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Tipo de Documento: Norma Técnica

Área: REDN-GERENCIA DE NORMAS E PADROES

Título do Documento: Critérios de Acesso ao Sistema Elétrico da CPFL com


Estação de Recarga de Veículos Elétricos
Público

Sumário
1. OBJETIVO ............................................................................................................... 2

a
2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO ........................................................................................ 2

lad
3. DEFINIÇÕES ........................................................................................................... 2

4. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA .......................................................................... 5

5. RESPONSABILIDADES ........................................................................................... 6

tro
6. REGRAS BÁSICAS .................................................................................................. 6
6.1 Considerações Regulatórias .................................................................................................... 6
6.2
6.3
on
Solicitação de Conexão ............................................................................................................ 7
Requisitos Técnicos ................................................................................................................. 7
6.3.1 Padrão de Conexão .................................................................................................................. 7
oC
6.3.2 Requisitos de Proteção ............................................................................................................ 9
6.3.3 Requisitos de Qualidade da Energia Elétrica ......................................................................... 10
6.4 Requisitos Específicos ........................................................................................................... 12

7. CONTROLE DE REGISTROS................................................................................ 12

8. ANEXOS ................................................................................................................ 12

9. REGISTRO DE ALTERAÇÕES .............................................................................. 13


pia

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1. OBJETIVO

Esta Norma Técnica estabelece os critérios e requisitos para a conexão de Estações de


Recarga de Veículos Elétricos (ERVEs) e Híbridos, para unidades consumidores de Baixa

a
Tensão (BT) e Média Tensão (MT), no sistema elétrico das Distribuidoras do Grupo CPFL

lad
Energia (CPFL Paulista, CPFL Piratininga, CPFL Santa Cruz e Rio Grande Energia - RGE).

2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO

tro
 Diretoria de Engenharia e Gestão de Ativos;
 Diretoria de Operações da Distribuição;
 Diretoria Comercial;


Distribuidoras do Grupo CPFL;
on
Consumidores do Sistema Elétrico do Grupo CPFL Energia.
oC

3. DEFINIÇÕES

3.1 Veículos Elétricos


Qualquer veículo movido por um motor elétrico, alimentado por um sistema de


armazenamento de energia recarregável, destinado principalmente para ser utilizado em vias
públicas.

3.2 Veículos Híbridos


pia

Qualquer veículo movido pela combinação de motores elétrico e à combustão, destinado


principalmente para ser utilizado em vias públicas. Nesta norma, a menção a VE também
contempla veículos Híbridos.

3.3 Estação de Recarga de Veículos Elétricos (ERVE)

Sistema responsável pelo carregamento/abastecimento do sistema de armazenamento de


energia dos veículos elétricos. Estas estações de recarga podem fornecer energia em
corrente alternada (CA) e/ou em corrente contínua (CC) para o veículo elétrico.

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3.4 Conectores de VE

Meios que permitem realizar a conexão entre um cabo flexível e um veículo elétrico. Dentre
os mais empregados, tem-se o AC-tipo 1 e AC-tipo 2, Combo CCS-1 e CCS-2, CHAdeMO,

a
GB/T e Tesla Charging.

lad
3.5 Modos de Recarga

Conforme a norma ABNT NBR IEC 61851-1:2021, os métodos de carregamento empregados

tro
nas Estações de Recarga de Veículos Elétricos são subdivididos em 4 diferentes modos.
Cada modo apresenta um método específico que permite conectar um VE à rede de
alimentação para fornecer energia elétrica ao veículo.

 Modo 1:
on
É um método para a conexão de um VE a uma tomada normalizada de uma rede de
oC

alimentação em corrente alternada utilizando um cabo e um plugue que não sejam


equipados com piloto ou contato auxiliar adicional.

De acordo com a ABNT NBR IEC 61851-1:2021, os valores nominas da corrente e


tensão não podem exceder 16 A e 250 V, respectivamente, para sistemas


monofásicos. Para sistemas trifásicos, os valores nominas da corrente e tensão não
podem exceder 16 A e 480 V, respectivamente. Observação: É necessário verificar se
a tomada de capacidade de corrente adequada para o modo 1 de recarga.
pia

O sistema de alimentação para VE previsto para o Modo 1 deve fornecer um condutor


de aterramento de proteção entre o plugue normalizado e a tomada móvel para VE.

Apesar dos itens mencionados anteriormente, seguindo exemplos de outros países, a


utilização do modo 1 de recarga não é recomendado pela CPFL Energia.

 Modo 2:

É um método que permite a conexão de um VE a uma tomada normalizada de uma


rede de alimentação em corrente alternada utilizando um sistema de alimentação em
corrente alternada para VE equipado com um cabo e um plugue, com função-piloto de
comando e sistema de proteção das pessoas contra os choques elétricos colocados
entre o plugue normalizado e o VE. Um exemplo desta metodologia são os
carregadores portáteis.

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De acordo com a ABNT NBR IEC 61851-1:2021, os valores nominas da corrente e


tensão não podem exceder 32 A e 250 V, respectivamente, para sistemas
monofásicos. Para sistemas trifásicos, os valores nominais de corrente e tensão não
podem exceder 32 A e 480 V, respectivamente. Observação: É necessário verificar se

a
a tomada e seu circuito possuem capacidade de corrente adequada para o modo 2 de
recarga.

lad
Antes da utilização do Modo 2 de recarga, é importante observar se a tomada no qual
o equipamento será conectado possui um circuito independente, de modo a atender a
norma NBR 5410 com relação a necessidade de circuito independente para

tro
equipamento com corrente nominal superior a 10 A.

O sistema de alimentação para VE destinado para o Modo 2 deve fornecer um


on
condutor de aterramento de proteção entre o plugue normalizado e a tomada móvel
para VE.

O equipamento de Modo 2 destinado a ser fixado em uma parede, mas que é


oC
destacável pelo usuário, ou destinado para ser utilizado em um invólucro resistente
aos impactos, deve utilizar os dispositivos de proteção, conforme requerido pela IEC
62752.

 Modo 3:

É um método que permite a conexão de um VE a um sistema de alimentação para VE


em corrente alternada conectado permanentemente a uma rede de alimentação em
corrente alternada, com uma função-piloto de comando que se estende do sistema de
pia

alimentação para VE em corrente alternada ao VE. O conector mais comum para esse
modo de recarga é o AC-Tipo 2.

O sistema de alimentação para VE destinado para o Modo 3 deve fornecer um


condutor de aterramento de proteção à tomada fixa da estação de recarga para VE

e/ou à tomada móvel para VE.

Um exemplo do Modo 3 de recarga é o carregador Residencial, também denominado


Wallbox. Pode ser instalado tanto em paredes como em totens, com potência de
aproximadamente 3 a 23 kW, utilizando corrente alternada (CA) para carregar o
veículo. Há casos de carregadores Modo 3 de 46 kW com dois conectores, permitindo
o carregamento simultâneo de dois veículos com 23 kW cada, com maior aplicação
em estacionamentos e ambientes compartilhados.

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 Modo 4:

É um método que permite a conexão de um VE a uma rede de alimentação em


corrente alternada ou em corrente contínua utilizando um sistema de alimentação para

a
VE em corrente contínua, com uma função-piloto de comando que se estende do
sistema de alimentação para o VE em corrente contínua ao VE.

lad
Como o conversor CA-CC é embutido na própria Estações de carregamento do Modo
4 de recarga, para alimentação do Veículo com conectores CC, esses conversores
são mais robustos e permitem a confecção de Estações com potências mais elevadas,

tro
permitindo inclusive carregamentos rápidos e ultrarrápidos, com potências a partir de
30 kW até centenas de kW.

on
O equipamento de Modo 4 pode ser conectado permanentemente à rede de
alimentação, ou ser conectado à rede de alimentação por um cabo e um plugue.

O sistema de alimentação para VE destinado ao Modo 4 deve fornecer um condutor


oC
de aterramento de proteção ou um condutor de proteção à tomada móvel para VE.

Os requisitos adicionais relativos ao sistema de alimentação para VE em corrente


contínua são fornecidos na ABNT NBR IEC 61851-23.

4. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


pia

referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

 ABNT NBR IEC 61851-1:2021, Sistema de recarga condutiva para veículos elétricos

Parte 1: Requisitos gerais;


 ABNT NBR IEC 61851-23:2020, Sistema de recarga condutiva para veículos elétricos
– Parte 23: Estação de recarga em corrente contínua para veículos elétricos;
 ABNT NBR IEC 62196-1:2021, Plugues, tomadas, tomadas móveis para veículos
elétricos e plugues fixos para veículos elétricos – Recarga condutiva para veículos
elétricos – Parte 1;
 ABNT NBR 17019:2022, Instalações elétricas de baixa tensão - Requisitos para
instalações em locais especiais - Alimentação de veículos elétricos;
 ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão;
 ABNT NBR 14039, Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV;
 ANEEL Resolução Normativa (REN) nº 1000/2021;

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 PRODIST Módulo 8 - Qualidade do Fornecimento de Energia Elétrica;


 GED 13 - Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição;
 GED 119 - Fornecimento de Energia Elétrica a Edifícios de uso Coletivo;
 GED 2855 - Fornecimento em Tensão Primária 15kV, 25kV e 34,5kV - Volume 1;

a
 IEC 61851 (all parts), Electric vehicle conductive charging system;

lad
IEEE Std 1547 - IEEE Standard for Interconnection and Interoperability of Distributed
Energy Resources with Associated Electric Power Systems Interfaces;
 IEEE Std 519 - IEEE Recommended Practice and Requirements for Harmonic Control
in Electric Power Systems.

tro
5. RESPONSABILIDADES

on
A área de Engenharia de Normas e Padrões das distribuidoras do Grupo CPFL é a
responsável pela publicação deste documento.
oC
6. REGRAS BÁSICAS

6.1 Considerações Regulatórias


A instalação da ERVE deve ser comunicada previamente à distribuidora em caso de


necessidade de:
I. Conexão nova;
II. Aumento ou redução de carga; ou
III. Alteração do nível de tensão.
pia

A responsabilidade pelos custos de adequação da rede de distribuição e do sistema de


medição seguem os critérios dispostos na REN 1000/2021.

Equipamentos de recarga que não sejam exclusivos para uso privado devem ser compatíveis
com protocolos abertos de domínio público para:
I. Comunicação; e
II. Supervisão e controle remotos.

É permitida a recarga de veículos elétricos que não sejam do titular da unidade consumidora
em que se encontra a estação de recarga, inclusive para fins de exploração comercial a
preços livremente negociados.

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É vedada a injeção de energia elétrica na rede de distribuição a partir dos veículos elétricos e
a participação no sistema de compensação de energia elétrica de microgeração e
minigeração distribuída.

a
6.2 Solicitação de Conexão

lad
A formalização de solicitação de Estações de Recargas deverá ser realizada conforme o
procedimento adotado para cargas convencionais (chuveiros elétricos, motores de indução
etc.). No entanto, no projeto elétrico a ser apresentado, deverá ser especificada a quantidade

tro
de ERVE pretendia, a potência, quantidade de fases de conexão, o modo de recarga e a
simultaneidade do uso de cada Estação.

on
Após a formalização da solicitação de conexão e aprovação prévia do projeto, conforme cada
caso e sem eventuais dúvidas e pendências, a CPFL irá liberar a conexão da nova carga,
conforme os prazos indicados na REN 1000/2021.
oC

6.3 Requisitos Técnicos

Neste subitem, são apresentados aspectos que visam a segurança dos consumidores
conectados à rede de distribuição e evitar prejuízo ao desempenho da rede de distribuição e

ao fornecimento da energia elétrica. Para isso, são apresentados aspectos técnicos


específicos que devem ser atendidos nas instalações de Estação de Recarga de Veículos
Elétricos.

6.3.1 Padrão de Conexão


pia

Da solicitação de conexão de Estações de Recarga de Veículo Elétrico para Unidades


Consumidoras novas ou já existentes e conectadas nas distribuidoras da CPFL Energia,
deverão ser atendidos os requisitos técnicos e padronizações estabelecidos nas normas

técnicas de fornecimento de energia GED 13, GED 2855, GED 119, GED 4621 desta
distribuidora para, respectivamente, conexões em Baixa e Média Tensão. Adicionalmente,
deverão ser observadas as normas técnicas indicadas no item 4 deste documento.

Para os casos de Unidades Consumidoras já existentes em Baixa Tensão, deverá ser


observado, no GED 13, se o aumento de demanda, necessário para atendimento da Estação
de Recarga, irá levar a alteração da Categoria de Ligação (A1 a A4, B1 a B3 e C1 a C11) da
Unidade Consumidora ou se haverá a necessidade de migração e conexão em Média
Tensão.

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A Estação de Recarga de Veículos Elétricos com valor nominal de corrente superior a 10 A


deverá constituir um circuito/disjuntor independente, para atendimento a NBR 5410.

Para o cálculo do Fator de Demanda em casos com mais de uma ERVE, deve-se utilizar

a
Fator de Demanda 1. Para cada ERVE, deverá ser considerado o seu valor de potência
nominal.

lad
Para os casos em que o VE ou a ERVE tenham capacidade de injetar energia armazenada na
rede da distribuidora (modalidade V2G), o projetista ou consumidor deverá encaminhar uma
declaração do fabricante, e do próprio projetista, assegurando a impossibilidade de injeção da

tro
energia armazenada no VE e/ou Estação de Recarga na rede da distribuidora.

6.3.1.1 Instalação com Unidade Consumidora Individual


on
Em casos de Edificações com uma única Unidade Consumidora, o circuito da Estação de
Recarga deverá ser derivado logo após o padrão de medição da distribuidora e possuir um
quadro de proteção exclusivo, o qual também poderá ser derivado de um quadro de
oC
distribuição interno da instalação, sendo apenas necessário que o circuito do disjuntor e
proteções adicionais da ERVE sejam exclusivos, ou seja, independentes de circuitos e
proteções de outras cargas.

6.3.1.2 Edifício com Múltiplas Unidades Consumidoras


Em casos de Edificações com Múltiplas Unidades Consumidoras, as seguintes condições


podem ser aplicadas:


pia

Estação de Recarga Particular: Quando a Estação de Recarga pretendida for


particular de uma única Unidade Consumidora, o circuito independente da Estação de
Recarga deverá ser confeccionado de modo que a energia consumida pelo VE seja
registrada apenas por seu medidor.

 Estação de Recarga Compartilhada: Quando o uso da Estação de Recarga pretendida


for compartilhado entre Unidades Consumidoras, o circuito independente da Estação
de Recarga deverá ser confeccionado de modo que a energia consumida pelo VE seja
registrada em medidor da administração.

6.3.1.3 Conexão em Baixa Tensão

A potência instalada da ERVE é limitada à potência disponibilizada para a unidade


consumidora onde a carga será conectada.

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Para unidades consumidoras do grupo B, onde o fornecimento de energia é realizado com


tensão menor que 2,3 kV, deve-se atender os limites e requisitos e padrões dispostos no GED
13. Para conexão em rede secundária (BT – baixa tensão), deve-se considerar tensão fase-
fase 220 V (127 V fase-neutro) e fase-fase 380 V (220 V fase-neutro), considerando as

a
tensões de fornecimento das distribuidoras CPFL Paulista, CPFL Piratinga, CPFL Santa Cruz
e RGE.

lad
Ressalta-se que toda ERVE com potência instalada igual ou superior a 30 kW deverá ser
conectada por intermédio de um transformador de acoplamento, com tensão que corresponda
aos níveis elétricos dos respectivos pontos de conexão.

tro
6.3.1.4 Conexão em Média Tensão

on
Para unidades consumidoras do grupo A, onde o fornecimento de energia é realizado com
tensão superior a 2,3 kV, essa potência é definida pela demanda contratada. A conexão física
à rede da CPFL deve atender aos requisitos da GED 2855.
oC
Para conexão em rede primária (MT – média tensão) considerar tensões eficazes fase-fase
nas faixas de 11,4 kV a 13, 8 kV, 13,8 kV – 23,1 kV, 6,6 – 11,4 – 13,8 kV, 13,8 kV – 23,1 kV,
para as distribuidoras CPFL Paulista, CPFL Piratinga, CPFL Santa Cruz e RGE Sul
Distribuidora de Energia (RGE), respectivamente.

6.3.2 Requisitos de Proteção

Estações de Recarga de Veículo Elétrico necessitam ser equipadas com dispositivo que
mede “correntes residuais” para proteção de pessoas e do próprio veículo elétrico. Assim, o
pia

quadro de proteção do circuito da ERVE necessita de dispositivo Diferencial Residual (DR) do


Tipo A menor ou igual a 30mA CA e um DR de corrente contínua a partir de 6mA CC.
Também, pode ser utilizado o DR do Tipo B.

Para os casos em que não houver sensor de detecção de 6mA CC interno na ERVE, para a
segurança dos usuários, é necessário ser utilizado o DR Tipo B no quadro de proteção. Para
isso, é importante que o acessante ou projetista consulte o fabricante.

Para assegurar a proteção contra surtos de tensão, que podem ocorrer na rede de
distribuição, o quadro de proteção da ERVE deve ter a instalação de um Dispositivo de
Proteção contra Surtos (DPS).

Para garantir a proteção para corrente de curto-circuito, sobrecarga e correntes residuais,


poderá ser utilizado um Disjuntor e um IDR (Interruptor Diferencial Residual) ou um DDR
(Disjuntor Diferencial Residual).

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Além das proteções contra curto-circuito, sobrecarga, surto de tensão e correntes residuais,
observa-se a necessidade de interação com o fabricante do equipamento para verificar a
existência de proteções adicionais como proteções contra sobretemperatura e falha de
comunicação.

a
Para o Modo 4 de recarga, em que o conversor CA-CC é alocado na própria estação de

lad
recarga, além das já mencionadas nos parágrafos anteriores, recomenda-se a utilização de
proteções adicionais de subtensão, sobretensão e falha de isolação por meio de dispositivos
de monitoramento de isolamento (IMD).

tro
Quanto aos requisitos mínimos de proteção do padrão de entrada, deverão ser atendidas as
diretrizes do GED 13 e GED 2855 para conexões em baixa e média tensão, respectivamente.

on
A CPFL poderá suspender o fornecimento do consumidor de imediato, quando constatar a
ocorrência de qualquer procedimento irregular ou deficiência técnica e/ou de segurança das
instalações que ofereçam risco iminente de danos a pessoas ou bens, inclusive quanto a
qualquer aspecto que ela entenda estar interferindo no funcionamento adequado do seu
oC
sistema elétrico, conforme disposto na REN 1000/2021 (Art. 655).

O acessante é totalmente responsável pela proteção dos equipamentos e dispositivos do


sistema, de tal maneira que faltas, falhas, surtos atmosféricos, correntes de sequência
negativa, distúrbios de tensão, variações de frequência ou outras perturbações na rede da

CPFL, não causem danos à ERVE, quando conectada à rede.

6.3.3 Requisitos de Qualidade da Energia Elétrica


pia

A seguir são apresentadas as especificações para itens de qualidade da energia. Além


desses, é imprescindível que o consumidor atenda ao disposto no Módulo 8 do PRODIST,
relativo à qualidade do produto.

6.3.3.1 Limites de Distorção Harmônica de Tensão


As distorções harmônicas são fenômenos associados a deformações nas formas de onda de


tensão e de corrente em relação à onda senoidal de frequência fundamental em 60 Hz.
Conforme estabelecido no Módulo 8 do PRODIST, os valores de referência para a distorção
harmônica total de tensão são apresentados na Tabela 1, conforme classe de tensão de
conexão, sendo:

 DTT95%: Distorção harmônica total de tensão que foi superado em 5% das 1008
leituras válidas.
 DTTp95%: Distorção harmônica total de tensão das harmônicas pares não múltiplas
de 3 que foi superado em 5% das 1008 leituras válidas.

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 DTTi95%: Distorção harmônica total de tensão das harmônicas ímpares não múltiplas
de 3 que foi superado em 5% das 1008 leituras válidas.
 DTT395%: Distorção harmônica total de tensão das harmônicas múltiplas de 3 que foi
superado em 5% das 1008 leituras válidas.

a
Tabela 1. Limites da Distorção Harmônica Total de Tensão.

lad
Tensão nominal (Vn)
Indicador
Vn ≤ 2,3 kV 2,3 kV < Vn < 69 kV 69 kV ≤ Vn < 230 kV
DTT95% 10,0% 8,0% 5,0%

tro
DTTp95% 2,5% 2,0% 1,0%
DTTi95% 7,5% 6,0% 4,0%
DTT395% 6,5% 5,0% 3,0%
on
É conveniente que a conexão da ERVE tenha baixos níveis de distorção harmônica de
corrente, para garantir menor impacto sobre a distorção harmônica de tensão e, então,
menores efeitos adversos em outros equipamentos conectados à rede.
oC

6.3.3.2 Limites de Distorção Harmônica da Corrente


Conforme a norma IEEE 519, os limites de distorção harmônica de corrente individuais, cujas
frequências são múltiplos inteiros da frequência fundamental, são apresentados na Tabela 2.

Tabela 2 - Limites de distorção de corrente para sistemas com tensão entre de 120 V a 69 kV.
pia

Máxima distorção harmônica de corrente em porcentagem de IL


Ordem harmônica individual (harmônicos ímpares)
Isc/IL 3 ≤ h <11 11≤ h < 17 17 ≤ h < 23 23 ≤ h < 35 35 ≤ h ≤ 50 TDD
< 20 4,0 2,0 1,5 0,6 0,3 5,0

20 < 50 7,0 3,5 2,5 1,0 0,5 8,0


50 < 100 10,0 4,5 4,0 1,5 0,7 12,0
100 < 1000 12,0 5,5 5,0 2,0 1,0 15,0
> 1000 15,0 7,0 6,0 2,5 1,4 20,0
Sendo:
 IL: valor de corrente de carga associada ao histórico de demanda máxima (componente de frequência
fundamental) no ponto de conexão sob condições operacionais de carga normal.
 Isc: corrente máxima de curto-circuito no ponto de conexão.
 Total demand distortion (TDD) ou Distorção de demanda total (DDT): A razão da raiz quadrada
média do conteúdo harmônico, considerando os componentes harmônicos até a ordem 50ª e,
especificamente, excluindo interharmônicas, expressa como um percentual da corrente de demanda
máxima. Componentes harmônicos de ordem superior a 50 podem ser incluídos quando necessário.

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Para a determinação da máxima distorção harmônica de corrente, é preciso determinar a


razão Isc/IL. Deste modo, é necessário determinar o valor de corrente (IL) no Ponto de
Acoplamento Comum (PAC), determinado pela soma das correntes correspondentes à
demanda máxima, durante cada um dos doze meses anteriores, dividida por 12. A máxima

a
corrente de curto-circuito no PAC (Isc) é disponibilizado pela CPFL ao acessante. Para os
casos de novas conexões, o valor de IL pode ser determinado pela estimativa da demanda

lad
daquela unidade consumidora para os próximos 12 meses.

Adicionalmente, ressalta-se que a máxima injeção de corrente contínua (CC) permitida pelo
retificador da ERVE é limitada em 0,5% de sua corrente nominal, seguindo as mesmas

tro
diretrizes e definições da norma IEEE Std 1547 para conversores utilizados em sistemas de
geração.

6.4 Requisitos Específicos


on
O acessante deverá cumprir requisitos específicos, aplicáveis segundo as especificidades da
oC
conexão pretendida, referentes a detalhes técnicos que deverão ser estritamente observados
para garantir e preservar a correta instalação e operação da ERVE nas redes de distribuição
da CPFL.

Poderá ser realizado pela CPFL estudos de análise de impactos que possam ser causados

pela conexão do ERVE, devendo o projetista fornecer as informações solicitadas


formalmente. Caso os estudos apresentem violações de indicadores de fenômenos de
Qualidade da Energia, a distribuidora poderá solicitar a implementação de sistema(s) de
compensação.
pia

7. CONTROLE DE REGISTROS

Não se aplica.

8. ANEXOS

Não se aplica.

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9. REGISTRO DE ALTERAÇÕES

9.1 Colaboradores

a
Empresa Área Nome

lad
CPFL Piratininga REDN Heliton de Oliveira Vilibor

CPFL Paulista REDN Ricardo Fonseca Buzo

tro
9.2 Alterações

Versão Data da Versão


Anterior Anterior
on
Alterações em relação à Versão Anterior

- -  Publicação do documento.
oC

pia

N.Documento: Categoria: Versão: Aprovado por: Data Página:


150030 Operacional 1.0 Carlos Almeida Publicação: 13 de
Simoes 21/11/2023 13

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