Você está na página 1de 37

Discplina:

• Universidade Federal de Alagoas – UFAL


• Centro de Tecnologia – CTEC
• Engenharia Ambiental e Sanitária
• Engenharia Civil

2021.2
Tema:

•SENSORIAMENTO REMOTO
Conceitos introdutórios

Prof. Dr. Helder J. F da Silva


✓Introduzir principais conceitos e definir a
importância do Sensoriamento Remoto;
OBJETIVOS
✓Descrever breve histórico e como aplicar esse
recurso no cotidiano;
SUMÁRIO
Definições

Componentes do Sistema do Sensoriamento Remoto

Radiação Eletromagnética – REM

Espectro Eletromagnético

Interação da REM com a matéria

Comportamento espectral da REM com a matéria (solo, vegetação e água)

Sistemas Sensores

Estrutura de Imagens de Sensoriamento Remoto

Sistemas de Satélites

Bases de Dados: USGS, COPERNICUS e INPE

Atividade
O que é
Sensoriamento
Remoto?
O que é Sensoriamento Remoto?
“Tecnologia que permite a aquisição de informações sobre
objetos, sem contato físico com eles.“

“Conjunto de processos e técnicas usados para medir


propriedades eletromagnéticas de uma superfície, ou de um
objeto, sem que haja contato entre o objeto e o equipamento
sensor. “

“Ciência ou arte de obter informações sobre a superfície terrestre


sem entrar em contato com a mesma. Isso é feito através da
recepção e registro da energia refletida ou emitida e do seu
processamento, análise e aplicação da informação.”

“Sensoriamento Remoto pode ser definido como a aquisição de


informação sobre um objeto a partir de medidas feitas por um sensor que
não se encontra em contato físico direto com ele.” (NOVO ,1999).

*Instrumento Sensor → equipamentos capazes de coletar energia proveniente do


objeto, converte-la em sinal passível de registro e apresentá-lo em forma
adequada ao seu processamento
COMPONENTES DO SENSORIAMENTO REMOTO

(A) Fonte de Radiação Eletromagnética – REM;

(B) Interação da REM com a Atmosfera;

(C) Interação da REM com os alvos em


superfície;

(D) Sistema Sensor (Ativo ou Passivo);

(E) Transmissão, Recepção e processamento


de Dados;

(F) Interpretação e Análise;

(G) Aplicação;

Figura 1: Sistema de Sensoriamento Remoto


Radiação Eletromagnética – REM e
Espectro Eletromagnético

Campo Elétrico (E)


E

Campo Magnético (M)

Figura 2: Radiação Eletromagnética – REM Figura 3: Espectro Eletromagnético


Radiação Eletromagnética – REM

Ondas eletromagnéticas transportam


energia através da propagação dos
Campo Elétrico (E) campos elétricos e magnéticos.
E

M Variação do campo
Elétrico Variação do campo
Magnético

Campo Magnético (M)

A variação do campo
elétrico é perpendicular ao
campo elétrico. Figura 4: Propagação da Onda Eletromagnética
Figura 2: Radiação Eletromagnética – REM
Características de uma Onda Eletromagnética

Comprimento de onda ()


Crista Crista
Amplitude

Sentido de
propagação

Amplitude
Vale
Vale
Onda
Ciclo da onda Ciclo da onda
Eletromagnética

Figura 5: Elementos de uma Onda Eletromagnética


Características de uma Onda Eletromagnética

A figura 6, apresenta três


ondas eletromagnéticas
que se diferenciam pelos
seus comprimentos.

Velocidade de
propagação da onda
eletromagnética no
vácuo: 300.000 km/s.
Figura 6: Diferentes comprimentos de onda ()
Espectro Eletromagnético

O conjunto de todas estas radiações,


desde os raios gama até as ondas de rádio, forma o
espectro eletromagnético, que nada mais é do que
a ordenação destas radiações em função do
comprimento de onda e da frequência.

Em sensoriamento remoto trabalhamos nas seguintes


faixas do espectro eletromagnético:
❑ Visível (0,4 a 0,76 µm);
❑ Infravermelho próximo (0,76 a 1,2 µm);
❑ Infravermelho de ondas curtas, (1, 2 a 3 µm);
❑ Infravermelho médio (3 a 5 µm);
❑ Infravermelho termal (de 8 a 14 µm);
❑ Micro-ondas na qual atuam os radares, porém seus
sistemas não são expressos em comprimento de onda, Figura 7: Espectro Eletromagnético
Espectro Eletromagnético

Figura 8: Espectro Eletromagnético


Interação da REM com a matéria

Fig. 9 Distribuição da intensidade da energia emitida pelas fontes naturais de radiação eletromagnética, medidas no topo da atmosfera. Barras
indicam a região de comprimento de onda de máxima emitância.
Fonte: Moreira, 2007.
Interação da REM
com a matéria
• Distancia Sol-Terra: ~150 milhões de km.
• Constante solar: 1.367,86 W. m² ~1.400 W.

• Quando a radiação solar penetra na atmosfera


terrestre, sofre atenuações causadas por:
Dispersão
• Reflexão (difusão);
(11%)
• Espalhamento;
• Absorção (Partículas/aerossóis)

• Fig. 10 - Causas da atenuações da energia solar ao atravessar atmosfera terrestre.


• Fonte: Moreira, 2007.
Espalhamento Atmosférico
O espalhamento (difusão ou
dispersão) corresponde à mudança
aleatória da direção de propagação da
radiação solar incidente devido a sua
interação com os componentes
atmosféricos.

• Provoca uma diminuição na qualidade das


imagens, assim como induz o aparecimento
de “haze” (imagem que toma um aspecto
nublado)
• Os efeitos do espalhamento são mais
notáveis nos comprimentos de onda do
visível e infravermelho.
• Tipos básicos de espalhamento: Rayleigh,
Mie e Não Seletivo.
• Fig. 11 – Efeito do espalhamento de Rayleigh na coloração do céu.
• Fonte: Moreira, 2007.
Absorção Atmosférica
Os constituintes moleculares da
atmosfera absorvem radiação solar.

• Ozônio, vapor d’agua, dióxido de carbono e


metano (gases), são os absorvedores primários
de energia;
• Oxigênio e nitrogênio, os mais abundantes
gases atmosféricos, são os que menos
absorvem;
• Energia com comprimentos de onda menores
do que 0.3 µm (raios-X e raios gama) são
Fig. 12 – Curva espectral da radiação solar e da Terra e Janelas Atmosféricas, representadas pelas cores roxa, amarela, vermelha e
totalmente absorvidos pela camada de ozônio marrom.
Fonte: Moreira, 2007.
na atmosfera superior;
• Raios ultravioleta também são bastante
absorvidos. Somente microondas e intervalos A regiões do espectro eletromagnético, para as quais a radiação
mais longos de comprimentos de onda são não é absorvida, ou seja, a atmosfera é transparente, são
capazes de atravessar a atmosfera sem serem denominadas de “JANELAS”, conforme é mostrado na Figura 12.
absorvidos demasiadamente.
Sistemas Sensores
• Equipamento capaz de transformar
alguma forma de energia em um sinal
passível de ser convertido em informação
sobre o ambiente. No caso específico do
sensoriamento remoto, a energia utilizada
e a radiação eletromagnética (Novo, 1989)

Fig. 13 – Produtos gerados a partir de dados coletados pelos sistemas sensores


Fonte: Moreira, 2007.
Plataformas

920 km

400 km
Sistemas Sensores:
Níveis de aquisição 3000 m

de dados ~300 m

~20 m

Sup.
Quanto ao produto obtido:

Sensores Imagiadores
Sistemas Sensores: Sensores Não Imagiadores
Classificação. Quanto a fonte de REM:

Sensores Ativos

Sensores Passivos
Quanto ao produto obtido:
Sistemas Sensores:
Classificação. • Sensores Não Imagiadores:
• São equipamentos cujos resultados finais são
valores pontuais, logo não se forma uma
imagem de toda a área. Eles geram curvas
espectrais ou tabelas de valores.
Quanto ao produto obtido:
Sistemas Sensores: • Sensores Imagiadores:
• São equipamentos cujos resultados finais são
Classificação. em forma de imagens de uma áreas (cena) no
terreno.
Quanto a fonte de REM:
Sistemas Sensores:
Classificação. • Sensores Passivos:
• Necessitam de uma fonte externa de REM.
Quanto a fonte de REM:
Sistemas Sensores:
• Sensores Ativos:
Classificação. • Possuem a sua própria fonte de REM,
registrando a energia por eles emitida e
refletida pelo alvo.
Classificação Sistemas Sensores
.
Características dos Sistemas Sensores Imagiadores
.
Características dos Sistemas Sensores Imagiadores
.
Assinatura Espectral dos Alvos
.

Figura 13 – Comportamento Espectral da ÁGUA, SOLO e VEGETAÇÃO


Características dos Sistemas Sensores Imagiadores
.
Características dos Sistemas Sensores Imagiadores
.
Características dos Sistemas Sensores Imagiadores
.
Características dos Sistemas Sensores Imagiadores
.

1-Bit 8-Bit
ATIVIDADE - 3
- Após leitura do Capitulo 9 do livro “Fundamentos do Sensoriamento Remoto – Metodologias e Aplicações” de Mauricio Alves
Moreira (2007). Responda o que se pede. Entregar até as 23h59 do dia 25/04/22, em formado PDF.

1) Como você definiria um satélite?


2) Quando o homem percebeu que era possível colocar um satélite em órbita da Terra ou de outro planeta?
3) Como são classificados os satélites artificiais?
4) Qual é a função dos satélites militares?
5) Os satélites de comunicação são usados para desempenhar que tipo de função?
6) Os satélites científicos foram desenvolvidos para coletar dados que permitem ao homem entender o universo. Cite dois
exemplos de satélites científicos que giram em torna da Terra, sendo um voltado à coleta de dados da superfície terrestre e
outro voltado à coleta de dados do cosmo.
7) Quais são as diferenças entre os satélites de comunicação móveis e fixos?
8) O que é órbita?
9) Como se classificam os satélites quanto à órbita?
10) O que é órbita geoestacionária?
11) Quanto tempo gasta um satélite que gira na órbita terrestre numa altitude entre 10.000 e 20.000 metros?
REFERÊNCIAS:
BÁSICAS:
1. LONGLEY, Paul. Geographical information systems and science. 2nd ed. Chichester ; Hoboken, NJ : Wiley, c2005. 517 p.
2. ROSA, Roberto.. e BRITO, Jorge Luis Silva. Introdução ao Geoprocessamento: Sistema de Informações Geográficas.
Uberlândia, 1996.
3. SILVA, Ardemirio de Barros. Sistemas de informações geo-referenciadas : conceitos e fundamentos. Campinas, SP : Ed.
UNICAMP, 2003. 236 p.
4. SILVA, Jorge. Xavier; ZAIDAN, Ricardo Tavares (org). Geoprocessamento & análise ambiental : aplicações. Rio de Janeiro
: Bertrand Brasil, 2004. 363 p.
5. ROSA, Roberto. Introdução ao Sensoriamento Remoto. Ed. EDUFU, 2009.
COMPLEMENTARES:
1. BLASCHKE, Thomas; KUX, Herman. Sensoriamento remoto e SIG avançados : novos sistemas sensores, métodos
inovadores / nova versão atualizada e organizada. Tradução: Hermann Kux. Edição 2. ed. São Paulo : Oficina de Textos,
2007. 303 p
2. CÂMARA, Gilberto et al. Anatomia de Sistemas de Informação Geográfica. SBC, X Escola de Computação, Campinas,
1996. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/anatomia.pdf
REFERÊCIAS:
3. CÂMARA, Gilberto et al. Introdução da Ciência da Geoinformação. INPE, 2001. Disponível em:
https://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/?

4. FLORENZANO, Teresa Gallotti. Geotecnologias na geografia aplicada: Difusão e acesso. Revista do Departamento de
Geografia, v. 17, p. 24-29, 2005. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rdg/article/view/47272

5. FONSECA, Samuel Ferreira et al. Técnicas de geoprocessamento aplicadas na classificação e avaliação da distribuição das
espécies arbóreas nas praças de Buritizeiro/MG. Geografia Ensino & Pesquisa, v. 18, 2014. Disponível em:
https://periodicos.ufsm.br/geografia/article/view/12503/pdf

6. ROSA, Roberto. Geotecnologias na Geografia aplicada. Revista do Departamento de Geografia, v. 16, p. 81-90, 2005.
Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rdg/article/view/47288

7. MEDEIROS, A. M. L. Artigos sobre conceitos em Geoprocessamento. 2012. E-book Artigos sobre Conceitos em
Geoprocessamento (clickgeo.com.br)

8. FITZ, Paulo Roberto. Cartografia Básica. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.

Você também pode gostar