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ANCORAGEM E EMENDA DE ARMADURAS

1.1 Aderência por Adesão

R b1
Concreto

Aço

R b1
1.2 Aderência por Atrito

Pt Pt
R b2

b
1.3 Aderência Mecânica

R b3
Barras lisas

R b3
Barras nervuradas
2. SITUAÇÕES DE BOA E DE MÁ
ADERÊNCIA
I

II h - 30cm
45 h < 60cm
I 45 30cm

II 30cm
h 60cm
I 45 h - 30cm

Regiões de boa (I) e de má (II) aderência.


3. RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA

fbd = 1 . 2 . 3 . fctd

f ctk,inf 0,7 f ctm 0,7 . 0,3 3 2


f ctd    f ck
c c c

1 – parâmetro que considera a rugosidade da barra


de aço
1 = 1,0 para barras lisas;
1 = 1,4 para barras entalhadas;
1 = 2,25 para barras nervuradas.
2 – parâmetro que considera a posição da barra durante
a concretagem
2 = 1,0 para situações de boa aderência
2 = 0,7 para situações de má aderência

3 – parâmetro que considera o diâmetro da barra:


3 = 1,0 para  < 32 mm
3 = (132 - )/100 , para  > 32 mm

com  = diâmetro da barra em mm


4. ANCORAGEM DE ARMADURA POR
ADERÊNCIA
a) As barras da armadura devem ser ancoradas para
transmitir os esforços integralmente ao concreto

b) Ancoragem pode ser feita pela aderência entre o


concreto e a barra de aço, por dispositivos
mecânicos, ou pela combinação de ambos (NBR
6118/03)

c) A ancoragem por aderência pode ser por um


comprimento reto ou com gancho de grande raio de
curvatura.
Diagrama de tensões de aderência na ancoragem reta
4.1 Comprimento de Ancoragem Básico

Definição:

Comprimento reto de uma barra de armadura


necessário para ancorar a força limite As fyd,
admitindo tensão de aderência uniforme e
igual a fbd ao longo do mesmo
Ø

bd f bd
Rst

b

Rst = fbd . u .  b
 f yd
b 
As . fyd = fbd . u . b 4 f bd

u=. e As =  . 2/4
10
4.2 Comprimento de Ancoragem Necessário

0,3  b
A s,calc 
 b,nec   1  b   b, mín  10 
A s,ef 100 mm

1 = 1,0 - para barras sem gancho


1 = 0,7 - para barras tracionadas com gancho, com
cobrimento no plano normal ao do
gancho  3 
As,calc = área da armadura calculada
As,ef = área da armadura efetiva
4.3 Observações normativas
Barras tracionadas podem ser ancoradas com
comprimento retilíneo ou com grande raio de
curvatura em sua extremidade, obdecendo:

a) obrigatoriamente com gancho para barras


lisas;
b) sem gancho nas que tenham alternância de
solicitação, de tração e compressão;
c) com ou sem gancho nos demais casos, não
sendo recomendado o gancho para barras de
 > 32 mm ou para feixes de barras.
Gancho na ancoragem de barra comprimida pode
ocasionar o rompimento do cobrimento de concreto.
4.4 Ganchos das Armaduras Longitudinais

8Ø D

Ø
Ft
Ø
6

Ø
Ft

Ø
Ft
Diâmetro dos pinos de dobramento (D).

Bitola Tipo de aço


(mm) CA-25 CA-50 CA-60
< 20 4 5 6
 20 5 8 -

15
10 
t 7cm

t t
4.5 Ancoragem de Estribos
D D

5 
t 5cm
10 
t 7cm

D D

5  
t 5cm t 45° t

5 5cm
D

t t

45°


5 t 5cm
D

45°

5 5cm
D

t
16
5. EMENDAS DE BARRAS
Tipos de emendas:

a) traspasse (ou transpasse)

b) luvas com preenchimento metálico, rosqueadas


ou prensadas

c) Solda

d) outros dispositivos devidamente justificados.

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5.1 Emenda por Transpasse
de Armadura Tracionada

Espaçamento máximo entre duas


barras emendadas por transpasse


5.1.1 Proporção de Barras Emendadas


01 > 02

< 0,2 01 02

Emendas supostas na mesma seção transversal.

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Proporção máxima de barras tracionadas emendadas

Tipo de carregamento
Tipo de barra Situação
Estático Dinâmico
Em uma camada 100 % 100 %
Alta aderência
Em mais de uma
50 % 50 %
camada
 < 16 mm 50 % 25 %
Lisa
  16 mm 25 % 25 %
5.1.2. Comprimento de Transpasse de
Barras Isoladas Tracionadas
0,3  0 t  b

 0 t   0 t  b,nec   0 t , mín  15 
200 mm

Valores do coeficiente 0t .

Barras emendadas
 20 25 33 50 > 50
na mesma seção (%)
Valores de 0t 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
5.2 Comprimento de Transpasse de
Barras Isoladas Comprimidas

0,6  b

 0c   b,nec   0c,mín  15 
200 mm

DETALHAMENTO DA ARMADURA
LONGITUDINAL DE VIGAS
7.1 Decalagem do Diagrama de Força no
Banzo Tracionado
O deslocamento ou decalagem do diagrama de
forças Rst (Md/z) deve ser feito para se
compatibilizar o valor da força atuante na
armadura tracionada, determinada no banzo
tracionado da treliça de Ritter-Mörsch, com o
valor da força determinada usando o diagrama de
momentos fletores de cálculo.
A decalagem pode ser substituída, aproximada-
mente, pela correspondente decalagem do diagra-
ma de momentos fletores.
7.1.1 Modelo de Cálculo I

 VSd ,máx 
a  d  (1  cot g )  cot g 
 2 (VSd ,máx  Vc ) 

a  0,5 d - no caso geral;


a  0,2 d - para estribos inclinados a 45 graus.
7.1.2 Modelo de Cálculo II

a   0,5 d (cot g   cot g )

a  0,5 d - no caso geral;


a  0,2 d - para estribos inclinados a 45 graus.

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7.2 Ponto de Início de Ancoragem

A ancoragem por aderência de uma barra da armadura


longitudinal de tração tem início na seção teórica onde sua
tensão s começa a diminuir, ou seja, o esforço da
armadura começa a ser transferido para o concreto. O
comprimento da ancoragem deve prolongar-se pelo menos
10  além do ponto teórico de tensão s nula. Considerando
o diagrama de forças RSd = MSd/z , decalado do
comprimento a , o início do comprimento de ancoragem da
barra corresponde ao ponto A, devendo prolongar-se no
mínimo 10  além do ponto B.
b,nec
Barra 2
a
 10 Ø
Barra 1

Barra 2
A
Barra 3
B
Barra 4

a a
Barra 1 a

Barra 2 B
Barra 3 A
Barra 4
 10 Ø
a b,nec
Barra 3  10 Ø

b,nec
7.3 Ancoragem nos apoios extremos

Apoio extremo Apoio interno Apoio extremo


Nos apoios extremos,
RSd
devido ao deslocamento
do diagrama de momen-
VSd tos fletores (a), surge
uma força de tração Rsd
a na seção de apoio, cor-
Md respondente ao momento
VSd Md
fletor, dado por:
Diagrama deslocado

Md,apoio = VSd . a
Md,apoio = RSd . z

zd

a
R Sd  VSd
d
Área de aço a ancorar no apoio (As,anc):

R Sd 1  a 
A s,anc    VSd  N Sd 
fyd fyd  d 

Se a força normal for nula:

a  VSd
A s,anc 
d fyd
A armadura positiva a ancorar no apoio deve ser composta
por no mínimo duas barras da armadura longitudinal, e deve
atender:

1 M vão
 A s  ,vão se M apoio  0 ou negativo de valor M apoio 
3 2
A s,anc  
1 A M vão
 s  , vão se M apoio  negativo de valor M apoio 
4 2
Ancoragem reta da armadura longitudinal nos
apoios extremos.
b

VIGA DE APOIO
b 
As,anc

A s,anc

c b,ef
b

b
Comprimento de ancoragem necessário no apoio

A s,anc r 
 b,corr   b  b,corr   b,mín  
A s,ef 6 cm

VIGA DE APOIO
b,corr 
As,ef

A s,ef

c b,ef
b,corr

b
Ancoragem com gancho quando o comprimento de ancoragem
efetivo do apoio é menor que o comprimento de ancoragem reto.

A s,anc r 
 b,gancho  0,7  b ou 
b,gancho  0,7  b,corr  
A s,ef 6 cm

8Ø D Ø
A s,ef

c  b,ef

b
Ancoragem no apoio para As,corr quando o comprimento de ancoragem
efetivo do apoio é menor que o comprimento de ancoragem com gancho.

0,7  b
A s,corr  A s,anc
 b,ef

8Ø D Ø
A s,corr

c  b,ef

b
Apoio Intermediário de Vigas
1 M vão
 A se M  0 ou negativo de valor M 
 3 s  ,vão apoio apoio
2
A s,anc  
1 A M vão
 s  , vão se M  negativo de valor M 
4
apoio apoio
2

DI
A G
R.
DE
SL
O
C.

BARRA 1
A
10 Ø

BARRA 1

Ancoragem da armadura longitudinal em apoios


intermediários com o ponto A fora do apoio.
BARRA 1
A

SLOC.
. M F DE
DIAGR

BARRA 1
b

Ponto A além da face do apoio.

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