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Biologia e Geologia - 10ºano Ficha de Trabalho

2023/2024 Sismologia

Carta de Isossistas

Após a avaliação da intensidade sísmica em várias regiões, a partir de testemunhos da população após a
ocorrência de um sismo, é possível traçar num mapa linhas designadas isossistas. Estas linhas são
tendencialmente concêntricas, mas irregulares, distribuídas a partir do epicentro, e delimitam áreas com a
mesma intensidade sísmica. Estes mapas denominam-se cartas de isossistas (Fig. 1) e são um instrumento
muito importante, principalmente para determinar o local mais provável de epicentros de sismos históricos,
pois a rede mundial de estações sismográficas foi instalada apenas há cerca de um século. No caso de áreas
geográficas de baixa ou nula densidade populacional, a incerteza na determinação da intensidade do sismo
leva a que as isossistas sejam representadas a tracejado.

ATIVIDADE

Foi a 23 de abril de 1909 que a região do Vale Inferior do Tejo foi sacudida por um violento sismo, considerado
o mais devastador de Portugal continental desde o início do século XX. Anteriormente, esta região já havia
sido afetada por outros sismos destruidores, com provável origem no sistema de falhas do Vale do Tejo, dos
quais se destacam os datados de 1344 e 1531.
Estima-se que o sismo de 1909 tenha registado um valor de magnitude entre 6,0 e 7,0 (escala de Richter),
tendo sido sentido com intensidade máxima de grau IX (Escala de Mercalli) na zona de Benavente, Samora
Correia e Santo Estêvão.

Figura 1 – Cartas de Isossistas de sismos históricos

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Segundo relatos da época, este sismo causou profunda destruição nestas povoações e provocou 46 vítimas
mortais, 75 feridos e um elevado número de desalojados. O balanço de vítimas não foi mais dramático
porque, à hora em que ocorreu, 17h05, a grande maioria da população estava a trabalhar nos campos. Para
conhecer o que a imprensa da época relatou sobre esta catástrofe:
http://www.cm-lisboa.pt/?idc=472&idi=41971

Em Lisboa o sismo também foi sentido, mas causou apenas danos materiais.
Para conhecer mais sobre as escalas macrossísmicas, consultar:
http://www.meteo.pt/pt/enciclopedia/sismologia/escalas.macro/index.html

Desde 1909 não se têm verificado sismos com epicentro na região do vale inferior do Tejo, que tenham
originado danos. Segundo informação recentemente fornecida pela Rede Sísmica Nacional, durante os
últimos meses a atividade sísmica em Portugal Continental tem sido baixa.
Numa atitude preventiva, o Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa tem continuado envolvido no
desenvolvimento de estudos de caracterização dos fenómenos sísmicos para a cidade, com vista à
atualização dos instrumentos de planeamento de emergência, como seja o caso do seu Plano de Emergência
para o Risco Sísmico, aprovado em 2003.
Preparar e organizar a população para a catástrofe é um dos principais objetivos da Proteção Civil de Lisboa
e que, passo-a-passo, muito têm contribuído para aumentar a resiliência desta cidade face aos desastres.

Adaptado de https://casadotinoni.blogspot.com/2012/04/v-behaviorurldefaultvmlo.html

1. Indique as localizações aproximadas dos epicentros dos sismos ocorridos em 1531 e 1909.

2. Relativamente ao sismo explorado no texto, mencione a intensidade atingida em Lisboa.

3. Descreva os efeitos produzidos pelos dois sismos na Nazaré.

4. Refira duas povoações onde o sismo foi sentido com igual intensidade sísmica.

5. Relacione a intensidade sísmica com a distância ao epicentro de um sismo.

6. Formule hipóteses para a existência da linha a tracejado acima de Tomar, no sismo de 1531.

7. Considerando as cartas de isossistas, explique a forma irregular das linhas.

8. Explique porque não são representadas isossistas no oceano.

9. Comente a seguinte afirmação: «Um sismo pode ter diferentes intensidades consoante o local onde se faz
a avaliação dos seus efeitos».

FIM

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