Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ULFBA TES1182 MestradoemDesenho TrabalhoFinal JulianaCavalcantiTimotheodaCosta
ULFBA TES1182 MestradoemDesenho TrabalhoFinal JulianaCavalcantiTimotheodaCosta
FACULDADE DE BELAS-ARTES
Trabalho de Projeto
Mestrado em Desenho
2018
1
DECLARAÇÃO DE AUTORIA
tal como todas as citações diretas ou indiretas têm devida indicação ao longo do trabalho
O Candidato
[assinatura]
2
RESUMO
Este trabalho ilustra os mecanismos de produção de cor estrutural das escamas das borbo-
letas Lepidopteran e como caso de estudo, a Morpho didius. A pesquisa foi conduzida pela
biomimética e pelo interesse nas cores no mundo vivo, que originou um texto como cam-
A pesquisa gira em torno das investigações feitas por cientistas sobre a produção de cor sem
ou quase nenhum pigmento nas escamas das borboletas Lepidopterans e com o foco na es-
da cor estrutural, os tipos e as morfologias das escamas das Lepidopterans e a evolução das
borboletas Morpho. Sobre a Morpho didius, engloba seu habitat natural, a cadeia alimentar
que hoje, em maioria dos registos são fotografias de microscópio e fenómenos físicos.
volver ilustrações que junto ao texto, sejam compreendidas por leigos, da mesma forma que
3
ABSTRACT
This work illustrates the mechanism of the Lepidopteran butterflies’s scales to produce struc-
tural colour. The case study was the Morpho didius butterfly. The present research was con-
ducted by the Biomimicry method with interest in the colours produced in the alive world.
which originated a text as a field to develop the illustrations. Such drawings classify as
scientific illustration because of their own theme, and their objective is to clarify the scientific
concepts presented. Moreover, a magazine presenting the theme “The Biomimicry and the
Strctural Colours production in Lepidopteran butterflies family, with focus is the Morpho
didius butterfly”.
The research is about the investigations made by the scientists about Lepidopteran butterflies
structural colours production, and the focus is the Morpho didius butterfly. This work presents
the concepts of light, the mechanisms of structural colours, the morphologies of Lepidopteran
scales, the Morpho butterfly evolution. About Morpho didius, presents representations of
natural habitat, the main food chain, observations about the morphology, behaviour and
physical optic results of the interaction of light and the nano structures on the top of scales.
The relevance of the project is to contribute through the drawing, with visuals explanations
which illustrate the biomimicry methodology and smooth the nanostructural mechanisms
The illustrated point of view of the studies can complement the explanation. The goal of this
work is to develop illustrations which will help understanding the concepts presented.
Keywords:
4
Dedico este trabalho a minha amada família. Minha mãe, Cristina Leser Cavalcanti, que me
minha avó Nely Leser Cavalcanti, que me ensinou a acreditar e ter fé no meu potencial, à
minha avó Zilah Timotheo da Costa, por ter me introduzido ao desenho e mostrado o valor
da educação na vida de um ser humano. Ao meu pai, Marcio Timotheo da Costa, por
acreditar nos meus sonhos e me estimular a continuar os perseguindo, e aos meus irmãos
5
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a minha família, sem a qual, a conclusão desse mestrado não
seria possível. À minha parceira, Isabela Aiache, pelo companherismo e opiniões impor-
Agradeço ao meu orientador Pedro Salgado pela motivação artística e credibilidade durante
os dois anos de mestrado. Ao professor António Pedro Marques pela dedicação e paciência
Filipe Lopes, que facilitou meu contacto com o objeto de estudo desse trabalho, a borboleta
Morpho didius. Ao investigador Sebastian Mouchet, por ter cedido um capítulo de um livro
Aos meus amigos Chris Nicklas, Maria Luisa Barbosa, Marcela Calçada, Carolina Cotrim,
Gabriela Mattar, Elizabeth Grandmasson, Caio Miolo, Camille Bonneau, Giulia Gueli e Yi
Zhou por não só terem se interessado e ajudado no meu trabalho, como pela companhia
6
SUMÁRIO
Resumo ... 3
Abstract ... 4
Agradecimentos ... 6
1) INTRODUÇÃO ... 10
4) CONCLUSÃO ... 61
5) ANEXO ... 63
7) BIBLIOGRAFIA ... 76
8
INTRODUÇÃO
Este trabalho ilustra os mecanismos de produção de cor estrutural das escamas das borbo-
letas Lepidopteran e como caso de estudo, a Morpho didius. A pesquisa foi conduzida pela
biomimética e pelo interesse nas cores no mundo vivo, que originou um texto como cam-
A pesquisa gira em torno das investigações feitas por cientistas sobre a produção de cor sem
ou quase nenhum pigmento nas escamas das borboletas Lepidopterans e com o foco na es-
de cor estrutural, os tipos e as morfologias das escamas das Lepidopterans e a evolução das
borboletas Morpho. Sobre a Morpho didius, engloba seu habitat natural, a cadeia alimentar
texto, que organizou a exploração do tema e facilitou a percepção do que deveria ser ilustra-
do. O artigo dividiu-se em três principais grupos de assuntos: 1) ecologia e morfologia das
cas e 3) os fenómenos ópticos-físicos. Cada um desses grupos exigiu uma abordagem gráfi-
ca e uso de materiais diferentes, pois questões diferentes exigiram soluções distintas. Entre
10
A interpretação ilustrativa complementa o estudo destes conceitos e o objetivo
A Pesquisa
vasta, então o foco concentrou nos temas mais investigados pelos cientistas, afim de
escolher uma fonte de recursos de pesquisa mais abundante, com acesso a informações
Dayna Baumeister; produção de cor nas asas das borboletas, a organização das estruturas
superfície das folhas da flor de lótus. Também muito presente, pigmentação da pele dos
polvos, estudada pelo Office of Naval Research, com Roger Hancon, biólogo marinho que
construção; MorphoTex, tecido azul produzido sem pigmento; Regen Energy Software Com-
pany, estuda como as abelhas e formigas se comunicam entre si para encontrar fontes de
comida e aplica esse algoritmo em sensores que ajudam a reduzir de 25% a 30% das con-
tas de luz, distribuindo energia conforme a necessidade de cada um dos electrónicos, sem
em cardumes para produzir turbulência; NBD Nano, coleta neblina para acumular a água
presente no ar. A floresta de Ernst Goeth no estado da Bahia, Brasil, sistema agroflorestal
11
do plantio de alimentos no mesmo sistema que as florestas locais, tem o fim de manter
. Quais são as naturezas das células que geram cor no pássaro King Fisher e besouros?
. Existe alguma relação entre as estruturas de cor do King Fisher para partes do seu corpo
refletir ondas curtas e os pigmentos em outras regiões do corpo absorverem as ondas cur-
tas?
. A cor estrutural pode ser uma evolução da relação entre luz e organismo? Existem algum
. Cada cor de pigmento possui uma estrutura diferente. O que determina a cor que será
de nanoestruturas ou pigmentos?
12
o comprimento de onda fornece sendo refletido por uma estrutra ou por um pigmento? obs.:
e os potenciais disso?
da luz. Esta passa por ele e é percebida pelo cérebro como fragmentos independentes. .
.As frequências de cor, que devem funcionar como códigos de formatação da imagem vista.
Sem a luz, esse processo teria que ser feito pela tradução de outros sentidos (tato, audição,
“sexto sentido”) e me pergunto se o cérebro cria imagens para essas situações processadas
com a ausência da interpretação da luz. Como desenhar um som? Quais percepções e in-
. Luz e Som. Quais são as diferenças das estruturas do olho e do ouvido? Já que ambos
. A luz é branca, mas tudo o que vemos tem cor. Então como explicar e representar
o que acontece.
da cor estrutural?
13
. O que são sólidos fotônicos?
. A cor estrutural pode ser uma evolução da relação entre luz e organismo?
A pesquisa foi afunilada nos mecanismos para produção de cor das escamas nas asas das
parte dos cientistas e a quantidade de publicações que reforçam a veracidade das infor-
mações. O tema foi definido então como “A Biomimética e a Produção de cor estrutural no
O início da segunda fase de pesquisa foi conduzido pela metodologia da biomimética, que
será explicada mais a frente. Resumidamente, sua lógica questiona as funções e os obje-
tivos dos organismos e suas estruturas através dos contextos de vida que apresentam, na
No caso, a função questionada é a produção da cor azul das asas da Morpho didius. Ela
começa a ser respondida pelas pesquisas sobre sua localização geográfica, o habitat e os
diferenças entre machos e fêmeas. Depois, a morfologia das escamas, como as células se
transformam nas escamas, como são as nanoestruturas e suas relações com a luz, resulta-
14
Fig.01: Vestido feito com o tecido Morphotex.
Concluída a pesquisa sobre o tema, foi escrito um texto abordando de forma organizada
o que foi pesquisado. E para facilitar a gestão dos desenhos foi composta uma lista com
Biomimética:
vídeos:
5WU
Cor estrutural:
livro: The Structural Color in the Realm of Nature, de Shuichi Kinoshita, Encyclopedia
artigos: “ A review of the diversity and the evolution of photonic structures in butterflies, incor-
porating the work of John Huxley (The Natural History Museum, London from 1961
Photonic structures in biology. de Peter Vukusic e J. Roy Sambles; The structural coloration
15
mechanisms of morpho butterfly wing scales; Structural colours is the Lepidopteran Scales,
de Sebastien R. Mouchet e Pete Vukusic; Many variations on a few themes: a broader look
vídeo:
Lepidopterans:
livros: Encyclopedia of Insects, de Vincent H. Resh e Ring T. Cardé; The Structural Color
vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=LE2v3sUzTH4
https://www.youtube.com/watch?v=QhyyPPPgL_w&t=197s
16
BIOMIMÉTICA
Biomimética é a metodologia focada em extrair a inteligência de criação e sobrevivência
de modelos do mundo natural para a aplicação em projetos humanos, sejam eles estruturas,
formas, processos e/ou sistemas, afim de gerar projetos mais sustentáveis para o Planeta
partir de exercícios de observação e desenho para refinar o olhar e por fim, o Estímulo, que
aplica modelos naturais como soluções para projetos humanos. (Baumeister, 2014)
Princípios da Vida
As condições de operação do planeta Terra são: água, luz solar, gravidade, não- equilíbrio
trazer novas funções e formas, troca de informações para criar novas opções; 2) Adaptação
responsável, tirar proveito dos processos cíclicos, usar materiais e energias disponíveis e
de fácil uso e processamento, usar feedback dos ciclos e cultivar relações colaborativas; 4)
simples para evoluir para o complexo ; 5) Reutilizar material e energia - usar recursos com
bio-compatível - utilizar químicos com resultantes benignos, usar poucos elementos básicos
17
PRINCIPIOS DA VIDA
Encorporar, agregar e cooperar para sobreviver Encorporar, agregar e cooperar para sobreviver Encorporar, agregar e cooperar para sobreviver Encorporar, agregar e cooperar para sobreviver Encorporar, agregar e cooperar para sobreviver Encorporar, agregar e cooperar para sobreviver
Incorporação de informações, replicar estratégias Incorporar diversidade, manter integridade através da Conhecimento do ambiente e atuação auto manutenção e organização, começar do simples usar recursos com eficiência, usar energia de baixo utilizar químicos com resultantes benignos, usar poucos
que funcionam, incorporação de erros que podem renovação, resiliência responsável, tirar proveito dos processos cíclicos, para evoluir para o complexo processamento, usar recursos com eficiência, forma elementos básicos e fazer química na água.
trazer novas funções e formas, trocar e alterar usar materiais e energias disponíveis e de fácil e função
informações para criar novas opções uso e processamento, usar feedback dos ciclos e
cultivar relações colaborativas;
Bactérias agregam rapidamente também, devido ao seu A raposa, o coelho do ártico possuem pigmentação marrom O besouro da Namíbia captura água do nevoeiro da manha As primeiras 40 semanas de fertilização do óvulo humano é Os ossos dos pássaros que voam são ocos. Havendo célula O molusco Blue Mussel utiliza uma cola que reage dentro da água, o que
ciclo rápido de vida e novas gerações. Uber bactéria que durante as estações sem neve. Quando começa a nevar eles do deserto subindo até o alto da duna, buscando o maior uma dança entre crescimento e desenvolvimento. A fase de óssea onde é realmente necessário e propiciando o vôo. As garante sua estabilidade para acessar os nutrientes nas colunas de água.
sobrevive ao antibiótico e rapidamente toda a colónia trocam a pelagem para branco ou mesclado de branco e marrom, índice de umidade. Ele expõe as asas, que possuem desenvolvimento resulta na diferenciação das células dos aves que não voam possuem ossos sólidos. As funções de aderência, flexibilidade, estrutura e cor da concha são
aprende a se defender do antibiótico e ele não funciona garantindo a camuflagem com as mudanças das estações. células hidrofóbicas, formando gotas na sua superfície órgãos, tecidos e etc. Durante o crescimento, cada uma dessas atingidas quimicamente sem criar danos no molusco.
mais com essa bactéria. devido a umidade, que rolam até a sua boca. áreas cresce e depois se desenvolve coma especialização das
células, e depois novamente o crescimento acontece.
Muitas espécies de Corvid como corvo e raven são Com a evolução da tecnologia de vídeo, que migrou do VHS para Lentes transition reagem aos raios UV deixando as lentes o crescimento de cidades sustentáveis é acompanhado do Interface - industria de azulejos, são os mais leves do mercado Columbia Forest Products Pure Bond Wood Adhesive eliminou as colas a
adaptadas a aprenderem a usar ferramentas para online, a Blockbuster teve de fechar as portas pois não foi rápida escuras e protegendo os olhos. NA ausência do UV elas desenvolvimento de serviços e mecanismos que possibilitam a sem perder resistência e durabilidade. são feitos com o mínimo base de formaldehyde e mimetizou o processo químico da cola do Blue
conseguir alimento. indivíduos bem sucedidos ensinam o suficiente na sua trnasição. Ao contrário do Netflix que dominou ficam transparentes. interação entre as pessoas na cidade. Se um serviço é muito de energia necessária e reuniram materiais. Mussel. Logo a cola nao libera gases e é a prova de água, sem usar
seus descendentes. Logo as estratégias passam a fazer o mercado através do serviço de email e streaming. melhor do que outro, esse perde a sua função, pois sua produtos tóxicos.
parte do código genético e aprender passa a ser um capacidade não é completa. Então o crescimento de subúrbios
instinto. requerem o investimento massivo em transporte, serviços que
estabeleçam conexão e otimização dos espaços. Não é um
sistema top - down, mas em rede.
A primeira bicicleta foi inventada e seus elementos básicos A Macleay´s Spectre é um insecto que possui 3 camuflagens A época das frutas e flores do cacto de Saquaro coincide A ilha de mangue possui seu próprio sistema de manutenção. A Os pássaros poorwill (tipo uma coruja pequena) esfriam seu O veneno da cobra é veneno para as presas, mas não para elas nem
continuam os mesmos desde então: 2 rodas, quadro, pedal diferentes conforme a sua idade. Na primeira idade imita a com a migração de morcegos tanto na primavera como no semente irá boiar até achar uma área mais rasa, onde corpo criando uma corrente de ar sobre a membrana seus predadores, que conseguem “quebrar” as toxinas evitando sua
e guidom. formiga no tamanho e na cor, na juventude, o escorpião curvando outono. A migração dos morcegos ajuda a dispersar as desenvolverá suas raizes. vascularizada da garganta. Com isso economiza energia de toxicação.
seu abdómen imitando a cauda. E adulto parece um ponte de sementes da fruta. duas maneiras: resfriamento, reduzindo a evaporação e
folhas secas. fazendo resfriamento conventivo.
Há milênios atrás os elefantes tinham pele macia. Devido a A Apple diversificou os iPods em cor, capacidade, e dessa forma, A empresa Biopower System copia o processo cíclico das O programa Open-Source é um exercício de auto-manutenção. “Trombled Walls” são exemplos de arquitetura que fazem troca Pyrocool desenvolveu um extintor biodegradável que produz como
um “erro” de codificação sua pele ficou mais grossa, o que os preços também, possibilitando e facilitando a dispersão dos mares para aparelhar energia da água com o seu Exemplo: contribuição de milhares de programadores de temperatura. Durante o dia eles absorvem calor mantendo o resíduo BFR - Brominated Flame Retardants, comum no sangue humano
possibilitou a melhor dissipação do calor, permitindo o seus produtos. movimento. Inclusive tem modelos em que incluem o trabalhando em simples regras fundamentais que resultaram interior fresco e durante a noite, libera aquecendo o local. e é uma substância não acumulativa.
crescimento do bicho e mais perda de calor, principalmente fenómeno da onda no portaló de emparelhamento de no Firefox Web Browser. Na internet, é o caso da Wikipedia,
do coração para as orelhas. Ou seja, foi possível o animal energia. As turbinas se ancoram ao chão do oceano como Helium. Nenhum deles tem resultado pré-concebido ou
crescer sem aumentar sua temperatura interna. as algas se ancoram aos substratos. As lâminas possuem hierarquia de instrução.
formatos da cauda do atum e colônias de coral para
emparelhar a energia do movimento da água.
A empresa 3M através de um erro químico na produção de O chifre dos rinocerontes não se regeneram sozinhos. O que A planta dente de leão cresce alta utilizando CO2 e A montagem das colônias dos corais começa com um simples Duck preening é usado para limpar as penas e deixá-las As plantas capturam CO2 do ar e se protegem do superaquecimento e
cola, criou uma cola reutilizável dando origem ao post-it. acontece é uma proteína que está dentro do chifre e quando minerais da terra. Com a ajuda do vento, ela dispersa as pólipo na pedra que seguido por outro e outro criam a colônia impermeáveis. Além disso, o seu óleo hidrata o bico do pato e queimaduras do sol, resistência do ar e ao equilíbrio da água no corpo.
exposta a O2 reage, preenchendo os rachados e reparando os os sementes para outros terrenos e elas não competem com. inteira. Eles são diferentes entre eles, podendo ser duros ou quando expostos ao sol, tanto o bico como as penas, ele se No entanto, os elementos encontrados nas plantas são C, H, O, N, P, F,
chifres. seus pais pelo mesmo local de desenvolvimento. moles e pertencerem a mesma colônia. transforma em vitamina D, ajudando a manter a saúde do pato. Mn, Z.
A maçã é como os humanos, possuem uma variedade Construções de concreto podem apresentar micro fraturas, o que O cristal Piezoeletric converte energia mecânica em energia A estrutura do tendão é baseada no aninhamento hierárquico Celulares modernos que assumem diferentes funções, Empresa Rubisco mimetizou enzimas de plantas que facilita a reação
enorme e podem e se misturam entre si, gerando formas, é perigoso e reduz funcionalidade. Então foi adicionado micro elétrica. São instalados em plataformas de metro e salões de colágeno. As moléculas de colagens são unidas de forma a serviços, entretenimento, câmera, calculadora, etc. entre CO2 e Óxido Limonene, criando plástico policarbonizado a partir do
tamanhos e formatos diferentes, possibilitando sua cápsulas de resina preencheras. Então, quando a micro fratura de dança, convertendo a energia mecânica dos passos em criar microfibrilas, que se unem, criando as fibras, que unidas CO2.
sobrevivência na selva como cultivo. acontece, ela quebra a capsula de resina fazendo o reparo. energia elétrica. formam os fascicles e que finalmente juntos, formam o tendão.
Essa hierarquia repetida originou um tecido super elástico.
Nosso sistema imunológico possui 5 células diferentes que O sistema de atacar ou voar nos bichos funciona com um A linhagem binária do computador 0 - 1, todo tipo de arquivo Árvores que trocam de folhas no inverno/primavera. Antes das A enzima Novomer usa o ferro, o cobalto e zinco no centro da reação da
circulam o corpo inteiro a toda hora, pois bactérias e vírus atacam estímulo do ambiente percebido por qualquer sentido do dos computadores modernos são traduzidos para essa folhas caírem, elas ficam laranjas (caroteno) e os ramos enzima, criando plástico com CO2 como bloco de construção.
de forma e em local imprevisto. corpo que cria um estado de alerta, liberando adrenalina e linguagem. absorvem o restante de clorofila para as próximas gerações de
preparando o bicho para brigar ou fugir. folhas. As que caem mortas, viram composto, atraindo fungos e
bactérias e insectos, que no processo de decomposição
liberam C e H que retornarão para as folhas, absorvidos pelas
raizes.
Os sistemas elétricos, mecânicos e pneumáticos das partes A Kill-a-Watt tm encurta o tempo de processo do feedback e Programas de Take-Back ajudam a reduzir o desperdício de Crescimento dos dentes é uma realção química na água. É feita a
críticas do avião são independentes de forma que se uma área consegue passar a quantidade de energia que cada produtos e suas embalagens. E incentivam a produção de produção de poliuretano dentro do corpo usando água.
der pane, as outras continuam funcionando. eletrônico ligado utiliza, possibilitando ter reação imediata produtos mais duráveis e de mais fásil reciclagem.
ao consumo.
Mutualismo. As aves costumam fazer seus ninhos em O formato das asas dos pássaros estão associados ao seu voo Bayer tirou de 50 a 90% dos solventes a base de petróleo por
grupos, pois juntos e em maior número podem afastar e suas necessidades, minimizando o uso de material e energia. poliuretano.
predadores que um pássaro sozinha não conseguiria fazê-
lo.
Kalundbord - Dinamarca Ecopark Industrial é o maior Trem-bala e King-Fisher atravessam densidades sem fazer
exemplo de relações cooperativas entre industrias barulho.
Facilidades manufatureiras, greenhouse e a cidade
conectam seus recursos. Então o desperdício de um vira o
recurso do outro. Essa troca é favorável para as empresas
e para o meio ambiente.
18
Fig.02: Exemplificação dos Princípios da Vida.
Elementos Essenciais da Biomimética
e os Princípios do Desenvolvimento
primeira é a Filosofia e o culto da natureza como mentora de soluções para projetos, para
São feitas abordagens de ensino do desenho cujo objetivo é refinar a percepção do obser-
vador aos detalhes naturais e perceber situações menos óbvias. Os exercícios são: desenho
de estruturas, desenho apenas com linhas, desenho cego, apenas sombras, desenho do
em que está, imaginar e registar como o seu e outros organismos funcionam, questionamen-
tos do que somos feitos, do que dependemos para viver e quem depende de nós, quais são
No Escopo, identifica-se o contexto em que está inserido e a(s) função(ões) que irá exercer
dentes ao projeto: são aqueles com potencial (função, forma, material e/ou contexto) de
talhes dos mecanismos para adaptá-los ao projeto. Pois a aplicação direta de apenas um
Em Criação, o perfil do projeto já está claro, assim como as bio-referências estão estrategi-
camente posicionadas de forma que o projeto atenda a maior quantidade dos Princípios da
Vida.
19
Um exemplo da aplicação dessa metodologia foi o desenvolvimento do tecido Morphotex,
primeiro material de fibras que apresenta cor estrutural. O objetivo é produzir cor com a
todo o mundo, além da água abundante necessária nos processos, que não é reaproveitada.
As asas dessas borboletas são compostas por escamas que apresentam sequências de
cia de filme de Nylon e Poliester nada mais é que a reprodução dessas estruturas, porém no
lugar da matéria e ar, utilizou-se o Nylon e o Poliester, fibras têxteis com índices de refração
próximos aos do modelo natural. A fibra do tecido é composta por 61 camadas, 15% nylon
e 85% poliester.
20
Fig.04: A existência, manutenção e evolução de todos os organismos dependem da sua própria
habilidade de suprir as necessidades no habitat em que vivem. (Baumeister, 2014)
vista humano. Busca soluções já desenvolvidas, testadas e aprovadas pelo tempo nos or-
ganismos sobreviventes nos mais variados contextos que o nosso planeta apresenta. Além
conexão e aprendizado da vida selvagem e suas soluções. Essa interação coloca ambos, a
21
PRINCÍPIOS DA VIDA
Criação
Espécime Função / Objetivo / Contexto Natural
Avaliação
Processos
Design
22
diferentes aspectos tanto dos organismos vivos, como dos extintos e fósseis. Documenta as
até a mais cética e fiel a realidade. E essa decisão está diretamente ligada a função do de-
senho. É um manifesto de arte e cultura, assim como um registo científico. (Elaine Hodges,
2003)
tema sem percebê-lo. Principalmente quando esses desenhos são direccionados para o
No caso deste trabalho, o objetivo foi produzir imagens que pudessem ser compreendidas
pelo público leigo e utilizadas por cientistas em livros e artigos. E ao tratar do tema,
biologia, medicina, física, química, arqueologia, etc. Justifica-se para a comunicação desde
o nível da investigação científica à divulgação para o grande público. (Pedro Salgado, pers.
com.)
A metodologia de produção das ilustrações teve como campo de trabalho o texto que
O texto divide-se em três grandes grupos de assuntos: 1) ecologia e morfologia das borbo-
fotônicas e 3) os fenómenos físicos. Cada um desses grupos exigiu uma abordagem gráfica
e uso de materiais diferentes, pois questões diferentes exigiram soluções distintas. Entre as
23
O Texto
1.1 A Luz
O elemento determinante para o percepção da cor é a luz. O próprio olho, que a capta, é
fruto da sua ação ao longo da evolução da espécie (Israel Pedrosa, 2010). Para investigar
as singularidades da luz, a Física dividiu seus estudos em duas partes: Óptica Geométrica,
trata do trajeto dos raios luminosos, independente da natureza da luz e Óptica Física, busca
a explicação dos fenômenos que estão relacionados à natureza da luz. (Pedrosa, 2010)
No século XVII a definição de luz se resumia ao que o nosso olho vê e o que causa as
sensações visuais. Mesmo nos dias de hoje são encontradas definições como, um tipo de
onda eletromagnética ou apenas radiações que podem ser percebidas pelos órgãos visuais,
O físico Herschell fez experiências sobre as propriedades dos raios infravermelhos, cujos lim-
ites vão do extremo vermelho visível correspondente a 750mu e continuam até 300.000mu.
Então a ciência teve que considerá-los como raios luminosos, já que compartilham das
mesmas características da luz que vemos, embora nossos olhos não possam distingui-los.
O mesmo acontece com os raios ultravioletas (faixa de 400 a 10mu), facilmente detectáveis
e capazes de fazer com que numerosos organismos sob sua ação projetem luzes visíveis
Mesmo longe do espectro visivel, os raios de Roentgen e os raios gama támbem são clas-
sificados como raios luminosos. Isso mostra que a visibilidade humana não é condição sufi-
1.2 As cores
24
(Ghiradella, H. 2003)
Para os seres humanos, a faixa do espectro visível varia entre 400nm-725nm, violeta até
400nm, ultravioleta até violeta. Os organismos podem enxergar diferentes faixas do espec-
o preto é a ausência dos mesmos. A luz colorida é o espectro incompleto no qual apenas
uma faixa de onda é percebida. A luz branca interage com a matéria de modos diversos, que
biológicos. (S. Mounchet, P. Vukusic, 2018) Eles absorvem bandas de cor, subtraindo-as das
cores refletidas. É o tipo mais comum, porém é muito fácil encontrar organismos que usam
dois ou até três tipos desses mecanismos para produzirem suas cores características. Os
nal. Costumam produzir a gama das cores mais quentes, como laranja, vermelho, amarelo,
A cor bioluminescente é a luz produzida por reações químicas nos tecidos e órgãos
depois de terem chegado a mais alta e instável camada de energia, e emite fotons, partícu-
A cor estrutural é a consequência da interação da luz com os índices de refração (IR), que
Quanto mais alto o IR, mas devagar a luz propagará no meio e vice-versa. A organização
25
transmitidos ou cancelados. E geralmente, o comprimento de onda que retorna para o meio
ambiente possui quatro vezes o tamanho dos espaçamentos negativos daquelas estruturas.
(Ghiradella, H. 2003)
As estruturas fotônicas são biopolímeros de aspecto poroso, por exemplo, a quitina em ar-
das fórmulas); além do ar, água ou líquidos fisiológicos. Podem refletir, refratar, dispersar,
mas nunca absorver a luz (Mounchet, Vukusic, 2018). Geralmente, produzem cores frias,
por exemplo verde, azul, violeta e ultra-violeta (Ghiradella, H. 2003). A maioria dessas estru-
turas resultam em cores iridescentes, ou seja, a cor muda conforme o ângulo de incidência
da luz e de observação. São resistentes a ação do tempo, em contraste aos pigmentos que
se esgotam, perdem a cor e intensidade quando expostos a luz solar. (Mounchet, Vukusic,
2018)
Muitos insetos, pássaros, peixes e plantas utilizam desses mecanismos juntos ou separa-
dos para produzir colorações, entre outras funções. Por exemplo, o azul estrutural pode ser
adicionado ao pigmento vermelho e gerar o roxo luminoso. A cor estrutural pode ser inten-
sificada devido aos pigmentos posicionados abaixo das estruturas fotônicas que absorvem
São vários os mecanismos que produzem cor estruturalmente. Tudo depende se a matéria
da estrutura fotônica refrata (foto) ou espalha (foto) a luz. A primeira, polariza a luz em difer-
entes comprimentos de onda que vão em ângulos distintos; no segundo, a luz é fragmenta
26
2.1 Índice de Refração
O índice de refração é determinado pela diferença entre a velocidade da luz no vácuo pela
n = Vvácuo
-----------
Var
A dispersão da luz branca ocorre quando ela encontra um conjunto ordenado ou não de
moléculas, partículas ou estruturas que fragmenta a luz branca e alguns dos comprimentos
de onda refletem em direções aleatórias. A cor resultante mais comum é o azul não-irides-
cente. Exemplos são o céu azul e o insecto Pachydiplax longipennis. (Ghiradella, H. 2003)
2.3 Refração
É o fenômeno em que a luz é transmitida de um meio para o outro, alterando a sua veloci-
A difração acontece quando a luz contorna ou passa por obstáculos como orifícios, bordas
de fendas, ondas ou cumes com ordens de grandeza proporcionais ao seu tamanho. Essa
A luz que sofre difração não necessariamente é fragmentada em cores, apesar de ser pos-
sível acontecer. Pode também sofrer alteração na sua forma de propagação: ao invés de
seguir em linha reta, depois do obstáculo passa a ser curva (Kinoshita, 2007).
Quando isso ocorre numa grade de difração, um espaço com bordas e repetições de cumes
(Ghiradella, H. 2003)
27
2.5 Interferência de Filmes Finos e Múltiplas Camadas
a sua infiltração em camadas super finas de matéria com índice de refração diferente ao
As bandas de cor assumem velocidades e trajetos diferentes batendo nas películas superior
A união dos factores: 1) condição da geometria e tamanho dos percursos feitos (colocar
desenho), 2) o ângulo de penetração da luz. Um feixe que incide inclinado ao filme, passa
por um caminho maior que os que entram perpendicularmente no mesmo. 3) a grossura óti-
ca do filme fino - grandeza expressa por: IR x grossura física, e 4) o índice de refração que
Quanto mais aguda a incidência da luz, menores os comprimentos de onda refletidos, como
os azuis e violetas. Ângulos mais oblíquos, projetam as cores mais quentes, como os ver-
melhos e laranjas. Da mesma forma que esse sistema varia as bandas de cor refletidas, o
mesmo acontece com a luz transmitida: o que não é refletido é transmitido para o ambiente,
para outras camadas seguidas de filme e/ou para pigmentos que as absorverão, caso este-
por ar. (Ghiradella, H. 2003) (DESENHO 57) Quando todos os filmes são equivalentes em
IR e espessura óptica, as cores emergentes são relativamente puras, pois tudo o que é
refletido ou transmitido é uma constante. Na ocasião em que os filmes são mais grossos,
eles reduzem a intensidade da cor, porém aumenta a amplitude do ângulo da cor refletida.
(Ghiradella, H. 2003)
28
2.6 Cristais Fotônicos
direções regulares, o que significa que as cores mesmo que iridescentes, são mais estáveis.
O efeito pode variar entre iridescente e cores sólidas. Existem três níveis de complexidade
dessas estruturas e são nomeadas de 1D, 2D e 3D. Como exemplo, o tipo 3 de escamas das
Portanto, a cor estrutural apresenta diferentes mecanismos pelos quais as cores podem ser
construídas. A luz é absolutamente moldável, pois na sua natureza de origem ela é branca,
mas quase tudo o que vemos não é branco. E quem nos revela isso são as estruturas da
natureza.
3. LEPIDOPTERANS
bastante atenção das atividades artísticas e científicas desde os primórdios das civilizações.
A variedade de cores desse grupo são extensamente estudadas pelas qualidades ópticas,
O número de espécies é estimado em 150,000 e cresce a cada ano com as novas descob-
A primeira super família possui quatro famílias e elas são: Papilionidae (caudas de an-
dorinha), com 3 famílias e 621 espécies; a Pieridae (brancas e sulfúricas), com 4 famílias
e 1051 espécies; a Lycaenidae (azuis, cobre e marcas metálicas), com 5 famílias e 5948
A segunda grande família, com cerca de 3500 espécies inclui apenas as Hesperiodiae (skip-
29
pers) que é divida em cinco subfamílias, as Coeliadinae, Pyrrhopyginae, Pyrginae, Heterop-
(Kinoshita, 2007)
ganizadas como telhas num telhado. O formato é fino e em lâminas (DESENHO 9). Ficam
presas nos dois lados da membrana por hastes flexíveis em espaços chamados socket (DE-
As escamas das borboletas e mariposas se originam de uma célula epitelial que recebe a
ordem do ADN para se transformar numa Célula Precursora de Orgãos Sensoriais - CPOS.
Depois ela se divide e multiplica em séries com formatos estereotipados, cuja progênie pos-
sui funções bem definidas, como os neurônios, órgãos e as escamas. (Ghiradella, 2009).
Algumas das CPOS apresentam o primeiro estágio reconhecível da escama e passam a ser
Depois, a célula-mãe das escamas divide-se duas vezes. Na primeira divisão, uma parte
escama e a célula produtora do “póro”, conhecido como socket pela qual a haste da escama
ficará presa quando totalmente desenvolvida. A escamóide então expande-se por dentro da
célula formadora do socket que atua como um molde, e sai na forma de um cilindro estreito.
da lâmina superior para o ambiente. São construídas por nanoestruturas lamelares oblíquas
parcialmente sobrepostas umas as outras que afinam em direção ao cume. Cristas vizinhas
30
são conectadas pelas Crossribs. Na lateral da crista correm vincos regulares e perpen-
por ar. Muitas vezes nos sítios livres, entre os cumes e as Crossribs, estão os grãos de pig-
próxima a pele é sólida e plana, enquanto que a de cima, em contacto com o ambiênte é
estruturada (DESENHO 15) (Mounchet, Vukusic, 2018). A interação óptica dos tamanhos
das escamas de base e de cobertura produz efeitos importantes na reflexão da luz, poden-
do ou não aumentá-la, deixando a cor das asas mais intensas, com ou sem brilho, ou até
A morfologia das escamas foi classificada em três categorias conforme a zona de maior
desenvolvimento, pela cientista Helen Ghiradella. Todas elas são variações do modelo geral
jas estruturas são caracterizadas por veios que correm paralelos ao longo da escama com
responsáveis pelo seu suporte e conexão com a base da escama. Todo o restante é espaço
aberto, o que torna possível o contacto entre o lúmen interno e o ambiente, o que não acon-
O tipo 2 produz as cores iridescentes planas, por exemplo: apenas azuis ou apenas verdes.
As estruturas são identificadas em três categorias: quando a cor é construída nos Alvéolos,
(tipo D) e quando os intervalos entre os veios são preenchidos pelo padrão caótico criado
pelos Microribs. Este tipo caracteriza-se como escamas androcônicas, isto é, são especial-
mente a conjuntura da escama. Produz cores iridescentes no lúmen, preenchido de dois mo-
31
dos: 1) as estruturas em lâminas com furos espalhados aleatoriamente, são responsáveis
pela Interferência por múltiplas camadas (tipo F1). 2) as camadas furadas formam juntas o
de cor é muito mais rica e estável que qualquer outro mecanismo (tipo G) (DESENHO 18).
simplificada do modelo, o que por enquanto não foi feito por nenhum cientista ou engen-
heiro. Todas as estruturas fotônicas das Lepdopiterans são voltadas para o meio ambiente
Vukusic, 2018)
3.4 Morpho
desenvolver tecnologia que mimetizam as estruturas fotônicas, produzindo cores gentis aos
natural escolhido foi a Morpho didius devido a maior quantidade de informações a respeito
A espécie Morpho faz parte da super família Nymphalidae e está dentro da subfamília
Morphinis incluem duas subtribos: a Antirrheiti, integrada pelos gêneros Caerois e Antirrhea;
Uma vez que a iridescencia azul foi adquirida como característica, o grupo passou por
32
eram asas relativamente pequenas de cor azul pálido e habitavam o estrato arbustivo (DE-
SENHO 22). Em seguida esse grupo se separou e ocupou diferentes estratos florestais: o
primeiro, permaneceu no estrato arbustivo (Morpho aega) (DESENHO 23), enquanto o outro
grupo passou a frequentar o estrato arbóreo inferior ou sub bosque (Morpho adonis) (DE-
SENHO 24). Em seguida ocorreram drásticas mudanças que as fizeram mudar de plantas
SENHO 38) e ao mesmo tempo um enorme bando de Morphos passou a ter asas grandes e
a hospedar o estrato arbóreo médio teto ou dossel. (DESENHO 39) (Kinoshita, 2007)
Essa mudança foi tão radical que muitas perderam o azul iridescente como característi-
que as demais, resultando em indivíduos com asas cada vez mais brancas, a perda da
iridescencia e na migração dos mesmos para o estrato arbóreo inferior (M. catenarius) (DE-
SENHO 27). Possivelmente, o grupo mais evoluído manteve a coloração azul, porém
apenas com uma faixa larga (M. achilles). (DESENHO 28). (Kinoshita, 2007)
estrato florestal sub-bosque. Disputam espaço nas áreas alagadas ou trechos de riachos
dos minerais da lama e urina, cooperando com a regeneração o solo (DESENHO 66). Seus
principais predadores são as aves, rãs e lagartos (DESENHO 67). Possui quatro estágios
de vida: ovos, larva, crisálida e borboleta adulta (DESENHO 68). Seu ciclo de vida dura em
torno de 115 dias e sua envergadura pode chegar a 15cm. (R. F. Chapman, 1998)
No geral, são 5 fases como larva e lagarta, seguida de uma dramática saída da sua própria
33
pele para desidratar e se transformar num casulo, que fica da mesma cor que o lugar es-
colhido pela lagarta para sua metamorfose. Quando pronta, a borboleta abre seu casulo e
sai muito inchada e com as asas ainda em formação, como se estivessem úmidas. Esse
inchaço é um líquido que ela vai colocando para fora e simultaneamente as asas vão termi-
Um dos aspectos mais notáveis das asas dessas borboletas é a intensidade e iridescen-
cia do azul. Quando observada sob diferentes pontos de vista, expõe a sensibilidade da
coloração refletida (DESENHO 40). Isso é o resultado da combinação das escamas de Base
e Cobertura. A primeira, possui o recorte em zig zag, maior quantidade de veios com menor
Elas apresentam dimensões semelhantes nessa espécie. (Ver tabela) (DESENHO 46) A
escama de cobertura não tem efeito na produção da cor, mas sim na potencialização e
ampliação do ângulo do reflexo. (DESENHO 48). A cooperação entre elas intensifica a cor
produzida e reduz o brilho da asa, características que levantam importantes questões para
A iridescencia na parte dorsal da asa ajuda na distração e confusão do predador sobre seus
limites e o seu real tamanho. (DESENHO 61). Quando paradas, as borboletas se camuflam
com as asas fechadas, que possui padrão de cores marrom, se misturando com o ambiente,
o colorido mais estável (DESENHO 60). Na asa masculina estão presentes escamas es-
(DESENHO 62) e eles costumam voar em estratos florestais um pouco mais alto, podendo
atingir a marquise das árvores, com a finalidade de espalhar seu rastro de cima, que caem
sobre as fêmeas, pousadas logo abaixo, atraindo-as. (DESENHO 62) (R. F. Chapman, 1998)
As escamas também são termo reguladores e estão presentes no corpo da borboleta, fun-
cionando como uma camada isolante que mantém a temperatura torácica alta. Para manter
a temperatura do corpo saudável, a borboleta evita lugares muito quentes ou muito frios,
34
pois isso afeta diretamente seu metabolismo, deixando-o mais ativo ou lento, respectiva-
O formato das asas está diretamente relacionado ao contexto aerodinâmico. As bases lar-
gas da M. didius indicam a capacidade de voo rápido e as escamas presentes na sua su-
perfície exercem a terceira função de suavizar o contato do ar com a própria asa e corpo da
Portanto, toda forma, cor e estrutura de um organismo está relacionada àlguma necessidade
criada pelo contexto. A escama, estrutura singular, possui três objetivos, que são manter o
O azul comporta-se de formas diferentes consoante à direção em que a luz atinge as esca-
mas. Quando a incidência é paralela aos veios, o intervalo angular da reflexão é menor. Se
efeito de difração, causado pela organização das estruturas dos veios que se assemelham
No topo dos veios, pequenos cumes salientes distribuem-se aleatoriamente e atuam como
difusores, pois deixa a superfície menos lisa (DES. 42).(Kinoshita, 2007) Na base da es-
cama de cobertura (DESENHO 45) ocorre o fenómeno Interferência do Filme Fino. Como
explicado na sessão anterior, uma parte da luz transmitida reflete entre as duas superfícies
2007)(DESENHO 43
Sobre os comprimentos de onda mais curtos (>300, <420), a distribuição tem mais força em
torno dos 30 graus e começa a ter pouca intensidade entre 40 - 70 graus. Já os mais longos
têm o máximo de reflexão nos ângulos próximos aos 60 graus. (DESENHO 44)
flexo. Nas análises feitas na escama de cobertura da M. didius, separou-se partes com
35
3, 6 e 9 estantes. O teste mostra que o aumento do número de veios acentua o efeito de
interferência destrutiva, ou seja, a perda de luz. O número de veios e seus intervalos são
(DESENHO 51)
Depois de tantos anos de investigação concluiu-se que o azul iridescente das asas das bor-
onda, resultando na reflexão do azul. A distribuição aleatória de picos mais altos ao longo
dos veios deixa a superfície mais rugosa, resultando na difusão do reflexo e na cor mais
estável. Os efeitos das interferências construtivas e destrutivas que ocorrem nas prateleiras
é influenciado pelo número de estantes que cada uma apresenta, além das distâncias entre
do reflexo por alterar a velocidade da propagação da luz. O formato delgado contribui para o
efeito de difração anisotrópica, quer dizer, propriedades físicas que alteram conforme o ân-
gulo de visão. O índice de reflexão mais alto é atingido quando os veios apresentam a média
eração do pigmento são essenciais para a cor estrutural nas borboletas morpho(Kinoshita,
2007)
36
MATERIAIS E MÉTODOS:
AS INFORMAÇÕES DO TEXTO
O método de produção das ilustrações, como dito anteriormente, actuou sobre o texto de-
senvolvido sobre o tema. Ao lê-lo, percebida a necessidade de uma imagem para explicar
a informação, era enumerado um desenho para a situação respectiva e resultou uma lista,
que também inclui alguns desenhos encontrados na bibliografia que foram retrabalhados e
À (A) lista foram introduzidos as “datas”, com os níveis de detalhamento: simples, médio
informações por estarem escritas de modo diferente, eram marcadas com a linha inteira da
O arquivo (A.1) mudou quando o processo do trabalho evoluiu, com todos os desenhos pron-
tos. As divisórias “Tema” e “Observação” foram substituídas por “Tamanho”, com o tamanho
do papel, “#”, com a quantidade de desenhos feitos para o tópico, “Ajustes”, para os con-
certos que precisavam ser feitos, “Digitalização”, para assinalar os trabalhos digitalizados
número de desenho totalizou em 64 e variaram entre os tamanhos A5, A4, 27X17,5, 27X35
37
Os desenhos utilizados de outros autores e retrabalhados foram:
O processo das ilustrações foi protagonizado pela busca de imagens de qualidade que pos-
sibilitasse a compreensão das explicações nas bibliografias. Muitas fontes apresentam re-
produções de boa qualidade. Mas o campo de visão da imagem eram restritos por serem
38
Os primeiros esboços surgiram durante a pesquisa, como forma de registo do que estava
sendo estudado.
Outra fonte de referência foi o Museu de História Natural e Ciências de Lisboa - MUHNAC,
39
com o pesquisador Filipe Lopes, com quem foi possível a observação da borboleta
Fig.09: a) e b) borboleta Morpho didius, vistas frontal e ventre. c) ângulo diferente para perceber alteração de cor.
d) zoom no corpo da borboleta M. didius. e) detalhe da estrutura da asa com padrão de escamas. f) detalhe da
asa na parte do ventre. g) - o) zoom nas escamas, p) e q) vista frontal da borbolea M. didius.
Depois, com texto artigo como base, ficou objetiva a informação a ser trabalhada e quais
morfologia das borboletas lepidopterans e morpho didius, 2) estruturas e morfologias das es-
40
Fig.10: Organização dos desenhos conforme os principais grupos de assuntos do texto. 1) ecologia e morfologia
das borboletas lepidopterans e morpho didius, 2) estruturas e morfologias das escamas e estruturas fotônicas e
3) os fenómenos físicos
41
Era importante para as ilustrações do primeiro grupo a claridade e exuberância de cores
ram fotos do Google Images, as fotografias tiradas no museu MUHNAC, imagens de livros,
vídeos no youtube no canal “Smarter Every Day”; assim como a artista Margaret Mee, Frei
Cristovão de Lisboa, com a obra “História dos Animais e árvores do Maranhão”, Alexandre
Rodrigues Ferreira, com “Viagem Filosófica”, das viagens para a Amazôniav , Frei Veloso,
com “Flora Fluminense” , João Barbosa Rodriguês, primeiro ilustração científico brasileiro
e Maria Werneck de Castro, que ilustrou as espécies da flora do cerrado que entraram em
Fig.11: Youtube, Smarter Every Day. Fig.12: Ilustração de Frei Cristovão de Lisboa
Fig.15: Ilustração de João Barbosa Rodrigues. Fig.16: Ilustração de Maria Werneck de Castro.
42
Os desenhos foram feitos nos papéis brancos Fabriano 300g, com 27x35cm e Inart para
aquarela, 250g, tamanho A2. O papel preto foi o Tiziano Nero, 160g, A4. Os materiais usa-
dos foram: aquarelas Windsor & Newton Cotman série 1 e van Gogh, os guaches Talent,
Aquarelas
Amarelos:
Vermelhos:
Azuis:
• Cotman, Indigo
• Cotman, Ultramarine
• Cotman, Turquoise
Preto:
43
Branco:
Guaches:
Azuis:
Branco:
Alguns pontos de vistas da borboleta foram desafiadores para resolver devido ao formato
e direção das asas. Então, construiu-se um modelo de papel para ajudar o fazer desses
desenhos.
44
Fig.20: a) Modelo de papel; b) desenhos das borboletas Morpho; c) modelo com
pedacinhos de papel simulando as escamas.
desenho com o fundo do papel era importante para discernir o formato e a representação da
no Google Images.
Fig.21: Os esboços feitos em papel vegetal e ofício não tiveram contraste suficiente.
Os esboços feitos em papel vegetal e ofício não tiveram contraste suficiente. Então foi testa-
do o papel colorplus 90g preto e tinta guache branca. Foi necessária a construção de mod-
45
Fig.21: Imagens presentes nos artigos: A review of the diversity and evolution of photonic
structures in butterflies, incorporating the work, of John Huxley (The Natural History Museum,
London from 1961 to 1990), de A. L. Ingram and A. R. Parker; Photophysics of Structural Color
in the Morpho Butterflies, de Shuichi Kinoshita, Shinya Yoshioka, Yasuhiro Fujii and Naoko
Okamono; Measuring and modelling optical scattering and the colour quality of white pierid butterfly
scales, de S.M. Luke1, P. Vukusic and B. Hallam 46
Fig.21: Imagens presentes nos artigos: A review of the diversity and evolution of photonic
structures in butterflies, incorporating the work, of John Huxley (The Natural History Museum,
London from 1961 to 1990), de A. L. Ingram and A. R. Parker; Photophysics of Structural Color
in the Morpho Butterflies, de Shuichi Kinoshita, Shinya Yoshioka, Yasuhiro Fujii and Naoko
Okamono; Measuring and modelling optical scattering and the colour quality of white pierid butterfly 47
scales, de S.M. Luke1, P. Vukusic and B. Hallam
sombras e o conjunto de cumes para conseguir reproduzir situações com ângulos diversos.
Os moldes feitos foram: (1) a escama de cobertura e (2) três modelos do cume da escama
Dois testes precisaram ser executados, pois o primeiro molde foi construído com a base
48
Fig.24: (1) Primeiro teste do molde da escama.
a) b) c)
Fig.25: Segundo teste do molde da escama. a) escama de cobertura, b) e c) três modelos do cume da escama
da borboleta M. didius.
eram esquemas em linhas. Aproveitando os bons resultados de contraste com o papel pre-
to, fez-se o teste de misturas entre o guache e a aquarela sobre o papel preto e também
resultaram bem.
49
Fig.26: Referências do grupo 3. Fig.27: Exemplos do grupo 3, respectivamente.
Além dos testes no papel como suporte, o vidro também foi usado. O ensaio foi feito com um
50
5. DIGITALIZAÇÃO E TRATAMENTO DAS IMAGENS
digitalizados por scanner a 300dpi e salvos no formato TIFF. Os em formatos A2 foram fo-
EOS REBEL T5 e a lente 50mm 1:1.8. A configuração da câmera foi 1/8, 8.0 (os resultados
51
Fig.29: Material digitalizado.
As imagens foram tratadas no programa Adobe Photoshop CC e os ajustes giraram em torno
e montagens entre os desenhos para compor mesas gráficas mais organizadas e eficientes
na comunicação.
6. DIAGRAMAÇÃO DA REVISTA
A diagramação da revista foi a etapa final do trabalho, com todos os desenhos finalizados e
tratados. Foram tidas como referências as revistas científicas National Geographic e Nature.
Foram usados duas tipografias diferentes: Helvetica e Times New Roman Bold para facilitar
que também agregam no dinamismo da composição. A edição foi feita no programa Adobe
InDesign CC.
52
DISCUSSÃO DO PROCESSO
E OS RESULTADOS
A pesquisa levantou muitas questões, mas ao mesmo tempo tornou lúcida as informações
confirmadas, pois para poder desenhar é de extrema importância saber a mensagem que
deseja-se passar. Alguns conceitos como o da luz e as relações com o ambiente talvez
tenha sido um dos insights mais importantes, pois a luz é branca, no entanto tudo o que
vemos tem uma cor, tom e brilho característico. Isso é uma relação direta entre forças mag-
Segundo Pedrosa, a luz é construída por fótons e é uma força eletromagnética. Eu entendo
um elétron é cedido, alguém deixou de tê-lo. Então é o desequilíbrio dinâmico, falado por
são as possibilidades de interação que a luz pode ter e assim a variedade dos resultados,
A percepção dos assuntos foi complementar. Por um conceito percebia-se o outro, e a con-
strução do texto sobre o tema foi desafiador pela necessidade de explicar com as minhas
A pesquisa foi um desafio motivado por proporcional curiosidade gerada pelo assunto. A
francês Sebastian Mouchet, que trabalha com Peter Vukusic, nome muitas vezes repetido
nas bibliografias sobre produção da cor estrutural. Foi cedido por ele o capítulo “Structural
53
Colours in Lepidopteran Scales” escrito por eles para um livro cujo nome não foi revelado.
Contactou-se Helen Ghiradella, mas não se teve retorno. E através do contacto com Richard
James MacCowan, diretor e fundador do Biomimicry UK, laboratório de inovação sem fins lu-
crativos com foco em design inspirado na natureza, conseguiu-se o contacto de Carlos Fior-
entino, italiano que está a desenvolver um projeto como Ph.D chamado “Structural Colour:
https://www.kickstarter.com/projects/560970194/structural-colour-a-rich-prospect-taxonom-
encontradas nas bibliografias. A maior dificuldade na análise dos conteúdos era entender as
estruturas fotônicas porque o ângulo de visão era sempre muito restrito. As matrizesde clay
Fig.30: Fotografia por microscópio electrónico, Fig.31: Ilustração do modelo de escama da M. didius.
ampliado 15,000 vezes, da escama da M. didius.
Outro grande desafio foi conseguir informações sobre a metamorfose da borboleta Morpho
didius, que não foi encontrada inclusive. Porém no vídeo do youtube.com, no canal “Smarter
Every Day”, o apresentador visita uma fazenda de borboletas Lepidopterans nos Estados
é semelhante por serem da mesma família, informação confirmada pelo biólogo, ilustrador
54
Fig.32: Processo da Ilustração “A Metamorfose das Lepidopteran”.
A ilustração com colagem, como dito anteriormente, foi construída por recordes vindo de
foi o tamanho em que os círculos estavam a ser cortados. Pois tornou a execução lenta e o
quebra-cabeça mais difícil. Então os recortes foram feitos em maior escala e possibilitou a
55
O que não funcionou apropriadamente foi o efeito de zoom. Acredita-se que com o carrega-
mento de detalhes nessa região faria com que a zona do zoom “entrasse em conflito” com
representação do zoom fosse feito a parte e não como uma desenho todo.
Sobre os desenhos em papel preto, o teste surgiu dos primeiros esboços para os concei-
tos ópticos-físicos, que estavam a ser feitos em papel branco. Automaticamente, o fundo
foi pintado de preto, deixando o espaço sem tinta apenas para o que seria a luz branca. A
preocupação aqui foi como as tintas coloridas se comportariam no papel preto. No entanto,
o efeito foi surpreendente positivo com a aquarela concentrada, mesmo não misturada com
o guache.
Os processos dos desenhos das estruturas fotônicas seguiram dois caminhos paralelos: (1)
to de modelos novos para representação das estruturas apresentadas, com a ajuda das
matrizes em clay.
56
Fig.36: caminho 1. Uso da fotografia para apontar as formas e agilizar o
processo.
claros. O paralelo (2) foi mais desafiador pois era a construção de um modelo baseado na
bre as matrizes em clay, talvez o material mais fidedigno fosse o vidro translúcido.
57
Por apresentar similaridades de comportamento sobre os resultados da luz com
Dois testes foram executados, pois o primeiro molde foi construído com a base separada
dos detalhes, o que não funcionou, pois os detalhes ao serem sobrepostos, já tinham o
tempo de secura e a humidade diferentes, resultando numa peça frágil e quebradiça. Então
no segundo, proveu-se uma base mais gorda e os detalhes foram lapidados para manter
tualizar os desenhos geométricos com o indicio da presença de luz para ajudar no entendi-
mento do que está sendo apresentado. Detalhes como o foco de luz partindo de cima e a
fenómeno.
grupo e que dialogassen entre si, de modo a perceber que fazem parte do mesmo projeto.
58
Decidiu-se montar uma edição para unir e organizar o conteúdo produzido. A diagramação
Isso talvez possa dificultar a fluidez da leitura, no entando a presença constante da im-
ainda mais a hierarquia da informação e também tornar a leitura leve e dinâmca. Elemen-
tos gráficos foram adicionados com a finalidade de agregar valor visual e ajudar na estrutu-
ra das páginas.
A realização dessa revista foi importante pois, como já dito, ela não só organiza o con-
teúdo produzido, como também o transforma num produto. E torna mais fácil e possível a
59
Fig.41: Processo da diagramação.
60
CONCLUSÃO
Concluiu-se que o exercício de extrair, derivar as funções e objetivos de um mecanismo
Abre espaço seguro para procurar soluções em modelos vivos que estão em constante
o aprendizado pessoal e/ou mútuo pode ser potencializado por fazer associações lógicas e
abstratas simultaneamente.
Fazer as perguntas certas na investigação amplia o leque de soluções. O contexto bem pré
dando ênfase a pontos de vistas e parâmetros que poderiam não ser considerados.
Considerar o contexto que todos nós vivemos em um bairro de uma cidade em um país lo-
calizado numa placa tectônica do planeta Terra e encorajar os profissionais a agir em favor
tuda, observa, escuta, sente. Ao finalizar um, muitas vezes percebi que ao começá-lo, tinha
entendido o básico, ou muitas vezes não entendido, mas acreditado que tinha. Quando a
dúvida acontecia, uma das soluções/comportamento era tentar desenhar o passo a passo
rantiu que nenhum desenho fosse finalizado com a mensagem totalmente errada. Todos os
concertos percebidos dentro do que havia se entendido sobre o tema puderam ser feitos
61
É muito gratificante finalizar esse trabalho, no qual permiti que a minha curiosidade fosse a
força motriz e guia do processo. A natureza e as pessoas que agem em prol dela foram a
fonte de inspiração. E o desejo de evoluir meu trabalho junto com boas atitudes a favor do
62
ANEXOS
63
Fig.44: Planilha de desenhos página 2
64
Fig.45: Planilha de desenhos página 3
65
Fig.46: Planilha de desenhos página 4
66
Fig.51: Resultados da digitalização em scanner. Fig.52: Resultados da digitalização em scanner.
67
Fig.57: Resultados da digitalização em scanner. Fig.58: Resultados da digitalização em scanner.
68
Fig.63: Resultados da digitalização em scanner. Fig.64: Resultados da digitalização em scanner.
69
Fig.69: Resultados da digitalização em scanner. Fig.70: Resultados da digitalização em fotografia.
70
SUPERFAMÍLIA FAMÍLIA SUBFAMÍLIA ESPÉCIE
71
Hesperioidea Hesperiidae Coeliadinae 75
Pyrrhopyginae 150
Pyrginae 1 000
Heteropterinae 150
Trapezitenae 60
Hesperiinae 2 000
Papilionoidea Papilionidae Baroniinae 1
Parnassiinae 70
Papilioninae 550
Pieridae Pseudopontiinae 1
Dismorphiinae 100
Pierinae 700
Coliadinae 250
Lycaenidae Riodininae 1 250
Poritiinae 530
Miletinae 150
Curetinae 18
perseus n n canopy ?
theseus n n canopy ?
Grasseia godarti esbranquiçado n ? ?
72
ÍNDICE DE FIGURAS
Fig.01: Vestido feito com o tecido Morphotex.
das pesquisas.
Fig.09: a) e b) borboleta Morpho didius, vistas frontal e ventre. c) ângulo diferente para
ra da asa com padrão de escamas. f) detalhe da asa na parte do ventre. g) - o) zoom nas
logias
as asas fechadas.
Fig.20: a) Modelo de papel; b) desenhos das borboletas Morpho; c) modelo com pedacin-
73
hos de papel simulando as escamas.
Fig.21: Imagens presentes nos artigos: A review of the diversity and evolution of photonic
structures in butterflies, incorporating the work, of John Huxley (The Natural History Muse-
um,
Color
in the Morpho Butterflies, de Shuichi Kinoshita, Shinya Yoshioka, Yasuhiro Fujii and Naoko
Okamono; Measuring and modelling optical scattering and the colour quality of white pierid
do cume da escama
da borboleta M. didius.
óptico-físicos.
Fig.37: caminho 2. Ilustração feita a partir da observação de molde, fotografia e outro de-
74
Fig.43-46: Planilha de desenhos página
75
BIBLIOGRAFIA
página.
CHAPMAN, R. F. (1998). The Insects. Structure and Function. 4ª edição. The Press
da pelo Naturalista Dr. Alexandre Rodrigues Ferreira, nos Anos de 1783-92», in Revista da
FOY. Sally (1983). The Grand Design. Form and Color on Animals. Prentice-Hall. EUA
HODGES, Elaine R. S. (2003). The Guild Handbook of Scientific Illustration. 2ª edição John
INGRAM, A. L., PARKER, A. R. (24 November 2007). A review of the diversity and evolu-
tion of photonic structures in butterflies, incorporating the workof John Huxley (The Natural
KAPSALI, Veronika. (2016). Biomimicry For Designers. Applying nature sources and Mate-
KINOSHITA, Shuichi. (2008). Structural Colors in the Realm of Nature. 1ª edição, World
(May 30, 2002). Photophysics of Structural Color in the Morpho Butterflies. Volume: 1a
página 1 - 122.
76
LUKE, S.M., VUKUSIC, P and HALLAM, B. (2009). Measuring and modelling optical
RESH, Vincent H., CARDÉ, Ring T. (2003). Encyclopedia of Insects. Elsevier Science.
Hong Kong.
Microscope) - Part 2 - Smarter Every Day 105 Acedido em: Agosto, 2018 em: https://www.
youtube.com/watch?v=LE2v3sUzTH4&t=7s
Smarter Everyday (Junho 30, 2013). Butterfly Farming IS AMAZING - (Full Life Cy-
cle) - Smarter Every Day 96 Acedido em: Agosto, 2018 em: https://www.youtube.com/
watch?v=QhyyPPPgL_w&t=231s
STAVENGA, D. G., GIRALDO, M. A., and HOENDERS B. J. (2006). Reflectance and trans-
mittance of light scattering scales stacked on the wings of pierid butterflies. Optical Society
of America.
TAPADAS, Sandra Eugénia Teixeira Alves - Desenho de História Natural. Análise compara-
(séc. XVII) e do Dr. Alexandre Rodrigues Ferreira (séc. XVIII). Lisboa, Faculdade de Belas
VUKUSIC, Peter. (2000). Structural colour. Colour mixing in wing scales of a butterfly.
VUKUSIC, Peter. (2001). Structural colour. Now you see it, now you don’t. Nature, Volume
77
VUKUSIC, Peter, SAMBLES, J. Roy. (2003). Photonic structures in biology. Nature, Volume
Natural Photonic Structures: the case of butterfly scales. Optical Biomimetics, Volume: 1a
página-última página.
78