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Aula 00

Auditoria p/ Auditor Fiscal do Trabalho - AFT 2017


Professor: Claudenir Brito
Auditoria p/AFT
Teoria e exercícios comentados
Prof Claudenir Brito Aula 00

AULA 00: Conceitos de auditoria e da pessoa do


auditor. Responsabilidade legal. Ética profissional.
Objetivos gerais do auditor independente.
Independência nos trabalhos de Auditoria.
Responsabilidades. Tipos de Auditoria.

SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação do curso 1
1. Introdução à Auditoria 8
2. Conceito de Auditoria 9
3. Evolução da Auditoria 12
4. Normas Técnicas de Auditoria - NBC TA 15
5. NBC TA – Estrutura Conceitual 22
6. Normas profissionais - Requisitos Profissionais 30
7. Responsabilidades 44
8. Tipos de Auditoria 47
Questões sem os comentários 91
Referências bibliográficas 115

Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos
termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos
autorais e dá outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores


que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos
honestamente através do site Estratégia Concursos ;-)
00000000000

Olá pessoal!

Meu nome é Claudenir Brito Pereira. Atualmente, sou Analista de Finanças


e Controle da Controladoria-Geral da União – CGU, aprovado em 15º
lugar no concurso de 2008, promovido pela ESAF. Sou Oficial da reserva
do Exército Brasileiro, tendo sido militar por quase 17 anos, saindo em
2008, no posto de Capitão.

Sou professor de Auditoria em cursos preparatórios para concursos em


Brasília, no Rio de Janeiro e em Salvador; e em cursos corporativos em
instituições privadas e públicas, como a Escola Nacional de Administração
Pública – ENAP. E é claro, professor do site Estratégia Concursos.

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Em 2011, fui convidado a participar, como professor de Auditoria, deste
projeto ousado do Estratégia, que logo se mostrou vencedor, ajudando
milhares de candidatos a obterem sua tão desejada aprovação no
concurso dos seus sonhos.

Na CGU, atuo na área de Operações Especiais da Secretaria Federal de


Controle Interno – SFC, participando do planejamento e da execução de
trabalhos em conjunto com órgãos parceiros como a Polícia Federal, o
Ministério Público e a Receita Federal.

00000000000

Também sou membro efetivo do Instituto dos Auditores Internos do Brasil


– IIA, e exerci a função de Auditor-Chefe da Auditoria Interna do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT - e de
membro da Comissão de Coordenação de Controle Interno do Poder
Executivo Federal - CCCI.

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E finalmente, autor da obra Auditoria Privada e Governamental -
teoria de forma objetiva e mais de 500 questões comentadas (Ed.
Impetus, 3ª edição). É este:

Sobre a obra ao lado, quem tiver interesse em


adquiri-la, ainda disponho de alguns (poucos)
exemplares da 2ª edição, que posso disponibilizar
com um bom DESCONTO como professor. Basta
mandar um email para claudenirbrito@gmail.com
que combinamos a melhor forma de envio do livro.

Essa obra teve uma resposta bastante positiva dos leitores, tendo sido
inclusive indicada como bibliografia de referência por algumas bancas,
como por exemplo, no concurso para a Prefeitura de Montes Claros/MG,
em 2015.

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A 3ª edição já está nas livrarias, mas é possível adquiri-la com desconto


no site: http://www.impetus.com.br/catalogo/produto/393/auditoria-
privada-e-governamental_claudenir-brito

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Também participei da coletânea Auditores, Analistas


e Técnicos da Receita Federal - Questões
Comentadas - Col. Carreiras Específica, da Editora
Saraiva.

Esse livro pode ser encontrado na maior parte das


livrarias. Não tenho exemplares comigo.

Toda essa apresentação tem por finalidade tranquilizá-los quanto à


qualificação do professor para assumir este projeto, com muito
profissionalismo. Estou “em sala” desde 2010; no Estratégia desde seu
lançamento em 2011, e podem ter certeza de que terão um material de
alta qualidade para sua preparação.

Nossa tarefa neste curso é apresentar a vocês a disciplina Auditoria


para o concurso de Auditor Fiscal do Trabalho, o nosso famoso AFT,
da forma mais objetiva possível, livrando nossos alunos das intermináveis
noites de leitura de “materiais diversos”, sem um direcionamento mais
eficiente.

Mas qual é a melhor forma de aprender? Qual é o melhor método?

Isso varia para cada candidato, mas já que você está lendo essa aula, é
muito provável que tenha se interessado em estudar por aulas escritas,
em casa, com tranquilidade e no seu tempo.

O principal é, simplesmente, que você aprenda a realizar as provas. É


isso mesmo, não formaremos auditores aqui, para o alívio de alguns de
vocês. O essencial é que vocês aprendam a matéria, aprendam a marcar
o X no lugar certo, e adquiram tranquilidade para o grande dia.
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Até por isso, vocês vão observar que nossas aulas são bem menores que
os livros, o que faz todo o sentido. Eu tenho, como professor, cerca de 80
livros de auditoria, controle, governança, controladoria e contabilidade.
Essas aulas servem para que vocês não tenham que ler 80 livros, pois
seriam mais 80 de cada uma das demais matérias do exame. Impossível,
concordam?

As aulas terão entre 60 e 120 páginas, e essa demonstrativa tem como


objetivo apresentar o curso e a forma como a matéria será ministrada,
além de servir de base conceitual ao longo do curso.

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Portanto, podem ficar tranquilos, que vou procurar ser bastante objetivo,
sem deixar de fora qualquer assunto que eu entenda como relevante para
a prova de vocês.

As aulas serão ministradas da seguinte forma: uma apresentação


teórica, da forma mais objetiva possível – sem deixar de abordar os
pontos indispensáveis da matéria, como já disse – intercalada com a
resolução de exercícios de provas anteriores e outros propostos.

Os exercícios comentados que farão parte das nossas aulas serão de


diversas bancas, com prioridade para a Escola de Administração
Fazendária – ESAF, pois, embora a banca do concurso anterior tenha sido
o CESPE, nossa expectativa é de que o próximo concurso seja
elaborado pela ESAF.

Um aviso importante sobre os exercícios: alguns deles são antigos,


porque é claro que somente as questões mais recentes não suficientes
para um bom treinamento. Entretanto, todos estão totalmente
atualizados, e certamente vão ajudá-los na preparação para o concurso.

Nosso curso foi planejado com base no padrão de edital comumente


utilizado pela ESAF para provas de mesmo nível, como para AFRFB.

Cronograma de aulas

Nosso curso será composto por 09 aulas, incluindo essa


demonstrativa, da seguinte forma:

AULA CONTEÚDO DATA


Conceitos de auditoria e da pessoa do auditor.
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Responsabilidade legal. Ética profissional.


Aula 00 Objetivos gerais do auditor independente. Disponível
Independência. Responsabilidades. Tipos de
Auditoria.
Principais normas vigentes de Auditoria
Interna. Auditoria Interna versus Auditoria
Externa. Conceito, Objetivos,
Aula 01 16/06/16
Responsabilidades, Funções, Atribuições.
Controle de qualidade da auditoria de
Demonstrações Contábeis.
Desenvolvimento do Plano de Auditoria.
Aula 02 Concordância com os termos do trabalho de 23/06/16
auditoria independente.

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Avaliação das distorções Identificadas.
Execução dos trabalhos de auditoria.
Materialidade e Relevância no planejamento e
Aula 03 30/06/16
na execução dos trabalhos de auditoria.
Fraudes e a Responsabilidade do Auditor. Risco
de Auditoria. Controle Interno.
Testes e procedimentos de auditoria.
Aula 04 07/07/16
Evidenciação.
Aula 05 Amostragem. Documentação de Auditoria. 14/07/16
Utilização de trabalhos da auditoria interna.
Aula 06 Uso de trabalhos de especialistas. Eventos 21/07/16
Subsequentes. Estimativas Contábeis.
Relatórios de Auditoria Independente. Normas
Aula 07 e Procedimentos de Auditoria emitidas pelo 28/07/16
IBRACON.
Auditoria no setor público federal; finalidades
e objetivos da auditoria governamental;
Aula 08 04/08/16
abrangência de atuação; formas e tipos;
normas relativas à execução dos trabalhos.

Parte das aulas em PDF será complementada por aulas em vídeo, para
auxiliar aqueles alunos que gostam de assistir aulas gravadas e os que
tenham tido alguma dificuldade em entender os aspectos principais
descritos no PDF.

Um dos grandes diferenciais do nosso curso é o nosso fórum de


dúvidas, por meio do qual vocês poderão esclarecer suas dúvidas
diretamente comigo, num prazo máximo de 2 (dois) dias. Exemplo:

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Ou seja, dúvidas que forem surgindo, só perguntar no fórum do curso. Se
precisarem esclarecer dúvidas sobre outros temas voltados aos
concursos, que não sejam dúvidas específicas do nosso conteúdo:

(61) 98104-2123

A avaliação dos nossos cursos tem sido muito positiva. Para ilustrar,
seguem mensagens recebidas no fórum e pelo whatsapp, de dois alunos
do nosso último curso de Auditoria para o ISS-Goiânia.

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Depois desses esclarecimentos, reforço o prazer que é estar escrevendo


essas aulas, na certeza de que vocês, que confiaram seu aprendizado e
sua aprovação no Estratégia Concursos, estarão, em breve, alcançando
seu grande objetivo.

E vamos logo à matéria, que é o que mais nos interessa no momento.

Sejam bem vindos ao nosso curso.

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1. Introdução à Auditoria

Até o ano de 2009, estudar Auditoria era, em geral, estudar a NBC T-11
(Resolução 820/97, Normas de Auditoria Independente das
Demonstrações Contábeis) e suas derivadas, como, por exemplo, a NBC
T-11.3, NBC T-11.4, NBC T-11.6, dentre outras. Não havia contador, de
Norte a Sul do país, que não conhecesse essas normas.

Ocorre que já havia algum tempo que essas normas estavam para serem
alteradas, em virtude da necessidade de adaptação de nossa
Contabilidade aos padrões internacionais de auditoria definidos pela IFAC
– International Federation of Accounting (Federação Internacional de
Contadores). Mas a quem interessava essa adaptação?

Para responder a essa pergunta, vamos imaginar o seguinte: você é um


mega investidor estrangeiro (se for mesmo, seja bem vindo ao nosso
curso, forasteiro, $$$$).

Ao procurar uma empresa brasileira para investir seus valiosos recursos,


você ficava sabendo que as demonstrações contábeis dessa empresa
brasileira haviam sido elaboradas “de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil”.

Bom, investidores (assim como concurseiros) não tem tempo a perder e,


ao invés de ficar tentando descobrir que práticas contábeis eram essas,
acabavam optando por investir seu dinheiro em outros países, dos quais
ele conhecia as tais das práticas contábeis adotadas.

Ou seja, uma padronização internacional seria benéfica a todas as


empresas brasileiras, em última análise.

Além disso, tanto o CFC como o Instituto dos Auditores Independentes do


Brasil – IBRACON – eram (e ainda são) membros associados do IFAC
e, dessa forma, entenderam como indispensável o processo de
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convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade aos padrões


internacionais.

Em 27 de novembro de 2009, o CFC publicou a Resolução nº. 1.203/09,


que aprovou a NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente e
a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria –,
revogando NBC T-11 e companhia.

Atualmente, as bancas de concursos já se adaptaram às novas normas,


embora eventualmente encontremos, em alguns editais, definições e
nomenclaturas mais antigas. Nosso curso está perfeitamente atualizado
às normas em vigor e à doutrina comumente utilizada na elaboração das
questões pela FBC.

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Mas afinal de contas, o que é Auditoria?

2. Conceito, objetivos e finalidades da Auditoria

2.1 Conceito

Escolher um conceito universal para Auditoria não é uma tarefa


simples. A maioria dos autores escreve sobre uma das diversas
especializações da matéria, e, no momento da definição, acaba
privilegiando a Auditoria Interna ou a Auditoria Externa (não se preocupe
com essa diferença, trataremos dela mais a frente).

Crepaldi (2010)1 afirma que se pode definir Auditoria, de forma bastante


simples, como o “levantamento, estudo e avaliação sistemática das
transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações
financeiras de uma entidade”.

Aprofundando a definição, podemos dizer que se trata de testar a


eficiência e a eficácia do controle patrimonial, sem nos limitarmos
aos aspectos contábeis do conceito. Por ser uma atividade crítica, em
sua essência, traduz-se na emissão de uma opinião sobre as
atividades verificadas.

Auditar é testar a eficiência e a eficácia do controle patrimonial,


não se limitando aos aspectos contábeis. Por ser uma atividade crítica,
traduz-se na emissão de uma opinião sobre as atividades
verificadas. 00000000000

Franco e Marra (2011)2 definem auditoria da seguinte forma:


“A auditoria compreende o exame de documentos, livros e
registros, inspeções e obtenção de informações e
confirmações, internas e externas, relacionadas com o
controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão
desses registros e das demonstrações contábeis deles
decorrentes”. (grifei)

1
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas,
2010.
2
FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

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Prosseguindo no conceito de Auditoria, vamos ver o que diz Sá (2000)3:


“A auditoria tanto na área pública quanto na área privada ́
uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e
eficácia do controle patrimonial, com o objetivo de atestar sua
validade sobre determinado dado.’’

Quanto ao termo auditor, a doutrina se divide em citar sua origem latina


– audire, audição, ouvinte – e a expressão inglesa to audit – examinar,
certificar. Em minhas aulas presenciais, gosto de explicar que auditar é
ouvir o administrador – aquele que detém a responsabilidade pela
administração do patrimônio alheio – para saber como é que ele está
agindo na condução de suas atividades, e se essa conduta está
alinhada com o que o proprietário espera dele.

Em linhas gerais, vamos mais uma vez nos remeter à obra de Franco e
Marra (2011) para definir o objeto da auditoria:
“conjunto de todos os elementos de controle do
patrimônio administrado, os quais compreendem registros
contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações
que comprovem a veracidade dos registros e a legitimidade
dos atos da administração, bem como sua sinceridade na
defesa dos interesses patrimoniais”. (grifei)

Daqui a pouco vamos nos concentrar nos detalhes. Mas antes de nos
aprofundarmos nos conceitos de Auditoria Privada, vamos definir qual a
natureza da Auditoria, com o auxílio dos conceitos constantes da obra
de Franco e Marra (2011):
“Contabilidade ́ a ciência – ou, segundo alguns, a técnica –
destinada a estudar e controlar o patrimônio das entidades,
do ponto de vista econômico e financeiro, observando seus
aspectos quantitativo e qualitativo e as variações por ele
sofridas, com o objetivo de fornecer informações sobre o
estado patrimonial e suas variações em determinado período.”
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Para atingir suas finalidades, a Contabilidade utiliza-se das seguintes


técnicas contábeis:
- Escrituração (registro dos fenômenos patrimoniais);
- Demonstrações (balanços e outras demonstrações);
- Auditoria; e
- Análise de balanços.

Assim, podemos concluir que a Auditoria tem a natureza de técnica


contábil utilizada pela Contabilidade para atingir seus objetivos, sendo
a Auditoria Contábil a técnica contábil cujo objetivo é emitir uma
opinião sobre as demonstrações contábeis (ou financeiras).

3
Ś, Antônio Lopes de. Curso de Auditoria. São Paulo: Atlas, 2000.

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2.2 Objetivo da Auditoria

Vamos buscar na doutrina uma generalização sobre o objetivo da


Auditoria, tendo em vista que, para cada tipo de Auditoria a ser estudado,
veremos objetivos específicos, de acordo com suas características.

Segundo Sá (2000), “o objetivo da auditoria, tanto nas entidades


públicas quanto privadas, não se resume a certificação da veracidade
das demonstrações contábeis, mas também a detecção das disfunções
do patrimônio, em decorrência de falhas na administração”.

Para nossas provas, é muito importante a informação de que, segundo o


disposto no item 3 da NBC TA 200, o objetivo da auditoria (das
demonstrações contábeis) é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado
mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório
financeiro aplicável.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. (CESPE/ANP/2013) Em relação ̀ natureza, campo de


atuação e noções básicas de auditoria interna e externa, julgue
os itens subsequentes. Com a evolução da atividade empresarial
e o crescimento da captação de recursos de terceiros, os
investidores precisam conhecer a posição financeira e
patrimonial das entidades, o que ocorre por meio do parecer
emitido pela auditoria interna das entidades a respeito da
00000000000

adequação das demonstrações contábeis.


Comentários:
A primeira parte da questão está correta, pois a evolução da
atividade empresarial e a necessidade de captação de recursos de
terceiros trouxe a necessidade de demonstrar aos usuários externos que
as empresas estavam em boa situação financeira.
Entretanto, a afirmação está incorreta na medida em que a
credibilidade dada à posição financeira da empresa é dada por meio do
relatório do auditor independente, e não da auditoria interna.
Gabarito: E

2. (CESPE/FUB-DF/2013) A função precípua da auditoria ́ a


detecção de fraudes com base nos registros contábeis e na

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documentação existente na entidade. A obtenção de informações
de terceiros e o caráter preventivo das ações realizadas pela
auditoria são o efeito residual e aleatório de sua atuação.
Comentários:
A detecção de fraudes e erros não é atividade precípua da
auditoria, ao contrário do que afirma a questão. O principal responsável
pela detecção de fraudes e erros nos registros contábeis da entidade é
da própria administração da entidade, conforme disposto no item 4 da
NBC TA 240 (vigente) estabelece que “a principal responsabilidade pela
prevenção e detecção da fraude ́ dos responsáveis pela governança da
entidade e da sua administração”.
Gabarito: E

3. Evolução da Auditoria

Esta parte da matéria é importante para um entendimento mais


abrangente do assunto, e essa visão vai auxiliá-lo na resolução das
questões, por meio de um raciocínio sistemático sobre os conceitos que
estamos apresentando. Portanto, não se preocupem em guardar datas,
instituições, etc.

A evolução da auditoria como técnica contábil sempre esteve ligada ao


atendimento de seu principal objetivo, que é a emissão de uma opinião
independente sobre a adequação das demonstrações contábeis/
financeiras aos Princípios de Contabilidade, às Normas Brasileiras de
Contabilidade, à legislação específica e, mais recentemente, à
estrutura de Relatório Financeiro Aplicável.

A doutrina não é pacífica quando trata da evolução da auditoria. E


não tem nada de estranho nisso. Ocorre que os autores, para
elaborarem uma linha do tempo da Auditoria, percorrem dezenas de
livros para pesquisa, e, obviamente, não utilizam as mesmas obras que
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outros. Assim, vamos nos pautar pela obra de William Attie (2010) para
traçar uma sequência lógica da evolução da auditoria, nos remetendo a
outros autores, quando necessário.

A Contabilidade foi a primeira disciplina desenvolvida para auxiliar


e informar o administrador, e podemos afirmar que a Auditoria é
uma especialização da Contabilidade, destinada a ser usada como
ferramenta de confirmação da própria Contabilidade.

O surgimento da Auditoria está ancorado na necessidade de


confirmação por parte dos investidores e proprietários quanto à
realidade econômico-financeira espelhada no patrimônio das

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empresas investidas. Tudo como fruto da evolução do sistema
capitalista.

Attie afirma ser desconhecida a data de início da atividade de auditoria,


mas cita alguns momentos marcantes para o desenvolvimento do
assunto, sendo o primeiro deles, a criação do cargo de auditor do
Tesouro, na Inglaterra, em 1314.

Em 1880, foi criada a Associação dos Contadores Públicos Certificados,


na Inglaterra, e em 1886, sua congênere nos Estados Unidos.

A partir daí, o ponto principal da evolução da auditoria foi a criação da


SEC – Security and Exchange Comission, em 1934, nos Estados Unidos,
quando a profissão de auditor assume sua importância, tendo em vista
que as empresas listadas em Bolsa de Valores foram obrigadas a se
utilizarem dos serviços de auditoria para dar mais credibilidade a suas
demonstrações financeiras.

No Brasil, a evolução da auditoria esteve primariamente relacionada


com a instalação de filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras, e a
consequente obrigatoriedade de se auditar suas demonstrações
contábeis. Resultado: a chegada ao país de empresas internacionais
de auditoria independente.

Com a evolução do mercado de capitais e a criação da Comissão de


Valores Mobiliários – CVM – e da Lei das Sociedades por Ações, em
1976, a atividade de auditoria tomou grande impulso, mas ainda
atrelada às empresas integrantes do mercado de capitais e do Sistema
Financeiro.

Quadro cronológico da evolução da auditoria

Datas Fatos
? Desconhecida a data de início da atividade de auditoria.
00000000000

1314 Criação do cargo de auditor do Tesouro na Inglaterra.


1559 Sistematização e estabelecimento da auditoria dos pagamentos a
servidores públicos pela Rainha Elizabeth I.
1880 Criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados, na
Inglaterra.
1886 Criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados, nos
Estados Unidos.
1894 Criação do Instituo Holandês de Contadores Públicos
1934 Criação do Security and Exchange Comission (SEC), nos Estados
Unidos.

Adaptado de “Auditoria – conceitos e aplicações – William Attie, 2010”.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

3. (CESPE/CGE-PI/2015) A auditoria, que inicialmente era


voltada para a prevenção de riscos, interpretação e orientação das
operações, hoje se ocupa da tecnologia de revisão dos registros
contábeis. Julgue Certo ou Errado.
Comentários:
No início, a auditoria se preocupava com os registros contábeis, ou
seja, se os registros estavam coerentes com as operações.
Posteriormente, a essa preocupação se somou a verificação da
legalidade.
Atualmente, além da verificação contábil e de legalidade, a auditoria
também verifica a eficiência, a eficácia e a economicidade das operações
da empresa ou órgão auditado e com a prevenção de riscos.
A questão inverteu a ordem lógica do desenvolvimento da auditoria.
Gabarito: E

4. (CESPE/AUGE-MG/2009) As influências que possibilitaram o


desenvolvimento da auditoria no Brasil não incluem
A) a disseminação de filiais e subsidiárias de empresas estrangeiras
B) o financiamento de empresas brasileiras por instituições
estrangeiras e internacionais
C) as limitadas circunstâncias de obrigatoriedade da auditoria
D) a expansão do mercado de capitais
E) a complexidade crescente da legislação tributária
Comentários:
Algumas questões de prova não necessitam de grande
conhecimento da matéria para sua resolução, pois a falta de lógica da
alternativa torna a afirmação incorreta. É o caso da letra C, que afirma
que, pela pouca obrigatoriedade da existência da auditoria no Brasil,
00000000000

esta se desenvolveu. Ora, a lógica sugere exatamente o contrário, pois


nesse caso, não haveria motivação para o crescimento da atividade no
país.
As demais alternativas constam da obra Auditoria – conceitos e
aplicações – de William Attie (2010, págs. 8 e 9), na qual o autor afirma
que as principais influências que possibilitaram o desenvolvimento da
auditoria no Brasil foram:
a) Filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras;
b) Financiamento de empresas brasileiras através de entidades
internacionais;
c) Crescimento das empresas brasileiras e necessidade de
descentralização e diversificação de suas atividades econômicas;
d) Evolução do mercado de capitais;

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e) Criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do
Brasil em 1972; e
f) Criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades
por Ações.
Gabarito: C

5. (CESPE/AUGE-MG/2009) Com relação às origens da


auditoria e seus tipos, assinale a opção correta.
A) O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das
empresas de captarem recursos de terceiros.
B) Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior
necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a
segurança, liquidez e rentabilidade de seus investimentos na empresa.
C) A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um
acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da
empresa.
D) A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência
do exame das transações da empresa em relação aos seus dirigentes.
E) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as
demonstrações contábeis que a empresa é obrigada a publicar.
Comentários:
O surgimento da Auditoria se deu num contexto de necessidade de
uma opinião independente para que pudesse existir a confiabilidade das
demonstrações contábeis pelos proprietários da empresa, representados
por seus acionistas. Uma das formas que uma empresa pode se utilizar
para captação de recursos de terceiros é por meio da negociação de
ações em Bolsa de Valores.
Assim, pode-se afirmar que a alternativa A está correta.
A letra B está incorreta, pois os sócios gerentes e acionistas
fundadores possuem mais informações do que os sócios minoritários,
que, dessa forma, necessitam do trabalho dos auditores independentes.
A letra C está incorreta por trazer um conceito de Auditoria
Interna. A letra D está incorreta por trazer um conceito de Auditoria
Externa. A letra E está incorreta por trazer um conceito de Auditoria
00000000000

Externa.
Gabarito: A

4. Normas de Auditoria independente

Normas de auditoria são as regras estabelecidas pelos órgãos


reguladores da profissão contábil, em todos os países, com o objetivo de
regulação e apresentação de diretrizes a serem seguidas por esses
profissionais no exercício de suas funções. Elas estabelecem os conceitos
básicos sobre as exigências em relação à pessoa do auditor, à
execução de seu trabalho e ao parecer que deverá por ele ser emitido
(Franco e Marra, 2011).

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Embora, na maioria das vezes, tenham um caráter de guia profissional,


acabam fixando limites nítidos de responsabilidades, além de orientar
o comportamento do auditor em relação a sua capacitação e ao controle
de qualidade dos trabalhos realizados.

No Brasil, desde 1972 temos normas de auditoria relacionadas a esses


objetivos, sendo que, atualmente, estão em vigor normas elaboradas pelo
Conselho Federal de Contabilidade – CFC – em conjunto com o Instituto
de Auditores Independentes do Brasil – IBRACON –, além da Comissão
de Valores Mobiliários – CVM –, do Banco Central do Brasil – BACEN – e
da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.

Vou apresentar algumas características das normas do CFC, por serem as


mais exigidas no nosso exame.

Como já vimos, até o ano de 2009, não havia dúvida sobre quais normas
estudar, em relação à auditoria independente, pois estava em vigor a NBC
T-11 (Resolução 820/97, Normas de Auditoria Independente das
Demonstrações Contábeis) e suas derivadas.

Entretanto, no final daquele ano houve a convergência dessas normas


brasileiras aos padrões internacionais de auditoria definidos pela IFAC –
International Federation of Accounting (Federação Internacional de
Contadores).

O IFAC é uma organização global da profissão contábil, que possui a


missão, segundo consta em sua página na internet, de contribuir para o
desenvolvimento, adoção e aplicação de normas internacionais de alta
00000000000

qualidade e orientação; além de contribuir para o desenvolvimento de


organizações e profissionais de contabilidade e para a utilização de
práticas de alta qualidade por contadores profissionais, dentre outras
(www.ifac.org – tradução livre).

As Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC – editadas pelo CFC devem


seguir os padrões internacionais e compreendem as normas
propriamente ditas, as Interpretações Técnicas e os Comunicados
Técnicos.

As normas de auditoria independente são aprovadas pelo CFC por


meio de Resoluções, e classificadas em normas profissionais (NBC
PA) e normas técnicas (NBC TA). Enquanto as NBC PA estabelecem

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regras e procedimentos de conduta a serem observados como
requisitos para o exercício profissional contábil, as NBC TA descrevem
conceitos doutrinários, princípios e procedimentos a serem aplicados
quando da realização dos trabalhos.

A Resolução CFC nº 1.328/11, de 18/03/11, que dispõe sobre a


Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, estabelece que as
Normas Brasileiras de Contabilidade se estruturam conforme se segue:
Normas Profissionais:

I – Geral – NBC PG – aplicadas indistintamente a todos os profissionais


de Contabilidade;

II – do Auditor Independente – NBC PA – aplicadas,


especificamente, aos contadores que atuam como auditores
independentes;

III – do Auditor Interno – NBC PI – aplicadas especificamente aos


contadores que atuam como auditores internos;

IV – do Perito – NBC PP – aplicadas especificamente aos contadores


que atuam como peritos contábeis.

Normas Técnicas:

I – Geral – NBC TG – são as Normas Brasileiras de Contabilidade


convergentes com as normas internacionais emitidas pelo International
Accounting Standards Board (IASB); e as Normas Brasileiras de
Contabilidade editadas por necessidades locais, sem equivalentes
internacionais;

II – do Setor Público – NBC TSP – são as Normas Brasileiras de


Contabilidade aplicadas ao Setor Público, convergentes com as Normas
Internacionais de Contabilidade para o Setor Público, emitidas pela
00000000000

International Federation of Accountants (IFAC); e as Normas Brasileiras


de Contabilidade aplicadas ao Setor Público editadas por necessidades
locais, sem equivalentes internacionais;

III – de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica


– NBC TA – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à
Auditoria convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria
Independente, emitidas pelo IFAC;

IV – de Revisão de Informação Contábil Histórica – NBC TR – são


as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Revisão convergentes
com as Normas Internacionais de Revisão emitidas pela IFAC;

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– de Asseguração de Informação Não Histórica – NBC TO – são as
Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Asseguração
convergentes com as Normas Internacionais de Asseguração emitidas
pela IFAC;

V de Serviço Correlato – NBC TSC – são as Normas Brasileiras de


Contabilidade aplicadas aos Serviços Correlatos convergentes com as
Normas Internacionais para Serviços Correlatos emitidas pela IFAC;

VI – de Auditoria Interna – NBC TI – são as Normas Brasileiras


de Contabilidade aplicáveis aos trabalhos de Auditoria Interna;

VII – de Perícia – NBC TP – são as Normas Brasileiras de


Contabilidade aplicáveis aos trabalhos de Perícia;

VIII – de Auditoria Governamental – NBC TAG – são as Normas


Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria Governamental
convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Governamental
emitidas pela Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras
Superiores (INTOSAI).

Para tentar ilustrar melhor, apresentamos a seguir um quadro-resumo das


normas. As principais para a nossa disciplina são as NBC TA, NBC PA, NBC
TI e NBC PI, marcadas de vermelho nas definições anteriores.

Entretanto, costuma surgir a seguinte dúvida: a adoção dessas normas


é obrigatória?

Sim. De acordo com a própria Resolução CFC nº 1.328/11, a


inobservância às NBC constitui infração disciplinar sujeita às
penalidades previstas no Decreto-Lei n.º 9.295/46, alterado pela Lei n.º
12.249/10, e ao Código de Ética Profissional do Contador.

00000000000

Fonte: IBRACON

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De forma simplificada, podemos dizer que as Normas Brasileiras de


Contabilidade são classificadas em Normas Técnicas e Profissionais,
e compreendem:
- Código de Ética Profissional do Contabilista;
- Normas de Contabilidade;
- Normas de Auditoria Independente e de Asseguração;
- Normas de Auditoria Interna; e
- Normas de Perícia.

Em 27 de novembro de 2009, o CFC publicou a Resolução nº. 1.203/09,


que aprovou a NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente e
a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria –,
revogando NBC T-11 e suas derivadas. Essa NBC TA ́ chamada de “mãe”
de todas as outras normas. Por isso, para aqueles que têm tempo e
querem dar uma lida nessas normas, sugerimos começar por ela.

As principais normas podem ser obtidas na íntegra no site do CFC, no


seguinte link: <http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/Default.aspx>

As práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados,


desde que atendam à NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL do CFC, em
consonância com as normas contábeis internacionais, podem ser
utilizadas pelo auditor, pois fazem parte das práticas contábeis
brasileiras, e não necessitam estar formalizadas, desde que atendam à
NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL do CFC.

No decorrer das aulas, conforme nos aprofundamos nos assuntos


constantes do edital, vamos tratando das normas relacionadas.
00000000000

Pessoal, em relação aos principais grupos usuários das


demonstrações contábeis, vamos nos remeter à Resolução CFC nº
1.121/08, que aprovou a NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura
Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações
Contábeis

Segundo a norma, entre os usuários das demonstrações contábeis


incluem-se investidores atuais e potenciais, empregados, credores por
empréstimos, fornecedores e outros credores comerciais, clientes,
governos e suas agências e o público, que usam as demonstrações
contábeis para satisfazer algumas das suas diversas necessidades de
informação. Essas necessidades incluem:

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a) Investidores. Os provedores de capital de risco e seus analistas que


se preocupam com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele
produz. Eles necessitam de informações para ajudá-los a decidir se devem
comprar, manter ou vender investimentos. Os acionistas também estão
interessados em informações que os habilitem a avaliar se a entidade tem
capacidade de pagar dividendos.

b) Empregados. Os empregados e seus representantes estão


interessados em informações sobre a estabilidade e a lucratividade de
seus empregadores, e por informações que lhes permitam avaliar a
capacidade que tem a entidade de prover sua remuneração, seus
benefícios de aposentadoria e suas oportunidades de emprego.

c) Credores por empréstimos. Estes estão interessados em informações


que lhes permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus
empréstimos e os correspondentes juros no vencimento.

d) Fornecedores e outros credores comerciais. Os fornecedores e


outros credores estão interessados em informações que lhes permitam
avaliar se as importâncias que lhes são devidas serão pagas nos
respectivos vencimentos. Os credores comerciais provavelmente estão
interessados em uma entidade por um período menor do que os credores
por empréstimos, a não ser que dependam da continuidade da entidade
como um cliente importante.

e) Clientes. Os clientes têm interesse em informações sobre a


continuidade operacional da entidade, especialmente quando têm um
relacionamento a longo prazo com ela, ou dela dependem como
fornecedor importante.

f) Governo e suas agências. Os governos e suas agências estão


interessados na destinação de recursos e, portanto, nas atividades das
entidades. Necessitam também de informações a fim de regulamentar as
00000000000

atividades das entidades, estabelecer políticas fiscais e servir de base para


determinar a renda nacional e estatísticas semelhantes.

g) Público. As entidades afetam o público de diversas maneiras. Elas


podem, por exemplo, fazer contribuição substancial à economia local de
vários modos, inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores
locais. As demonstrações contábeis podem ajudar o público fornecendo
informações sobre a evolução do desempenho da entidade e os
desenvolvimentos recentes.

Embora nem todas as necessidades de informações desses usuários


possam ser satisfeitas pelas demonstrações contábeis, há necessidades
que são comuns a todos os usuários. Como os investidores contribuem
com o capital de risco para a entidade, o fornecimento de demonstrações

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contábeis que atendam às suas necessidades também atenderá à maior
parte das necessidades de informação de outros usuários.

A Administração da entidade tem a responsabilidade primária pela


preparação e apresentação das suas demonstrações contábeis. A
Administração também está interessada nas informações contidas nas
demonstrações contábeis, embora tenha acesso a informações adicionais
que contribuem para o desempenho das suas responsabilidades de
planejamento, tomada de decisões e controle.

A Administração tem o poder de estabelecer a forma e o conteúdo de tais


informações adicionais a fim de atender às suas próprias necessidades. A
forma de divulgação de tais informações, entretanto, está fora do alcance
desta Estrutura Conceitual.

Assim, podemos concluir que as demonstrações contábeis divulgadas são


baseadas em informações utilizadas pela Administração sobre a posição
patrimonial e financeira, o desempenho e as mutações na posição
financeira da entidade.

A Administração da entidade tem a responsabilidade primária pela


preparação e apresentação das suas demonstrações contábeis.

O Auditor tem a responsabilidade de emitir uma opinião sobre a


adequação dessas demonstrações contábeis à estrutura de Relatório
Financeiro Aplicável.

Professor, eu preciso decorar todas essas normas?


00000000000

R: Pessoal, de vez em quando recebo essa pergunta no fórum de


dúvidas, e já vou adiantando qual é a minha opinião, como professor.

Seria muito mais simples, para mim, relacionar as normas tratadas nas
aulas e pedir para vocês as decorarem, ou então transcrevê-las no corpo
das aulas e considerar “missão cumprida”.

Entretanto, minha sugestão de não tentar decorar as normas de


auditoria se deve basicamente ao princípio do custo x benefício.

Primeiro, porque vocês não têm apenas as normas de auditoria para


decorar, mas também as das outras disciplinas.

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Em segundo lugar, como vocês já podem ter observado, as normas de
auditoria são extensas, escritas de forma pouco didática. Por isso, o
tempo a ser destinado a decorá-las não se justificaria, a fim de
resolvermos poucas questões do exame.

Por outro lado, embora algumas questões sejam cobradas de forma


literal, nos comentários de diversas questões vou fazer referência ao
que foi tratado nas aulas, sem a necessidade de recorrermos à
literalidade das normas.

Como virão nossas questões não sabemos, mas acredito


sinceramente que nossos alunos estarão bem preparados. Caso cobrem
alguma informação de rodapé, nem mesmo quem tentou decorar tudo
das normas vai acertar a questão.

Vocês estarão fazendo a sua parte, tentem ir para a prova tranquilos.

5. NBC TA - ESTRUTURA CONCEITUAL

Antes de focarmos no objetivo maior da nossa matéria, faz-se necessário


explicar alguns pontos da NBC TA – ESTRUTURAL CONCEITUAL, que trata
dos trabalhos de asseguração executados por auditores independentes.
Ela proporciona orientação e referência para auditores independentes e
para outros envolvidos em trabalhos de asseguração, como aqueles que
contratam um auditor independente. Mas o que seria “essa tal” de
Asseguração?

5.1 Definição e objetivo do trabalho de asseguração

“Trabalho de asseguração” significa um “trabalho no qual o auditor


independente visa obter evidências apropriadas e suficientes para
expressar sua conclusão, de forma a aumentar o grau de confiança
00000000000

dos usuários previstos sobre o resultado da mensuração ou avaliação


do objeto, de acordo com os critérios que sejam aplicáveis”. (grifei)

Segundo esta Estrutura Conceitual, existem dois tipos de trabalhos de


asseguração cuja execução é permitida ao auditor independente:

a) Trabalho de Asseguração Razoável: o objetivo do trabalho de


asseguração razoável é reduzir o risco do trabalho de asseguração
a um nível aceitavelmente baixo, considerando as circunstâncias
do trabalho como base para uma forma positiva de expressão da
conclusão do auditor independente. Ex.: Auditoria.

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Esse é o tipo de asseguração que interessa pra nossa matéria!

b) Trabalho de Asseguração Limitada: é o de reduzir o risco de


trabalho de asseguração a um nível que seja aceitável,
considerando as circunstâncias do trabalho, mas em que o risco
seja maior do que no trabalho de asseguração razoável,
como base para uma forma negativa de expressão da conclusão
do auditor independente. Ex.: Revisão.

Cuidado! Nem todos os trabalhos executados por auditores


independentes são trabalhos de asseguração. O exemplo clássico de um
trabalho que o auditor independente executa, mas que não é de
asseguração, é a Consultoria.

Além dessa distinção, a norma distingue o trabalho de atestação do


trabalho direto, da seguinte forma.

No trabalho de atestação, o profissional, que não seja o auditor


independente, deve mensurar ou avaliar o objeto de acordo com os
critérios aplicáveis. O referido profissional também deve apresentar,
frequentemente, a informação resultante do objeto no relatório ou
afirmação.

Em alguns casos, contudo, a informação do objeto pode ser apresentada


pelo auditor independente no relatório de asseguração. A conclusão do
auditor deve mencionar se a informação do objeto está livre de distorções
relevantes.

No trabalho direto, o auditor deve mensurar ou avaliar o objeto de


acordo com os critérios aplicáveis. Adicionalmente, o auditor deve aplicar
as habilidades e técnicas de asseguração para obter evidências
apropriadas e suficientes sobre o resultado da mensuração ou avaliação
do objeto, de acordo com os critérios aplicáveis.
00000000000

O auditor independente pode obter essa evidência simultaneamente com a


mensuração ou avaliação do objeto, mas também pode obtê-la antes ou
após tal mensuração ou avaliação.

No trabalho direto, a conclusão do auditor independente deve mencionar


se o resultado reportado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo
com os critérios, é redigido nos termos do objeto e dos critérios. Em
alguns trabalhos diretos, a conclusão do auditor independente é a
informação do objeto ou é parte da informação do objeto.

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Asseguração
Razoável
Trabalhos de (Auditoria)
Asseguração Asseguração
Auditor Limitada
Independente (Revisão)

Outros Trabalhos (Consultoria)

5.2 Precondições para trabalho de asseguração

As seguintes precondições para trabalho de asseguração são relevantes


para aceitação e continuidade:
(a) as funções e as responsabilidades das partes apropriadas
(ou seja, parte responsável, mensurador ou avaliador e
contratante, conforme apropriado) são adequadas às
circunstâncias; e
(b) o trabalho apresenta todas as seguintes características:
(i) o objeto é apropriado;
(ii) os critérios que o auditor independente espera que sejam
aplicados na elaboração da informação do objeto são
apropriados às circunstâncias do trabalho;
(iii) os critérios que o auditor independente espera que sejam
aplicados na elaboração da informação do objeto estarão
disponíveis aos usuários previstos;
00000000000

(iv) o auditor independente espera ser capaz de obter a evidência


necessária para fundamentar a sua conclusão;
(v) a conclusão do auditor independente, na forma apropriada
tanto para o trabalho de asseguração razoável quanto para o
trabalho de asseguração limitada, será incluída no relatório; e
(vi) um propósito racional incluindo, no caso de trabalho de
asseguração limitada, que o auditor independente espera ser
capaz de obter nível apropriado de segurança.

Os objetos de diferentes tipos de trabalhos de asseguração podem variar


muito. Alguns objetos podem requerer conhecimentos e habilidades
especializados, além daqueles que o auditor independente normalmente

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possui. É importante, contudo, que o auditor esteja convencido que a
equipe que irá realizar o trabalho possua capacidade e competências
apropriadas.

Quando um trabalho em potencial não pode ser aceito como trabalho de


asseguração, a parte contratante pode ser capaz de identificar um
trabalho diferente que irá atender às necessidades dos usuários previstos.

Tendo sido aceito, não é apropriado alterar o trabalho de asseguração


para um que não seja de asseguração, ou o trabalho de asseguração
razoável para um de asseguração limitada, sem a justificativa razoável.

Se tal alteração for feita (de forma justificada), as evidências que foram
obtidas previamente não devem ser descartadas. A impossibilidade de
obter evidências apropriadas e suficientes para formar uma conclusão de
asseguração razoável não é razão aceitável para se alterar o trabalho de
asseguração razoável para um trabalho de asseguração limitada.

5.3 Elementos do trabalho de asseguração

Os seguintes elementos do trabalho de asseguração são discutidos na


NBC TA:
(a) relação de três partes envolvendo o auditor independente, a
parte responsável e os usuários previstos;
(b) objeto apropriado;
(c) critérios aplicáveis;
(d) evidências apropriadas e suficientes; e
(e) relatório de asseguração escrito no formato apropriado ao
trabalho de asseguração razoável ou de asseguração limitada.

00000000000

São elementos de um trabalho de asseguração:


- relação de três partes envolvendo o auditor independente, a parte
responsável e os usuários previstos;
- objeto apropriado;
- critérios aplicáveis;
- evidências apropriadas e suficientes; e
- relatório de asseguração escrito no formato apropriado ao trabalho de
asseguração razoável ou de asseguração limitada.

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5.4 Relacionamento entre três partes

Os trabalhos de asseguração envolvem três partes distintas:

a) O auditor independente
b) A parte responsável
É a pessoa (ou as pessoas) que é responsável pelo objeto do
trabalho. Ex.: O auditor é contratado para opinar sobre as
demonstrações contábeis. O responsável por sua elaboração é a
empresa contratante (auditada). Dessa forma, a parte
responsável é a empresa.
c) Os usuários previstos
São a pessoa, as pessoas ou o grupo de pessoas para quem o
auditor independente submete seu relatório de asseguração. A
parte responsável pode ser um dos usuários previstos, mas não
pode ser o único.

A parte responsável e os usuários previstos podem ser de diferentes


entidades ou da mesma entidade. Um exemplo dessa segunda situação,
na estrutura de administração dualista, o Conselho de Administração
pode procurar asseguração acerca da informação proporcionada pela
Diretoria Executiva da entidade.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

6. (FGV/TCM-SP/2015) Ao elaborar um contrato com uma


empresa de auditoria independente, a entidade que seria
auditada pela primeira vez incluiu no contrato uma cláusula
acerca do trabalho a ser feito. A cláusula mencionava que, após
o trabalho, o parecer deveria assegurar de forma incontestável
00000000000

que as demonstrações contábeis estão livres de distorção


relevante devido a fraude ou erro. Essa cláusula é considerada
inadequada em decorrência do (a):
a) limitação do escopo da auditoria;
b) limitação inerente à auditoria;
c) risco de distorção relevante;
d) risco de controle;
e) risco inerente.
Comentários:
Sempre haverá um risco de auditoria, tendo em vista que esta se
realiza por meio de testes e amostragem, além de haver a possibilidade
de erro de seus executores.
O auditor não pode (e não deve) assegurar “de forma

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incontestável” que as demonstrações estão livres de distorção relevante,
mas apenas fornecer uma asseguração razoável.
Gabarito: B

5.5 Objeto

O objeto e a informação sobre o objeto de trabalho de asseguração


podem tomar várias formas, como:

 Desempenho ou condições financeiras (por exemplo, posição


patrimonial e financeira histórica ou prospectiva, desempenho das
operações e fluxos de caixa) para os quais a informação sobre o
objeto pode ser o reconhecimento, a mensuração, a apresentação
e a divulgação nas demonstrações contábeis;
 Desempenho ou condições não financeiras (por exemplo,
desempenho da entidade) para os quais a informação sobre o
objeto pode ser o principal indicador de eficiência e eficácia;
 Características físicas (por exemplo, capacidade de instalação)
para os quais a informação sobre o objeto pode ser um documento
de especificações;
 Sistemas e processos (por exemplo, o controle interno da
entidade ou o sistema de tecnologia da informação) para os quais
a informação sobre o objeto pode ser uma afirmação acerca da sua
eficácia;
 O comportamento (por exemplo, governança corporativa da
entidade, conformidade com regulamentação, práticas de recursos
humanos) para o qual a informação sobre o objeto pode ser uma
declaração de conformidade ou uma declaração de eficácia.

5.6 Critérios

Critérios são os pontos de referência (benchmarks) usados para avaliar


ou mensurar o objeto, incluindo, sempre que relevante, as referências
00000000000

para a apresentação e a divulgação.

Os critérios podem ser formais. Ex.: Na elaboração de demonstrações


contábeis, os critérios podem ser as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Quando tratarem de controle interno, os critérios podem ser a estrutura


conceitual estabelecida de controle interno, ou objetivos de controle
individual especificamente planejados para o trabalho.

Quando se relatar sobre conformidade, os critérios podem estar


relacionados com lei, regulamento ou contrato.

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Exemplos de critérios menos formais: código de conduta desenvolvido
internamente (como o número de vezes que se espera que determinado
comitê se reúna durante o ano) ou nível acordado de desempenho.

5.7 Relatório de Asseguração

Em trabalho de asseguração razoável, o auditor independente expressa


a conclusão de forma positiva, por exemplo:

“Em nossa opinião, os controles internos são eficazes, em todos os


aspectos relevantes, de acordo com os critérios XYZ”.

Esta forma de expressão conduz à “asseguração razoável”. Tendo


executado procedimentos de obtenção de evidência de natureza, época e
extensão que foram razoáveis, dadas as características do objeto e outras
circunstâncias relevantes do trabalho descritas no relatório de
asseguração, o auditor independente obteve evidência apropriada e
suficiente para reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível
aceitavelmente baixo. Esta é a forma de conclusão no Relatório de
Auditoria Independente.

Já em trabalho de asseguração limitada, o auditor independente expressa


a conclusão de forma negativa, por exemplo:

“Com base em nosso trabalho, descrito neste relatório, não temos


conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que os controles
internos não são eficazes, em todos os aspectos relevantes, de acordo
com os critérios XYZ”.

Esta forma de expressão conduz a um nível de “asseguração limitada”


que é proporcional ao nível dos procedimentos de obtenção de evidência
aplicados pelo auditor independente, dadas as características do objeto e
outras circunstâncias do trabalho descritas no relatório de asseguração.
00000000000

- Auditoria é espécie do gênero Asseguração.


- O Auditor Independente não realiza apenas trabalhos de
Asseguração.
- Em trabalhos de Asseguração, são 03 (três) as partes
envolvidas: auditor, responsável e usuários.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

7. (FGV/TCM-SP/2015) De acordo com a NBC TA que trata da


estrutura conceitual para trabalhos de asseguração, nesses
trabalhos o auditor independente expressa uma conclusão com a
finalidade de aumentar o grau de confiança dos outros usuários
previstos acerca do resultado de avaliações ou mensurações
efetuadas. O trabalho de asseguração requer a consideração de
alguns elementos. Das opções a seguir, a que NÃO constitui um
dos elementos do trabalho de asseguração é:
a) critérios adequados;
b) evidências apropriadas e suficientes;
c) objeto apropriado;
d) relatório de asseguração escrito na forma apropriada;
e) relacionamento entre, pelo menos, duas partes (contratante e
auditor).
Comentários:
Como vimos no decorrer da aula, segundo a NBC TA – Estrutura
Conceitual, os trabalhos de asseguração envolvem três partes
distintas: o auditor independente, a parte responsável e os usuários
previstos. Portanto, a alternativa E está incorreta.
As demais estão coerentes com o disposto na norma nessa norma.
Gabarito: E

8. (CESPE/DPF/2013) - É licita e aceitável a realização de


trabalhos por auditores independentes que não estejam em
conformidade com as Normas Brasileiras de Contabilidade –
Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração (NBC – TA).
Julgue CERTO ou ERRADO. 00000000000

Comentários:
Os auditores independentes também podem realizar trabalhos
que não sejam de Asseguração, como consultoria, por exemplo. Nesses
trabalhos, não é necessário o atendimento da NBC TA – Estrutura
Conceitual.
Gabarito: C

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6. Normas Profissionais - Requisitos Profissionais

6.1 Ética Profissional

De acordo com o dicionário online Michaelis, ética é o conjunto de


princípios morais que se devem observar no exercício de uma
profissão.

Ou seja, não estamos falando em conceitos técnicos, nem do


cumprimento de leis e normas, mas de princípios morais. Dessa forma,
determinada atitude profissional pode até cumprir todos os requisitos
legais, mas não ser aceitável, do ponto de vista ético (moral).

Para entendermos um pouco mais esse conceito, vamos voltar um pouco


no tempo. No início dos anos 2000, foram descobertas manipulações
contábeis em uma das empresas mais importantes dos Estados Unidos, a
operadora de commodities de gás natural ENRON. De acordo com
Borgerth (2007), sob a investigação da SEC (Securities and Exchange
Comission), a empresa admitiu ter inflado seus lucros em
aproximadamente US$ 600 milhões nos quatro anos anteriores.

Não vamos nos aprofundar no mecanismo utilizado para a manipulação,


mas o que importa e que ficou evidenciado que o comportamento dos
advogados, dos analistas de mercado e dos auditores independentes
da empresa também se caracterizou pela falta de ética.

Para vocês terem uma ideia do estrago, na época, a indicação de


“compra” de ações da empresa era quase unânime. Com o escândalo,
ocorreu o desequilíbrio do mercado, com os acionistas buscando vender as
ações o mais rápido possível, os preços caindo, e o desespero se
instalando.
A empresa de auditoria independente – Arthur Andersen, uma das big five
na época – não se recuperou mais. No Brasil, por exemplo, era a segunda
00000000000

em volume de negócios. Hoje em dia, consideramos apenas as big four


(PWC, Deloitte, KPMG e Ernst & Young).

E os escândalos não pararam na ENRON. Foram descobertas outras


manipulações na Worldcom, Xerox, Bristol-Myers Squibb, Merck, Tyco,
Imclone systems, Parmalat (Itália).

Grande parte das alterações promovidas para “mascarar” as


demonstrações contábeis foram realizadas dentro dos princípios legais,
por meio de brechas na legislação. Ações em conformidade com a lei,
mas eticamente criticáveis.

Viram como a falta de ética pode prejudicar um grande número de


empresas e investidores?

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Nesse ponto, cabe destacar que tanto faz o objetivo da realização de uma
ação contrária à ética: não importa se em proveito pessoal ou da empresa
(a chamada “boa intenção”). A ética deve ser seguida de forma
inflexível, e deve permear todas as relações internas e externas. É uma
postura essencial.

Como já dissemos, nem sempre a atitude do gestor é ilegal, mas pode ser
pouco ética, o que vai prejudicar a imagem da Companhia frente ao
Mercado.

A Resolução CFC nº 803/96 aprovou o Código de Ética Profissional do


Contador – CEPC, que tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem
conduzir os Profissionais da Contabilidade, quando no exercício
profissional e nos assuntos relacionados à profissão e à classe.

De acordo com o referido Código, são deveres do Profissional da


Contabilidade, e consequentemente do auditor independente, dentre
outros:

 Exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e


capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em
especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras
de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes
e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência
profissionais; (ZELO, INTEGRIDADE E COMPETÊNCIA)

 Guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício


profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público,
ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por

autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de


Contabilidade; (CONFIDENCIALIDADE)
00000000000

 Inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião


sobre qualquer caso; (EFICIÊNCIA)

 Renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de


confiança por parte do cliente ou empregador, a quem deverá
notificar com trinta dias de antecedência, zelando, contudo, para
que os interesse dos mesmos não sejam prejudicados, evitando
declarações públicas sobre os motivos da renúncia;
(CREDIBILIDADE)

 Cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada


estabelecidos pelo CFC; (QUALIDADE)

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Segundo o Código de Ética, o Contador na função de perito, assistente
técnico, auditor ou árbitro, deverá:

 Recusar sua indicação quando reconheça não se achar


capacitado em face da especialização requerida;
 Abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria
que constitui objeto de perícia, mantendo absoluta
independência moral e técnica na elaboração do respectivo
laudo;
 Abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua
convicção pessoal sobre os direitos de quaisquer das partes
interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo,
mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado aos quesitos
propostos;
 Considerar com imparcialidade o pensamento exposto em
laudo submetido à sua apreciação;
 Mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em
condições de exercer efeito sobre peças contábeis objeto de seu
trabalho;
 Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem
estar
suficientemente informado e munido de documentos;
 Assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que
concerne à aplicação dos Princípios de Contabilidade e NBC
editadas pelo CFC;
 Considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar
laudos sobre peças contábeis, observando as restrições das NBC
editadas pelo CFC;
 Atender à Fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade
e Conselho Federal de Contabilidade no sentido de colocar à
disposição desses, sempre que solicitado, papéis de trabalho,
relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram
a execução do seu trabalho.
00000000000

De acordo com Attie (2010), a função da auditoria deve ser exercida em


caráter de entendimento e o trabalho executado deve merecer toda a
credibilidade possível, não podendo existir qualquer sombra de dúvida
quanto à honestidade e aos padrões morais do auditor.

Para o autor, a profissão de auditoria exige a obediência aos princípios


éticos profissionais, que fundamentalmente se apoiam em
independência, integridade, eficiência e confidencialidade.

Já a NBC TA 200 informa que os princípios fundamentais de ética


profissional relevantes para o auditor quando da condução de auditoria de
demonstrações contábeis estão implícitos no Código de Ética Profissional
do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade.

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Esses princípios estão em linha com os princípios do Código de Ética do


IFAC, cujo cumprimento é exigido dos auditores:

Competência e
Integridade Zelo Objetividade
Profissional

Comportamento
Confidencialidade (Conduta)
Profissional

6.2 Integridade

De acordo com Attie (2010), o auditor deve ser íntegro em todos os seus
compromissos, que envolvam:

 A empresa auditada quanto às suas exposições e opiniões,


exercício de seu trabalho e os serviços e honorários
profissionais;

 O público em geral e pessoas interessadas na opinião emitida


pelo auditor independente, transmitindo validade e certificando
a veracidade das informações contidas nas demonstrações
contábeis ou de exposições quando não refletidas a realidade
em tais demonstrações;

 A entidade de classe a qual pertença, sendo leal quanto à


concorrência dos serviços junto a terceiros, não concessão de
benefícios financeiros ou aviltando honorários, colocando em
00000000000

risco os objetivos do trabalho.

A integridade constitui o valor central da ética do auditor, obrigado a


cumprir normas elevadas de conduta de honestidade e imparcialidade
durante seu trabalho e em suas relações com o pessoal das entidades
auditadas. A percepção da integridade dos auditores é que faz com que a
confiança da sociedade seja preservada.

Pode ser medida em função do que é correto e justo, e exige que os


auditores ajustem-se tanto à forma quanto ao espírito das normas de
auditoria e de ética.

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Exige também que os auditores ajustem-se aos princípios de


objetividade (ou imparcialidade) e independência, mantenham normas
acertadas de conduta profissional, tomem decisões de acordo com o
Interesse Público, e apliquem um critério de honestidade absoluta na
realização de seu trabalho.

Integridade: valor central da ética do auditor, pode ser medida


em função do que é correto e justo, exigindo que os auditores
ajustem-se tanto à forma quanto ao espírito das normas de auditoria e
de ética.
A percepção da integridade dos auditores é que faz com que a
confiança da sociedade em seu trabalho seja preservada.

6.3 Eficiência

Em relação à ética profissional, a eficiência é considerada como o


atributo segundo o qual o serviço de auditoria independente precisa ser
estabelecido conforme padrões técnicos adequados.

Conforme vimos acima, o auditor deve inteirar-se de todas as


circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso, visando
principalmente a manutenção da credibilidade por parte dos usuários
da informação produzida. Seus relatórios e pareceres devem atender aos
objetivos da auditoria.
00000000000

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

9. (FGV/CGE-MA/2014) As alternativas a seguir apresentam


princípios fundamentais do Código de Ética Profissional do
Contabilista, quando da condução de auditoria de demonstrações
contábeis, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Integridade.
b) Objetividade.
c) Competência e zelo profissional.

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d) Confidencialidade.
e) Compromisso comportamental.
Comentários:
Compromisso comportamental (letra E) não se refere a um
princípio fundamental do Código de Ética. Cuidado para não confundir,
pois o princípio que está faltando é Comportamento Profissional.
Gabarito: E

6.4 Independência

A Resolução CFC nº 1.311/10 aprovou a NBC PA 290, que trata da


Independência, estabelecendo condições e procedimentos para
cumprimento dos requisitos de independência profissional do auditor.

Segundo a referida norma, os conceitos sobre a independência devem


ser aplicados por auditores para:

Identificar ameaças à independência

Avaliar a importância das ameaças identificadas

Aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças


ou reduzi-las a um nível aceitável

Quando o auditor avalia que salvaguardas apropriadas não estão


disponíveis ou não podem ser aplicadas para eliminar as ameaças ou
reduzi-las a um nível aceitável, o auditor deve eliminar a
circunstância ou relacionamento que cria as ameaças, declinar ou
00000000000

descontinuar o trabalho de auditoria. O auditor deve usar julgamento


profissional ao aplicar estes conceitos sobre a independência.

Em suma, Independência é a capacidade que a entidade de auditoria


tem de julgar e atuar com integridade e objetividade, permitindo a
emissão de relatórios imparciais em relação à entidade auditada, aos
acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos cooperados e a todas as demais
partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho.

Um aspecto interessante quanto à independência, que é tratado na


norma, é que não basta ser independente, sendo necessário parecer ser
independente, já que a independência compreende:

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a) independência de pensamento - Postura que permite a
apresentação de conclusão que não sofra efeitos de influências que
comprometam o julgamento profissional, permitindo que a pessoa
atue com integridade, objetividade e ceticismo profissional.

b) aparência de independência - evitar fatos e circunstâncias


significativos a ponto de um terceiro bem informado, tendo
conhecimento de todas as informações pertinentes, incluindo as
salvaguardas aplicadas, concluir dentro do razoável que a
integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da entidade
de auditoria ou de membro da equipe de auditoria ficaram
comprometidos.

Não basta ser independente, é necessário parecer ser


independente, já que a independência exige:
a) independência de pensamento; e
b) aparência de independência.

Das diversas situações que podem caracterizar a perda de


independência da entidade de auditoria em relação à entidade auditada,
chamo sua atenção para duas, que são mais exploradas pelas bancas:

 Vínculos empregatícios ou similares por administradores,


executivos ou empregados da entidade auditada, mantidos
anteriormente com a entidade de auditoria. Nesse ponto, a NBC PA 290
estabelece que “a independência em relação ao cliente de auditoria é
requerida durante o período de contratação e o período coberto pelas
00000000000

demonstrações contábeis. O período de contratação começa quando a


equipe de auditoria começa a executar serviços de auditoria. O período
de contratação termina quando o relatório de auditoria é emitido”.

 Membros da entidade de auditoria que, anteriormente, eram


administradores, executivos ou empregados da entidade auditada.
Nesse ponto, a NBC PA 290 estabelece que:

“Durante o período coberto pelo relatório de auditoria, se um


membro da equipe de auditoria desempenhou a função de
conselheiro ou diretor do cliente de auditoria, ou foi empregado
em cargo que exerce influência significativa sobre a elaboração
dos registros contábeis do cliente ou das demonstrações

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contábeis sobre as quais a firma emitirá relatório de auditoria,
a ameaça criada seria tão significativa que nenhuma
salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável.”

A NBC PA 290 considera as seguintes categorias que podem gerar


ameaça à independência:

Ameaça de É a ameaça de que interesse financeiro ou outro


interesse interesse influenciará de forma não apropriada o
próprio julgamento ou o comportamento do auditor.
É a ameaça de que o auditor não avaliará
Ameaça de apropriadamente os resultados de julgamento dado ou
autorrevisão serviço prestado anteriormente por ele nos quais o
auditor confiará para formar um julgamento como
parte da prestação do serviço atual.
Ameaça de É a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá
defesa de a posição de seu cliente a ponto em que a sua
interesse do objetividade fique comprometida.
cliente
É a ameaça de que, devido ao relacionamento longo
Ameaça de ou próximo com o cliente, o auditor tornar-se-á
familiaridade solidário aos interesses dele ou aceitará seu trabalho
sem muito questionamento.
É a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir
Ameaça de objetivamente em decorrência de pressões reais ou
intimidação aparentes, incluindo tentativas de exercer influência
indevida sobre o auditor.

Quando são identificadas ameaças, exceto aquelas, claramente,


insignificantes, devem ser definidas e aplicadas salvaguardas
adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível
aceitável. Essa decisão deve ser documentada. A natureza das
00000000000

salvaguardas a aplicar varia conforme as circunstâncias.

Já o Código de Ética do Contabilista prescreve que, no desempenho de


suas funções, é vedado ao Profissional da Contabilidade renunciar à
liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou
imposições que possam prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho.

A NBC PA 01, que trata do Controle de Qualidade para Firmas


(Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes determina a
necessidade de implementação e a manutenção de políticas e
procedimentos de supervisão e controle interno de qualidade que
forneçam segurança razoável do cumprimento das normas
profissionais, regulatórias e legais, particularmente, nesse caso, quanto

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à necessária independência do auditor, exigindo uma declaração individual
dos profissionais da entidade de auditoria da existência, ou não, das
seguintes questões relacionadas a entidades auditadas:

 Interesses financeiros;
 Operações de créditos e garantias;
 Relacionamentos comerciais relevantes estreitos com a entidade
auditada;
 Relacionamentos familiares e pessoais; e
 Membros da entidade de auditoria que já foram
administradores, executivos ou empregados da entidade
auditada.

Assim, podemos concluir que a independência do auditor está


intimamente ligada não apenas à ética profissional, mas também à
qualidade das auditorias realizadas.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

10. (CESPE/DPU/2016) Com base nas normas brasileiras para o


exercício e a execução de trabalho da auditoria interna, julgue os
itens subsequentes. Recomenda-se que haja uma relação pessoal
entre o auditor interno e o gestor da entidade auditada, o que
favorece a confidencialidade das informações, que não devem ser
reveladas a terceiros.
Comentários:
Embora a questão trate da Auditoria Interna, está relacionada ao
que acabamos de estudar, ou seja, requisitos do auditor.
Como vimos no decorrer da aula, Independência é a capacidade
que o auditor tem de julgar e atuar com integridade e
00000000000

objetividade, permitindo a emissão de relatórios imparciais em relação


à entidade auditada, aos acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos
cooperados e a todas as demais partes que possam estar relacionadas
com o seu trabalho.
Embora o papel principal da Auditoria Interna seja auxiliar a
entidade a atingir seus objetivos, uma relação pessoal entre o auditor
interno e o gestor da entidade auditada poderia prejudicar sua
independência.
Gabarito: E

11. (FGV/TCM-SP/2015) Uma determinada firma de auditoria


iniciou os trabalhos em uma entidade, a partir de um contrato
que prevê execução de auditoria por cinco anos. Um dos

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auditores, ao executar o trabalho de auditoria inicial nessa
entidade, atestou argumentos apresentados pela empresa
auditada de tal forma a indicar comprometimento da objetividade
do seu trabalho. O posicionamento do auditor constitui ameaça à
independência em decorrência de:
a) autorrevisão do trabalho;
b) defesa de interesse do cliente;
c) familiaridade;
d) intimidação profissional;
e) interesse próprio.
Comentários:
A ameaça de defesa de interesse do cliente é a ameaça de que
o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente a ponto em
que a sua objetividade fique comprometida. (NBC PA 290).
Gabarito: B

6.5 Confidencialidade

Este item foi modificado em 25 de março de 2014, quando a NBC PG


100 revogou a NBC P1 – IT 02 e a NBC P 1.6, normas que tratavam
do sigilo da profissão de auditor. Essa nova norma é geral, aplicada não
apenas a contadores que exercem a função de auditor, e seus principais
pontos são abordados a seguir.

O princípio do sigilo profissional impõe a todos os profissionais da


contabilidade a obrigação de abster-se de:
(a) divulgar fora da firma ou da organização empregadora
informações sigilosas obtidas em decorrência de relacionamentos
profissionais e comerciais, sem estar prévia e especificamente
autorizado pelo cliente, por escrito, a menos que haja um
direito ou dever legal ou profissional de divulgação; e
(b) usar, para si ou para outrem, informações obtidas em
00000000000

decorrência de relacionamentos profissionais e comerciais para


obtenção de vantagem pessoal.

O profissional da contabilidade deve manter sigilo das informações


divulgadas por cliente potencial ou empregador; manter sigilo das
informações dentro da firma ou organização empregadora; e tomar as
providências adequadas para assegurar que o pessoal da sua equipe de
trabalho, assim como as pessoas das quais são obtidas assessoria e
assistência, também, respeite o dever de sigilo do profissional da
contabilidade.

Segundo essa nova norma, a necessidade de cumprir o princípio do


sigilo profissional permanece mesmo após o término das relações
entre o profissional da contabilidade e seu cliente ou

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empregador. Quando o profissional da contabilidade mudar de
emprego ou obtiver novo cliente, ele pode usar sua experiência anterior.
Contudo, ele não deve usar ou divulgar nenhuma informação
confidencial obtida ou recebida em decorrência de relacionamento
profissional ou comercial.

A seguir, são apresentadas circunstâncias nas quais os profissionais da


contabilidade são ou podem ser solicitados a divulgar informações
confidenciais ou nas quais essa divulgação pode ser apropriada:
(a) a divulgação é permitida por lei e autorizada pelo
cliente ou empregador, por escrito;
(b) a divulgação é exigida por lei;
(c) há dever ou direito profissional de divulgação,
quando não proibido por lei.

O auditor independente, quando solicitado, por escrito e


fundamentadamente, pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e
Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC), deve exibir as informações
obtidas durante o seu trabalho, incluindo a fase de pré-contratação dos
serviços, a documentação, os papéis de trabalho e os relatórios.

Ao decidir sobre a divulgação de informações sigilosas, os fatores


pertinentes a serem considerados incluem:
(a) se os interesses de terceiros, incluindo partes cujos
interesses podem ser afetados, podem ser prejudicados se o
cliente ou empregador consentir com a divulgação das
informações pelo profissional da contabilidade;
(b) se todas as informações relevantes são conhecidas e
comprovadas, na medida praticável. Quando a situação envolver
fatos não comprovados, informações incompletas ou conclusões
não comprovadas, deve ser usado o julgamento profissional para
avaliar o tipo de divulgação que deve ser feita, caso seja feita;
00000000000

(c) o tipo de comunicação que é esperado e para quem deve


ser dirigida; e
(d) se as partes para quem a comunicação é dirigida são as
pessoas apropriadas para recebê-la.

Como regra, o auditor não pode divulgar as


informações obtidas durante o seu trabalho
na entidade auditada, a não ser que:
 Tenha autorização expressa da entidade
auditada.
 Haja obrigações legais ou normativas
que o obriguem a fazê-lo.

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6.6 Ceticismo Profissional

O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo


profissional, reconhecendo que podem existir circunstâncias que causam
distorção relevante nas demonstrações contábeis. O ceticismo
profissional inclui estar alerta, por exemplo, a:

• evidências de auditoria que contradigam outras evidências


obtidas;
• informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos
documentos e respostas a indagações a serem usadas como
evidências de auditoria;
• condições que possam indicar possível fraude;
• circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de
auditoria além dos exigidos pelas NBC TAs.

A manutenção do ceticismo profissional ao longo de toda a auditoria é


necessária, por exemplo, para que o auditor reduza os riscos de:

• ignorar circunstâncias não usuais;


• generalização excessiva ao tirar conclusões das observações
de auditoria;
• uso inadequado de premissas ao determinar a natureza, a
época e a extensão dos procedimentos de auditoria e ao avaliar
os resultados destes.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

12. (FGV/ISS-Recife/2014) O reconhecimento pelo auditor de


00000000000

que existem circunstâncias que podem causar distorção relevante


nas demonstrações contábeis revela o requisito ético relacionado
à auditoria de demonstrações contábeis, denominado:
a) julgamento profissional.
b) evidência funcional.
c) ceticismo profissional.
d) condução apropriada.
e) conformidade legal.
Comentários:
Segundo a NBC TA 200, Ceticismo profissional é a postura que
inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam
indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação

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crítica das evidências de auditoria.
Gabarito: C

6.7 Julgamento Profissional

O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e executar a


auditoria de demonstrações contábeis. O julgamento profissional é
necessário, em particular, nas decisões sobre:
• materialidade e risco de auditoria;
• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de
auditoria aplicados para o cumprimento das exigências das
normas de auditoria e a coleta de evidências de auditoria;
• avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e
apropriada e se algo mais precisa ser feito para que sejam
cumpridos os objetivos das NBC TAs e, com isso, os objetivos
gerais do auditor;
• avaliação das opiniões da administração na aplicação da
estrutura
de relatório financeiro aplicável da entidade;
• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria
obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das
estimativas feitas pela administração na elaboração das
demonstrações contábeis.

6.8 Evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de


auditoria

Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de


auditoria apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um
nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter conclusões
razoáveis e nelas basear a sua opinião.

6.9 Condução da auditoria em conformidade com NBC TAs


00000000000

 Normas guiam o auditor na condução dos trabalhos.


 O auditor deve cumprir com exigências legais e regulatórias,
além das NBC TAs.
 Conformidade com as NBC TAs relevantes + procedimentos
adicionais.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

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13. (FGV/ISS-Recife/2014) O auditor, ao expressar opinião de
que as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de
relatório financeiro aplicável, produz o seguinte efeito:
a) revela as distorções do planejamento da auditoria das
demonstrações contábeis.
b) reduz os riscos de auditoria das demonstrações contábeis o que
gera segurança para os usuários.
c) proporciona o aumento de evidências de auditoria das
demonstrações contábeis.
d) aumenta o grau de confiança nas demonstrações contábeis por
parte dos usuários.
e) assegura que os objetivos operacionais desejados pela
administração foram alcançados.
Comentários:
Segundo a NBC TA 200, o objetivo da auditoria é aumentar o
grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários.
Gabarito: D

14. (FGV/ACI-Recife/2014) De acordo com a NBC TA 200, o


julgamento profissional é necessário para a tomada de decisões
nos assuntos a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) A subjetividade e as evidências de auditoria para cumprimento das
metas de resultados operacionais e financeiros da empresa.
b) A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e
a coleta de evidências de auditoria.
c) As evidências de auditoria obtidas são suficientes e apropriadas ou
se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das
NBC TAs.
d) A avaliação das opiniões da administração na aplicação da
00000000000

estrutura de relatório financeiro aplicável da entidade.


e) A extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria
obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas
feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis.
Comentários:
Segundo a NBC TA 200, o julgamento profissional é necessário,
em particular, nas decisões sobre:
• materialidade e risco de auditoria;
• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de
auditoria aplicados para o cumprimento das exigências das
normas de auditoria e a coleta de evidências de auditoria;
• avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e
apropriada e se algo mais precisa ser feito para que sejam

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cumpridos os objetivos das NBC TAs e, com isso, os objetivos
gerais do auditor;
• avaliação das opiniões da administração na aplicação da
estrutura
de relatório financeiro aplicável da entidade;
• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria
obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das
estimativas feitas pela administração na elaboração das
demonstrações contábeis.
Dessa forma, a letra A está errada, pois o auditor leva em conta
a materialidade e não a subjetividade.
Gabarito: A

7. Responsabilidade Legal

A responsabilidade do trabalho do auditor para com a sociedade em geral


(auditor externo) e com dirigentes da empresa (auditor interno e externo)
é indiscutível, e, no desempenho de suas funções, pode ser
responsabilizado por danos eventualmente causados a terceiros.

Podemos dividir a responsabilidade do auditor da seguinte forma:

7.1 Responsabilidade Profissional

No Brasil não existe a profissão do Auditor com tal denominação e


regulamentação, mas apenas a de Contador. Ao Contador, bacharel em
Ciências Contábeis com registro no CRC, é que se atribui o direito de
realizar as tarefas de auditoria.

A profissão de auditor é considerada como técnica ou aplicação


conhecimento contábil. Assim, não existe definição clara em nossa
legislação de suas responsabilidades legais. Encontramos em nossa
00000000000

legislação civil, penal, comercial e profissional, apenas referências


esparsas sobre o assunto.

Perante a lei ele é responsável pelo seu parecer sobre as demonstrações,


sendo aplicadas as sanções disciplinares pelo CFC, enquanto as sanções
civis são próprias do Estado, podendo mesmo haver cumulação de
sanções.

Assim, podemos concluir que a melhor proteção para o auditor é a


“execução cuidadosa de seu trabalho”, juntamente com a aplicação
das normas profissionais geralmente aceitas, pois se o parecer foi
elaborado de acordo com as normas contábeis, não poderá ser
responsabilizado.

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A lei não atinge diretamente o profissional auditor, mas indiretamente.


Portanto, na execução do trabalho, a responsabilidade, a ética e o elevado
padrão técnico são atributos implícitos. A Infração a qualquer um desses
princípios o sujeita a denúncia ao órgão fiscalizador da profissão, o
CRC, para aplicação da penalidade cabível (de advertência até suspensão
do exercício profissional).

As outras responsabilidades (civil, comercial e penal) estão previstas nos


códigos próprios da legislação brasileira e são de caráter geral. O exercício
da função auditoria necessita de uma fiscalização profissional rigorosa,
considerada a sua importância para o mercado de capitais.

Para finalizar este ponto, é importante ressaltar que, segundo a Resolução


CFC nº 560/83, ainda vigente, as atividades de auditoria (interna e
independente) são privativas de contadores. Dessa forma, cuidado,
pois não é permitido aos técnicos em contabilidade o exercício de
auditoria.

A responsabilidade pelos controles internos, pela elaboração das


demonstrações contábeis, bem como pela prevenção e detecção de
fraudes e erros é da Administração. Não é do Auditor.

7.2 Responsabilidade Civil

A responsabilidade civil do contador na função de auditor independente


existe pelo fato de que esse profissional é um cidadão inserido no Estado
de Direito com profissão regulamentada, sujeito a direitos e deveres.
00000000000

Deve-se atentar que, se referindo à responsabilidade civil, o auditor e


qualquer profissional de contabilidade estão condicionados a obrigação de
meios e não de resultados, ou seja, se o profissional trabalhar de acordo
com as normas técnicas e éticas contábeis não responderá civilmente
pelos atos que praticou, uma vez que inexiste prejuízo a apurar, dada a
inexistência da responsabilidade pelos resultados, caso contrário por culpa
estrita e literal em que se comprove imprudência e negligência por dolo ou
não, fica o profissional responsável por sua obra.

Salientamos que somente por erro inescusável, que é aquele ocorrido por
ignorância patente e profunda, é que poderá levar-se o contabilista e

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auditor às barras dos tribunais para responsabilizá-lo por eventuais danos
aos clientes ou terceiros.

7.3 Responsabilidade com clientes

O trabalho de auditoria deve ser baseado em um entendimento entre o


auditor e seu cliente.

Na realização de seu trabalho, o auditor deve agir de acordo com os


termos de seu contrato, uma vez que, caso deixe de aplicar o devido
cuidado ou deixe de guardar sigilo das informações a que teve acesso,
pode tomar-se legalmente responsável perante o cliente.
A Responsabilidade Profissional está regulada no Decreto-lei nº. 9.295,
que trata da formação dos conselhos de contabilidade, e por extensão
pode ser fiscalizada por eles.

O auditor precisa, efetivamente, reunir maior dose de conhecimentos


técnicos e gerais da mais variada natureza como: Contabilidade,
Auditoria, Administração Geral, Finanças, Direito, Economia, Matemática,
Psicologia, Engenharia, Estatística, Tecnologia da Informação, Relações
Humanas, dente outros.

Esta soma de capacidades é realmente exigida e transforma, portanto, a


função do auditor em prática altamente especializada, requerendo grandes
esforços. Diante disso, podem prestar a tarefa de auditoria:
- Profissional Liberal, individualmente;
- Sociedade de Profissionais Liberais;
- Associações de Classes de Contadores;
- Dois ou mais profissionais liberais consorciados.

A modalidade mais difundida e frequente é a prestação de serviços de


auditoria por sociedades de profissionais constituídas para tal fim.

A prática de Auditoria Contábil, seja ela interna (exceto para áreas


00000000000

operacionais onde não estejam em análise as contas contábeis), seja


externa, é de exercício exclusivo do Contador e está assim
regulamentada:

Dispositivo Legal Registro


Resolução CFC nº. 821/97 CRC – Auditores Externos
Resolução CFC nº. 781/95 CRC – Auditores Internos
Instrução CVM nº. 308/99 CVM – Auditores Externos atuando no
âmbito do mercado de valores mobiliários.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

15. (CESPE/INMETRO/2009) A responsabilidade primária na


prevenção e identificação de fraudes e erros é do auditor
contratado pela entidade, que deve comunicá-los imediatamente
à administração.
Comentários:
O responsável primário pela identificação e prevenção de fraudes
e erros é a própria administração.
Cabe lembrar também que a Auditoria Interna deve assessorar a
administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e
erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira
reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades
detectadas no decorrer de seu trabalho.
Gabarito: E

8. Tipos de Auditoria (ramos de atuação/modalidades)

Cada autor e cada órgão público podem definir uma classificação de


auditoria própria, independente, e não se pode esperar que o candidato a
um cargo público conheça cada uma delas e adivinhe sobre qual
classificação a banca está se referindo. Assim, o primeiro cuidado é
analisar bem o edital.

Outro detalhe importante é que devemos ler com atenção o enunciado da


questão, para tentarmos identificar sobre qual classificação estamos
sendo questionados, por exemplo, “segundo a IN 01/01”, “segundo a
doutrina”, “segundo o campo de atuação”, e assim por diante.
00000000000

Infelizmente, nem sempre é tão simples. No concurso para o cargo de


Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil de 2012, por exemplo, a banca
não estipulou em edital e tampouco na questão a qual classificação se
referia, vindo a cobrar uma classificação utilizada pelo Senado Federal, o
que foi objeto de intensa discussão, inclusive judicial, quanto à
regularidade de tal procedimento. Chegamos a elaborar, inclusive, alguns
pareceres nesse sentido, para serem utilizados em processos judiciais.

Assim, vamos reduzir a possibilidade de que vocês sejam surpreendidos


por uma questão na prova exigindo conhecimentos sobre tipos de
auditoria dos quais vocês ainda não tenham “ouvido falar”.

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8.1 Quanto ao ambiente na qual está inserida (ramos de atuação)

Num primeiro momento, vamos classificar a Auditoria segundo o


ambiente na qual está inserida, ou seja, em Auditoria Privada e
Auditoria Governamental, subdividindo-as da seguinte forma:

8.1.1 Auditoria Privada


- Auditoria Interna
- Auditoria Externa ou Independente

8.1.2 Auditoria Governamental


- Auditoria TributáriaFiscal
- Auditoria de Gestão pública

8.1.1 Auditoria Privada

De acordo com Sá (2000), no setor privado a auditoria ́ uma tecnologia


contábil aplicada ao sistemático exame dos registros, demonstrações e de
quaisquer informações ou elementos de consideração contábil,
objetivando apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre
situações ou fenômenos patrimoniais da riqueza privada, quer ocorridos,
quer por ocorrer ou diagnosticados.

Ou seja, é a Auditoria realizada no âmbito das empresas privadas,


e podemos subdividi-la em Auditoria Interna e Auditoria Externa. Essa
subdivisão também seria possível no campo governamental da auditoria,
embora não seja tão comum. Por isso, vamos considerar essa divisão
apenas no âmbito privado e estudá-la mais a fundo no tópico 4 da
presente aula.

Como a maioria dos autores define a auditoria privada como sendo a


auditoria Externa (ou independente), podemos dizer que a Auditoria
Privada – ou Empresarial, das Demonstrações Contábeis, das
Demonstrações Financeiras – é o conjunto de procedimentos técnicos
00000000000

que tem por objetivo a emissão de opinião independente sobre as


demonstrações contábeis das empresas privadas em relação a sua
adequação aos Princípios de Contabilidade e à legislação específica.

8.1.2 Auditoria Governamental

A Auditoria Governamental – ou Pública, do Setor Público – é,


conforme disposto na Instrução Normativa 01/2001, da Secretaria Federal
de Controle Interno (da Controladoria-Geral da União), o conjunto de
técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos e
resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por
entidades de direito público e privado, mediante a confrontação entre
uma situação encontrada com um determinado critério técnico,

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operacional ou legal. Tem por objetivo primordial garantir resultados
operacionais na gerência da coisa pública.

A Auditoria Governamental engloba todas as esferas de governo –


federal, distrital, estadual e municipal – e níveis de poder - Executivo,
Legislativo e Judiciário -, e, claro, alcança as pessoas jurídicas de direito
privado, caso se utilizem de recursos públicos.

A doutrina costuma separar a Auditoria Governamental em duas


vertentes4:

- Auditoria TributáriaFiscal: realizada pelo Governo sobre o


patrimônio provado com a finalidade de identificar e corrigir as
atitudes contributivas, principalmente nas áreas de impostos, taxas
e contribuições (INSS, FGTS, IR, etc);
- Auditoria de Gestão Pública: realizada pelo Estado visando ao
controle de sua gestão, observando, além dos princípios de
auditoria geral, aqueles que norteiam a Administração Pública:
moralidade, publicidade, impessoalidade, economicidade e
eficiência.

8.2 Quanto ao posicionamento do órgão de auditoria

Regra geral, costumamos classificar a Auditoria em Interna ou Externa


conforme o posicionamento do órgão de auditoria em relação à estrutura
da entidade a ser auditada.

Assim, quando o órgão de auditoria faz parte da mesma estrutura do


auditado, temos a Auditoria Interna; quando o órgão de auditoria é
externo à organização auditada, temos a auditoria externa, ou
independente.

Vamos estudar mais a fundo essa classificação no tópico 4 da presente


aula: “Distinção entre Auditoria Interna e Auditoria Independente”.
00000000000

8.3 Classificação recorrente na doutrina

Aqui, vamos incluir as definições de tipos de Auditoria Governamental


encontradas na obra de Peter e Machado (2008)5.

Auditoria de Gestão

Objetiva emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das


contas, verificar a execução de contratos, convênios, acordos ou ajustes,

4
MACHADO, Marcus Vinícius Veras e PETER, Maria da Glória Arrais. Manual de auditoria
governamental. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
5
Idem.

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a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e guarda ou
administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados.

Auditoria de Programas

Objetiva acompanhar, examinar e avaliar a execução de programas e


projetos governamentais específicos, bem como a aplicação de
recursos descentralizados.

Auditoria Operacional

Consiste em avaliar as ações gerenciais e os procedimentos relacionados


ao processo operacional, procurando auxiliar a administração na
gerência e nos resultados, por meio de recomendações que visem
aprimorar procedimentos.

Em contraponto à auditoria operacional, temos a Auditoria de


Regularidade (ou de conformidade ou de compliance), quando se
objetiva determinar se certas atividades financeiras ou operacionais de
uma entidade obedecem às leis, regras ou regulamentos que a elas se
aplicam.

Auditoria Contábil

Objetiva obter elementos comprobatórios suficientes que permitam


opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os
princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações contábeis
refletem, adequadamente, a situação econômico-financeira do patrimônio.

Auditoria de Sistemas

Objetiva assegurar a adequação, a privacidade dos dados e informações


oriundas dos sistemas eletrônicos de processamento de dados.
00000000000

Auditoria Especial

Objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de


natureza incomum ou extraordinárias, sendo realizadas para atender
a determinação de autoridade competente.

Auditoria da Qualidade

Tem por objetivo permitir a formação de uma opinião mais concreta sobre
o desempenho gerencial dos administradores públicos, servindo como
estímulo a adoção de uma cultura gerencial voltada para o atingimento
de resultados dentro dos princípios da qualidade, identificando os
pontos fortes e fracos da organização.

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Auditoria Integral

Envolve o exame dos controles, processos e sistemas utilizados para


gerenciar os recursos da organização.

8.4 Classificação segundo a CGU (Controladoria-Geral da União)

Vamos à classificação da CGU. A norma que disciplina as atividades de


auditoria no Poder Executivo Federal é a Instrução Normativa SFC/MF n
01, de 06 de abril de 2001, que define “diretrizes, princípios, conceitos e
aprova normas técnicas para a atuação do Sistema de Controle Interno
do Poder Executivo Federal”.

Esta classificação é muito importante, tendo em vista que costuma ser a


base para a Auditoria em diversos órgãos públicos. Segundo a IN 01016,
a auditoria classifica-se em:

8.4.1 Auditoria de Avaliação da Gestão: esse tipo de auditoria


objetiva emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das
contas, verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou ajustes,
a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou
administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados.

8.4.2 Auditoria de Acompanhamento da Gestão: realizada ao longo


dos processos de gestão, com o objetivo de se atuar em tempo real
sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma
unidade ou entidade federal, evidenciando melhorias e economias
existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua
missão institucional.

8.4.3 Auditoria Contábil: compreende o exame dos registros e


documentos e na coleta de informações e confirmações, mediante
procedimentos específicos, pertinentes ao controle do patrimônio de uma
unidade, entidade ou projeto. 00000000000

Objetivam obter elementos comprobatórios suficientes que permitam


opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os
princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações deles
originárias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais relevantes,
a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do
período administrativo examinado e as demais situações nelas
demonstradas.

Tem por objeto, também, verificar a efetividade e a aplicação de


recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos

6
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO. Instrução Normativa SFCMF n 01, de 06 de abril
de 2001. Brasília, 2001.

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internacionais, por unidades ou entidades públicas executoras de
projetos celebrados com aqueles organismos com vistas a emitir opinião
sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações financeiras.

8.4.4 Auditoria Operacional: consiste em avaliar as ações


gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional,
ou parte dele, das unidades ou entidades da administração pública
federal, programas de governo, projetos, atividades, ou segmentos
destes, com a finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto
aos aspectos da eficiência, eficácia e economicidade, procurando auxiliar
a administração na gerência e nos resultados, por meio de
recomendações, que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os
controles e aumentar a responsabilidade gerencial.

8.4.5 Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situações


consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinária,
sendo realizadas para atender determinação expressa de autoridade
competente. Classifica-se nesse tipo os demais trabalhos de auditoria
não inseridos em outras classes de atividades.

Como podemos perceber, não existe classificação mais correta. Cada


autor, estudioso do assunto, propõe a classificação que mais entende
adequada ao momento.

As classificações apresentadas na aula são apenas algumas das possíveis,


sendo o mais importante entendermos esses conceitos iniciais, que nos
darão uma boa base para quando entrarmos nos aspectos mais
específicos da Auditoria.

A seguir, algumas questões que cobraram o conhecimento já estudado


até agora. Observem que a maior parte das questões se refere à
classificação da IN 0101.

00000000000

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

16. (CESPE/TCE-SC/2016) Com relação aos conceitos gerais de


auditoria e aos papéis utilizados na sua execução, julgue os itens
seguintes. Os lançamentos propostos pelo auditor devem constar
de seus papéis de trabalho, de modo que, por exemplo, se o
auditado efetuar pagamentos antecipados a fornecedores,
debitando fornecedores, o auditor deverá propor um lançamento
de ajuste, a débito de fornecedores e a crédito de adiantamentos a

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fornecedores, para efeito de apresentação apropriada das
demonstrações contábeis.
Comentários:
Não cabe ao auditor propor lançamentos específicos nas
demonstrações contábeis, tendo em vista que seu objetivo é justamente
avaliar a correta elaboração das demonstrações contábeis, emitindo uma
opinião sobre a adequação das demonstrações ao Relatório Financeiro
Aplicável, e se as demonstrações contém distorções relevantes.
Gabarito: E

17. (CESPE/TCE-SC/2016) Julgue os itens a seguir, a respeito de


normas técnicas de auditoria. Embora a opinião do auditor
independente a respeito das demonstrações contábeis geralmente
não modifique as decisões gerenciais, pode haver situações
específicas em que ele deve expressar a sua opinião a respeito de
outros temas que sejam relevantes para o alcance dos objetivos
gerais do seu trabalho.
Comentários:
De acordo com a NBC TA 200, a opinião do auditor sobre as
demonstrações contábeis trata de determinar se as demonstrações
contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Tal opinião
é comum a todas as auditorias de demonstrações contábeis.
Em algumas situações, porém, lei e regulamento aplicáveis podem
exigir que o auditor forneça opinião sobre outros assuntos específicos,
tais como a eficácia do controle interno ou a compatibilidade de um
relatório separado da administração junto com as demonstrações
contábeis.
Gabarito: C

18. (FGV/ISS-Cuiabá/2016) De acordo com a NBC 200,


Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da
Auditoria em Conformidade com as Normas de Auditoria, assinale
a opção que indica os objetivos gerais do auditor ao conduzir a
00000000000

auditoria das demonstrações contábeis.


(A) Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão
livres de distorção relevante e apresentar relatório sobre elas.
(B) Identificar fraudes nas demonstrações contábeis e aprimorar o
controle interno para que novas fraudes não aconteçam.
(C) Detectar erros nas demonstrações contábeis e instruir a
administração e os responsáveis pela governança, de modo que novos
erros sejam evitados.
(D) Apresentar um relatório com parecer que reflita sua opinião sobre as
demonstrações contábeis apresentadas e assegurar que elas estão livres
de fraudes.
(E) Dar uma opinião imparcial sobre as demonstrações contábeis e
assegurar que estas estão livres de fraudes e de erros.
Comentários:

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De acordo com a NBC TA 200 (item 11), ao conduzir a auditoria de
demonstrações contábeis, os objetivos gerais do auditor são:
“a) obter segurança razoável de que as demonstrações
contábeis como um todo estão livres de distorção
relevante, independentemente se causadas por fraude ou
erro, possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, em conformidade com a
estrutura de relatório financeiro aplicável; e
b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e
comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade
com as constatações do auditor.” (grifei)
Gabarito: A

19. (FCC/TRF-3/2016) A NBC TA 200 dita que o auditor deve


emitir opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes. Todavia, a forma
que essa opinião será emitida depende
(A) da estrutura de relatório financeiro e de lei ou regulamento aplicáveis.
(B) do organograma da entidade auditada.
(C) da experiência do auditor.
(D) do contrato de trabalho celebrado entre o auditor independente e a
entidade auditada.
(E) das evidências de auditoria encontradas.
Comentários:
De acordo com a NBC TA 200, a opinião do auditor sobre as
demonstrações contábeis trata de determinar se as demonstrações
contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
Em algumas situações, porém, lei e regulamento aplicáveis podem
exigir que o auditor forneça opinião sobre outros assuntos específicos,
tais como a eficácia do controle interno ou a compatibilidade de um
relatório separado da administração junto com as demonstrações
contábeis. 00000000000

Gabarito: A

20. (FGV/ISS-Cuiabá/2014) De acordo com o Código de Ética


Profissional do Contabilista e da NBC PA 01, assinale a opção que
indica princípios fundamentais de ética profissional quando da
condução de auditoria de demonstrações contábeis.
a) Integridade, objetividade e comportamento profissional.
b) Competência, confidencialidade e ceticismo profissional.
c) Integridade, conduta profissional e julgamento profissional.
d) Conhecimento, zelo profissional e objetividade.
e) Ceticismo profissional, julgamento profissional e confidencialidade.
Comentários:
Questão literal. De acordo com a NBC PA 01, os princípios
fundamentais de ética profissional quando da condução de auditoria de

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demonstrações contábeis são os seguintes: Integridade, objetividade e
comportamento profissional (alternativa A), além da ética, da
confidencialidade, da competência e zelo profissional.
Gabarito: A

21. (FGV/ISS-Cuiabá/2014) No caso de o trabalho de auditoria


ser de interesse público e, portanto, exigido pelo Código de Ética
Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do CFC,
exige-se que o auditor seja independente da entidade sujeita à
auditoria. Segundo a NBC TA 200, Objetivos Gerais do Auditor
Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com
Normas de Auditoria, a independência aprimora a capacidade do
auditor de atuar com:
a) confiabilidade;
b) confiança;
c) capacidade;
d) integridade;
e) imparcialidade.
Comentários:
De acordo com a NBC TA 200, o Código de Ética Profissional do
Contabilista e as normas profissionais descrevem a independência como:
postura mental independente e independência na aparência.
A independência do auditor frente à entidade salvaguarda a
capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem ser afetado por
influências que poderiam comprometer essa opinião.
Não há como atuar com integridade sem independência. Além
disso, a independência aprimora a capacidade do auditor de objetivo
(imparcial) e manter postura de ceticismo profissional.
Gabarito: D

22. (FCC/TCE-RS/2014) O objetivo de uma auditoria é aumentar


o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião
pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram
00000000000

elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade


com uma estrutura de relatório financeiro. Esta declaração
identifica a auditoria:
a) operacional, em conformidade com as NAT TCE;
b) governamental, em conformidade com as NAT TCE;
c) governamental, em conformidade com as NAG TCU;
d) independente, em conformidade com as NBC TA;
e) de regularidade, em conformidade com as NAG TCU.
Comentários:
Segundo a NBC TA 200, o objetivo da auditoria é aumentar o grau
de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é
alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos

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relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.
Gabarito: D

23. (FCC/TCE-RS/2014) O auditor está sujeito às exigências


éticas e deve sempre estar alerta, por exemplo, à condição que
possa indicar fraude, como informações que coloquem em dúvida
a confiabilidade de documentos e respostas. Esse estado é
denominado:
a) alerta constante por parte do auditor;
b) perfil investigativo do auditor;
c) capacidade de percepção do auditor;
d) ceticismo profissional do auditor;
e) ética profissional do auditor.
Comentários:
O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo
profissional, reconhecendo que podem existir circunstâncias que causam
distorção relevante nas demonstrações contábeis.
Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente
questionadora e alerta para condições que possam indicar possível
distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências
de auditoria.
Gabarito: D

24. (FCC/TCE-RS/2014) Nenhuma auditoria pode garantir


segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão
livres de distorção. Uma das fontes de limitação inerentes a uma
auditoria é a:
a) capacidade técnica do auditor;
b) idade média dos registros contábeis;
c) cumplicidade do auditado com a auditoria;
d) necessidade de que seja realizada num período de tempo razoável;
e) finalidade social da instituição auditada.
Comentários: 00000000000

Segundo a NBC TA 200, as limitações inerentes a uma auditoria


originam-se da:
- natureza das informações contábeis;
- natureza dos procedimentos de auditoria; e
- necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período de
tempo razoável e a um custo razoável.
Gabarito: D

25. (FCC/TCE-RS/2014) As NBC TAs − Normas Brasileiras de


Contabilidade TAs são escritas no contexto da auditoria de
demonstrações contábeis executada por um auditor. Se, durante
os trabalhos de auditoria, o auditor concluir que determinado
procedimento estabelecido por uma NBC TA será ineficaz no
cumprimento do objetivo dessa exigência, deverá:

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a) alterar o escopo da auditoria;
b) executar procedimento alternativo;
c) comunicar o fato ao Conselho Federal de Contabilidade;
d) interromper imediatamente a auditoria;
e) executar o procedimento, uma vez que é obrigatório.
Comentários:
Em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário
não considerar uma exigência relevante em uma NBC TA. (NBC TA 200,
item 23).
Em tais circunstâncias, o auditor deve executar procedimentos de
auditoria alternativos para cumprir o objetivo dessa exigência.
Gabarito: B

26. (FCC/TCE-GO/2014) Com relação aos requisitos éticos


relacionados à auditoria de demonstrações contábeis, no caso de
trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto, exigido
pelo Código de Ética Profissional do Contabilista e pelas normas
profissionais do CFC, nos termos da NBC TA 200, requer-se que o:
a) auditor seja independente da entidade sujeita à auditoria;
b) trabalho de auditoria seja realizado por perito com experiência
comprovada de no mínimo 5 anos e nomeado por autoridade judicial;
c) auditor seja profissional competente para executar o trabalho com
experiência comprovada de no mínimo 2 anos;
d) trabalho de auditoria seja realizado pela auditoria interna com a
supervisão de auditor independente com experiência comprovada de no
mínimo 5 anos;
e) auditor seja independente e não tenha realizado trabalho de auditoria
na entidade nos últimos 10 anos.
Comentários:
Vamos aos erros das alternativas:
B – não existe a exigência de ser perito, ou de experiência de no
mínimo 5 anos, tampouco nomeado por autoridade judicial, mas deve ser
contador com registro no CRC e, se for auditar companhias abertas, com
registro na CVM.
C – a NBC TA 200 não apresenta exigência de experiência mínima.
00000000000

D – a auditoria das demonstrações contábeis é realizada pelo


auditor independente, que pode ou não utilizar do apoio do auditor
interno da entidade auditada.
E – não existe a exigência de não haver realizado trabalhos
anteriores na entidade auditada.
Gabarito: A

27. (CESPE/AUGE-MG/2009) Algumas preocupações exigem a


opinião de alguém não ligado ao negócio e que confirme, de forma
independente, a qualidade e precisão das informações. Essas
situações ensejam o aparecimento do auditor. Assinale a opção
que não corresponde a esse tipo de preocupação:

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A) avaliação do retorno do investimento
B) cumprimento da legislação
C) comportamento da economia
D) consecução dos objetivos e atingimento das metas
E) correta aplicação do capital investido
Comentários:
Não é uma preocupação do auditor (a não ser que esteja prestando
uma consultoria), seja ele interno, externo ou governamental, o
comportamento da economia. Todas as demais alternativas apresentam
aspectos que podem ensejar o pronunciamento do auditor, a depender do
tipo de auditoria que está sendo realizado na empresa.
Para um melhor entendimento acerca do gabarito, devemos lembrar
que auditar significa examinar, certificar, como vimos na parte teórica.
Dessa forma, não faz sentido o auditor certificar o comportamento da
economia.
Gabarito: C

28. (CESPE/FUB-DF/2013) A origem da auditoria nas empresas


está associada ao aumento de seu tamanho e à sua expansão
geográfica, circunstâncias que favoreceram o surgimento de
administradores profissionais, que não se confundem com os
próprios acionistas.
Comentários:
Com o aumento do tamanho das empresas e, consequentemente,
da busca por capital fora da companhia, surge a necessidade de uma
avaliação independente, de fora da empresa, para uma maior
credibilidade dos números apresentados ao mercado. Essa também foi a
razão do surgimento de administradores profissionais, contratados apenas
para gerir as companhias, em troca de salário e, frequentemente, bônus.
Gabarito: C

29. (FCC/TCE-RS/2014) Os manuais, de uma maneira geral,


definem auditoria como um exame analítico e pericial das
operac̃es cont́beis, desde o início at́ o balanco. Nos termos da
NBC TA 200, o objetivo da auditoria ́:
00000000000

A) levantar informacões suficientes e adequadas que permitam comparar


as metas fixadas com os resultados alcancados.
B) controlar os procedimentos contábeis para evitar que informacões de
interesse da instituicão auditada sejam divulgados.
C) aumentar o grau de confianca das demonstracões contábeis por parte
dos usuários.
D) estabelecer metodologia para acão integrada de todos os setores da
instituicão auditada.
E) apurar e consolidar irregularidades contábeis em relat́rio para
subsidiar eventual investigacão de ilícitos administrativos e penais.
Comentários:

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De acordo com o disposto na NBC TA 200, o objetivo da auditoria ́
aumentar o grau de confianca nas demonstracões contábeis por parte dos
usuários, o que torna a alternativa C correta.
Ainda segundo a mesma norma, isso ́ alcancado mediante a
expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstracões
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com uma estrutura de Relat́rio Financeiro Aplicável.
Gabarito: C

30. (FUNDATEC/SEFAZ-RS/2014) A elaboracão e a adequada


apresentacão das demonstrac̃es cont́beis, de acordo com as
pŕticas cont́beis adotadas no Brasil, e com os controles internos
que foram determinados como necesśrios para permitir a
elaboracão de demonstrac̃es cont́beis livres de distorcão
relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, ́
responsabilidade:
A) Dos auditores independentes
B) Dos ́rgãos reguladores
C) Do conselho fiscal
D) Da assembleia dos acionistas
E) Da administracão da Companhia.
Comentários:
Mais uma vez, a responsabilidade pela elaboracão das
demonstracões contábeis ́ sempre e somente da Empresa. O papel do
auditor externo é emitir uma opinião independente sobre essas
demonstrações, se foram elaboradas segundo o disposto numa estrutura
de Relatório Financeiro Aplicável.
Gabarito: E

31. (Cesgranrio/BNDES/2013) Uma companhia, na elaboracão


das suas demonstrac̃es cont́beis financeiras relativas ao
exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010, face ̀s
d́vidas existentes de classificacão e apuracão de algumas
receitas, teve a participacão da auditoria externa na apuracão de
tais valores, na classificacão das contas e na elaboracão de parte
00000000000

das demonstrac̃es cont́beis. Nesse contexto, a responsabilidade


pela elaboracão de tais demonstrac̃es cont́beis ́ do (a):
A) Auditor Externo
B) Auditor Externo e do Contador
C) Administrador e do Auditor Externo
D) Empresa e do Auditor Externo
E) Empresa
Comentários:
Pessoal, a responsabilidade pela elaboracão das demonstracões
contábeis ́ sempre e somente da Empresa. O papel do auditor externo ́
emitir uma opinião independente sobre essas demonstrações, se foram

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elaboradas segundo o disposto numa estrutura de Relatório Financeiro
Aplicável.
Gabarito: E

32. (Cesgranrio/Liquigás/2012) São objetivos gerais do auditor,


ao conduzir a auditoria das demonstrac̃es cont́beis,
A) obter seguranca razoável de que as demonstracões contábeis estão
livres de distorcão relevante, causada por fraude ou erro, permitindo que
o auditor expresse sua opinião sobre a elaboracão dessas demonstracões
consoante a estrutura de relat́rio financeiro aplicável.
B) rastrear fraudes e identificar se a aplicacão dos recursos financeiros da
empresa está de acordo com as normas impostas pelos ́rgãos de
fiscalizacão e regulamentacão.
C) apresentar relat́rio sobre a administracão e comunicar-se conforme
exigido pelas Normas Brasileiras de Contabilidade.
D) identificar se a empresa apresenta informacões nas demonstracões
contábeis de acordo com as normas impostas pelo Minist́rio Ṕblico.
E) comprovar se os ativos e passivos sofreram variacões conforme
estipulado no planejamento estrat́gico da empresa.
Comentários:
A Resolução CFC nº 1.203/09, que aprovou a NBC TA 200 –
Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em
Conformidade com Normas de Auditoria – descreve o objetivo da
Auditoria das Demonstrações Contábeis – Externa – da seguinte forma:
“aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis
por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a
expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de
relat́rio financeiro aplicável.”
As demais alternativas não são objetivos gerais do auditor
independente.
Gabarito: A
00000000000

33. (UFG-Auditor2010UFG) A auditoria governamental tem


como objetivo examinar a regularidade e avaliar a eficiência da
gestão administrativa e dos resultados alcançados pelas unidades
da administração direta e indireta. São objetos do exame de
auditoria
A) o cumprimento, pelos órgãos e entidades, dos princípios fundamentais
de planejamento, coordenação, descentralização, delegação de
competência e controle.
B) o desempenho administrativo e operacional das unidades da
administração direta e entidades supervisionadas.
C) os sistemas administrativos e operacionais de controle interno
utilizados na gestão orçamentária, financeira e patrimonial.

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D) a comprovação da legalidade e legitimidade e avaliação dos
resultados, quanto à economicidade, eficiência e eficácia da gestão.
Comentários:
Objeto da auditoria ́ “o que” vai ser auditado. Embora todas as
alternativas pudessem ser “objetivos” a serem verificados pela auditoria
governamental, a ́nica alternativa que traz um “objeto” ́ a de letra C,
gabarito da questão, pois ́ por meio da avaliação dos “sistemas
administrativos e operacionais de controle interno utilizados na gestão
orçamentária, financeira e patrimonial” que a auditoria vai chegar a suas
conclusões.
Gabarito: C

34. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na


prevenção e detecção de fraudes e erros ́:
A) da administração.
B) da auditoria interna.
C) do conselho de administração.
D) da auditoria externa.
E) do comitê de auditoria.
Comentários:
A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e
erros é da própria administração, tornando a alternativa A o gabarito da
questão.
De acordo com a NBC TA 240 - Responsabilidade do auditor
relacionada com fraude em auditoria de demonstrações contábeis -, a
principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos
responsáveis pela governança da entidade e da sua administração. Ainda
assim, a alternativa A estaria correta.
Gabarito: A

35. (UFG-ContadorUFG2006) A responsabilidade t́cnica est́


presente em qualquer tipo de prestação de serviço. No âmbito da
auditoria independente, a responsabilidade primária na detecção
de fraudes pertence aos 00000000000

A) Auditores internos.
B) Auditores externos.
C) Administradores da entidade.
D) Contadores.
Comentários:
Como na questão anterior, a responsabilidade primária na
prevenção e detecção de fraudes e erros é da própria administração,
tornando a alternativa C o gabarito da questão.
De acordo com a NBC TA 240 - Responsabilidade do auditor
relacionada com fraude em auditoria de demonstrações contábeis -, a
principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos
responsáveis pela governança da entidade e da sua administração. Ainda
assim, a alternativa C estaria correta.
Gabarito: C

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36. (ESAF/CVM/2010) A respeito da elaboração e divulgação das


demonstrações financeiras, com base em padrões contábeis
internacionais, é correto afirmar:
a) a adoção de padrões internacionais de contabilidade na elaboração e
divulgação das demonstrações financeiras é obrigatória para as
Companhias Abertas cujo capital social seja de propriedade de
companhias com sede no exterior.
b) a adoção de padrões contábeis internacionais por parte das
Companhias Abertas é opcional para o exercício findo em 2010 e
obrigatório a partir do exercício findo em 2011.
c) somente as Companhias Abertas com ações em bolsa deverão, a partir
do exercício findo em 2010, apresentar as demonstrações financeiras
consolidadas de acordo com os padrões contábeis internacionais.
d) é opcional às Companhias Abertas a adoção dos padrões internacionais
de contabilidade, desde que cumpram com as normas da legislação
societária.
e) a partir do exercício findo em 2010, as Companhias Abertas deverão
apresentar suas demonstrações financeiras consolidadas adotando o
padrão contábil internacional.
Comentários:
Primeiramente, ressalta-se que, por ser uma Prova da Comissão
de Valores Mobiliários (CVM), foi cobrado do candidato o conhecimento
das resoluções daquela Autarquia. Dessa forma, o art. 1º da Instrução
CVM 457/2007 determina que “as companhias abertas deverão, a partir
do exercício findo em 2010, apresentar as suas demonstrações
financeiras consolidadas adotando o padrão contábil internacional, de
acordo com os pronunciamentos emitidos pelo International Accounting
Standards Board – IASB.”
Cabe observar que as Normas Brasileiras de Contabilidade
aplicadas à Auditoria Independente (NBC PA e NBC TA) são aplicadas
para os exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2010.
Gabarito: E
00000000000

37. (FCC/TRT-6/2012) A empresa Jaú S.A. de capital aberto, por


problemas administrativos e financeiros, não efetuou a auditoria
externa de suas demonstrações financeiras nos anos de 2009,
2010 e 2011. Em 2012, por determinação da CVM foi solicitada a
apresentar as auditorias de todo o período, senão teria seu
registro cancelado. A empresa precisando manter essa forma de
capitação de recursos, contratou auditoria para emitir:
(A) parecer de auditoria para o ano de 2009 e relatório de auditoria para
os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria
vigentes a partir de 2010.
(B) parecer de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a
aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010.
(C) parecer de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de

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auditoria vigentes para o período até 2009, e relatório de auditoria para
os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria
vigentes a partir de 2010.
(D) relatório de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante
a aplicação das normas de auditoria vigentes até 2009.
(E) relatório de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de
auditoria vigentes para o período até 2009 e parecer de auditoria, para os
anos de 2010 e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria
vigentes a partir de 2010.
Comentários:
Questão que cobrou o entendimento de dois aspectos da aplicação
das novas normas de auditoria: A partir de quando elas entraram em
vigor e qual a nova denominação do produto entregue pelo auditor
independente. Dessa forma, o candidato deveria saber que as normas
atualmente vigentes devem ser aplicadas para exercícios iniciados em
01/01/2010, e que, por essas normas, o produto final do auditor
independente chama-se Relatório.
Dessa forma, o auditor contratado deveria aplicar a legislação
vigente em 2009 ao auditar aquele período, e emitir um Parecer de
Auditoria. A partir de 2010, deveria utilizar as novas normas e emitir um
Relatório de Auditoria. Mas atenção! Mesmo em 2012 há questões
utilizando a nomenclatura Parecer para se referir ao Relatório de Auditor
Independente.
Gabarito: C

38. (FCC/SEFAZ-SP/APOFP/2010) As normas brasileiras que


estabelecem os preceitos de conduta para o exercício profissional,
especificamente para aqueles que atuam como auditores
independentes, são estruturadas como:
a) NBC TI.
b) NBC PI.
c) NBC TA.
d) NBC PA.
e) NBC TP. 00000000000

Comentários:
Segundo a Resolução CFC nº 1.328/2011, que dispõe sobre a
Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, as NBC PA são as
Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas, especificamente, aos
contadores que atuam como auditores independentes. Essa mesma
Resolução define, ainda:
 NBC TI são as normas técnicas aplicáveis aos trabalhos de
Auditoria Interna;
 NBC PI são as normas profissionais aplicadas especificamente
aos contadores que atuam como auditores internos;
 NBC TA são as normas técnicas aplicadas à Auditoria
convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria
Independente emitidas pela IFAC (Federação Internacional de

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Contadores); e
 NBC TP são as normas técnicas aplicáveis aos trabalhos de
Perícia.
As palavras-chave para identificar que a questão tratava da NBC
PA eram: profissional e auditor independente.
Gabarito: D

39. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) De acordo com a estrutura


conceitual de trabalhos de asseguração, são elementos que
necessariamente devem estar presentes em um trabalho de
asseguração executado por um auditor independente, exceto:
a) Relacionamento entre duas partes
b) Objeto apropriado
c) Critérios adequados
d) Evidências apropriadas e suficientes
e) Relatório de asseguração escrito de forma apropriada
Comentários:
Segundo a NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL, o trabalho de
asseguração envolve o relacionamento entre três partes, envolvendo o
auditor independente, a parte responsável e os usuários previstos.
Gabarito: A

40. (FCC/COPERGÁS/2011) De acordo com as disposições


constantes da NBC TA Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual
para Trabalhos de Asseguração, é correto afirmar que:
a) os trabalhos de asseguração envolvem três partes distintas: o auditor
independente, a parte responsável e os usuários previstos.
b) o trabalho de asseguração limitada de demonstrações contábeis é
denominado auditoria.
c) os trabalhos de consultoria representam uma das espécies dos
trabalhos de asseguração.
d) o trabalho de asseguração razoável de demonstrações contábeis é
denominado revisão.
e) a parte responsável, nos trabalhos de asseguração, é a usuária das
00000000000

informações a serem fornecidas pelo auditor em seu relatório.


Comentários:
Para que as alternativas B e D se tornem corretas, basta substituir
asseguração limitada por razoável na primeira e fazer o inverso na
segunda.
A letra C está incorreta, pois consultoria é um trabalho realizado
pelo auditor independente que não faz parte dos trabalhos de
asseguração.
Por fim, a letra E está errada, já que a parte responsável, nos
trabalhos de asseguração, é a própria empresa auditada, não sendo,
necessariamente, a única usuária das informações.
Gabarito: A

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41. (FCC/ASLEPE/2014) De acordo com as Normas Brasileiras
de Auditoria, entre os princípios fundamentais de ética
profissional relevantes para o auditor quando da condução de
auditoria de demonstrações contábeis, figura a:
(A) integridade.
(B) publicidade.
(C) fidedignidade.
(D) legalidade.
(E) oportunidade.
Comentários:
Forma típica de cobrança desse assunto. Dos apresentados na
questão, apenas Integridade se refere a um dos cinco princípios
fundamentais de ética profissional relevantes.
Gabarito: A

42. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) De acordo com a NBC PA 290


– Independência – Trabalhos de Auditoria e Revisão, as ameaças
à independência do auditor se enquadram nas categorias a seguir,
exceto:
a) Interesse próprio – ocorre quando o interesse financeiro ou outro
interesse influenciará de forma não apropriada o julgamento ou o
comportamento do auditor.
b) Autorrevisão – ameaça que o auditor não avaliará apropriadamente
os resultados de julgamento dado ou serviço prestado anteriormente
por ele ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o auditor
confiará para formar um julgamento como parte da prestação do
serviço atual.
c) Defesa de interesse do cliente é a ameaça de que o auditor
promoverá ou defenderá a posição de seu cliente, a ponto em que a
sua objetividade fique comprometida.
d) Familiaridade é a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou
próximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aos interesses
dele ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento.
e) Integridade é a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir com
00000000000

honestidade em decorrência de pressões reais ou aparentes, incluindo


tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor.
Comentários:
A letra E trocou ameaça de INTIMIDAÇÃO por INTEGRIDADE,
tornando-a incorreta. O resto está literal da NBC PA 290, que trata de
independência.
Gabarito: E

43. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) Relacione os tipos de auditoria


apresentados na Coluna 1 com as suas funções descritas na
Coluna 2.
Coluna 1 Coluna 2
I. Auditoria ( ) Ajudar a organização mediante a

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Independente. identificação e avaliação das
II. Auditoria de exposições significativas a riscos e
monitoramento do ajudar na contribuição para a melhoria
controle interno. da gestão de risco e dos sistemas de
III. Auditoria de sistemas. controles.
IV. Auditoria de atividades ( ) É responsável por revisar a
operacionais. economia, eficiência e eficácia das
V. Auditoria de gestão de atividades operacionais, incluindo as
riscos. atividades não financeiras de uma
entidade.
( ) Revisar os controles, monitorar sua
operação e fornecer recomendações
de melhoria em relação aos mesmos.
( ) Emitir uma opinião sobre o
conjunto completo de demonstrações
contábeis mediante a aplicação de
testes detalhados de transações,
saldos e procedimentos.
( ) Gerenciar o risco operacional
envolvido e avaliar a adequação das
tecnologias e sistemas de informação
utilizados na organização através da
revisão e avaliação dos controles,
desenvolvimento de sistemas,
infraestrutura, operação, desempenho
e segurança que envolve o
processamento de informações críticas
para a tomada de decisão.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para


baixo, é:
a) 1 – 2 – 3 – 4 – 5
b) 5 – 4 – 2 – 1 – 3
00000000000

c) 4 – 2 – 3 – 5 – 1
d) 5 – 2 – 4 – 3 – 1
e) 4 – 5 – 2 – 1 - 3
Comentários:
1 – Auditoria independente: emitir uma opinião sobre as
demonstrações contábeis;
2 – Auditoria de monitoramento de controle interno: revisar,
monitorar e recomendar melhorias nos controles;
3 – Auditoria de sistemas: avaliar a adequação das tecnologias e
sistemas de informação;
4 – Auditoria de atividades operacionais: revisar a economia, a
eficiência e a eficácia das atividades operacionais;

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5 – Auditoria de gestão de riscos: avaliar exposição a riscos e
recomendar melhorias.
Gabarito: B

44. (ESAF/ARFB/2012) Pode-se afirmar que, para a aceitação do


risco de um trabalho de auditoria externa, deve o auditor avaliar:
I. Se os sócios e equipe são, ou podem razoavelmente tornar-se,
suficientemente competentes para assumir o trabalho.
II. qual a atitude dos colaboradores e dos grupos de
colaboradores em relação ao ambiente de controle interno e seus
pontos de vista sobre interpretações agressivas ou inadequadas
de normas contábeis.
III. se terá acesso aos especialistas necessários para a realização
do trabalho.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas II e III estão erradas.
d) Somente a III está correta.
e) Todas estão erradas
Comentários:
Embora esta questão tenha sido controversa, o item I pode ser
considerado correto a partir dos requisitos básicos para aceitação do
trabalho do auditor. Ele deverá avaliar essa competência dos sócios e
equipe para assumir o trabalho.
Da mesma forma, deverá avaliar o ambiente de controle da
empresa (item II) e se poderá contar com o uso de especialistas,
conforme orienta a NBC TA 620 (item III). Portanto, todos os itens estão
corretos.
Gabarito: A

45. (FCC/TCE-AM/2013) Um auditor detectou indício de


irregularidade fora do escopo da auditoria, fato que foi
devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção
das providências cabíveis. Essa medida foi tomada pelo auditor
00000000000

em atendimento:
(A) ao sigilo profissional.
(B) ao zelo profissional.
(C) à competência técnica.
(D) à independência profissional.
(E) à ética profissional.
Comentários:
Em uma situação como essa o auditor demonstrou zelo profissional.
Embora o fato não estivesse no escopo da auditoria que ele estava
realizando, não “deixou passar” o indício que por ventura detectou,
informando ao seu chefe para que este tomasse as providências
necessárias (por exemplo, planejasse outra auditoria para verificação do

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fato informado). O zelo profissional é um princípio fundamental ético que
deve ser seguido pelo auditor.
As outras alternativas também são requisitos que devem ser
cumpridos pelo auditor, mas não se referem ao fato enunciado na
questão.
Gabarito: B

46. (FCC/TRT-6/2012) De acordo com as normas de auditoria


externa, quando o auditor desenvolve seus trabalhos com uma
postura que inclui questionamento e avaliação crítica e detalhada,
e desempenhe os trabalhos com alerta para condições que possam
indicar possível distorção, devido a erro ou fraude nas
demonstrações financeiras, o auditor está aplicando:
a) julgamento profissional.
b) ceticismo profissional.
c) equidade profissional.
d) diligência profissional.
e) neutralidade profissional.
Comentários:
Embora as outras características sejam observadas na postura e no
exercício da profissão do auditor independente, quando se trata de
característica questionadora, detalhista e crítica, estamos nos referindo ao
ceticismo profissional do auditor.
Gabarito: B

47. (FCC/TRE-CE/2012) Um auditor externo ao proceder a


auditoria da empresa Grãos e Cia, constata no ano de 2010, na
fase pré-operacional da unidade construída em Palmas, o custo
de R$ 18.000.000,00 relativos à terraplanagem do terreno da
fábrica. Foram feitos os testes, que evidenciaram que o
contrato de serviços de terraplanagem foi realizado com
empresa devidamente constituída juridicamente e em atividade
normal. O pagamento do serviço contratado foi efetuado à
empresa de terraplanagem e comprovado por pagamento
00000000000

eletrônico constante do extrato bancário. O auditor em


procedimento complementar e diante da expressividade dos
valores foi até a unidade verificar os serviços. Ao indagar
alguns funcionários foi informado que o serviço de
terraplanagem havia sido feito pela prefeitura da cidade, a qual
também doou o terreno a empresa Grãos e Cia. Os funcionários
também informaram que nunca esteve na empresa Grãos e Cia
qualquer funcionário da empresa de terraplanagem contratada.
O procedimento do auditor mostra uma postura de:
(A) falta de ética profissional por desconfiar da administração.
(B) investigação, atitude não pertinente às atividades do auditor.
(C) julgamento profissional avaliando a licitude dos atos da equipe de
auditores.

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(D) representante da Governança no processo de identificação de todas
as fraudes.
(E) ceticismo profissional adequada às normas de auditoria.
Comentários:
De forma resumida, observa-se pelo caput da questão que o auditor
havia aplicado diversos testes para verificação da idoneidade do
pagamento à empresa que teria prestado serviços de terraplanagem,
mas, mesmo assim, entendeu ser necessária a verificação in loco para
comprovação daqueles serviços. Essa postura questionadora, conforme
visto na questão anterior, é uma característica do ceticismo profissional
exigido pelas normas de auditoria.
Não se trata de falta de ética (letra A). É uma investigação, mas
essa atitude é pertinente às atividades do auditor (letra B). Com essa
postura o auditor não está avaliando a equipe de auditores, mas sim o
objeto auditado (letra C). O auditor independente não é um representante
da Governança e nem está preocupado com todas as fraudes, apenas as
relevantes (letra D).
Gabarito: E

48. (FCC/TRT-20/2011) Dentre outros, são princípios


fundamentais de ética profissional relevantes para o Auditor
quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis:
(A) formalismo e confiabilidade.
(B) integridade e pessoalidade.
(C) confidencialidade e motivação.
(D) formalismo e objetividade.
(E) integridade e objetividade.
Comentários:
Questão bastante literal. Conforme visto na parte teórica, os cinco
princípios fundamentais de ética profissional, constantes na NBC TA 200
são: integridade; objetividade; competência e zelo profissional;
confidencialidade e comportamento (conduta) profissional.
Gabarito: E
00000000000

49. (FCC/INFRAERO/2011) De acordo com as Normas Técnicas


de Auditoria Independente, é princípio fundamental de ética
profissional a:
(A) interação com o auditado.
(B) objetividade.
(C) parcialidade.
(D) integralidade.
(E) subjetividade.
Comentários:
Em relação à Ética, as bancas exploram bastante este tipo de
questão, e tendem a ser literais. As explicações estão na questão
anterior. Apenas cuidado com armadilhas como a letra D. O princípio é
integridade e não integralidade.

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Gabarito: B

50. (FCC/TRF–1/2011) Considere as assertivas a seguir:


I. A auditoria é uma investigação oficial de suposto delito.
Portanto, o auditor não recebe poderes legais específicos, tais
como o poder de busca, que podem ser necessários para tal
investigação.
II. Desde que o auditor assine declaração de independência, não
é mais necessário que decline de trabalhos nos quais existam, na
administração da empresa auditada, parentes em nível de
segundo grau.
III. Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há
um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das
demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a
auditoria seja adequadamente planejada e executada em
conformidade com as normas legais de auditoria.
Está correto o que se afirma SOMENTE em:
(A) II e III.
(B) I e II.
(C) I.
(D) II.
(E) III.
Comentários:
Para o item I ficar correto, basta inserir a palavra não aṕs “A
auditoria”. Sabemos que a Auditoria não é uma investigação de suposto
delito, e por isso mesmo o auditor não tem poder de busca.
Embora a nova legislação (NBC PA 290) não fale mais em grau de
parentesco para questões de independência, as provas ainda continuam
cobrando esse conhecimento. A NBC P 1 (revogada) determinava que
estava impedido de aceitar o trabalho o auditor que tivesse vínculo
conjugal ou de parentesco consanguíneo em linha reta, sem limites de
grau, em linha colateral até o 3º grau e por afinidade até o 2º grau, com
administradores, acionistas, sócios ou com empregados que tenham
ingerência na sua administração ou nos negócios ou sejam responsáveis
00000000000

por sua contabilidade. Portanto, o item II está incorreto.


Atualmente, o auditor tem que verificar a posição do familiar
imediato ou próximo na empresa auditada (se é conselheiro, diretor,
etc.), assim como relacionamento próximo com essas pessoas,
independentemente de parentesco e também o papel do próprio auditor
naquela firma de auditoria (sócio encarregado do trabalho, etc.).
O item III está correto, como veremos em aula referente a Riscos
de Auditoria.
Gabarito: E

51. (FCC/TRF-1/2011) É prática ética do auditor:


a) guardar sigilo das informações que obteve para realização da
auditoria das demonstrações contábeis, dando divulgações dessas

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informações somente nas situações em que a lei ou as normas de
auditoria permitam.
b) auditar empresa na qual sua prima de segundo grau é diretora
financeira e administrativa, desde que declare no relatório de auditoria a
existência dessa parte relacionada.
c) realizar auditoria de demonstrações contábeis de companhia aberta,
desde que tenha no mínimo o registro no CRC, como contador.
d) conduzir os trabalhos de auditoria de forma a não repetir os
procedimentos aplicados no ano anterior, para contas nas quais não
foram encontradas irregularidades, reduzindo assim o número de contas a
serem auditadas.
e) aviltar honorários com a justificativa de manutenção do cliente, do
quadro de funcionários da firma e da sua estrutura administrativa.
Comentários:
Mais uma questão que ainda cobrou a questão de grau de
parentesco, quando relacionado à independência do auditor. Conforme
visto em exercício anterior, a letra B está incorreta.
Para realizar auditoria independente em companhia aberta, além de
registro no CRC, o contador tem que ser registrado também na CVM.
Portanto, a alternativa C está errada.
A letra D não faz sentido, uma vez que não é porque não se
encontrou distorções relevantes em uma conta no exercício anterior que o
auditor não poderá encontrar no atual.
Por fim, o auditor tem que estabelecer seus honorários de acordo
com a complexidade da empresa auditada, número de horas que
precisará para terminar o trabalho, etc. Não poderá diminuir seus
honorários apenas porque deseja manter seu cliente. Dessa forma, a letra
E está incorreta.
Gabarito: A

52. (FCC/TRT-4/2011) Não corresponde a um princípio


fundamental da conduta ética do auditor a:
a) integridade dos trabalhos executados.
b) competência técnica nas análises e avaliações.
00000000000

c) postura mental independente.


d) subjetividade na aplicação dos procedimentos.
e) confidencialidade das informações.
Comentários:
Conforme verificado na parte teórica, o auditor deve ter
objetividade na aplicação dos procedimentos de auditoria e não
subjetividade. Portanto, a letra D é o gabarito da questão.
Confidencialidade (letra E), independência de pensamento (letra C),
competência profissional (letra B) e integridade (letra A) são princípios
exigidos do auditor.
Gabarito: D

53. (FCC/ISS-SP/2012) A independência do auditor externo da


empresa Aquisição S.A. é comprometida pelas situações:

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I. A empresa Aquisição S.A. comprou a empresa Ágile S.A. A
firma de auditoria da adquirente é a mesma que realizou os
trabalhos de due dilligence da empresa Aquisição S.A. e de
consultoria tributária no ano da aquisição para a empresa Ágile.
II. O diretor financeiro da empresa Ágile S.A é primo em segundo
grau do diretor presidente da empresa Aquisição S.A.
III. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a
empresa Aquisição S.A. em suas contingências tributárias.
Afeta a independência do auditor externo o que consta em:
(A) III, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I, II e III.
(D) I, apenas.
(E) II e III, apenas.
Comentários:
Em relação ao item I, conforme determina a NBC PA 290, serviços
complementares, fiscais (consultoria tributária) ou judiciais (due
diligence), não necessariamente causariam perda de independência.
Depende da forma como esses serviços afetariam as demonstrações
contábeis e sua materialidade, dentre outros fatores. De qualquer forma,
a questão não deu essas informações e considerou que, em regra, há
perda de independência no cenário demonstrado.
No item II não há a figura do auditor. Repare que estamos falando
das duas empresas (adquirente e adquirida). Portanto, entendemos que
não há que se falar em perda de independência.
Por fim, o item III não afeta, necessariamente, a Independência.
Questão confusa, mas a FCC manteve o gabarito.
Gabarito: D

54. (FCC/MPE-PE/2012) NÃO representa um requisito


necessário para que o auditor possa conduzir adequadamente os
trabalhos de asseguração das demonstrações contábeis:
(A) ceticismo profissional.
(B) acesso irrestrito a todas as informações necessárias para
00000000000

fundamentar seu parecer.


(C) julgamento profissional.
(D) corresponsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis
da entidade auditada.
(E) obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente.
Comentários:
Não há corresponsabilidade do auditor em relação às
demonstrações contábeis. Essas são de responsabilidade da
administração da entidade auditada. O auditor, em seu trabalho de
asseguração (auditoria ou revisão), é contratado para emitir uma opinião
acerca dessas demonstrações (ou parte delas, no caso de asseguração
limitada).

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As alternativas A e C já foram amplamente explicadas até o
momento. Já a letra B está correta, pois é uma prerrogativa do auditor
ter acesso a todas as informações necessárias para conseguir dar uma
opinião acerca das demonstrações contábeis. Por fim, ele tem que se
embasar em obtenção de evidência apropriada e suficiente para emitir
essa opinião (letra E).
Gabarito: D

55. (ESAF/CVM/2010) Assinale a opção que indica uma exceção


aos princípios fundamentais de ética profissional relevantes para
o auditor na condução de trabalhos de auditoria das
demonstrações contábeis.
a) Independência técnica.
b) Confidencialidade.
c) Competência e zelo profissional.
d) Comportamento e conduta profissional.
e) Objetividade.
Comentários:
O Código de Ética Profissional do Contador (Resolução nº
803/1996), a NBC TA 200, assim como a NBC PA 01, que trata do
controle de qualidade para firmas de auditoria, estabelece como princípios
fundamentais de ética profissional: integridade; objetividade;
competência profissional e devido zelo; confidencialidade e
comportamento profissional.
Dessa forma, para responder esta questão, bastava ficar atento
para a letra “a”, que não corresponde a um desses princípios
fundamentais da ética profissional. A ESAF tentou confundir o candidato,
trocando “integridade” por “independência t́cnica”.
Gabarito: A

56. (ESAF/AFRFB/2009) O auditor da empresa Negócios S.A.


estabeleceu três procedimentos obrigatórios para emissão do
parecer. O primeiro, que a empresa renovasse o contrato de
auditoria para o próximo ano, o segundo, que a empresa emitisse
00000000000

a carta de responsabilidade da administração e o terceiro, que o


parecer seria assinado por sócio do escritório de contabilidade,
cuja única formação é administração de empresas. Pode-se
afirmar, com relação aos procedimentos, respectivamente, que:
a) é ético, não é procedimento de auditoria e atende as normas de
auditoria e da pessoa do auditor.
b) não é ético, não é procedimento de auditoria e não atende as normas
de auditoria e da pessoa do auditor.
c) é ético, não deve ser considerado para emissão do parecer e atende
as normas de auditoria e da pessoa do auditor.
d) é ético, considera-se apenas em alguns casos para emissão do
parecer e não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor.
e) não é ético, é procedimento de auditoria e não atende as normas de

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auditoria e da pessoa do auditor.
Comentários:
O primeiro procedimento (... que a empresa renovasse o contrato
de auditoria para o próximo ano) não é ético, uma vez que o Código de
Ética proíbe que o auditor relacione a emissão de sua opinião ao tipo de
cliente ou vantagem que venha a ser obtida deste.
O segundo procedimento (... que a empresa emitisse a carta de
responsabilidade da administração) é uma obrigação do auditor, conforme
determina a NBC TA 580, que estabelece que as representações formais
são informações necessárias que o auditor exige relativamente à auditoria
das demonstrações contábeis da entidade. Nesse ponto, deve-se ressaltar
que a nova norma chama de “Representações Formais” o que a revogada
NBC T 11 denominava de “Carta de Responsabilidade da Administração”.
Ressalta-se que há outras representações formais além dessa Carta de
Responsabilidade.
Por fim, o terceiro procedimento (o parecer seria assinado por sócio
do escritório de contabilidade, cuja única formação é administração de
empresas) vai de encontro à legislação que estabelece que apenas
Contadores podem assinar um Relatório acerca das demonstrações
contábeis de uma empresa.
Gabarito: E

57. (ESAF/CVM/2010) Assinale a opção que indica uma ação


capaz de eliminar a perda de independência da entidade de
auditoria por interesse financeiro direto.
a) Fazer constar nos relatórios produzidos o tipo de interesse financeiro,
a extensão desse interesse.
b) Encerrar o trabalho de auditoria ou transferi-lo a outra entidade.
c) Alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa física tornar-se
membro da equipe de auditoria.
d) Alienar o interesse financeiro ou transferi-lo temporariamente até a
conclusão dos trabalhos.
e) Comunicar às entidades de supervisão e controle a existência desse
interesse e aguardar pronunciamento.
00000000000

Comentários:
Segundo a NBC PA 02, vigente à época e que tratava da
independência do auditor, interesses financeiros são a propriedade de
títulos ou qualquer outro tipo de investimento adquirido ou mantido pela
entidade de auditoria, seus sócios, membros da equipe de auditoria ou
membros imediatos da família destas pessoas, relativamente à entidade
auditada, suas controladas ou integrantes de um mesmo grupo
econômico. A mesma norma estabelece que as únicas ações disponíveis
para eliminar a perda de independência são:
 Alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa física
tornar-se membro da equipe de auditoria;
 Alienar o interesse financeiro indireto relevante em sua
totalidade ou alienar uma quantidade suficiente dele para

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que o interesse remanescente deixe de ser relevante antes
de a pessoa tornar-se membro da equipe de auditoria; ou
 Afastar o membro da equipe de auditoria do trabalho da
entidade auditada.
Dessa forma, a única alternativa que se enquadra nos itens
previstos pela norma é a letra “c”.
A nova norma que trata do assunto – NBC PA 290 - estabelece que
“a importância de qualquer ameaça deve ser avaliada e salvaguardas
devem ser aplicadas quando necessário para eliminar a ameaça ou
reduzi-la a um nível aceitável. Exemplos dessas salvaguardas incluem a
retirada do membro da equipe de auditoria que tem o interesse financeiro
e a revisão, por outro auditor, do trabalho do membro da equipe de
auditoria.”
Gabarito: C

58. (ESAF/CVM/2010) Visando manter a qualidade e a


credibilidade do seu trabalho, ao identificar ameaças que possam
comprometer a sua independência, o auditor deve tomar a
seguinte providência:
a) comunicar a direção da entidade auditada, para que sejam tomadas
as providências necessárias à sua eliminação.
b) aplicar as salvaguardas adequadas, para eliminar as ameaças ou
reduzi-las a um nível aceitável, documentando-as.
c) propor aos responsáveis pela entidade de auditoria a supressão das
ameaças mediante acordo entre as entidades.
d) documentar as ameaças e comunicá-las aos órgãos de supervisão e
controle do setor em que atua a entidade auditada.
e) eliminar as ameaças mediante comunicação aos responsáveis pela
governança da entidade auditada e fazer constar tais providências no
seu parecer.
Comentários:
Segundo a NBC PA 02, vigente à época, a independência do
auditor pode ser afetada por ameaças de interesse próprio, autorrevisão,
defesa de interesses da entidade auditada, familiaridade e intimidação. A
mesma norma determina que “quando são identificadas ameaças, exceto
00000000000

aquelas, claramente, insignificantes, devem ser definidas e aplicadas


salvaguardas adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível
aceitável. Essa decisão deve ser documentada”. Dessa forma, a letra “b”
é a resposta correta.
As outras opções estão erradas porque o auditor não deve
comunicar à entidade auditada nem a órgãos de supervisão e controle do
setor em que esta atua acerca de uma ameaça de independência, já que
quem deve aplicar as salvaguardas adequadas é o próprio auditor. Além
disso, não há que se falar em acordo entre as entidades de auditoria e
auditada para supressão das ameaças.
O mesmo entendimento vale para as novas normas de auditoria.

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Gabarito: B

59. (ESAF/ISS-Natal/2008) A firma de auditoria Verificações


Ltda. foi convidada, pela empresa Múltiplos S.A., para elaborar
proposta de auditoria para suas demonstrações contábeis
relativas ao ano de 2007. O auditor, nesse período, já havia
efetuado a revisão das declarações de imposto de renda da
empresa e consultoria, elaborando a avaliação dos ativos de uma
empresa coligada, para que a mesma fosse incorporada pela
empresa Múltiplos S.A. Deve o auditor, nessa situação,
A) recusar o convite de auditoria por conflito nos trabalhos já
executados e os a serem desempenhados.
B) participar do processo elaborando proposta que evidencie os
trabalhos já executados e os honorários cobrados.
C) omitir os serviços de consultoria prestados, deixando que o cliente
analise sua independência ou não para realização do trabalho.
D) Exigir os trabalhos como complemento das atividades já
desempenhadas na empresa.
E) aceitar o convite, com limitação de escopo, restringindo os trabalhos
somente aos processos dos quais não tenha participado como consultor.
Comentários:
A prestação de outros serviços podem criar ameaças à
independência da entidade de auditoria ou de membros da equipe de
auditoria.
No caso em tela, o serviço prestado pela firma de auditoria é de
avaliação de ativos, o que é considerado passível dessa perda.
Assim, o auditor deve recusar o convite de auditoria por conflito nos
trabalhos de auditoria a serem realizados com o de avaliação de ativos, já
concluído.
Gabarito: A

60. (VUNESP/SPTrans/2012) A pessoa do auditor deve ser ade


alguém com profundo equilíbrio e probidade, uma vez que sua
opinião influenciará outras pessoas, principalmente em relação a
00000000000

interesses financeiros e comerciais que eventuais acionistas,


proprietário se outros interessados possam ter. Nesse contexto,
afigura do auditor seguirá alguns princípios básicos da profissão,
entre eles:
(A) integridade, objetividade, ceticismo, conformismo, tempestividade e
comportamento profissional.
(B) objetividade, ceticismo, profissionalismo, coerência e educação.
(C) cumplicidade, coerência, confidencialidade, uniformidade de
conclusões e conduta.
(D) integridade, objetividade, competência e zelo profissional,
confidencialidade e comportamento (ou conduta) profissional.
(E) comportamento pessoal, regularidade, tempestividade, julgamento e
uniformidade de conclusões.

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Comentários:
Mudando um pouco de banca, mas novamente uma questão literal
sobre o assunto. Conforme visto na parte teórica, integridade,
objetividade, competência e zelo profissional, confidencialidade e
comportamento (ou conduta) profissional são os princípios fundamentais
explícitos na NBC TA 200 que devem ser seguidos pelo auditor.
Gabarito: D

61. (FEPESE/ISS-FLORIANÓPOLIS/2014) Analise as afirmativas


abaixo a respeito da responsabilidade da administração da
entidade em relação às demonstrações contábeis que estão sendo
auditadas.
1. A administração reconhece que a elaboração das
demonstrações contábeis de forma adequada é de sua
responsabilidade.
2. A administração entende que não se exime da sua
responsabilidade quando as demonstrações contábeis são
auditadas de acordo com as normas de auditoria aprovadas pelo
Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
3. A administração da entidade deve dar amplo e irrestrito
acesso aos auditores que estão auditando as demonstrações
contábeis, exceto os relativos à auditoria corrente.
4. A administração é responsável pelo sistema de controle
interno, que é base para o processo de auditoria.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
A. São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
B. São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.
C. São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
D. São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
E. São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
Comentários:
A afirmativa III está errada, pois a administração da entidade deve
dar amplo e irrestrito acesso aos auditores que estão auditando as
demonstrações contábeis, inclusive os relativos à auditoria corrente.
00000000000

Gabarito: C

62. (CESGRANRIO/BNDES/2013) Uma companhia, na elaboração


das suas demonstrações contábeis financeiras relativas ao
exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010, face às
dúvidas existentes de classificação e apuração de algumas
receitas, teve a participação da auditoria externa na apuração de
tais valores, na classificação das contas e na elaboração de parte
das demonstrações contábeis. Nesse contexto, a responsabilidade
pela elaboração de tais demonstrações contábeis é do(a):
(A) Auditor Externo
(B) Auditor Externo e do Contador
(C) Administrador e do Auditor Externo
(D) Empresa e do Auditor Externo

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(E) Empresa
Comentários:
Questão que não dá para errar. A responsabilidade pela elaboração
das demonstrações contábeis é só da Empresa. Questões trazem como
sinônimo, também, Administração. NUNCA essa responsabilidade será
dividida com o auditor externo.
Gabarito: E

63. (ESAF/Pref. Natal/AFTM/2008) Na execução dos trabalhos


de auditoria externa, normalmente são utilizadas equipes técnicas
para o desempenho do trabalho. Pode-se afirmar que a
responsabilidade técnica do trabalho é:
A) de toda a equipe técnica, desde que supervisionada pelo auditor.
B) dos gerentes do projeto e do sócio-auditor, por possuírem formação
pertinente.
C) da firma de auditoria, que assume os riscos mediante contrato.
D) do auditor, que assumirá total responsabilidade pelos
trabalhos executados.
E) de todos os sócios da firma de auditoria, por
responderem solidariamente e ilimitadamente.
Comentários:
De acordo com a NBC TA 220, sócio encarregado do trabalho
(auditor) é o sócio ou outra pessoa na firma, responsável pelo
trabalho, sua execução e pelo relatório de auditoria ou outros relatórios
emitidos em nome da firma, e quem, quando necessário, tem a
autoridade apropriada de um órgão profissional, legal ou regulador.
Assume a responsabilidade exclusiva pela condução e resultado dos
trabalhos.
Gabarito: D

64. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na


prevenção e detecção de fraudes e erros é:
a) da administração.
b) da auditoria interna. 00000000000

c) do conselho de administração.
d) da auditoria externa.
e) do comitê de auditoria.
Comentários:
Segundo a NBC T 11, norma vigente quando da aplicação dessa
prova, a responsabilidade primária na prevenção e identificação de
fraudes e erros é da administração da entidade, através da
implementação e manutenção de adequado sistema contábil e de controle
interno. Entretanto, o auditor deve planejar seu trabalho de forma a
detectar fraudes e erros que impliquem efeitos relevantes nas
demonstrações contábeis.
Embora essa norma tenha sido revogada, o item 4 da NBC TA 240
(vigente) estabelece que “a principal responsabilidade pela prevenção e

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detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da
sua administração”.
Por fim, conforme verificamos na NBC TI 01, a Auditoria Interna
“deve assessorar a administração da entidade no trabalho de
prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por
escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações
de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho.” (Grifos
nossos)
Gabarito: A

65. (ESAF/ARFB/2012) A empresa Betume S.A. é uma empresa


de interesse público que vem sendo auditada pela empresa Justos
Auditores Independentes, pelo mesmo sócio-principal há sete
anos. Considerando a NBC PA 290, deve a firma de auditoria
externa:
a) ser substituída por outra, não podendo retornar a fazer a auditoria da
empresa no prazo de dez anos.
b) fazer a substituição desse sócio-principal, podendo o mesmo retornar
a fazer trabalhos de auditoria nessa companhia somente após cinco
anos.
c) substituir toda a equipe de auditoria, podendo retornar aos trabalhos
nessa companhia, decorridos no mínimo três anos.
d) trocar o sócio-principal e demais sócios-chave do trabalho, podendo
retornar a fazer auditoria após decorrido o prazo de dois anos.
e) comunicar ao cliente a manutenção do sócio-principal, ficando a cargo
do órgão regulador a determinação ou não da substituição.
Comentários:
Embora a NBC PA 290, que trata do tema, estabeleça em seu texto
algumas situações em que o rodízio do sócio-principal pudesse ser exigido
em prazo diferente, a regra é que essa alternância ocorra em cinco
anos. Da mesma forma, em regra, o prazo para o retorno desse sócio e
dos sócios-chave para o trabalho é de dois anos.
Nesse contexto, como o caput da questão deixa claro que já se
passaram até mais de cinco anos, a única alternativa é a expressa na
00000000000

opção D.
Gabarito: D

66. (CESGRANRIO/BNDES/2009) Quando se objetiva determinar


se certas atividades financeiras ou operacionais de uma entidade
obedecem às regras ou regulamentos que a elas se aplicam,
realiza-se uma auditoria
a) de demonstrações contábeis.
b) de compliance.
c) administrativa.
d) operacional.
e) transacional.
Comentários:

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A auditoria operacional consiste em avaliar as ações gerenciais e os
procedimentos relacionados ao processo operacional, procurando auxiliar
a administração na gerência e nos resultados, por meio de
recomendações que visem aprimorar procedimentos.
Em contraponto à auditoria operacional, temos a Auditoria de
Regularidade (ou de conformidade ou de compliance), quando se
objetiva determinar se certas atividades financeiras ou operacionais de
uma entidade obedecem às leis, regras ou regulamentos que a elas se
aplicam.
Ou seja, o tipo de auditoria apresentado no enunciado é a auditoria
de compliance.
Gabarito: B

67. (CESGRANRIO/INEA-Auditor/2008) Existem os seguintes


tipos de auditoria pública: Auditoria de Gestão, Auditoria Contábil,
Auditoria de Sistema e Auditoria Especial. Seguindo essa
classificação, a Auditoria Especial objetiva
a) examinar e certificar a situação de fatos relevantes por determinação
do Tribunal de Contas ou do Presidente do Congresso Nacional.
b) examinar a regularidade nas contas de Ministros de Estado, por
determinação do Presidente da República, do Ministério Público, ou ainda
dos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
c) examinar os fatos e situações consideradas relevantes, de natureza
incomum ou extraordinária, sendo realizada para atender determinação,
exclusivamente, do Presidente do Senado Federal.
d) examinar os fatos e situações consideradas relevantes, de natureza
incomum ou extraordinária, sendo realizada para atender determinação
do Presidente da República, de Ministros de Estado ou solicitação de
outras autoridades.
e) emitir opinião sobre irregularidades orçamentárias que tenham sido
provocadas pelo gestor do órgão público, sob requerimento exclusivo do
Ministério Público.
Comentários:
A Auditoria Especial objetiva o exame de fatos ou situações
00000000000

consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinária,


sendo realizadas para atender determinação expressa de autoridade
competente.
Observe que a alternativa C também traz a característica de
atendimento a situações consideradas relevantes, de natureza incomum
ou extraordinária, mas para atender determinação, exclusivamente, do
Presidente do Senado Federal, o que está incorreto.
Gabarito: D

68. (CESGRANRIO/EPE/2014) A atividade que tem entre os seus


objetivos verificar a efetividade e a aplicação de recursos
externos, oriundos de agentes financeiros e organismos
internacionais, por unidades ou entidades públicas executoras de
projetos celebrados com aqueles organismos, conforme o Manual

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do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, é
denominada auditoria
a) contábil
b) de gestão
c) especial
d) externa
e) operacional
Comentários:
A Auditoria Contábil objetiva obter elementos comprobatórios
suficientes que permitam opinar se os registros contábeis foram
efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se
as demonstrações contábeis refletem, adequadamente, a situação
econômico-financeira do patrimônio.
Gabarito: A

69. (CESPE/AUGE-MG/2009) A auditoria da gestão pública é a


vertente da auditoria governamental realizada pelo Estado
visando ao controle de sua gestão. Assinale a opção correta
acerca dos tipos de auditoria governamental.
a) A verificação do cumprimento da legislação pertinente é objeto da
auditoria contábil.
b) A auditoria de sistemas tem, entre outros, o objetivo de identificar as
áreas críticas e riscos potenciais, proporcionando as bases para a sua
eliminação ou redução.
c) A análise da realização físico-financeira, em face dos objetivos e metas
estabelecidos, é um aspecto contemplado pela auditoria de gestão.
d) A auditoria integral utiliza-se de critérios sob a ótica dos quais busca
avaliar a organização, como, por exemplo, a gestão e o desenvolvimento
de pessoas.
e) Constitui objetivo da auditoria operacional aferir a confiabilidade, a
segurança, a fidedignidade e a consistência dos sistemas administrativos,
gerenciais e de informações.
Comentários:
Questão extraída da classificação encontrada na obra de Peter e
00000000000

Machado (2008), acerca dos tipos de auditoria governamental. Como


podemos observar, a única alternativa correta é a letra E.
As demais trazem conceitos equivocados. Procurem, no estudo das
classificações, identificar palavras ou expressões-chave, que normalmente
não faltariam na definição do assunto, como por exemplo:
– auditoria de sistemas: sistemas eletrônicos de processamento de
dados;
– auditoria especial: natureza incomum ou extraordinária, autoridade.
Gabarito: E

70. (CESPE/Câmara dos Deputados/2014) A respeito dos tipos e


modalidades de auditoria no setor público, julgue os itens a
seguir. Um dos objetivos da auditoria contábil ́ emitir opinião

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acerca da adequação e da fidedignidade das demonstrações
financeiras quanto ̀ aplicação, por parte das entidades públicas
executoras, de recursos externos oriundos de projetos celebrados
com organismos internacionais.
Comentários:
Como vimos na parte teórica, a Auditoria Contábil tem por objeto,
também, verificar a efetividade e a aplicação de recursos externos,
oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais, por
unidades ou entidades públicas executoras de projetos celebrados com
aqueles organismos com vistas a emitir opinião sobre a adequação e
fidedignidade das demonstrações financeiras.
Gabarito: C

71. (CESPE/Câmara dos Deputados/2014) A respeito dos tipos e


modalidades de auditoria no setor ṕblico, julgue os itens a
seguir. Por meio da auditoria operacional preveem-se os
obst́culos ao desempenho da missão institucional da entidade,
uma vez que se atua em tempo real sobre os atos efetivos da
entidade.
Comentários:
Vejam a definição apresentada na aula: a Auditoria de
Acompanhamento da Gestão é realizada ao longo dos processos de
gestão, com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos
efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade ou
entidade federal, evidenciando melhorias e economias existentes no
processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua missão
institucional.
Assim, a definição apresentada na questão não corresponde à
definição de auditoria operacional, e sim de auditoria de
acompanhamento da gestão.
Gabarito: E
18078271867
72. (CESPE/AFT/2013) O relat́rio de auditoria de recursos
externos deve ser elaborado pelo organismo internacional
contratante e encaminhado ̀ Controladoria-Geral da União e ̀s
00000000000

unidades setoriais e regionais do Sistema de Controle Interno.


Comentários:
Segundo a definição da IN 0101, estudada na aula, a auditoria
contábil citada na questão objetiva obter elementos comprobat́rios
suficientes que permitam opinar se os registros contábeis foram
efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se
as demonstracões deles originárias refletem, adequadamente, em seus
aspectos mais relevantes, a situacão econômico-financeira do patrimonio,
os resultados do período administrativo examinado e as demais situacões
nelas demonstradas.
Ou seja, quem elabora o relatório não é o organismo internacional,
mas sim o Sistema de Controle interno.

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Gabarito: E

73. (CESPE/ANP/2013) A auditoria de acompanhamento de


gestão ́ realizada ao longo do exercício financeiro em curso, com
o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os
efeitos potenciais positivos e negativos, com vistas a certificar a
regularidade das contas.
Comentários:
A Certificação da regularidade das contas é dada por meio de uma
auditoria denominada Auditoria de Avaliação da Gestão, e não de
Acompanhamento da Gestão. A primeira parte da questão “ao longo do
exercício financeiro em curso, com o objetivo de atuar em tempo
real” pode ter induzido a erro muitos candidatos que não leram a
assertiva até o fim, pois se refere à Auditoria de Acompanhamento da
Gestão.
Gabarito: E

74. (CESPE/CNJ/2013) A auditoria que tem como objetivo


específico o melhoramento das operac̃es examinadas,
consubstanciada na ańlise da eficiência, efićcia e economicidade
da acão administrativa, ́ denominada auditoria de gestão.
Comentários:
Definição da IN 0101 estudada “em sala”: a Auditoria
Operacional consiste em avaliar as ações gerenciais e os
procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele,
das unidades ou entidades da administração pública federal, programas
de governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade
de emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da
eficiência, eficácia e economicidade, procurando auxiliar a administração
na gerência e nos resultados, por meio de recomendações, que visem
aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a
responsabilidade gerencial.
Ou seja, a definição dada pela questão se refere à Auditoria
Operacional, e não à Auditoria de Gestão.
00000000000

Gabarito: E

75. (CESPE/PREVIC/2011) Para que uma auditoria seja


classificada como do tipo especial, não basta que trate de fatos ou
situac̃es relevantes e tenha sido determinada pela autoridade
competente.
Comentários:
Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situações
consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinária,
sendo realizadas para atender determinação expressa de autoridade
competente. Classifica-se nesse tipo os demais trabalhos de auditoria
não inseridos em outras classes de atividades.

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Ou seja, também é necessário que os fatos ou situações sejam de
natureza incomum ou extraordinária.
Gabarito: C

76. (CESPE/Detran-ES/2010) A auditoria de acompanhamento


da gestão compreende o exame dos registros e documentos e tem
a finalidade de obter elementos comprobat́rios suficientes para
opinar se os demonstrativos refletem a situacão econômica da
entidade.
Comentários:
Não se trata de auditoria de acompanhamento da gestão (realizada
ao longo de um processo), mas sim de auditoria contábil, que objetiva
“obter elementos comprobat́rios suficientes que permitam opinar se os
registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios
fundamentais de contabilidade e se as demonstrações deles originárias
refletem, adequadamente, em seus aspectos mais relevantes, a situação
econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período
administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas”.
Gabarito: E

77. (CESPE/IBRAM/2009) A auditoria realizada ao longo dos


processos de gestão, com o objetivo de atuar em tempo real sobre
os atos efetivos e os efeitos potenciais, ́ classificada como
auditoria operacional.
Comentários:
Como vimo, a Auditoria de Acompanhamento da Gestão é
realizada ao longo dos processos de gestão, com o objetivo de se
atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais
positivos e negativos de uma unidade ou entidade federal, evidenciando
melhorias e economias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao
desempenho da sua missão institucional.
Gabarito: E

78. (CESPE/IBRAM/2009) A auditoria cont́bil governamental


compreende a avaliacão dos resultados operacionais e da
00000000000

execucão dos programas de governo quanto ̀ economicidade,


eficiência e efićcia.
Comentários:
A Auditoria Operacional consiste em avaliar as ações
gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional,
ou parte dele, das unidades ou entidades da administração pública
federal, programas de governo, projetos, atividades, ou segmentos
destes, com a finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto
aos aspectos da eficiência, eficácia e economicidade, procurando auxiliar
a administração na gerência e nos resultados, por meio de
recomendações, que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os
controles e aumentar a responsabilidade gerencial.

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Gabarito: E

79. (CESPE/TCE-AC/2008) Assinale a opcão correta acerca dos


tipos de auditoria e de suas func̃es e objetivos.
A) A auditoria de avaliacão de gestão ́ responsável por certificar a
regularidade das contas e verificar os contratos, com o objetivo de
controlar e emitir opinião sobre as transacões no que diz respeito à sua
economicidade e eficiencia.
B) A auditoria de acompanhamento da gestão ́ responsável por avaliar a
gestão do ano imediatamente anterior quanto aos atos efetivos e os
potenciais efeitos positivos e negativos de uma entidade, com o objetivo
de subsidiar a gestão subsequente.
C) A auditoria operacional ́ responsável por verificar o processo de
gestão com o objetivo de evidenciar as melhorias existentes e prevenir
gargalos no desempenho da missão institucional.
D) A auditoria contábil ́ responsável por verificar a efetiva aplicacão de
recursos externos oriundos de agentes financeiros por entidades ṕblicas
executoras de projetos celebrados com esses agentes, com a finalidade
de emitir opinião sobre a adequacão e fidedignidade das demonstracões
financeiras.
E) A auditoria especial ́ responsável por examinar somente fatos
relevantes, com o objetivo de atender determinacão expressa de
autoridade competente.
Comentários:
Vamos verificar a correção de cada alternativa:
A – errada, pois a auditoria de avaliação da gestão não emite
opinião sobre as transacões no que diz respeito à sua economicidade e
eficiência.
B - errada, pois a auditoria de acompanhamento da gestão ́
realizada ao longo do exercício, e não para avaliação do exercício
passado.
C – errada, pois evidenciar as melhorias existentes e prevenir
gargalos no desempenho da missão institucional ́ objetivo da auditoria
de acompanhamento da gestão. 00000000000

D – correta, como vimos nas definições dos tipos de auditoria.


E – errada, pois a auditoria especial não está limitada aos fatos
constantes da determinação da autoridade competente, incluindo
“trabalhos auditoriais não inseridos em outras classes de atividades“.
Gabarito: D

80. (FCC/DPE-RS/2013) A auditoria, no âmbito do sistema de


controle interno do setor público federal, que objetiva o exame de
fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza incomum
ou extraordinária, sendo realizada para atender determinação
expressa de autoridade competente, ́ classificada como:
A) contábil.
B) extraordinária.

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C) extraplano.
D) inspeção.
E) especial.
Comentários:
Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situações
consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinária,
sendo realizadas para atender determinação expressa de autoridade
competente.
Gabarito: E

81. (FCC/TRT-12/2013) Uma auditoria realizada com o objetivo


de examinar se os recursos estão sendo usados eficientemente em
um programa da ́rea da sáde ́ denominada de auditoria:
A) de conformidade.
B) contábil.
C) operacional.
D) de regularidade.
E) de legalidade.
Comentários:
A Auditoria Operacional consiste em avaliar as ações
gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional,
ou parte dele, das unidades ou entidades da administração pública
federal, programas de governo, projetos, atividades, ou segmentos
destes, com a finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto
aos aspectos da eficiência, eficácia e economicidade, procurando auxiliar
a administração na gerência e nos resultados, por meio de
recomendações, que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os
controles e aumentar a responsabilidade gerencial.
Gabarito: C

82. (FGV/ASLEMA/2013) A auditoria no setor ṕblico que


objetiva “emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das
contas, verificar a execucão de contratos, acordos, convenios ou
ajustes, a probidade na aplicacão dos dinheiros ṕblicos e na
guarda ou administracão de valores e outros bens” ́ classificada
00000000000

como:
A) avaliacão de gestão.
B) acompanhamento de gestão.
C) contábil.
D) operacional.
E) especial.
Comentários:
Auditoria de Avaliação da Gestão: esse tipo de auditoria objetiva
emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das contas,
verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou ajustes, a
probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou
administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados.

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Gabarito: A

83. (FBC/Exame CFC/2011-2) Em relação aos procedimentos de


auditoria, assinale a opção CORRETA.
a) A auditoria das demonstrações contábeis exime as responsabilidades
da administração ou dos responsáveis pela governança.
b) As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade
elaboradas pelo auditor independente, com supervisão geral dos
responsáveis pela governança.
c) As NBC Técnicas impõem responsabilidades à administração ou aos
responsáveis pela governança e se sobrepõem às leis e regulamentos que
governam as suas responsabilidades.
d) O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários.
Comentários:
Como vimos no decorrer da aula, segundo o disposto no item 3
da NBC TA 200, o objetivo da auditoria (das demonstrações
contábeis) é aumentar o grau de confiança nas demonstrações
contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a
expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável, o
que torna a alternativa D correta.
Vamos aos erros das demais:
A – A auditoria das demonstrações contábeis não exime dessas
responsabilidades a administração ou os responsáveis pela governança
(item 4 da NBC TA 200).
B – As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da
entidade elaboradas pela sua administração, com supervisão geral dos
responsáveis pela governança (item 4 da NBC TA 200).
C – As NBC Técnicas impõem responsabilidades à administração ou
aos responsáveis pela governança, mas não se sobrepõem às leis e
regulamentos que governam as suas responsabilidades.
Gabarito: D 00000000000

84. (FBC/Exame CFC/2015-1) De acordo com o que estabelece a


NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente Auditoria
de Demonstrações Contábeis e a Condução da Auditoria, julgue os
itens abaixo, como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida,
assinale a opção CORRETA.
I. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários, mediante a
expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.
II. As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da
entidade, elaboradas pela sua administração, com supervisão
geral dos responsáveis pela governança. A auditoria das

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demonstrações contábeis não exime dessas responsabilidades a
administração ou os responsáveis pela governança.
III. O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no
planejamento e na execução da auditoria; e na avaliação do efeito
de distorções identificadas sobre a auditoria, e de distorções não
corrigidas, se houver, sobre as demonstrações contábeis.
A sequência CORRETA é:
a) F, V, F.
b) F, V, V.
c) V, F, V.
d) V, V, V.
Comentários:
Como vimos na questão anterior, os itens I e II estão corretos.
Quanto ao item III, trata-se de transcrição do item 6 da NBC TA 200: “O
conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na
execução da auditoria, e na avaliação do efeito de distorções identificadas
sobre a auditoria e de distorções não corrigidas, se houver, sobre as
demonstrações contábeis (NBC TA 320 - Materialidade no Planejamento e
na Execução da Auditoria, e NBC TA 450 - Avaliação das Distorções
Identificadas durante a Auditoria)”.
Assim, todas as assertivas estão corretas, tornando a alternativa D
o gabarito da questão.
Gabarito: D

85. (FBC/Exame CFC/2014-2) De acordo com a NBC TA 200 -


Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da
Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria, relacione os
termos utilizados na primeira coluna com os significados
correspondentes na segunda coluna e, em seguida, assinale a
opção CORRETA.
(1) Evidência de Auditoria
(2) Asseguração Razoável
(3) Julgamento Profissional
( ) É a aplicação de treinamento, conhecimento e experiência
00000000000

relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de


auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a
respeito dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do
trabalho de auditoria.
( ) São as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar
suas conclusões em que se baseia a sua opinião, incluindo
informações contidas nos registros contábeis subjacentes às
demonstrações contábeis e outras informações.
( ) É, no contexto da auditoria de demonstrações contábeis, um
nível alto mas, não absoluto de segurança.
A sequência CORRETA é:
a) 1, 2, 3.
b) 2, 3, 1.
c) 3, 1, 2.

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d) 3, 2, 1.
Comentários:
Vamos às definições:
(1) Evidência de Auditoria: São as informações utilizadas
pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se
baseia a sua opinião, incluindo informações contidas nos
registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e
outras informações.
(2) Asseguração Razoável: É, no contexto da auditoria de
demonstrações contábeis, um nível alto mas, não absoluto de
segurança.
(3) Julgamento Profissional: É a aplicação de treinamento,
conhecimento e experiência relevantes, dentro do contexto
fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na
tomada de decisões informadas a respeito dos cursos de ação
apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria.
Ou seja, a sequência correta é 3 – 1 – 2.
Gabarito: C

86. (CESPE/TCE-SC/2016) Com relação aos conceitos gerais de


auditoria e aos papéis utilizados na sua execução, julgue os itens
seguintes. A abrangência da auditoria de gestão pública
transcende o conceito tradicional, pois, entre outros aspectos, não
se restringe à mera verificação a posteriori, nem às questões de
caráter estritamente legal; está voltada para a economicidade, a
eficiência, a eficácia e a efetividade da aplicação dos recursos
públicos.
Comentários:
A Auditoria de Gestão Pública é realizada pelo Estado visando ao
controle de sua gestão, observando, além dos princípios de auditoria
geral, aqueles que norteiam a Administração Pública: moralidade,
publicidade, impessoalidade, economicidade e eficiência.
Nesse sentido, abrange tanto os aspectos de legalidade
(cumprimento dos preceitos legais) como de desempenho (observância
00000000000

dos princípios da economicidade, da eficiência, da eficácia e da efetividade


na aplicação dos recursos públicos).
Assim, a assertiva está correta ao definir a abrangência da auditoria
de gestão pública.
Gabarito: C

87. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/2016) No âmbito da


administração pública, considera-se que a finalidade básica da
auditoria é comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos e
fatos administrativos e avaliar os resultados alcançados. Porém,
em decorrência de peculiaridades, alguns procedimentos
específicos de auditoria podem ser requeridos. Considere-se um
contexto em que o objetivo da auditoria é avaliar ações gerenciais
e procedimentos relacionados aos programas de governo, com a

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finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos
aspectos da eficiência, eficácia e economicidade, procurando
auxiliar a administração na gerência e nos resultados. Nesse caso,
recomenda-se uma auditoria
(A) de acompanhamento da gestão
(B) de avaliação da gestão
(C) descentralizada
(D) especial
(E) operacional
Comentários:
A auditoria operacional consiste em avaliar as ações gerenciais e
os procedimentos relacionados ao processo operacional, procurando
auxiliar a administração na gerência e nos resultados, por meio de
recomendações que visem aprimorar procedimentos, o que torna a
alternativa E correta.
A classificação constante da questão está disposta na norma que
disciplina as atividades de auditoria no Poder Executivo Federal, a
Instrução Normativa SFC/MF n 01, de 06 de abril de 2001, que define
“diretrizes, princípios, conceitos e aprova normas t́cnicas para a atuação
do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal”.
Gabarito: E

Pessoal, chegamos ao final de nossa aula demonstrativa, no relançamento


do nosso curso de Auditoria para AFT/2017. Apesar da importância da
matéria, o objetivo desse encontro foi também o de mostrar como serão
nossas aulas, apresentando uma proposta que visa a garantir a vocês os
conhecimentos necessários para a resolução das questões de Auditoria.

Espero que tenham gostado da forma como pretendemos discutir os


temas. Assim, vejo vocês na próxima aula.

Abraços e bons estudos.


00000000000

CLAUDENIR

QUESTÕES COMENTADAS DURANTE A AULA

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1. (CESPE/ANP/2013) Em relação ̀ natureza, campo de
atuação e noções básicas de auditoria interna e externa, julgue os
itens subsequentes. Com a evolução da atividade empresarial e o
crescimento da captação de recursos de terceiros, os investidores
precisam conhecer a posição financeira e patrimonial das
entidades, o que ocorre por meio do parecer emitido pela
auditoria interna das entidades a respeito da adequação das
demonstrações contábeis.

2. (CESPE/FUB-DF/2013) A função precípua da auditoria ́ a


detecção de fraudes com base nos registros contábeis e na
documentação existente na entidade. A obtenção de informações
de terceiros e o caráter preventivo das ações realizadas pela
auditoria são o efeito residual e aleatório de sua atuação.

3. (CESPE/CGE-PI/2015) A auditoria, que inicialmente era


voltada para a prevenção de riscos, interpretação e orientação das
operações, hoje se ocupa da tecnologia de revisão dos registros
contábeis. Julgue Certo ou Errado.

4. (CESPE/AUGE-MG/2009) As influências que possibilitaram o


desenvolvimento da auditoria no Brasil não incluem
A) a disseminação de filiais e subsidiárias de empresas estrangeiras
B) o financiamento de empresas brasileiras por instituições
estrangeiras e internacionais
C) as limitadas circunstâncias de obrigatoriedade da auditoria
D) a expansão do mercado de capitais
E) a complexidade crescente da legislação tributária

5. (CESPE/AUGE-MG/2009) Com relação às origens da


auditoria e seus tipos, assinale a opção correta.
A) O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das
empresas de captarem recursos de terceiros.
B) Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior
00000000000

necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a


segurança, liquidez e rentabilidade de seus investimentos na empresa.
C) A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um
acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da
empresa.
D) A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência
do exame das transações da empresa em relação aos seus dirigentes.
E) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as
demonstrações contábeis que a empresa é obrigada a publicar.

6. (FGV/TCM-SP/2015) Ao elaborar um contrato com uma


empresa de auditoria independente, a entidade que seria auditada
pela primeira vez incluiu no contrato uma cláusula acerca do
trabalho a ser feito. A cláusula mencionava que, após o trabalho, o

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parecer deveria assegurar de forma incontestável que as
demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante
devido a fraude ou erro. Essa cláusula é considerada inadequada
em decorrência do (a):
a) limitação do escopo da auditoria;
b) limitação inerente à auditoria;
c) risco de distorção relevante;
d) risco de controle;
e) risco inerente.

7. (FGV/TCM-SP/2015) De acordo com a NBC TA que trata da


estrutura conceitual para trabalhos de asseguração, nesses
trabalhos o auditor independente expressa uma conclusão com a
finalidade de aumentar o grau de confiança dos outros usuários
previstos acerca do resultado de avaliações ou mensurações
efetuadas. O trabalho de asseguração requer a consideração de
alguns elementos. Das opções a seguir, a que NÃO constitui um
dos elementos do trabalho de asseguração é:
a) critérios adequados;
b) evidências apropriadas e suficientes;
c) objeto apropriado;
d) relatório de asseguração escrito na forma apropriada;
e) relacionamento entre, pelo menos, duas partes (contratante e auditor).

8. (CESPE/DPF/2013) - É licita e aceitável a realização de


trabalhos por auditores independentes que não estejam em
conformidade com as Normas Brasileiras de Contabilidade –
Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração (NBC – TA).
Julgue CERTO ou ERRADO.

9. (FGV/CGE-MA/2014) As alternativas a seguir apresentam


princípios fundamentais do Código de Ética Profissional do
Contabilista, quando da condução de auditoria de demonstrações
contábeis, à exceção de uma. Assinale-a.
00000000000

a) Integridade.
b) Objetividade.
c) Competência e zelo profissional.
d) Confidencialidade.
e) Compromisso comportamental.

10. (CESPE/DPU/2016) Com base nas normas brasileiras para o


exercício e a execução de trabalho da auditoria interna, julgue os
itens subsequentes. Recomenda-se que haja uma relação pessoal
entre o auditor interno e o gestor da entidade auditada, o que
favorece a confidencialidade das informações, que não devem ser
reveladas a terceiros.

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11. (FGV/TCM-SP/2015) Uma determinada firma de auditoria
iniciou os trabalhos em uma entidade, a partir de um contrato que
prevê execução de auditoria por cinco anos. Um dos auditores, ao
executar o trabalho de auditoria inicial nessa entidade, atestou
argumentos apresentados pela empresa auditada de tal forma a
indicar comprometimento da objetividade do seu trabalho. O
posicionamento do auditor constitui ameaça à independência em
decorrência de:
a) autorrevisão do trabalho;
b) defesa de interesse do cliente;
c) familiaridade;
d) intimidação profissional;
e) interesse próprio.

12. (FGV/ISS-Recife/2014) O reconhecimento pelo auditor de


que existem circunstâncias que podem causar distorção relevante
nas demonstrações contábeis revela o requisito ético relacionado
à auditoria de demonstrações contábeis, denominado:
a) julgamento profissional.
b) evidência funcional.
c) ceticismo profissional.
d) condução apropriada.
e) conformidade legal.

13. (FGV/ISS-Recife/2014) O auditor, ao expressar opinião de


que as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de
relatório financeiro aplicável, produz o seguinte efeito:
a) revela as distorções do planejamento da auditoria das
demonstrações contábeis.
b) reduz os riscos de auditoria das demonstrações contábeis o que
gera segurança para os usuários.
c) proporciona o aumento de evidências de auditoria das
00000000000

demonstrações contábeis.
d) aumenta o grau de confiança nas demonstrações contábeis por
parte dos usuários.
e) assegura que os objetivos operacionais desejados pela
administração foram alcançados.

14. (FGV/ACI-Recife/2014) De acordo com a NBC TA 200, o


julgamento profissional é necessário para a tomada de decisões
nos assuntos a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) A subjetividade e as evidências de auditoria para cumprimento das
metas de resultados operacionais e financeiros da empresa.
b) A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e
a coleta de evidências de auditoria.

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c) As evidências de auditoria obtidas são suficientes e apropriadas ou
se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das
NBC TAs.
d) A avaliação das opiniões da administração na aplicação da
estrutura de relatório financeiro aplicável da entidade.
e) A extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria
obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas
feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis.

15. (CESPE/INMETRO/2009) A responsabilidade primária na


prevenção e identificação de fraudes e erros é do auditor
contratado pela entidade, que deve comunicá-los imediatamente à
administração.

16. (CESPE/TCE-SC/2016) Com relação aos conceitos gerais de


auditoria e aos papéis utilizados na sua execução, julgue os itens
seguintes. Os lançamentos propostos pelo auditor devem constar
de seus papéis de trabalho, de modo que, por exemplo, se o
auditado efetuar pagamentos antecipados a fornecedores,
debitando fornecedores, o auditor deverá propor um lançamento
de ajuste, a débito de fornecedores e a crédito de adiantamentos a
fornecedores, para efeito de apresentação apropriada das
demonstrações contábeis.

17. (CESPE/TCE-SC/2016) Julgue os itens a seguir, a respeito de


normas técnicas de auditoria. Embora a opinião do auditor
independente a respeito das demonstrações contábeis geralmente
não modifique as decisões gerenciais, pode haver situações
específicas em que ele deve expressar a sua opinião a respeito de
outros temas que sejam relevantes para o alcance dos objetivos
gerais do seu trabalho.

18. (FGV/ISS-Cuiabá/2016) De acordo com a NBC 200,


Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da
00000000000

Auditoria em Conformidade com as Normas de Auditoria, assinale


a opção que indica os objetivos gerais do auditor ao conduzir a
auditoria das demonstrações contábeis.
(A) Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão
livres de distorção relevante e apresentar relatório sobre elas.
(B) Identificar fraudes nas demonstrações contábeis e aprimorar o
controle interno para que novas fraudes não aconteçam.
(C) Detectar erros nas demonstrações contábeis e instruir a
administração e os responsáveis pela governança, de modo que novos
erros sejam evitados.
(D) Apresentar um relatório com parecer que reflita sua opinião sobre as
demonstrações contábeis apresentadas e assegurar que elas estão livres
de fraudes.

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(E) Dar uma opinião imparcial sobre as demonstrações contábeis e
assegurar que estas estão livres de fraudes e de erros.

19. (FCC/TRF-3/2016) A NBC TA 200 dita que o auditor deve


emitir opinião sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes. Todavia, a forma
que essa opinião será emitida depende
(A) da estrutura de relatório financeiro e de lei ou regulamento aplicáveis.
(B) do organograma da entidade auditada.
(C) da experiência do auditor.
(D) do contrato de trabalho celebrado entre o auditor independente e a
entidade auditada.
(E) das evidências de auditoria encontradas.

20. (FGV/ISS-Cuiabá/2014) De acordo com o Código de Ética


Profissional do Contabilista e da NBC PA 01, assinale a opção que
indica princípios fundamentais de ética profissional quando da
condução de auditoria de demonstrações contábeis.
a) Integridade, objetividade e comportamento profissional.
b) Competência, confidencialidade e ceticismo profissional.
c) Integridade, conduta profissional e julgamento profissional.
d) Conhecimento, zelo profissional e objetividade.
e) Ceticismo profissional, julgamento profissional e confidencialidade.

21. (FGV/ISS-Cuiabá/2014) No caso de o trabalho de auditoria


ser de interesse público e, portanto, exigido pelo Código de Ética
Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do CFC,
exige-se que o auditor seja independente da entidade sujeita à
auditoria. Segundo a NBC TA 200, Objetivos Gerais do Auditor
Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com
Normas de Auditoria, a independência aprimora a capacidade do
auditor de atuar com:
a) confiabilidade;
b) confiança; 00000000000

c) capacidade;
d) integridade;
e) imparcialidade.

22. (FCC/TCE-RS/2014) O objetivo de uma auditoria é aumentar


o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos
usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião
pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com uma estrutura de relatório financeiro. Esta declaração
identifica a auditoria:
a) operacional, em conformidade com as NAT TCE;
b) governamental, em conformidade com as NAT TCE;
c) governamental, em conformidade com as NAG TCU;

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d) independente, em conformidade com as NBC TA;
e) de regularidade, em conformidade com as NAG TCU.

23. (FCC/TCE-RS/2014) O auditor está sujeito às exigências


éticas e deve sempre estar alerta, por exemplo, à condição que
possa indicar fraude, como informações que coloquem em dúvida
a confiabilidade de documentos e respostas. Esse estado é
denominado:
a) alerta constante por parte do auditor;
b) perfil investigativo do auditor;
c) capacidade de percepção do auditor;
d) ceticismo profissional do auditor;
e) ética profissional do auditor.

24. (FCC/TCE-RS/2014) Nenhuma auditoria pode garantir


segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão
livres de distorção. Uma das fontes de limitação inerentes a uma
auditoria é a:
a) capacidade técnica do auditor;
b) idade média dos registros contábeis;
c) cumplicidade do auditado com a auditoria;
d) necessidade de que seja realizada num período de tempo razoável;
e) finalidade social da instituição auditada.

25. (FCC/TCE-RS/2014) As NBC TAs − Normas Brasileiras de


Contabilidade TAs são escritas no contexto da auditoria de
demonstrações contábeis executada por um auditor. Se, durante
os trabalhos de auditoria, o auditor concluir que determinado
procedimento estabelecido por uma NBC TA será ineficaz no
cumprimento do objetivo dessa exigência, deverá:
a) alterar o escopo da auditoria;
b) executar procedimento alternativo;
c) comunicar o fato ao Conselho Federal de Contabilidade;
d) interromper imediatamente a auditoria;
00000000000

e) executar o procedimento, uma vez que é obrigatório.

26. (FCC/TCE-GO/2014) Com relação aos requisitos éticos


relacionados à auditoria de demonstrações contábeis, no caso de
trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto, exigido
pelo Código de Ética Profissional do Contabilista e pelas normas
profissionais do CFC, nos termos da NBC TA 200, requer-se que o:
a) auditor seja independente da entidade sujeita à auditoria;
b) trabalho de auditoria seja realizado por perito com experiência
comprovada de no mínimo 5 anos e nomeado por autoridade judicial;
c) auditor seja profissional competente para executar o trabalho com
experiência comprovada de no mínimo 2 anos;

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d) trabalho de auditoria seja realizado pela auditoria interna com a
supervisão de auditor independente com experiência comprovada de no
mínimo 5 anos;
e) auditor seja independente e não tenha realizado trabalho de auditoria
na entidade nos últimos 10 anos.

27. (CESPE/AUGE-MG/2009) Algumas preocupações exigem a


opinião de alguém não ligado ao negócio e que confirme, de forma
independente, a qualidade e precisão das informações. Essas
situações ensejam o aparecimento do auditor. Assinale a opção
que não corresponde a esse tipo de preocupação:
A) avaliação do retorno do investimento
B) cumprimento da legislação
C) comportamento da economia
D) consecução dos objetivos e atingimento das metas
E) correta aplicação do capital investido

28. (CESPE/FUB-DF/2013) A origem da auditoria nas empresas


está associada ao aumento de seu tamanho e à sua expansão
geográfica, circunstâncias que favoreceram o surgimento de
administradores profissionais, que não se confundem com os
próprios acionistas.

29. (FCC/TCE-RS/2014) Os manuais, de uma maneira geral,


definem auditoria como um exame analítico e pericial das
operac̃es cont́beis, desde o início at́ o balanco. Nos termos da
NBC TA 200, o objetivo da auditoria ́:
A) levantar informacões suficientes e adequadas que permitam comparar
as metas fixadas com os resultados alcancados.
B) controlar os procedimentos contábeis para evitar que informacões de
interesse da instituicão auditada sejam divulgados.
C) aumentar o grau de confianca das demonstracões contábeis por parte
dos usuários.
D) estabelecer metodologia para acão integrada de todos os setores da
instituicão auditada.
00000000000

E) apurar e consolidar irregularidades contábeis em relat́rio para


subsidiar eventual investigacão de ilícitos administrativos e penais.

30. (FUNDATEC/SEFAZ-RS/2014) A elaboracão e a adequada


apresentacão das demonstrac̃es cont́beis, de acordo com as
pŕticas cont́beis adotadas no Brasil, e com os controles internos
que foram determinados como necesśrios para permitir a
elaboracão de demonstrac̃es cont́beis livres de distorcão
relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, ́
responsabilidade:
A) Dos auditores independentes
B) Dos ́rgãos reguladores

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C) Do conselho fiscal
D) Da assembleia dos acionistas
E) Da administracão da Companhia.

31. (Cesgranrio/BNDES/2013) Uma companhia, na elaboracão


das suas demonstrac̃es cont́beis financeiras relativas ao
exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010, face ̀s
d́vidas existentes de classificacão e apuracão de algumas
receitas, teve a participacão da auditoria externa na apuracão de
tais valores, na classificacão das contas e na elaboracão de parte
das demonstrac̃es cont́beis.
Nesse contexto, a responsabilidade pela elaboracão de tais
demonstrac̃es cont́beis ́ do (a):
A) Auditor Externo
B) Auditor Externo e do Contador
C) Administrador e do Auditor Externo
D) Empresa e do Auditor Externo
E) Empresa

32. (Cesgranrio/Liquigás/2012) São objetivos gerais do auditor,


ao conduzir a auditoria das demonstrac̃es cont́beis,
A) obter seguranca razoável de que as demonstracões contábeis estão
livres de distorcão relevante, causada por fraude ou erro, permitindo que
o auditor expresse sua opinião sobre a elaboracão dessas demonstracões
consoante a estrutura de relat́rio financeiro aplicável.
B) rastrear fraudes e identificar se a aplicacão dos recursos financeiros da
empresa está de acordo com as normas impostas pelos ́rgãos de
fiscalizacão e regulamentacão.
C) apresentar relat́rio sobre a administracão e comunicar-se conforme
exigido pelas Normas Brasileiras de Contabilidade.
D) identificar se a empresa apresenta informacões nas demonstracões
contábeis de acordo com as normas impostas pelo Minist́rio Ṕblico.
E) comprovar se os ativos e passivos sofreram variacões conforme
estipulado no planejamento estrat́gico da empresa.
00000000000

33. (UFG-Auditor2010UFG) A auditoria governamental tem


como objetivo examinar a regularidade e avaliar a eficiência da
gestão administrativa e dos resultados alcançados pelas unidades
da administração direta e indireta. São objetos do exame de
auditoria
A) o cumprimento, pelos órgãos e entidades, dos princípios fundamentais
de planejamento, coordenação, descentralização, delegação de
competência e controle.
B) o desempenho administrativo e operacional das unidades da
administração direta e entidades supervisionadas.
C) os sistemas administrativos e operacionais de controle interno
utilizados na gestão orçamentária, financeira e patrimonial.

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D) a comprovação da legalidade e legitimidade e avaliação dos
resultados, quanto à economicidade, eficiência e eficácia da gestão.

34. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na


prevenção e detecção de fraudes e erros ́:
A) da administração.
B) da auditoria interna.
C) do conselho de administração.
D) da auditoria externa.
E) do comitê de auditoria.

35. (UFG-ContadorUFG2006) A responsabilidade t́cnica est́


presente em qualquer tipo de prestação de serviço. No âmbito da
auditoria independente, a responsabilidade primária na detecção
de fraudes pertence aos
A) Auditores internos.
B) Auditores externos.
C) Administradores da entidade.
D) Contadores.

36. (ESAF/CVM/2010) A respeito da elaboração e divulgação das


demonstrações financeiras, com base em padrões contábeis
internacionais, é correto afirmar:
a) a adoção de padrões internacionais de contabilidade na elaboração e
divulgação das demonstrações financeiras é obrigatória para as
Companhias Abertas cujo capital social seja de propriedade de
companhias com sede no exterior.
b) a adoção de padrões contábeis internacionais por parte das
Companhias Abertas é opcional para o exercício findo em 2010 e
obrigatório a partir do exercício findo em 2011.
c) somente as Companhias Abertas com ações em bolsa deverão, a partir
do exercício findo em 2010, apresentar as demonstrações financeiras
consolidadas de acordo com os padrões contábeis internacionais.
d) é opcional às Companhias Abertas a adoção dos padrões internacionais
00000000000

de contabilidade, desde que cumpram com as normas da legislação


societária.
e) a partir do exercício findo em 2010, as Companhias Abertas deverão
apresentar suas demonstrações financeiras consolidadas adotando o
padrão contábil internacional.

37. (FCC/TRT-6/2012) A empresa Jaú S.A. de capital aberto, por


problemas administrativos e financeiros, não efetuou a auditoria
externa de suas demonstrações financeiras nos anos de 2009,
2010 e 2011. Em 2012, por determinação da CVM foi solicitada a
apresentar as auditorias de todo o período, senão teria seu
registro cancelado. A empresa precisando manter essa forma de
capitação de recursos, contratou auditoria para emitir:
(A) parecer de auditoria para o ano de 2009 e relatório de auditoria para

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os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria
vigentes a partir de 2010.
(B) parecer de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a
aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010.
(C) parecer de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de
auditoria vigentes para o período até 2009, e relatório de auditoria para
os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria
vigentes a partir de 2010.
(D) relatório de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante
a aplicação das normas de auditoria vigentes até 2009.
(E) relatório de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de
auditoria vigentes para o período até 2009 e parecer de auditoria, para os
anos de 2010 e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria
vigentes a partir de 2010.

38. (FCC/SEFAZ-SP/APOFP/2010) As normas brasileiras que


estabelecem os preceitos de conduta para o exercício profissional,
especificamente para aqueles que atuam como auditores
independentes, são estruturadas como:
a) NBC TI.
b) NBC PI.
c) NBC TA.
d) NBC PA.
e) NBC TP.

39. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) De acordo com a estrutura


conceitual de trabalhos de asseguração, são elementos que
necessariamente devem estar presentes em um trabalho de
asseguração executado por um auditor independente, exceto:
a) Relacionamento entre duas partes
b) Objeto apropriado
c) Critérios adequados
d) Evidências apropriadas e suficientes
e) Relatório de asseguração escrito de forma apropriada
00000000000

40. (FCC/COPERGÁS/2011) De acordo com as disposições


constantes da NBC TA Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual
para Trabalhos de Asseguração, é correto afirmar que:
a) os trabalhos de asseguração envolvem três partes distintas: o auditor
independente, a parte responsável e os usuários previstos.
b) o trabalho de asseguração limitada de demonstrações contábeis é
denominado auditoria.
c) os trabalhos de consultoria representam uma das espécies dos
trabalhos de asseguração.
d) o trabalho de asseguração razoável de demonstrações contábeis é
denominado revisão.
e) a parte responsável, nos trabalhos de asseguração, é a usuária das
informações a serem fornecidas pelo auditor em seu relatório.

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41. (FCC/ASLEPE/2014) De acordo com as Normas Brasileiras


de Auditoria, entre os princípios fundamentais de ética
profissional relevantes para o auditor quando da condução de
auditoria de demonstrações contábeis, figura a:
(A) integridade.
(B) publicidade.
(C) fidedignidade.
(D) legalidade.
(E) oportunidade.

42. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) De acordo com a NBC PA 290


– Independência – Trabalhos de Auditoria e Revisão, as ameaças
à independência do auditor se enquadram nas categorias a seguir,
exceto:
a) Interesse próprio – ocorre quando o interesse financeiro ou outro
interesse influenciará de forma não apropriada o julgamento ou o
comportamento do auditor.
b) Autorrevisão – ameaça que o auditor não avaliará apropriadamente
os resultados de julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por
ele ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o auditor confiará para
formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual.
c) Defesa de interesse do cliente é a ameaça de que o auditor
promoverá ou defenderá a posição de seu cliente, a ponto em que a sua
objetividade fique comprometida.
d) Familiaridade é a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou
próximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aos interesses dele
ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento.
e) Integridade é a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir com
honestidade em decorrência de pressões reais ou aparentes, incluindo
tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor.

43. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) Relacione os tipos de auditoria


apresentados na Coluna 1 com as suas funções descritas na
00000000000

Coluna 2.
Coluna 1 Coluna 2
I. Auditoria ( ) Ajudar a organização mediante a
Independente. identificação e avaliação das
II. Auditoria de exposições significativas a riscos e
monitoramento do controle ajudar na contribuição para a melhoria
interno. da gestão de risco e dos sistemas de
III. Auditoria de sistemas. controles.
IV. Auditoria de atividades ( ) É responsável por revisar a
operacionais. economia, eficiência e eficácia das
V. Auditoria de gestão de atividades operacionais, incluindo as
riscos. atividades não financeiras de uma
entidade.

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( ) Revisar os controles, monitorar sua
operação e fornecer recomendações
de melhoria em relação aos mesmos.
( ) Emitir uma opinião sobre o
conjunto completo de demonstrações
contábeis mediante a aplicação de
testes detalhados de transações,
saldos e procedimentos.
( ) Gerenciar o risco operacional
envolvido e avaliar a adequação das
tecnologias e sistemas de informação
utilizados na organização através da
revisão e avaliação dos controles,
desenvolvimento de sistemas,
infraestrutura, operação, desempenho
e segurança que envolve o
processamento de informações críticas
para a tomada de decisão.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para


baixo, é:
a) 1 – 2 – 3 – 4 – 5
b) 5 – 4 – 2 – 1 – 3
c) 4 – 2 – 3 – 5 – 1
d) 5 – 2 – 4 – 3 – 1
e) 4 – 5 – 2 – 1 - 3

44. (ESAF/ARFB/2012) Pode-se afirmar que, para a aceitação do


risco de um trabalho de auditoria externa, deve o auditor avaliar:
I. Se os sócios e equipe são, ou podem razoavelmente tornar-se,
suficientemente competentes para assumir o trabalho.
II. qual a atitude dos colaboradores e dos grupos de
colaboradores em relação ao ambiente de controle interno e seus
00000000000

pontos de vista sobre interpretações agressivas ou inadequadas


de normas contábeis.
III. se terá acesso aos especialistas necessários para a realização
do trabalho.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas II e III estão erradas.
d) Somente a III está correta.
e) Todas estão erradas

45. (FCC/TCE-AM/2013) Um auditor detectou indício de


irregularidade fora do escopo da auditoria, fato que foi
devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção

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das providências cabíveis. Essa medida foi tomada pelo auditor
em atendimento:
(A) ao sigilo profissional.
(B) ao zelo profissional.
(C) à competência técnica.
(D) à independência profissional.
(E) à ética profissional.

46. (FCC/TRT-6/2012) De acordo com as normas de auditoria


externa, quando o auditor desenvolve seus trabalhos com uma
postura que inclui questionamento e avaliação crítica e detalhada,
e desempenhe os trabalhos com alerta para condições que possam
indicar possível distorção, devido a erro ou fraude nas
demonstrações financeiras, o auditor está aplicando:
a) julgamento profissional.
b) ceticismo profissional.
c) equidade profissional.
d) diligência profissional.
e) neutralidade profissional.

47. (FCC/TRE-CE/2012) Um auditor externo ao proceder a


auditoria da empresa Grãos e Cia, constata no ano de 2010, na
fase pré-operacional da unidade construída em Palmas, o custo de
R$ 18.000.000,00 relativos à terraplanagem do terreno da fábrica.
Foram feitos os testes, que evidenciaram que o contrato de
serviços de terraplanagem foi realizado com empresa
devidamente constituída juridicamente e em atividade normal. O
pagamento do serviço contratado foi efetuado à empresa de
terraplanagem e comprovado por pagamento eletrônico constante
do extrato bancário. O auditor em procedimento complementar e
diante da expressividade dos valores foi até a unidade verificar os
serviços. Ao indagar alguns funcionários foi informado que o
serviço de terraplanagem havia sido feito pela prefeitura da
cidade, a qual também doou o terreno a empresa Grãos e Cia. Os
00000000000

funcionários também informaram que nunca esteve na empresa


Grãos e Cia qualquer funcionário da empresa de terraplanagem
contratada. O procedimento do auditor mostra uma postura de:
(A) falta de ética profissional por desconfiar da administração.
(B) investigação, atitude não pertinente às atividades do auditor.
(C) julgamento profissional avaliando a licitude dos atos da equipe de
auditores.
(D) representante da Governança no processo de identificação de todas
as fraudes.
(E) ceticismo profissional adequada às normas de auditoria.

48. (FCC/TRT-20/2011) Dentre outros, são princípios


fundamentais de ética profissional relevantes para o Auditor
quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis:

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(A) formalismo e confiabilidade.
(B) integridade e pessoalidade.
(C) confidencialidade e motivação.
(D) formalismo e objetividade.
(E) integridade e objetividade.

49. (FCC/INFRAERO/2011) De acordo com as Normas Técnicas


de Auditoria Independente, é princípio fundamental de ética
profissional a:
(A) interação com o auditado.
(B) objetividade.
(C) parcialidade.
(D) integralidade.
(E) subjetividade.

50. (FCC/TRF–1/2011) Considere as assertivas a seguir:


I. A auditoria é uma investigação oficial de suposto delito.
Portanto, o auditor não recebe poderes legais específicos, tais
como o poder de busca, que podem ser necessários para tal
investigação.
II. Desde que o auditor assine declaração de independência, não
é mais necessário que decline de trabalhos nos quais existam, na
administração da empresa auditada, parentes em nível de
segundo grau.
III. Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há
um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das
demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a
auditoria seja adequadamente planejada e executada em
conformidade com as normas legais de auditoria.
Está correto o que se afirma SOMENTE em:
(A) II e III.
(B) I e II.
(C) I.
(D) II. 00000000000

(E) III.

51. (FCC/TRF-1/2011) É prática ética do auditor:


a) guardar sigilo das informações que obteve para realização da
auditoria das demonstrações contábeis, dando divulgações dessas
informações somente nas situações em que a lei ou as normas de
auditoria permitam.
b) auditar empresa na qual sua prima de segundo grau é diretora
financeira e administrativa, desde que declare no relatório de auditoria a
existência dessa parte relacionada.
c) realizar auditoria de demonstrações contábeis de companhia aberta,
desde que tenha no mínimo o registro no CRC, como contador.
d) conduzir os trabalhos de auditoria de forma a não repetir os
procedimentos aplicados no ano anterior, para contas nas quais não

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foram encontradas irregularidades, reduzindo assim o número de contas a
serem auditadas.
e) aviltar honorários com a justificativa de manutenção do cliente, do
quadro de funcionários da firma e da sua estrutura administrativa.

52. (FCC/TRT-4/2011) Não corresponde a um princípio


fundamental da conduta ética do auditor a:
a) integridade dos trabalhos executados.
b) competência técnica nas análises e avaliações.
c) postura mental independente.
d) subjetividade na aplicação dos procedimentos.
e) confidencialidade das informações.

53. (FCC/ISS-SP/2012) A independência do auditor externo da


empresa Aquisição S.A. é comprometida pelas situações:
I. A empresa Aquisição S.A. comprou a empresa Ágile S.A. A
firma de auditoria da adquirente é a mesma que realizou os
trabalhos de due dilligence da empresa Aquisição S.A. e de
consultoria tributária no ano da aquisição para a empresa Ágile.
II. O diretor financeiro da empresa Ágile S.A é primo em segundo
grau do diretor presidente da empresa Aquisição S.A.
III. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a
empresa Aquisição S.A. em suas contingências tributárias.
Afeta a independência do auditor externo o que consta em:
(A) III, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I, II e III.
(D) I, apenas.
(E) II e III, apenas.

54. (FCC/MPE-PE/2012) NÃO representa um requisito


necessário para que o auditor possa conduzir adequadamente os
trabalhos de asseguração das demonstrações contábeis:
(A) ceticismo profissional. 00000000000

(B) acesso irrestrito a todas as informações necessárias para


fundamentar seu parecer.
(C) julgamento profissional.
(D) corresponsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis
da entidade auditada.
(E) obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente.

55. (ESAF/CVM/2010) Assinale a opção que indica uma exceção


aos princípios fundamentais de ética profissional relevantes para
o auditor na condução de trabalhos de auditoria das
demonstrações contábeis.
a) Independência técnica.
b) Confidencialidade.
c) Competência e zelo profissional.

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d) Comportamento e conduta profissional.
e) Objetividade.

56. (ESAF/AFRFB/2009) O auditor da empresa Negócios S.A.


estabeleceu três procedimentos obrigatórios para emissão do
parecer. O primeiro, que a empresa renovasse o contrato de
auditoria para o próximo ano, o segundo, que a empresa emitisse
a carta de responsabilidade da administração e o terceiro, que o
parecer seria assinado por sócio do escritório de contabilidade,
cuja única formação é administração de empresas. Pode-se
afirmar, com relação aos procedimentos, respectivamente, que:
a) é ético, não é procedimento de auditoria e atende as normas de
auditoria e da pessoa do auditor.
b) não é ético, não é procedimento de auditoria e não atende as normas
de auditoria e da pessoa do auditor.
c) é ético, não deve ser considerado para emissão do parecer e atende
as normas de auditoria e da pessoa do auditor.
d) é ético, considera-se apenas em alguns casos para emissão do
parecer e não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor.
e) não é ético, é procedimento de auditoria e não atende as normas de
auditoria e da pessoa do auditor.

57. (ESAF/CVM/2010) Assinale a opção que indica uma ação


capaz de eliminar a perda de independência da entidade de
auditoria por interesse financeiro direto.
a) Fazer constar nos relatórios produzidos o tipo de interesse financeiro,
a extensão desse interesse.
b) Encerrar o trabalho de auditoria ou transferi-lo a outra entidade.
c) Alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa física tornar-se
membro da equipe de auditoria.
d) Alienar o interesse financeiro ou transferi-lo temporariamente até a
conclusão dos trabalhos.
e) Comunicar às entidades de supervisão e controle a existência desse
interesse e aguardar pronunciamento.00000000000

58. (ESAF/CVM/2010) Visando manter a qualidade e a


credibilidade do seu trabalho, ao identificar ameaças que possam
comprometer a sua independência, o auditor deve tomar a
seguinte providência:
a) comunicar a direção da entidade auditada, para que sejam tomadas
as providências necessárias à sua eliminação.
b) aplicar as salvaguardas adequadas, para eliminar as ameaças ou
reduzi-las a um nível aceitável, documentando-as.
c) propor aos responsáveis pela entidade de auditoria a supressão das
ameaças mediante acordo entre as entidades.
d) documentar as ameaças e comunicá-las aos órgãos de supervisão e
controle do setor em que atua a entidade auditada.
e) eliminar as ameaças mediante comunicação aos responsáveis pela

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governança da entidade auditada e fazer constar tais providências no seu
parecer.

59. (ESAF/ISS-Natal/2008) A firma de auditoria Verificações


Ltda. foi convidada, pela empresa Múltiplos S.A., para elaborar
proposta de auditoria para suas demonstrações contábeis
relativas ao ano de 2007. O auditor, nesse período, já havia
efetuado a revisão das declarações de imposto de renda da
empresa e consultoria, elaborando a avaliação dos ativos de uma
empresa coligada, para que a mesma fosse incorporada pela
empresa Múltiplos S.A. Deve o auditor, nessa situação,
A) recusar o convite de auditoria por conflito nos trabalhos já
executados e os a serem desempenhados.
B) participar do processo elaborando proposta que evidencie os
trabalhos já executados e os honorários cobrados.
C) omitir os serviços de consultoria prestados, deixando que o cliente
analise sua independência ou não para realização do trabalho.
D) Exigir os trabalhos como complemento das atividades já
desempenhadas na empresa.
E) aceitar o convite, com limitação de escopo, restringindo os trabalhos
somente aos processos dos quais não tenha participado como consultor.

60. (VUNESP/SPTrans/2012) A pessoa do auditor deve ser ade


alguém com profundo equilíbrio e probidade, uma vez que sua
opinião influenciará outras pessoas, principalmente em relação a
interesses financeiros e comerciais que eventuais acionistas,
proprietário se outros interessados possam ter. Nesse contexto,
afigura do auditor seguirá alguns princípios básicos da profissão,
entre eles:
(A) integridade, objetividade, ceticismo, conformismo, tempestividade e
comportamento profissional.
(B) objetividade, ceticismo, profissionalismo, coerência e educação.
(C) cumplicidade, coerência, confidencialidade, uniformidade de
conclusões e conduta. 00000000000

(D) integridade, objetividade, competência e zelo profissional,


confidencialidade e comportamento (ou conduta) profissional.
(E) comportamento pessoal, regularidade, tempestividade, julgamento e
uniformidade de conclusões.

61. (FEPESE/ISS-FLORIANÓPOLIS/2014) Analise as afirmativas


abaixo a respeito da responsabilidade da administração da
entidade em relação às demonstrações contábeis que estão sendo
auditadas.
1. A administração reconhece que a elaboração das
demonstrações contábeis de forma adequada é de sua
responsabilidade.
2. A administração entende que não se exime da sua
responsabilidade quando as demonstrações contábeis são

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auditadas de acordo com as normas de auditoria aprovadas pelo
Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
3. A administração da entidade deve dar amplo e irrestrito
acesso aos auditores que estão auditando as demonstrações
contábeis, exceto os relativos à auditoria corrente.
4. A administração é responsável pelo sistema de controle
interno, que é base para o processo de auditoria.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
A. São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
B. São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.
C. São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
D. São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
E. São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

62. (CESGRANRIO/BNDES/2013) Uma companhia, na elaboração


das suas demonstrações contábeis financeiras relativas ao
exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010, face às
dúvidas existentes de classificação e apuração de algumas
receitas, teve a participação da auditoria externa na apuração de
tais valores, na classificação das contas e na elaboração de parte
das demonstrações contábeis. Nesse contexto, a responsabilidade
pela elaboração de tais demonstrações contábeis é do(a):
(A) Auditor Externo
(B) Auditor Externo e do Contador
(C) Administrador e do Auditor Externo
(D) Empresa e do Auditor Externo
(E) Empresa

63. (ESAF/Pref. Natal/AFTM/2008) Na execução dos trabalhos


de auditoria externa, normalmente são utilizadas equipes técnicas
para o desempenho do trabalho. Pode-se afirmar que a
responsabilidade técnica do trabalho é:
A) de toda a equipe técnica, desde que supervisionada pelo auditor.
B) dos gerentes do projeto e do sócio-auditor, por possuírem formação
00000000000

pertinente.
C) da firma de auditoria, que assume os riscos mediante contrato.
D) do auditor, que assumirá total responsabilidade pelos
trabalhos executados.
E) de todos os sócios da firma de auditoria, por
responderem solidariamente e ilimitadamente.

64. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primária na


prevenção e detecção de fraudes e erros é:
a) da administração.
b) da auditoria interna.
c) do conselho de administração.
d) da auditoria externa.
e) do comitê de auditoria.

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65. (ESAF/ARFB/2012) A empresa Betume S.A. é uma empresa


de interesse público que vem sendo auditada pela empresa Justos
Auditores Independentes, pelo mesmo sócio-principal há sete
anos. Considerando a NBC PA 290, deve a firma de auditoria
externa:
a) ser substituída por outra, não podendo retornar a fazer a auditoria da
empresa no prazo de dez anos.
b) fazer a substituição desse sócio-principal, podendo o mesmo retornar
a fazer trabalhos de auditoria nessa companhia somente após cinco anos.
c) substituir toda a equipe de auditoria, podendo retornar aos trabalhos
nessa companhia, decorridos no mínimo três anos.
d) trocar o sócio-principal e demais sócios-chave do trabalho, podendo
retornar a fazer auditoria após decorrido o prazo de dois anos.
e) comunicar ao cliente a manutenção do sócio-principal, ficando a cargo
do órgão regulador a determinação ou não da substituição.

66. (CESGRANRIO/BNDES/2009) Quando se objetiva determinar


se certas atividades financeiras ou operacionais de uma entidade
obedecem às regras ou regulamentos que a elas se aplicam,
realiza-se uma auditoria
a) de demonstrações contábeis.
b) de compliance.
c) administrativa.
d) operacional.
e) transacional.

67. (CESGRANRIO/INEA-Auditor/2008) Existem os seguintes


tipos de auditoria pública: Auditoria de Gestão, Auditoria Contábil,
Auditoria de Sistema e Auditoria Especial. Seguindo essa
classificação, a Auditoria Especial objetiva
a) examinar e certificar a situação de fatos relevantes por determinação
do Tribunal de Contas ou do Presidente do Congresso Nacional.
b) examinar a regularidade nas contas de Ministros de Estado, por
00000000000

determinação do Presidente da República, do Ministério Público, ou ainda


dos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
c) examinar os fatos e situações consideradas relevantes, de natureza
incomum ou extraordinária, sendo realizada para atender determinação,
exclusivamente, do Presidente do Senado Federal.
d) examinar os fatos e situações consideradas relevantes, de natureza
incomum ou extraordinária, sendo realizada para atender determinação
do Presidente da República, de Ministros de Estado ou solicitação de
outras autoridades.
e) emitir opinião sobre irregularidades orçamentárias que tenham sido
provocadas pelo gestor do órgão público, sob requerimento exclusivo do
Ministério Público.

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68. (CESGRANRIO/EPE/2014) A atividade que tem entre os seus
objetivos verificar a efetividade e a aplicação de recursos
externos, oriundos de agentes financeiros e organismos
internacionais, por unidades ou entidades públicas executoras de
projetos celebrados com aqueles organismos, conforme o Manual
do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, é
denominada auditoria
a) contábil
b) de gestão
c) especial
d) externa
e) operacional

69. (CESPE/AUGE-MG/2009) A auditoria da gestão pública é a


vertente da auditoria governamental realizada pelo Estado
visando ao controle de sua gestão. Assinale a opção correta
acerca dos tipos de auditoria governamental.
a) A verificação do cumprimento da legislação pertinente é objeto da
auditoria contábil.
b) A auditoria de sistemas tem, entre outros, o objetivo de identificar as
áreas críticas e riscos potenciais, proporcionando as bases para a sua
eliminação ou redução.
c) A análise da realização físico-financeira, em face dos objetivos e metas
estabelecidos, é um aspecto contemplado pela auditoria de gestão.
d) A auditoria integral utiliza-se de critérios sob a ótica dos quais busca
avaliar a organização, como, por exemplo, a gestão e o desenvolvimento
de pessoas.
e) Constitui objetivo da auditoria operacional aferir a confiabilidade, a
segurança, a fidedignidade e a consistência dos sistemas administrativos,
gerenciais e de informações.

70. (CESPE/Câmara dos Deputados/2014) A respeito dos tipos e


modalidades de auditoria no setor público, julgue os itens a
seguir. Um dos objetivos da auditoria cont́bil ́ emitir opinião
00000000000

acerca da adequação e da fidedignidade das demonstrações


financeiras quanto ̀ aplicação, por parte das entidades públicas
executoras, de recursos externos oriundos de projetos celebrados
com organismos internacionais.

71. (CESPE/Câmara dos Deputados/2014) A respeito dos tipos e


modalidades de auditoria no setor ṕblico, julgue os itens a
seguir. Por meio da auditoria operacional preveem-se os
obst́culos ao desempenho da missão institucional da entidade,
uma vez que se atua em tempo real sobre os atos efetivos da
entidade.
18078271867

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72. (CESPE/AFT/2013) O relat́rio de auditoria de recursos
externos deve ser elaborado pelo organismo internacional
contratante e encaminhado ̀ Controladoria-Geral da União e ̀s
unidades setoriais e regionais do Sistema de Controle Interno.

73. (CESPE/ANP/2013) A auditoria de acompanhamento de


gestão ́ realizada ao longo do exercício financeiro em curso, com
o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os
efeitos potenciais positivos e negativos, com vistas a certificar a
regularidade das contas.

74. (CESPE/CNJ/2013) A auditoria que tem como objetivo


específico o melhoramento das operac̃es examinadas,
consubstanciada na ańlise da eficiência, efićcia e economicidade
da acão administrativa, ́ denominada auditoria de gestão.

75. (CESPE/PREVIC/2011) Para que uma auditoria seja


classificada como do tipo especial, não basta que trate de fatos ou
situac̃es relevantes e tenha sido determinada pela autoridade
competente.

76. (CESPE/Detran-ES/2010) A auditoria de acompanhamento


da gestão compreende o exame dos registros e documentos e tem
a finalidade de obter elementos comprobat́rios suficientes para
opinar se os demonstrativos refletem a situacão econômica da
entidade.

77. (CESPE/IBRAM/2009) A auditoria realizada ao longo dos


processos de gestão, com o objetivo de atuar em tempo real sobre
os atos efetivos e os efeitos potenciais, ́ classificada como
auditoria operacional.

78. (CESPE/IBRAM/2009) A auditoria cont́bil governamental


compreende a avaliacão dos resultados operacionais e da
00000000000

execucão dos programas de governo quanto ̀ economicidade,


eficiência e efićcia.

79. (CESPE/TCE-AC/2008) Assinale a opcão correta acerca dos


tipos de auditoria e de suas func̃es e objetivos.
A) A auditoria de avaliacão de gestão ́ responsável por certificar a
regularidade das contas e verificar os contratos, com o objetivo de
controlar e emitir opinião sobre as transacões no que diz respeito à sua
economicidade e eficiencia.
B) A auditoria de acompanhamento da gestão ́ responsável por avaliar a
gestão do ano imediatamente anterior quanto aos atos efetivos e os
potenciais efeitos positivos e negativos de uma entidade, com o objetivo
de subsidiar a gestão subsequente.

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C) A auditoria operacional ́ responsável por verificar o processo de
gestão com o objetivo de evidenciar as melhorias existentes e prevenir
gargalos no desempenho da missão institucional.
D) A auditoria contábil ́ responsável por verificar a efetiva aplicacão de
recursos externos oriundos de agentes financeiros por entidades ṕblicas
executoras de projetos celebrados com esses agentes, com a finalidade
de emitir opinião sobre a adequacão e fidedignidade das demonstracões
financeiras.
E) A auditoria especial ́ responsável por examinar somente fatos
relevantes, com o objetivo de atender determinacão expressa de
autoridade competente.

80. (FCC/DPE-RS/2013) A auditoria, no âmbito do sistema de


controle interno do setor público federal, que objetiva o exame de
fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza incomum
ou extraordinária, sendo realizada para atender determinação
expressa de autoridade competente, ́ classificada como:
A) contábil.
B) extraordinária.
C) extraplano.
D) inspeção.
E) especial.

81. (FCC/TRT-12/2013) Uma auditoria realizada com o objetivo


de examinar se os recursos estão sendo usados eficientemente em
um programa da ́rea da sáde ́ denominada de auditoria:
A) de conformidade.
B) contábil.
C) operacional.
D) de regularidade.
E) de legalidade.

82. (FGV/ASLEMA/2013) A auditoria no setor ṕblico que


objetiva “emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das
contas, verificar a execucão de contratos, acordos, convenios ou
00000000000

ajustes, a probidade na aplicacão dos dinheiros ṕblicos e na


guarda ou administracão de valores e outros bens” ́ classificada
como:
A) avaliacão de gestão.
B) acompanhamento de gestão.
C) contábil.
D) operacional.
E) especial.

83. (FBC/Exame CFC/2011-2) Em relação aos procedimentos de


auditoria, assinale a opção CORRETA.

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a) A auditoria das demonstrações contábeis exime as responsabilidades
da administração ou dos responsáveis pela governança.
b) As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade
elaboradas pelo auditor independente, com supervisão geral dos
responsáveis pela governança.
c) As NBC Técnicas impõem responsabilidades à administração ou aos
responsáveis pela governança e se sobrepõem às leis e regulamentos que
governam as suas responsabilidades.
d) O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários.

84. (FBC/Exame CFC/2015-1) De acordo com o que estabelece a


NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente Auditoria
de Demonstrações Contábeis e a Condução da Auditoria, julgue os
itens abaixo, como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida,
assinale a opção CORRETA.
I. O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários, mediante a
expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.
II. As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da
entidade, elaboradas pela sua administração, com supervisão
geral dos responsáveis pela governança. A auditoria das
demonstrações contábeis não exime dessas responsabilidades a
administração ou os responsáveis pela governança.
III. O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no
planejamento e na execução da auditoria; e na avaliação do efeito
de distorções identificadas sobre a auditoria, e de distorções não
corrigidas, se houver, sobre as demonstrações contábeis.
A sequência CORRETA é:
a) F, V, F.
b) F, V, V.
c) V, F, V. 00000000000

d) V, V, V.

85. (FBC/Exame CFC/2014-2) De acordo com a NBC TA 200 -


Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da
Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria, relacione os
termos utilizados na primeira coluna com os significados
correspondentes na segunda coluna e, em seguida, assinale a
opção CORRETA.
(1) Evidência de Auditoria
(2) Asseguração Razoável
(3) Julgamento Profissional
( ) É a aplicação de treinamento, conhecimento e experiência
relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de
auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a

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respeito dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do
trabalho de auditoria.
( ) São as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar
suas conclusões em que se baseia a sua opinião, incluindo
informações contidas nos registros contábeis subjacentes às
demonstrações contábeis e outras informações.
( ) É, no contexto da auditoria de demonstrações contábeis, um
nível alto mas, não absoluto de segurança.
A sequência CORRETA é:
a) 1, 2, 3.
b) 2, 3, 1.
c) 3, 1, 2.
d) 3, 2, 1.

86. (CESPE/TCE-SC/2016) Com relação aos conceitos gerais de


auditoria e aos papéis utilizados na sua execução, julgue os itens
seguintes. A abrangência da auditoria de gestão pública
transcende o conceito tradicional, pois, entre outros aspectos, não
se restringe à mera verificação a posteriori, nem às questões de
caráter estritamente legal; está voltada para a economicidade, a
eficiência, a eficácia e a efetividade da aplicação dos recursos
públicos.

87. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/2016) No âmbito da


administração pública, considera-se que a finalidade básica da
auditoria é comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos e
fatos administrativos e avaliar os resultados alcançados. Porém,
em decorrência de peculiaridades, alguns procedimentos
específicos de auditoria podem ser requeridos. Considere-se um
contexto em que o objetivo da auditoria é avaliar ações gerenciais
e procedimentos relacionados aos programas de governo, com a
finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos
aspectos da eficiência, eficácia e economicidade, procurando
auxiliar a administração na gerência e nos resultados. Nesse caso,
00000000000

recomenda-se uma auditoria


(A) de acompanhamento da gestão
(B) de avaliação da gestão
(C) descentralizada
(D) especial
(E) operacional

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Gabarito:

1–E 24 – D 47 – E 70 – C
2–E 25 – B 48 – E 71 – E
3–E 26 – A 49 – B 72 – E
4–C 27 – C 50 – E 73 – E
5–A 28 – C 51 – A 74 – E
6–B 29 – C 52 – D 75 – C
7–E 30 – E 53 – D 76 – E
8–C 31 – E 54 – D 77 – E
9–E 32 – A 55 – A 78 – E
10 – E 33 – C 56 – E 79 – D
11 – B 34 – A 57 – C 80 – E
12 – C 35 – C 58 – B 81 – C
13 – D 36 – E 59 – A 82 – A
14 – A 37 – C 60 – D 83 – D
15 – E 38 – D 61 – C 84 – D
16 – E 39 – A 62 – E 85 – C
17 – C 40 – A 63 – D 86 – C
18 – A 41 – A 64 – A 87 – E
19 – A 42 – E 65 – D
20 – A 43 – B 66 – B
21 – D 44 – A 67 – D
22 – D 45 – B 68 – A
23 – D 46 – B 69 – E

Referências utilizadas na elaboração das aulas

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo.


7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas,


2010.

BRITO, Claudenir e FONTENELLE, Rodrigo. Auditoria privada e


governamental: teoria de forma objetiva e mais de 400 questões
00000000000

comentadas. 2. ed. Niterói: Impetus, 2015.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed.


São Paulo: Atlas, 2010.

FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo:


Atlas, 2011.

MACHADO, Marcus Vinícius Veras e PETER, Maria da Glória Arrais. Manual


de auditoria governamental. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

Ś, Antônio Lopes de. Curso de Auditoria. São Paulo: Atlas, 2000.

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