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Ve 4) Observe « que diz John Lyons arespeito da propricdade linguistics da produtividade *O que¢impresionante na produtividade ds linguasnacurs,na medidaem que é manifesto na estrutura gramatcal,é a extrema complexidade e heterogencidade dos prncipios que ‘mantém e constituem, Mas, como insist Chomsky, esta complexidade e heterogeneidade no crestita:émgida por negra. Dentro dos limites exabelecids pas tegras da gramatica, que so em parce universe em part especfins de determinadaslinguas, os lances natvos de wma lingua tém a iberdade de agircrativamente ~ de uma maneira que Chomsky classifcaria de que & a) criatvidade como qualdace distntivamente humana e b) ciatividade regida por regras 5) Oestrurcalismo lingu‘stico concebiaalinguagem humana como ut ma de comportamento, © «se era imerpretado como “uma respostafsioldgicaaestimulos externos, podendo ser condicionado « programado ~ da mesma forma que rates deIaboratéio podem ser teinados « puxar uma alavanca para obter comida’ (O Globo, 2000: 414). Explique por que o gerativismo pode set interpretado como um modelo de anise linguistica radicalmente oposto 0 modelo extruturalistalbchaviorista, 6) Observe os dads do inglés do espanhol abaxo, Leve em consideagio também a tadugio desas Frases parao portugués. Explique o comportamento dos sueitas e des objeto (nulos ou preenchidos) ness tr linguas de acordo com as nogées de rincipios ¢ parimeros. Inglés Espanhol Did yousce John? | Ta viste a Juan? Inc voce via odo? Voet vi Joo? Yes, Law him: Si yolowi Simca 0 Sim, euov Silovi Sim, Oo Yes, saw him, *Si, yo Sim, Oko Sim cu vi Yes, saw *Sivi Sim, OO Sim, 0x10 7) Explique por que descobertas genéticas como ado gene Foxrs € pesquisss cm neurolinguistica eer Paicolingustica em geral sio uma forma de pér 3 prova, para relurar ou confirmar, a validade , caja representacio é feita com parénteses angulares, tem as variantes sibilante e zero. ‘Uma varizvel pode ser binéria, como a de ntimero singular e plural, com duas variantes, oueneiria, com trés ou mais ariantes. Vamosilustrara ariel enedria coma vibrante inal. Or’ final, queocorreem palavrascomo “cantar”, “for”, “der”, “qualquer”, “melhor”, “mulhzt”, tem diversas variantes fonéticas no Brasil: a)a proniincia vibrante alveolar do Sul do Brasil; b) a promtincia retroflexa (com a ponta da lingua voltada para tris) do interior de estados como So Paulo; c) a prontincia velardo Rio de Janeiro, por cexemplo; d) a fricativa glotal ee) zero, ou seja, aauséncia de som. Podemos dizer que «sas sio as principais variantes da varidvel vibrante /r/ na realidade. Para simplificar aanilise, vamos reduzir a variével vibrante a duas variantes: presenga ou auséncia de consoante vibrante final, E vamos chamé-la de variivel dependent, Examinemos agora algumas das var éveis linguisticas associadas a presenga ou a auséncia de vibracio. Vamos chamé-las de uaridveis independentes. As variéveis lingufsticas podem ser (1) a classe sintitica da forma em —r: verbo, nome, adjetivo, outros; (2) no caso de verbo, a classe modo-temporal: infinitivo, subjuntivo; (3) ainda no caso de verbo, a vogal temitica indicadora de conjugacao:-a,-,-i,~ monossilabo, dissilabo, trisflabo e polissilabo. As varidveis extralinguisticas envolvem: 2) género, com as variantes masculino e feminino; b) idade, comas variantes:crianga, jovem, adulto, velho ou uma escala de idade, (4) avaridvel extensio, com as variantes: A pergunta agora seria: qual &a variante de “r” que é mais eliminada em cada situagdo? As pesquisas mostram que o “t” final de verbo no infinitivo é, na maioria das vezes, mais eliminado da fala de informantes de todos os gratss de escolaridade do que 0 “:” final de substantivos e adjetivos. A varidvel escolaridade, por exemplo, é relevante para a descrigio do fenémeno, dado que os falantes com mais tempo de escolarizagio tendem a manter o “rt” mais do que os analfabetos. Ambos os grupos tendem a manter mais no caso dos substantivos do que com verbos. Hi outnss varidveis que podem influenciar a variagio, além das mencionadas acima. Assim, porexemplo, o grau de formalidade do item éum fetorrelevance:o “final deum verbo menos usado, como “postergar”, tem maior chance de ser pronunciado do quede um verbodo dia. dia, como “falar”. O contexto fonolégice dasequeéncia quesegue étambém relevante. Com efeito,a presenga de um fonema vocilico na palavra seguinte favorece a manatengio do fonema consonantal por um procesio de reorganizacao da silaba, como em “pegaractianga’,enquanto um som consonantal desfavorecea presenca dessa variante de prestigio, como em “tomar baaho”” ‘Tomemos um segundo exemplo da variagio no uso da lingua, dessa vez com foco na alternincia entre presenga e auséncia do pronome “cu”. Podemos constacar que, no portugués brasileiro, ¢ varidvel a manifestacio da primeira pessoa,! como ‘comprei um livro” ou “eu comprei um livro’. A primeira forma ocorre com mais requéncia na lingua escrita e a segunda, na lingua oral. Com relacio & lingua oral, > sujeito oculta tende a ocorrer nas oragdes que apresentam uma sequéncia de ages alizadas pelo mesmo sujeito. Somente a pri ipresenta 0 sujeito explicito, como no exemple: cra oragdo de uma sequéncia é que -» tinha uma... érvore um tronco.. af eu .. me abaixei pra poder nao bater bati com isso aqui... af Fique... desmaiado uma hora ¢ meia duas horas... af acordei no hospital com isso aqui. aberto ¢ as costas toda arranhada... (8) Em varies linguas em que o sujeito pode ser explicito ou oculto, ele tende | ocorrer no inicio do enunciado ¢ na mudanca de referente (por exemplo, se 0 nformante esté falando de Pedro e passa a falar de si proprio), c ¢ sujeito oculto tende a correr na cadeia de tépico, ou seja, quando ha virias oragbes se referindo a uma mesma »essoa, tornando o discurso mais coeso e econdmico (ver o capitulo “Funcionalismo”). Dessa forma, 0 aparente caos da variagio € desfeito, ¢ o linguista demonstra s de uma lingua. A diversidade ¢ a ariabilidade sio caracteristicas inerentes 20s sistemas linguisticos e passam também set objeto de estudo com o advento da sociolinguistica, O estudo dos processos de variagdo € mudanga permite estabelecer tréstipos sicos de variacio linguistica: sistematizagdc que existe no uso das vari ) variagao regional, associada a distancias espaciais entre cidades, estados, regides ou aises diferentes a varidvel geogrifica permite opor, por exemplo, Brasil e Portugal; LU OU =a) () veriagdo socal asociada a diferencas entre grupos socioecondmicos, compreende -varidves jécitadas, como faixa etéria, grau de escolaridade, procedéacia, ete; (©) wariagao de registro: tem como variantes 0 grau de formalidsde do contexto interacional ou do meio usado para a comunicagio, como a prépria fala, 0 e-mail, 0 jornal, a carta, ete Estamos apresentando cada varidvel como se a mesma operasse de forma auténoma, sem interferéncia das demais varidveis associadas a0 comportamento da variacio, Entretanto, 0 que ocorre normalmente nas linguas é uma interacio mais ou rmenes estreita entre as diferentes varidveis, Assim, uma inovagao linguistica comeca rnumadererminada regio (varidvel regional), mas€prépriadeum grupesocioeconémico desfavorecido (variivel social). A variante pode passar a ser usada pelo grupo socioeconémico maisalto nos momentos maisinformais (a variével é «nto, oregistr0) Umexemploem que podemos veraatuagio dos tés tipos de varivel ndependente €0 caso do uso de “tu” vs. “voce” com o verbo na terceira pessoa do singular: "tu fez”, “cu quer”. Do ponto de vista regional, podemos dize: que ha cidades, como 0 Rio de ” quanto a variante “tu’savaridvel idade a variivel escolaridade aassocia com os Janeiro, que apresentam tanto a variante "voc apontaa preferéncia de ovens pelo uso de “tu menos escolarizados; da varisvel registro mostra que o pronome “cu” rendea ser usado ‘nos momentos mais informais. Podemos flagravariagioem todososniveisdalingua. Porexemplo, nonivellexical, poderiamos citar conhecidas oposigdes de forma: “jerimum” (Bahia) e“ubébora” (Rio de Janeiro); “guri” (Rio Grande do Sul) “menino” (Rio de Janeiro).? No nivel gramatical, vyimosa variagao “elas brincam/elas brinea’. No nivel fonético-fonolégico, podemos dar como exemplo a variacio regional das proniincias de uma palavra como “morena’, com a vogalpré-t6nicaaberte no Nordestee fechada na maior parte do Brasil, Nessenivelsituase grande parte da variagio que contém formas estigmatizadas,como osegundo membro dos pares seguintes: flamengo - framengo, lagarta- largata, bicicleta - bicicreta. Na dimenséo propriamente social estio as diferengas linguistices verficadas com a comparagio entre o dialeto padrio ~ considerado correto, superior, puro ~ € 0 dialetos nao padrio ~ considerados incorretos,inferiores, corrompides. A variante padrao ¢ ensinada nz escola e valorizada pelos membros da sociedade. tanto pelos que a dominam como pelos que gostariam de domind-la, posto que sabem da sua importancia para se adquirir prestigio, nal responsével por uma série de variagbes linguistcas. Dependendo da situagéo em que o falante se encontre, ele utiliza mecanismos linguisticos diferentes para se expressar, Assim, a sua linguagem apresenta diferengas lexicais, gramaticais ¢ fonéticas distintas devido ao contexto, a0 ouvinte ou a0 meio através do qual a informasio € transmitida (fala ou excita, carta, e-mail, artigo, ec.) Desse modo, por excmplo, um diretor de faculdade se expressa de diferentes formas, dependendo se esté discutindo os novos recarsos tecnolégicos da educaczo SS com outro profissional da drea, se esté dando uma aula, se esté explicando para 0 reitor a necessidade de contratar um professor, se esté conversando com o filho sobre ‘escola, com o amigo sobre o futebol, com a familia sobre a préxima viagem, etc. ‘Cada pessoa tem um enorme repertério linguistico que a torna capaz de adaptar sua linguagem is diferentes situagées vividas. Em sintese, a ingua é uma estrutura maledvel, que apresenta variagBes, mas ha muitos elementos gramaticais, fonéticos e léicos que sio comuns is variedades de uma ua, Nem tudo é variagao, havendo um niimero enorme de elementos comuns que sii estiveis. A variagio configura-se como um conjunto de elementos diferentes de outro, conjunto de outto grupo, de outra localidade ou de outro contexto. O linguista pode demonstrar que a variagio € previsivel e determinada por fatores linguisticos lou extralinguisticos, como veremos nas préximas seqies. O advento da corrente sociolinguistica variacionista O escruturalismo ¢ 0 gerativismo nio incluiram nas suas andlises a variagio porque estaestava fora do Ambito do objetoda linguistica, c qual deveria ser abstraido do “caos” da realidade do uso linguistico. ‘Como fruto da insatisfacao diante dos modelos existentes que afistavam o objeto da lingufstica da realizagao da lingua ede suas diversas ma procuraram outros caminhos. Um desses caminhos cul sociolinguistica. termo “sociolinguistica” surge pela primeira vez na década de 1950, mas se desenvolve como corrente nos Estados Unidos na década de 1960, especialmente com 6s trabalhos de Labov, bem como os de Gumperz e Dell Hymes ¢ a conferéncia The Dimensions of Sociolinguistics, de William Bright, publicads em 1966 sob o titulo de Sociolinguistics, Na conferéncia, 0 autor afitma que 0 escopo da sociolinguistica esté tages, virios linguistas nou com o surgimento da na demonstragao de que existe uma sistemética covariagio entre a estrucura Linguistica ea estruturs social Dell Hymes (1977), como antropélogo, concebe a sociolingufstica como um ‘campo que inclui contribuigéo de varias disciplinas, como a sociologia. a Linguistica, a antropologia, a educagio, a poética, o folcore e a psicolog'a. Enfatiza que, apesar de englobar tartas dreas, a sociolingufstica é uma disciplina aurénoma, pois seu objetivo final é diferente dos objetivos de cada uma das disciplinascitads. Interessa-he identifica, descrever e interpretar as variéveis que interferem na variagio e mudanca linguistica Labov (tal qual Saussure) vé a linguistica como uma ciéncia do social; dessa forma, a sociolinguistica equivale & linguistica com énfase na atengao as varidiveis de nnatureza extralinguistica. ‘Assim como a etnolinguistica ¢ psicolinguistica, a sociolinguistica veio preencher um vazio deixado pelo gerativismo, que considera objetivo legitimo de ‘studo apenas o aspecto interior das linguas ea competéncia lingu‘stica. Dessa forma, asnovas disciplinas vém priorizaros fatores sociais, culturais e psiquicos que interagem na linguagem. Esses fatores sio considcrados essenciais para 0 estudo linguistico porque 0 homem adquitea linguagem ¢ dela se utiliza dentro de uma comuniciade de fala, tendo como objetivos a comunicagio com os individuos ¢ a atuagao sobre os interlocutores. Fortanto, muito se perde ao abstrair a kingua de seu uso real. Labov demonstrou que a mudanea linguistica ¢ impos fora da vida social da comunidade em que ela se produz, pois pressoes sociais sio cexercidas constantemente sobre a lingua. J de ser compreendida Os precursores da sociolinguistica Conforme podemos imaginar, a variagio linguistica nao era ignorada pelos s estudiosos da lingua nem pela linguistica como ciéncia antes da década de 1960. Muitos linguistas procuraram demonstrar a relagZo entre lingua, cultura ¢ sociedade e podem ser considerados os precursores da corrente sociolinguistica, Aqui apenas faremos mengio a movimentos em favor da inclusio de varidveis sociais nos Estados Unidos ¢ na Franga Na década de 1930, os dialerslogos que trabalhavam no Linguistic Atlas of the United State: and Canada passaram a incorporar informagoes sociais, além das geogrificas, parao levantamento dos dialetos, dividindo os informantes em trés grupos de acordo com o nivel de escolaridade. Meillet (1926), procurando uma explicasao para as mudangas lingufsticas na Franga, afirmou que toda modificagio na estrutura social acarreta uma mudanga nas ‘condigées nas quais a linguagem se desenvolve e que, portanto, a histéria das linguas € inseparavel da hist6ria da cultura e da sociedade. Os socio inguistas contemporineos vém consolidando as bases teéricas ¢ metodolégicas do estudo da lingua em situagio real de comunicagio e demonstrando 4 existéncia da natureza socioestrutural da linguagem. As pessoas provenientes de diferentes classes socias falam laletos bastance diferentes (com divergéncias em woos 0s niveis, incluindo o gramatical) Sociedade e linguagem O individuo, inserido numa comunidade de fala, partilha com os membros dessa ‘comunidade uma série de experiéncias e atividades. Daf resultam varias semelhangas —e = — ‘entre modocomo ele fala.a lingua eo modo dos outros individuos. Nas comunidades ‘organizam-seagrupamentos de individuos constituidos por tragos comuns, a exemplo de religido, lzeres, rabalho, faixa etéti, escoleridade, profisio e sexo. Dependendo do rimero de tragos que as pessoas compartilham, ¢ da intensidade da convivencia, podem constituir-se subcomunidades linguisticas, 2 exemplo dos jornalistas, professores, profissionais da informatica, pregadores e estudantes, Nas sociedades em que é nitida a separagao da populagio em classes soci econdmicas, «relagado entre lingua e classes sociais se verifica com bastante evidér Para exemplificar, vejamos o trabalho de Labor (1966) sobre aemissio da consoante /t/ pés-vocdlica em Nova York, pesquisa que é um marco para a historia dessa corrente. Labov pesquisou o referido fendmeno em trés lojas de departamento de Nova York: uma frequentada pela classe alta, outra, pela média e a terceira frequentada pela classe baixa, Induziu os empregados a proferir as palavras foursh (numeral quarto) € floor (piso, andar) como resposta 3 sua pergunta sobre em que andar se encontrariam, produtos que Ihe interessavam. Observe-se quea consoante /*/ apareceem dois contextos diferentes: posigio pés-vocilica final e posigae pés-vocilica nao final. Labo descobriu quea preservasio da vibrante ocorria com maior frequéncia nalojadaclasseaaltaemédia do que na loja da classe mais baixa, revelando que a prontincia do /+/ pés-vocilico & considerada de prestigio. Além disso, o autor ~ao comparar o que se verficava com os registros sobreo grau de manutengio da vibrante em Nova York em décadas anteriores ~ concluiu que /t/ estava sendo recuperado na cidade apés a Segunda Guerra, A situscdo € diferente do que ocorre no inglés padrio da Inglaterra e de algumas regices dos Estados Unidos, locais onde a prontincia padrio nio emite 0 som consonantal, ou pelo menos no emitia na época da realizagéo da pesquisa. Dessa forma, a variagio entre a realizagio e a omissio do /e/esté relacionada com a comunidade linguistica e a classe social. Um ou:to exemplo para ilustrara relago entre variagao linguistcae classe social é Onno uso da desinéncia -s da terceira pessoa do presente do inglés (Helshelit raves, plays, seeps). Trudgil (1974) compara os resultados de pesquisas realizadas em duas cidades Norwich, na Inglaterra, ¢ Detroit, nos Estados Unidos. Os resultados demonstram que, nas duascidades, a classe média climinaa marca-semmenosde 10% dos dados,enquanto a classe trabalhadora baixa elimina em mais de70% dos dados (em Norwich, a axa de climinacio dos chega a quase 100%). Dessa forma, a percertagem média leva a um ‘modelo previsivel, representando toda a comunidade. Assim, por exemplo, se um falante 6 da classe rabalhadora baixa provavelmente omitiréa desinéncia-s. ‘Um outro exemplo parailustrara relagaoentre sociedade linguagem éa diferenga cntze 0s falantes do sexo masculino, de um lado, ¢ os do sexo feminino, de outro. Nas sociedades em que a fungOes entre homens € mulheres io muito distintas, os falantes de ‘um ¢ outro sewn falam dialetos bastante diferenciados, como é ocaso de linguas de virias partes do mundo, Uma das razdes desta diferenciagao é reportada ao tabu: determinadas palavras 6 podem ser proferidas pelos homens ¢ outras, apenas pelas mulheres. Por ‘©emplo, em zulu, uma lingua flada na Afiica, a mulher é proibida de dizer 0 nome do scgro,onomedos irmiosdesteeo nome do genro, quer stejam vivosoumortos,¢ também rio pode falar uma palavra semelhante ou derivada: uma mulher cujo genro chame-se Umdnzi com o radical ménzi (égua), por exemplo, devers evitar todos os vocabulos em, {que se apresenta apalavra ménzie os complexos nicos semelhantes. Nas sociedades em queas funsées sociaisentre homens mulheresse aproximam, a diferenga de linguagem de um ¢ outro é menos nitida, mas existe. Por exemplo, em rnossa lingua, o marido pode dizer “Esta € minha mulher’, jf a mulher deve evitar a finse “Este € 0 meu homem’, que, em determinados contextos, soa vulgar. Pesquisas mostram queas mulheres tendema usaras formas pado de uma lingua com maior frequincia do que os homens. Hé muias tentativas de explicagio para a diferenga, nenhuma cotalmente convincente ou suficiente. Segundo alguns estudiosos, isso se dé porque, dentee outros fatores, da mulher é cobrado um comportamento mais rigido, em conformidade com as normas, er todos 0s sentidos, inclusive no que se refere ao comportamento linguistico. Devido a essa cobranga social, a mulher teria uma preocupacio maior em reproduzir as formas linguisticas consideradas de prestigio dentro de uma comunidade linguistica. Nos estudos efetuados sobre 0 portugués do Brasil, quando uma variance €estigmatizada e outta ¢ prestigiada, verifica-se a tendéncia CE Mocs, 1987 Ceo, 1991 10) Compare >rodugio oral com a esria de um mesmo informante (Vali, nivel superior incompleo) presente algumas das dferengas entre as duns medalidades(varasic de cepist0) FALA Es eh e agora eu queria que voct me contasse uma hist. que tenha acontecido com alguem... algum amigo seu... eu pa. seu imo... que vod no estivese present... alguém te conto... € que vocéachou a histéria engrajada.. [ou trate ou/} 1: fain. ab ahs. 352 eu. eu me lembro sim... achei ti engragada.. foi um ami wm noi! no... um amigo de um amigo meu... que foi jantar na cass da noiva.. aquele jantar assim. primeira ver etal... ofiializat 0 noivado,. a ees. esta antando eta... ele ‘no gosta muito de if. de earn. esta io eonseguia acti bife de jito enh etal. ae chamow atengio do pessoal. pa uma outa cost. entendeu?apontou assim pro outro lado da mesa. ele viu que tnha um janla ates (sod B) ee pegou if etacou (rie) mas ele no reparou muito. janela esta fochads...(730)) so. 0 bie sau. bute a janela.e comegou aeconter.. grou... escort... quando ey (oui) ele contando aqui. cra..e del muito...foi muitoengrzado de contando..lecontando aque aconteceu com le. cat foi muito engragdo. se ainguém vit. que o bife I: io. af depis..codo mundo olhou..levu qu if ie ai. fumiia oda sem raga (ics) al (€) im da hiseria E sede casou coma menina ou naquele dis acabou? I:nio.. no casou.. nfo chegou a casar com ess mio. foi caar com uma out (so) ESCRITA Um conhecido meu fi jantar ncaa da noiva, eo prime antar com faa ‘od reunida fo servi bite, sendo que o Ricardo io gostara muito de carne e ainda por «imac bife exava duro, que mal dava para part. ‘Asc Riad hava uma janl,aprovctndo aopocunidade em gueodosclhavam em sentido oposto, no pensou dua vers, nou ogarfo no bie oaremesou paras cle

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