

ers
toc
k
INFORMAÇÕES EM TABELAS

Atividade 1 – Equação polinomial de 1o grau


Neste capítulo, o conjunto de
atividades tem como objetivo
Explorando as ideias desenvolver as seguintes
habilidades:
As equações polinomiais são excelentes exemplos de tradução de uma situação-problema Objeto do
Habilidades Desc
conhecimento
real em linguagem matemática; as equações são sentenças matemáticas que indicam uma
Identificar
igualdade, compostas por uma pergunta ou incógnitas que nada mais são do que letras que representações
representam esse valor desconhecido. algébricas que
Equações de expressem
o H19
Vejamos o exemplo a seguir: 1 grau a relação de
interdependência
Pedro tem 3 anos a menos de idade do que sua irmã Paula. O pai deles tem o quádruplo entre duas
grandezas.
da idade de Paula. A soma das três idades é 57 anos. Qual é a idade de cada um? Considere a
Interpretar a
idade em anos completos. localização e a
movimentação
Para resolver essa questão, vamos separá-las em pequenos passos: de pessoas/
Localização
objetos
1o) Defina uma incógnita para representar uma das três idades pedidas. Como as idades de de objeto
no espaço H6
no espaço
Pedro e do pai são expressas em função da idade de Paula, o ideal é considerar a idade tridimensional
bidimensional
e sua
dela como referência. Assim, vamos representar a idade de Paula pela incógnita x. representação
no espaço
2o) Expresse todas as idades em função da incógnita x. bidimensional.
• Idade de Paula: x. Estabelecer
relações entre
• Idade de Pedro (3 anos a menos que Paula): x – 3. diferentes
Medidas de unidades
• Idade do pai (o quádruplo da idade de Paula): 4x comprimento de medida H10
e massa (comprimento,
3o) Represente os dados do problema por meio de uma equação. massa,
capacidade,
Como a soma das três idades é 57, temos a equação x 1 x 2 3 1 4x 5 57. área, volume).
o
4 ) Resolva a equação. Utilizar
informações
x 1 x – 3 1 4x 5 57 Informações
expressas
em gráficos H23
em tabelas
6x 2 3 5 57 ou tabelas
para fazer
6x 5 57 1 3 inferências.

6x 5 60
x 5 10
Professor(a), com base no conceito
o
5 ) Calcule as três idades com base na raiz da equação. de variável, defina expressão algé-
brica, contrapondo-a à expressão
• Idade de Paula: x 5 10 numérica. Desenvolva em seguida
o cálculo do valor numérico de uma
• Idade de Pedro: x 2 3 5 10 2 3 5 7 expressão algébrica. Utilize várias
letras diferentes como variáveis,
• Idade do pai: 4x 5 4 ? 10 5 40 não se limitando à variável x. Desta-
que o fato de que, em expressões
Portanto, Paula tem 10 anos; Pedro tem 7 anos e o pai deles tem 40 anos. algébricas, o sinal de multiplicação
entre número e variável e entre va-
Então, para resolver um problema, é preciso organizar as informações. Agora tente fazer, riáveis pode ser omitido. Dê ênfase
seguindo os passos acima. especial à tradução de sentenças
matemáticas da linguagem corren-
Entre os tipos de problemas que podem aparecer, há aqueles que envolvem perímetro e te para a linguagem algébrica.

área.

10
Veja:
• O retângulo e o quadrado representados a seguir, em que as medidas dos lados estão ex-
pressas em centímetros, têm a mesma área.

MRS Editorial
x+1 2x

4x Ð 3
2x

a) Qual é o valor de x?
b) Qual é o perímetro de cada figura?
Resolução:
a) Para encontrar o valor de x, é preciso considerar que este valor está relacionado às medidas
dos lados do retângulo e do quadrado. Logo, podemos escrever as seguintes relações:
Área do retângulo Área do quadrado
O cap A 5 L2
A 2 L2
A 5 (4x 2 3) (x 1 1)
A 5 (2x)²
A 5 4x² 1 4x 2 3x 2 3
A 5 4x²
A 5 4x² 1 x 2 3

Como as áreas são iguais, podemos escrever uma igualdade:


4x² 1 x – 3 5 4x²
Resolvendo a equação:
x–350
x53
Resposta: Valor de x é igual a 3.
b) Para calcular o perímetro, devemos substituir x por seu valor, 3, encontrando as medidas
dos lados.
Lados do retângulo:
x 1 15 3 11 5 4
4x – 3 5 4(3) – 3 5 12 – 3 5 9
Perímetro do retângulo: P52(4) 1 2(9) 5 8 118 5 26
Vamos encontrar as medidas dos lados do quadrado:
Lado: 2x 5 2(3) 5 6
Perímetro: 4(6)5 24
Logo, o perímetro do retângulo é igual a 26 e do quadrado, 24.

Agora é sua vez!


1 Uma loja de celulares vendeu, em fevereiro, o triplo do número de aparelhos vendidos em janeiro. Em março, ela vendeu
7 aparelhos a menos do que as vendas acumuladas de janeiro e fevereiro. Se nesse trimestre ela vendeu um total de 297 ce-
lulares, quantos ela vendeu em cada um dos três meses?
Se x é o número de aparelhos vendidos em janeiro, a loja vendeu 3x aparelhos em fevereiro e (4x – 7) em março.
Logo, x 1 3x 1 4x − 7 5 297 ~ 8x 5 304 ~ x 5 38.
Vendas em janeiro: x 5 38.
Vendas em fevereiro: 3x 5 3 ? 38 5 114.
Vendas em março: 4x – 7 5 4 ? 38 – 7 5 145.
MATEMÁTICA

11
2 Adriana multiplicou um número inteiro por 5. Do produto encontrado, subtraiu 11. Finalmente, dividiu por 3 a diferença
obtida. Ela encontrou, como quociente, o sucessor do número inteiro inicial. Qual era esse número?
1o) Defina uma incógnita para representar o número inteiro pedido.
Vamos indicar esse número pela incógnita n.
2o) Represente os dados do problema por meio de uma equação, utilizando a incógnita definida.
• Multiplicando o número n por 5: 5n
• Subtraindo 11 do produto encontrado: 5n 2 11
5n 2 11
• Dividindo por 3 a diferença obtida:
3
• Sucessor do número inicial: n 1 1
5n 2 11
• Igualando as duas últimas expressões: 5 n 11
3
3 ) Resolva a equação.
o

5n 2 11
5 n 11
3
5n 2 11 5 3(n 1 1)
5n 2 11 5 3n 1 3
5n 2 3n 5 3 1 11
2n 5 14
n57
4 ) Analise se a raiz obtida faz sentido como solução do problema. Segundo o enunciado do problema, o número inicial era
o

inteiro. É o caso da raiz 7 encontrada. Logo, ela faz sentido como solução. Se tivéssemos obtido como raiz da equação um
número não inteiro, concluiríamos que o problema não teria solução.
Portanto, o número que Adriana considerou inicialmente é o 7.

3 Suponha que as variáveis x e y representem as medidas de dois lados vizinhos de um retângulo, e as variáveis P e A, o perímetro
e a área desse retângulo, respectivamente, conforme figuras a seguir.
MRS Editorial

Perímetro
y

x
Encontre as fórmulas que relacionam as duas variáveis com o perímetro e a
área do retângulo.
Resposta: P 5 2x 1 2y e A 5 xy____________________

y Área

4 (Enem) Um forro retangular de tecido traz em sua etiqueta a informação de que encolherá após a primeira lavagem mantendo,
entretanto, seu formato. A figura a seguir mostra as medidas originais do forro e o tamanho do encolhimento (x) no compri-
mento e (y) na largura. A expressão algébrica que representa a área do forro após ser lavado é (5 2 x)(3 2 y).
MRS Editorial

Nessas condições, a área perdida do forro, após a primeira


lavagem, será expressa por:
a) 2xy.
3 b) 15 2 3x.
c) 15 2 5y.
y d) 25y 2 3x
x e) 5y 1 3x 2 xy.
x
5
Nessas condições, determine a área perdida do forro, após a primeira lavagem.
Resposta: 5y 1 3x 2 xy_________

12 CAPÍTULO 1
Professor(a), mostre aos alunos
Atividade 2 – Localização de objeto no espaço que a matemática é viva, apresente
viva apresentando a eles um exem-
bidimensional plo de aplicação da localização de
objetos no espaço bidimensional na
vida real que é a navegação com o
uso de mapas ou sistemas de GPS.
Explorando as ideias Ao utilizar um mapa ou um dis-
positivo de navegação GPS, você
Conhecer a localização de um objeto no espaço bidimensional é fundamental para a precisa entender sua localização
atual e a posição dos destinos de-
navegação e orientação. Por exemplo, ao utilizar um mapa, precisamos entender as coor- sejados em relação a você. Essas
informações são representadas
denadas ou referências de localização para encontrar um destino específico. Ter noções em um plano bidimensional, onde
de espaço bidimensional nos permite identificar pontos de referência, calcular distâncias pontos de interesse, ruas, estradas
e outros objetos são identificados
e planejar rotas. por suas coordenadas.
Usamos o plano cartesiano para localizar esses pontos.
y

2
2° Quadrante 1° Quadrante
1

23 22 21 0 1 2 3 x

21
3° Quadrante 4° Quadrante
22

23
Fonte: elaborado pelo autor

Vamos verificar como se dá a localização de pontos no plano cartesiano:


Um ponto P é identificado a partir de um par ordenado (x, y), em que o primeiro número
representa a abscissa (x) do ponto e o segundo, a ordenada do ponto (y). Observe a represen-
tação do ponto P(4, 2) no plano cartesiano a seguir.

y
MRS Editorial

P(4, 2)
2

22 21 0 1 2 3 4 5 x

21

No plano cartesiano apresentado a seguir, marque os pontos:


A(1, 2), B(−2, −2), C(5, −1) e M(−4, 1).
Resolu•‹o:
MATEMÁTICA

Antes de marcar no plano cartesiano, é preciso verificar em qual quadrante cada ponto se
situa.

13
O ponto A(1, 2) está localizado no 1o quadrante, já que suas coordenadas são positivas. O ponto
B(22, 22) está localizado no 3o quadrante, já que suas coordenadas são ambas negativas. O ponto
C(5, 21) está localizado no 4o quadrante, pois sua abscissa é positiva e sua ordenada é negativa.
O ponto M(24, 1) está localizado no 2o quadrante, pois sua abscissa é negativa e sua orde-
nada é positiva.
Vamos localizá-los então, sempre começando pela abscissa (x) do ponto.
y
4

A (1, 2)
2

M (4, 1)
1

25 24 23 22 21 0 1 2 3 4 5 6 7 x

21
C (5, 1)

B (22, 22) 22

23

Sempre que possível, tenha um papel quadriculado ou uma régua para ajudar a guiá-lo.

Agora Ž sua vez!


æ1 ö
1 Marque os pontos A(0, 4), B(−2, 0), D ç , 1÷ , E(23, 23) e M(6, 21) no plano cartesiano.
è2 ø

Solução:

y
Ilustrações: MRS Editorial

4 A(0, 4)

2
1
D ,1
2
1

23 B(22, 0) 6
24 22 21 0 1 2 3 4 5 7 x

21
M(6, 21)

22

23
E(23, 23)

24

14 CAPÍTULO 1
2 Identifique as coordenadas de cada ponto indicado no plano cartesiano reproduzido a seguir, indicando a qual quadrante
cada um dos pontos pertence.
P y
4

J
3

M
2

E D
1

26 25 24 23 22 21 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 x
21
B O

22

23
A
Resposta: M(2, 2), D(8, 1), P(−3, 4), J(−5, 3), E(−4, 1), B(−5, −1), O(1, −1), A(4, −3)
1o quadrante: M e D; 2o quadrante: E, J e P; 3o quadrante: B; e 4o quadrante: O e A.
3 Rita mapeou o bairro em que mora. Ela identificou que a padaria, a farmácia e o banco ficam em esquinas. O registro do seu
mapeamento ficou indicado conforme a figura a seguir.
y
MRS Editorial

Farmácia
5

4
Banco
3 Observe a posição de cada um desses estabelecimentos e os represente por meio de
Padaria pares ordenados.
2
Padaria: (0; 2); banco: (A; 3); farmácia: (D; 5).
1

0 A B C D E x
4 Os pontos cardeais são os principais pontos de referência para localização sobre a superfície N

AStudio-1/Shutterstock
terrestre. Observe:
Uma pessoa partiu da origem de um plano cartesiano e caminhou 7 unidades para o leste
(L). Em seguida, caminhou 3 unidades para o norte (N). Depois, caminhou 4 unidades para o
oeste (O). Em seguida, caminhou duas unidades para o norte (N) e depois uma unidade para O L
o leste (L). Por fim, caminhou 5 unidades para o sul (S).
Determine no plano cartesiano seguinte o ponto A que representa o final da caminhada
dessa pessoa.
y
MRS Editorial

A pessoa parte do ponto


10 S
O(0; 0) e caminha até (7; 0);
em seguida, chega no ponto 9
(7; 3); depois, chega ao ponto
(3; 3); em seguida, passa 8
pelos pontos (3; 5) e (4; 5),
7
para, finalmente, chegar ao
ponto A(4; 0). 6
5
4
3
2
1
A
MATEMÁTICA

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 x

15
Professor(a), massa e comprimento
Atividade 3 Ð Medidas de comprimento e massa são duas grandezas físicas distintas
que não possuem uma associação
direta entre si. No Sistema
Internacional de Unidades (SI), a
Explorando as ideias massa é medida em quilogramas
(kg), enquanto o comprimento
Tanto o comprimento quanto a massa são grandezas físicas importantes utilizadas em di- é medido em metros (m). No
entanto, existem situações em que
versas aplicações. Compreender essas grandezas e suas unidades de medida auxilia no estudo a massa e o comprimento podem
ser relacionados indiretamente por
e na compreensão de conceitos científicos e matemáticos, além de elas serem úteis no dia a dia meio de propriedades específicas
em várias situações práticas. de determinados objetos.

Vamos separá-las para melhor compreensão.


No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade básica de medida de comprimento
ou de distância é o metro (símbolo: m).
Múltiplos do metro:
• Decâmetro (dam): 1 dam 5 10 m 5 101 m
• Hectômetro (hm): 1 hm 5 100 m 5 102 m
• Quilômetro (km): 1 km 5 1 000 m 5 103 m
Submúltiplos do metro:
• Decímetro (dm): 1 dm 5 0,1 m 5 1021 m
• Centímetro (cm): 1 cm 5 0,01 m 5 1022 m
• Milímetro (mm): 1 mm 5 0,001 m 5 1023 m
Observe que, considerando-se a sequência das unidades, da maior para a menor, km, hm,
dam, m, dm, cm e mm, cada unidade de medida de comprimento é igual à unidade anterior
multiplicada por 10. Temos, por exemplo:
• 1 km 5 10 hm;
• 1 hm 5 10 dam;
• 1 dam 5 10 m; e assim por diante.
Por isso, dizemos que essas medidas fazem parte do sistema métrico decimal.
km hm dam m dm cm mm
1 0
1 0
1 0

Esse fato sugere que a conversão de uma medida de comprimento expressa em número de-
cimal de uma unidade para outra pode ser feita deslocando-se a vírgula de uma em uma casa.
Exemplo:
a) Converter 3,1 km para metro.
1o passo: colocamos a unidade 3 na casa do km.
2o passo: completamos com 0 até chegar na casa do metro.
3o passo: escrevemos o número já convertido: 3 100 m.
km hm dam m dm cm mm
3 1 0 0

b) Converter 6,5 dm para hectômetro.


1o passo: colocamos a unidade 6 na casa do dm.
2o passo: completamos com 0 até chegar na casa do hm.
3o passo: escrevemos o número já convertido: 0,0065 hm.
km hm dam m dm cm mm

0, 0 0 6 5

16 CAPÍTULO 1
Agora é sua vez!
1 Vamos começar com o uso da tabela:
Faça as conversões a seguir, dando a resposta em notação científica.
a) 34 dam em quilômetro. 0,34 dam
b) 0,4 dam em decímetro. 40 dm
km hm dam m dm cm mm
a) 0, 3 4
b) 0 4 0

2 Quatro casas, A, B, C e D, estão localizadas em uma mesma rua reta, na ordem indicada. A distância entre A e B é de 6,8 dam;
a distância entre A e C, de 0,23 km; a distância entre C e D, de 2 200 dm. Considerando-se que as distâncias são de porta a
porta, calcule, em metro, a distância entre B e D.
Vamos colocar todas as distâncias na tabela até a casa de metros.
Lembre-se de colocar a unidade na casa dada e completar até metros.
Ao voltar para a esquerda, acrescente a vírgula em metros.

km hm dam m dm cm mm
AB 6 8
AC 0 2 3 0
CD 2 2 0, 0

Vamos desenhar essa rua:


A B C D

68 m

230 m
220 m

Falta agora apenas calcularmos a distância entre B e C e, na sequência, entre B e D.


Como a distância entre A e C é de 230 m, podemos subtrair a distância entre A e B, restando assim a distância entre B e C, que será:
230 m – 68 m 5 162 m.
Basta agora somarmos esses 162 m à distância entre C e D que é 220 m, restando assim: 162 m 1 220 m 5 382 m.
MATEMÁTICA

17
Atividade 4 Ð Medidas de massa
Explorando as ideias
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade básica de medida de massa é o qui-
lograma (símbolo: kg). As unidades mais utilizadas para medir uma massa são derivadas do
grama, que consideraremos como unidade de referência.
Múltiplos do grama:
• Decagrama (dag): 1 dag 5 10 g 5 101 g
• Hectograma (hg): 1 hg 5 100 g 5 102 g
• Quilograma (kg): 1 kg 5 1 000 g 5 103 g
Submúltiplos do grama:
• Decigrama (dg): 1 dg 5 0,1 g 5 1021 g
• Centigrama (cg): 1 cg 5 0,01 g 5 1022 g
• Miligrama (mg): 1 mg 5 0,001 m 5 1023 g
As medidas de massa também fazem parte do sistema métrico decimal. Assim, a conversão
de unidades de massa segue o mesmo padrão utilizado para as unidades de comprimento.
Exemplo:
a) Converter 240 cg para quilograma.
1o passo: colocamos a unidade 0 na casa do cg.
2o passo: completamos com 0 até chegar na casa do kg.
3o passo: escrevemos o número já convertido: 0,00240 kg.
Essa conversão de pode ser feita assim:
kg hg dag g dg cg mg
0, 0 0 2 4 0

Lembre-se de que uma unidade muito utilizada, principalmente para grandes massas, é a
tonelada (símbolo: t). Como sugestão para uso da tabela acima, converta a tonelada em quilo-
gramas. Acrescente 3 casas à esquerda do kg.
1 t 5 1 000 kg 5 1 000 000 g
Vamos colocar em prática o que aprendemos aqui?

Agora é sua vez!


1 Vamos começar com o uso da tabela:
Faça as conversões a seguir, dando a resposta em notação científica.
a) 31,5 kg em grama. 31 500 g
b) 525 dag em tonelada. 0,00525 t
t kg hg dag g dg cg mg
a) 3 1 5 0 0
b) 0, 0 0 5 2 5

2 Um caminhão multiuso pode carregar, no máximo, 15 toneladas. Ele já está carregado com 300 sacos de batatas, com 30 kg
cada um. Quantos tijolos, pesando 2,5 kg cada um, podem ainda ser colocados nesse caminhão sem que ele exceda sua
capacidade máxima?
Resolução: converter 15 toneladas em 15 000 kg.
Na sequência calculamos, em kg, a massa das batatas: 300 x 30 5 9 000 kg.
Podemos agora calcular o quanto poderemos ocupar: 15 000 kg – 9 000 kg 5 6 000 kg.
Basta agora dividir essa quantidade pela massa de um tijolo e termos o total de tijolos a serem carregados: 6 000 kg ÷ 2,5 kg 5 2 400 tijolos.

18 CAPÍTULO 1
Professor(a), as tabelas são
Atividade 5 – Informações em tabelas amplamente utilizadas em várias
áreas da vida cotidiana, como
jornais, relatórios, estatísticas,
pesquisas, ciência, economia,
Explorando as ideias entre outras. Ao ensinar os
alunos a lerem dados em tabelas,
você está capacitando-os a
A capacidade de ler tabelas é uma habilidade importante para a vida cotidiana. Ela pode compreender e participar de
discussões fundamentadas em
ser aplicada em diversas situações práticas, como comparar preços em uma lista de compras, informações concretas, além de
estarem preparados para lidar com
entender as informações nutricionais em rótulos de alimentos, analisar horários de transporte informações do mundo real.
público, entre outras atividades do dia a dia.

Vamos analisar juntos um exercício extraído do Enem, que alia tabela e Estatística.

Três alunos, X, Y e Z, estão matriculados em um curso de inglês. Para avaliar esses alunos, o
professor optou por fazer cinco provas. Para que seja aprovado nesse curso, o aluno deverá ter
a média aritmética das notas das cinco provas maior ou igual a 6. Na tabela, estão dispostas as
notas que cada aluno tirou em cada prova. Com base nos dados da tabela e nas informações
dadas, ficará(ão) reprovado(s)

Aluno 1a prova 2a prova 3a prova 4a prova 5a prova

X 5 5 5 10 6

Y 4 9 3 9 5

Z 5 5 8 5 6

a) apenas o aluno Y.

b) apenas o aluno Z.

c) apenas os alunos X e Y.

d) apenas os alunos X e Z.

e) os alunos X, Y e Z.

Para chegarmos à resposta, vamos relembrar o conceito de média aritmética simples.

No caso específico da tabela, as notas das provas, de cada aluno, deverão ser somadas e na
sequência divididas por 5, que é o total de provas que o professor aplicou.
5 1 5 1 5 1 10 1 6
Começando pelo aluno X: 5 6,2
5
4 19131915
Agora o aluno Y: 5 6, 0
5
5151 8151 6
Por fim o aluno Z: 5 5, 8
5
MATEMÁTICA

Como o critério de aprovação é a média das notas ser maior ou igual a 6,0, então o aluno Z
ficará reprovado. Alternativa B.

19
Agora é sua vez!
1 A tabela a seguir mostra o quadro de informação nutricional de determinado alimento, considerando uma porção de 100 gramas.
A coluna central mostra a quantidade de algumas substâncias que essa porção contém.
A coluna da direita informa, para cada uma dessas substâncias, que porcentagem dos valores diários (%VD) recomendados
está presente nessa porção.

Informação nutricional Porção de 100 g (1 embalagem)

Quantidades por porção %VD

Valor energético 182 kcal 5 761 kJ 9,1

Carboidratos 41,6 g 14,3

Proteínas 2,6 g 3,9

Gorduras totais 0,39 g 1

Gorduras saturadas 0g 0

Fibra alimentar 4,55 g 18,2

Sódio 0 mg 0
Disponível em: https://snackssaudaveis.com/blog/como-entender-o-que-esta-
escrito-na-embalagem-do-produto-e-sua-tabela-nutricional/.
Acesso em: 3 jun. 2018.

De acordo com esse quadro, quantos gramas das seguintes substâncias recomenda-se que sejam ingeridos por dia por uma
pessoa? Se necessário, use calculadora.
a) Carboidratos
Se 41,6 g equivalem a 14,3% do Valor Diário, então quanto valem 100%?
41,6 14,3
Para chegar à resposta, basta resolver a regra de três simples: 5 ñ x 5 290,90
x 100
Cerca de 291 g

b) Proteínas
2,6 3,9
Procedimento análogo: 5 ñ x 5 66,67
x 100
Cerca de 67 g

c) Fibra alimentar
4,55 18,2
Procedimento análogo: 5 ñ x 5 25
x 100
Exatamente 25 g

20 CAPÍTULO 1
Anotações

MATEMÁTICA

21
2
Vl
ad
im
ir W
ran
ge
/Sh
utt
ers
FUNÇÃO, GEOMETRIA E

toc
k
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Atividade 1 – Função polinomial do 1o grau


Professor(a), analise as representações gráficas apresentadas
com os estudantes, evidencie a proporcionalidade das
grandezas apresentadas em cada eixo, simule novos
Explorando as ideias valores além dos apresentados para que verifiquem a
proporcionalidade, a representação algébrica e a gráfica.
Suponha que, em um experimento, a temperatura inicial de uma substância seja de 30 °C. Olá, neste capítulo, o conjunto
de atividades tem como objetivo
Vamos analisar duas situações distintas. desenvolver as seguintes habilidades:
1a situação: A temperatura varia com o tempo, de maneira uniforme, aumentando 10 °C
Função Resolver H21
por minuto. Veja as temperaturas da substância, a cada minuto. polinomial de situação-
1o grau -problema
cujos dados
t(min) 0 1 2 3 4 5 estejam
expressos
T(°C) 30 40 50 60 70 80 em gráfico
cartesiano
que mostre
Observe que, nesse caso, T (°C) a variação
de duas
80
• a taxa de variação de T é constante e positiva: grandezas.

10 °C/min. 60 Localização Interpretar a H6


de pessoa localização e a
• a lei que define T em função de t é dada por T 5 40 no espaço movimentação
bidimensional de pessoas/
30 1 10t. objetos
20
• o gráfico da função é a linha reta a seguir. no espaço
tridimensional
e sua
O 1 2 3 4 5 t (min) representação
no espaço
bidimensional.
2a situação: A temperatura varia com o tempo, de maneira uniforme, diminuindo 10 oC por
minuto. Veja as temperaturas da substância, a cada minuto. Medidas de Estabelecer H10
capacidade relações entre
diferentes
t(min) 0 1 2 3 4 5 unidades
de medida
(comprimento,
T(°C) 30 20 10 0 210 220 massa,
capacidade,
área, volume).
Observe que, nesse caso,
Problema Utilizar H25
• a taxa de variação de T é constante e negativa: 210 °C/min. com dados informações
apresentados expressas em
• a lei que define T em função de t é dada por T 5 30 2 10t. em forma de gráficos ou
tabela de tabelas como
• o gráfico da função é a linha reta a seguir. dupla entrada recurso para a
construção de
argumentos.
T (¡C)
Ilustrações: MRS Editorial

40

20

O 1 2 3 4 5 t (min)

220

240

22
Agora é sua vez!
1 Uma piscina inicialmente cheia começa a ser esvaziada. O gráfico a seguir (linha reta) mostra a variação do volume de água
V na piscina, em função do tempo t decorrido após o início do processo de esvaziamento.
V (milhares de litros)

Ilustrações: MRS Editorial


36

20

O 2 t (horas)

a) Qual é a capacidade da piscina, em litros?


36 000 L

b) Qual é a taxa de variação do volume de água?


28 000 litros/hora

c) Qual é a lei de V em função de t?


V 5 36 2 8t

d) Qual é o volume de água na piscina, para t 5 2,5?


16 000 L

e) Em quanto tempo a piscina fica vazia?


4 h 30 min

2 O diretor de uma fábrica de tintas construiu o gráfico a seguir, que mostra a despesa mensal D da fábrica na produção de
x toneladas de tinta. Ele sabe que, quando sua produção aumenta de 20 t para 40 t, sua despesa mensal aumenta 20%.

D (milhares de reais)

b
a
MRS Editorial

80

O 20 40 x (toneladas)

Calcule a e b.
a = 100 e b = 120.
MATEMÁTICA

23
Atividade 2 – Localização de pessoa no espaço bidimensional
Explorando as ideias
B
A projeção ortogonal de uma figura F em um plano α é a fi-
gura F’, obtida pela projeção de todos os pontos de F no plano α. A
Na figura, o segmento A'B' é a projeção do segmento AB, o
círculo C é a projeção do cilindro, e o quadrado Q é a projeção do
cubo no plano a.
A’ B’ C
No caso, consideramos que as bases do cilindro e do cubo Q
a
são paralelas a a.
Intuitivamente, podemos imaginar como se o Sol estivesse acima do plano a, lançando seus raios perpendicularmente a ele. As
projeções das figuras seriam suas sombras sobre o plano α. Quando uma figura plana F está contida em um plano α, sua projeção
em α é a própria figura F.
E
Vamos ver um exercício na prática.
ENEM 2012 (CADERNO AZUL – QUESTÃO 165)
João propôs um desafio a Bruno, seu colega de classe: ele iria descrever um deslocamento pela
pirâmide a seguir e Bruno deveria desenhar a projeção desse deslocamento no plano da base D
da pirâmide.
C
O deslocamento descrito por João foi: mova-se pela pirâmide, sempre em linha reta, do ponto A
M
A ao ponto E, a seguir do ponto E ao ponto M, e depois de M a C. O desenho que Bruno deve
B
fazer é
a) D C b) D C c) D C d) D C e) D C

A B A B A B A B A B

O único ponto mencionado que não pertence à base é o ponto E, logo deve ser projetado em relação à base. Sua projeção é
feita a partir de uma reta perpendicular à base passando pelo ponto E, sendo o centro da base. A projeção do trajeto descrito
por João vai do vértice A à projeção do ponto E, centro da figura, passando pelo ponto médio (M) do outro lado da base, se-
guindo até o vértice C, sempre em linha reta. Gabarito: C

Agora Ž sua vez!


1 A figura representa uma estrutura metálica em forma cúbica, em que a parte frontal está sombreada. Duas das 14 barras,
CE e BH, se cruzam no ponto M, centro do cubo. Uma formiga sai do ponto A e vai até o ponto C, caminhando pelas barras,
executando o trajeto ABMEHDC. Assinale a alternativa em que as linhas contínuas representam a projeção, no plano EFGH,
do trajeto da formiga. Resposta: D
B A

C
D
M

F
E

G H
a) F E b) F E c) F E d) F E e) F E

G H G H G H G H G H

24 CAPÍTULO 2
Atividade 3 – Medidas de capacidade
Explorando as ideias
Volume e capacidade são duas grandezas com significados diferentes, apesar de elas se
relacionarem. Por isso, é muito comum a utilização de unidades de medida de capacidade para
expressar um volume, e vice-versa.
A capacidade está relacionada ao volume interno de um recipiente. Assim, podemos
medir a quantidade de líquido e de gás que um recipiente pode conter usando medidas de vo-
lume. Para medir a capacidade, podemos usar a unidade-padrão metro cúbico, seus múltiplos
e submúltiplos.
Porém é comum medir a capacidade de recipientes com a unidade litro (L). Essa unidade
também é uma unidade-padrão no Sistema Métrico Decimal e, normalmente, é usada para
medir líquidos. Ela é definida por um cubo com 1 dm de medida de aresta.

1 dm3 5 1 L

MRS Editorial

A capacidade de um recipiente (lata, copo, caixa, etc.) é a grandeza que mede o volume
que ele é capaz de conter em seu interior. A unidade-padrão de medida de capacidade é o
litro (L).

Unidades de medida de capacidade


Além dos principais múltiplos e submúltiplos do litro que estão representados na tabela
seguinte, observe como é a equivalência entre as unidades de medida de capacidade.

Quadro de unidades de medida de capacidade

Unidade-
Múltiplos Submúltiplos
-padrão

Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro


(kL) (hL) (daL) (L) (dL) (cL) (mL)

1 000 L 100 L 10 L 1L 0,1 L 0,01 L 0,001 L

Consequentemente, para transformar uma medida de capacidade de uma unidade


para outra, vale o esquema a seguir, em que as unidades estão ordenadas da maior para
a menor.
310 310 310 310 310 310

kL hL daL L dL cL mL
MATEMÁTICA

410 410 410 410 410 410

25
Agora Ž sua vez!
1 Preencha as lacunas a seguir com as medidas equivalentes.

a) 3,4 dam3 5 3 400 m3 5 3 400 000 L5 34 000 hL

b) 0,00006 hm3 5 60 000 dm3 5 60 000 L5 6 000 daL

c) 45 L 5 45 000 mL 5 45 000 cm3 5 0,045 m3

d) 5 dL 5 0,5 L5 0,5 dm3 5 500 000 mm3

e) 72 000 L 5 72 m3 5 0,000072 hm3 5 0,072 dam3

2 Uma indústria produziu, em um único dia, 1 500 L de suco de laranja e 2 400 L de suco de uva.
Todo o suco de laranja será transferido para embalagens com capacidade de 300 mL, enquanto o de uva terá embalagens
de 75 cL. Quantas embalagens de 300 mL e de 75 cL são necessárias para a transferência de todo o suco?
Resolução:
1o) Como são produzidos 1 500 L de suco de laranja e a embalagem para ele tem capacidade de 300 mL, temos:
1 500 L 5 1 500 000 mL
1 500 000
5 5 000
300
Portanto, são necessárias 5 000 embalagens de 300 mL.
o
2 ) Como são produzidos 2 400 L de suco de uva e a embalagem para ele tem capacidade de 75 cL, temos:
2 400 L = 240 000 cL
240 000
5 3 200
75
São necessárias 3 200 embalagens de 75 cL.

3 Um aquário tem a forma de um bloco retangular de 1,2 m de comprimento, 50 cm de largura e 30 cm de altura e está com água
em 90% de sua capacidade.
Para que possa ser realizada uma limpeza nele, toda essa água deverá ser transferida para baldes com capacidade de 18 litros.
Qual quantidade mínima de baldes será necessária para receber toda essa água?
Resolução:
Como 1 dm³ 5 1L, vamos converter as medidas do aquário em dm.
Temos:
Comprimento 5 12 dm; largura 5 5 dm; altura 5 3 dm.
O volume V do aquário é o produto dessas três dimensões:
V 5 12 ∙ 5 ∙ 3 5 180 dm3.
Consequentemente, temos que V 5 180 L.
Há água em apenas 90% de sua capacidade, assim:
90
? 180 5 162 litros
100
Como a capacidade do balde é de 18 L, serão necessários
162 : 18 5 9 baldes.

26 CAPÍTULO 2
Atividade 4 – Problema com dados apresentados em
Professor(a), nessa atividade,
forma de tabela de dupla entrada traremos um exemplo sobre
problemas com dados
apresentados em forma de tabela
Explorando as ideias de dupla entrada. Explore-o com
os estudantes por meio de outros
Em uma escola, foi realizada uma pesquisa sobre a preferência dos estudantes sobre ani- exemplos além do apresentado na
atividade.
mais de estimação. O resultado da pesquisa foi tabulado como apresentado a seguir:

Preferência Masculino Feminino


Cachorro 2 430 1 540
Gato 900 2 340
Sem preferência 143 78
Fonte: elaborado pelo autor.

O gráfico ao lado está associado a essa tabela.


Nas colunas, temos a indicação se o estudante é do sexo mas-
culino ou feminino e nas linhas temos a indicação das preferên-
cias: cachorro, gato ou sem preferência. Temos, então, duas variá-
veis sendo representadas: gênero e preferência. A tabela utilizada Fonte: elaborado pelo autor.
para apresentar o resultado da pesquisa é denominada de tabela de dupla entrada, precisamos
cruzar as variáveis para encontrarmos um valor. Exemplificando, cruzando masculino com ga-
tos, encontramos 900, o que significa que 900 estudantes do sexo masculino preferem gatos.

Agora é sua vez!


1 A campanha de vacinação antirrábica ocorreu no município de Esperança do Norte (fictício) de segunda a sexta-feira de
determinada semana. Foram vacinados apenas gatos e cachorros segundo o gráfico apresentado a seguir.
Vacinação antirrábica

70
60 60
60
55
50
45
40 40
40
35
30 30
30
25
20

10

0
Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

Cachorros Gato
Fonte: elaborado pelo autor.

De acordo com as informações do gráfico, responda aos itens a seguir.


a) Quantos animais foram vacinados?
270 animais.
b) Em que dia da semana ocorreu o maior número de vacinações?
Sexta-feira.
c) Em quais dias da semana o número de gatos vacinados superou o de cachorros?
Quarta-feira e quinta-feira.
d) Quantos gatos foram vacinados nos dois primeiros dias de vacinação?
MATEMÁTICA

65 gatos.

27
Prepara Saeb
Descritor: H25 - Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
1. O gráfico de colunas a seguir mostra a participação das seis maiores montadoras de automóveis instaladas no Brasil, em relação
ao total de veículos emplacados no país nos anos de 2011 e 2012, em milhares de unidades.

Fonte: FENABRAVE

Das montadoras que aparecem nesse gráfico, a que teve o maior aumento, em número de automóveis emplacados, e a que
teve o maior aumento percentual de emplacamentos, de 2011 para 2012, foram, respectivamente,
X
a) ( ) Fiat e Fiat. c) ( ) Fiat e Honda. e) ( ) Volkswagen e Honda.
b) ( ) Fiat e Volkswagen. d) ( ) Volkswagen e Fiat.
Descritor: H21 - Resolver situação-problema cujos dados estejam expressos em gráfico cartesiano que mostre a variação de duas grandezas.
2. Dois automóveis X e Y se deslocam em uma mesma estrada, no mesmo sentido. O gráfico cartesiano a seguir mostra, por meio
de duas linhas retas, a variação da velocidade (v) dos dois automóveis, em quilômetros por hora, em função do tempo t, em
segundos. A linha mais escura se refere ao automóvel X; a mais clara, ao automóvel Y.
v
Automóvel X
Automóvel Y

50

30

0 30 t
Com base nesse gráfico, pode-se afirmar que
Resolução: Gabarito C
a) ( ) a velocidade de Y aumenta mais rapidamente que a de X. Nos 30 segundos iniciais, o automóvel Y
b) ( ) inicialmente, X e Y estão a 20 quilômetros um do outro. desenvolve uma velocidade maior que X.
X
c) ( ) nos 30 primeiros segundos, Y é mais veloz que X.
d) ( ) os automóveis se aproximam e depois se afastam um do outro.
e) ( ) os automóveis se cruzam na estrada aos 30 segundos.
Descritor: H23 - Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
3. Joana e Luís compraram os mesmos produtos, da mesma marca, mas em lojas diferentes. Veja, a seguir, o que eles compraram.

Joana Luís
Quantidade Mercadoria Preço unitário Quantidade Mercadoria Preço unitário
9 Cadernos R$ 12,00 10 Cadernos R$ 10,00
13 Envelopes R$ 0,20 13 Envelopes R$ 0,30
4 Lápis R$ 0,60 4 Lápis R$ 0,80

É possível afirmar que, no total,


a) ( ) Joana gastou menos que Luís, pois os envelopes eram mais baratos. Resolução: Gabarito B.
X A quantidade de envelopes e lápis comprada
b) ( ) Joana gastou mais que Luís, pois os cadernos eram mais caros. por Joana e Luís é a mesma. Na compra
c) ( ) Luís gastou mais que Joana, pois comprou mais coisas. dos cadernos, Joana gastou R$ 108,00 e
Luís, R$ 100,00.
d) ( ) Joana e Luís gastaram a mesma quantia.

28 CAPÍTULO 2
Prepara Saeb
4. Um atleta corre 4 500 metros por dia. O número de quilômetros que ele corre em uma semana é
X Descritor: H10 - Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (comprimento, massa, capacidade, área, volume).
a) ( ) 31,5.
b) ( ) 315.
c) ( ) 3 150.
d) ( ) 31 500.
Descritor: H10 - Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (comprimento, massa, capacidade, área, volume).
5. Uma casa de sucos naturais vendeu, num dia, 17,5 litros de suco. Esse suco foi servido em copos de 125 mililitros cada um. Nesse
dia, o número de copos de suco vendidos, nessa casa, foi
a) ( ) 72.
b) ( ) 120.
X
c) ( ) 140.
d) ( ) 218.
Descritor: H6 - Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
6. Num parque de diversões, há um labirinto. Tentando chegar ao ponto central do labirinto, uma pessoa fez o trajeto representado
na figura abaixo.

Qual é a descrição do trajeto percorrido, partindo da entrada e chegando ao ponto central do labirinto?
a) ( ) Virar à direita, seguir em frente, atravessar a passagem, virar à esquerda, seguir em frente, virar à esquerda e atravessar
a passagem.
b) ( ) Virar à esquerda, seguir em frente, virar à esquerda, seguir em frente e virar à esquerda.
c) ( ) Virar à esquerda, atravessar a passagem, virar à direita, atravessar a passagem, virar à esquerda, seguir em frente e
atravessar a passagem.
X
d) ( ) Virar à esquerda, seguir em frente, virar à direita, seguir em frente, virar à esquerda e virar à esquerda.
Descritor: H19 - Identificar representações algébricas que expressem a relação de interdependência entre duas grandezas.
7. No Colégio Saber, há duas turmas de terceira série do Ensino Médio: a turma A, com 50 alunos, e a turma B, com 40 alunos.
Neste final de ano, por ocasião da festa de formatura, as duas turmas se reuniram e resolveram comprar um presente para o
paraninfo, no valor de 1 800 reais. Para isso, foi definido que cada aluno da turma A contribuiria com x reais, e cada aluno da
turma B, com y reais.
Dessa forma, a função polinomial de primeiro grau que expressa y em função de x é dada por:
a) ( ) y 5 45 2 1,25x.
b) ( ) y 5 45 1 1,25x.
X
c) ( ) y 5 1 800 2 50x.
MATEMÁTICA

d) ( ) y 5 1 800 2 40x.
e) ( ) y 5 1 800 2 1,25x.

29
Prepara Saeb
8. Uma empresa possui quatro vendedores, A, B, C e D. O gráfico de barras a seguir representa o total das vendas de cada um deles
no 1o e no 2o trimestre do ano de 2016, em milhares de reais.
Descritor: H25 - Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
80
70
60
50 1o trimestre
40
2o trimestre
30
20
10
0
A B C D

A diretoria da empresa resolveu premiar os vendedores:


✓ cujas vendas acumuladas nos dois trimestres, em reais, tenham sido superiores a 30% do total das vendas da empresa no
mesmo período; ou
✓ que tenham conseguido, do 1o para o 2o trimestre, um aumento superior a 20% em suas vendas.
Segundo esses critérios, dos quatro vendedores, apenas
X
a) ( ) C foi premiado. d) ( ) B e C foram premiados.
b) ( ) A e C foram premiados. e) ( ) C e D foram premiados.
c) ( ) A e D foram premiados.
Descritor: H6 - Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
9. Um dos objetivos mais importantes da logística de transportes é conseguir criar mecanismos para entregar os produtos ao
destino final num tempo mais curto possível, reduzindo os custos. Para isso, os especialistas em logística estudam rotas de
circulação, meios de transportes, locais de armazenagem (depósitos), entre outros fatores que influenciam na área.
Disponível em: <http://www.suapesquisa.com>. Acesso em: 24 jul. 2014.

O mapa abaixo mostra duas rotas de circulação do sistema logístico de transportes de uma empresa, seguidas por dois cami-
nhões indicados pelos pontos A2 e A7. O mapa é formado por retângulos idênticos de 12 km de comprimento e 8 km de lar-
gura. Os caminhões locomovem-se pelos lados dos retângulos, que representam rodovias que perfazem o trajeto no sentido
indicado na figura.

Após percorrerem a mesma distância, os dois caminhões se encontram. Quais são as coordenadas desse ponto de encontro?
X
a) ( ) I7 b) ( ) J7 c) ( ) J6 d) ( ) G8 e) ( ) I5
Descritor: H10 - Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (comprimento, massa, capacidade, área, volume).
10. A capacidade do tanque de um avião supersônico é 123 420 litros de combustível de aviação, ou 96 800 kg desse combustível.
O tanque de combustível de um avião de menor porte comporta 900 kg de combustível, quando cheio.
Usando as informações fornecidas, encontra-se que a capacidade máxima, em litros de combustível, que o tanque de um avião
de pequeno porte comporta é
a) ( ) 1 089,00. c) ( ) 1 196,25. e) ( ) 1 333,33.
X
b) ( ) 1 147,50. d) ( ) 1 208,16.

30 CAPÍTULO 2
3
GEOMETRIA E EQUAÇÃO
POLINOMIAL DE 2o GRAU

Atividade 1 – Equação polinomial de 2o grau


Professor(a), converse com os alunos sobre como é possível Neste capítulo, o conjunto de
resolver alguns problemas por meio da modelagem matemática, atividades tem como objetivo
Explorando as ideias que é uma área da Matemática que busca representar desenvolver as seguintes
fenômenos do mundo real usando expressões matemáticas. habilidades:
Como você resolveria a questão a seguir?
Identificar
Um estacionamento comercial retangular, com dimensões de 10 m por 20 m, vai ser am- Equa- representações
pliado para ter uma área de 600 m2. ção algébricas que
poli- expressem
Sabendo que será ampliado x metros tanto na largura quanto no comprimento, calcule as nomial a relação de
H19
novas dimensões do estacionamento. de 2º interdependên-
grau cia entre duas
Para resolver essa situação, é necessário identificar as equações que representam o proble- grandezas.
ma de forma matemática.
Polígo- Identificar
Sabendo que a área do estacionamento é igual a 600 m2 e que possui formato retangular, nos e características
consideraremos suas dimensões como comprimento e largura. suas de polígonos ou
H7
carac- sólidos (pris-
Do enunciado, temos: terísti- mas, pirâmides,
Área do retângulo (estacionamento) 5 600 m2 cas cilindros).

Comprimento do retângulo, após a ampliação: (10 1 x) m Estabelecer


relações entre
Largura do retângulo, após a ampliação: (20 1 x) m Área e
diferentes
unidades de
Assim: perí- H10
medida (com-
metro
primento, mas-
(20 1 x) ? (10 1 x) 5 600 sa, capacidade,
área, volume).
200 1 20x 1 10x 1 x2 5 600
Avaliar pro-
x2 1 30x 1 200 5 600 Proble-
postas de
intervenção na
x2 1 30x 1 200 2 600 5 0 mas
realidade, utili-
envol- H26
zando informa-
x2 1 30x 2 400 5 0 vendo
ções expressas
tabelas
em gráficos ou
Portanto, a equação que representa essa situação é x2 1 30x 2 400 5 0. tabelas.
A partir dessa equação do 2o grau, podemos determinar as novas dimensões do estaciona-
mento. Vamos resolver utilizando a fórmula de Bhaskara, que diz:

Toda equação algébrica de incógnita x que pode ser expressa na forma ax2 1 bx 1 c 5 0,
sendo a, b, c é R, a = 0, é uma equação de 2o grau na incógnita x.

De maneira geral, na resolução de uma equação de 2o grau, o valor de x é obtido pela


conhecida fórmula de Bhaskara, dada pela expressão:

-b ± D
x5 , em que D 5 b2 2 4ac
2a

Vamos resolver a equação x2 1 30x 2 400 5 0.


Coeficientes: a 5 1, b 5 30 e c 5 2400

( ) ( )
2
D5 30 24 × 1 × 2400 590011600 52500
MATEMÁTICA

-b ± D -30 ± 2 500
x= =
2a 2 ×1

31
2 30 2 2 500 2 30 250 2 80
x'5 5 5 5 240
2 2 2
2 30 1 2 500 2 30 150 20
x ''5 5 5 5 10
2 2 2
Note que:
• para x 5 10, teremos:
largura: (20 1 x) m 5 (20 1 10) m 5 30 m
comprimento: (10 1 x) m 5 (10 1 10) m 5 20 m
• para x5 240, teremos:
largura: (20 1 x) m 5 (20 2 40) m 5 220 m (não convém)
comprimento: (10 1 x) m 5 (10 2 40) m 5 230 m (não convém)
Como se trata de medida, os valores negativos não convêm, portanto, para a ampliação
do estacionamento com uma área de 600 m2, as dimensões ficaram 30 m de comprimento por
20 m de largura.

Agora é sua vez!


1 (SEE-PE) Uma tela retangular com área de 9 600 cm2 tem de largura uma vez e meia a sua altura. Quais são as dimensões
da tela?
Do enunciado, temos:
2
• área 5 9 600 cm
• altura do retângulo: x cm
• largura do retângulo: 1,5x cm
2 2
Assim: 1,5x ? x 5 9 600 ^ 1,5x 5 9 600 ^ x 5 6 400 ^ x 5 80 cm ou x 5 280 cm
Note que devemos considerar apenas x = 80 cm, pois a medida da altura do retângulo não pode ser negativa. Portanto, as
dimensões dessa tela são 80 cm e 120 cm
2 Um quadrado teve seu lado aumentado em cinco unidades e sua área foi aumentada em quatro vezes. Calcule a medida do
lado do quadrado após o aumento.
Do enunciado, temos:
• medida inicial do lado 5 x
• medida aumentada do lado 5 x 1 5
• área aumentada 5 4x
Assim:
2
(x 1 5) 5 4x
2 2
x 1 10x 1 25 5 4x
2
3x 2 10x 2 25 5 0
5
Resolvendo a equação, encontramos x = - » -167
, ou x 5 5. Note que devemos considerar apenas x 5 5, pois a medida do
3
lado do quadrado não pode ser negativa.
Portanto, a medida do lado desse quadrado, após o aumento, é 10 unidades de comprimento.

Professor(a), durante o estudo dos


Atividade 2 – Polígonos e suas características polígonos, os alunos terão a opor-
tunidade de explorar propriedades
relacionadas aos ângulos internos
e diagonais. Nesse momento, é
Explorando as ideias importante revisitar com eles os
conceitos de polígono e avaliar
Você já reparou o formato das placas de trânsito? o conhecimento prévio que eles
possuem sobre o tema.
Reprodução/DNIT

Reprodução/DNIT

Reprodução/DNIT

32 CAPÍTULO 3
Essas placas são exemplos de polígonos em nosso cotidiano. Chama-se polígono toda re-
gião plana fechada, formada por segmentos de retas que não se cruzam. Os elementos de um
polígono são:

A b C
a c

e
E d
a
D

• Lados (ou arestas): segmentos AB , BC , CD , DE e EA.


• Vértices: pontos A, B, C, D e E.
• Diagonais: são segmentos de reta que ligam dois vértices não consecutivos. No caso parti-
cular apresentado, são elas: AD , AC , BD , BE e CE.
• ˆ , ABC
Ângulos internos: EAB ˆ , BCD
ˆ , CDE
ˆ e DEAˆ .
A soma dos ângulos internos de um polígono é dada pela expressão:

S 5180° ? n 22 , ( )
em que n é o número de lados do polígono.
Já o número total de diagonais de um polígono de n lados pode ser encontrado a partir da
expressão:

d5
(
n ? n 23 )
2

Exemplos:
a) O número de diagonais de um hexágono (n 5 6) é d 5
(
6 ? 623 ) 5 6 ? 3 5 9.
2 2
b) O número de diagonais de um polígono de 18 lados (n 5 18) é

d5
(
18 ? 18 2 3 ) 5 18 ?15 5135.
2 2
Entre os polígonos, temos os polígonos regulares.
Chama-se polígono regular todo polígono convexo em que todos os lados são congruen-
tes entre si e todos os ângulos internos possuem a mesma medida. Como consequência, todos
os ângulos externos também são congruentes entre si.

Triângulo Quadrilátero Pentágono Hexágono


regular, regular, regular regular
também denominado
denominado também como
triângulo quadrado
equilátero
Agora que você conhece algumas características dos polígonos, vamos resolver o proble-
ma a seguir:
MATEMÁTICA

Qual é o número de diagonais de um polígono em que a soma dos ângulos internos é


1 980°?

33
Para determinar o número de diagonais é preciso primeiro encontrar o número de lados
do polígono.
Resolução: 1980o
De S 5 180° ? (n 2 2), temos: 1 980° 5 180° ? (n 2 2) ^ n 2 2 5 ^ n 2 2 5 11 ^
180o
^ n 5 13.
Logo, temos um polígono de 13 lados.
n × ( n - 3) 13 × (13 - 3) 13 × 10
De d = obtemos: d = = = 65
2 2 2

Agora é sua vez!


1 Determine o número de lados, vértices, a soma dos ângulos internos e o número de diagonais de cada polígono a seguir.
a) Triângulo
L 5 3, V 5 3, S 5 180° e d 5 0.

b) Quadrilátero
L 5 4, V 5 4, S 5 360° e d 5 2.

c) Dodecágono
L 5 12, V5 12, S 5 1 800° e d 5 54.

2 Qual é o valor do ângulo x na figura apresentada a seguir?

( ) ( )
S 5 180° ? n 2 2 5 180° ? 5 2 2 5 540°.

Logo, 540° 5 120° 1 90° 1 116° 1 120°


1 114° 1 x. Portanto x 5 100°.
90°

x
116°
114°

Fonte: elaborado pelo autor.

3 Cada ângulo interno de um polígono regular de 27 cm de perímetro mede 140¡. Determine, para esse polígono:
a) a medida de cada ângulo externo; 40°
b) o número de lados; 9
c) a medida de cada lado; 3 cm
d) o número de diagonais. 27

Professor(a), nesta atividade, abor-


Atividade 3 – Perímetro e área de uma figura plana daremos os conceitos de área e
perímetro. Esses conceitos são
fundamentais e devem ser trabalha-
dos em conjunto, de modo que os
Explorando as ideias estudantes possam compreender
claramente a diferença entre eles.
A área de uma figura plana é a medida de sua superfície. A uni-
dade de área mais utilizada é o metro quadrado, que corresponde à
medida da superfície de um quadrado de lados medindo 1 m de com-
1 m2 1m
primento cada um. Observe a figura ao lado.
MRS Editorial

1m

34 CAPÍTULO 3
Utilizamos, em geral, as unidades usuais do SI (Sistema Internacional de Unidades): a uni-
dade fundamental de medida de perímetro é o metro (m) e a unidade de medida de área é o
metro quadrado (m2).
Observe o quadro de unidades reproduzido a seguir e relembre os múltiplos e os submúl-
tiplos do metro quadrado:

Unidade
Múltiplos Submúltiplos
padrão

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro


quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado

km² hm² dam² m² dm² cm² mm²

1 000 000 m² 10 000 m² 100 m² 1 m² 0,01 m² 0,0001 m² 0,000001 m²

O valor da área de um polígono é obtido a partir de diversas fórmulas que fornecem as


áreas. A seguir, é possível observar um quadro com algumas dessas fórmulas:

Área do quadrado Área do losango

MRS Editorial
L
D?d d
MRS Editorial

S5
2
S 5 L2 L
D

Área do retângulo Área do paralelogramo


MRS Editorial

MRS Editorial

h
S5b? h h
S5b? h
b b

Área do trapézio

b
MRS Editorial

(B 1 b) ? h
S5 h
2

Em contrapartida, o perímetro de um polígono pode ser obtido pela adição dos valores das
medidas dos lados desse polígono. Veja a seguir um exemplo:

3 cm
MATEMÁTICA

3 cm
35
Assim, o perímetro dessa figura é dado por P 5 3 cm 1 3 cm 1 3 cm 1 3 cm 5 4 ? (3 cm) 5 12 cm.
Exemplo:
Mariana realiza caminhadas diárias ao redor de um terreno com formato quadrado. Para
dar uma volta completa nesse terreno, ela percorre uma distância total de 180 metros. Qual é
a área desse terreno?
O terreno tem o formato de um quadrado, então o valor da medida da área pode ser obtido
pela fórmula A 5 L2, em que L representa o valor da medida do lado do quadrado.
Não temos o valor da medida do lado, mas temos que o perímetro do quadrado é igual a
180 metros. Como o quadrado possui os quatro lados com a mesma medida, então temos que
180 5 L 1 L 1 L 1 L. Logo, 180 5 4L. Portanto, L 5 45 m.
Assim, A 5 (45 m)2 5 2 025 m2. Portanto, o terreno tem uma área de 2 025 m2.

Agora é sua vez!


1 A praça, representada na imagem exibida a seguir, passará por um processo de reforma. Para que o arquiteto possa elaborar
o projeto de reforma, é essencial obter algumas informações fundamentais, como o perímetro e a área da praça.

8m

12 m 12 m
8m

16 m
Fonte: elaborado pelo autor.

Qual é o valor do perímetro e o valor da área dessa praça?


(B 1 b ) ? h (16 1 8 ) ? 8 P 5 12 1 8 1 12 1 16 5 48 m
A5 5 5 96 m 2 Portanto, a praça tem um perímetro de
2 2
48 m e uma área de 96 m2.

2 Marcelo quer comprar um terreno em um loteamento e está em dúvida entre duas opções. Uma delas é um terreno T, de
formato retangular, com dimensões 24 m 3 54 m. A outra é um terreno quadrado Q que, curiosamente, tem a mesma área
de T. Como Marcelo pretende cercar com muro todo o terreno que comprará, ele vai optar por aquele que lhe dará uma
despesa menor ao cercá-lo. Suas pesquisas indicam que o custo por metro linear do muro é de R$ 150,00. Determine qual
dos terrenos Marcelo deve comprar e qual será a economia em relação à opção mais cara.

Perímetro do terreno T 5 24 m 1 54 m 1 24 m 1 54 m 5 156 m


Área do terreno T 5 (24 m) ? (54 m) 5 1 296 m2
Valor para construir o muro: R$ 150,00 ? 156 5 R$ 23.400,00
Valor do terreno T: R$ 23.400,00
Área do terreno Q: 1 296 m2 5 L 2, logo L 5 36 m
Perímetro do terreno Q 5 36 m 1 36 m 1 36 m 1 36 m 5 4 ? (36 m) 5 144 m
Valor para construir o muro: R$ 150,00 ? 144 5 R$ 21.600,00
Valor do terreno Q: R$ 21.600,00
Dos valores obtidos anteriormente, conclui-se que o terreno que Marcelo deve comprar é o
terreno Q. Ao adquiri-lo, ele terá uma economia de R$ 1.800,00.

3 Deseja-se revestir o piso de um salão de festas de formato retangular e dimensões 15 m 3 12 m. O proprietário do salão está
em dúvida entre dois tipos de revestimento que a loja de material de construção lhe ofereceu, conforme quadro a seguir.

Preço por
Revestimento Formato Dimensões
peça

Tipo A Retangular 40 cm 3 30 cm R$ 12,00

Tipo B Retangular 20 cm 3 18 cm R$ 4,00

Determine quantas peças seriam necessárias para cada tipo escolhido e para qual deles o custo total para revestir todo o
piso é menor.
1 500 peças do tipo A ou 5 000 peças do tipo B; o tipo A custa R$ 2.000,00 a menos que o tipo B.

36 CAPÍTULO 3
Atividade 4 – Informações em tabelas Professor(a), como complemento
ao desenvolvimento do assunto,
sugere-se apresentar algumas
reportagens que contenham exem-
Explorando as ideias plos de tabelas. Isso ajudará os
alunos a visualizar a aplicação práti-
ca das tabelas e a compreender de
Diariamente, nos deparamos com tabelas nos mais diversos meios de comunicação. As ta- que maneira elas são utilizadas para
belas desempenham papel importante na análise e interpretação de dados, pois permitem a organizar, apresentar e interpretar
informações de forma clara.
organização das informações, facilitando a sua leitura e compreensão.
A tabela a seguir apresenta os valores dos rendimentos domiciliares per capita referentes
ao ano de 2022 na região Norte do Brasil.
Rendimento nominal mensal
Unidades da Federação
domiciliar per capita

Amazonas 965

Pará 1 061

Acre 1 038

Roraima 1 166

Rondônia 1 365

Amapá 1 177

Tocantins 1 379
Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/
2013-agencia-de-noticias/releases/36320-ibge-divulga-rendimento-domiciliar-
per-capita-2022-para-brasil-e-unidades-da-federacao. Acesso em: 3 maio 2023.

Quais informações importantes podem ser extraídas dessa tabela?


Entre as informações relevantes que podem ser extraídas da tabela, destacam-se: o
Tocantins apresenta a maior renda per capita da região Norte, o Amazonas possui a menor
renda per capita, é possível fazer comparações entre os valores dos estados e analisar me-
didas de tendência central, além de outras.

Agora é sua vez!


1 Um agricultor registrou, em uma tabela, a produção de café e soja de sua fazenda entre os anos 2017 e 2022.

Ano Café (kg) Soja (Kg)

2017 2 250 1 850

2018 2 900 2 750

2019 2 380 2 560

2020 1 950 1 800

2021 2 260 1 130

2022 1 990 1 780


Fonte: dados elaborados para fins didáticos.

a) Em que ano a safra de soja foi maior que a safra de café? 2019
b) Em que ano a safra de soja foi metade da safra de café? 2021
c) Qual é a diferença entre a maior e a menor produção de soja? 2 750 kg 2 1130 kg 5 1 620 kg
MATEMÁTICA

37
4
Vl
ad
im
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ran
ge
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ers
ÁLGEBRA, GEOMETRIA

toc
k
E GRÁFICOS

Atividade 1 – Função de 2o grau


Professor(a), nesta atividade, resolveremos uma situação-
-problema que envolve a análise de um gráfico cartesiano, Neste capítulo, o conjunto de
mostrando a variação de duas grandezas. Vamos explorar atividades tem como objetivo
Explorando as ideias um exemplo com os estudantes, relacionando os valores desenvolver as seguintes
apresentados nos eixos. habilidades:
Vamos explorar a representação da função quadrática y 5 ax21 bx 1 c, com a = 0, por meio
Resolver situa-
de um gráfico no plano cartesiano. ção-problema
cujos dados es-
Inicialmente, tracemos o gráfico da função quadrática básica: y 5 x2, em que a 5 1 e Função tejam expres-
b 5 c 5 0. Para isso, vamos obter alguns de seus pontos, atribuindo a x, para facilitar os cálculos, de 2o sos em gráfico H21
grau cartesiano que
os valores inteiros 22, 21, 0, 1 e 2. O quadro a seguir mostra os valores correspondentes de y mostre a va-
e os pontos obtidos para o traçado do gráfico: riação de duas
grandezas.
Polígo- Identificar
nos: características
x 22 21 0 1 2 triân- de polígonos
gulos ou sólidos H7
e suas (prismas, pi-
y 5 x2 4 1 0 1 4 caracte- râmides, cilin-
rísticas dros).
Ponto (22, 4) (21, 1) (0, 0) (1, 1) (2, 4) Avaliar a razoa-
Medi- bilidade do re-
das de sultado de uma
A curva em vermelho da figura a seguir é um esboço do gráfico da função y 5 x2, com os ângulos medição na H13
(grau e construção de
cinco pontos obtidos destacados em azul. radiano) um argumento
consistente.

y Utilizar in-
formações
Infor-
expressas em
y 5 x2 mações
gráficos ou H23
em
tabelas para
gráficos
fazer inferên-
4 cias.

22 21 O 1 2 x

Veja algumas características da função real y 5 x2 e do respectivo gráfico:


• O domínio da função é R, uma vez que x pode assumir qualquer valor real.
• O gráfico da função é uma curva denominada parábola.
• A concavidade (abertura) da parábola é voltada para cima.
• A função é decrescente no intervalo ]2ÿ, 0] e crescente no intervalo [0, 1ÿ[.
• A origem O(0, 0) é o ponto de menor ordenada da função, no qual a função passa de decres-
cente para crescente. Esse ponto é denominado vértice da parábola, e a raiz da função é 0.
• O conjunto imagem da função é o intervalo [0, 1ÿ[, pois y 5 x2 . 0 para todo x real, ou seja,
o valor mínino da função é 0.
• A parábola tem como eixo de simetria o eixo y das ordenadas.

38
Exemplo:
Em um campeonato de futebol, Tales deu um chute espetacular na bola que foi arremessa-
da bem alto. Um técnico, após assistir ao replay do chute, representou o lance por um gráfico e
determinou a função apresentada a seguir:

5 (0,5)

5 5
4 f(x) = 24 x2 1 5, tal que - £x£
2 2
Relacionando a função com a represen-
tação gráfica podemos afirmar que:
• a < 0, concavidade voltada para baixo;
2 temos, então, um ponto de máximo em
y 5 5, ou seja, essa foi a altura máxima
que a bola atingiu.

22 2 x
Fonte: elaborada pelo autora.

Agora é sua vez!


1 Determinar a lei que expressa a função polinomial de 2o grau y 5 ax2 + bx + c cujo gráfico
é a parábola a seguir.

21 3
O x

Resolução:
O objetivo é determinar os valores dos coeficientes a, b e c da função. Vamos resolver o
problema por três métodos distintos.
1o método: como a parábola corta o eixo y no ponto de ordenada 3, então temos que c = 3
Portanto, f(x) 5 ax2 1 bx 1 3.
Os zeros da função são 21 e 3. Logo, f(21) 5 f(3) 5 0.
De f(21) 5 0, obtemos a 2 b 1 3 5 0 ^ a 2 b 5 23.
De f(3) 5 0, obtemos 9a 1 3b 1 3 5 0 ^ 3a 1 b 5 21.
Resolvendo o sistema formado pelas duas últimas equações, encontramos a 5 21 e b 5 2.
Concluímos que a lei da função é y 5 f(x) 5 2x2 1 2x 1 3.
2o método: inicialmente, concluímos que c 5 3 e, como consequência, f(x) 5 ax2 1 bx 1 3.
Os zeros da função são 21 e 3. Utilizando as fórmulas do produto P e da soma S das raízes,
temos:
c
P5 5 21 ? 3, ou seja, 3a 5 23 ^ a 5 21
a
b b
S 5 2 5 21 1 3, isto é, 2 52^b52
a 21
Portanto, a lei da função é y 5 f(x) 5 2x2 1 2x 1 3.
3o método: como 21 e 3 são zeros da função, na forma fatorada, f(x) 5 a(x 1 1) (x 2 3).
Dado que f(0) 5 3, temos: a(0 1 1)(0 2 3) 5 3 ^ 23a 5 3 ^ a 5 21.
Logo, f(x) 5 21(x 1 1)(x 2 3), ou seja, f(x) 5 2x2 1 2x 1 3.
MATEMÁTICA

39
2 Em cada função quadrática a seguir, utilize os valores de x do quadro para ob-
ter os valores correspondentes de y e, com base nos pontos obtidos, construa
o gráfico da função. Considere o lado do quadrado da malha como unidade.
Em seguida, identifique o vértice da parábola, o máximo ou o mínimo da função, suas
raízes (caso existam) e os intervalos de crescimento e de decrescimento.
a) y 5 f(x) 5 2x2 – 2
y

Ilustrações: MRS Editorial


x 22 21 0 1 2

y 6 0 –2 0 6

Vértice: (0, 22); mínimo: 22


raízes: 21 e 1
decrescente em ]2ÿ, 0]; crescente
O
em [0, 1ÿ[
x

b) y 5 g(x) 5 2x2 1 2x
y

x 21 0 1 2 3

y –3 0 1 0 –3
O x
Vértice: (1, 1); máximo: 1
raízes: 0 e 2
crescente em ]2ÿ, 1]; decrescente
em [1, 1ÿ[

3 (Unespar) Um menino está a uma distância de 6 metros de um muro de 3 metros de altura


e chuta uma bola que vai bater exatamente sobre o muro.

y
Reprodução/Unespar, 2018

Considerando que a função da trajetória da bola em relação ao sistema de coordenadas


indicado pela figura é f(x) = ax² + (1 – 4a)x, avalie as seguintes afirmações:
1
I. O valor da constante a na função que descreve a trajetória da bola é a 5  .
4
II. Na abscissa x 5 5, a trajetória da bola atinge a altura máxima.
III. x 5 0 e x 5 8 são raízes de f(x).
IV. A altura máxima que a bola atinge é de 4 metros.
a) Apenas II e IV são falsas. d) Apenas III é falsa.
b) Somente II é falsa. e) Somente IV é falsa.
c) Apenas III e IV são verdadeiras.

40 CAPÍTULO 4
Atividade 2 – Polígonos: triângulos e suas
características Professor(a), nesta atividade, abordaremos o tema dos triângulos e suas características.
Exploraremos os principais conceitos junto aos estudantes, demonstrando as propriedades
dos triângulos. Ao compreender essas características, os estudantes poderão utilizá-las como
base para argumentar e expandir seus conhecimentos em outras situações que envolvam
Explorando as ideias triângulos.

Sabia que o triângulo é o polígono mais simples, não possui diagonais e é amplamente
utilizado em construções devido à sua estrutura rígida?
Vamos revisitar algumas características importantes desse polígono.
Observe no quadro a seguir a classificação dos triângulos, de acordo com as medidas de
seus lados e ângulos, juntamente com algumas propriedades associadas a cada tipo.

onlyyouqj/Freepik
Triângulo escaleno: os três lados têm medidas
diferentes entre si.
• Cada um dos três ângulos internos possui medidas
distintas.
• Quanto maior é o valor da medida do lado, maior é o
valor da medida do ângulo oposto.

Triângulo isósceles: dois de seus lados, pelo menos,


são congruentes entre si.
• Os ângulos internos opostos a lados congruentes
possuem a mesma medida.
• A altura relativa ao terceiro lado é também mediana
e bissetriz do ângulo interno formado pelos lados
congruentes.

Triângulo equilátero: os três lados possuem a mesma


medida.
• O triângulo equilátero é também isósceles.
• Os três ângulos internos são congruentes entre si,
cada um medindo 60°.

Triângulo retângulo: um dos ângulos internos é reto.


• Os ângulos agudos são complementares entre si, ou
seja, sua soma é 90°.
a hipotenusa
cateto • O lado oposto ao ângulo reto é a hipotenusa; os
b outros dois lados são os catetos.
cateto • O quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma
MATEMÁTICA

dos quadrados das medidas dos catetos (teorema de


Pitágoras).

41
Uma propriedade importante dos triângulos em relação aos ângulos internos é a seguinte:

A soma de todos os ângulos internos de um triângulo é igual a 180º.

C‡lculo da ‡rea
Triângulo qualquer Triângulo equilátero

Ilustrações: MRS Editorial


h h L L
h

b
b b L

b ?h L2 ? 3
S5 S5
2 4

A área de um triângulo é a metade do produto da medida de um de seus lados, Todo triângulo equilátero possui as medidas dos ângulos
considerado base, pela altura relativa a ele. Observe que a altura pode ser internos iguais a 60°. Logo, podemos calcular a área de um
interior ao triângulo, pode ser um de seus lados e pode ser exterior ao triângulo. triângulo equilátero da seguinte maneira:
Assim sendo, a área de um triângulo retângulo é a metade do produto dos dois
catetos. L×L× sen 60° L2 3
S= = ×
2 2 2

Exemplo:
Calcular o valor da área de um triângulo retângulo isósceles em que a hipotenusa mede
6 cm.
Como o triângulo dado é retângulo e isósceles, então temos que os
x 6
dois catetos possuem a mesma medida. Considerando x a medida de
cada um dos catetos, em centímetro, pelo teorema de Pitágoras, temos:
x² + x² 5 62 ^ 2x² 5 36 ^ x² 5 18 x
Portanto, a área do triângulo, em centímetros quadrado, é:
x ? x x 2 18
S= 5 5 59
2 2 2

Agora é sua vez!


1 Calcule as áreas dos triângulos T1, T2, T3 e T4 e o perímetro do triângulo T1, sabendo que seus vértices estão sobre os cruza-
mentos das linhas da malha quadriculada, sendo o lado do quadriculado a unidade de medida.
ST1 = 10u2 ; ST2 = 15u2 ; ST3 = 8u2 ; ST4 ; 12, 5u2 ; PT1 » 14, 47u
MRS Editorial

T1 T3 T4
T2

2 Calcule as medidas a seguir.


a) Área S e perímetro
2
P de um triângulo retângulo cuja hipotenusa mede 8 cm, e um dos catetos, 6 cm.
S 5 6 7 cm ; P 5 (14 1 2 7 ) cm
b) Área S e perímetro P de um triângulo equilátero cujo lado mede 12 cm. S 5 36 3 cm2 ; P 5 36 cm
c) Área S e perímetro P de um triângulo isósceles cujos lados medem 5 cm, 5 cm e 6 cm. S 5 12 cm2; P 5 16 cm

42 CAPÍTULO 4
Atividade 3 – Medidas e ângulos Professor(a), nesta atividade, abor-
daremos a relação entre as unida-
des de medida de ângulo: grau e
radiano. Explore com os estudantes
Explorando as ideias as relações presentes no ciclo
trigonométrico. Em seguida, mos-
Provavelmente, você aprendeu que a unidade usada para medir um ângulo é o grau, como tre alguns ângulos específicos aos
alunos, destacando a veracidade e
os ângulos apresentados a seguir: a aplicabilidade da relação entre as
unidades de medida.

30° 45° 60° 90° 120° 150° 180°

Outra unidade de medida usada para medir arcos de circunferência é o radiano. O radiano
corresponde ao arco cuja medida seja congruente a um raio da circunferência.
O ângulo AÔB da figura, cujo vértice é o centro da circunferência, é denominado ângulo
central. Considerando sempre o percurso anti-horário, o arco da circunferência de origem A e
extremidade B, que representaremos por AB  (curva vermelha), está associado ao ângulo AÔB
assinalado. Assim, o arco de origem B e extremidade A (na cor preta, na figura) será represen-
.
tado por BA
Existe uma proporcionalidade entre as medidas dos ângulos centrais e as medidas dos
arcos a eles associados. Por isso, podemos utilizar as mesmas unidades para medir ângulos
centrais e arcos de uma circunferência.
A unidade mais usada para medir arcos e ângulos é o grau (símbolo: °). As figuras a
seguir mostram ângulos centrais e arcos importantes, com suas medidas em grau:

O B A A A5B
A5B O O O

Ângulo giro ou ângulo de uma Ângulo raso Ângulo reto Ângulo nulo
volta Arco de meia-volta Arco de um quarto de volta Arco nulo
Arco de uma volta ou arco  ) 5 180°
m(AÔB) 5 m( AB  ) 5 90°
m(AÔB) 5 m( AB  ) 5 0°
m(AÔB) 5 m( AB
completo
m(AÔB) 5 m( AB  ) 5 360°

Exemplos:
C B
a) Nesta figura, os seis pontos marcados dividem a circunferência
em seis arcos congruentes. Calcular, em grau, as medidas dos ar-
 e CE
cos AB  assinalados.
O arco completo mede 360°. Logo, os arcos AB , BC  , DE
 , CD  e FA
 , EF 
360°
medem a 5 = 60°. a
6 b
D A
 mede b 5 2 ? 60° 5 120°.
 mede a 5 60°. O arco CE O
O arco AB
MATEMÁTICA

E F

43
 assinalado mede 2p

Ilustrações: MRS Editorial


b) A circunferência desta figura tem 12 m de raio. O arco AB
m. Determinar, em grau, a medida do arco e do ângulo central correspondente.
B
O comprimento da circunferência (arco completo) é C 5 2pR 5 2p ? 12 m 5 24p m.
 e do ângulo central AÔB, temos a regra de três:
Se a é a medida, em grau, do arco AB
O a 2pm
(em metro) (em grau)
Arco completo 24p 360°
 A
Arco AB 2p a

2p ? 360°
Logo, 24p ? a 5 2p ? 360° ^ a 5 5 30°.
24p

Agora Ž sua vez!


1 Um relógio de ponteiros marca 8 horas e 20 minutos. Calcular, em grau, o menor ângulo
formado pelos dois ponteiros.
A figura representa um relógio de ponteiros. Às 8 horas e 20 minutos, o ponteiro dos minutos
está sobre a marcação (4), enquanto o ponteiro das horas está entre as marcações (8) e (9).

12
11 1

10 2

9 3
a

8 b 4

7 5
6

O menor ângulo formado pelos dois ponteiros é o ângulo (a 1 b) destacado na figura, sendo
b o ângulo percorrido pelo ponteiro das horas entre 4 h e 8 h, e a o ângulo percorrido pelo
mesmo ponteiro entre 8 h e 8 h 20 min. O arco entre duas das 12 marcações consecutivas
do relógio mede 360° : 12 5 30°. Logo, b 5 4 ? 30° 5 120°.
Em uma hora (60 minutos), o ponteiro menor percorre 30°, e a é o ângulo que ele percorre
em 20 minutos. Temos a regra de três:

ângulo
tempo
percorrido
60 min 30°
20 a
min

Obtemos a 5 10°. Logo, o menor ângulo entre os dois ponteiros mede 10° 1 120° 5 130°.

Explorando as ideias
 tem a mesma medida r do raio da circunferência. Dizemos,
Na figura a seguir, o arco AB

nesse caso, que o arco AB e o ângulo correspondente AÔB medem 1 radiano (em símbolo: 1 rad).

44 CAPÍTULO 4
B

O a r

r
A

O comprimento de uma circunferência pode ser calculado pelo produto 2 ? p ? r, sendo


cada raio de uma circunferência com valor de 1 rad. Dessa maneira, podemos dizer que:

2p ? 1 rad 5 2rad

Assim que dermos uma volta completa em uma circunferência, podemos dizer que com-
pletamos 1 volta, ou completamos um arco de 360º, ou ainda um arco de 2 rad. E quanto aos
outros arcos, podemos calculá-los? Sim, podemos; basta utilizar uma regra de três.

p
90° 5
2
2p p
120° 5 60° 5
3 3
3p p
135° 5 45° 5
4 4
5p p
150° 5 30° 5
6 2 1 6

180° 5 p 0°
360° 5 2p

7p 3 4 11p
210° 5 330° 5
6 6
5p 7p
225° 5 315° 5
4 4
4p 5p
240° 5 300° 5
3 3p 3
270° 5
2

Exemplos:
a) Em uma circunferência, um arco cujo comprimento é 40 cm, mede 5 rad. Calcular a me-
dida do raio dessa circunferência, em centímetro.
Como o arco mede 5 rad, seu comprimento em centímetro é igual a 5 ? r, sendo r o raio
da circunferência: 5 ? r 5 40 cm ^ r 5 8 cm.
b) Em uma circunferência cujo raio mede 10 cm, marca-se um arco cujo comprimento é
6 cm. Obtenha a medida desse arco, em radiano.
Se o raio mede 10 cm, um arco de 1 rad tem comprimento igual a 10 cm. Sendo x a me-
dida do arco em radiano, temos a regra de três:

(em centímetro) (em radiano)


10 cm 1 rad
6 cm x
MATEMÁTICA

Logo, 10x 5 6 ? 1 rad ^ x 5 0,6 rad.

45
Convertendo unidades
A conversão da medida de um arco ou ângulo de grau para radiano ou de radiano para
grau costuma ser feita por regra de três, tomando-se como referência a correspondência de
medidas no arco de meia-volta.

180° correspondem a p rad

Exemplos:
1) Converter 135° para radiano.
Se x é a medida correspondente em radiano, temos a regra de três:

(em ângulos) (em radianos)


180° p rad
135° x rad

135° ? p rad 3p
Portanto, 180°x 5 135° ? p rad ^ x 5 5 rad.
180° 4

2p
2) Converter rad em grau.
5
2p 2 2
Nesse caso, basta substituir p rad por 180°: rad 5 ? p rad 5 ? 180° 5 72°.
5 5 5

Agora Ž sua vez!


1 (Fuvest – SP – Adaptada) Quantos graus mede aproximadamente um ângulo de 0,105
radiano?
Sabemos que p rad equivale a 180°. Logo:
180° ––––– p rad
x ––––– 0,105 rad
Portanto, p ? x 5 180° ? 0,105, ou seja, p ? x 5 18,9°.
Tomando p ã 3,1415, segue que 3,1415 ? x ã 18,9°, ou seja, x ã 6,02°.
Portanto, um ângulo que mede 0,105 radiano equivale a, aproximadamente, 6,02°.
2 Qual é o valor correspondente a 20º graus em radiano?
Sabemos que p rad equivale a 180°. Logo:
180° ––––– p rad
20º ––––– x rad
20° p
Assim: x = × p rad = rad .
180° 9
3 Converta.
a) 140° para radiano.
7p
rad
9

b) 240° para radiano.


4p
rad
3

5p
c) rad para grau.
4
225o

11p
d) rad para grau.
6
330o

46 CAPÍTULO 4
Professor(a), nesta atividade,
Atividade 4 – Informações em gráficos apresentamos diferentes tipos de
gráficos aos estudantes, facilitando
o uso das informações exibidas em
gráficos e tabelas para fazer infe-
Explorando as ideias rências. Analise e discuta com os
estudantes cada um desses grá-
As funções podem ser representadas por meio de gráficos, tabelas ou fórmulas. A seguir, ficos, bem como a resolução das
perguntas orientadoras propostas
apresentamos alguns exemplos de funções acompanhados de suas respectivas representa- na seção Agora é sua vez!
ções gráficas.

Gráfico de colunas (barras verticais)

Principais produtores mundiais de petróleo,


em milhões de toneladas, no ano de 2019

Estados Unidos 15 mi
Arábia Saudita 12 mi
Rússia 10,8 mi
Iraque 4,45 mi
Irã 3,99 mi
China 3,98 mi
Canadá 3,66 mi
Emirados Arabes 3,11 mi
Kwait 2,92 mi
Índia 2,52 mi

0 2 4 6 8 10 12 14 16
Disponível em: www.moneyreport.com.br/economia/preco-do-petroleo-
dispara-apos-ataques-a-arabia-saudita. Tradução livre para o português.
Acesso em: 2 jul. 2020.

Exemplo:
Esse gráfico associa, a cada país, a produção de petróleo, em milhões de toneladas. A variá-
vel produção é função da variável país

Gráfico de barras horizontais

Participação das montadoras nas vendas de automóveis e


comerciais leves no Brasil, em porcentagem – fevereiro de 2019
Ilustrações: MRS Editorial

AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES


30%
20,19%

19,02%

24%
15,04%

18%
9,49%

8,41%

7,72%

7,33%

12%
5,30%

4,08%

3,42%

6%
0
TOYOTA

OUTROS
FIAT

GM

VW

RENAULT

FORD

JEEP

NISSAN

HYUNDAI

Disponível em: https://mundodoautomovelparapcd.com.br/vendas-diretas-em-fevereiro-


de-2019-prisma-assume-terceira-posicao/. Acesso em: 2 jul. 2020.
MATEMÁTICA

47
Exemplo:
Esse gráfico associa, a cada montadora, a porcentagem de participação nas vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil
em fevereiro de 2019. A variável porcentagem de vendas é função da variável montadora.

Gráfico de setores (de pizza)

Participação das fontes de energia no Brasil, em porcentagem,


no ano de 2017

Ilustrações: MRS Editorial


Petróleo e
Solar e eólica Carvão derivados
6,9% 4,1% 2,5%

Biomassa
8,2%
Gás natural Nuclear
10,5% 2,6%

Hidráulica
65,2%

Fonte: IEA – Agência Internacional de Energia. Disponível em: http://epe.gov.br/pt/


abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica. Acesso em: 13 abr. 2020.

Exemplo:
Esse gráfico associa, a cada fonte de energia, seu percentual de participação na matriz energética brasileira. A variável par-
ticipação percentual é função da variável fonte de energia.

Gráfico de linhas
Exemplo:

Taxa anual de crescimento do PIB real


per capita no Brasil Ð 2010 a 2018

%
8
7 6,47
6
5
4 3,07
3 2,13
2 1,04
1 0,30
0 20,35 0,26
21
22
23
24 24,10
25 24,38
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fontes: Bacen e IBGE. Disponível em: https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwjq9cff9uj_AhXprpU-


CHYkHAXEQFnoECAoQAw&url=https%3A%2F%2Fportal.tcu.gov.br%2Flumis%2Fportal%2Ffile%2FfileDownload.jsp%3FfileId%3D8A81881E6B-
484397016C0575AB6C1103%23%3A~%3Atext%3DO%2520Produto%2520Interno%2520Bruto%2520(PIB%2Cestabilidade%252C%2520confor-
me%2520demonstrado%2520a%2520seguir.&usg=AOvVaw2_LTP21oDP3POwjP9ufJR3&opi=89978449. Acesso em: 13 abr. 2020.

Esse gráfico associa, a cada ano de 2010 a 2018, a taxa de crescimento do PIB real per capita do Brasil, em relação ao ano
anterior. A variável taxa de crescimento do PIB real per capita é função da variável ano.

48 CAPÍTULO 4
Tabela
Exemplo:

População aproximada da região Nordeste do Brasil


por estado, em milhões de habitantes – 2019

AL BA CE MA PB PE PI RN SE

3,3 14,9 9,1 7,1 4,0 9,6 3,3 3,5 2,3

Fonte: IBGE.

Essa tabela associa, a cada estado da região Nordeste do Brasil, sua população aproximada
em 2019. A variável população é função da variável estado.

Agora é sua vez!


Responda às perguntas consultando os gráficos apresentados na seção Explorando as
ideias!
a) De acordo com o gráfico de colunas, qual montadora foi a líder em vendas no mês
de fevereiro de 2019? Qual foi a sua participação percentual no total de vendas de
automóveis e comerciais leves no país durante esse mês?
Fiat; 20,19%

b) Segundo o gráfico de barras horizontais, qual era a razão, em 2019, entre a produção
de petróleo do país em terceiro lugar e a produção do país em primeiro lugar?
0,72

c) Com base no gráfico de setores, qual foi a porcentagem de participação das fontes de
energia renováveis no total de energia consumida no Brasil em 2017? Pesquise quais
das fontes que constam do gráfico são renováveis.
80,3%

d) De acordo com o gráfico de linhas, em quais anos, durante o período de 2010 a 2018,
ocorreram taxas positivas de crescimento do PIB real per capita no Brasil em compa-
ração com o ano anterior?
Todos, exceto 2014, 2015 e 2016.

e) De acordo com a tabela, qual era a aproximada porcentagem da população do es-


tado mais populoso da região Nordeste do Brasil em relação à população total da
região em 2019?
26,1%
MATEMÁTICA

49
Prepara Saeb
H19: Identificar representações algébricas que expressem a relação de interdependência entre duas grandezas.

ìï x 1 k 5 y
1. A soma de k com q que faz com que o gráfico a seguir seja a representação geométrica do sistema linear í é um
número múltiplo de: ïî23 x 1 y 5 q

y
5

1
(21, 0)
27 26 25 24 23 22 21 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 x
21
22

23

24

Fonte: elaborado pela autora.

x a) 2.
b) 3.
c) 5.
d) 7.
e) 11. H19: Identificar representações algébricas que expressem a relação de interdependência entre duas grandezas.
2. Em um bar de praia, o aluguel do futebol de mesa é fixado da seguinte maneira: paga-se um valor de R$ 5,00, com direito a 5
bolas, e mais R$ 0,50 por bola extra.
A função f(x) que representa o valor, em reais, a ser pago por um jogo, em que foram usadas x bolas extras é
a) f(x) 5 0,50x.
b) f(x) 5 5,50x.
c) f(x) 5 0,50x 2 2,50.
x d) f(x) 5 5,00 1 0,50x.
e) f(x) 5 0,50x 1 2,50. H10: Estabelecer relações entre diferentes unidades de medida (comprimento, massa, capacidade, área, volume).
3. Deseja-se revestir com fórmica todo o tampo da mesa de um escritório, incluindo-se as laterais desse tampo. O tampo dessa
mesa tem 1,20 m de comprimento por 60 cm de largura e 10 cm de espessura. A parte de baixo desse tampo não será revestida.
A quantidade exata de fórmica necessária para fazer o serviço, em metros quadrados, é
x a) 1,08.
b) 1,06.
c) 1,00.
d) 0,96.
e) 0,90.

50 CAPÍTULO 4
Prepara Saeb
H26: Avaliar propostas de intervenção na realidade, utilizando informações expressas em gráficos ou tabelas.
4. A seguir, é possível observar o planejamento orçamentário da União aplicado no ano de 2014 para diversos setores estratégicos
do Brasil , conforme estudos realizados pela Auditoria Cidadã da Dívida, com base em dados publicados pelo Senado Federal
brasileiro.
Orçamento Geral da União (Executado em 2014) – Total = R$ 2,168 trilhão

Legislativa Administração Defesa Nacional Segurança Pública


Judiciária Essencial à Justiça
0,29% 0,90% 1,58% 0,33%
1,23% 0,24%

Relações Exteriores
0,11%

Assistência Social
3,08%

Saúde
Cultura
3,98%
0,04%
Trabalho
3,21%

Direitos da Cidadania
Educação 0,03%
3,73%

Juros e Urbanismo
0,06%

Amortizações da
Dívida
45,11% Previdência
Social Habitação
21,76% 0,00%

Gestão Ambiental
0,16%

Saneamento
0,47%
Ciência e Tecnologia
0,47%
Agricultura
Transferências a 0,47%
estados e municípios Organização Agrária
21,76% 0,12%
Comunicações
0,12% Comércio e Serviços
0,10%

Desporto e Lazer Transporte Energia


Outros encargos especiais Indústria
0,04% 0,56% 0,04%
3,21% 0,10%

Fonte: http://www8d.senado.gov.br/dwweb/abreDoc.html?docld=92718 Notas*: 1) inclui o “refinanciamento" da dívida, pois o governo contabiliza neste item
grande parte dos juros pagos. 2) os com juros e amortizações da dívida se referem aos GNDs 2 e 6, e foram desmembrados da função "Encargos especiais". 3) as transferências a
estados e municípios se referem ao programa 0903 – “Operações Especiais: Transferências Constitucionais e as Decorrentes de Legislação Específica", e também foram desmem-
bradas da função "Encargos especiais". 4) os demais gastos da função "Encargos especiais" foram referidos no gráfico como sendo "Outros encargos especiais", e representam
principalmente despesas com o ressarcimento ao INSS de desonerações tributárias, subsídios à tarifa de energia elétrica, pagamento de precatórios, entre outras. 5) O gráfico não
inclui os "restos a pagar" de 2014, executados em 2015.
*A Auditoria Cidadã da Dívida utiliza o termo Notas no sentido de observações

Fonte: https://auditoriacidada.org.br/wp-content/uploads/2019/12/or%C3%A7amento-2014.png. Acesso em: 23 jun. 2023.

Com base nas informações apresentadas no gráfico, é possível afirmar que:


a) O valor destinado à Previdência Social em 2014 foi maior do que o valor destinado para pagar juros e amortizações da
dívida.
b) O valor transferido a estados e municípios é metade do valor que foi destinado à Previdência Social, no ano de 2014.
c) O valor que foi destinado à Organização agrária, no ano de 2014, supera o valor destinado ao Desporto e Lazer.
MATEMÁTICA

x d) A União destinou a mesma quantia para a Cultura e o Desporto e Lazer, no ano de 2014.
e) O gráfico é dividido em menos de 8 setores.

51
Prepara Saeb
H21: Resolver situação-problema cujos dados estejam expressos em gráfico cartesiano que mostre a variação de duas grandezas.
5. (Enem) Em uma prova de 100 m rasos, o desempenho típico de um corredor padrão é representado pelo gráfico a seguir:

12

10
Velocidade (m/s)
8

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Tempo (s)

Baseado no gráfico, em que intervalo de tempo a velocidade do corredor é aproximadamente constante?


a) Entre 0 e 1 segundo.
b) Entre 1 e 5 segundos.
x c) Entre 5 e 8 segundos.
d) Entre 8 e 11 segundos.
e) Entre 12 e 15 segundos.
H23: Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
6. O Estrela Futebol Clube e o Alvorada Atlético Clube participam de um torneio de futebol disputado por 8 equipes. De acordo
com as regras atuais, uma equipe ganha 3 pontos por vitória, 1 ponto por empate e 0 ponto em caso de derrota. O Estrela e o
Alvorada já disputaram 6 partidas cada um, mas não jogaram ainda entre si. O gráfico de segmentos a seguir mostra a evolução
da pontuação acumulada das duas equipes após a disputa de cada um daqueles 6 jogos.

Pontos acumulados

12

8 Estrela

Alvorada

0
Jogo 1 Jogo 2 Jogo 3 Jogo 4 Jogo 5 Jogo 6

O Estrela e o Alvorada disputarão agora entre si a sétima e última partida, que indicará o campeão do torneio. Com base no
gráfico apresentado,
a) até agora, as duas equipes obtiveram o mesmo número de vitórias.
b) o Alvorada já obteve 3 vitórias e 1 empate.
c) o Estrela foi derrotado apenas uma vez até agora.
x d) o Estrela precisa apenas de um empate na última partida para ser o campeão.
e) só uma das duas equipes obteve, até o jogo 6, duas vitórias consecutivas.

52 CAPÍTULO 4
Prepara Saeb
Descritor: H7 - Identificar características de polígonos ou sólidos (prismas, pirâmides, cilindros).
7. A figura mostra um triângulo ABC, do qual são dadas as medidas de um ângulo interno e de um ângulo externo.

86°

133°

B C

O triângulo é: O ângulo interno corresponde ao ângulo


externo 133º é 47º. Como a soma dos ângu-
a) escaleno. c) obtusângulo. los internos de um triângulo é igual a 180º,
temos, então, dois ângulos de 46º, logo o
x b) isósceles. d) retângulo. triângulo é isósceles.
8. A tabela a seguir mostra o total de exportações e o total de importações brasileiras, em bilhões de dólares, nos três últimos
meses de 2012 e em janeiro de 2013. H23: Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.

Out./2012 Nov./2012 Dez./2012 Jan./2013


Exportações 21,77 20,47 19,75 15,97
Importações 20,11 20,66 17,50 20,00

Disponível em: http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1161. Acesso em: 19 mar. 2013.

O saldo da balança comercial em um determinado período é a diferença entre o total de exportações e o total de importações
do período, nessa ordem. Com base nos dados da tabela, no período considerado,
x a) o maior saldo da balança comercial ocorreu no mês de dezembro.
b) o mês em que o Brasil mais importou foi o de outubro.
c) o saldo da balança comercial decresceu mês a mês.
d) o saldo da balança comercial foi positivo em todos os meses.
e) o total das importações cresceu mês a mês.
9. A figura representa uma estrutura metálica construída por um serralheiro. Ela é formada por quatro barras retilíneas: AB, AD,
AC e BC.
H7: Identificar características de polígonos
ou sólidos (prismas, pirâmides, cilindros).
A Resolu•‹o: Gabarito A.
Temos que AB 5 AD, logo o ângulo forma-
do por esses dois segmentos com BC será
50º. O ângulo D  tem 130º (complementar

a 50º). Sendo AD e DC congruentes


50¡ entre si, temos que ângulo  e ângulo C
medem 25º (180º 2 130º 5 50º : 2 5 25º)
B D C

Sabe-se que AB, AD e DC (parte da barra BC) têm o mesmo comprimento, e que as barras AB e BC formam ângulo agudo de 50o.
Utilizando seus instrumentos de trabalho, o serralheiro mediu o ângulo agudo formado pelas barras AC e BC.
A medida obtida por ele foi:
x a) 25o d) 35o
b) 30o e) 40o
o
c) 32
10. Na empresa em que trabalha, Pedro recebe um salário mensal fixo de R$ 600,00, acrescido de uma comissão de 4% sobre o total
de suas vendas no mês. Se em um determinado mês ele recebeu um total de R$ 1.180,00, suas vendas nesse mês totalizaram
a) R$ 4.000,00. H19: Identificar representações algébricas que expressem a relação de interdependência entre duas grandezas.
b) R$ 14.000,00.
x c) R$ 14.500,00.
MATEMÁTICA

d) R$ 14.800,00.
e) R$ 15.000,00.

53
Anotações

54 CAPÍTULO 4
5
Vl
ad
im
ir W
ran
ge
/Sh
utt
ers
JUROS E GEOMETRIA

toc
k

Neste capítulo, o conjunto de


Atividade 1 – Juros simples e compostos atividades tem como objetivo
desenvolver as seguintes
habilidades:

Explorando as ideias Objeto do


conhecimento
Habilidade Desc.

Quando uma pessoa empresta ou aplica dinheiro em uma instituição financeira, recebe Avaliar propostas
de intervenção
rendimentos em dinheiro, denominados juros. Quando pega um empréstimo, tem uma dívida. Juros
na realidade,
simples
Então, ela paga juros ao credor dessa dívida. utilizando H18
e juros
cálculos de
composto.
Os juros relativos a um empréstimo, uma aplicação ou uma dívida são calculados com base porcentagem e/
ou juros.
em uma taxa percentual, na unidade de tempo. Por exemplo, uma taxa de 2% ao mês significa
Identificar
que, em um mês, os juros corresponderão a 2% do valor inicial, aplicado ou devido. características
Polígonos:
de polígonos
quadriláteros
ou sólidos H7
e suas carac-
Exemplo: terísticas.
(prismas,
pirâmides,
Aplicando-se R$ 3.500,00 a uma taxa de 0,5% ao mês, os juros obtidos em 1 mês são: cilindros).
0,5% de R$ 3.500,00 5 0,005 ? R$ 3.500,00 5 R$ 17,50 Avaliar
propostas de
Em operações de empréstimo ou aplicação financeira, as variáveis envolvidas são: intervenção
na realidade
• o capital C: valor do empréstimo ou da aplicação; Área: utilizando
decomposi- cálculos de
H14
• o tempo t: tempo de duração do empréstimo ou da aplicação; ção de figu- perímetros, área
ras planas. de superfícies
• os juros J: valor pago pelo empréstimo ou os rendimentos da aplicação; planas ou
volume
• a taxa i: porcentagem a ser pago de juros, em relação ao capital, na unidade de tempo; de blocos
retangulares.
• o montante M: soma do capital emprestado, ou aplicado, com os juros. Avaliar
propostas de
intervenção
Problemas na realidade,
Juros simples envolvendo
gráficos.
utilizando
informações
H26

expressas em
No regime de juros simples, o valor dos juros é calculado com base apenas no valor inicial. gráficos ou
Vejamos um exemplo: tabelas.

Lucas emprestou R$ 2.500,00 para seu amigo João. O acordo feito entre eles era de que o Professor(a), inicie a aula
empréstimo seria pago em 8 meses, com uma taxa de juros simples de 5% ao mês. Qual será o abordando o conceito de juros
e, em seguida, explore os
valor total que João terá que pagar a Lucas? juros simples e compostos.
De acordo com o problema, temos: Ao resolver as atividades com
os alunos, leve em conside-
• o capital (C): valor inicial do empréstimo = R$ 2.500,00; ração o período e as taxas
envolvidas. Apresente à turma
• o tempo (t): tempo de duração do empréstimo = 8 meses; problemas que exijam diferen-
tes cálculos.
5
• a taxa (i): porcentagem mensal a ser paga de juros = 5% = = 0,05.
100

Para calcular os juros (J), utilizamos a seguinte equação:


J=C?i?t
MATEMÁTICA

J = 2 500 ? 8 ? 0,05 = 1 000 reais

55
Para obter o valor total que João terá de pagar a Lucas, o Montante (M), somamos o capital
ao valor dos juros:
M=C+J
M = 2 500 + 1 000 = 3 500 reais
Portanto, João terá de pagar um valor total de R$ 3.500,00 a Lucas.
Generalizando, em uma operação de juros simples, se um capital C, emprestado ou apli-
cado a uma taxa i, durante um tempo t, com i e t expressos na mesma unidade de tempo, os
juros J e o montante M são dados por:

J5C?i?t e M5C1J

Quando a taxa i e o tempo t são expressos em unidades de tempo diferentes, antes deve-se
fazer a conversão, de modo que ambas as variáveis fiquem expressas na mesma unidade.

Agora Ž sua vez!


1 Tiago fez um empréstimo em um banco e pagou R$ 300,00 de juros ao final de 6 meses. A taxa de juros simples acordada foi
de 10% ao mês. Qual foi o valor do empréstimo realizado por ele?
J=C?i?t
300 = C ? 0,1 ? 6
C = 500
Portanto, o valor que Tiago pegou emprestado foi de R$ 500,00.

2 Um capital de R$ 16.000,00 é aplicado a juros simples. Se a taxa é de 0,5% ao mês (a.m.), determine o rendimento e o montante
acumulado em 1 ano e 8 meses.
Os dados são: C 5 16 000 reais; i 5 0,5% a.m. 5 0,005 a.m.; t 5 1 ano e 8 meses 5 20 meses.
De J 5 C ? i ? t, temos: J 5 16 000 ? 0,005 ? 20 5 1 600. Portanto, os juros totalizam R$ 1.600,00.
M 5 C 1 J 5 16 000 1 1 600 5 17 600. Assim, o montante acumulado foi de R$ 17.600,00.

3 Carlos emprestou R$ 25.000,00 a um amigo, no sistema de juros simples, a uma taxa de 0,4% ao mês. Algum tempo depois,
ele recebeu de volta um montante de R$ 26.500,00. Determine o tempo de empréstimo.
Os dados são: C 5 25 000 reais; i 5 0,4% a.m. 5 0,004 a.m.; M 5 26 500 reais.
De M 5 C 1 J, temos: 26 500 5 25 000 1 J ^ J 5 1 500 reais.
De J 5 C ? i ? t, temos: 1 500 5 25 000 ? 0,004 ? t ^ 1 500 5 100t ^ t 5 15 meses.
Como a taxa utilizada é mensal, o tempo é de 15 meses.

56 CAPÍTULO 5
Explorando as ideias
Juros compostos
No regime de juros compostos, os juros incidem não apenas no valor inicial, mas também
sobre os juros acumulados. Os juros são capitalizados, ou seja, são adicionados ao capital em
cada período (como dia, mês, ano, etc.). Dessa forma, a cada período (dia, mês, ano, etc.), o valor
do investimento é acrescido dos juros relativos ao período anterior.
Vamos analisar o seguinte problema: Camilo aplicou R$ 3.000,00 a uma taxa de juros fixa
de 2% ao mês. Ao final de cada mês, seu saldo é acrescido dos juros relativos àquele mês; por
isso, o fator de aumento mensal de sua aplicação é 100% 1 2% 5 102% 5 1,02. Supondo que
ele não faça retiradas intermediárias, veja o montante M de sua aplicação no final dos cinco
primeiros meses:
• Final do 1o mês: M1 5 3 000 ? 1,02
• Final do 2o mês: M2 5 M1 ? 1,02 5 3 000 ? 1,02 ? 1,02 5 3 000 ? (1,02)2
• Final do 3o mês: M3 5 M2 ? 1,02 5 3 000 ? (1,02)2 ? 1,02 5 3 000 ? (1,02)3
• Final do 4o mês: M4 5 M3 ? 1,02 5 3 000 ? (1,02)3 ? 1,02 5 3 000 ? (1,02)4
• Final do 5o mês: M5 5 M4 ? 1,02 5 3 000 ? (1,02)4 ? 1,02 5 3 000 ? (1,02)5
Analisando a sequência de montantes obtida, observa-se que, no final de t meses, o mon-
tante da aplicação será M 5 3 000 ? (1,02)t.
Nessa operação, os juros são capitalizados, ou seja, são adicionados ao capital a cada mês.
Dessa forma, a cada mês, o valor do investimento é acrescido dos juros relativos ao mês anterior.
Dizemos que essa operação foi feita no sistema de juros compostos ou capitalizados. No
caso, a capitalização dos juros pode ser diária, mensal, trimestral, anual, etc.
Na fórmula obtida para o montante M, a variável t aparece como expoente do fator mensal
1,02. Isso significa que o montante cresce com o tempo segundo uma função exponencial, dife-
rentemente da situação dos juros simples, em que o montante cresce segundo uma função afim.
Assim, no sistema de juros compostos, se um capital C é aplicado durante um tempo t, a
uma taxa fixa i, na mesma unidade de tempo, o montante M da aplicação, após o tempo t, é
dado por:

M 5 C ? (1 1 i)t

Observe que, no caso dos juros compostos, obtemos inicialmente o montante. Com base
nele, podemos obter os juros, lembrando que o montante M é a soma do capital C com os juros
J, ou seja, M 5 C 1 J. Logo,

J5M2C

Em geral, a resolução de problemas de juros compostos se baseia no cálculo com potências


e na resolução de equações exponenciais. Em problemas de determinação do tempo, muitas
vezes é necessário utilizar logaritmos.
MATEMÁTICA

57
Agora Ž sua vez!
1 Mariana está planejando uma viagem. Para pagar os gastos da viagem, ela investiu R$ 5.000,00 em uma aplicação financeira
que rende juros compostos a uma taxa de 20% ao ano. Se ela mantiver o dinheiro aplicado por 24 meses, qual será o rendi-
mento dessa operação?
De acordo com o problema, temos:
• capital (C) = 5 000;
• taxa (i) = 0,20;
• tempo (t) = 24 meses. Como a taxa de juros é anual, devemos transformar os meses em ano, no caso 24 meses = 2 anos.

A fórmula para calcular o montante de uma aplicação a juros compostos é M = C ? (1 + i)t. Temos:
M = 5 000 ? (1+ 0,2)2
M = 5 000 ? (1,2)2
M = 5 000 ? 1,44
M = 7 200

Logo,
M=C+J
J=M–C
J = 7 200 – 5 000
J = 2 200

Portanto, o rendimento dessa aplicação será de R$ 2.200,00.

2 Paulo tomou um empréstimo de R$ 6.000,00 em um banco, no sistema de juros compostos, a uma taxa fixa de 5% ao ano
durante 4 anos. Determine os juros pagos por ele.
Os dados do problema são: C 5 6 000; i 5 5% a.a. 5 0,05 a.a.; t 5 4 anos. Assim: M 5 C ? (1 1 i)t 5 6 000 ? (1 1 0,05)4 5
5 6 000 ? (1,05)4 ã 6 000 ? 1,2155 5 7 293.
Temos, finalmente, J 5 M 2 C 5 7 293 2 6 000 5 1 293. Portanto, o juros foram de, aproximadamente, R$ 1.293,00.

3 Um capital de R$ 20.000,00 foi aplicado a juros compostos e, em 3 meses, rendeu R$ 913,57. Determine a taxa mensal da
aplicação.
Os dados são: C 5 20 000; J 5 913,57; t 5 3 meses. Logo, M 5 C 1 J 5 20 000 1 913,57 ^ M 5 20 913,57. De M 5 C ? (1 1 i )t,
temos: 20 913,57 5 20 000 ? (1 1 i )3 ^ (1 1 i )3 ã 1,0457 ^ 1 1 i ã 3
1, 0457 ≈ 1, 015 .
Logo, i ã 0,015, e a taxa foi de, aproximadamente, 1,5% ao mês.

58 CAPÍTULO 5
Atividade 2 – O losango e suas características
Professor(a), para o desen-
Explorando as ideias volvimento desta atividade,
defina os principais tipos de
Quadriláteros são polígonos formados por quatro lados. Conforme o paralelismo dos la- quadriláteros, destacando o
dos, os quadriláteros podem ser classificados em: losango e suas propriedades.

Paralelogramos Trapézios Não notáveis


Têm dois pares de Têm pelo menos um Não têm lados paralelos.
lados paralelos. par de lados paralelos.

O losango é um paralelogramo que possui a mesma medida em todos os lados (quatro


lados congruentes).

M
D B

As características do losango são:


• Os lados são todos congruentes entre si: CB = BA = AD = DC.
• Os ângulos opostos possuem a mesma medida: A$ = C$ e D
µ = B$ .
µ + C$ = 180°.
• Os ângulos não opostos são suplementares: A$ + B$ = D
• A soma dos ângulos internos é igual a 360º.
• As diagonais são perpendiculares entre si, ou seja, a intersecção entre elas forma um
ângulo de 90º.
• As diagonais se cruzam no ponto médio, isto é, a intersecção entre elas é o ponto mé-
dio (M) das diagonais: AM = MC e BM = MD.
• As diagonais estão contidas na reta suporte das bissetrizes dos ângulos internos (divide
o ângulo em dois ângulos de mesma medida).

Exemplo
Determine a medida dos ângulos Pˆ e Nˆ no losango representado na imagem a seguir:

M b = 2x – 6o
P o
N
a = 3x – 4
MATEMÁTICA

59
Sabemos que, em um losango, os ângulos opostos são congruentes, ou seja, os ângulos
Pˆ e Nˆ possuem a mesma medida. Além disso, como a diagonal divide o ângulo em duas partes
iguais, logo temos que a = b. Ou seja:
3x – 4° = 2x + 6°
3x – 2x = 6° + 4°
x = 10°
Logo, a = 3 ? 10° – 4° = 30° – 4° = 26°; e como a = b, segue que b = 26°.
µ = 2 · 26° = 52°
Portanto, P$ = N

Agora Ž sua vez!


1 Determine as medidas dos ângulos x, y e z do losango representado na imagem a seguir:

70o

X Y

No losango, os ângulos opostos são congruentes entre si, e a diagonal divide o ângulo em duas partes de mesma medida. Logo,
z = 2 ? 70° = 140° e x = 2 ? y.
A soma dos ângulos internos de um triângulo é 180°. Então, temos que: y = 180° – 70° – 90° = 20°.
Como x = 2 ? y e y = 20°, então podemos concluir que x = 2 ? 20° = 40°.

2 Em um losango ABCD, as diagonais medem AC 5 12 cm e BD 5 8 cm. Determine seu perímetro.


B

A C
E

Sabemos que as diagonais de um losango são perpendiculares e se interceptam no ponto médio, dividindo-se em duas partes de
12 cm 8 cm
mesma medida. Logo, AE 5 5 6 cm e BE 5 5 4 cm.
2 2
O triângulo ABE é retângulo em E. Pelo teorema de Pitágoras, (AB)2 5 (AE)2 1 (BE)2 5 62 1 42 5 52 ^ AB 5 2 13 cm.
Como os quatro lados do losango são congruentes, então seu perímetro é P 5 4 ? 2 13 cm 5 8 13 cm.

60 CAPÍTULO 5
Atividade 3 – Área: decomposição de figuras planas
Professor(a), ao calcular áreas de
Explorando as ideias figuras planas, em certos casos,
não é viável aplicar diretamente
A imagem a seguir ilustra uma janela. O que você faria para descobrir a área dessa janela? fórmulas específicas para essa
finalidade. Assim, a decomposição
das figuras em formas conhecidas
torna-se uma abordagem eficaz
para determinar as áreas dessas
figuras planas.

50 cm

30 cm

Para determinar a área de uma figura plana mais complexa, é necessário realizar a decom-
posição dessa figura em formas geométricas mais simples, como triângulos, círculos e retângu-
los, cujas áreas já sabemos calcular. A área da figura original é obtida ao adicionarmos as áreas
das figuras geométricas resultantes dessa decomposição.
A janela pode ser decomposta em um retângulo e um semicírculo (metade do círculo).

50 cm

30 cm

Área do retângulo = base · altura = (30 cm) · (50 cm) = 1 500 cm2.
O diâmetro do círculo mede 30 cm. O valor da medida do raio é a metade do valor da me-
dida do diâmetro, ou seja, o raio mede 15 cm.
p×raio2 3,14 ⋅152
Área do semicírculo = ≈ = 353,25 cm2.
2 2
Assim sendo, a área total da janela é de, aproximadamente, 1 500 cm² + 353,25 cm² =
= 1 853,25 cm2.

Agora Ž sua vez!


1 Um arquiteto é responsável pelo projeto de um parque e precisa planejar a pintura de uma parte dele. A área a ser pintada
tem a forma da imagem a seguir:

4m
MATEMÁTICA

5m

61
Qual é a área total da região a ser pintada?
Sugestão: Considere 3 como aproximação para p.
Área do retângulo = b · h = (4 m) · (5 m) = 20 m².
3 × (2 m) 3 × ( 4 m ) 12 m2
2
p ×r2
2

Área do semicírculo = ‹ = = = 6 m². Como temos 3 semicírculos de mesmo tamanho, a área


2 2 2 2
total desses semicírculos é igual a 3 vezes a área de um semicírculo individual, ou seja, a área total desses semicírculos é
aproximadamente igual a 3 · (6 m²) = 18 m².
Portanto, a área total da região que será pintada é de, aproximadamente, 20 m² + 18 m² = 38 m2.

2 Calcule a área do pentágono representado na imagem a seguir.

55 cm

30 cm

40 cm

Área do retângulo = base · altura = (30 cm) · (40 cm) = 1 200 cm².
base · altura ( 40 cm) × éë(55 cm) - ( 30 cm)ùû ( 40 cm) × [ 25 cm] = 1000 cm2 = 500 cm².
Área do triângulo = = =
2 2 2 2
Portanto, a área total do pentágono é de 1 200 cm² + 500 cm² = 1 700 cm².

62 CAPÍTULO 5
Atividade 4 – Problemas envolvendo gráficos
Professor(a), vamos adentrar no
Explorando as ideias estudo dos gráficos de setores,
com o intuito de interpretar dados
Os gráficos são representações visuais que desempenham um papel fundamental na aná- e realizar inferências.
lise de dados de maneira rápida e eficiente. Um tipo comum de gráfico é o gráfico de setores,
também conhecido como gráfico de pizza. Esse tipo de gráfico, apresentado de forma circular,
divide os dados em diferentes partes, ilustrando a porcentagem de cada parte em relação ao
todo. Por meio do gráfico de setores, é possível visualizar facilmente quais categorias são maio-
res ou menores em comparação ao conjunto geral.

Exemplo:
Em um município brasileiro, realizou-se um estudo sobre as causas das mortes ocorridas
em determinado ano. O resultado é mostrado no gráfico de setores a seguir. De acordo com as
informações e sabendo-se que 1 540 pessoas morreram por homicídio, qual o número total de
mortes contabilizadas nesse levantamento?

Homicídios

Suicídios
(4%)

Acidentes Outras
trânsito (22%) causas (19%)
Fonte: Dados elaborados para fins didáticos.

Uma vez que a soma das porcentagens referentes aos setores resulta em 100%, chamando
de H a porcentagem de mortes por homicídio no município em questão (que não é informada
no gráfico de setores), determina-se H da seguinte maneira:

22% + 4% + H + 19% = 100%


H + 45% = 100%
H = 100% - 45%
H = 55%

Agora, considere T o número total de mortes contabilizadas no levantamento. Como H


representa a porcentagem de morte por homicídio (55% de T), e sabendo que o número de
mortes por homicídio corresponde a 1 540, podemos, assim, determinar T:

55% de T = 1540
55
×T = 1540
100
0 , 55 × T = 1540
1540
T=
0 , 55
T = 2 800 mortes
MATEMÁTICA

Portanto, o número total de mortes contabilizadas nesse levantamento é 2 800.

63
Agora Ž sua vez!
1 O professor de Educação Física de uma escola realizou uma pesquisa com seus 250 alunos para conhecer o esporte preferido
entre eles. Cada aluno podia fazer uma única indicação. Os dados da pesquisa estão representados no gráfico de setores a seguir.

Esporte preferido (em porcentagem)

6%
8%

14% 40%

32%

Futebol Vôlei Basquete Natação Outros

a) Quantos setores tem esse gráfico?


Cinco.

b) Qual é o esporte preferido pela maioria dos alunos que participaram da pesquisa? Com que porcentagem?
Futebol, com 40% de indicações.

c) Quantos dos alunos pesquisados preferem vôlei?


32
32% de 250 alunos = · 250 alunos = 0,32 · 250 alunos = 80 alunos
100

2 Um nutricionista calculou o IMC (Índice de Massa Corporal) de seus pacientes e, de acordo com os valores obtidos, classifi-
cou-os em quatro categorias: “Abaixo do peso”, “Peso normal”, “Sobrepeso” e “Obesidade”. Com base nessa classificação, esse
profissional elaborou o gráfico de setores a seguir:

18
24
Abaixo do peso
Peso normal
Sobrepeso
Obesidade
6

12

Determine quantos pacientes participaram da pesquisa do nutricionista.


6 + 12 + 24 + 18 = 60 pacientes

64 CAPÍTULO 5
6
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ers
DESIGUALDADES, FIGURAS

toc
k
PLANAS E DADOS

Atividade 1 Ð Inequa•›es e as desigualdades Neste capítulo, o conjunto de


atividades tem como objetivo
desenvolver as seguintes
Explorando as ideias habilidades:
Identificar
Inequação de 1o grau representações
algébricas que
Dada uma função afim y 5 f(x) 5 ax 1 b, com a = 0, chama-se inequação de 1o grau toda Inequações
expressem
H19
a relação de
desigualdade que pode ser reduzida a uma das seguintes formas: interdependência
entre duas
grandezas.
ax 1 b > 0 ax 1 b < 0 ax 1 b . 0 ax 1 b , 0 Identificar
características
Circunferência de polígonos ou
H7
e círculo sólidos (prismas,
Exemplos: pirâmides,
cilindros).
a) x 1 5 . 3x 2 1 é uma inequação de 1o grau de incógnita x. Avaliar propostas
de intervenção
b) k2 2 k 1 7 < k2 1 3k equivale a 2 k 1 7 < 3k é uma inequação de 1o grau de incógnita k. na realidade
Área e utilizando
Resolver uma inequação de 1o grau com uma incógnita é determinar todos os valores da perímetro: cálculos de H14
triângulos perímetros, área
incógnita que satisfazem a desigualdade. Uma inequação de 1o grau pode ser resolvida por de superfície ou
processos algébricos, que você estudou anteriormente, ou com base no gráfico da função afim volume de blocos
retangulares.
associada a ela. Utilizar
informações
Problema
Exemplo: com dados
expressas em
gráficos ou
apresentados H25
Resolver, pelos métodos algébrico e gráfico, a inequação de 1o grau 23x 1 12 > 0. em forma
tabelas como
recurso para a
de gráfico
construção de
O método algébrico consiste na aplicação das propriedades das desigualdades: argumentos.
12
23x 1 12 > 0 ^ 23x > 212 ^ 3x < 12 ^ x < ^ x < 4 (solução)
3
Na segunda passagem da resolução, multiplicamos ambos os membros da inequação por
21, número negativo. Por isso, houve inversão do sentido da desigualdade.
O método gráfico consiste em esboçar o gráfico da função y 5 f(x) 5 23x 1 12 e determi-
nar os valores de x para os quais 23x 1 12 > 0, ou seja, y > 0. Nesse esboço, é muito importan-
te tomar como referência a raiz da função: Professor(a), você pode partir do
ponto de que, nas inequações, o
y 5 0 para 23x 1 12 5 0 ^ 23x 5 212 ^ x 5 4 (raiz da função). que se busca é um intervalo de
respostas, um valor mínimo ou
Veja o esboço do gráfico de f, levando em conta a raiz e o fato de a função ser decrescente, máximo diferente do que os alunos
já que o coeficiente de x é negativo (23). buscam na resolução de uma
equação, que é um valor exato.
Destaque para eles, também,
as principais propriedades das
inequações e o significado de seus
símbolos.
MRS Editorial

1 1

4 2 2 x
MATEMÁTICA

65
Os sinais mais (1) e menos (2) no esboço do gráfico indicam os sinais de y para x < 4 (grá-
fico acima do eixo x) e para x > 4 (gráfico abaixo do eixo x), respectivamente.
Na inequação se quer saber quando ocorre 23x 1 12 > 0, ou seja, y > 0; isso ocorre quan-
do x < 4, e esta é, portanto, a solução da inequação.
Nas inequações, o símbolo de igualdade não é utilizado sozinho, como nas equações. Por
isso, as inequações também são chamadas de desigualdades.
Para comparar dois números x e y, por exemplo, podemos fazer as seguintes leituras, quan-
do se trata de inequações:
1. x < y (significa que x é menor que y)
2. x > y (significa que x é maior que y)
3. x , y (significa que x é menor ou igual a y)
4. x . y (significa que x é maior ou igual a y)

Agora Ž sua vez!


1 Escreva as inequações correspondentes e suas possíveis respostas:
a) x é um número inteiro positivo menor que 6.
Resposta: x < 6 (1, 2, 3, 4, 5).

b) y é um número inteiro maior ou igual a 25.


Resposta: y . 25 (26, 27, 28, 29, 30, ...).

c) A soma entre o número x e 2 é maior ou igual a 7.


Resposta: x 1 2 , 7 (..., 1, 2, 3, 4, 5).

2 Classifique as desigualdades a seguir em verdadeiras (V) ou falsas (F).


( F ) 3>521 ( V ) 32 2 1 . 4 · 2
( V ) 25 < 4 2 2 3
( F ) 2(20,3) , 0,29
( V ) 21 , 2 · 5 ( F ) 2p > 23,1

66 CAPÍTULO 6
3 Represente, por meio de uma desigualdade, cada uma das sentenças a seguir.
a) m é menor que n. m < n d) a não excede b. a , b
b) p excede q. p > q e) k não é menor que h. k . h
c) x é, pelo menos, igual a y. x . y f ) z não é maior que t. z , t
4 Com base na desigualdade verdadeira 6 < 8, escreva desigualdades verdadeiras equivalentes a ela da seguinte maneira:
a) Adicionando 5 aos dois membros:

6 1 5 < 8 1 5 ou 11 < 13

b) Adicionando 23 aos dois membros:

6 2 3 < 8 2 3 ou 3 < 5

c) Multiplicando os dois membros por 4:

6 · 4 < 8 · 4 ou 24 < 32

d) Multiplicando os dois membros por 22:

(22) · 6 > (22) · 8 ou 212 > 216

e) Multiplicando os dois membros por 20,5:

(20,5) · 6 > (20,5) · 8 ou 23 > 24

5 Complete as sentenças matemáticas a seguir com o sinal de desigualdade adequado.


a) 6 > 22; logo: 6 1 5 > 22 1 5
b) 27 , 21; logo: 27 2 3 , 21 2 3
c) 25 < 3; logo: 22 · (25) > 22 · 3
d) 8 · 5 > 21 · 5; logo: 8 > 21
e) 9 > 23; logo: 29 < 3
6 Se a variável x representa um número inteiro, determine:
a) o maior valor de x tal que x < 7 6
b) o menor valor de x tal que x . 10 10
c) o maior valor de x tal que 2x < 30 14
7 Resolva as inequações do 1o grau
x 1
a) 5x < 15 c) 2 1, 2x 1
x<3 2 3
8
x. 2
9

b) 25x . 2 d) 21 < 5x 1 3 < 8


x , 20,4 20,8 < x < 1
MATEMÁTICA

67
Professor(a), inicie sua aula
Atividade 2 Ð Circunfer•ncias e c’rculos perguntando se seus alunos
identificam alguma diferença entre
um círculo e uma circunferência.
Explorando as ideias Após as respostas, esclareça que
o círculo representa a superfície
preenchida e a circunferência
representa o contorno dessa
superfície. Em seguida, apresente
Na imagem, podemos destacar:
D os elementos: raio e diâmetro.
1. o ponto A é o centro;
B A
c 2. o segmento BC é o diâmetro;
3. o segmento AD é o raio.

A figura 1 a seguir mostra uma circunferência de centro no ponto O, em que:


• 2 é um de seus diâmetros, de medida d;
• 3 é um de seus raios, de medida R;
• C é a medida de seu perímetro (comprimento).
c
c
O R

MRS Editorial
A B
d d d d
Figura 2
Figura 1

A figura 2 representa a circunferência da figura 1 “desenrolada”. Ela está representada pelo segmento vermelho, de comprimen-
to C, correspondente ao seu perímetro.
Note que o diâmetro da circunferência (segmento azul, de medida d) cabe três vezes no segmento vermelho e ainda sobra uma
pequena parte (segmento verde na figura).
Isso mostra que a razão entre o comprimento C de uma circunferência e a medida d de seu diâmetro é um número pouco
maior que 3. Isso ocorre em qualquer circunferência, pois, modificando-se o valor de d, o valor de C muda na mesma proporção.
Os matemáticos simbolizaram essa razão constante pela letra grega p (pi). Trata-se de um número irracional: p = 3,14159265...
C
Portanto, se C é a medida do comprimento (perímetro) de uma circunferência e d é a medida de seu diâmetro, 5 p ou, de
d
forma equivalente:

O perímetro de uma circunferência é igual ao produto da constante p pela medida do seu diâmetro:
C5p?d

Como a medida do diâmetro é o dobro da medida do raio (d = 2R), podemos expressar o comprimento C de uma circunferência
também em função da medida de seu raio.

C 5 p ? d ~ C 5 p ? 2R, ou seja:

C 5 2pR

Na prática, vamos utilizar como valor de p algumas de suas aproximações racionais. Entre elas destacam-se os números deci-
22
mais 3,14 e 3,1416 e a fração .
7
Observe o exemplo a seguir.
Se o raio de uma circunferência mede 10 cm, seu comprimento é:
C 5 2 ? p ? 10 cm 5 20p cm à 20 ? 3,14 cm 5 62,8 cm

68 CAPÍTULO 6
Agora Ž sua vez!

Atenção! A partir daqui, a menos que haja indicação contrária, utilize 3,14 como aproximação para p.

1 Calcule o comprimento de uma circunferência cujo diâmetro mede 15 cm.


47,1 cm

2 O diâmetro externo das rodas de um carro mede 45 cm. Se esse carro percorre uma distância de 56,6 km, quantos milhares de
giros completos essa roda executa, aproximadamente?
40

Explorando as ideias
Círculo é a região plana composta de uma circunferência com a região interior a ela. A área de um círculo depende ape-
nas da medida de seu raio. Vamos obter a fórmula que fornece a área A de um círculo em função da medida R de seu raio.
O círculo da figura 1 a seguir, de raio R, está subdividido em dez faixas com cores variadas. Considere que é feito um corte reto
nesse círculo, da circunferência até o centro, segundo a linha tracejada. Em seguida, as dez faixas são “desenroladas” e, agora na
posição horizontal, ficam dispostas como mostra a figura 2.

Figura 1
C = 2πR
MRS Editorial

Figura 2

2πR

Observe que, nessa nova disposição, as dez faixas que compunham o círculo formam uma figura próxima de um triângulo
retângulo cujos catetos medem R e 2pR.
MATEMÁTICA

Se tivéssemos dividido o círculo em 20, 40 ou 100 faixas, por exemplo, e repetíssemos esse procedimento, quanto maior a
quantidade de faixas, a figura 2 ficaria cada vez mais próxima de um triângulo retângulo.

69
Sabemos que a área de um triângulo retângulo é a metade do produto das medidas dos dois catetos. Portanto, a área A do

círculo é dada por A 5


R ? 2pR ou, de forma equivalente:
2
A área (A) de um círculo é igual ao produto da constante p pelo quadrado da medida de seu raio.
A 5 p ? R2

Exemplos:
a) Se um lago circular tem 40 m de diâmetro, seu raio mede R = 20 m. Logo, a área A de sua superfície é:
A 5 pR2 5 p ? (20 m)2 à 3,14 ? 400 m2 5 1 256 m2
b) Suponha que uma circunferência tenha 88 cm de comprimento. Vamos calcular a área aproximada do círculo correspon-
dente, considerando p 5 3,14.
Se R é o raio da circunferência em centímetros, temos:

2pR 5 88 ~ 2 ? 3,14 ? R 5 88 ~ 6,28R 5 88 ~ R 5 88 ~ R à 14


6,28
Portanto, a área A aproximada do círculo correspondente é:
A 5 pR2 5 3,14 ? (14 cm)2 5 3,14 ? 196 cm2 5 615 cm2 , aproximadamente.

Agora Ž sua vez!


1 Calcule, com aproximação de duas casas decimais:
a) a área de um círculo cujo raio mede 8 cm;
200,96 cm2

b) a área de um círculo cujo diâmetro mede 12 cm;


113,04 cm2

c) o raio e o perímetro de um círculo cuja área é 78,5 m2.


R = 5,00 m; P = 31,4 m

2 Um atleta percorre 628 m quando corre ao redor de uma praça circular.


a) Qual é o diâmetro aproximado dessa praça?
200 m

b) Qual é sua área?


31 400 m2

70 CAPÍTULO 6
Atividade 3 – Adição e subtração de áreas
Explorando as ideias
Em muitas situações, uma figura é composta de dois ou mais polígonos e o cálculo de sua área se dá pela adição ou subtração
das áreas desses polígonos.
Como exemplo, vamos calcular a área do polígono ABCDEF da figura a seguir, em que lados consecutivos formam ângulo reto.
As medidas indicadas estão em centímetros.
Professor(a), explore com os alunos
A 8 B

Ilustrações: MRS Editorial


o fato de que, para se calcular
a medida de área de algumas
3 D regiões, é necessário decompor
C essa região em regiões menores
8 que tenham formato conhecido,
para as quais já saibamos calcular
suas áreas. Ou, então, acrescentar
a essa região outra, de forma que
F 20 E saibamos calcular a área tanto da
região acrescentada quanto da
Primeiro, vamos utilizar a adição de áreas. Observe a figura a seguir. região obtida pela junção dessas
duas.
A 8 B
3 D
C
8
5

F 8 G 12 E
O segmento tracejado CG divide o polígono original em um quadrado cujo lado mede 8 cm e um retângulo em que a base
mede 12 cm, e a altura, 5 cm. Portanto, a área A do polígono é a soma das áreas do quadrado ABGF e do retângulo CDEG. Veja:
AABGF 5 (8 cm)2 5 64 cm2
ACDEG 5 12 cm ? 5 cm 5 60 cm2
A 5 AABGF 1 ACDEG 5 64 cm2 1 60 cm2 5 124 cm2

Agora, vamos determinar a área do polígono por subtração de áreas. Observe a figura a seguir.
A 8 B 12 H
3
D
8 C

F 20 E
As duas linhas tracejadas, prolongamentos dos lados AB e ED do polígono, formam o retângulo BCDH, com 12 cm de compri-
mento e 3 cm de altura. Portanto, a área A do polígono original é a diferença entre as áreas dos retângulos AFEH e BCDH, nessa
ordem. Observe:
AAFEH 5 20 cm ? 8 cm 5 160 cm2
ABCDH 5 12 cm ? 3 cm 5 36 cm2
A 5 AAFEH 2 ABCDH 5 160 cm2 2 36 cm2 5 124 cm2

Agora Ž sua vez!


1 A figura a seguir, com 58 dm de perímetro, é formada por 2 A figura a seguir mostra um paralelogramo e um triângu-
um quadrado cujo lado mede 10 dm e um retângulo de lo retângulo isósceles cuja hipotenusa coincide com um
7 dm de altura, dispostos lado a lado e apoiados em uma dos lados do paralelogramo. As medidas indicadas são em
reta. Calcule a área dessa figura. 163 dm2 centímetros. Calcule a área dessa figura.
10 dm 42 cm2 4
Ilustrações: MRS Editorial

7 dm
MATEMÁTICA

10

71
Professor(a), comente com os estudantes que alguns gráficos divulgados
visualmente podem ser diferentes, são os chamados gráficos pictóricos,
que inicialmente possuem o mesmo procedimento para sua construção
Atividade 4 – Gráficos pictóricos e depois, é possível usar recursos de desenhos para personalizar o
gráfico. Da mesma forma, eles chamam atenção, mas é preciso realizar
a leitura e a interpretação dos dados divulgados. Após esse momento
Explorando as ideias de discussão, aponte os principais elementos dos gráficos, como título,
legendas e tipos de gráficos.
Os gráficos nos ajudam a entender melhor e mais rapidamente várias informações.
Podemos construir um ponto de vista sobre determinado assunto de acordo com a nossa interpretação dos gráficos e das
informações apresentadas por meio deles.
Os gráficos pictóricos são gráficos que são utilizados para dar maio ênfase aos dados divulgados e para chamar atenção.
Sua apresentação pode ser semelhante ao gráfico de coluna, barras, linhas e circulares. Em geral, a imagem se relaciona com o
assunto da pesquisa.
Vamos conhecer alguns:
O PIB (Produto Interno Bruto) de um país ou de uma região é a soma de todas as riquezas (bens e serviços) produzidas por esse país
ou região em determinado espaço de tempo (PIB anual, PIB mensal, etc.).
O PIB per capita (PIB por indivíduo) é a razão entre o PIB e a população do país ou da região, naquele período.

Exemplo:
Se, em determinado ano, o PIB de um país com 50 milhões de habitantes foi de US$ 350 bilhões, vamos determinar o seu PIB
per capita naquele ano utilizando a notação científica:
• PIB do ano, em US$: 350 ? 109 5 3,5 ? 1011
• População, em número de habitantes: 50 ? 106 5 5,0 ? 107
3, 5 ? 1011
• PIB per capita, em US$/habitante: 5 0,70 ? 104 5 7,0 ? 103
5, 0 ? 107
Assim, o PIB per capita desse país no referido ano foi de US$ 7 000,00/habitante. Na prática, é como se cada habitante desse país
tivesse produzido US$ 7 000,00 naquele ano, em média, em produtos e serviços.
Na maioria das vezes, o PIB per capita de um país, por indicar a riqueza média por habitante, esconde as grandes desigualdades
sociais, como a distribuição dessa riqueza de forma desigual e injusta, em que uma grande porcentagem do PIB se concentra nas
mãos de uma pequena fração privilegiada da população.
O mapa a seguir mostra em que faixas do PIB per capita se encontravam os estados brasileiros em 2017.

Brasil: Produto Interno Bruto (2017)


Banco de imagens/Arquivo da editora

50º O

RR AP
Equador

AM
PA MA CE RN
PI PB
PE
AC AL
RO TO SE
BA
MT
DF OCEANO
GO ATLÂNTICO
OCEANO MG
MS ES
PACÍFICO
SP RJ
Produto Interno Bruto
Trópic
per capita do Brasil – 2017 PR o de
Capric
(R$) órnio
SC
12 788,75-20 000,00
RS
20 000,01-30 000,00
30 000,01-45 000,00
45 000,01-80 502,47 0 675
Brasil: R$ 31 833,50
km

Disponível em: https://atlassocioeconomico.rs.gov.br/pib-per-capita.


Acesso em: 8 out. 2020.

Observe que o assunto tem como foco o país, logo, os dados foram divulgados ilustrando o mapa do Brasil com os resultados
obtidos, com apoio de uma legenda, em que as cores ajudam a localizar e comparar as informações da pesquisa.

72 CAPÍTULO 6
Agora Ž sua vez!

Renda familiar per capita


A razão entre a soma das rendas de todos os membros de uma família e o número de pessoas que a compõem é denominada
renda familiar per capita ou renda domiciliar per capita. Geralmente, considera-se a renda mensal (salários, aluguéis recebidos,
serviços eventuais prestados, etc.).

Exemplo:
Se os membros de uma família, constituída de pai, mãe e 3 filhos, têm um rendimento mensal total de R$ 3.500,00 por mês,
a renda familiar per capita é de:
R$3500, 00
5 R$ 700,00/pessoa.
5pessoas
O infográfico a seguir mostra a renda mensal domiciliar per capita dos estados brasileiros no ano de 2017.

PSboom/Shutterstock

a) Qual estado possui a menor renda per capita? Qual é esse valor ?
Alagoas. R$ 658,00.

b) Qual estado possui a maior renda? Qual é esse valor?


Distrito Federal – R$ 2 548,00.

c) Quantos estados possuem uma renda per capita inferior a R$ 1 000,00?


16 estados.

d) Analise os dados apresentados e produza um pequeno texto com suas conclusões, considerando os cálculos e as infor-
mações apresentadas no gráfico.
Resposta pessoal.
MATEMÁTICA

73
Prepara Saeb
1. Ana comprou uma televisão que custa R$ 600,00. Como 5. Em uma escola de Ensino Fundamental, foi feita uma pes-
pagou à vista, teve um desconto de 20%. O preço que Ana quisa sobre a preferência esportiva dos alunos, totalizando
pagou por essa televisão foi: H17: Avaliar propostas de 120 alunos entrevistados. O resultado pode ser visto no
intervenção na realidade,
a) R$ 480,00. Gabarito: A utilizando cálculos de gráfico a seguir.
porcentagem e/ou juros.
20 Nessa pesquisa, de acordo com o gráfico,
b) R$ 570,00. ? 600 5 120
100
c) R$ 580,00. 600 2 120 5 480 H26: Avaliar propostas de
intervenção na realidade, Preferência por
d) R$ 588,00. utilizando informações modalidades esportivas
expressas em gráficos
2. Observe com atenção as figuras abaixo, numeradas de 1 a 8. ou tabelas
5%
Outros
1 2 3 4 10%
Natação 40%
Futebol

15%
5 6 7 8 Basquete

Quais são os números dos polígonos que possuem somente


um par de lados paralelos? H7: Identificar características de 30%
polígonos ou sólidos (prismas, Vôlei
a) 1 e 5 pirâmides, cilindros).
b) 3 e 6 Fonte: Grêmio Estudantil
c) 4 e 8
d) 6 e 7 Gabarito: C a) a maioria dos alunos prefere vôlei ou basquete.
3. A figura representa a planta baixa do quarto de Maria. b) futebol é o esporte preferido por 2/5 dos entrevistados.
porta c) apenas 5 esportes foram citados.
d) há dois esportes citados que, juntos, são os preferidos
1m de 36 alunos. Gabarito: B
2m 6. Camila pretende comprar uma roupa que custa 300 reais e
enviar o restante do dinheiro que tem no banco para sua
mãe, que mora em outra cidade. Considerando que s é o
saldo de Camila no banco, de acordo com a manchete abai-
4m xo, para que seja possível ela enviar uma TED para sua mãe,
será preciso que se verifique a desigualdade:
Ela vai colocar uma faixa de papel de parede contornando o
rodapé de todas as paredes do seu quarto. Quantos metros
H14: Avaliar propostas de TED é uma sigla que significa “Transferência eletrônica
dessa faixa ela deverá comprar? disponível”. Trata-se de um tipo de transferência
intervenção na realidade
a) 5 m utilizando cálculos de entre contas correntes de bancos diferentes.
perímetros, área de
b) 6 m superfície ou volume de
blocos retangulares. Bancos baixam valor mínimo do
c) 11 m transferência via TED para R$ 500
Gabarito: C.
d) 12 m (2 ? 4 1 2 ? 2) 2 1 5 11

4. Numa eleição para prefeito, votaram 3 850 eleitores. O can- Disponível em: http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2015/
01/bancos-baixam-valor-minimo-da-transferencia-ted-para-r-500.html.
didato eleito obteve 2 310 votos. Em relação ao total de Acesso em: 1o nov. 2015.
votantes, a porcentagem de votos obtida por esse candi-
dato foi de: H17: Avaliar propostas de intervenção na realidade,
utilizando cálculos de porcentagem e/ou juros. H19: Identificar representações
a) 60%. a) s – 300 . 500. algébricas que expressem a relação de
b) s 1 300 . 500. interdependência entre duas grandezas
b) 65%.
c) 70%. Gabarito: A c) s – 500 , 300.
2310
5 0,6 5 60%
d) 75%. 3850 d) s 1 500 , 300. Gabarito: A

74 CAPÍTULO 6
Prepara Saeb
7. A lição de casa de Mariana pedia para separar as figuras abaixo em dois grupos. No grupo 1, deveriam ficar as figuras com 6
faces, e as demais figuras deveriam ir para o grupo 2.
A alternativa que indica todas as figuras que ficaram no grupo 2 é: Gabarito: Alternativa D
H14: Avaliar propostas de
intervenção na realidade utilizando
cálculos de perímetros, área de
superfície ou volume de blocos
retangulares.
A B C D E

a) B e C. c) A, B e C.
b) D e E. d) A, D e E.
8. Os pais de Lucas adquiriram um terreno retangular, onde pretendem construir uma chácara. Eles vão cercar essa área com
4 voltas de arame.
Área adquirida pelos pais de Lucas
Gabarito: Alternativa D

Muhammad Adeel Mughal/Shutterstock


Perímetro:
2 3 (12) 1 2 3 (15)
24 1 30 5 54
54 3 4 5 216
216 3 10 5 2 160 m

Considerando que o lado de cada quadradinho mede 10 metros, o número necessário de metros de arame para fazer a cerca é:
a) 540.
b) 1 080.
c) 1 620.
d) 2 160.
9. A figura a seguir, cujas medidas estão em metros, representa o formato de uma piscina em que todos os cantos formam ângulos
retos.
1,80
H14: Avaliar propostas de
intervenção na realidade utilizando
cálculos de perímetros, área de
3,20 superfície ou volume de blocos
retangulares.

3,00

2,80

O proprietário resolveu colocar uma borda de mármore em torno de toda a piscina, e o pedreiro cobra R$ 12,00 por metro
linear de mármore assentado. Dos valores a seguir, o que mais se aproxima do valor gasto, em reais, para a execução desse
serviço é:
a) 129.
b) 130.
MATEMÁTICA

c) 259.
d) 260. Gabarito: C

75
Prepara Saeb
10. A expectativa de vida de um país se relaciona diretamente com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que reúne os
índices referentes às condições econômicas, sociais e educacionais de uma população. H25: Utilizar informações expressas
em gráficos ou tabelas como recurso
Analise os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). para a construção de argumentos.

Gráfico 1 Gráfico 2

Folha de S. Paulo/Folhapress
EXPECTATIVA DE VIDA PARA EXPECTATIVA DE VIDA POR
HOMENS E MULHERES NO PAêS REGIÃO DO PAÍS EM 2005

Em anos 2000 Em anos


2005

70,5 71,9 74,4 75,8


66,7 68,2
71
69

Média
73,2
no Brasil
73,5

Ambos os Homens Mulheres 71,9


74,2
sexos
Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estat’stica)
Sul 74,2
Sudeste 73,5
Centro-Oeste 73,2
Norte 71
Nordeste 69
Média Brasil 71,9

Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro


de Geografia e Estat’stica)

Relacionando as informações apresentadas nos dois gráficos, pode-se afirmar que ambos:
a) apontam que a menor expectativa de vida é a dos brasileiros nordestinos.
b) apresentam dados que comprovam que a região Sul do Brasil tem o IDH mais alto.
c) indicam que a expectativa média de vida do brasileiro foi de 71,9 anos, em 2005.
d) registram dados de pesquisas feitas em dois anos: 2000 e 2005. Gabarito: Gabarito C

76 CAPÍTULO 6
7
Vl
ad
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ers
ENTRE NÚMEROS E FIGURAS

toc
k

Atividade 1 Ð Calculando aumentos e descontos


Neste capítulo, o conjunto de
Explorando as ideias atividades tem como objetivo
desenvolver as seguintes
É comum produtos sofrerem acréscimos ou descontos em seus preços originais. Veja al- habilidades:
guns exemplos: • Utilizar informações ex-
pressas em forma de juros
Exemplo 1 (simples ou composto)
como recurso para a cons-
Um automóvel que era vendido por R$ 40 000,00 sofreu duas reduções de preço. A primei- trução de argumentação
ra foi de 10% e a segunda foi de 3%. Qual o preço do automóvel após cada uma das reduções? (aumentos e descontos
sucessivos).
• Identificar características de
polígonos ou sólidos (pris-
Solução: Calculando o primeiro desconto. mas, pirâmides, cilindros).
10 • Avaliar propostas de inter-
10% de 40 000 = × 40 000 = 4 000 venção na realidade utilizan-
100
do cálculos de perímetros,
40 000 – 4 000 = 36 000 área de superfície ou volu-
me de blocos retangulares.
• Resolver situação- problema
Calculando o segundo desconto (veja que será calculado sobre o novo valor do automóvel). que envolva processos de
contagem ou noções de
3 probabilidade.
3% de 36 000 = × 36 000 = 1 080
100
Nesta atividade, inicie revisan-
36 000 – 1 080 = 34 920 do o conceito de porcentagem
e como os estudantes podem
operar cálculos mais simples,
Portanto, após a primeira redução o preço foi de R$ 36 000,00. Após a segunda redução, o resolvendo porcentagem por
meio do produto. Converse
preço foi de R$ 34 920,00. com os estudantes que, ao
longo dos estudos, vamos
Exemplo 2 aprofundando os diferentes
contextos em que o cálculo de
Sobre o valor de uma mercadoria de R$ 800,00 foram aplicados dois acréscimos sucessivos,
porcentagem é aplicado.
um de 8% e outro de 12%. Calcule o valor final da mercadoria.
Solução: Calculando o primeiro acréscimo.
8
8% de 800 = × 800 = 64
100
800 + 64 = 864.
Calculando o segundo acréscimo (sobre o novo valor).
12
12% de 864 = × 864 = 103, 68
100
864 + 103,68 = 967,68

Portanto, o valor final da mercadoria é R$ 967,68.


MATEMÁTICA

77
Agora Ž sua vez!
1 Um smartphone custa R$ 1 500,00 em determinada loja. Se o cliente optar pelo pagamento à vista, a loja concede um desconto
de 10% sobre esse valor. Qual o preço do smartphone à vista?
R$ 1 350,00
2 Um equipamento de segurança custava R$ 1 800,00. No mês seguinte, o equipamento teve um aumento de 10% em seu
preço. No final do ano, a loja fez uma promoção para renovação de estoque: para esse equipamento, a loja ofereceu um
desconto de 25%. Qual o valor final desse produto?
R$ 1 485,00
3 Em determinado mês, o gás de cozinha custava R$ 150,00. No mesmo mês, teve duas reduções seguidas. A primeira foi de
8% e a segunda foi de 12%. Qual o valor final do gás de cozinha?
R$ 121,44

Retome o conceito de quadriláte-


Atividade 2 Ð Conhecendo os quadril‡teros ros, diferenciando os quadriláteros
convexos e côncavos. Explore
as diferentes formas dos quadri-
Explorando as ideias láteros. Na sequência, explore as
características dos quadriláteros
Em nosso cotidiano, podemos perceber diversas formas que lembram um quadrilátero: em mais comuns, observando os lados
e os ângulos. Sabemos que os
obras arquitetônicas, em obras de arte e até no modo como organizamos o espaço.
estudantes já tiveram contato com
Observe, na imagem abaixo, como as vagas de um estacionamento foram demarcadas. essas figuras, mas, ao longo do
tempo, acabam por perder de vista
essas características que podem

StockPhotosArt/Shutterstock
auxiliar em outras possibilidades
para resolução de problemas.

Os limites de cada vaga lembram um paralelogramo – um tipo de quadrilátero.


Os quadriláteros serão objeto de estudo do capítulo.

Os quadriláteros são polígonos que possuem 4 lados e podem ser classificados como con-
vexos ou côncavos.

Um quadrilátero é dito convexo quando, ao


tomarmos quaisquer dois pontos distintos no Um quadrilátero será c™ncavo se existir um
seu interior, podemos traçar um segmento de segmento de reta ligando dois pontos do interior
reta com extremidades nesses dois pontos, do quadrilátero passando pela região externa
totalmente no interior do quadrilátero. da figura.

78 CAPÍTULO 7
Daqui em diante, quando citarmos quadriláteros, já fica entendido que estamos falando
dos quadriláteros convexos.

Elementos de um quadrilátero
Quadriláteros são polígonos de 4 lados e 4 ângulos. Veja os elementos de um quadrilátero
ABCD:

A A x̂

â
B B

d̂ ĉ ẑ
D C D
C
Vértices: A, B, C e D.

LadoAs: AB, BC, CD e AD.
Diagonais: AC e BD. Ângulos internos: a , b , c e d
.
Ângulos externos: x , y , z e t .
Lados opostos: AB e CD, AD e BC
(são dois lados não consecutivos).

Dado um quadrilátero qualquer, podemos afirmar que:


• a soma das medidas dos ângulos internos dos quadriláteros é igual a 360°;
• a soma das medidas dos ângulos externos dos quadriláteros é igual a 360°;
• a soma de um ângulo interno com o seu ângulo externo adjacente é igual a 180°.

Classificação dos quadriláteros


Podemos classificar os quadriláteros em três grandes grupos: paralelogramos, trapézios
e trapezoides. Vamos estudar as características de cada grupo a seguir.

Paralelogramos
Todo quadrilátero que tem os lados opostos paralelos é denominado paralelogramo.

A D
Ilustrações: MRS Editorial

B H C

No paralelogramo ABCD representado acima, temos:


• AB // CD e AD // BC;
• o segmento AH é a altura do paralelogramo, relativa à base BC.

Alguns paralelogramos recebem nomes especiais. Vamos estudá-los posteriormente.


MATEMÁTICA

79
Trapézios
Todo quadrilátero que tem dois lados opostos paralelos e os outros dois lados opostos não
paralelos é denominado trapézio.

A D

B H C

No trapézio ABCD representado acima, temos:


• os lados paralelos em um trapézio são chamados de bases. Além disso, AD // BC e AD é
denominada base menor, enquanto BC é denominada base maior;
• AB e CD são os lados não paralelos;
• o segmento AH é a altura do trapézio. A altura de um trapézio é a distância entre as suas
duas bases.

Trapezoides
Todo quadrilátero que não tem quaisquer dois lados opostos paralelos é denominado trape-
zoide.

B C

No trapezoide ABCD representado acima, temos:


• AD não é paralelo a BC;
• AB não é paralelo a CD.

Exemplo:
Seja o quadrilátero RSTV. Qual a medida do ângulo x?
R

97º

45º
80º
x

Solução: A soma dos quatro ângulos internos deve ser igual a 360º. Assim,
97º + 80º + 45º + x = 360º
222º + x = 360º
x = 360º – 222º
x = 138º

80 CAPÍTULO 7
Agora Ž sua vez!
1 Determine os valores de x e de y, sabendo que ABCD é um paralelogramo.

D
x = 12o
x+y y = 38o

A 4x + 3y C
3

50o

2 Calcule o valor de x em cada quadrilátero.


a) A x = 18o D

7x + 14o 4x – 32o

2x + 4o 8x – 4o

B C

b) x = 20o
A D

6x 5x

3x 4x

B C

3 Três ângulos internos de um quadrilátero medem 76°, 123° e 98°. Qual é a medida do maior ângulo externo desse quadrilátero?
117¡

4 Calcule o valor de x em cada quadrilátero.


A
x = 20o
B 3x + 12o

120o
C
x

5x + 48o
MATEMÁTICA

81
Atividade 3 Ð Quadril‡teros: per’metro e ‡rea
Vamos relembrar as fórmulas de cálculo da área de alguns
quadriláteros e o cálculo do perímetro.
Explorando as ideias

Thampapon/Shutterstock
Um show foi realizado em uma praça de formato circular, com
100 m de diâmetro, que ficou completamente lotada. Pelas estima-
tivas dos organizadores do evento, havia na praça cerca de 50 mil
espectadores.
Em eventos como esse, o recomendado é que haja, no máximo, 4
pessoas por metro quadrado. Supondo que o show esteja de acordo
com essa recomendação, a estimativa de público feita pelos organi-
zadores é razoável? Em caso negativo, qual seria uma boa estimativa,
em milhares de pessoas?
Para responder a essas perguntas, é necessário saber como cal-
cular a área de um círculo.
Neste capítulo, vamos rever o cálculo de áreas de triângulos e de
quadriláteros e aprender a calcular áreas de círculos e de suas partes. Converse com os alunos sobre as
Além disso, vamos relacionar medidas de volume e de capacidade. estratégias para determinar essa
estimativa. A melhor estimativa
Vamos estudar como podemos calcular a área e o perímetro de alguns quadriláteros. seria 30 mil pessoas.
Perímetro é a medida do contorno de uma figura plana. O perímetro de um quadrilátero é
obtido somando-se as medidas dos lados.

Retângulo é todo quadrilátero em que os quatro ângulos internos são retos.

A área (A) de um retângulo é igual ao produto de suas duas dimensões (base b e altura h).
MRS Editorial

A5b?h

Exemplo:
Se um retângulo tem 12 dm de comprimento e 4 dm de largura, sua área é igual a:
A 5 12 dm ? 4 dm 5 48 dm2
Quadrado é todo quadrilátero em que os quatro lados são congruentes e os quatro ângu-
los internos são congruentes e, como consequência, retos. O quadrado é um tipo específico de
retângulo.

A área (A) de um quadrado é igual ao quadrado da medida do seu lado (L).


MRS Editorial

A 5 L2

82 CAPÍTULO 7
Exemplos:
a) Se o lado de um quadrado mede 5 cm, sua área é igual a A 5 (5 cm)2 5 25 cm2.
b) Dada a área de um quadrado, igual a 15 cm2, podemos obter a medida L de seu lado.
Se A 5 15, então: L2 5 15 ~ L 5 15 ou L 5  15 .
Como a medida do lado é um número positivo, o lado mede 15 cm à 3,87 cm.

Um quadrado tem 40 cm de perímetro. Um retângulo é equivalente a esse quadrado, e uma


de suas dimensões é o quádruplo da outra. Calcule a área e o perímetro desse retângulo.
Resolução:
1o) Precisamos calcular a medida do lado do quadrado. Como o perímetro representa a soma
das medidas dos lados do quadrado e esses quatro lados são congruentes, cada lado do
40 cm
quadrado mede 5 10 cm.
4
2o) Assim, a área desse quadrado é dada por:
Aquadrado = (10 cm)2 = 100 cm2
3o) Como o retângulo é equivalente a esse quadrado, sua área é igual à área do quadrado, ou
seja, a área do retângulo é igual a 100 cm2.
4o) Como uma das dimensões do retângulo é o quádruplo da outra, vamos representá-las por x
e 4x. Assim:
Aretângulo 5 x ? 4x ~ Aretângulo 5 4x2
Portanto, 4x2 5 100. Resolvendo a equação, temos: x2 5 25; assim, x 5 25 ou x 5  25 ,
que equivale a x 5 5 ou x 5 –5.
Como x é uma dimensão do retângulo, x é positivo. Logo, x 5 5.
Desse modo, as dimensões do retângulo são x 5 5 cm e 4x 5 4 ? 5 cm 5 20 cm. Com os lados
de medida 5 cm, 5 cm, 20 cm e 20 cm, o perímetro desse retângulo é:
Pretângulo 5 2 ? 5 cm 1 2 ? 20 cm 5 10 cm 1 40 cm 5 50 cm

Agora é sua vez!


1 Calcule:
a) a área de um quadrado cujo lado mede 12 cm;
144 cm2
b) a área de um quadrado cujo perímetro é igual a 24 dm;
36 dm2
c) o perímetro de um quadrado cuja área é igual a 49 cm2.
28 cm

Explorando as ideias
Paralelogramo é todo quadrilátero cujos lados opostos são paralelos e, consequentemen-
te, congruentes. O quadrado e o retângulo são tipos particulares de paralelogramos.

A área (A) de um paralelogramo é igual ao produto da medida do comprimento da base


(b) pela medida do comprimento da altura (h) do paralelogramo.
MRS Editorial

b
MATEMÁTICA

A5b?h

83
Exemplo:
Se um dos lados de um paralelogramo mede 15 cm e a altura relativa a ele mede 8 cm, sua
área é:
A 5 15 cm ? 8 cm 5 120 cm2

Losango é todo paralelogramo em que os quatro lados são congruentes entre si. Suas
diagonais são perpendiculares e se cortam ao meio. Note que o quadrado é um tipo especial
de losango.

A área (A) de um losango é igual à metade do produto das medidas de suas duas dia-
gonais (D e d).

MRS Editorial
d

D
D⋅d
A5
2

Exemplo:
Se as diagonais de um losango medem 5 cm e 8 cm, sua área é:

5 cm × 8 cm 40 cm2
A5 = 5 20 cm2
2 2

Trapézio é todo quadrilátero em que dois lados são paralelos entre si e os outros dois lados
não são paralelos entre si. Os lados paralelos são as bases, e a distância entre elas é a altura do
trapézio.

A área (A) de um trapézio é a metade do produto da soma das medidas das bases (B e
b) pela medida da altura (h).

b
MRS Editorial

(B + b) ⋅ h
A5
2

Exemplo:
Se as bases de um trapézio medem 10 dm e 6 dm e sua altura mede 5 dm, sua área é:

(10 dm + 6 dm) × 5 dm 16 dm × 5 dm 80 dm
A= = = = 40 dm2
2 2 2

84 CAPÍTULO 7
Agora Ž sua vez!
1 Calcule o perímetro e a área dos quadriláteros a seguir:
a) Paralelogramo

10 dm 8 dm

15 dm
Perímetro = 50 dm; área = 120 dm2

b) Losango

5 cm
12 cm

13 cm

Perímetro = 52 cm; área = 120 cm2

c) Trapézio

10 cm
Ilustrações: MRS Editorial

13 cm 12 cm 15 cm

24 cm

Perímetro = 62 cm; área = 204 cm2

Os conceitos básicos sobre pro-


babilidade já foram abordados em
Atividade 4 Ð Princ’pio multiplicativo da contagem estudos anteriores. Vamos retomar
alguns conceitos, pois, ao longo
dos estudos, serão aprofundados.
Explorando as ideias Assim, vamos abordar também o
princípio da contagem.
Acompanhe a situação a seguir:
Ângela estava com um dado honesto de 6 faces em suas mãos e lançou um desafio à sua
amiga Elisa: ela lançaria o dado diversas vezes e, antes de cada jogada, Elisa deveria dizer com
precisão qual face estaria voltada para cima.
katemangostar/Freepik

Ângela obterá o mesmo resultado toda vez que lançar o dado? Não podemos afirmar isso
com certeza, pois cada lançamento pode gerar um resultado diferente. Então, Elisa não poderia
saber com antecedência qual face estaria voltada para cima.
Do ponto de vista matemático, um experimento que, quando repetido várias vezes e sob
as mesmas condições, pode gerar resultados diferentes, que não podem ser determinados com
antecedência, é chamado de experimento aleat—rio.

Experimento aleatório é qualquer experimento que, quando repetido diversas vezes


sob as mesmas condições, apresenta, entre as possibilidades, resultados imprevisíveis. Se
um experimento não é aleatório, ele é chamado de determinístico.
MATEMÁTICA

85
Agora, considere outra situação:
Durante a festa junina de uma escola, foi construída uma barraca para a distribuição de
prêmios aos participantes.
Cada participante deve lançar 2 dados honestos. Se a soma dos números da face superior
for maior que 10, ele ganhará o prêmio.
Veja todas as possibilidades de pontos ao lançar 2 dados:

Dado 1 Dado 2 Dado 1 Dado 2 Dado 1 Dado 2

1 1 2 1 3 1

1 2 2 2 3 2

1 3 2 3 3 3

1 4 2 4 3 4

1 5 2 5 3 5

1 6 2 6 3 6

Dado 1 Dado 2 Dado 1 Dado 2 Dado 1 Dado 2

4 1 5 1 6 1

4 2 5 2 6 2

4 3 5 3 6 3

4 4 5 4 6 4

4 5 5 5 6 5

4 6 5 6 6 6

Os pares ordenados (1; 1), (1; 2), (1; 3), (1; 4), (1; 5), (1; 6), (2; 1), (2; 2), (2; 3), (2; 4), (2; 5), (2;
6), (3; 1), (3; 2), (3; 3), (3; 4), (3; 5), (3; 6), (4; 1), (4; 2), (4; 3), (4; 4), (4; 5), (4; 6), (5; 1), (5; 2), (5; 3), (5;
4), (5; 5), (5; 6), (6; 1), (6; 2), (6; 3), (6; 4), (6; 5) e (6; 6) são todas as possibilidades de obtenção de
pontos no lançamento de dois dados. O conjunto de todas essas possibilidades é denominado
espaço amostral desse experimento aleatório.

Espaço amostral é o conjunto de todos os resultados possí-


veis na ocorrência de um experimento.

Exemplo:
Joana, Paulo e Roberta precisam decidir se vão ou não ao parque de diversões. Para isso,
eles realizarão um experimento aleatório. Cada um deles lançará, ao mesmo tempo, uma moe-
da. Para cada moeda, se a face voltada para cima for cara, é um voto para ir ao parque (S); se a
face voltada para cima for coroa, é um voto para não ir ao parque (N).
a) Escreva o espaço amostral para esse experimento.
b) Descreva o evento em que pelo menos dois dos votos são favoráveis a ida ao parque (S).

86 CAPÍTULO 7
Resolução:
a) Como vimos anteriormente, o espaço amostral é o conjunto de todas as possibilidades
de resultado do experimento. Dessa forma, poderemos ter nenhum, um, dois ou três vo-
tos para ir ao parque. Portanto, o espaço amostral é dado por (S; S; S), (S; S; N), (S; N; S),
(S; N; N), N(S; S), (N; S; N), (N; N; S), (N; N; N).
b) O evento “pelo menos dois votos para ir ao parque” é composto de elementos do espa-
ço amostral que tenham dois ou três S (votos para ir ao parque). As possibilidades desse
evento são (S; S; S), (S; S; N), (S; N; S) (N; S; S).

Agora é sua vez!


1 Um casal pretende ter três filhos. Quanto ao sexo das crianças, escreva o espaço amostral, usando M para o sexo masculino
e F para o feminino, levando em consideração a ordem dos nascimentos.

O espaço amostral é dado por (M; M; M), (M; M; F), (M; F; M), (F; M; M), (M; F; F), (F; M; F), (F; F; M), (F; F; F).

2 Lucas viajou para a praia durante três dias. Em cada um desses dias ele sorteava uma carta de uma urna. A urna continha
apenas duas cartas: uma com a letra S, que indicava que Lucas deveria caminhar na praia; e outra com a letra N, que indicava
que Lucas não deveria caminhar na praia. O sorteio feito por Lucas é um experimento aleatório.
De acordo com essas informações, indique o espaço amostral desse experimento.
O espaço amostral é dado por: (S; S; S), (S; S; N), (S; N; S), (N; S; S), (N; N; S), (N; S; N), (S; N; N), (N; N; N).

Explorando as ideias

Princ’pio multiplicativo da contagem


Se um experimento é composto de mais de uma etapa, sendo essas etapas consecutivas
e independentes, então, para saber o número de possibilidades de esse experimento ocorrer,
basta multiplicar o número de possibilidades de ocorrência de cada etapa. Esse procedimento
é chamado de Princípio multiplicativo da contagem.
Observe que, no exemplo 3, em que foram lançadas duas moedas, o número de possibili-
dades de ocorrência da primeira moeda é 2 (cara ou coroa), assim como o da segunda moeda.
Assim, o número de resultados possíveis do experimento, que nesse caso é o número de ele-
mentos do espaço amostral, é 2 3 2 5 4.

Agora é sua vez!


1 Encontre o número de elementos do espaço amostral de cada um dos seguintes experimentos:
Pelo princípio multiplicativo, temos o número de
a) Lançamento de 4 moedas honestas e observação da face superior. elementos dado por 2 ? 2 ? 2 ? 2 5 16.
Pelo princípio multiplicativo, temos o número de ele-
b) Lançamento de 3 dados honestos e observação da face superior. mentos dado por 6 ? 6 ? 6 5 216.
c) Lançamento sucessivo de uma moeda e de um dado observando as faces voltadas para cima.
Pelo princípio multiplicativo, temos o número de elementos dados por 2 ? 6 5 12.
MATEMÁTICA

87
Explorando as ideias
Considere a situação descrita a seguir:
Na compra de um smartphone, um cliente poderia escolher entre as seguintes opções:

COR

ARMAZENAMENTO

32 GB 64 GB 128 GB

De acordo com as opções de cor e de capacidade de armazenamento, o cliente terá as


seguintes possibilidades:

32 GB 64 GB 128 GB 3 possibilidades

32 GB 64 GB 128 GB 3 possibilidades

32 GB 64 GB 128 GB 3 possibilidades

9 possibilidades

São 3 opções de cor e 3 opções de armazenamento. Então, pode-se fazer


3 3 3 = 9 possibilidades

Agora Ž sua vez!


1 Uma fábrica de roupas oferece para os clientes blusas com as seguintes opções de pedido:
• Tecido (6 opções)
• Cor (10 opções)
• Tamanho (3 opções)
Nessas condições, de quantas maneiras um cliente pode escolher um tipo de blusa?
180
2 Numa lanchonete, o sanduíche é composto por três componentes: pão, molho e recheio. São oferecidos aos seus clientes três
opções de pão, cinco de molho e seis de recheio. Qual é a quantidade de lanches distintos, incluindo os três componentes
que essa lanchonete pode oferecer?
90
3 Ao solicitar um cartão de crédito, o cliente da operadora poderia escolher uma das 5 cores disponíveis. Além disso, ele poderia
escolher uma das três datas de vencimentos que foram apresentadas. De quantas maneiras esse cliente poderá configurar
seu cartão?
15
4 Dispondo dos algarismos 5, 6, 7, 8 e 9, quantos números distintos de dois algarismos podem ser formados?
20
5 Dispondo dos algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6, quantos números distintos de 3 algarismos podem ser formados?
120

88 CAPÍTULO 7
8
Vl
ad
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ers
NÚMEROS REAIS, MEDIDAS E

toc
k
INTERPRETAÇÃO ESTATÍSTICA

Atividade 1 – Porcentagem Professor(a), explore o conceito de porcentagem.


Olá, neste capítulo, o conjunto
Resolver situações-problema envolvendo as diversas formas de representar uma porcenta- de atividades tem como objetivo
desenvolver as seguintes habili-
gem aplicadas ao cotidiano, utilizando ou não recursos tecnológicos. dades:
Avaliar propostas
Explorando as ideias Porcenta-
de intervenção na
realidade, utilizan- H5
gem
do conhecimen-
Porcentagem de um nœmero ou de uma medida tos numéricos.
Interpretar a
Em muitas situações práticas, a porcentagem é aplicada sobre um valor dado. Movi-
localização e a
menta-
Observe o seguinte problema: em uma festa com 420 pessoas, 65% são mulheres. Quantas movimentação de
ção de
pessoas/objetos
pessoa/
são as mulheres na festa? objeto no
no espaço tridi- H6
mensional e sua
espaço
65 representação no
O número de mulheres na festa é 65% de 420 5 ? 420 5 0,65 ? 420 5 273 tridimen-
espaço bidimen-
100 sional
sional.
Observe que, na multiplicação efetuada, podemos utilizar a porcentagem tanto na forma Avaliar a razoabili-
fracionária como na decimal. Medidas dade de resultado
de arcos de uma medição
H13
(grau e na construção de
Para calcular a porcentagem de um número ou de uma medida, multiplicamos a porcentagem radiano) um argumento
consistente.
por esse número ou medida.
Resolver situa-
ção-problema que
Em cálculos percentuais mais complexos, é interessante o uso de calculadora. Em alguns Probabili- envolva processos
H28
dade de contagem ou
casos mais simples, no entanto, é importante sempre que possível fazer os cálculos mental- noções de proba-
mente, agilizando o tempo de resolução do problema. bilidade.

Agora é sua vez!


1 Marcos dispunha de R$ 3 500,00 para efetuar aplicações financeiras. Ele aplicou 40% desse capital em ações da empresa A,
e o restante, em ações da empresa B. Alguns meses depois, ele vendeu todas as ações: sofreu prejuízo de 15% nas ações
da empresa A, mas, em compensação, obteve lucro de 12% nas ações da empresa B. Qual foi a porcentagem de lucro ou
de prejuízo que ele teve, considerando as duas aplicações juntas?
Resolu•‹o:
Vamos considerar sempre o real como unidade de medida.
Aplicação nas ações de A: 40% de 3 500 5 0,40 ? 3 500 5 1 400
Aplicação nas ações de B: 3 500 2 1 400 5 2 100 ou 60% de 3 500 5 0,60 ? 3 500 5 2 100
Prejuízo nas ações de A: 15% de 1 400 5 0,15 ? 1 400 5 210
Lucro nas ações de B: 12% de 2 100 5 0,12 ? 2 100 5 252
Lucro final: 252 2 210 5 42
Devemos, finalmente, comparar o lucro final, de R$ 42,00, com o total aplicado, R$ 3 500,00. Assim:
42
5 0,012 5 1,2%, ou seja, Marcos teve um lucro de 1,2% sobre o total investido.
3500
MATEMÁTICA

89
2 Entre as 200 famílias de uma pequena comunidade, foi feita uma pesquisa sobre as condições de moradia, se a residência é
própria ou alugada, e a renda mensal familiar, em quantidade de salários mínimos (SM). A tabela a seguir sintetiza os dados
coletados.

Renda até 2 SM Renda acima de 2 SM

Residência própria 15 75

Residência alugada 65 45

Nessa comunidade, determine a porcentagem das famílias:


a) com renda até 2 SM;
40%

b) que moram em residência própria;


45%

c) com renda acima de 2 SM, entre os que moram em residência própria;


83,3%, aproximadamente.

d) que moram em residência alugada, entre os que têm renda até 2 SM.
81,3%, aproximadamente.

3 Entre os guias de uma empresa de turismo, todos têm fluência em pelo menos um dos idiomas: inglês e espanhol. Sabe-se
que 75% têm fluência em inglês, 85% têm fluência em espanhol e 12% dos guias têm fluência nos dois idiomas. Determine
o total de guias dessa empresa e quantos têm fluência apenas em inglês.
20 e 3, respectivamente.

Professor(a)
Atividade 2 Ð Proje•‹o ortogonal Para o desenvolvimento dessa atividade, discuta com a turma o conceito de
vistas ortogonais e projeções de objetos tridimensionais no plano cartesia-
no, como são realizadas as projeções de sólidos no plano cartesiano e como
é possível desenhar essas vistas. Para essa aula providencie régua e folhas
Explorando as ideias para que os estudantes possam fazer a construção das projeções ortogo-
nais e das vistas de objetos ou sólidos.
Na Matemática, projeções representam situações como a que ocor-
RazoomGame/Shutterstock

re com um projetor de filme, como o da imagem ao lado. No caso de um


filme, a película cinematográfica (a fita que vemos passando entre os
roletes na imagem) passa na frente de uma lâmpada, cujo feixe de luz
projeta uma imagem na tela de cinema. A imagem na tela é uma proje-
ção ampliada da imagem gravada na película.
O efeito de amplificação ocorre porque o feixe de luz produzido
pelo projetor é composto de raios não paralelos que ficam cada vez
mais distantes. A distorção da imagem depende das distâncias envol-
vidas, do ângulo de incidência e da forma da superfície. Esse efeito é
responsável por alongar nossas sombras ao final da tarde, por “que-
brar” uma sombra sobre uma superfície irregular, e outros efeitos.

90 CAPÍTULO 8
As projeções ortogonais são aquelas que não amplificam nem distorcem a imagem do
objeto. A ortogonalidade é a expansão do conceito de perpendicularidade. Assim, as proje-
ções ortogonais são construídas traçando retas perpendiculares a um plano e desenhando a
“sombra” do objeto.
No esquema a seguir, todas as setas são perpendiculares ao plano horizontal e paralelas
entre si. As setas que interceptam o cubo formam sua projeção quando interceptam o plano
horizontal. Essa visualização é análoga a uma fonte de luz perfeita sobre o plano horizontal,
que o ilumina completamente, exceto na região de sombra do objeto.

MRS Editorial
2

1,5

4
3,5
1 3
2,5
2
1,5
0,5
1
0,5

0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Proje•‹o ortogonal de um cubo no plano horizontal.

Essas projeções, ou vistas ortogonais, normalmente se referem a projeções como a ante-


rior, nas quais os objetos estão orientados de forma que suas partes superior, frontal e lateral
estejam alinhadas com os planos de projeção horizontal e vertical.

Tipos de vista
Nos sólidos geométricos, temos as vistas superior, lateral e frontal. A vista superior é a re-
presentação plana do que aparece da parte de cima de um sólido geométrico ou de um objeto.
Ilustrações: MRS Editorial

MATEMÁTICA

91
A vista lateral é a representação plana do que aparece da parte lateral de um sólido geo-
métrico ou de um objeto. Observe a vista lateral direita e esquerda de um mesmo objeto.

A vista frontal é a representação plana do que aparece na parte de frente de um sólido


geométrico ou de um objeto.

Representa•‹o das vistas no plano


Para produzir as vistas ortogonais de um objeto, é preciso colocá-lo à frente de planos verti-
cais e acima de um plano horizontal. Depois, consideramos cada plano como se fosse opaco e,
com o objeto como se estivesse dentro de uma caixa retangular, é preciso fazer suas projeções
ortogonais em três lados da caixa, conforme apresentado no esquema a seguir.
Ilustrações: MRS Editorial

vista frontal

vista lateral
esquerda

vista superior

O tipo de vista de um objeto sempre é representado do lado oposto ao analisado. Assim:


• a vista frontal é projetada na parte de trás;
• a vista lateral esquerda é projetada do lado direito;
• a vista superior é projetada na parte inferior.

92 CAPÍTULO 8
Agora Ž sua vez!
1 Desenhe a vista frontal do sólido a seguir.

2 Desenhe a vista lateral esquerda do sólido a seguir.

3 Desenhe a vista superior dos sólidos a seguir.


a)

b)
MATEMÁTICA

93
Atividade 3 Ð Medidas de arcos Professor(a), inicie trabalhando as unidades
de medida de arcos e ângulos. Os estu-
dantes já viram graus e radianos, esse é o
momento de articular as duas unidades de
Explorando as ideias mediação de arcos.

Um arco da circunferência é uma parte da circunferência delimitada por dois de seus pon-
tos. Na imagem a seguir, os pontos A e B delimitam dois arcos na circunferência.

MRS Editorial
A

Arco menor AB
Arco maior AB

Esses pontos A e B são chamados extremidades dos arcos. Para distinguir o arco maior AB
do arco menor AB, podemos usar um ponto auxiliar pertencente à circunferência. Observe na
imagem a seguir que o ponto C auxilia na distinção entre o arco maior e o menor.

MRS Editorial
A

Arco maior AB

Arco menor AB
C

Ângulo central
Trata-se de todo ângulo cujo vértice coincide com o centro da circunferência. Na imagem a
seguir, o ângulo central AÔB, de lados OA e OB, delimita na circunferência o arco AB, chamado
de arco correspondente ao ângulo central.

A A
ângulo
central
MRS Editorial

AÔB
arco AB
O B
O
B

Todo arco de circunferência tem a mesma medida, na mesma unidade de medida de ângu-
los, do ângulo central correspondente, conforme apresentado a seguir.

60°
A B
A

60°
MRS Editorial

72° 72°
O O

B
C

94 CAPÍTULO 8
Circunferência e círculo:
C
Comprimento da circunferência: C 5 2pR R
Área do círculo: S 5 pR2
Arco de circunferência e setor circular de ângulo a (em grau):

 : m(AB)
 5 pR ? a
Medida do arco AB R
180°
a O
pR 2? a
Área do setor circular AÔB: SS 5
360° R

Agora Ž sua vez!


1 Determine as medidas dos arcos AB e do ângulo AÔB nas imagens a seguir.
a) b) c)
M
A B
25° M
A
A O
O

O 90¡

M
B

arco AMB: 335º arco AB: 180º arco AB: 90º


ângulo AÔB: 25º arco AMB: 180º arco AMB: 270º
ângulo AÔB: 180º ângulo AÔB: 90º

Professor(a), inicie com uma revisão sobre os conceitos prévios dos alunos sobre
Atividade 4 Ð Probabilidade evento, espaço amostral e conceito de probabilidades. Explique que o cálculo das
probabilidades nos auxilia a investigar as chances de eventos complexos ocorrerem,
possibilitando ao aluno uma análise mais consistente das informações.
Explorando as ideias
Gustavo é um médico que utiliza seu carro Nestor Rizhniak/Shutterstock

para trabalhar. Em dias de chuva, a probabili-


dade de ele se atrasar para a primeira consulta
é de 50%. Porém, se não estiver chovendo, sua
probabilidade de atraso cai para 25%. No dia
da consulta de Jane, sua primeira paciente, o
serviço de meteorologia divulgou a estimativa
de 30% de ocorrência de chuva naquela região.
Qual é a probabilidade de ele chegar atrasado
ao trabalho?
Vamos aprender algumas relações que, utili-
zando as operações básicas de soma, subtração,
multiplicação e divisão, nos permitirão calcular
MATEMÁTICA

esse tipo de probabilidade.

95
Alguns conceitos de probabilidade
Vamos recordar alguns conceitos que você já estudou sobre teoria das probabilidades em
duas situações.
Situação 1

rodrigo gavini/Shutterstock
Maíra aposta toda semana seis números na cartela da mega-sena. A cada concurso, exata-
mente seis números entre 60 são sorteados. Dessa forma, quais são as chances de ela acertar
os seis números?
Nessa situação, a cada concurso, temos a certeza de que seis números serão sorteados,
mas não temos como prever quais números serão sorteados. Assim, esse é um evento aleató-
rio, ou seja, mesmo quando repetido várias vezes, fornece um resultado imprevisível.
Situação 2
Em um encontro com os amigos, Clara resolveu brincar com um baralho de 52 cartas. De-
pois de pedir a um amigo que misturasse as cartas, ela retirou uma ao acaso. Tentando adivi-
nhar qual era, Clara afirmou que se tratava de um ás. Qual é a chance de Clara estar correta?
Analisando a situação, não podemos prever qual foi a carta retirada por Clara. Portanto,
trata-se também de um evento aleatório. Além disso, o conjunto S de todos os resultados pos-
síveis, definido como espaço amostral do experimento, é formado por todas as cartas do ba-
ralho. Assim, o número de elementos do espaço amostral é n(E) 5 52.
Como todas as cartas têm a mesma chance de serem retiradas, trata-se de um espaço
amostral equiprovável.
O evento A desejado é que Clara retire um ás. Assim, o evento A 5 {A , A , A , A } e, con-
sequentemente, n(A) 5 4.
Para resolver essa situação, relacionamos um conjunto de eventos favoráveis com outro
de eventos possíveis. A razão entre o número de “casos favoráveis” de um evento A, n(A), e o
número de “casos possíveis”, n(E), é o que chamamos de probabilidade de um evento A acon-
tecer, ou seja:

número de casos favoráveis n(A)


P (A) 5 5
número de casos possíveis n(E )

Na situação apresentada anteriormente, a probabilidade de o evento A “retirar um ás do


baralho” ocorrer é:

número de casos favoráveis n(A) 4 1


P (A) 5 5 5 5 5 0,0769 5 7,699%
número de casos possíveis n(E ) 52 13

Agora é sua vez!


1 Em uma turma de 9o ano com 18 meninas e 22 meninos, um aluno será escolhido ao acaso para ser o representante da turma.
Qual é a probabilidade de um menino ser sorteado?
Resolu•‹o:
Como os resultados possíveis são conhecidos (representante ser menino ou menina) e o método de escolha é o acaso,
trata-se de um experimento aleatório. Assim, representando M para menino e m para menina, o espaço amostral pode ser
representado pelo conjunto:
S 5 {M1, M2, M3, ..., M22, m1, m2, ..., m18}
Dessa maneira, temos n(E) 5 22 1 18 5 40.
Nomeando como A o evento do qual gostaríamos de calcular a probabilidade, o evento A é “sortear um menino como
representante”. Assim, n(A) 5 22. Por fim, podemos calcular a probabilidade de sortearmos um menino como representante
da turma como:
número de casos favoráveis n (A ) 22
P (A) 5 5 5 5 0,55 5 55%
número de casos possíveis n (E ) 40
Isso indica que a chance de sortearmos um menino para representante da turma é de 55%.

96 CAPÍTULO 8
2 No lançamento simultâneo de dois dados, um azul e outro vermelho, ambos numerados de 1 a 6, ao anotar as faces voltadas
para cima, determine:
a) o número de elementos do espaço amostral desse experimento;
n(S ) 5 36

b) a probabilidade de a soma dos números das faces resultar em 6;


A 5 {(1, 5), (2, 4), (3, 3), (4, 2), (5, 1)}
5
P(A) 5 5 0,1389 5 13,89%
36

c) a probabilidade de a soma dos números sorteados ser menor que 5.


B 5 {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (2, 1), (2, 2), (3, 1)}
6
P(B) 5 5 0,1667 5 16,67%
36

Anotações

MATEMÁTICA

97
Prepara Saeb
1. A taxa de inflação é um índice que aponta, em percentuais, a evolução média dos preços de mercadorias e serviços. Entretanto,
cada família percebe a variação dos preços de modo particular, pois o peso de cada item no seu orçamento é diferente. Assim, se
o preço dos medicamentos sobe muito, o impacto da inflação para as famílias que têm mais idosos tende a ser maior. Se o preço
dos alimentos cai, o impacto da inflação para as famílias mais pobres tende a ser menor, já que boa parte de seu orçamento é
gasto em alimentação.
H-18: Utilizar informações expressas em forma de juros (simples ou composto) como Disponível em: http://www.dieese.org.br (adaptado).
recurso para a construção de argumentação (aumentos e descontos sucessivos).
Considere que os salários de determinado grupo de pessoas cresce 10,0% ao ano, mais a inflação, para esse grupo, cresce
6,0% ao ano.
O aumento percentual do poder de compra, em dois anos, das pessoas que pertencem ao referido grupo, mais aproximado,
será de: Gabarito: C
Poder de compra pode ser calculado como a razão entre o salário e o custo, já que representa quantos custos se pode ter com
a) 4,0%.
S
um dado salário. Então, sendo S o salário e C o custo, temos que o poder de compra inicial é PO = .
b) 7,7%. C
Se há um aumento anual do salário em 10%, então a cada ano temos 1,1S. O mesmo acontece para o custo, que há um au-
c) 8,0%. mento de 6%, e a cada ano teremos 1,06C. Como são dois anos, podemos dizer que o poder de compra final é dado por
d) 8,6%. (11
, )
2
S
P=
(1, 06 )
2
e) 14,0%. C
Calculando, temos que P = 1, 0769 S @ 1, 077PO
C
Logo, o aumento foi de 7,7%.

2. A figura a seguir mostra a forma simplificada da planta baixa de um banheiro, composto da área do box e da área de circulação.
H-14: Avaliar propostas de intervenção
na realidade utilizando cálculos de perí-
metros, área de superfície ou volume de
blocos retangulares.

A região do box tem 1,1 m de comprimento e 0,8 m de largura. A região de circulação tem 1,2 m de comprimento e 2,0 m de
largura. A porta do banheiro tem 0,8 m de largura. Seu piso será revestido e também será colocado um rodapé do mesmo
material.
Quantos metros de rodapé devem ser comprados? Gabarito: B
a) 7,1. c) 7,9.
b) 7,2. d) 8,0.
H-14: Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando cálculos de perímetros, área de superfície ou volume de blocos retangulares.
3. Foi realizado um comício político numa praça quadrada de lado igual a 200 metros. A praça estava lotada. Supondo-se uma
ocupação média de 4 pessoas por metro quadrado, quantas pessoas, aproximadamente, estiveram presentes no comício?
a) 10 000 c) 80 000
b) 40 000 d) 160 000
Gabarito: D

98 CAPÍTULO 8
Prepara Saeb
4. Num quadrilátero ABCD, o lado AB é perpendicular ao lado Será sorteado um prêmio para um dos participantes da ex-
AD; o lado AB é paralelo ao lado CD; o ângulo interno B cursão. A probabilidade de uma garota com um mínimo de
mede 30o. A medida do ângulo interno C é igual a: 16 anos ser a ganhadora do prêmio é de
H-7: Identificar
D C Gabarito: D a) 10%. d) 34%.
características
de polígonos 90° + 90° + 30° + C = 360° b) 17%. e) 64%.
ou sólidos 90º C = 150° Resposta: Probabilidade 5 17/50 5 0,34 5 34%
(prismas, c) 24%.
pirâmides, Gabarito: D
cilindros). 8. Suponha que a probabilidade de um filho de determinado
1
casal nascer com olhos azuis seja igual a . Se esse casal
90º 30º 4
tiver dois filhos, a probabilidade de nenhum deles ter olhos
A B azuis é igual a Resposta: Gabarito D
a) 30°. c) 120°. 1
a)
16
b) 90°. d) 150°.
4 H28 – Resolver situação-problema que
b)
5. Para montar uma prova de Matemática, um professor dispõe 9 envolva processos de contagem ou
noções de probabilidade.
de dez questões diferentes. O número de provas distintas 1
c)
que ele pode montar, contendo exatamente três dessas 2
questões, é: Gabarito: A
9
d)
a) 720. 10 ∙ 9 ∙ 8 = 720 d) 240. 16
b) 600. e) 120. 3
e) H13 – Avaliar a razoabilidade de resul-
c) 480. 4 tado de uma medição na construção
de um argumento consistente.
6. H5 – Porcentagem. Avaliar propostas de intervenção
9. Rogério é professor de Matemática. Ele está preparando o
na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
População residente no país chegou a material concreto para ensinar ângulos a seus alunos. Para
195,2 milhões isso, ele fez vários círculos de 24 cm de diâmetro. Cada cír-
Em 2011, a população residente no Brasil foi estimada em culo será dividido em partes de mesmo tamanho: 2 partes,
195,2 milhões, um aumento de 1,8% (3,5 milhões) em relação 3 partes, 4 partes, etc.
a 2009. As mulheres representavam 51,5% (100,5 milhões) da No círculo em que Rogério criou ângulos de 36º, o compri-
população e os homens, 48,5% (94,7 milhões). mento de arco, em centímetros, de cada parte é de
Em 2011, as pessoas entre 0 e 29 anos de idade correspondiam a) 4,8p b) 2,4p c) 1,3p d) 0,7p
a 48,6% da população e as com 60 anos ou mais, 12,1%. Em 2009, Resposta: Gabarito: B
10. Estas são algumas das vistas que se tem do conjunto de
estes valores eram, respectivamente, 50,2% e 11,3%, indicando
prédios de um shopping center.
que prossegue a tendência de envelhecimento da população.
Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/ Vista de cima Vista de frente Vista lateral
noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2222&id_pagina=1>.
Acesso em: 18 mar. 2013.

Segundo essa notícia, em 2011, o número de pessoas que


residiam no Brasil com idade de 30 a 59 anos era aproxima-
damente igual a Gabarito: D
a) 37,2 milhões. d) 76,7 milhões. A construção que corresponde a essas vistas é:
Resposta: Gabarito C
b) 39,5 milhões. e) 96,2 milhões. a) c)
Resolução: 100 – 48,6 – 12,1 = 39,3%
c) 57,2 milhões.
39,3 % de 195,2 milhões = 0,3916 ∙ 195,2
milhões = 76,7136 milhões, ou seja,
aproximadamente 76,7 milhões.
7. Um grupo de alunos do Ensino Médio do colégio organizou
uma excursão. A distribuição do grupo por sexo e idade é
H28 – Resolver situação-problema
dada pelo quadro a seguir. que envolva processos de conta-
gem ou noções de probabilidade. b) d)
15 anos 16 anos 17 anos Total
Masculino 8 9 6 23
Feminino 10 12 5 27
MATEMÁTICA

Total 18 21 11 50
H6 – Interpretar a localização e a movimentação de pes-
soas/objetos no espaço tridimensional e sua representa-
ção no espaço bidimensional.
99
9
Vl
ad
im
ir W
ran
ge
/Sh
utt
ers
ÁLGEBRA, GEOMETRIA E

toc
k
ESTATÍSTICA

Atividade 1 – Problemas envolvendo equações e


inequações
Neste capítulo, o conjunto de
Explorando as ideias atividades tem como objetivo
desenvolver as seguintes
Observe a seguir as balanças de dois pratos A, B e C: habilidades:
• Identificar representações
algébricas que expressem a
5 3 1 2 relação de interdependência

MRS Editorial
3 2 5
10 6
entre duas grandezas.
• Resolver situação-problema
que envolva medidas de arcos
ou ângulos (grau e radiano),
utilizando teorema de Pitágo-
ras ou razão trigonométrica
Balança A Balança B Balança C (seno de um ângulo agudo).
• Utilizar médias aritméticas,
noção de probabilidade ou
A balança A representa a desigualdade 10 > 5 + 3. A balança B representa a igualdade conhecimentos estatísticos
3 + 2 = 5. A balança C representa a desigualdade 1 + 2 < 6. como recurso para a constru-
ção de argumentação.
• Identificar características de
Uma desigualdade que contém uma ou mais incógnitas é cha- polígonos ou sólidos (prismas,
pirâmides, cilindros).
mada de inequação, enquanto uma igualdade que contém uma ou
mais incógnitas é chamada de equação. Professor(a), para esta ativida-
de, é importante contextuali-
zar ao aluno que a balança de
Observe seguir a balança de dois pratos em equilíbrio. Cada caixa possui a mesma massa, pratos é um instrumento de
medida. Em seguida, explique
em quilograma.
o funcionamento da balança,
enfatizando o processo de
nivelamento dos pratos. Por
fim, peça aos alunos para
MRS Editorial

relacionarem o uso da balança


3 2 245kg com a escrita de uma situa-
ção-problema na forma de
uma inequação ou equação.

É possível escrever uma equação que represente a situação:


4x = 24, em que x é a quantidade de massa de cada caixa, em quilograma.
Também é possível encontrar o valor da massa, em quilograma, de cada caixa resolvendo
a equação escrita.
4 x = 24
24
x=
4
x =6

100
Portanto, cada caixa possui 6 quilogramas de massa.
Agora, na situação a ser apresentada, a balança representada a seguir não está equilibrada:
o prato 1 tem uma massa maior que o prato 2. Cada caixa possui a mesma massa, em quilo-
gramas.

MRS Editorial
5 kg 50
10 3 kg
1010 kg

É possível escrever uma equação que represente a situação:


2x + 10 > x + 10 + 50, em que x é a quantidade de massa de cada caixa, em quilograma.
Também é possível encontrar o valor da massa, em quilograma, de cada caixa resolvendo
a inequação escrita.
2x – x > 10 – 10 + 50
x > 50
Portanto, a massa de cada caixa é maior que 50 quilogramas.

Agora Ž sua vez!


1 Se do triplo da idade de Felipe subtrairmos a quinta parte dela, obtemos 42 anos, que é a idade do seu pai. Qual é a idade
de Felipe?
x 210
Se x é a idade de Felipe, em anos, temos: 3x - = 42 Û 15x - x = 210 Û 14x = 210 Û x = Û x = 15.
5 14

2 Uma loja de celulares vendeu, em fevereiro, o triplo do número de aparelhos vendidos em janeiro. Em março, ela vendeu
7 aparelhos a menos do que as vendas acumuladas de janeiro e fevereiro. Se nesse trimestre ela vendeu um total de 297
celulares, quantos ela vendeu em cada um dos três meses?
Se x é o número de aparelhos vendidos em janeiro, então foram vendidos 3x aparelhos em fevereiro e x + 3x – 7 = 4x – 7 aparelhos
304
em março. Logo, x + 3x + 4x - 7 = x + 3x +x4x - 7 = 297 Ûx8x - 7 = 297 Û 8x = 297 + 7 Û 8x = 304 Û x = Û x = 38.
8
Vendas em janeiro: 38 aparelhos.
Vendas em fevereiro: 3 ? 38 = 114 aparelhos.
Vendas em março: 4 ? 38 – 7 = 152 – 7 = 145 aparelhos.
3 Pedro adicionou quatro números naturais consecutivos e a soma obtida por ele não excedeu 320. Qual é o maior valor possível
do menor desses números?
Para representar os quatro números naturais consecutivos em função de uma mesma incógnita, utilizaremos as expressões n,
n + 1, n + 2 e n + 3, respectivamente. Nesse caso, considere que n representa o menor dos quatro números.
Agora, vamos representar, por meio de uma inequação, a situação proposta. Como a soma dos quatro números não excede 320,
ela é menor ou igual a 320, ou seja:
n + n + 1 + n + 2 + n + 3 ≤ 320
Resolvendo a inequação obtida, temos:
n + n + 1 + n + 2 + n + 3 ≤ 320
4n + 6 £ 320
4n £ 320 - 6
4n £ 314
314

4
n £ 78, 5
A incógnita n pertence ao universo dos números naturais. Então, o maior número natural n tal que n ≤ 78,5 é 78. Portanto, 78 é o
maior valor possível do menor desses números.
MATEMÁTICA

101
Professor(a), é importante explicar
Atividade 2 – Teorema de Pitágoras e aplicações aos alunos que ao longo da história
da matemática foram desenvolvi-
das várias demonstrações do teo-
Explorando as ideias rema de Pitágoras. Nesta atividade,
eles terão a oportunidade de rea-
Você vai conhecer uma demonstração geométrica do teorema de Pitágoras. lizar uma prova geométrica desse
teorema. Para realizar a atividade,
Para isso, recorte 25 quadradinhos de papel, sendo 9 deles na cor verde e 16 na cor rosa, serão necessários dois tipos de
cada um com a aresta medindo 1 unidade. papel de cores diferentes, tesoura,
lápis e régua.

Agora, construa um triângulo retângulo com catetos medindo 3 unidades e 4 unidades, e


hipotenusa com medida de 5 unidades.

5u
nid
ad
es
3 unidades

4 unidades

Utilize os quadradinhos que você recortou anteriormente e construa um quadrado sobre


cada lado dos catetos, como ilustrado na figura a seguir:

102 CAPÍTULO 9
Observe que temos um quadrado verde de área 9 unidades², construído sobre o cateto de
medida 3 unidades. Podemos representar essa área como 3² unidades².
Temos também o outro quadrado rosa de área 16 unidades², construído sobre o cateto de
medida 4 unidades. Podemos representar essa área como 4² unidades².
Agora, desloque todos os quadradinhos com o objetivo de construir um quadrado sobre
a hipotenusa.

Observe que temos um quadrado de área 25 unidades², construído sobre a hipotenusa de


medida 5 unidades. Então, podemos escrever 52 unidades².
Assim, podemos escrever que 32 + 42 = 52.
Note que:
32 + 42 = 52
9 + 16 = 25
25 = 25
Dessa maneira, é possível enunciar o teorema de Pitágoras da seguinte forma: Em um triân-
gulo retângulo, a área do quadrado cujo lado é a hipotenusa é igual à soma das áreas dos
quadrados que tem como lados cada um dos catetos.
Ou, ainda, escrevendo na linguagem algébrica, em que a corresponde à medida de um
cateto, b à medida do outro cateto e c à medida hipotenusa, temos:
a2 + b2 = c2

Agora Ž sua vez!


1 Determine a medida do lado desconhecido de cada um dos triângulos.
a)

Aplicando o teorema de Pitágoras, temos:


32 + 52 = x2
3 cm x2 = 9 + 25
x2 = 34
x = 34
a 5 90¡
O lado mede 34 cm.
5 cm
MATEMÁTICA

103
b)

Ilustrações: MRS Editorial


Aplicando o teorema de Pitágoras, temos:
20 cm 122 + x2 = 202
x2 = 400 – 144
12 cm x2 = 256
x = 256 = 16
O lado mede 16 cm.
a 5 90¡

2 João deseja construir um portão com dimensões de 5 metros de largura por 2 metros de altura, utilizando as madeiras
disponíveis em sua fazenda. Para garantir uma boa sustentação do portão, ele precisa adicionar uma madeira na diagonal.
Qual seria aproximadamente o comprimento dessa madeira?

Considerando d como a medida do comprimento da madeira e aplicando o teorema de Pitágoras, temos:


5² + 2² = d²
d² = 25 + 4
d² = 29
d = 29
d ≈ 5,39 m
Portanto, a madeira deve medir cerca de 5,39 metros.

3 Uma escada de 5 metros de comprimento está apoiada em uma parede


vertical, da qual seu pé dista 3 metros da parede. Qual é a altura da
parede, em metro, em que a escada está apoiada?
Considerando h como a medida da altura da parede em que a escada
está apoiada e aplicando o teorema de Pitágoras, temos:
h² + 3² = 5²
h² + 9 = 25
h² = 25 – 9
h² = 16
h = 16
h=4m
Portanto, a medida da altura da parede em que a escada está apoiada 5 metros
é de 4 metros.

3 metros

104 CAPÍTULO 9
Nesta atividade, o objetivo é desen-
Atividade 3 Ð Compreendendo mŽdia aritmŽtica volver uma sequência didática para
construir os conceitos de média
aritmética simples e média aritmé-
Explorando as ideias tica ponderada. Certifique-se de
sistematizar o conceito utilizando a
Um aplicativo é utilizado para postar vídeos com duração entre 15 e 60 segundos. Um fórmula correspondente.
usuário registrou em um quadro a duração dos quatro vídeos que postou:

Vídeo 1 Vídeo 2 Vídeo 3 Vídeo 4

20 segundos 25 segundos 15 segundos 40 segundos

Observando os dados apresentados no quadro, vamos efetuar a soma dos tempos de du-
ração dos quatro vídeos postados por esse usuário:
20 + 25 + 15 + 40 = 100
Em seguida, vamos dividir o resultado obtido anteriormente pela quantidade de vídeos
postados:
10 : 4 = 25
Realizando esse procedimento, pôde-se descobrir o tempo médio de duração dos quatro
vídeos postados por esse usuário, que foi de 25 segundos. O procedimento realizado fornece a
média aritmética simples dos tempos de duração dos vídeos postados.

A média aritmética dos elementos x1, x2, x3, ... xn, em que n é um número natural positivo,
é dada por:
x1 + x 2 + x 3 + ... + x n
x=
n

Suponhamos que esse usuário queira agora calcular o tempo médio da visualização desses
vídeos. Para isso, ele registrou a quantidade de vezes que seus vídeos foram visualizados. Veja
o quadro com esses registros:

Tempo de duração de
Vídeos Número de visualizações
cada vídeo

1 20 segundos 3

2 25 segundos 4

3 15 segundos 4

4 40 segundos 2

Podemos obter essa média por meio da soma dos tempos de duração multiplicados pelos
números de visualizações:
20 ? 3 + 25 ? 4 + 15 ? 4 + 40 ? 2 =
= 60 + 100 + 60 + 80 =
= 300
E dividindo o resultado obtido pela soma do número de visualizações:

300
≈ 23, 08
13
MATEMÁTICA

Portanto, o tempo médio de visualização por vídeo foi de 23,08 segundos, aproximada-
mente. Esse desenvolvimento, chamamos de média aritmética ponderada.

105
Sejam x1, x2, x3, ... xn uma quantidade n de números reais e p1, p2, p3, ... pn seus respectivos
pesos ou frequência, definimos como média aritmética ponderada (ou apenas média pon-
derada) a soma do produto dos n valores de cada número real pelo seu respectivo peso, ou
pela sua frequência, dividido pela soma dos pesos ou das frequências, conforme apresen-
tado a seguir:
x1 × p1 + x 2 × p2 + x 3 × p3 + ... + x n × pn
x=
p1 + p2 + p3 + ... + pn

Agora é sua vez!


1 A tabela a seguir mostra a distribuição de frequências absolutas dos salários dos 20 funcionários de uma loja, em reais.

Salário dos funcionários da loja (em reais)

Salário Frequência absoluta

1 800 10

2 400 6

3 600 3

5 200 1

Total 20
Fonte: dados elaborados para fins didáticos.

Determine a média salarial dos funcionários dessa loja.


Primeiro, vamos calcular a soma de todos os salários, em reais, observando que cada salário deve ser multiplicado pelo número
de funcionários que o recebem.
Soma dos salários: S = (10 ? 1 800) + (6 ? 2 400) + (3 ? 3 600) + (1 ? 5 200) 5 48 400
A média salarial, em reais, é obtida dividindo a soma dos salários por 20, que correspondente ao número total de funcionários da
loja. Portanto:
5 48 400
dia salarial =
Média = = 2 420
20 20
Observação: A média obtida nesse problema costuma ser chamada média aritmética ponderada (que envolve pesos), em que o
peso de cada salário corresponde ao número de funcionários que o recebem.

2 Se quatro irmãos têm 4, 7, 9 e 12 anos completos, determine a média de suas idades.


4 + 7 + 9 + 12 32
A média de suas idades é: = = 8 anos.
4 4

3 Em um concurso, Camila realizou três provas, cada uma valendo 10 pontos. Suas notas nas duas primeiras provas foram,
respectivamente, 6 e 8. Sabendo que a média de suas três provas foi 6,5, determine a nota que Camila obteve na última prova.
Se na última prova sua nota foi x, temos:
6+8+x 14 + x
= 6, 5 Û = 6, 5 Û 14 + x = 19, 5 Û x = 19, 5 - 14 Û x = 5, 5
3 3
Portanto, Camila tirou nota 5,5 na última prova.

106 CAPÍTULO 9
Para o desenvolvimento desta ati-
Atividade 4 Ð S—lidos geomŽtricos: prismas vidade, apresente aos alunos algu-
mas figuras geométricas espaciais.
Oriente-os a separá-las em grupos
Explorando as ideias de acordo com características
comuns. Em seguida, explique que
Observe as figuras a seguir: vamos nos concentrar no grupo
dos prismas, conhecendo seus
elementos e calculando a área total
da superfície e o volume de cada
um deles.

Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4

Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8

Agrupando as que possuem características em comum, temos:

GRUPO 1 GRUPO 2

Figura 6 Figura 8 Figura 1 Figura 5 Figura 4

GRUPO 3 GRUPO 4

Figura 2 Figura 3 Figura 7

Olhando especificamente para o grupo 2, encontramos os poliedros convexos, que pos-


suem, no mínimo, duas faces paralelas entre si, e as demais faces são paralelogramos. Esse tipo
de poliedro é denominado prisma.
Vamos observar cada detalhe do prisma a seguir.
C
D B

A
Face
Aresta
H
MATEMÁTICA

Vértice
E G
F

107
Os pontos A, B, C, D, E, F, G e H são os vértices do prisma
As faces ABCD e FGHE são polígonos congruentes e estão contidas em planos paralelos
entre si. Elas correspondem às bases do prisma.
As demais faces são denominadas faces laterais.
A distância entre os planos das duas bases é a altura do prisma.
Os segmentos de reta AB, BC, CD, DA, FG, GH, HE, EF, AF, BG, CH e DE são as arestas do prisma.
Portanto, os elementos de um prisma são: vértices, arestas, faces e altura.
A seguir, é possível observar dois tipos de prismas: reto e oblíquo. O prisma reto é um po-
liedro que possui duas bases paralelas e congruentes entre si. Além disso, suas demais faces
são paralelogramos e suas arestas formam ângulos retos (90°) com as bases. Por outro lado, o
prisma oblíquo também possui duas bases paralelas e congruentes entre si. No entanto, suas
arestas não formam ângulos retos com a base.

Reto Oblíquo

Voltando ao grupo 2, temos:

GRUPO 2

Figura 1 Figura 5 Figura 4

Nota-se que:
A figura 1 é um prisma triangular, pois a sua base é um triângulo.
A figura 5 é um prisma quadrangular, pois a sua base é um quadrilátero.
A figura 4 é um prisma hexagonal, pois a sua base é um hexágono.
Assim, os prismas são denominados de acordo com o polígono que compõe suas bases.
O valor da medida da área da superfície total de um prisma é a soma do valor da medida da
área lateral com os valores das medidas das áreas das duas bases, que são congruentes entre si.
Utilizando AT para a medida da área total, AL para a medida área lateral e AB para a medida
da área da base, basta calcular

AT = AL + 2 ? AB

O valor do volume de um prisma é o produto do valor da medida da área da base pelo valor
da medida da altura relativa a ela.

108 CAPÍTULO 9
Utilizando V para representar o volume, AB para a medida da área da base e h para a medida
da altura, basta calcular

V = AB ? h

Agora Ž sua vez!


1 Um prisma quadrangular tem 8 cm de comprimento, 10 cm de largura e 12 cm de altura. Determine o valor da área da
superfície desse prisma.

12 cm

10 cm
8 cm

Base: AB = (8 cm) ? (10 cm) = 80 cm2 de área.


Face 1: (10 cm) ? (12 cm) = 120 cm² de área. Temos duas faces laterais com essa área, então (120 cm2) ? 2 = 240 cm².
Face 2: (8 cm) ? (12 cm) = 96 cm². Temos duas faces laterais com essa área, então (96 cm2) ? 2 = 192 cm².
Somando a área das faces laterais, temos: AL = (240 cm2) + (192 cm2) = 432 cm².
Portanto, o valor da área da superfície do prisma é:
AT = AL + 2 ? AB
AT = (432 cm2) + 2 ? (80 cm2)
AT = (432 cm2) + (160 cm2)
AT = 592 cm2

2 Calcular o volume de um prisma reto que tem uma altura de 5 m e cuja base triangular tem altura de 3 m e base com 4 m de
extensão.

3m
5m

4m

V = AB ? h
Inicialmente, vamos calcular o valor da área da base.
Como a base é um triângulo, temos:
b×h
AB =
2
(4 m) × (3 m)
AB =
2
12 m2
AB =
2
AB =6 m2
Agora, vamos aplicar o resultado obtido anteriormente em V = Ab ? h.
MATEMÁTICA

Temos:
V = (6 m2) ? (5 m)
V = 30 m3
Portanto, o volume do prisma é 30 m³.
109
Anotações

110 CAPÍTULO 9
10
NÚMEROS REAIS, MEDIDAS E
INTERPRETAÇÃO ESTATÍSTICA

Atividade 1 – Equação exponencial


Identificar re-
Explorando as ideias presentações
algébricas que
A que expoente se deve elevar a base 2 para se obter 8 como resultado? Equação expressem a
H19
exponencial relação de in-
x
Responder a essa pergunta equivale a resolver a equação: 2 5 8. Nela, a incógnita aparece terdependência
entre duas gran-
no expoente. Uma equação como essa é denominada equação exponencial. dezas.

Resolver esse tipo de equação consiste em encontrar o valor do expoente que satisfaça Interpretar a
localização e a
x Movimen-
a igualdade: a 5 b tação de
movimentação
de pessoas/
pessoa/
Observe que, para resolver essa equação e manter a relação de igualdade, devemos ter a objetos no espa- H6
objeto no
ço tridimensional
espaço tridi-
mesma base dos dois lados da igualdade; assim, vamos verificar as bases e, nesse caso, vamos e sua represen-
mensional
tação no espaço
fatorar a base do 2o membro, escrevendo: bidimensional.

2x 5 23, logo, x 5 3 Avaliar propostas


de interação na
realidade utilizan-
Se as bases são iguais, então os expoentes também são, mantendo a igualdade e, portanto, Volume
do cálculos de
bloco H14
perímetros, área
ao igualar os expoentes, encontramos a solução da equação. retangular
de superfície ou
volume de blocos
Para resolver equações exponenciais, podemos aplicar as propriedades de potenciação, retangulares.
fatoração ou ainda converter bases na forma decimal para a forma de fração e vice-versa. Utilizar médias
aritméticas, noção
Exemplos: Moda,
de probabilidade
ou conhecimen-
x média e H29
a) 5 5 5 ^ x 5 8.
8
mediana
tos estatísticos
como recurso
para a construção
b) 2x 1 3 5 22 ^ x 1 3 5 2 ^ x 5 21. de argumentação.
2 1
c) 5x 5 0,2 ^ 5x 5 ^ 5x 5 ^ 5x 5 521 ^ x 5 21.
10 5
Nesse item c, escrevemos o número na forma decimal na forma de fração, simplificamos a
fração, e na sequência, aplicamos a propriedade da potenciação. Invertendo a base o expoente
fica negativo, assim é possível igualar os expoentes.
2x 1 1
3 8
d) 5
2 27
2x 1 1 2x 1 1 23
3 8 3 3
5 ^ 5 ^ 2x 1 1 5 23 ^ x 5 22
2 27 2 2

Agora Ž sua vez!


Resolva as equações exponenciais propostas a seguir.
a) 2x 5 16 x 5 4
1
b) 3x 1 1 2 5 0 x 5 24
MATEMÁTICA

27
c) 53x 2 1 5 25x x 5 1

111
Professor(a), para esta atividade
Atividade 2 – Movimentação tridimensional estimule os estudantes a observar
uma construção tridimensional
e a fazer sua representação bidi-
Explorando as ideias mensional para compreenderem
como pode ser a movimentação por
Um conjunto de casas receberá pontos de internet. Para essa instalação, será necessário essas partes.
passar pontos de transmissão em cada um dos telhados. O esboço do conjunto de casas está
representado na figura a seguir.

Considerando cada face do quadradinho da vista superior como a representação do telhado,


em quantos telhados serão instalados os pontos de transmissão?
Resolução:
Observe que a vista superior correspondente ao conjunto de casas é representada pela
figura a seguir.
Vista superior

Logo, serão instalados 6 pontos de transmissão.

Agora Ž sua vez!


Uma equipe especializada deverá passar por todo o telhado de um prédio, representado pela
figura ao lado, para fazer a manutenção.
Por quantas partes do telhado a equipe de manutenção deverá passar para fazer a manutenção?
Projetando a vista superior, temos:

Logo, a equipe passará por 4 partes do telhado.

Atividade 3 – Volume de bloco retangular


Explorando as ideias Professor(a), retome com os es-
tudantes os conceitos de altura,
Para calcular o volume de um bloco retangular, devemos considerar como unidade de comprimento e largura para que
compreendam o cálculo do volume,
medida um cubo de arestas medindo 1 unidade. uma vez que o volume é o espaço
ocupado por um objeto no espaço.
Proponha o desafio do Agora é sua
vez! para vivenciarem um exemplo
mais prático do cálculo de volume.
Comente que o bloco retangular
também é conhecido como prisma
reto de base retangular. Explore
4u como é possível calcular as dimen-
sões de um bloco retangular dado
seu volume, se for um cubo, ou ain-
da conhecido seu volume e algumas
de suas dimensões.

Cubo unitário
3u
V 5 1 u3
5u
Assim, o volume é obtido pelo produto entre as dimensões: largura, comprimento e altura.
V5 a? b? c

112 CAPÍTULO 10
Exemplo:
Se um reservatório em forma de paralelepípedo reto-retângulo tem 10 m de comprimento, 6 m de largura e 2 m de altura, o
volume de água que cabe nele é V 5 10 m ? 6 m ? 2 m 5 120 m3. Portanto, a capacidade do reservatório é de 120 000 litros.
Lembrando que 1 m³ = 1 000 litros.
É possível determinar as dimensões do bloco retangular, quando conhecido seu volume:
Uma caixa-d’ água, com formato de cubo, tem volume de 1 000 litros. Calcule suas dimensões.
V 5 Abase ? h ~ V 5 a ? a ? a ~ 1 000 5 a 3 ~ a 5 10 dm

Agora Ž sua vez!


1 Calcule o volume do bloco de base quadrada a seguir.
V 5 Abase ? h ~ V 5 100 ? 20 ~ V 5 2 000 cm3

20 cm

10 cm

2 Uma indústria fabrica um bloco de concreto em formato de paralelepípedo reto-retângulo. Esse bloco tem 20 cm de comprimento,
10 cm de largura e 15 cm de altura. São feitos dois furos no bloco, como indicado a seguir. Calcule o volume de concreto utilizado
para fabricar o bloco, ignorando as bolhas de ar.
Para calcular o volume do bloco, calculamos o volume de
todo o paralelepípedo e subtraímos os volumes dos furos.
• Vparalelepípedo 5 10 ? 20 ? 15 ~ Vparalelepípedo 5 3 000 cm3
MRS Editorial

• Vfuros 5 2 ? (8 ? 8 ? 15) ~ Vfuros 5 1 920 cm3 8 cm


• Vbloco 5 3 000 2 1 920 ~ Vbloco 5 1 080 cm3
Portanto, o volume de concreto para fabricar
o bloco é de 1 080 cm3. 8 cm
15 cm

20 cm
10 cm

3 Um prisma tem base quadrada e altura medindo o triplo da medida da base. Sabendo que seu volume é de 24 cm³, calcule
a medida da aresta de sua base.
Indicando a aresta da base por a, a altura, que é o triplo, mede 3a.
V 5 Abase ? h 5 a ? a ? 3a 5 3a³ ~ 24 5 3a³ ~ a³ 5 8 ~ a 5 2 cm
Portanto, a aresta da base mede 2 cm.
MATEMÁTICA

113
Professor(a), ressalte que a média
Atividade 4 – Média, moda e mediana já foi trabalhada no capítulo anterior.
Inicie por ela e, então, introduza
o conceito de moda e mediana,
Explorando as ideias explicando que essas são medidas
de tendência central. Vamos utilizar
No segundo trimestre de uma escola, são distribuídos quatro pontos em um trabalho também essas medidas em dados
interdisciplinar, envolvendo as disciplinas de Matemática, Língua Portuguesa, Geografia e apresentados em gráficos, como
maneira de melhor interpretá-los.
História. Para que o aluno não fique abaixo da média, ao final do trabalho, ele precisa obter
nota igual ou superior a 2,4 pontos.
A nota final será dada pela média aritmética das notas que o aluno tirou em cada uma das
disciplinas. Suponhamos que ele tenha obtido 1,0 ponto em Matemática, 3,2 pontos em Língua
Portuguesa, 3,4 em Geografia e 0,8 em História.
Nesse caso, a média aritmética, é dada pela soma dos valores obtidos em cada disciplina
e dividida pela quantidade de disciplinas envolvidas. Ou seja:
1,0 1 3,2 1 3,4 1 0,8 8,4
5 5 2,1 pontos
4 4
Dizemos que 2,1 é a média aritmética entre os valores das notas que o aluno obteve em
cada disciplina. Isso significa que é o valor que torna as parcelas iguais sem alterar a soma.
Observe: 1,0 1 3,2 1 3,4 1 0,8 5 8,4 e 2,1 1 2,1 1 2,1 1 2,1 5 8,4. Assim, como a média
aritmética obtida pelo aluno foi inferior a 2,4 pontos, ele não alcançou a média do trabalho.

Agora Ž sua vez!


Determine a média aritmética simples dos valores apresentados em cada item a seguir.
a) 200, 300, 180, 560, 230 b) 9,1; 5,4; 3,6; 2,9; 8,5; 7,1
200 1 300 1 180 1 560 1 230 1 470 9,1 1 5,4 1 3,6 1 2,9 1 8,5 1 7,1 36,6
x 5 5 5 294 x 5 5 5 86,1
5 5 6 6

Explorando as ideias
A noção social de moda está relacionada às características que, por meio de adornos
ou códigos de postura, criam identificação entre um grupo de indivíduos ou de objetos.
Na Matemática e na Estatística, a moda também está ligada ao elemento de destaque que
aparece com maior frequência na distribuição. Acompanhe o exemplo a seguir.

Quantidade de questões sobre conhecimentos gerais


respondidas corretamente, em um total de 30 questões
MRS Editorial

14 13
Quantidade de pessoas

12
10
10
8
8 7
6 5 5
4
2
2
0
10 12 15 18 20 25 30
Quantidade de questões corretas

Dados elaborados para esta obra.

Observamos que há maior quantidade de pessoas que acertaram apenas 15 ques-


tões. Nesse caso, dizemos que a moda do conjunto das quantidades de questões respon-
didas corretamente é 15.

114 CAPÍTULO 10
Agora é sua vez!
Uma pesquisa feita em um consultório geriátrico relacionou a idade dos idosos com a frequência de suas consultas no
primeiro trimestre de 2020. O resultado foi exposto no gráfico a seguir. Após a análise do gráfico, identifique a moda das
idades, em anos, dos pacientes pesquisados. Em seguida, justifique sua resposta.

MRS Editorial
16
14

Quantidade de consultas
médicas por trimestre
12
10
8
6
4
2
0
60 65 70 75
Idade (em anos)

Dados elaborados para esta obra.

Sugestão de resposta: A moda das idades é representada pela maior coluna, pois representa a maior frequência dos idosos

às consultas. Portanto, a moda é 70 anos.

Explorando as ideias
O termo mediana refere-se ao meio. Ao considerar um conjunto de dados organizados em ordem crescente ou decrescente, o
termo que estiver exatamente no meio da distribuição recebe o nome de mediana. Isso significa que a mediana é o valor que separa
esse conjunto de dados, de modo que a quantidade de elementos que a antecedem é igual à quantidade de elementos que a sucedem.
Ao representar um conjunto de valores numéricos ordenados de modo crescente ou decrescente, dizemos que ele está
em ordem de rol.
Considere, por exemplo, o conjunto de valores: 9, 8, 11, 10, 14, 17, 6, 2, 7. Podemos encontrar o rol desse conjunto de valores
escrevendo-os em ordem crescente:
2, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 14, 17
4 valores 4 valores
termo central

Na sequência apresentada, o número 9 é o termo que a divide em quantidades iguais à direita e à esquerda. Portanto, ele será
a mediana. Observe que, como a sequência está em ordem crescente, à esquerda do número 9 há números menores que ou no
máximo iguais a 9, enquanto à direita dele há apenas valores iguais a ou maiores que ele.
A mediana desse conjunto é o termo central dos valores, caso a quantidade de termos seja ímpar; caso a quantidade de termos
seja par, a mediana corresponde à média aritmética dos dois valores centrais.
Exemplo:
Considere o rol de dados: 2, 3, 5 ,2 , 2, 4, 5, 4.
Colocando em ordem crescente ou decrescente temos:
2 ,2, 2, 3, 4, 4, 5, 5
Veja que os dois termos centrais são 3 e 4; logo, para encontrar a mediana, temos:
314 7
5 5 3,5
2 2
Logo a mediana é igual a 3,5.

Agora é sua vez!


1 O rol das idades de um grupo de amigos é 12, 12, 13, 15, 15, 17 e 18 anos. Determinar a mediana do rol.
Mediana é igual a 15.

2 Determinar a mediana do rol 2, 2, 3, 4, 6, 7, 7, 8, 8, 12.


Mediana é igual a 6,5.
MATEMÁTICA

115
Prepara Saeb
H29 -Utilizar médias aritméticas, noção de probabilidade ou conhecimentos estatísticos como recurso para a construção de argumentação.
1. Observe os dados da tabela seguinte, sobre o número de ocorrências de acidente de trabalho no Brasil em 2004.
A partir da tabela Quantidade de acidentes de trabalho registrados no brasil
observamos que o número por sexo, segundo os grupos de idade em 2004
de acidentados homens
entre 25 e 29 anos é 69 561. Grupos de Idade Total Masculino Feminino
Do total, também descrito
na tabela, de 458 824 Até 19 anos 17 027 14 334 2 693
acidentados, o risco (R) de 20 a 24 anos 86 834 70 907 15 927
um acidentado ser homem 25 a 29 anos 88 463 69 561 18 902
entre 25 e 29 anos é:
30 a 34 anos 72 943 56 236 16 707
69 561
R= ≅15% 35 a 39 anos 63 082 47 675 15 407
458 824
40 a 44 anos 52 003 38 440 13 563
Portanto, a resposta correta
45 a 49 anos 38 400 28 294 10 106
é a alternativa A.
50 a 54 anos 23 685 17 398 6 287
55 a 59 anos 11 219 8 486 2 733
60 a 64 anos 3 860 3 200 660
65 a 69 anos 964 803 161
70 anos e mais 344 274 70
TOTAL 458 824 355 608 103 216

Fonte: DATAPREV. CAT.


NOTA: Os dados são preliminares, estando sujeitos a correções
Revista Proteção. Abr. 2010. Disponível em: http://www.protecao.com.br (adaptado).

O risco de acidente de trabalho de grupos de estudo é o resultado da probabilidade experimental calculada a partir de dados
estatísticos. Assim sendo, considerando o disposto na tabela, qual o risco aproximado de um acidentado ser um homem com idade
entre 25 e 29 anos?
x a) 15% c) 20% e) 79%
b) 18% d) 78%
2. Este paralelepípedo retângulo representa a caixa-d'água de um prédio, com as medidas internas indicadas.
H7 - Identificar características de polígonos
ou sólidos (prismas, pirâmides, cilindros).
3. FT(q) 5 5q, CT(q) 5 2q 1 12 e LT(q) 5
5 FT(q) 2 CT(q) 5 5q 2 (2q 1 12) 5 3q 2 12 1,2 m
Para não ter prejuízo, LT(q) . 0 ~
~ 3q 2 12 . 0 ~ q . 4
Como q . 4, a quantidade mínima de
2,5 m
produtos que a indústria terá de fabricar
para não ter prejuízo é 4. 4m

O volume máximo de água que essa caixa é capaz de armazenar é 4 m 3 (2,5) m 3 (1,2) m 5 12 m³
a) 4,8 m3 c) 10 m3
b) 7,7 m3 d) 12 m3
3. Uma indústria fabrica um único tipo de produto e sempre vende tudo o que produz. O custo total para fabricar uma quantidade q
de produtos é dado por uma função, simbolizada por CT, enquanto o faturamento que a empresa obtém com a venda da quantidade
q também é uma função, simbolizada por FT. O lucro total (LT) obtido pela venda da quantidade q de produtos é dado pela
expressão LT(q) 5 FT(q) 2 CT(q). H19 - Identificar representações algébricas que expressem
a relação de interdependência entre duas grandezas.
Considerando-se as funções FT(q) 5 5q e CT(q) 5 2q 1 12 como faturamento e custo, qual é a quantidade mínima de produtos
que a indústria terá de fabricar para não ter prejuízo?
a) 0 b) 1 c) 2 x d) 4
4. Em um depósito de material de construção, o cliente paga o valor da mercadoria, acrescido de R$ 50,00 de carreto. Vicente
comprou, nesse depósito, x tijolos ao preço de R$ 0,55 cada tijolo. Se y é o valor a ser pago por Vicente, a expressão de
y em função de x é: H19 - Identificar representações algébricas que expressem a relação de interdependência entre duas grandezas.
a) y 5 0,50x 1 0,55 x c) y 5 0,55x 1 50 e) y 5 50,55x
b) y 5 0,50x 1 55 d) y 5 0,55x 2 50

116 CAPÍTULO 10
Prepara Saeb
H14 - Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando cálculos de perímetros, área de superfície ou volume de blocos retangulares.
5. Uma escola tem um terreno vazio no formato retangular cujo perímetro é 40 m, onde se pretende realizar uma única construção
que aproveite o máximo de área possível.
Após a análise realizada por um engenheiro, este concluiu que, para atingir o máximo de área do terreno com uma única
construção, a obra ideal seria O perímetro é a soma de todos os lados e lembremos que um
40
a) um banheiro com 8 m2. quadrado tem 4 lados. Portanto: 5 10 m cada lado.
4
b) uma sala de aula com 16 m2. Área de um quadrado é: I 5 10 ? 10 5 100 m²
2

c) um auditório com 36 m2.


x d) um pátio com 100 m2.
e) uma quadra com 160 m2.
6. No rótulo de uma caixa de fósforos, normalmente aparece a inscrição: “Média de 40 palitos”. Curiosa, Mariana resolveu pesquisar
esse fato. Comprou um maço com 10 caixas de fósforos e contou, em cada uma, o total de palitos. Nessa contagem, obteve os
seguintes valores: H29- Utilizar médias aritméticas, noção de probabilidade ou conhecimentos
estatísticos como recurso para a construção de argumentação.
39, 39, 41, 40, 40, 39, 41, 38, 42, 39
Nessa pesquisa, quanto ao número de palitos de fósforo por caixa,
a) a média é superior a 40 palitos.
b) a média é inferior a 39 palitos.
c) a mediana é de 39 palitos. E
x d) a moda é menor que a mediana.
e) a moda é maior que a média.

7. João propôs um desafio a Bruno, seu colega de classe: ele descreveria um deslocamento
D
pela pirâmide ao lado e Bruno deveria desenhar a projeção desse deslocamento no plano
da base da pirâmide. H6 - Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no
espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional. C
O deslocamento descrito por João foi: mova-se pela pirâmide, sempre em linha reta, A M
do ponto A ao ponto E, a seguir do ponto E ao ponto M e depois de M a C.
B
O desenho que Bruno deve fazer é
a) D C c) D C x e) D C

A B A B A B

b) D C d) D C
MATEMÁTICA

A B A B

117
Prepara Saeb
8. A figura mostra um triângulo ABC, retângulo em A. Externamente ao triângulo, constroem-se
três quadrados. Em cada um desses quadrados, um dos lados coincide com um lado do
triângulo. As áreas desses quadrados estão indicadas na figura. 65 cm2
B
Qual é a área do terceiro quadrado, de lado AB? H12 - Resolver situação-problema que envolva
medidas de arcos ou ângulos (grau e radiano),
x a) 18 cm2 a2 5 b2 1 c 2 utilizando teorema de Pitágoras ou razão trigo- ?
2
65 5 47 1 c 2 nométrica (seno de um ângulo agudo).
b) 20 cm c 2 5 18 cm2 A C
c) 24 cm2
47 cm2
d) 27 cm2

9. O gráfico de barras a seguir mostra, mês a mês, o total das exportações brasileiras, em bilhões de dólares, no primeiro quadrimestre
de 2010.
H29 - Utilizar médias aritméticas, noção Exportações (em bilhões de dólares)
de probabilidade ou conhecimentos
estatísticos como recurso para a cons-
trução de argumentação.
15,73 15,16
16
14
12,20
12 11,31
10
8
6
4
2
0
Jan Fev Mar Abr
Fonte: MDCI

Com base nesse gráfico, pode-se afirmar que a média mensal das exportações brasileiras nesse quadrimestre, em bilhões de
dólares, foi igual a
a) 13,32. c) 13,52.
b) 13,40. x d) 13,60.
10. Em uma cidade, os impostos que incidem sobre o consumo de energia elétrica residencial são de 30% sobre o custo do consumo
mensal. O valor total da conta a ser paga no mês é o valor cobrado pelo consumo acrescido dos impostos.
Considerando x o valor total da conta mensal de uma determinada residência e y o valor dos impostos, qual é a expressão
algébrica que relaciona x e y? H19 - Identificar representações algébricas que expressem a relação de interdependência entre duas grandezas.
0,3 x x
x a) y 5 c) y 5 e) y 5 0,7 x
1,3 1,3
0,3 x
b) y 5 0,3 x d) y 5
1,3

10. Sendo x0 o valor da conta sem impostos, temos que o valor dos impostos (y) será: y 5 0,3x0

y
Podemos dizer então que: x0 5
0,3
O valor final da conta (x) é calculado a partir da seguinte soma: x 5 x0 1 y
y
Substituindo o x0 temos que: x 5 1y
0,3
y 1 0,3y 1,3y
x5 ñx5
0,3 0,3

0,3x
logo y 5
1,3

118 CAPÍTULO 10
EXPONENCIAL,
PIRÂMIDES, 11
NOÇÕES DE TRIGONOMETRIA
E PROBABILIDADE

Atividade 1 Ð Conhecendo a fun•‹o exponencial


Professor(a), inicie o estudo da função exponencial Olá, neste capítulo, o conjunto
de atividades tem como objetivo
Explorando as ideias com uma revisão sobre potenciação e equações
exponenciais. desenvolver as seguintes
habilidades:
Sendo a uma constante real tal que a > 0 e a = 1, função exponencial de base a é toda
Resolver situa-
função y 5 f(x) em que a variável x aparece apenas no expoente de a. ção-problema
cujos dados
Exemplos: Função estejam expres-
expo- sos em gráfico H21
• y 5 f(x) 5 5x 1 1 é função exponencial (a variável x está no expoente da constante 5). nencial cartesiano que
mostre a va-
• x 5 f(t) 5 3 2 5 ? 22t 2 1 é função exponencial (a variável t está no expoente da constante 2). riação de duas
Não se considera o caso da base 1 como função exponencial, pois qualquer potência de grandezas.

base 1 é igual a 1, o que caracterizaria uma função constante. Identificar


características
Não são considerados também os casos de base 0 e de base negativa, por haver situações Pirâmi- de polígonos ou
H7
des sólidos (pris-
em que a potência não é definida para determinados expoentes. Por exemplo: 023 e (22)0,5 não mas, pirâmides,
são potências definidas em R. cilindros).
Resolver situa-
A função exponencial descreve vários fenômenos reais. ção-problema
Exemplos: que envolva
medidas de ar-
• Se uma cidade tem hoje 35 mil habitantes e sua população P decresce a uma taxa constan- Razões
trigo-
cos ou ângulos
(grau e radiano),
te de 0,5% ao ano, essa população, em milhares de habitantes, daqui a um tempo t, em ano, H12
nomé- utilizando teo-
será P 5 35 ? (0,095)t. Dizemos que a população dessa cidade decresce exponencialmente. tricas rema de Pitá-
goras ou razão
• Se uma notícia é agora do conhecimento de 30 pessoas e, a cada hora, uma pessoa que co- trigonométrica
(seno de um
nhece a notícia a transmite para mais uma pessoa, o número N de pessoas que vão conhecer ângulo agudo).
essa notícia após um tempo t, em hora, é dado por N 5 30 ? 2t, ou seja, N dobra a cada hora. Avaliar propos-
Prin- tas de interven-
Vamos traçar o gráfico por pontos e analisar características importantes associadas a duas cípio ção na realida-
funções exponenciais básicas: y 5 f(x) 5 2x e y 5 g(x) 5 (0,5)x. aditivo de utilizando
e Prin- probabilidade
H30
cípio e/ou conheci-
Função y 5 f(x) 5 2x multi- mentos estatís-
plicati- ticos (porcenta-
y y 5 2x vo gem, gráficos,
4 médias).

x y 5 f(x) 5 2x Ponto (x, y)


22
22 2 5 0,25 (22; 0,25)
21 221 5 0,5 (21; 0,5) 2
0
0 2 51 (0, 1)
1
1 21 5 2 (1, 2)
2 22 5 4 (2, 4)
22 21 O 1 2 x

O gráfico da função y 5 f(x) 5 2x tem infinitos pontos, cinco dos quais foram extraídos do qua-
MATEMÁTICA

dro anterior. Seu domínio é R, e seu conjunto-imagem, Im(f) 5 ]0, 1ÿ[, ou seja, 2x > 0 para todo
x real. A função é sempre crescente, isto é, quanto mais x aumenta, mais a potência 2x aumenta.

119
Função y 5 g(x) 5 (0,5)x

y 5 (0,5)x y

Ilustrações: MRS Editorial


4

x y 5 g(x) 5 (0,5)x Ponto (x, y)


22
22 (0,5) 54 (22, 4)
21 (0,5)21 5 2 (21, 2) 2
0
0 (0,5) 5 1 (0, 1)
1
1
1 (0,5) 5 0,5 (1; 0,5)
2 (0,5)2 5 0,25 (2; 0,25)
22 21 O 1 2 x

O gráfico da função y 5 g(x) 5 (0,5)x tem infinitos pontos, cinco deles extraídos do quadro
anterior.
Seu domínio é R, e seu conjunto-imagem, Im(g) 5 ]0, 1ÿ[, ou seja, (0,5)x > 0 para todo
x real. A função é sempre decrescente, ou seja, quanto mais x aumenta, mais a potência (0,5)
x diminui.
De maneira geral, dada a função exponencial y 5 f(x) 5 ax, com a > 0 e a = 1, temos:

f é crescente ^ a > 1
f é decrescente ^ 0 < a < 1

Agora é sua vez!


1 Esboce o gráfico da função exponencial y 5 f(x) 5 21 1 21 2 x.
Resolu•‹o
No quadro a seguir, determinamos alguns pontos do gráfico da função.

x y 5 21 1 21 2 x Ponto (x, y)

21 21 1 22 5 3 (21, 3)

0 21 1 21 5 1 (0, 1)

1 21 1 20 5 0 (1, 0)

2 21 1 221 5 20,5 (2; 20,5)

3 21 1 222 5 20,75 (3; 20,75)

Observe que o gráfico da função é uma curva exponencial constituída de infinitos pontos, alguns deles obtidos no quadro anterior
e destacados na figura a seguir.

y
MRS Editorial

1
21 1 2 3
O x
r 21

120 CAPÍTULO 11
2 Resolva os problemas a seguir.
a) Uma máquina sofre uma desvalorização exponencial em função do tempo, de tal modo que, depois do tempo t, em ano,
seu valor V, em real, será dado por V 5 k ? at, em que k e a são constantes reais positivas, com a = 1. Se hoje ela vale R$
6 000,00 e daqui a 2 anos valerá R$ 3 000,00, determine seu valor daqui a 8 anos. R$ 375,00

b) Duas cidades A e B têm 3 000 e 48 000 habitantes, respectivamente. Suponha que, a cada decênio, a população de
A quadruplique e a de B dobre. Daqui a quantos anos a população de A será maior que o dobro da população de B?
Mais que 50 anos.

Atividade 2 – Identificando os elementos de uma


Professor(a), provavelmente os estudantes já viram conceitos de
pirâmide pirâmides, por isso realize um diagnóstico para saber o que já
sabem sobre as pirâmides e seus elementos. Entre os elementos
da pirâmide, vamos abordar: o polígono da base, apótema da
base, apótema das faces, arestas, vértices e altura.
Explorando as ideias
Pirâmide é todo poliedro convexo em que uma das faces é um polígono qualquer, deno-
minado base, e as demais faces são triângulos, todos com um mesmo vértice em comum.
Observe a pirâmide ao lado.
Sua base é o hexágono ABCDEF. Suas seis faces laterais V
são triângulos, como VBC. Ele tem seis arestas da base, sen-
do AB uma delas, e tem também seis arestas laterais, sen-
do VC uma delas. O ponto V é o vértice da pirâmide. A altura
h da pirâmide é a distância do vértice V até o plano da base. h
Como no caso do prisma, uma pirâmide é classificada F E
de acordo com o tipo de polígono da base. Temos uma pi-
râmide triangular se sua base é um triângulo, pirâmide pen- A D
tagonal se sua base é um pentágono, e assim por diante. O
A área total de uma pirâmide é a soma da área da base B C
com a área lateral:

AT 5 AB 1 AL

O volume de uma pirâmide é a terça parte do volume de um prisma com mesma base e
mesma altura da pirâmide. Portanto, se h é a altura de uma pirâmide, seu volume é:

1
V5 A ?h
3 B

Agora é sua vez!


1 Em uma pirâmide triangular, os lados da base medem 5 cm, 7 cm e 8 cm. Determine seu volume, sabendo que sua altura é
6 3 cm. 180 cm3
MATEMÁTICA

121
Atividade 3 – Explorando as relações
trigonométricas no triângulo retângulo
Professor(a), os estudantes já estudaram algo sobre triângulo retângulo, por
isso, vamos tratar das relações trigonométricas no triângulo retângulo. Retome
Explorando as ideias o significado das relações trigonométricas no triângulo retângulo.

Agora, vamos estudar as relações que envolvem tanto as medidas dos lados quanto as dos
ângulos de um triângulo retângulo.
A área da Matemática que estuda essas relações chama-se Trigonometria. Ela tem apli-
cações importantes em vários ramos, como nas engenharias, na Astronomia e na Geografia.

Catetos de um triângulo retângulo


Observe o triângulo retângulo a seguir, em que a é a hipotenusa e b e c são os catetos.

MRS Editorial
b a
c

a
A b C

Da figura podemos concluir que:

Em relação ao ângulo a Em relação ao ângulo b

Cateto oposto: c Cateto oposto: b

Cateto adjacente: b Cateto adjacente: c

Seno e cosseno
Considerando o triângulo anterior, temos:
Em relação a a:
• Seno do ângulo a é a razão entre o cateto oposto ao ângulo a e a hipotenusa.
cateto oposto ao ângulo a c
sen a 5 5
hipotenusa a

• Cosseno do ângulo a é a razão entre o cateto adjacente ao ângulo a e a hipotenusa.


cateto adjacente ao ângulo a b
cos a 5 5
hipotenusa a

Em relação a b:
• Seno do ângulo b é a razão entre o cateto oposto ao ângulo b e a hipotenusa.
cateto oposto ao ângulo b b
sen b5 5
hipotenusa a

• Cosseno do ângulo b é a razão entre o cateto adjacente ao ângulo b e a hipotenusa.


cateto adjacente ao ângulo b c
cos b 5 5
hipotenusa a

Considerando o triângulo inicial, temos:

Em relação a a:
• Tangente do ângulo a é a razão entre o cateto oposto ao ângulo a e o cateto adjacente ao
ângulo a.
cateto oposto ao ângulo a c
tg a 5 5
cateto adjacente ao ângulo a b

122 CAPÍTULO 11
Em relação a b:
• Tangente do ângulo b é a razão entre o cateto oposto ao ângulo a e o cateto adjacente ao
ângulo b.
cateto oposto ao ângulo b b
tg b5 5
cateto adjacente ao ângulo b c

1
Comparando as duas razões, concluímos que tg b5 .
tg a
Veja como aplicar essas relações.
1 Observe o triângulo da figura a seguir e determine os valores das razões trigonométricas
do ângulo b.
B

MRS Editorial
Cateto
b 15 Hipotenusa
adjacente 9
ab
a
A 12 C
Cateto oposto a b
Resolução:
cateto oposto ao ângulo b 12 4
a) sen b 5 5 5
hipotenusa 15 5

cateto adjacente ao ângulo b 9 3


b) cos b 5 5 5
hipotenusa 15 5

cateto oposto ao ângulo b 12 4


c) tg b 5 5 5
cateto adjacente ao ângulo b 9 3

Agora é sua vez!


1 Considere o triângulo retângulo da figura ao lado C
e determine o que se pede.

a) sen B 5
35
37

b) cos B 5 12
37

c) tg B 5 35 35 37
12

A 12 B

2 Em cada um dos triângulos retângulos, determine o que se pede.

a) C
• sen B
20
5
29
29
• sen C
21
20 5
29

• tg B
20
5
21
B A
MATEMÁTICA

123
b) C

3 5
• cos C
5
5
3 5

• sen B
5
5
5

A 6 B • tg C 52

Explorando as ideias
Os ângulos de 30°, 45° e 60° recebem o nome de ângulos notáveis por sua frequência em
cálculos e consequente relevância no estudo das ciências.
Em resumo, temos as seguintes razões trigonométricas de ângulos notáveis:

30° 45° 60°

1 2 3
Seno
2 2 2

3 2 1
Cosseno
2 2 2

3
Tangente 1 3
3

Agora é sua vez!


1 Nos triângulos retângulos, determine x e y.
a) b) c)
x 10 x
3 60¡
45¡
30¡ 5 x
y x 5 10 2; y 5 10

x 5 6; y 5 3 3
y

5 15
x5 ;y5
2 2

2 Um mestre de obras vai construir uma casa e está analisando parte do projeto do telhado
conforme mostra a imagem a seguir. De acordo com o projeto, qual será a altura desse
telhado do ponto A ao ponto B? (Dados: sen 62° 5 0,88; cos 62° 5 0,47; tg 62° 5 1,88.)
Ilustrações: MRS Editorial

A
A
3,0 m 3,0 m
62° 62°

B B

Resolução:
Do formato triangular do telhado, é possível fazer a seguinte análise:

AB AB
sen 62° 5 Þ 0,88 5 Þ AB 5 0,88 × 3 5 2,64 m
3 3

124 CAPÍTULO 11
Atividade 4 – Princípio aditivo e princípio
multiplicativo Professor(a), explore os princípios aditivo e multiplicativo de contagem. Normalmente, em problemas de
contagem, o aluno apresenta dificuldades em distinguir momentos em que se deve utilizar a adição ou a
multiplicação. Uma das maneiras de diferenciar as duas situações é trabalhada no texto: a adição é utilizada
quando há duas ou mais hipóteses de ocorrer uma escolha e está associada à conjunção “ou”, enquanto a
Explorando as ideias multiplicação é utilizada quando há duas ou mais etapas em uma escolha e está associada à conjunção “e”.

Você já viu como é possível calcular a probabilidade de um evento ocorrer.


Agora, vamos estudar como calcular, em certos casos, de quantas formas diferentes pode
ocorrer determinado evento. Esses mecanismos serão úteis em vários problemas de cálculo de
probabilidade.

Princípio aditivo
Marília quer comprar um perfume. Na loja, ela ficou em dúvida sobre qual comprar. O ven-
dedor lhe apresentou fragrâncias de duas marcas, A e B. Eram três modelos da marca A, que in-
dicaremos por A1, A2 e A3, e 4 modelos da marca B, que indicaremos por B1, B2, B3 e B4, conforme
ilustração a seguir. Quantas são as opções de escolha de Marília?

Marca A

A1 A2 A3

Marca B

B1 B2 B3 B4

Observe que há duas hipóteses para Marília escolher sua fragrância: marca A, com três
opções, ou marca B, com quatro opções.
O total de opções de Marília é 3 1 4 5 7.
Esse exemplo ilustra o princípio aditivo de contagem.
Exemplo:
Em uma prateleira da biblioteca de Pedro há 8 livros de ficção, 5 de contos e 7 de poesia,
todos diferentes. Ele deseja escolher um dos livros para ler esta semana. Quantas são as opções
de escolha de Pedro?
Pedro escolherá apenas um livro, havendo três hipóteses:
• de ficção, com 8 opções ou
• de contos, com 5 opções ou
• de poesia, com 7 opções.
MATEMÁTICA

Logo, pelo princípio aditivo, Pedro tem 8 1 5 1 7 5 20 opções de escolha.

125
Explorando as ideias
Princ’pio multiplicativo
Marta pretende se vestir com uma blusa e uma calça. Ela tem à disposição 4 modelos de
blusa e 3 modelos de calça para escolher. Quantas são as opções de Marta?
Note que Marta deve escolher uma calça e uma blusa. Podemos dizer, portanto, que sua
escolha consta de duas etapas:
• 1a etapa: escolha da calça entre três modelos: C1, C2 e C3;
• 2a etapa: escolha da blusa entre quatro modelos: B1, B2, B3 e B4.
A ilustração a seguir mostra o diagrama de árvore ou diagrama de possibilidades que
representa, à direita, todas as opções possíveis para Marta.

B1 C1, B1 (Opção 1)

B2 C1, B2 (Opção 2)

C1

B3 C1, B3 (Opção 3)

B4 C1, B4 (Opção 4)

B1 C2, B1 (Opção 5)

B2 C2, B2 (Opção 6)

C2

B3 C2, B3 (Opção 7)

B4 C2, B4 (Opção 8)

B1 C3, B1 (Opção 9)

B2 C3, B2 (Opção 10)

C3

B3 C3, B3 (Opção 11)

B4 C3, B4 (Opção 12)

Observe que, para cada um dos 3 modelos de calça, há 4 maneiras de Marta escolher o modelo
de blusa. Portanto, o número total de opções de escolha de uma calça e de uma blusa é 3 ? 4 5 12.
A situação que acabamos de analisar ilustra o princípio multiplicativo de contagem.

126 CAPÍTULO 11
Exemplo:
De um grupo de 10 alunos, sendo 3 do 7o ano, 5 do 8o ano e 2 do 9o ano, uma escola vai
escolher aleatoriamente um de cada ano escolar para representá-la em um evento. Observe a
seguir de quantas maneiras diferentes essa escolha pode ser feita:
• escolha de um aluno do 7o ano, com 3 opções e
• escolha de um aluno do 8o ano, com 5 opções e
• escolha de um aluno do 9o ano, com 2 opções.
Assim, pelo princípio multiplicativo, a escolha de um aluno do 7o ano e de um aluno do
8o ano e de um aluno do 9o ano pode ser feita de 3 ? 5 ? 2 5 30 maneiras diferentes.
O quadro a seguir sintetiza os princípios aditivo e multiplicativo de contagem, associados
às conjunções ou e e, que ligam hipóteses e etapas, respectivamente.

Princípio Conjunção A conjunção liga Operação

Aditivo ou hipóteses adição

Multiplicativo e etapas multiplicação

Em muitos processos de contagem, é necessário utilizar uma combinação dos princípios


aditivo e multiplicativo.

Exemplo:
Quantos números diferentes, de três ou de quatro algarismos, podem ser formados utili-
zando apenas os algarismos 1, 3, 4, 5, 7 ou 8?
Resolução:
1o) Componha alguns números que poderiam ser formados nas condições impostas.
Com três algarismos: 475, 388.
Com quatro algarismos: 3 147, 4 183, 4 448.

2o) Separe o problema em duas partes, considerando as duas hipóteses pedidas: números
de três algarismos ou números de quatro algarismos.
Para determinar quantos números de três algarismos podemos formar, vamos observar
que há 6 algarismos disponíveis (1, 3, 4, 5, 7 e 8), podendo todos eles ocupar qualquer
posição, como mostra o esquema a seguir.
1a posição 2a posição 3a posição
1; 3; 4; 5; 7; 8 1; 3; 4; 5; 7; 8 1; 3; 4; 5; 7; 8 Quais opções

6 6 6 Quantas opções

Note que temos três etapas: escolha do 1o algarismo e escolha do 2o algarismo e escolha do
3o algarismo. Logo, pelo princípio multiplicativo, podem ser formados 6 ? 6 ? 6 5 216 números
de três algarismos.

3o) Calcule quantos são os números de quatro algarismos.


Utilizando o mesmo raciocínio do passo anterior, temos o seguinte esquema:

1a posição 2a posição 3a posição 4a posição


1; 3; 4; 5; 7; 8 1; 3; 4; 5; 7; 8 1; 3; 4; 5; 7; 8 1; 3; 4; 5; 7; 8 Quais opções

6 6 6 6 Quantas opções

Portanto, pelo princípio multiplicativo, podemos formar 6 ? 6 ? 6 ? 6 5 1 296 números de


quatro algarismos.
Dessa maneira, como podemos formar 216 números de três algarismos e 1 296 números
MATEMÁTICA

de quatro algarismos, pelo princípio aditivo, o total de números que podem ser formados é
216 1 1 296 5 1 512.

127
Agora Ž sua vez!
1 Quantas senhas diferentes podem ser formadas começando com duas vogais distintas, seguidas de três algarismos também
distintos? Resposta: 14 400 senhas

2 A cantina do colégio oferece 4 tipos de fruta, 3 tipos de sanduíche e 5 tipos de salgado. Determine quantas maneiras
diferentes um estudante desse colégio pode escolher, nessa cantina:
a) uma fruta ou um sanduíche; 4 1 3 5 7 maneiras

b) uma fruta e um salgado; 4 ? 5 5 20 maneiras

c) um sanduíche e um salgado; 3 ? 5 5 15 maneiras

d) uma fruta ou um sanduíche ou um salgado; 4 1 3 1 5 5 12 maneiras

e) uma fruta, um sanduíche e um salgado; 4 ? 3 ? 5 5 60 maneiras

f ) uma fruta e (um sanduíche ou um salgado); 4 ? (3 1 5) 5 4 ? 8 5 32 maneiras

g) um sanduíche ou (uma fruta e um salgado). 3 1 4 ? 5 5 3 1 20 1 23 maneiras

128 CAPÍTULO 11
12
Vl
ad
im
ir W
ran
ge
/Sh
utt
ers
ÁLGEBRA, GEOMETRIA,

toc
k
TRIGONOMETRIA E GRÁFICOS

Atividade 1 – Porcentagens sucessivas Neste capítulo, o conjunto de


atividades tem como objetivo
desenvolver as seguintes
Explorando as ideias habilidades:

Vamos relembrar o que você já estudou sobre porcentagens, descontos e aumentos por Objeto do
Habilidades Desc
conhecimento
meio de exemplos.
Avaliar
a) Ao verificar que os insumos necessários para a fabricação de pães franceses sofreram propostas de
um reajuste, o dono de uma padaria decidiu aumentar o preço cobrado por quilograma intervenção
Porcentagens
na realidade, H5
desses pães em 15%. Sabendo que o quilograma do pão francês custava R$ 2,20, deter­ sucessivas
utilizando
conhecimentos
mine qual será novo preço após o reajuste. numéricos.
Como o aumento foi de 15%, devemos multiplicar o valor anterior por 1,15 (correspon­ Identificar
dente à soma do total com 15% ñ 100% 1 15% 5 115% 5 1,15). Assim, o novo valor características
de polígonos
equivalerá a: 1,15 ? 2,20 5 2,53, ou seja, R$ 2,53. Cones e
ou sólidos H7
cilindros
(prismas,
b) A Black Friday é uma data tradicional no comércio norte­americano, e ocorre após o feriado pirâmides,
cilindros).
de Ação de Graças – última quinta­feira de novembro, para os estadunidenses. Nela, os
Resolver
lojistas concedem descontos expressivos nos preços de algumas mercadorias. Com o situação-
passar dos anos, lojistas de outros países aderiram à data, que já se tornou frequente -problema
que envolva
no Brasil. Na Black Friday de 2019, uma loja concedeu o desconto de 20% em todos os medidas
smartphones que vendia. Um smartphone que custava R$ 1 200,00 antes da Black Friday de arcos ou
ângulos (grau
passou a ser vendido por que valor? Razões
e radiano), H12
trigonométricas
utilizando
Como o desconto foi de 20%, devemos multiplicar o valor anterior por 0,80 (correspon­ teorema de
dente à subtração do total por 20% ñ 100% 2 20% 5 80% 5 0,80). Assim, o novo valor Pitágoras
ou razão
equivalerá a: 0,80 ? 1 200,00 5 R$ 960,00. trigonométrica
(seno de um
Agora, vamos analisar alguns exemplos para o cálculo de aumentos ou reduções sucessivos. ângulo agudo).
Será possível observar que operamos da mesma maneira que vínhamos procedendo para um Avaliar
aumento ou para uma redução. Observe os exemplos a seguir. propostas de
intervenção
a) Se um livro que custava R$ 100,00 teve um desconto de 10% e, depois, outro desconto na realidade
Gráficos utilizando
de 15%, qual será seu novo preço? estatísticos: probabilidade
H30
leitura e e/ou
Para calcular o primeiro desconto, multiplicamos o preço por 0,90 (100% 2 10%). Assim, interpretação conhecimentos
o preço, com apenas o primeiro desconto, será: 0,90 ? 100. estatísticos
(porcentagem,
Após esse desconto, o preço resultante sofreu um segundo desconto de 15% e, por gráficos,
médias).
isso, multiplicamos o resultado por 0,85 (100% 2 15%). Assim, o novo preço será:
0,85 ? 0,90 ? 100 5 0,765 ? 100 5 R$ 76,50. Professor(a), nesya atividade
resolveremos problemas
envolvendo conceitos de juros
b) Um produto teve seu preço aumentado em 10% pelo fabricante, que, depois, aplicou simples e composto. Explore
um desconto de 10%. Qual é a relação do preço final em comparação ao inicial? a situação com os estudantes,
discuta os problemas e compare
Para calcular o aumento de 10%, multiplicamos o preço por 1,10 (100% + 10%). E, para o rendimento de uma aplicação
em juros simples e composto.
calcular o desconto de 10%, multiplicamos o preço por 0,90 (100% – 10%). Assim, consi­ Mostre aos estudantes que nas
derando Pinicial o preço inicial do produto, o preço do produto poderá ser calculado pela aplicações financeiras do mercado
atual a modalidade mais utilizada é
expressão: 0,90 ? 1,10 ? Pinicial 5 0,99 ? Pinicial baseada em juro composto.
MATEMÁTICA

Portanto, o preço final cobrado será equivalente a 99% do preço inicial.

129
Agora Ž sua vez!
1 Em 2020, ao anunciar um novo smartphone, um fabricante afirmou que o processador era 45% mais rápido que o equipado
no modelo do ano anterior, lançado em 2019. Em um novo anúncio, em 2021, o mesmo fabricante afirmou que o mais recente
smartphone tinha um processador 35% mais rápido que o instalado no modelo anterior, lançado em 2020. Considerando os
dados informados pelo fabricante, de quanto foi o ganho percentual de processamento acumulado nos dois anos?
• Aumento de 45% ñ multiplicamos por 1,45
• Aumento de 35% ñ multiplicamos por 1,35
O processamento acumulado é dado por:
1,35 ? 1,45 ? (processamento em 2019) 5 1,9575 ? (processamento em 2019).
O ganho de processamento acumulado foi de 95,75%.
2 Um comerciante de jogos eletrônicos, após aplicar um aumento de 10% aos seus produtos, concedeu um desconto a um dos jogos.
O preço inicial desse jogo era R$ 170,00 e, após o aumento e o desconto estabelecidos, passou a ser R$ 149,60. De quanto foi o
desconto aplicado?
• Aumento de 10% ñ multiplicamos por 1,10
Chamaremos o percentual do desconto de X. Assim:
X ? 1,10 ? 170 5 149,60
187X 5 149,60
X 5 149,60
187
X 5 0,80
O desconto aplicado foi de 20%.

Atividade 2 Ð Cones e cilindros Professor(a), nesta atividade abordaremos algumas características dos
cilindros e dos cones. Explore os conceitos com os estudantes, compare as
características dos dois sólidos geométricos, sistematize a contribuição dos
estudantes e evidencie essas contribuições na discussão dos problemas
apresentados na seção Agora é sua vez!.
Explorando as ideias
Observe os objetos a seguir. Eles têm um formato associado a um sólido geométrico espe­
cial: o cilindro.
rafastockbr/Shutterstock
Alexander Kirch/Shutterstock
Zonda/Shutterstock

A figura 1 mostra dois planos paralelos a e b, um círculo contido em a, e uma reta r, secante
a a e a b.

r r
Ilustrações: MRS Editorial

a a

Cilindro

b b

Figura 1 Figura 2

O conjunto de todos os segmentos paralelos a r, com extremos em um ponto do círculo


e um ponto de b, é uma figura sólida, conforme mostra a figura 2. Ela é denominada cilindro
circular ou, simplesmente, cilindro.

130 CAPÍTULO 12
suuurnos pontos O e O’ são as bases do cilindro. O raio R das duas
Na figura 3, os círculos de centros
bases é o raio do cilindro. A reta OO' , que passa pelos centros das bases, é o eixo do cilindro.
Os infinitos segmentos congruentes, de medida g, paralelos ao eixo, com extremos nas duas R P
A C O
bases, como AB e CD , por exemplo, são geratrizes do cilindro. A distância entre os planos das
bases é a altura do cilindro.
g h
O conjunto de todas as geratrizes é a superfície lateral do cilindro.
O conjunto constituído das duas bases e da superfície lateral é a superfície total do cilindro.
O cilindro reto pode ser obtido por rotação. Observe a sequência de figuras a seguir: B O’
D
Cilindro reto ou
Cilindro de revolução Figura 3
Eixo

Ilustrações: MRS Editorial


Quando o retângulo executa uma revolução (volta) completa em torno de um eixo que
contém um de seus lados, ele gera um cilindro reto. Por isso, o cilindro reto é denominado,
também, cilindro de revolução.
A planificação da superfície total de um cilindro reto de raio R e altura h é apresentada na
figura a seguir.

Base

Superfície lateral
h h
2pR
R
R

Base

Figura 7

Áreas no cilindro reto Volume de um cilindro

Área da base

AB 5 pR2

Área da lateral
V 5 pR2h
AL 5 2pRh

Área total

AT 5 2 ? AB 1 AL
MATEMÁTICA

131
As imagens a seguir mostram objetos cuja forma está associada a uma figura sólida especial:
o cone.

Chones/Shutterstock

Lauritta/Shutterstock

Yulia Glam/Shutterstock

Dr Darren Davis/Shutterstock
Ele tem semelhanças com o cilindro, por suas formas arredondadas, e com a pirâmide, tendo
a base circular em vez de poligonal.
Se o eixo de um cone é perpendicular à base, ele é chamado de cone reto. Nele, as geratrizes
são congruentes entre si, e a projeção do vértice na base é o centro dessa base. Um cone que
não é reto é denominado cone oblíquo.

Cone reto Cone obl’quo

O
O

A figura representa a planificação da superfície total de um cone reto. Ela é constituída de


um círculo, associado à base do cone, e um setor circular, associado à sua superfície lateral.
Se R é a medida do raio da base de um cone reto, sua área da base (AB) é, portanto,

AB 5 pR2

No setor circular que representa a planificação da superfície lateral, temos:

V
g

Base
h g
Superfície V
lateral
R
R
g

Circunferência
da base (2pR)

• o raio é g, medida da geratriz do cone;


• o arco do setor mede 2pR, comprimento da circunferência da base.

132 CAPÍTULO 12
Com base no princípio de Cavalieri, pode­se provar a seguinte proposição:

Ilustrações: MRS Editorial


h

A1 A2

Como no caso do cone AB 5 pR2, o volume V de um cone de raio da base medindo R e altura h é

1 2
V 5 pR h
3

Agora Ž sua vez!


1 Em um cilindro reto, a área da base é 4 cm2, e a área de uma seção meridiana, 24 cm2. Determine a área total e o volume desse
cilindro.

R
R

A área da base é pR2 5 4p cm2 ^ R2 5 4 cm2. Logo, R 5 2 cm.


A área de uma seção meridiana é 2Rh 5 24 cm2, ou seja, 2 ? 2 cm? h 5 24 cm2 ^ h 5 6 cm.
Temos: AL 5 2pRh 5 2p ? 2 cm ? 6 cm 5 24p cm2;
AT 5 2 ? AB 1 AL 5 2 ? 4p cm2 1 24p cm2 5 32p cm2;
V 5 pR2h 5 p ? (2 cm)2 ? 6 cm 5 24p cm3.
2 Silos são depósitos destinados ao armazenamento de produtos agrícolas, em geral grãos, que aguardam o processo de ensaca­
mento. A ilustração mostra alguns silos, cujo formato interno é constituído de uma base cilíndrica, sobre a qual está acoplada
uma superfície cônica, sendo retas tanto a superfície cilíndrica como a cônica. Suponhamos que, em um desses silos, o diâmetro
da base e a altura total meçam 8 m, e a altura da superfície cônica, 2 m (medidas internas). Determine a capacidade desse silo,
em metro cúbico.
Sharomka/Shutterstock

Se a altura total do silo é de 8 m e a altura da superfície


5
32 p m3 à 33,5 m3.
cônica é h 5 2 m, a altura da superfície cilíndrica é 3
H 5 8 m 2 2 m 5 6 m. O raio das duas superfícies é R 5 4 m. A capacidade aproximada do silo é, portanto, de
A capacidade do silo é o volume que ele comporta. 301,44 m3 1 33,5 m3 5 334,95 m3.
O volume do cilindro é:
V1 5 pR2H 5 p? (4 m)2? 6 m 5 96p m3 à 301,44 m3.
MATEMÁTICA

1 1
O volume do cone é V2 5 pR2h 5 p ? (4 m)2 ? 2 m 5
3 3

133
Professor(a), nesta atividade
Atividade 3 – Razões trigonométricas trataremos das razões
trigonométricas e principais
relações entre os lados e
os ângulos de um triângulo
Explorando as ideias retângulo. Nos problemas
apresentados no Agora é sua
Vamos relembrar algumas relações que envolvem medidas de ângulos e lados de um triângulo vez!, enfatizamos o cálculo do
seno de um ângulo agudo, porém
retângulo. poderá utilizá-los para discutir as
demais razões trigonométricas.
B
 ) = 90°
m(A

a
m(B ) + m(C ) = 90° c

b2 1 c2 5 a2
A b C

As duas primeiras relações envolvem apenas medidas de ângulos, enquanto a última (teo­
rema de Pitágoras) envolve apenas as medidas dos lados.
A parte da Matemática que se ocupa das relações entre lados e ângulos de um triângulo é a
Trigonometria, palavra de origem grega (tri-gonos-metron) que significa “medida de três ângulos”.
Vamos estudar, agora, alguns conceitos que relacionam medidas de ângulos com medidas
de lados. O lado a de um triângulo retângulo chamamos de hipotenusa, os lados b e c de catetos.

Razões trigonométricas

medida do cateto oposto a a medida do cateto adjacente a a medida do cateto oposto a a


sen a 5 cos a 5 tg a 5
medida da hipotenusa medida da hipotenusa medida do cateto adjacente a a

Observe o exemplo:
O triângulo ABC é retângulo em A, já que as medidas de seus lados verificam o teorema de
Pitágoras, ou seja, 32 1 42 5 52. Considerando­se o ângulo B, de medida u, AC é o cateto oposto
a u, AB é o cateto adjacente a u, e BC é a hipotenusa do triângulo ABC.
A
Vamos calcular as razões trigonométricas de u:

medida do cateto oposto a u AC 3 cm 3 4 cm 3 cm


sen u 5 5 5 5 5 0,6;
medida da hipotenusa BC 5 cm 5
medida do cateto adjacente a u AB 4 cm 4
cos u 5 5 5 5 5 0,8; u
medida da hipotenusa BC 5 cm 5 B C
5 cm
medida do cateto oposto a u AC 3 cm 3
tg u 5 5 5 5 5 0,75.
medida do cateto adjacente a u AB 4 cm 4
Temos o seguinte quadro, com os valores das razões trigonométricas dos ângulos de 30°,
45° e 60°:

a 30° 45° 60°

1 2 3
sen a
2 2 2

3 2 1
cos a
2 2 2

3
tg a 1 3
3

134 CAPÍTULO 12
Agora é sua vez!
1 Uma escada de 2,00 m de comprimento está apoiada no topo de um muro

Ilustrações: MRS Editorial


de 1,80 m de altura, em um terreno plano, com a projeção da escada no solo
perpendicular ao alinhamento do muro. Determine o valor do seno do ângulo
agudo que a escada forma com o piso.

1,80 m 2,00 m
A figura mostra uma vista lateral do muro e da escada, que formam com o solo
um triângulo retângulo. Devemos determinar a medida a do ângulo assinalado.
Como foram dadas as medidas do cateto oposto a a e da hipotenusa, vamos
calcular sen a.
medida do cateto oposto a a 1,80 a Solo
sen a 5 5 5 0,90.
medida da hipotenusa 2,00

2 No triângulo da figura, determine as medidas exatas dos lados e do ângulo desconhecidos.


M 180° 5 90° 1 30° 1 a ^ a 5 60°
x 1 x
sen 30° 5 ^ 5 ^ 2x 5 8 ^ x 5 4;
8 2 8
y x y 3 y
cos 30° 5 ^ 5 ^
8 2 8

30° a ^ 2y 5 8 3 ^ y 5 4 3.
N P
8

3 Em uma região plana, um avião levanta voo no ponto A, formando um ângulo de 10° com o solo, e sobe em linha reta, conforme
a figura abaixo. A que altura em relação ao solo estará o avião quando ele estiver no ponto B, após percorrer 2 km?

B
2 km
348 m, aproximadamente.
A 10° Solo

Professor(a), nesta atividade


Atividade 4 – Gráficos estatísticos: leitura e trataremos da leitura e
interpretação de gráficos.
Converse com os estudantes e
interpretação discuta a importância e o uso em
larga escala das representações
gráficas em nossos dias, pois
elas conseguem expressar
Explorando as ideias muitas informações por meio de
recursos visuais. Os gráficos são
Saber interpretar gráficos veiculados na mídia é fundamental para desenvolvermos o senso muito utilizados na Estatística,
por isso retomamos os conceitos
crítico. A seguir, vamos destacar situações e elementos aos quais precisamos estar atentos para de medidas de tendências
analisar e interpretar as informações expostas nos meios de comunicação. centrais e exploramos esses
conceitos no Agora é sua vez!
Datafolha/Folhapress
Reprodução/IBGE, 2017

A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais e foi realizada


com 10.856 entrevistados em 382 municípios dos dias 9 a 12 de agosto
MATEMÁTICA

de 2010. O levantamento foi registrado no TSE com o no 22.734/2010


Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de
Agropecuária. Pesquisa da Pecuária Municipal, 2017. Fonte: Folha de S.Paulo, 14 ago. 2010.

135
Observe que, no gráfico à esquerda, as imagens substituem barras horizontais que estão
equidistantes entre si e representam valores proporcionais no contexto do gráfico. Em contra­
partida, à direita, as imagens que representam a corrida presidencial estão dispostas para indicar
a posição de quatro candidatos na eleição de 2010.
Além disso, é possível notar, observando as duas imagens, que o gráfico da esquerda foi
construído de maneira proporcional, enquanto o da direita não manteve uma medida uniforme
para indicar as distâncias entre os candidatos.
Observe que a distância entre os candidatos que obtiveram 0% e 10% é praticamente a
mesma da distância entre aqueles que tinham 10% e 33%, mesmo com a variação percentual
correspondente sendo quase o dobro entre eles.
Portanto, visualmente, o gráfico nos indica a ordem crescente (ou decrescente) de inten­
ções de votos, mas não nos passa a informação de quão próximos (ou afastados) os valores
realmente estão.

Agora Ž sua vez!


Faça uma análise do gráfico a seguir:
Fumantes – Variação temporal
25,0

MRS Editorial
19,5 19,5
20,0 18,0 17,5 16,8 16,5
15,7 15,6 15,5
15,0 14,8 14,3 14,4
14,1 12,8 12,7 13,2 12,3 Sexo masculino
13,4 12,8 12,1
12,4 12,3 12,0 11,7 12,1 Sexo feminino
11,5 10,7 11,3 10,8
10,4 10,2 9,8
10,0 9,2 10,1 9,3
8,6 9,0 8,3 8,0 7,5 7,7
6,9
5,0

0,0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: Vigitel Brasil 2006 a 2019: Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. Disponível em: www.inca.gov.br/
observatorio-da-politica-nacional-de-controle-do-tabaco/dados-e-numeros-prevalencia-tabagismo. Acesso em: 29 jun. 2023.

1 O gráfico mescla colunas duplas com segmentos para a representação da quantidade de fumantes no decorrer dos anos. Com
as informações ali representadas, você saberia dizer o que representa, por exemplo, os valores 7,7 e 12,3 nas colunas do ano
de 2019? Qual é a importância desse tipo de informação?

Está subentendido que os valores representados são percentuais. Esse tipo de informação é
necessário para o entendimento do conteúdo explicitado, pois sem ela os valores indicados
não apresentam sentido algum.

2 O que é possível afirmar entre os fumantes homens e mulheres, em 2019?

É possível afirmar que, de acordo com a pesquisa Vigitel, 7,7% das mulheres e 12,3% dos
homens eram fumantes no Brasil.

3 O que significa o valor 9,8 representado em 2019 pela linha vermelha?

Como não está especificado e como a legenda não descreve o que o valor da linha indica,
podemos apenas fazer especulações – por exemplo, achar que essa linha indica a
porcentagem média dos brasileiros fumantes, independentemente do gênero.

136 CAPÍTULO 12
Prepara Saeb
1. Com um quadrado e quatro triângulos, sendo todos esses 3. Um guarda de trânsito observa um veículo que passa com
polígonos com lados de mesma medida, qual das seguintes velocidade superior à permitida no local. Ele tenta anotar
figuras espaciais poderá ser formada? a placa do veículo, mas consegue distinguir apenas que as
a) H7: Identificar características de três letras da placa são EVF, nessa ordem, e que o primeiro
polígonos ou sólidos (prismas, algarismo é 5. Ele não consegue visualizar os três últimos
pirâmides, cilindros).
algarismos da placa. Chegando à delegacia de trânsito, ele
resolve investigar, nos arquivos, todos os veículos suspeitos.
Quantos são os veículos a serem investigados?
H30: Avaliar propostas de intervenção
a) 30 na realidade utilizando probabilidade
e/ou conhecimentos estatísticos
b) 504 (porcentagem, gráficos, médias).
b) c) 720 Resposta: E.
Restam apenas três caracteres a serem descobertos,
d) 729 sendo esses três caracteres restantes formados por
algarismos de 0 a 9. Portanto:
e) 1 000 10 ? 10 ? 10 5 1 000
4. Um edifício tem 40 m de altura. Um cabo de aço é esticado
do topo desse edifício até o chão, formando 40° com o piso
horizontal. Qual o comprimento aproximado desse cabo?
c) Resposta: C. H12: Resolver situação-problema que
O enunciado descreve Dados: sen 40°≈ 0,64 envolva medidas de arcos ou ângulos
uma pirâmide de base (grau e radiano), utilizando teorema
quadrangular, representado cos 40°≈ 0,77
de Pitágoras ou razão trigonométrica
na letra C. tg 40°≈ 0,84 (seno de um ângulo agudo).
Resposta: D.
a) 31 m Devemos ter
b) 34 m 40
sen(40°) 5
x
c) 48 m
40
d) d) 62 m x5 5 62,5
0,64
5. Cinco pessoas pretendem ocupar um automóvel, cuja capa­
cidade é de cinco passageiros, para fazer uma viagem. Sa­
bendo que apenas dois desses passageiros possuem carteira
de habilitação, de quantas maneiras distintas essas pessoas
poderão acomodar­se no veículo?
H30: Avaliar propostas de intervenção na
a) 15 maneiras. realidade utilizando probabilidade e/ou
2. A figura mostra o gráfico cartesiano da função real y = f(x) = abx, conhecimentos estatísticos (porcentagem,
em que a e b são constantes reais positivas. Os pontos P(1, 1) b) 24 maneiras. gráficos, médias).
e Q(0, 2) pertencem ao gráfico de f. c) 25 maneiras. Resposta: D.

d) 48 maneiras. 2 motoristas: 2 ? 2
y H21: Resolver situação-problema Restam 4 pessoas, quando 1 está dirigindo:
cujos dados estejam expressos em 4 ? 3 ? 2 ? 1 5 24
um gráfico cartesiano que mostre a e) 50 maneiras.
Motorista e os demais: 2 ? 24 5 48
variação de duas grandezas.
6. Um foguete é lançado de uma rampa situada no solo sob um
ângulo de 60º, conforme a figura.
Q
2
Dados:
P
3
sen 60° 5
2
0 1 x 1
cos 60° 5
2

60˚ tg 60° 5 3
O valor de f(*1) é: Resposta: E.
a) 2 A distância, em linha reta, percorrida por esse foguete, após
f(x) 5 abx
5 atingir 12 km de altura é 4 ø3
b) 1 5 ab1 ñ ab 5 1 Resposta: C.
2 1 a) 4 ø3 km.
c) 3 2 5 ab0 ñ a 5 2 logo b5
2 b) 6 ø3 km. H12: Resolver situação-problema que
7 envolva medidas de arcos ou ângulos
MATEMÁTICA

d) x 21
c) 8 ø3 km.
f (x ) 5 2 ? æç ö÷ f (21) 5 2 ? æç ö÷
1 1 (grau e radiano), utilizando teorema
2 para de Pitágoras ou razão trigonométrica
e) 4 è2ø è2ø d) 24 km. (seno de um ângulo agudo).
f (21) 5 4

137
Prepara Saeb
7. Em uma corrida de regularidade, a equipe campeã é aquela em que o tempo dos participantes mais se aproxima do tempo
fornecido pelos organizadores em cada etapa. Um campeonato foi organizado em 5 etapas, e o tempo médio de prova indicado
pelos organizadores foi de 45 minutos por prova. No quadro, estão representados os dados estatísticos das cindo equipes mais
bem classificadas. Resposta: C.

Dados estatísticos das equipes mais bem classificadas


(em minutos)

Equipes Média Moda Desvio-padrão

Equipe I 45 40 5
Equipe II 45 41 4
Equipe III 45 44 1
Equipe IV 45 44 3
Equipe V 45 47 2

Utilizando os dados estatísticos do quadro, a campeã foi a equipe:


a) I.
b) II.
H30: Avaliar propostas de
c) III. intervenção na realidade utilizando
probabilidade e/ou conhecimentos
d) IV. estatísticos (porcentagem, gráficos,
médias).
e) V.
8. Com a finalidade de potencializar a venda de seus produtos, uma empresa de cosméticos lança algumas promoções em uma
rede de supermercados da cidade. Resposta: b

sabonete R$ 2,00 cada unidade sabonete R$ 2,20 cada unidade


80g Desconto de 40% 100g Desconto de 50%
a partir da 4a unidade a partir da 5a unidade

Mariana deseja comprar exatamente 2 kg do sabonete e prefere levar todos os sabonetes com a mesma massa. Para Mariana
gastar a menor quantia possível, ela deve levar
a) 25 sabonetes de 80g cada, e assim gastaria R$ 32,40. H5: Avaliar propostas de
b) 20 sabonetes de 100 g cada, e assim gastaria R$ 26,40. intervenção na realidade, utilizando
conhecimentos numéricos.
c) 25 sabonetes de 80 g cada, e assim gastaria R$ 30,00.
d) 20 sabonetes de 100 g cada, e assim gastaria R$ 22,00.
9. A lata de óleo fechada usada na cozinha tem o formato de um cilindro. A planificação da superfície total dessa lata é composta de:
Resposta: C
a) 2 retângulos e 1 círculo.
b) 1 retângulo e 1 círculo. H7: Identificar características de
c) 1 retângulo e 2 círculos. polígonos ou sólidos (prismas,
pirâmides, cilindros).
d) 3 círculos.
e) 3 retângulos.
10. Em março, uma loja vendia um televisor por R$ 1 200,00. Em abril, o preço do televisor teve um aumento de 20%. Com a redução
drástica das vendas, a loja resolveu, no mês de maio, reduzir em 20% o preço vigente em abril. O preço de venda do aparelho
em maio era de: Resposta: A
a) R$ 1 152,00. H5: Avaliar propostas de
intervenção na realidade, utilizando
b) R$ 1 200,00. conhecimentos numéricos.

c) R$ 1 250,00.
d) R$ 1 275,00.
e) R$ 1 280,00.

138 CAPÍTULO 12
Anotações

MATEMÁTICA

139
Anotações

140 CAPÍTULO 12
838798
838948

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