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Filosofia | 10.° ano José Ferreira Borges ‘Marta Paiva: Orlanda Tavares EIVE QUETAD dades ivi Caderno de At t Porto Editora 11 Como estudarflosofi. Arqumentar | Aoreseniar rszGes que sustentem um determined onto de vista, que confluam numa certatese. "Gloséro de verbos mae comune om testes deavaiagio do flosfia ‘Socorra-se de pressupostos vercadcirose sela rgoraso.n0 ‘que s2reierea deduséo. ‘valiar Determinar cs prés €0s contrasde elgumateoria | Nao selmitea descreverou a dizer oque est exo0st0 “por ju arguments, jugara sua consisténcia, palavas suac’, mas use as Terramentas" da flosofiapars, ‘alzar etomarsustentadarente uma posgso.ajuze validede. a forea.a solder. a cogéncia, 0 earéctor bom ou ‘au de um argument, CCaracterizar | Aoresentar as ceractrisas que s20 prooras d2 | Nio diga somente qua &(qucis sio ls) caracteristica(s. Lum determinado conceit, os seus tapos Esclarege-a(,expique o5eu significado partcuares. Comentar | Dizeralgo mais acerca de alguma cosa, parsqueo | Ocomentaro esta para é da exposiqao. Eo que se Ihe ‘que to oumostrado rao fque somente 2 ‘Segue. Contextualizar ou dar exemplos s30 boas estateglas por Bir alim da eqposiedo. para coment. Comparar | For Tadoa ado” Quande se dizalgopara xceve | Nao expoxhanerhum dos elementos emcomparagao de ‘dzer-setambémoaue 6respetno ay, antesde | uma vez por todas. Inoreale-. contra falar de x Crtcar | Apreciara partirde um ponto desta distanciads e | Criticar no 6"caer ma’.O papel de um eric de cima Imparcia apresentar pros e contas.. ‘io 6 "laer ma” dos Times: avlé-bs ro que tém ce rmetnor ede pore, tanto quanto fossivel mensure-os numa ‘scala de valor ave poder por exemplo. de Oa Sestrelas. [io se atenna apenas a0s aspetes negativos. Retr ambém ‘os aspetos positvos. Define Dizero queum determinado termo ou concato | Uma boa definigdo(expliita) aplca-sea todos os obatos ‘ign, Delmar deforma cara e precsa e sem ‘que fazer parte do denindo, 2508 85, Sejaconcisa Descrever | Dizersomene oqueaige e.Ater-sesos‘actos. | Nao fagaluzes de vate. Distinguir | Apresentarasclierengas oudissemelnancasa | Nio se limites apresentay, sem estabelecer qualauerrelerSo, part deume semelnsngs signifcstna, Connionta, | oquese he pede pars dstingu. Nav neestz0 ase peda. dias. 8s oumais detnicbes ine pada uma cstingde. Esclerecer, | Tornar claro o que, por alguma racdo,nB0 0 & ‘io ites exmesmes paavias faa frases praticamente ebarifear | Explcitaro que estésomentsimolcto, Bucidar. | iguaisao uelhe $ pedido para esclarecer ouclatica. Se 0 Evidencia, fier, 0 quo era complcaco contiruara a sé-la Dar exempios | pode ser uma boa esrategia, Exempliiear | Apresentar um caso ou uma stuardo, ‘Mio se limite dizer e mesmo, aida que ‘por paavres suas". peferenclainente rea, que Ruste una teria ovum, ‘Oque se pede & um caso espeetfico au wha skuega0 rea, | conceit ‘io "mais da masa" xplcar | ize qual és causa de agua coisa, oqueeque | NiO sea vagota)nemevasivea, coms quem Togs & leva de xa y-Elucidax Tomar compreensvel. ‘uestio".A expicagio ¢ obletiva clara edireta, Formalerum | Foze: ume pergunt clare, rigorosa e"sem radeics”. | Fage a pergunte come se, com ume simples Fase. probleme consequisseresroncer-ne. IWontficer | Dizorqual enone deg. Nidentifeagio ¢um | Une paleo ou uma rose & omésime que te & pedis, ouco a operagio inrersa da defnido:pede-se, por exemplo,que para a defini¢ao dad so presente 0 lespeivo denn. ustiicar | Apresentarre20es. Inca, por exempo, que [Noste-se conhecedor do que esté adizer. Exterorze 0 que rnotivos supertaam ume eseotha. {scontecea ne interior do seu pensemento, pera, por exempo, ‘otarporxe no por y.©que olallevou aidertifier algo eamosenda sto. no acuile Resumir | Destacaro que émais importants, der em poucas | Nio releve o que somente acessério.Nio se "parca" emt palavas.o que fl dito com muitas, aer-se ao que & fssencia. pormenores. 2 Atividades por capitulo Questées de escolha miltipla 1. A filosofia e os seus instrumentos Na resposta a cada um dos itens seguintes, selecionea tinica apgao correta GI Assinale a afirmagao falsa. A filosofia 6 umia).. A. proceso de refiexio profunda sobre varios conceitos. Br atividede arqumentativa e de andlise conceptual.” — G.atividade argumentativa e de andlise emplrica.” -_D. reavaliago das nossas crencas.” Ed aual destas opcées ndo traduz uma caracteristica das questées filoséficas? A, Dizemrespeito apenas aos filbsofos profissionais -__B, Geram controversia e discussao critica. __ C.N&o podem ser resolvidas matematicamente. -_D.Sdo relativass noses crengas fundamentais. Ey Qual destas oprdes néo traduz uma questio filoséfica? A. O.queé umasociedace justa? __B, Serd que o filme rendeu milhdes de euros? _ C.0queé obelo? __D. Seré que temos livre-arbi Gi Assinalea afirmagao verdadelra. A. Ométodo da filosofia é 0 experimental. -_B, Ométodo da ciéncia é 0 reflexivo. €.Dobjeto de estudio da flosofia 6 uma parcela da realidade. DB, Oobjeto de estudo de filosofia é o real como um todo. Gy Umconceito é: __ A. aexpressio verbal de um termo. ~B.omesmoque arqumento. _ C.uma representagao mental. Duma especificidade linguistica, Gi Assinale a afirmagao falsa, "Uma tese 6... ~~ A.uma idetafechada a qualquer discussio.” -_B, umaiieia que se pretende defender.” _ G.umaresposta aum problema,” Duma proposigao que se procura justiican” 1. Atlesoma eos sous instrumontos Questées de escolha miltipla Qual das seguintes frases expressa uma proposigao? _—-A.Oqueé otempo? |B. No fagas isso! _G, Prometo que irei fazer dicta. ___D, O'serhumano € possuidor de livre-arbitrio. GJ Qual das coguintos proposigdes 6 particular nogativa? A. Alguns comediantes néio séo engragados. -__B. Nenhum comediante ¢ engracado. __ C, Alguns comediantes sao engragados. __ D, Todos os comediantes sao engragados. Ey Considere as seguintes proposi¢es: 1. Todos os vegetais saber bem. 2. Nenhum vegetal sabe bem. 3. Alguns vegetais sabem bem. 4. Alguns vegetais nao sabem bem, 9.41. Entre quais destas proposicées se estabelece uma relagao de subalternacio? Bee Beas B2e3, sD. 2e4, 9.2. Quais destas proposicées sao contraditérias?- Altes C0. “Bites — D1e2 9.3. Quais destas proposicées so contrarias? Ales C20. [feo [odes 9.4, Quais destas proposicées sao subcontrarias? A2e3 30 Bites te 2 Atvidedespor capitulo Questées de escolha miltipla [D) Qual 6a negacdo de ums proposig&o singular aficmativa? "A. Proposigo singular negative. -_B, Proposigao universal negativa. _ ©. Proposi¢o particular negativa. _D. Proposicao particular afirmativa, {Qual das seguintes proposigées é de tipo I? __ A. Todos 0s jogos sao divertidos. _ B, Algunsjogos so divertidos. ©, Algunsjogos néo sio divertidos. D. Nenhum jogo é divertido. B Qual das sequintes proposicées € de tipo 0? A. Todas as lojas séo cares. __B, Algumas lojas sao caras. ©. Algumas lojas no so caras, -D. Nenhuma oja é cara [B) Quanto as regras da oposicao, qual dos seguintes enunciados 6 falso? "A. Duas proposi¢des subcontrérias néo podem ser ambas falsas. -_B, Duas proposigdes contrauitérias no podem ser ambas verdadeiras. "©, Duas proposiges contrérias no podem ser ambes falsas. -_D. Duas proposigoes contrarias néo podem ser ambes verdadeiras. {@ Aconcluso do argumento ‘A Maria é sensata, uma vez que resolve os seus problemas com. prudéncia e, na verdade, todas as pessoas que sao prudentes so sensatas”é: "Todo aquele quo 6 sensato resolve os seus problemas com prudéncia.” }. “Todasas pessoas que resolvem os seus problemas com prudéncia séio sensatas” . "A Maria 6 prudente.” "A Maria ésensata.” 106 oxomplos traduzum argumonto dedutive? A. Atéagora, todos os anos houve dias de calor. Logo, no proximo ano val haver las de calor. __B, OAgarve tem boas praias como Espanha. Logo, ambos os paises tém as mesmas recetas, decorrentes do turismo. __C, Opresidente diz que o pais é pobre. Logo, o pais é pobre. -_D. Todos os animais que voam tém asas e todos os animais que tém ases so aves. Logo. todos. 0 animals que voam so aves. Questées de escolha multipla [B Qual dos seguintes exempios traduz um argumento valico? ‘A. Todas as frutas so saudaveis. Todas as macas séo frutas. Logo, todas as macs so saudaveis. B. Todas as frutas sao saudaveis. Todas as magas sao saudaveis, Logo, todas as mags séo frutas. C. Algumas macs so saudéveis. Todas as macs so frutas. Logo, todasas frutas so saudveis, D. Nenhuma fruta é saudével. Todas as magas so frutas. Logo, todes as magis so saudéveis, Qual dos seguintes exemplos traduz um argumento sélido? ‘A. Todos os animais ladram. Todos os pardais so arimais. Logo, todos os pardais ladram. B. Os insetos voadores tém asas. A mosca é um inseto voador. Logo, a mosca tem asas. C. Os atores recebem bem, Brad Pittrecebe bem. Logo. Brad Pitt é um ator D. As poras sido azuis, As paras 630 frutas. Logo, as frutas sdoazuis. [D Qual das seguintes efirmagbes ¢ verdadeira? A. Um argumento solide nao énecessariamente um bom argumento. B. Um argumento invalido pode ser um bom argumento, . Um argumento forte é sempre umbom argumento. D. Um argumento s6iide pode ser invalido. {Um argumento néo-dedutivo é um argumento: ‘A. cuia corrego depende essencialmente da forma logica. B. cuia conolusdo é uma consequéncia necesséria das premissas. C. em que se pretende que as premissas fornegam um apoio provavel para a conclusdo. D, sélide e cogente, D) Oargumento “Eca de Queirés 6 0 autor d’Os Maias. Por isso, 0 autor d Os Maias poe 6 Eca de Queirés" 6 um argumento: @ ‘A.bom, visto que é forte e tem premissa verdadeira. ‘fs B. mau, porque 6 invalid, 2 €, bom, pois a concluséo 6 verdadeira, 1D. mau, pols a premissa nao é mais plausivel que a concluséo. EB] Uma falécia é um argumento: ‘A. vilido, mas apenas a nivel nfio-dedutivo. ©. bom. embora aparente ser mau B, incorreto, emboraaparente ser correto. , mau, mas apenas dedutivamente. = EB “Alguns cées sio pretos. Logo, todos os c4es sao pretos.” Estamos perante um argumento: ‘A.ndo-dedutivo e bom. ©. no-dedutivo e fraco. = B.dedutivoe mau. D. dedutivo e valido. a 2 Asvidodos por capitulo Outras questées 1. A filosofia e os seus instrumentos [Lea otexto que se segue. 2 «Um historiador pode perguntar 0 que aconteceu em determinado momento do passado, mas lum fildsofo perguntara: “O que € o tempo7". Um matematico pode investgar as relagdes entre os umeros, mas um filosofo perguntara: "O que € um ndmero?”. Um fisico perguntara de que S80 ‘constituidos os étomos ou 0 que explica a gravidade, mas um filésofo iré perguntar como podemos saber que existe qualquer coisa fora das nossas mentes. Um psic6lago pode investigar como é que 28 criangas aprendem um idioma, mas um filésofo pergunterd: “O que faz uma palavra significar qualquer coisa?”. Qualquer pessoa pode perguntar se entrar num cinema sem pagar esté errado, mas um filésofo perguntaré “O que torna uma acao boa oumé?” Nao podemos viver sem tomarmos como garantidas as ideias de tempo, numero, conhecimento, linguagem, certo e errado, (..] mas em filosofia investigamos essas mesmas coisas. O objetivo é levar 0 conhecimento do mundo e denés um pouco mais longe» ‘Thomas Nagel (1905), Quo quer dizer tudo to? Lisboa, Gadiva, pp. 80 9, 1.1. Apattir do toxto, distinga questées filos6ficas de questées néo-filoséficas. 1. Afilosofia #08 tous inatrumentos Outras questées Ed Considere os seguintes enunciados: Everdade que alguns politicos usam argumentos falaciosos sto porque os bons cradores s80polticos,e alguns bons oradores usam argumentos felaciosos. B. O paradoxo do relogio ¢ um paradoxo da teoria da relatividade geral e restrita. C. Muitas pessoas perguntam se a vida tem sentido. A relva é verde. Logo a noite vouler oTimeu. D.E certo que as pessoas que slo a favor dla criogenia querem ser imortais; mas nem todas as pessoas séo a favor da criogenia, Dai haver pessoas que ndo queiram ser imortais. 2.1, Indique, justificando, quais dos enunciados apresentados no quadro expressam argumentos e quais os que nao expressam argumentos. 2.2. Identfique, colocando-as na sua expresséio canénica, as premissas e a conclustio dos argumentos indicados na questo 2.1 8 2.3. Todo o argumento valide € sélido? Justifique, apresentando exemplos. El Leia otexto seguinte. «As pessoas cometem frequentemente um erro quando veem um argumento que apoia uma ideia de que gostam, como, por exemplo, que Deus existe, que 0 aborto é errado ou que o governo esta a esconder provas da existéncia de ovris alaures no Novo México. Como gostam da conclusao, aprovam 0 argumento. Isto é bastante natural, mas 6 um erro porque um argumento pode ter uma conclusao verdadeira @, ainda assim, nao ser sélido. (..) Nunca devemos avaliar um argumento em funcao da verdade da suaconcluséo. (..) Se um argumento tom um erro que pode ser cortigido, ndo devemos rejeitar o arguments som antes corrigir 0 dofeito © ver se 0 argumento melhorado seré melhor. Afinal, estamos intorossados em descobrir a verdade, ¢ néo epenas em abater maus ergumentos.» ‘James Rachels (2010), Prablemas da Flosofie,Lisbos, Gradina, po. 302-303, 43.1. Explicite, recorrendo a um exempio, o erro que, segundo o autor do texto, as pessoas habitualmente cometem. “ 1.Aflesofia 0s sousinstrumentos Outras questées 3.2. Tendo em conta o terceiro paragrafo do texto, justifique a importéncia da légica para a tividade filoséfica 3.3.0 autor do texto refere dois exemplos de crengas que as pessoas tém e que se relacionam com problemas flos6ficos: "Deus existe” @ "0 aborto é errado". Apartir destes exemplos, caracterize os problemas filoséficos. 6 2 Aividades por capitulo Outras questées G Leia otexto. «Quando dizemos que o homem se escolhe a si, queremos dizer que cada um de nés se escolhe si préprio; mas com isso queremos também dizer que, ao escolher-se a si préprio, ele escolhe todos os homens. Com efeito, néo hé dos nossos atos um sequer que, 20 criar 0 homem que desejamos ser, néo crie ao mesmo tempe uma imagem do homem come julgamos que deve ser. Escolher ser isto ou aquilo é afirmar ao mesmo tempo © valor do que escolhemos, porque nunca podemos escolher 0 mal, o que escolhemos ¢ sempre o bem, € nada pode ser born para nds sem que 0 seja para todos. Assim, a nossa responsabilidade ¢ muito maior do ue poderiamos supor, porque ela envolve todaa humanidade.» Jean-PaulSartre (1962), 0 Bstenciasmo éum Humanismo, Lisboa, Editorial Presenga, pp. 184-185, 4.1. Identifique a tese/conclusao e as premissas epresentadas pelo autor do texto. Gh Leia o texto. 6 «Afilosofia é uma atividade:é umaformade pensar acerca de certas questdes. A sua caracteristica maismarcante¢ ouso de argumentos légicos. A atividade dos fildsofos é, tipicamente, argumentative ouinventam argumentos, ou criticam os argumentos de outras pessoas ou fazem as duas coisas. Os fildsofos também analisam e clarificam conceitos.(.) Que tipo de coisas discutem os fidsofos (..)? Muitas vezes examinam crengas que quase toda a gente aceita acriticamente a maior parte do tempo. Ocupam-se de questdes relacionadas com 0 que podemos chamar vagamente “o sentido da vida’: questdes acerca da religido, do bem e do mal, da politica, da natureza do mundo exterior, da mente, da ciéncia, ca arte e de muitos outrosassuntos, Por exemplo, muitas pessoas vivem as suas vidas sem questionarem as suas crengas fundamentais, tais como acrenca de que ndo se deve matar. Mas por que raz4o ndose deve matar? Que justificacao existe para dizer que ndo se deve matar? Nao se deve matar em nenhurra circunstancia? E. afinal, que quer dizer a palavra “dever"? Estas sfio questées filoséficas. 1.A flosofiae 08 sous instrumentos Outras questées Ac examinarmos 2s nossas crengas, muitas delas revelam fundamentos firmes; mas algumas nao. O estudo da filosofia nao 56 nos ajuda a pensar claramente sobre os nossos preconceitos, como ajuda a clatificar de forma precisa aquilo em que acreditamos. Ao longo desse proceso desenvolve-se uma capacidade para argumentar de forma coerente sobre um vastoleque de temas - uma capacidade muito util que pode ser aplicada em muitas areas.» Nigel Warburton (1988), Elementos Bésicos de Filosofia, Lisboa, Gradva, pp. 19-21 5.1. Apattir do texto, respondaa questo "0 que é a filosofia?’, tendo em conta os seguintes aspetos: as questées filoséficas; -o método da filosofia. raraens W 2 Alividades por capitulo Questées de escolha miltipla 2. Légica proposicional classica Na resposta a cada um dos itons soguintas, solecione a unica opgo correta [lA propociego axprossa pola frase “Paulo sabe dar ordens" 6 considerada uma proposi¢go: "A. composta. _—B. simples. ~ C.complexa. ~— D. imperativa GJ Proposigées complexas so proposigdes em que: A. esto presentes pelo menos dois operadores proposicionais. __ B, nao esté presente qualquer operador proposicional. __C, esté presente um operador proposicional ou mais do que um. |. estio presentes proposigdes simples evjo valor de vordade 6 desconhecido. EJ 0 operador “x acredita que" é um operador: A. proposicional ndo-verofuncional. __B, proposicional verofuncional de crenga. _ €.ndo-proposicional e ndo-verofuncional. /_D. ndo-proposicional e verofuncional i Um operador singular ou undrio aplica-se: _ A.unicamente a uma proposicao simples. ___B. apenas auma proposicao, simples ou complexa, GC. unicamente a duas proposicées simples. _D.apenas auma proposicaio complexa. G Asletras maitisculas como P, @, R, etc. sfo geralmente usadas para representar: A. proposigdes complexas. -_B. apenas proposigées complexas. _G.proposigbes simples e complexas. _D. proposi¢dessimples. Uma maneira incorreta de exprimir anegacdo de “Abola é redonda’ 6: A. Eerrado afirmar que a bola é redonda -_B. Nao se dé 0 caso de abola ser redonda. ___ C.N&o verdade quea bola néo é redonda. ___D.E false que a bola seja redonda. 18 2. Légion proposisiona eléasica Questées de escolha multipla i Se 0 valor de verdade de uma proposi¢ao complexa for totalmente calculdvel a partir do valor de ‘verdade das proposi¢Ses simples que a compdem, diz-se que essa propesicao complexa é uma: ‘A. conjungao de verdade. B. disjuncao de validade. ©. funcdo de verdade. D. extensio de validade. By Anegagao de “Alguém saiu de casa” A. Ninguém saiu de casa. B. Alguém entrou em casa ©. Alguém néo salu de casa. D. Ninguém entrouem casa, BF Se a proposicao @ for falsa, entéoa conjungdo Pa G: A. éverdadeira. B, 6falsa. . possulum valor de verdade desconhecido. D. énecessariamente verciadeia. [D A coniuncdo é verdadeira se, e s6 se, as proposicdes conectadas forem: A. aprimeira falsa e a segunda verdadeira, B, ambas verdadeiras. C. ambasfalsas. D. uma verdadeira, outra falsa, {WI Uma cisjuncao inclusiva é uma disjuncao: A. completa. B. que apenas é verdadeka se 2s cisjuntas vere 0 mesmo valor de verdade. C. que apenas é falsa se as cisjuntas tiverem valores de verdade cistintos. D. queé false se, e apenas se, as disjuntas forem simultaneamente falsas. [ Uma disjungao exclusiva é uma; A B. queapenas é verdadeira se as cisjuntas tverem o mesmo valor de verdade. ©. queé verdadeira se, e apenas se, as disjuntas tiverem valores de verdade distintos. D. queé falsa se, e 86 se, as disjuntas forem simultaneamente verdadeiras. icompleta. 1° 2 Atividades por capitulo Questées de escolha miltipla [DA proposicse exprosca pela frase «Camées escreveu poesia ou prosa» é considerada uma: A. condicional. B, bicondicional. C. disjun¢do exclusiva. D, disiuncao inclusiva {J Um modo incorreto de exprimir a condicional "Se Jodo escreve, entéo tem energia’ é A. Na circunstéincia de Jodo esorever, tem eneraia. B, JoZ0, sempre que escreve, tam energia. ©, Para Jo&io ter energia, basta que escreva, D. Ter energia ¢ uma condigao suftciente para Jogo esorever. [BA negacéo de “0 Universo ¢ surpreendente, se hé extraterrestres" é: AO Universo nao é surpreendente, se nao houver extraterrestres. B. Ha extraterrestres, mas 0 Universo nao é surpreendente. C. Se 0 Universo nao é surpreendente, nao hé extraterrestres. D. 0 Universo é surpreendente, mas nao hd extraterrestres. { Nabicondicional P+ @: A. Péuma condicao suficiente mas ro necessaria para Q. B, @ 6 uma condicdo suficiente mas néionecesséria para P. , Péuma condigao necessaria e suticiente para Q. D. @ éuma condigao necessérra e insuficiente para P. [iJ Anegacao da bicondicional “Ha chuva se, ¢ so se, ha nuvens” é: A. Ha chuvae nao hé nuvens, ou ha nuvens e nao ha chuva. B. Ha chuvae no hé nuvens, e hd nuvens eno ha chuva. C. H4 chuvae h§ nuvens, ou no h4 nuvens nem chuva. D. Ha chuva ou hé nuvens, e hd nuvens e nao hé chuva. {DA proposiedo (ou proposiedes) que um operadorafeta chama-se: ‘A. Ambito de um operador. B, operador principal. C. Fungo de um operador. D. tautologia. 20 2 Lépleapropociciona eéesion Questées de escolha multipla {D0 operador principal da proposicao com aforma w[1P Q)—[R+ Sil é ~ A.acondicional. ___B.abicondisional. _ Canegacéo. Da conjungdo, 6D A formalizacao da proposicao expressa pela frase “Nao fugir ao trabalho é condicao necesséria ara Maria ter dinhelro” s6 pode ser: AnP> BP +-8. 6.Q>P. D.Q>>P, i] Partamos do seguinte diciondrio: P: Chove; @: Neva; R: Faz sol. Ainterprotagao da férmula proposicional (Pv) » =Q 6 a soguinto: _A.Nao neva, logo ou chove ou faz sol ___B. Nao neva, e chove ou fazsol. _ ©, Sechove oufaz sol, entdo nao neva. __ D. Chove ou faz sol se, e 86 se,ndo neva. @ Para construir a tabela de verdade de uma proposigao, devemos: ___ A. comecar pelos operadores de menor Ambito, avancando para os de maior. ___B. comecarpelo operador principal, avangando depois para os outros. __€.comecarsempre por caleular os valores de verdade dasnegacées. -__D. comegarsempre pelos operadores que esto fore dos paréntesis. 6B Apenas a seguinte afirmacdo é verdadeira: "A. Contradigées sio proposigées falsas apanas nalgurras circunstancias. -__B, Tautologias #80 proposigdes verdadeiras om todas as circunstancias. 6, Contingencias so proposighes falsas em todas as circunstancias. __D. Proposigdes indeterminadas s4o negagbes de tautologias. {J Com uminspetor de cireunstncias 6 possivel determinar _ A.averdade de algumas formes de inferéncia. _Baverdade de todas as formas de inferéncia. = C.avalidade de algumas formas de inferéncia. £ Dia validade de todas as formas de inferéncia 2 Atvidades por capitulo Questées de escolha miltipla EB Num inspetor de circunst&ncias, um argument formalmente valid 6 aquele em que cada linha que torne todas as premissas verdadeiras 6 uma linha em que a conclusso —— A.falsa. ___B. provavel. — C.verdadeira. -— D. valida, Ey As varidveis de formula permitem especificar a forma logica: ___A.de qualquer tipo de proposigso, simples ou complexa. -__B. apenas de proposigdes simples. __C.de qualquer argumento, mas apenas se for valido, -D. apenas de proposigdes complexas. Gi "Se nao amas a verdade, nao és feliz ou és ignorante, Ndoamas a verdade, Por conseguinte, no és feliz ou 6s ignorante.” Este argumento é um exemplo de: ~Aummodius ponens. BL ummodis tollens. —G.uma faldcia da afirmagaio do consequente. Duma faldcia da negago do antecedente. GB "Caso Descartes prove a existéncia de Deus, confianarazao' e "Confiar na razdo é condigo suficiente para Descartes nao ser um filésofo infeliz". Aplicandoa regra do silogismo hipotético, Conclui-se 0 seguinte das proposi¢des expressas pelas frases anteriores: __A.Se Descartes ndo prova a existéncia de Deus, entéo ¢ um filésofo infeliz, _B. Se Descartes 6 um filésofo infalz, onto prova a existéncia de Deus. @.Se Descartes prova a existéncia de Deus, ent&o ndo ¢ um fildsofo infeliz _D. Se Descartes €um flésoto infelz, entao Deus prova é existenca de Descartes. @ ‘Infere-se que tens medo. Tens medo ou esperanga. Ora, nao tens esperanga.” Este argumento um exemplo di _ A.um modus tollens. ___B, umsilogismo cisjuntivo. __C.umsilogisme hipotético. Duma contraposigaio. EX) Nao € uma forma de inferéncia valida: __ A.acontraposieao, Bo modus tollens. __ C.aafirmago do consequente. Do silogismo disjuntivo. 22 2 LSpleaproposiclonallésten Outras questées 2. Légica proposicional classica Gi Retire, justincando, quais das proposigbes a seguir expressas sao proposigoes simples quals sao complexas. 1a) A existéncia ndo 6 filosoficamente racionalizavel. b) O edificio da escola estd pintado de branco. ©) Albertina é escritora e influenciadora. ) Joao pensa que a paz mental se consegue eliminando oruido. €) E Carnaval se, es6 se, houver caretos nas ruas. ) Hajustica ou seguranca. 9) Seas palavras so titeis, entdo 0 dicionério é fundamental. h) O mundo é finito. 1) Océué azul. J) Ermelinda acredita que Anténio pensa que o amor é complicado. Gd Refira em que consistem os operadores proposicionais. El Esctarega, meciante um exemple, em que consistem os operadores proposicionais verofuncionats. 23 2 Mividades per cepitlo Outras questées [i Considere as proposigoes.a seguir expressas: P.O conhecimento provém da experiéncia. @:A alma 60 principio vital. Admitindo que P 6 falcae 0 6 verdadeira, rfira 0 valor do verdade das proposig6es expraccasa ‘seguir. So tal n5o for possivel, indique a razo dessa impossibilidade. a) Manuel acredita que 0 conhacimento provém da experiéncia. b) Aalma é 0 principio vital ou o conhecimento provém da experiencia, ©) O conhecimento provém da experiéncia e a alma ¢ o principio vital 4d) Menuel admite a possibilddade de a alma ser o principio vital istinga operador singular de operador binério. i Apresente a expresso canénica das proposigées a seguir expressas. 2) € falso que 0 velocidade da luz soja constonte. b) Nao se dé 0 caso de Guimaraes ser umaaldeia Ed Considere as proposigées a seguir expressas e 0s valores de verdade a elas associados: POs livros ajudam ao crescimento intelectuzl. V @:Joiio dé 0 exemplo. F RA misicaé bela. V SA vida é permanente. F Refira qual o valor de verdade das seguintes proposigdes e formas proposicionais: a) Joiio nao dao exemplo. b) Jouo da o exemplo ea musica é bela. ©) Sea misicaé bela, entao a vida é permanente. 4d) Os livros ajudam ao crescimento intelectual se, ¢ <6 £e, a vida ¢ permanente, ) Quoslivos ajudam ao crescimento intelectual ou Joao dé o exemplo, mas nao ambas 2s coisas. 2. Légiea proposiciona clissica ar @ Rvs. nave. ) Po D ASAR. Gi Formaize as proposicbes a seguir expressas, apresentando asua expresso candnicae 0 respetvo dicionario. 4) Nao ter talento artistic ¢ condicao suficiente e necesséria para Maria ndo ser pintora nem famosa. b) Sécrates nasceu na Grécia ou no Iraque se, e apenas se, Plato eramisico € Aristételes nao era aorioultor. ) Existem ideias inatas e intuigdes espirituais, se Descartes estava correto ou Locke nao tinha razéo. ) Ou Miguel ou Vitor sera o proximo papa, mas ou Miguel ou Vitor tém ideias inovadoras sobre a religiéo. R 2 Atividades por capitulo Outras questées GJ Interprete as f6rmulas abaixo (converta-as em linguagem natural, partindo do seguinte diciondrie P.Amorte do César 6 onigmatica, @.0 conhecimento € possivel R.O Universo é finito. ‘S.A tua consciéncia é paradoxal. a) (Pv Q)ank b) 7P © (RA-S) (Py Q—S {D Verifique, usando tabelas de verdade, se as sequintes férmulas proposicionais so tautologias, contradicées ou contingéncias. Justifique a sua resposta. a) (PAG) P+ -Q) b) Pv Qa-Pi>Q} 26 2 Léeleaproposicional eéscicn Outras questées ©) (P+ -Q)A(-Q> RI) > (FRI {W Icentifique as formas de inferéncia valida ou as falacias formais que os seguintes argumentos constituem. a) Se Deus ¢ omnipotente, nao existe mal no mundo. Deus nao é omnipotent, Logo, existe mal no mundo. by €falso que haje fantasmas e fenémenos peranormais. Logo, néo hé fantasmas ou néo hé fendmenos paranormais, ©) Nao é verdadeiro que Uilio ndo é marido de Julia. Por isso, Jilio é marido de Jala, 4) Seos paripatéticos esto certos, os criacionistas esto errados. Os criacionistas esto errados. Logo, os paripatéticos esto certos. €) Se est chuva ou frio, ent&o Céndido fica otimista. Logo, se Candido néo fica otimista, nao esta chuvanem esté frio ) Nao 6 verdadeiro que hd determinismo ou livre-arbitrio. Logo, néio ha determinismo nem livre -arbitrio. 9) Seha destino, hd Deus. Se ha Deus, noha razéo para duvidar que 0 Universo tem uma finalidade preestabelecida. Logo, se hé destino, ndo ha razo para duvider que 0 Universo tem uma finalidade preestabelecida. 2 Rtividades pox capitulo Outras questies hh) Caso haja confusao, apoiicia intervém. Logo, nao ha confusdo. Isto porque a policia nao Intervelo. 5 1) Pedro actedita em Paulo ou é inteligente, Pedro ndo € inteligente. Deduz-se, pois, que ele acredita em Paulo. [B Considere as proposicées a seguir expressas. 1. Se Rita ndo tem acesso a Internet, entéo joge futebol. 2, Rita ndo tem acesso a Internet ou joga futebol 3. Nao € verdadero que esta comida € seborosa e esta bebida é refrescante, 4, Nao é verdadeiro que esta comida é seborosa ou esta bebida é refrescante. Apresente, com base em tals proposigdes, um exemplo para cada uma das seguintes formas de ‘modus ponens, modus tollens, contraposico, silogismo disjuntivo, inferéncia valida e inval silogismo hipotético, leis de De Morgan, faldcia da afirmago do consequente efalacia da negacao do antecedente. 28 2.Légiea proposicional cissica Outras questées {D Mostre, recorrendo a inspetores de circunstancia e a variéveis de formula, que 0 modus ponens, ‘© modus tollens ¢ o silogismo cisjuntivo sao formas de inferéncia valida. 29 2 Atividades por capitulo Outras questées [Z Determine, por intermédio de inspetores de circunstancias, se as seguintes formas argumentativas $40 ou nao v a) PA7Q,0..PVQ b)P=Q.Q=P..PyQ ) P>Q.71Q6P)-.-Q 30 ek 2. Légica proposicionsl eléeniea Outras questées d) P29R, R> Q7[1PVQ)AR) Prove se os seguintes argumentos so ou no validos, recorrendo a inspetores de circunst&ncias. Comece por apresentar 0 dicionério e a formalizacao do argumento. a) Se 0 mundo é autossuficiente, Deus néo intervém no mundo. Logo, o mundo néo autossuficiente. ri " 2 Aividades por capitulo Outras questées b) Se Descartes duvida da sua propria existéncia, a hipdtese do génio maligno € credivel. A hip6tese do génio maligno € credivel ou cémica. Logo, Descartes ndo duvida da sua propria existéncia, | ©) Os valores morais sao inatos ou objetivos. Por isso, s30 objetivos. E que nao é verdadeiro que os valores morais sejam inatos. 32 2. Légica proposicional cléssica Outras questées ¢) Nao é verdade que se ha sofrimento omundo é ilusério. Ha softimento ou o mundo éilusério. Logo, se omundo nao ¢ ilusério, nao ha sofrimento. D Anaiise 0 seguinte argumento: Se Cristiano joga futebol e marca muitos golos, ento torna-se famoso. Se Cristiano se torna famoso, entdo aparece nas revistas, cor-de-rosa, Logo, se Cristianojoga futebol e marca muitos golos, entdo aparece nas revistas cor-de-rosa. 9) Identifiquea forma de inferéncia valida ou a faldcia formal que este argumento constitu. b) Traduza 0 argumento com recurso a varidveis proposicionais avariaveis de formula, areca 33 2 Atividades por capitulo Questées de escolha miltipla 3. O discurso argumentativo e os principais tipos de argumentos e falacias informais [J Osargumentos fortes séo argumentos om que: A. a conclusdo é verdadeira sempre que as premissas sdo verdadeiras. B, a verdade das premissas toma improvavel z falsidade da conclusio. C. averdade des premissas ndo é relevante para a conclusio. D. averdade da conclusio é incompativel com a verdace das premissas. é Gy Sea verdade das premissas de um argumento indutivo torna improvavela verdade da conclusdo, entdo esse argumento & ‘A. formalmente invalido. B, formalmente valido. ©. fraco. D. forte. Ey Considere os sequintes argumentos: 1. Todes as comunidades humanas estudadas atéao momento apresentam padres culturais especificos paralidar com o tema ca morte. A prdxima comunidade a ser estudlada apresentaré padrées espectficos para lidar com o tema da morte. 2. 0 Universo é infinite. A sociedace & t30 intrigante como 0 Universo, Logo, @ sociedade 6 infirita. 3. O citimo relatério da ONU sobre 0 desenvolvimento humane revela que na Europa as desigualdades socials séo menos acentuades do que nos paises do continente americana. Por isso. na Europa es desigualdades sociais s80 menos acentuadas do que nos patses do continente americano. Assinale a op¢ao que os identifica corretamente: ‘A. 1 ~indugao por generalizagao: 2 - argumento por analogia; 3 indugao por previséo. B, 1 -indugo por generalizagéo: 2 - argumento de autoridade; 3 ~indugao por previso. . 1-induco por previséo: 2 argumento por analogia: 3 arumento de autoridade Da \dugEio por generalizago; 2 ~ argumento por analogia; 3—argumento de autoridade. Gi Numa incugao por previséo: AA. estabelecem-se semelhancas que se aplicam a mais casos do que os observados. B, anteveem-se casos observados a partir de casos passados. C, estabelecem-se novas semelhangas ou relagOes entre os casos passados. D, anteveem-se casos néo observados a partir de casos passados. 34 Questées de escolha multipla Gy Numa generalizagao indutiva forts, 0 apoio das premissas a conolusao nfo depande: ‘A. do niimero de casos observads. B. da inexisténcia de contraexemplos depo's de ativamente procurados. C. da representatividade dos casos observados. D. da credibiidade dos especislistas a quem se recorre, Leia o didlogo seguinte. 90 seg ‘Afonso ~Quemnéo gosta de ler ndo deveria ter acesso 4s bibliotecas. ‘Ana—Porqué, Afonso? ‘Afonso ~ Porque quem nao reconhece o valor da leitura e da cultura nao merece beneficiar desse privilegio. ‘Ana ~Nao me parece nada convincente esse teu argument. Por essa ordem de ideias, tal como deveriamos proibir 0 acesso as bibliotecas a quem nao gosta de ler, também deverimos proibir 0 acess escolas a quemnéo gosta de estudar @ aprender as matérias das diferentes disciplinas. A Anaapresenta: ‘A uma indugao por previséo de acordo com 4 qual ndo temos razGes para impedir 0 acesso s bibliotecas a quem nao gosta de ler. B.um argumento por analogia para defender que ndo temos raz6es para impedir 0 acesso s escolas a quem nao gosta de estudar e aprender as matérias das diferentes disciplinas. C.uma indugo por previstio de acordo com a qual nao temos rarGes para impedir 0 acesso As escolas a quem nao gosta de estudr e aprender as matérias das diferentes disciplinas. D.um argumento por analogia para defender que néo temos razées para impedir 0 acesso as biblictecas quem nBo gosta de ler. oleae ganhou, ou a Teresa herdou uma fortuna. Argumentar a partir da premissa anterior é incorrer na falicia seguinte: A. petigao de principio. . derrapagem. B. boneco de palha. D. falso diema, Gy Alquem que apresenta o argumento “Nao ha provas de que nao exista vida extraterrestre; portanto, existe vida extraterrestre” incorre na mesma falécia em que incorre aquele que apresenta oargumento seguinte: A. Ha vida extraterrestre, porque temos provas de que ela existe. B. Ha vida extraterrestre, tenhamos ou nao provas de que ela existe, . Nao ha vida extraterrestre, porque nfo temos provas de que ela existe D. Nao hé vida extraterrestre, tenhamos ou ndo proves de que ela existe. 2 Aividades per capitulo Questées de escolhamiltipla By 0 Artur disse que a camara nunca aceitaria luvas (ou subornos). Mas ele é funciondii ‘camara. Portanto, nao podria dizer outra coisa” © argumento apresents a falécia: Aad hominem. __ B.daderrapagem. ©, do apelo aignoréncia. ___D. da peticao de principio. ED Identiique o argumento que exemplifica 2 faldcia da peticao de principio. /_A.Uma vez que 0 bungee jumping é uma atividade que envolve algum risco, ¢ essencial garantir todas as condigées possiveis de seguranga para aqueles que a praticam. __B, O bungee jumping 6 uma atividade perigosa porque é umaatividade arriscada que gera inseguranga no praticante. __C.0 bungee jumping é uma atividade perigosa; logo, se fosse seguro praticar bungee jumping, mais pessoas adeririama esta atividade. inclusive as criangas e os idosos. __D, Opraticante de bungee jumping sabe que tem de correr alguns riscos para alcangar 0s seus, objetivos; logo, ou é corajoso ¢ destemido ou nunca osalcangaré. [J Atente no didlogo seguinte. Rosa - E inacreditavel que @ pena de morte ainda seja praticada em tantos paises. Nao entendem que acabar coma vida dos criminosos nao os faz perceber o mal que fizeram. Maria Rosa, ests a dizer que os criminosos devem ser severamente castigados nas prisées? Eungo sabia que eras a favor da tortura de prisioneitos, Mari, a0 considerar que Rosa € a favor da tortura de prisioneiros, incorre na faldcla: — A.adhominem. ___B. do falso dilema. ___ G. do bonecodepalha __B. do apelo aignoréncia. [B Atalacia ad popuum comete-se quando: A. seapela a opiniio damaioria das pessoas para fazer valer a verdade de uma tese. __B, serecorre a opinigo de um especialista para convencer a maioria das pessoas a aderir a uma tese. _C. se aproveita a ignorancia da maioria das pessoas para as convencer de verdade de uma tose. -_.sedeturpa 2 opiniso de meiora das pessoes pare fazer valer a verdede de uma tese. 2.0 dieeurse argumontative o 0s principale tipos de argumentos fascia informaie QuestGes de escolha multipla [B Considere o seguinte argumento: ‘Soo Dr. Ricardo deixar este concultério, as familias doixardio do fazer torapia, ‘A clinica no conseguiré dar resposts a tantos problemss conjugais e femiliares ¢, ‘embreve, todos os cesais da cidade entraréo em confit. Em poucos das, este cidade j4 no seré a mesma, Sé nos resta convencer o Dr, Ricerdo a ficar na clinica, O argumento apresenta a faldcia: A. ad populum. B. da derrapagem. C. do apelo aignorancia. D. da petigao de principio. GD Considere o seguinte enunciado: E hoje bastante claro para os investigadores que a média anual da temperatura da Terra tem vindo a aumentar ao longo dos ultimos anos. Nao deixa de ser surpreendente que também nos uitimos anos a populagao nos paises asiaticos tenha aumentado. Partindo da informagéioacima como apresentando premissas de um argumento ndo-dedutivo, comete a falicia da falsa relagdo causal quem extrai a seguinte conclusio: A, Depois de se ter registado um aumento da média anual da temperatura da Terre ao longo dos altimos anos, verificou-se que @ populacao nos paises asiaticos tinna aumentado durante ‘omesmo periodo de tempo. B. Acausa da diminui¢ao da populacao nos paises asisticos nos titimos anos foi o aumento da média anual da temperatura da Terra ao longo do mesmo periodo de tempo. ©. Depois de se ter verificado que a populacéo nos paises asiaticos tinha aumentado nos. Gitimos anos, registou-se um aumento da média anual da temperatura da Terra no mesmo periodo. D. Oaumento da populagao nos paises asidticos nos iltimos anos foi causado pelo aumento da média anual da temperatura da Terra ao longo do mesmo periodo de tempo. [B A forma tégica da fal seguinte designaco: ‘A. Post hoc, ergo propter hoc - "Depois disto, logo por causa disto” -, uma vez que se assume a ocorrencia de dues causas em simultaneo como prova dos acontecimentos. B. Cum hoc, ergo propter hoc -"Com isto, logo por causa disto” -, dado que, perante aocorréncia em simultaneo de do's eventos, se conclui que um éa causa do outro. ©. Post hoc, ergo propter hoc - "Depois disto, logo por causa disto" -, uma vez que se assume a sucesso de um evento em relagéo 2o outro como prova de que este éa causa daquele. . Cum hoe, ergo prooter hoc -"Com isto, logo por causa disto” -, dado que se assume a ocorréncia de uma causa como prova de um evento causado por uma causa diferente. da falsa relagio causal apresentada na questio anterior (14) tem a 2 Atvidades por capitulo Outras questies 3. O discurso argumentativo e os principais tipos de argumentos e faldcias informais I Considers os seguintas argumentos: ‘A. Todos os corredores séo destemidos. Miguel Oliveira 6 corredor. Logo, Miguel Oliveira é destemido. B. Amaioria dos motocicistas portugueses sao destemidos. Miguel Oliveira é motocicista. For isso, é destemido. 1.1. Identifique o tipo de argumentos (dedutivos ou néo-dedutivos) apresentados e explique sucintamente 0 que os distingue, Gy Suponha que Pedro quer comprar um carro amigo do ambiente e, sabendo queo seu vizinho (Francisco) comprou o carro elétrico damarce x, apresenta o seguinte argumerto: Francisco comprouum carro eletrico da marca x. Desde que Francisco tem o carto elétrico damarca x, nuncateve problemas de mecénica e, paraalém disso, conseguit reduzir cerca de 200 euros de despesas mensais. Logo, se eu comprar um carro elétrico da marca x, também vou conseguir un bom carro, sem problemas de mec&nice, e poupo bastante dinheiro por més. 2.1, Tendo em conta que os argumentos ndo-dedutivos podem ser enfraquecides ou fortalecides pela introdugo de novas premissas, identifique as proposigGes do quadro (alineas a) a d) que, & partida, tem maior capacidade de fortalecer 0 argumento apresentado por Fedro. 38 2.0 diecureo argumentative ot principale tips de argumentes ofaléciacinformaie Outras questées Proposicées a) 20% dos carros elétricos da marca x apresentam problemas mecanicos ao fim de dois anos. 'b) Ha varios modelos de carros eleétricos cujas baterias tém menos autonomia que ado carro elétrico da marca x. ¢) A marca x é uma marca conceituada ejé testada no que diz respeito eo fabricode carroselétricos, ) Todos os advogados tm carros elétricos da marca x. EB Identiique o tipo de ergumentos néo-dedutivos propostos nas alineas seguintes: a) Os pais tém a obrigagao de satisfazer as necessidades dos seus filhos. 0 Estado 6 como os pais. Logo, 0 Estado também tema obrigacao de satisfazer as necessidades dos cidados. 'b) Foram observados varios individuos da espécie Axis e verifica-se que se alimentam essencialmente de rebentos, frutos e folhas. Lago, todos os Axis so herbivoros. ©) A Associagéio Intemacional X, que luta pelos direitos dos animais selvagens, defendle que 0s animais selvagens devem permanecer no seu habitat natural. Portanto, néo devia ser permitido as pessoas terem em casa cobras, furbes e outros animals que ndo so domésticos! d) Todas as comunidades de cangurus observadas até agora séio marsupieis. Logo, a proxima ‘comunidede de cangurus que observarmos também seré marsupial. 39 2 Atividades por capitulo Outras questées G Tendo por base os exemplos propostos na questo anterior, distinga as induces por ‘generalizaco das induces por previsio. 's que devem ser respeitadosina construcao das generalizagées indutivas. 1G Epplique por que razaoa observacio cientifica 6 mais indicada paraa construgao de _generalizacées fortes do que a observagio casual. 40 Distinga, indicando alguns exemplos, as faldcias formais das falacias informais. G Considere os seguintes argumentos: a) Dado que €improvavel quea taxa de desemprego volte a decal, ou o ministro tomamedicas de protegao social ouas pessoas emigram. Ora, oministo nao toma medidas. Por isso, as pessoas vo emigrar. bb) Até agora ninguém conseguiu provar que Deus existe. Logo, Deus néo existe. c) Sempre que chove, logo depois alguém é atropelado nesta via. Achuvaé a causa dos atropelamentos nesta via. di A Agua desta fonte nao é potavel. Logo, é imprépria para consumo. €) Os militantes do partido X sao racistas e xen6fobos. A maior parte das pessoas. 6 dessa opinio! 1) Opovo espanhol é, de facto, muito simpético e bem-humorado. Conheci cinco estudantes espanhos, no ambit do Programa ERASMUS, que eram todos, muito simpéticos e bem-humorados. 8.1, Explicite as falacias que ocorrem nos argumentos apresentados. a 2 Atvidedes por capitulo Outras questées GJ Considere a seguinte imagem: (Campanta publica "Get Mik?” Traduydo:"Siner.E assim queo lete te fazsent 0 casio ada os ‘oss08 a cresceren fortes, porisso, mesmo quengo seas ound de Kropten pedester ossos deaco. Tens ete?” 9.1. |dentifique o tipo de argumento presente na imagem da campanha publicitéria "Got Milk?", 9.2. Explicite-o. 19.3. Avalle a forga do argumento, tendo em conta os critérlos que devem ser respeltados. 42 Questées de escolha miiltipla 4. Aacgao humana ~ analise e compreensado do agir Na respostaa cada um dos itens seguintes, selecione a inica opcocorreta. [BB QtaI das seguintes opgdes traduz inequivocamente uma ago? A. Espirrar B. Troperarnuma pedra. . Falar ao telefone com um amigo. D. Tossir quando se fica exposto ao fumo do tabaco, i Quala definicao mais correta de aco humana? ‘A. que um agente irracional faz de forma consciente, voluntaria eintencional B. O que um agente racional fez de forma inconsciente, voluniéria e intencional C. O que um agente racional faz de forma consciente, involuntériae intencional. D. O que um agente racional faz de forma consciente, voluntaria e intencional Ed Considere as proposicées a seguir expressas: 1. Estamos determinados. 2. Se estamos determinados, nao temosa liberdade necessaria para sermos. moralmente responsaveis. 3. Temosa liberdade necesséria para sermos moralmente responsaveis. 3.1, Qual ou quais dests op¢ées traduz(em) 0 ponto de vista de um determinista radical? A162, B1e3. ©.203, D.1,263. 3.2. Qual ou quais destes opgbes treduz(em) o ponto de vista de um determinista moderado? Ate2 Bie3 C203 1,263. 2 Aividades per capitulo Questées de escolha miltipla 3.3. Qual ou quais destes opgdes traduz(em) o ponto de vista de um libertista? Ale2 B1e3. C203. D12e3, De acordo com o determinismo radicat A. as nossas escolhas, 0s nossos desejos e apes estao sujeitos a mesma causalidade que 0 resto do mundo. B, mesmo tendo conhecimento total do Universo, seria impossivel prever o futuro. C. temos livre-arbitrio, apesar de sermos determinados. D. devemos ser responsabilizedos pelas nossas agdes, El Qual destas opgdes ndo traduz uma objecao ao deterr A.A fisica quantica prova que nem tudo pode ser previsto. mas. alguns casos, apenas calculada a sua probabiidade de acontacer. B. Ossentimentos associados & responsabilidade moral podem no ser justficaveis. €.Com o determinismoracical, deixa de existir responsabilidade moral jé que oagente ndo poderia ter agido de forma diferente. D. Seféssemos daterminados, nao faria sentido o sentimento de culpa ouarrependimento cue ‘experimentamos denois de algumas escolhas. De acordo com olibertismo: A. no temos responsabilidade moral. B, oagenteé sempre ceusalmente determina. C. existe dualidade entre o compoe amente, sendo ambos afetados pela causalidade do mundo rratural, . o sujcito 6 um agente causador com capacidade racional e deliberativa 44 Questées de escolha miltipla EZ Qual destas opedes nao traduz uma objegio 20 libertismo? A. O facto de experienciarmos liberdade nao prova que esta exista, __B, Osestados de remorso ou de satisfagao podem ser apenas respostas inevitaveis as agbes que os precederam e no uma prova da existéncia de liberdade. __ G, Se estivéssemos determinados, néo terfamos a sensagao de arrependimento. -D. Aiideia de alma contrariaa vist cientifica do mundo e, por isso, deve ser avaliada separadamente. B Deacordo com o determinismo moderado: __ A.entregarmos 0 nosso dinheiro a um ladr0 porque ele nos apontou uma arma é uma acébo livre. ___B. umato pode ser, ao mesmo tempe, live e determinado. _C. existe livre-arbitrio e 0 Universo no esta determinado. Duma aga livre implica coagéo e constrangimentos. Gy Para os compatibilistas classicos _—_Avaliberdade é definida pelo principio das possibilidades altemativas. __B. mesmo se um agente nao tiver outra op¢o, a sua escolha é live. C.nenhuma ago é causade -B, anossa personalidade, as creneas, os desejos, 0s motivos e os valores nao estao supeitos @ causalidede. {D Segundo Harry Frankfurt: A.o determiniemo implica que néo eejamoe moralmente responeabilzedos. __B, o sueito nao € capaz de determiner as suas vontades € os seus desejos. __ C, 0 desejo de segunda ordem reflete o desejo de comer uma laranja, por exemplo. _ D.agirde acordo com o que se deseja, ainda que nao heja possibilidades altemativas, é agir livremente. 2 Atvidades por capitulo Outras questées 4. Aagao humana - andlise e compreensao do agir El Leia o texto. «Um homem de 48 anos foi detido em flagrante deiito quando tentava atear fogo numa zona de = mato em Pacos de Ferreira (Porto) com um isqueiro, informou hoje fonte da GNR do Comando Territorial do Porto. (..) Os militares detiveram de imediato © individuo depois de 0 terem avistado a atear 0 fogo com um isqueiro @ acionaram os meios para o combate 2o incéndio, evitando assim que "fossem colocadas com perigo pessoas ¢ habitagées", acrescenta um comunicado da GNR divulgado hoje. Ohomem encontra-se detido nas inatalagSes da GNF e vai ser presente para primeira interroga- {6rio judicial nesta quinta-feire, dia 2, no Trbunal Judicial de Marco de Canaveses.» https:vwn.publica pt!2017/11/0fscciedadeincticiaMhemem-detido-2-atear-fogo-com- Isqueiro-num-mato-enr-pacos-de-ferera-1721068 Iconeutta a 5 deovemoro de 2017) Distinga aquilo que séio meros acontecimentos de ages humanas, a partir dos exemplos do texto. 46 4. 2¢%c humana ~andlise» compreensiodo agit Outras questées 1.2. Imagine-sena posi¢ao de um defensor do determinismo radical Poderia afirmar que a ago de “atear fogo com umisqueito” constitui umato livre? Justifique a sua resposta. 1.3, Apresente uma objegdio ao determi 2 Atividades por capitulo Outras questées Bi Leia o texto. «Asoma total das experiéncias, dos desejas edoconhecimento de uma pessoa, sua constitui¢o hereditaria, as circunstancias sociais e a natureza da escolha que ela tem diante de si, juntamerte com outros fatores que talvez desconhegamos, combinam-se para tornar inevitével uma acao particulr nessas cicunstancias» ‘Thomas Negel( 1997), Whet Does A Mean? Very Short introduction to Philosopty, Oxford Universty Press, p. 53. 2.1. Identifique as condicionantes da ago humana presentes no texto. 2.2. Explicite 0 problema do Ivre-arbitio. 2.3. Explicite a perspetiva implicita no texto como resposta o problema do livre-arbitrio. 2.4. Qual a principal implicagéo da ideia expressa na frase sublinhada? 48

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