Você está na página 1de 62
Korpital de koje PRIMEIRA CONVENCAO BRASILEIRA DE HOSPITAIS EM SAO PAULO, DE 234 27 DE SETEMBRO 1969 AVANCANDO COM A CIRURGIA THICON imina mao de obra no hospital ina tabuinhas Elimina corte de fios Elimina esterilizagao Elimina campo duplo para empacotamento Elimina barbantes Elimina riscos Economiza tempo quebre o tubo e retire a sutura com pinga est SUTUPAK‘ NOVA SUTURA PRE-CORTADA, ESTERILIZADA. Cada tubo contém 20 ou 15 fios de 45 cm de: Séda, Algodao, Linho, MULTINYLON* ou MERSILENE* swancaverserica SUTURAS ETHICON’ Gohmenafohmen U Membro de Fedsropéo Intorneclonel de Mospitel Tit 4 ume eubdetle Cision oem Sas bert fives. Cujo objetivo 6 6. dssemvalvine Posquieas Hovptalares Pereonaiidade. Te Menidede do Uiildade Piblion — Lei Eat al 31 474, de. 125-188, Entidade de UUl- le Piblica’ — Der, Fedecal wt M76, de IGI058 — Cons, Nac, de Ber, Soc. nt 110106 IBZ IR — vegisiede ‘se Coutslhe Ee BIREGAO E REDACAO: Direor » Redsir_ Ros Diseoto, Comer Realizarse- em Stio Paulo, no (Rua Monte Alegre, 984), de 23 a , a Primeira Convencao Brasite: movida pela Asgociacdo dos Hospitals de Associngde Pompéia, 1178 — Paulo — SP, Estaduais ou na jonas tals do Estado de Sto Paulo. RELATORIO Plano Integrado Brasileiro de ADMINISTRAGAO Plano de Organi de Enfermagem do Hos ARQUIVO MEDICO Cadastro Hospitalar Brasil NOTICIAS DO LP. Curso de Pos. Graduat Gisita 20 Hos NOTICIAS Hospital Infantil da Cruz Vermetha esté rosidontes Congrossos Integrados de Ca teracional Sobre Disgndstico ¢ Tratamento do Cancer! VII Cong Simpdsto Sobre Temas de tetricia Processos Patolo, is, — Informagtes’ 27 de setembro de Hos; 6 ou nas Associngd Saude (PIBS) fio da Chefia © Unidades do Si ‘al Israelita Albert aceitando Nao-Comprovados esso Brasileiro de Reumatologia ia Médica em Obs PUC da Associagdo dos “Hosp Avenida gio em Administragio Hospitalar ital So Domingos, Uberaba, MG) ncerologia (Simpésio In- de 54 54 VENTILADOR MOD. 840-007 A ULTIMA PALAVRA EM VENTILADOR PARA CENTROS DE TERAPIA INTENSIVA E SALAS DE RECUPERACAO Unidade completa com méyel e féco, para insuficiéncia respiratéria prolongada. Ventilacdo com ar ou misturas ar-oxigénio. * Unmidificacaéo. Ciclagem a pressao, a volume ou mista. Contréle volumétrico da ventilacdo, NOSSA LINHA DE FABRICACAO: Respiradores para anestesia e insuficiéneia respiratorla prolongada * Unidades respiratérias para Centros de Tratamento Intensivo. Unidade respiratéria para recém-nascido. * Valvulas Reguladoras para cilindros de oxigénio com ou sem aspiragao. Medidores e Aspiradores para oxigénio canalizado. * Frascos de Aspiracao. Equipamento completo para unidades de inalacao. *” Nebulizadores * Vaporizadores * Laringoscépios Bombas de Aspiragio Continua para sondas de drenagem. AV, BOSQUE DA SAODE, 519 — FONES: 10-8007 ¢ 70-1976 SAO PAULO. Filiais: AVENIDA PAULISTA, 352 — 5° ANDAR — CONJUNTO 57 — SAO PAULO. GUANABARA — Rus das Marrecas. 33 — 4”-andar — Conj, 404 — Fone €2-1709 PORTO ALEGRE — Rua Uruguai, 240 9° andar — Conjunto 904 RECIPE — Run Santa Cruz, 101 — Sale 106 CURITIBA — Rua XV de Novembro, 556 — 3° ander — Conjunto 205 NA VANGUARDA COM AS CEFALOSPORINAS Uma nova era na antibidticoterapia «A série de Cefalosporinas atualmente disponivel, e outras que virdo, representa um avango espetacular na quimioterapia das infeccdes.» Bunn, P.A.: The Physician’s Panorama, 3:10, 1965 Keflin (Cefalotina, Lilly) UM ANTIBIOTICO BACTERICIDA DE AMPLO ESPECTRO ELI LILLY DO BRASIL LTDA. Avenida Morumbi, 8264 - Sao Paulo - Brasil a Revestimentos Hospitalares Para Pisos: Piso Poliplast Monolitico Piso Hawaii Monolitico Para Pares Revestimento Vidroplast Revestimento Hawaii Pinturas Especiai Em Latex Anti-Mofo Em PVC Em Poliuretano Hospital Santa Helena Goiania Hespital S. Domingos Uberaba Hospital Vi cam Hospital Israel Albert 8. Paulo ~ Capital Clinicas Santa Genoveva Goiania aii DDUSTHA TE TNTAS E EY ESTNENOS] RUA CATEQUESE, 231 TELS. 80-4847 € 80-2025 SAO PAULO ey Maquina de lavar | Turbina centrifuga REVERSAO ELBTRICA BASCULANTE Secador rotativo SECADORES COM AQUECIMENTO A VAPOR OU MERCURIO E CIRCULAGAO DE AR — SECA EM 30 MINUTOS ) Calandra TIPO “STANDARD” AQUECIMENTO ELETRICO REGULAGEM AUTOMATICA DA TEMPERATURA OU AQUECIMENTO A VAPOR MAQUINAS SANTO ANDRE MSA ISSHIKI & CIA. ANTES: B HORIZONTE - SALVAL Me CURITIBA 4 FORTALBAS Sao Paulo Beeler a) ra od do Brasil. Dia 23 de setembro comeca na Universidade Catolica de Sao Paulo a “I.* Convencao Brasileira de Hospitais do Estado de Sao Paulo”. Depois dessa Convencao, o Brasil conhecera melhor seus problemas. Médicos e diretores de hospitais discutirao o Plano Nacional de Saude. Bom trabalho para éles. . HOMENAGEM DE MAQUINAS E MOTO-PECAS WALLIG S.A. Fabricante de lavanderias e cozinhas para hospitais. CENTRAIS DE GASES, AGA ANESTOR INTERNATIONAL. VA iin ) f " it ee oe INCUBADORA AGA MDOR-10. SISTEMA DE TRILHO' AGAL____ A _{ UNIDADES INJETORAS DE SUCCAO MS37. AGA DEDOLATOR ML5, SISTEMA DE TRILHO AGA. Simples, eco- némieo, seguro, com acessérios para terapia intensiva; facilmente adaptavel as necessida- des do paciente. © sistema trilho permite eco- nomia de espaco e coloca os equipamentos num aleance facil. Conjunto perfeitamente estével, ndo oscila mesmo quando com todos 05 acessérios, AGA DEDOLATOR ML5. Para analgesia obstétrica com éxido nitroso em mistura com oxigenio. Pode também ser usado para oxi- genoterapia. Dispositivo para _manutencao das proporedes da mistura. Dispositivos de soguranga impedem o perigo da interferénela do oxigénio € dxido nitroso, UNIDADES INJETORAS DE SUCGAO MS37. Para salas de operacio e observacio. Fun- ciona com ar comprimide ou oxigenio. Nas garrafas, 0 vacuo é produzido por meio de um injetor de suecio embutido na base. A suc- do é ligada e desligada por intermédio de uma valvula comandada pelo pé INCUBADORA AGA MDOR-10. Para propor- cionar termoterapia e oxigenoterapia ao pre- maturo e também ao recém-nascido fraco, especialmente com problemas no coracdo, A umidade relativa do ar pode ser aumentada até 95%. Contréle da concentraciio de ©. Sistema de alarme contra defeitos no forne- cimento de O,, ventilacio ou circuito elétrico. A temperatura e a umidade sio registradas por dispositivos colocados dentro da canépia. Concentragio de O, variével continuamente entre 20,7 e 58%. Baixo consumo de O. Opera em 110, 130, 160 e 220 volts AC. AGA ANESTOR INTERNATIONAL. Para li- gacao direta ao conjunto de tomadas para oxigenio, xido nitroso e ar comprimido. Po- de carregar até sels cilindros de 2,5 litros, com ©., N.O, CHL, possibilitando seu uso em lovais em que nfo haja conjunto de tomadas, em hospitais em gue uma centralizada ainda nao foi instalada ¢ ocasionalmente, em salas de operacdo. Rapida troca de cilindros; re- guladores embutidos, com valvulas de segu- ranca. Sistema embutido de valvulas que se abrem automaticamente em caso de falha no fornecimento de gas e se fecham quando @ste for restaurado. Nao ha valvula de re- tno, nfo havendo, portanto, perigo de in- terferéncia entre os gases. Pode ser equipa- do com vaporizador para éter, halotano, tri- eloroetileno ¢ cloroformio, CENTRAIS DE GASES. Sua instalacio re- duz trabalhos e custos, Elimina, entre ou- tros, 0 tempo gasto no transporte e mudanca de cilindros (muitas vézes em condiedes nao higiénieas) dentro das alas hospitalares; o gas torna-se mais barato quando entregue em recipientes maiores. Bt Sao Pauls — Be PSP detace taley’ «bgapaulias ko PAULO — ular — Ege, Postal isoae SSL Hh © DE JANEIRO — Avenida Broxl, $863 — Teletons ie” LANGs Tteegidlico’ shamien — Cara Postal nat HELO HORMONE — fornia Nope, Sets, de Taina, Hat Telefones 97908 — Bod. Se bata Pontal, 188 JUIZ DE FORA — Run Hiptiia Comm 2 — Teleone: drs — haertgo' Tologcdhec: sAgani is Postal 1 RECIFE — Ros Velba, 6 — Teelone: 73808 — Federico Meleaidiec: sAgunere — Colna Ponch 238) — Wecle, Pernambuco Mesa de Parto-mod. Ml-106 4 nstra Mecano CienficaS/. MERCEDES-IMEC” rcedes, 203 - Lapa - Fones: 260-0261 -260-0973 Caixa Postal 11895 - Enderéco Telegrafico ‘‘Cientifica” SETOR SAUDE PLANO INTEGRADO BRASILEIRO DE SAUDE HOMENAGEM da Administragéio e dos Médicos do Hospital e Maternidade Sao Luiz, 4: I CONVENCAO BRASILEIRA DE HOSPITAIS (Federacéio Brasileira de Associacées de Hospitais) e: OPERACAO RONDON A todos os participantes e dinamizadores déste valoroso trabalho social. Sao Paulo, capital, 1969. PROLOGO ‘Aos Homens de Estado e Dirigentes Empresariais Saiide e Produtividade Informagdes déste Relatério Observai a importncia que as nagdes econdmicamente maduras vém dando ao Setor Satide © subdesenvolvimento provém da imaturidade O PRINCIPAL OBJETIVO — MATURIDADE (Extirpar o mal pela tain”, elevando o indice sanitdrio) que se conclame a todos os municipios nacionais ao amparo carinhoso a seus hespitais, motadamente os fllantropicos, Que nfles se concentrem Vidas as verbas posalvels. ‘A Saide Individual é ldgicamente parte da Satde Cotctiva. Sem Sade Coletiva nio ha slimentacao, educacio ¢ habltacio coletivas (democriticamente disse- minadas), nie ha produtividade; incremento do inter- cambio interno, dos Investimentos e do consumo, Sem fstes, nfo hd expansiio e desenvolvimento econdmicos, paz foclal, Seguranca Nacional. Estilo na dependencia diretn da Sarde Coletiva: 1) Bduragio geral ou ooletiva: a sade prepara a. ‘mente infantil para os estudos recupera o doente para a produtividade, 2) Allmentacho © Habitacio: 0 homem doente nto se nutre e nio constroe. 3) Tnvestimentos de téda ordem: biolégioos (idélas. onstrutivas ou. insumos Invisivels) © patrimonials. 4) Produtividade geral: incremento do interedmbio in~ terno, superconsumo, inclusive exportacdes © aquisigio de divisas. 5) Reforma Agraria e Progresso Industrial: aplicacio de inovagoes tecnolégicas e inclusive sua erlatividade. Bragos para o trabalho. 6) Desenvolvimento Beondmleo Hermonioso: integracao ‘ou soma de desenvolvimentos regionals planificados. 7) Pan © Justica Social (distributiva). 8) Soguranca Nacional: garantia para o trabalho ¢ 4 prosperidade, ‘As informagoes déste relatdrlo, pelos ensinamentos dos ‘mestres, téenleos e homens de sabecoria, aqui citados, eoncitam automiticamente os médicos e dirigentes hos- ppitalares ao comando co impostergavel mobillzagio sa fitdrla global, conjuntamente com as {orcas constru~ tivas da Nagio. ANDICE, Pig. 1, Conotagtes se Lay 2. Apresentagio = Souas enn a 3. Evolugio e Integraclo de Conceitos (Da Sade & Sexuranca Nacionel) 3 4. © Obylo (Do Saneamento 20 Desenvolvimento) ... 15 5, Desaflo ¢ Perspectivas -....-.. 16 6. A Odlsséia Hospitalar . Hee 6 1. Nova Meta Hompltalar (O Bintmlo Médico-Hospltalar ¢ © Detenvolimento) 16 ‘8, Mutualldade (Pré-Pagamento) aw 9, Introdugto ww 10, Dinamiea do Plano Brasileiro Integrado de Saiide 13 LL, Felam os Mestres, os Técnicos e 0 Sébio 19 12. A Idéla Fundamental: Dindmiea de Grupo . 20 13, Livre Bscolha Total .....+.+006+ a 1A. Pingo Daal teando. ge Bete —— Junin 2 15. Projeto de squema Global ..... Feet te armceiiepio Adlon Caamaatra 28 17. Finaneiamento do Sistema . x 48, Plano Latino-Amerieano . 28 49. Adverténela eee : 30 20. revises (Futuroloyia) .......:005+ ~ 80 21. Resume : ar a 22. Referéneias sobre a Pablieagéo Medina de Grupo 93 28. Summary 2.02. . 4 SETOR SAUDE PLANO INTEGRADO BRASILEIRO DE SAUDE — PIBS Satide — Desenvolvimento — Integrac&o CONOTACOES Medicina de Grupo Ustétioa e Dindmica Clinica Privada, Convenios. Mutualidade Grupos Pluriprofissionals Versitels Associativizagio da Medicina Medicina Liberal, Soclal, Integral Hospitals Comunitérios Nova Meta Hospltalar ‘Assistencia Itinerante Global Bindmlo Médico-Hospitslar © Humanieacio Sistema Misto de Seguridade Social Estado e Iniciativa Privada Setor Saude ¢ Renda Nacional Desenvolvimento Keonémico Associative Sade como Investimento Prioritario Racionalizacto, Tecnologia, Pesquisas Centralizagio Normative, Descentralizacio Executiva Incentive & Crlatividadle Justica Distributive no Setor Sadde Democratizacto, Interiorizacio, Integracdo ‘Saneamento Ambiental e Humano Solidarismo e Trabalho Associedo ‘Aprimoramento da Previdencia, Social Contribuigio ao Plano Nacional de Sade Harmonia entre o Capital ¢ 0 Trabalho Prof, Miguel Pereira (1871-1918): .... SUGESTAO de Planejamento, apresentada s convite da Comissio de Snide da Camara Federal (Eresilla, 14-8-08) © da I Convencio da Associagio dos Hospitais do Estado de Sio Paulo e Federagéo Brasileira de Assoclacées de Hospitais (Campinas, 12-10-68). Sugerida A Associaglo dos Diplomados da Bscola Superior de Guerra, pelo grupo n° 2, SP, 1968. Composi¢ho © Elaboraeie de: Renato Fairbanks Earboss, (Diplomado pele Faculdade de Medicina da USP), da Soviecade Méaicn do Hosp. e Mat, §, Lulz, SP; Bx-Chefe de Equipe do Pronto Socorro Munlelpel; Hx-Chele de Cl, Médien do Hospital Munfeipal; Diretor Clinico do Hospital e Mat, 8, Lalz, F.. ainistro Jesuino Cardoso, 9% — SP. RELATORIO, em 2 Kdicio, Ampliada e Revisada, SAo Paulo, Brasil APRESENTAGAO, © conteido flosético das idéids aqui expostas assim como sua estruturacto pratica, num projeto de plane jamento global ¢ integrado, pars o Soler Saiide, all- ferca-se em uma nica palavra = EVOLUCAO, 8 evidente que procuramos mostrar equilo gue fol eaptado por nossa _mente, isto é, como a entendemos, numa vivéncla de mals’ de 60 ‘anos em ambiente médico ¢ hhoppitalar e como a sentimos, com base em estudos e pesquisas @ que nos dedicamos, de forma mals inten- ‘iva nos Gltimos seis anos. A interpretacdio daquele ‘érmo presta-se a uma inflnidade de conjecturas, porem nds 0 procuramos situar em nosta linha de observacto, numa sintese da andlise de multos séculos e, parti- cularmente, a partir da Pré-Revolugao Brasileira (1963) € em plena fase revolueionaria em que vivemos, nesta ‘Nova Etapa Social. De inielo, devemos dizer que para ‘nds nao existe contradicho entre Clénela © Crlstianiamo orquanto apercebemo-nos de que, a cada dia que passa, Aquela comprova Este. ‘Tanto of progressos clentifices quanto os tecnoldgioos, culturais e eepirituais caminham agora de , paira & erlatura humana 6 9 acontecimento mais invariéyel da nata- teza disse, Fischer, cltado pelo Prof. Irany Moraes, da USP. “A meta porém serd sempre o home ... e <0 mundo da cultura, de tudo aguilo que constitue, através dos tempos, 0 produto da inteligéneia e do poder criador do homem, nao apresenta o resultado arbitrério de pianos fantasiosos, mas depende de uma base natu- vals... H ainda, diz fle: a perda do «sentido de totalidade> 6 um dos sintomas mals gravee de imatu- ridade, conduzindo para atitudes precipitadas ¢ insen- satag, ‘visto prevaleccrem cs motivos emocionais, sbbre © rigor da andllse objetivay... Por isso, parece que estamos entrando naquele. fase, bem tradusids por uma primorosa frase de Espinosa: , a construcio do universo arti- floial, Sairiamos assim ‘das conjecturas? Uma adver- téneta, no entanto, esta sendo oferesida por esia Evo- lugdo: ou o individuo, a familis, a sooledade, os Palses, 2 Humanidade se INTEGRA numa vivéncia, ou (Prof. José Rels) que denomi- amos ¢solidariay, ou se desintegram, lbertando f6r- as que Ihes permitem até a destruigio do proprio Planéia. © tempo e a hora dependeriam de cireuns- ‘taneias que viriam em lepso no muito longo, Ba grande altemativa; silo os desaflos que se apresentam, iL No Setor Sade, uma organtzacao ractonal do trabalho por melo de ampla assoeingilo livre, solidéris, © dlver- sificada, com a Institaiedo do quanto , nilo importa sua earaeteristica, 0 que importa é sua finallidade, Quando um clentisia do porte de um Pyotr Kapitsa, de tama internacional, em recente reunilio da Academia de Glénclas da URSS convida seus colegas © filésofos so- viéticos a tomarem cndvo rumo> que poderiamos in- terpretar como no sentido do «livre arbltrios, depois de hhayer desde 1967 feito frases como esta: <é mals fécil ‘gnorar 0 oponente do que argumentar com éle; mas, ar-Ihes as cosas, ignori-lo, congel4-lo, signitioa 1655 fmposta cidneia, & yerdade, & sooledade (V. brasi- lire, 0 Prof. Huberto Rodhden procura referir-se a uma Filosofia Cosmica, baseada na matemstica, metafisica e mmistica; quando outro mestre, o Prof. Jonas, na Tche~ coslovaguia, tenta reunir 3000 médicos em se Tnsti- tuto Astra’ pana a verificacéo de uma possivel , com base em estudos astrolégicos, relativa & eregulagho da natalidade>, uma das maximas preocups- ‘g0es atuals; quando 9 nomem pisa no solo lunar, por Coineidencia em equipe de «tres pessoas reunicas em luma s0>, , depols de que seus antecessores enviaram de lé uma mensagem de Natal, inaugurando nna prética a Kra Cosmioa; e ainda quande outro grande lentista, com 0 uso do. satélite artificial provide de telesodpios, © satélite OAO-2 da equipe do Prof, Code (Maryland), vem confirmar a hipétese 4 relaiada na Biblia. de que tudo ee teria originado de uma Explosio Inieial (Universo em Expansio), do , dal uma grande Indagagio nos aflora & mente. A eseritora Nelly Coelho comeniando a poesia de Ida Laura, em seu dltimo livro «Nova Idade>, faz a segulnte referencia: Alls a luz € uma das grandes presencas nessa poesia que manteve © novo Homem, aproximando-o assim da antiquissima visilo dos clluminadoss, de todos os tempos, que viam como finalidade do homem na terre, superar a imper- felcdo da matéria ¢ transformar-se em espirito de lus, ao yoltar a integrarse no ‘Todo Primordis] (Deus). Da mesma maneira, a partir da famosa férmula de Einstein — B= m x 2 — energia € igual & massa multiplicada pelo quadrado da luz, surge a intulcko da fisiea eontempordnea de que a Iuz seria a iltima mani- festacio da matéria. Como vemos, religido e cléncla en- contram-se na poesia»... (V. ekistado de S. Paulos, 21-6-69, Supl. Literério). Hayeria uma Filosofia Cos mica dirigindo a Evolucio Global e no aguardo do amadurecimento do cérebro humano para poder pene- iré-Ia, © jd tevelada através dos tempas pelos conhe- elmentos que a humanidade vem adquirindo? Evo. luiria entao & humanidade, no novo milenio, para a Grande Tntegracto, prevista por Teilhard de Chardin? No Setor Sande, esta evolueso vem provocande verda- detras metamortoses: novos conceltos vio estabelecendo Rovos progresios © novas exigtncias, . Mudou-se 0 significado de Saiide, de Médico, de Hospital, do Saneamento, ¢ até de Universidade. Por Inerivel que parcca, estas cinco defintoves esto direia~ mente relacionadas &s Segurances Nacionals das Na- 8s. Mudou-se inclusive © coneeite de Forcas Arma- das: (V. Gen. Lyra Tavares, Ministre do Exéretto, ... 1 quando nos lembramos que na America Latina os sertanejos J4 so encontram nesta situnca, quando 30% de muniespios nilo dispéem os recursos imprescindivels... ‘Trinchet termina seit relatorio com seguinte frase: «Conhecoremos © mer ado negro mais revoltante de todos, o da vida»? Completando Hamburger, Clement Michel _afirma: ‘cacreditava-se que 0s progressos da eiéneln médica di- minuiram miimero de doentes, no entretanto, verifl- cou-se 0 contririoy. His al o maler Obice surgido a0 Seguro Bocial. Por consealléncla, os médicos debatem-se desesperadamente & procura de melhores condigbes de trabalbo que thes assegurem uma subsisiénela digna de to nobre profissfo; os hospitals privados as portas da calamidade, no conseguem equllbrar seas orcamentos © sobrevivem sem condicdes e estimulos para s2 reequi- jarein © reorganlzarem, ainda quande em sua maicria, como até acontece nos EE.UU. , o smelhor investimento en- contra-se no proprio homem>. Resuminde: temos agora pela frente a seguinte sltuagio: 8) obrigapies inalvi- uals, socials estatals no atendimento primordial rela- tivo 20 amparo e recuperacio para a vida'do homer, que constituem a meta furdamental e a razio de ser da Vida. Nem os médicos deverto apenas culdar do fisico ¢ men- tal, mas sim do social ¢ dos problemas integrals de sou semelhante; nem os hospitals apenas abrigar doontes, enfermos e invalids mas, da mesma forma, integrat-se no melo social, ser a Sede da Medicina Integral; nem © Estado desconhecer sua obrigacao primordial, no mes- mo sentide. Por Isso, uma eminente escritora paulista, Helena Silveira, aplicou no caso a seguinte frase: shoje fABlo se concebe mais um soldado smente no quartel, um padre somente na Igreja, um estudante somente hha escola»; @ nds acrescontariamos, um médieo isolado ‘em consultério ou um hospital apenas abrigando doen- es, Novo coneelto de Universidade aflora-ce no mo- ‘mento, © nosso Pais pode orgulhar-se de se encontrar IPH — Nonpitat da Hole « Vol. = 1969 - Aso XIV nna vanguarda desta transtormacio social, quando faz ssurgir em seu ambiente a , J com resultados priticos através da. opor- tunistlma Operagio Rondon e dos «campus avancados> que projetam no sertio bruto a atuacio e o treina- mento de nossa juventude universitéria, funtamente cor seus orientadores mais experimentados (conforme ‘conclamarnos em Brasilia — V. Rev. Hosp. de Hoje, vol. 37, pig. 20). Apressa-se assim, com grande provelto Darn ai populacoes até entao abandonadas, 0 fomeci~ mento desta aprecidvel mAo-de-obra no saneamento global, 4 ha tantos anos reclamado pelos eminentes médicos brasiletros Beliztrio Pena ¢ Miguel Couto; b) evolugo em proceaso explosive desorientando a tomada de um rumo asertado, naquela consecugéo fundamental do item anterior; c) Insufleténcia de recursos © compre~ ensio, por motivo desta mesma «rapldagio» evoluicio- nnista e por falta de adaptacdo dos séres humenos mais responsavels © em condicoes de atuarem com maior eficiéncia (mudanga de mentalidade); d) inexistencia de planejamento adequado © comprovado com base em Gados reais, © esleado na atual exigincia de: esfOroo Concentrado, racionalizado, solidario, com motivagio © festimulaco. Voltando ao exame superficial dos , ¢ Informelmente, disiamos: os desatios esto equacionados; sdmente a «unido fark a foray para enfrenté-los. Por isso, encontramos hoje em todas 5 laituras @ palavra salvadora — INTEGRACAO. No Setor Saiide, concluimos necessitar ela de uma (Opdseulo De Regimine Prineiplum. livro 1°), Comen= tarlo: se @ pratica da Medicina esta ligada 2 exigéncia vittuosa, torna-se Imperioso consegulr-se também para ‘seus praticantes diretos, 0s médicos e hospitais, condictes, minimas de subsisténcia e trabalho. 8) Benjamin Disraeli (1804-1881): ... (V. Prof. C. S. Laca, & 180 modesta, deveremos rocurar condigées reals para campanha. eficiente, 0) Beliséeio Pena (1868-1939): «condmicamente © homem € um valor ¢ valor de cada um é apreciado pelo que éle produz para sie para a coletividades.. © problema economico do Brasil est contido na neces sidade inadldvel de eurar o bomem rural, instrui-lo, fi- wa-lo A tera, e dar-the melos de allmentar-se conve~ fnlentamente, para que posta produ”r 0 que produz 0 omem de swide normal. Saneando os Individuos ‘os melos (+) em que éles exercem suas atividades. a hhiglene sandia-Ihes também © moral, desperta a enerzia os componentes da sociedade, néles provocando o esti- mulo do trabalho»... 7) Miguel Couto (1800-1934); . (**) §) Franklin D. Roosevelt: , 0 que também viré estabelecer ndvo conceita de Paz Social 410) Jacques Maritain: Estabelectmento de uma dis- tingid fundamental entre trés flosotias da Mberdade: a) ‘concepgfo Individuslista e Mberal (sem obrigacdes sociais com o melo; b) concepeto estatista e clta- torial (totalltarismo); ¢) coneepeao personalista e 00- munitéria (liberdade com responsabllidade em relagio ‘80 melo, com obrigagées socials). Correlagio entre — dar para receber. Comentario: Na aplieagio de uma linguagem simples da coletividade, de que , estaria a melhor resposta. para o Setor Satide, isto é entre o individualisme © 0 estatismo, 0 melhor caminho seria pela ponte = do personalismo ou comunitarismo, que melhor condusiria a0 solidarismo © & integracio da meta ctodo o homem: e 0 homem todo>. 11) René Savatier: ckistamos em face hoje, da_pa- trimonializagdo das profiasSes liborais: nés vivemos a época da equipe © do equipamento. Os progresses da técnica silo tals, que o individuo solitério, stmente com © recurso de seus instrumentos pessonis, esté larga~ mente ultrapassado, A equipe atual 6 insepartvel de seu equlpamento. 3 progressos da técnica. ebrigam 6 profissionais Lnerais a se equiparem mecanicamente, Este movimento spresonta maior importincia no melo médico>. (V, Les Métamorphoses Beonomiques et So- elales du Droit Privé d’ aujour a’ houl, vol. 1, pag. 229-281, 1951), 12) Leon Husson: (Y. Les Activites Profissionelles, pag. 38, 1953) 415) Jean Savatier: , (V. Defonse ef Tilustration da Droit Médical in Deontologie et Discipline Protissio- nelle, pigs. 197-139), 14) Jodo XXIII: <2 absolutamente necessiria a oxis- téncia de uma vasta ride de assoclacdes © organismos Intermedidrios, entre 0 individuo eo Estado, capazes de conseguir objetivos, que os individvos por sl sé nie podem alcancar. fstes organismos devem considerar-se instrumentos. indispensivels defesa da liberdade e dignidade da pessoa humana>, (Eneicllea Pacem in Terris, n’ 24), 15) Abrham Horwitz: Dirotor da OPAS; spresen- ftagio de esqueme do cielo econdmico da doenca, mos trando o seu relacionamento com 0 cireulo vicloso da pobreza, promovendo abaixamento das condigbes de nu- ‘trlelo, edueacko habitagio, que por sua vez silo causis de doencas (V. Saitde, Uma Estrutura Doente, Pros Walter Leser, Supl. Gr. S. Paulo, ead. 2, pag. 60). 16) Edward Denison: Enumeracio de uma lista de 1 fatdres de expansio econdmica, sendo o item primelro = educagio geral e inovagio tecnologies. (V. Desatio Americano, pig. 65). Comentario: © evidente que «edu~ cacho geral» além de seu signifieado & , inclus por igual a ceducacto sanitaria», da mesma Jorma que imovacdo teenoldgica implicitamente abrange 0 Se- tor Satide, 37) dohn Galbraith: . Esta citacdo nos fol trazida ao conheclmento pelo nio ‘menos ilustre brasilelro, o Prof. José Rels, ao zelatar 0 conceito atual de educacao como Investimento (V. Bau- cacdo 6 Tnvestimento, Edit. Tbrase, 1968) 18) Robert McNamara: «No campo democrético, entre 27 nacdes com , TA Abril, n’ 8, pag. 22, em 30-10-68). Comentario Wstamos agora em condigées ce compor a seguinte frase onde ha miséria nfo medra a virtude (S, Paulo) © nilo havendo de ‘Medicina de Grupo, por equipes pluriprofissionais, Ver publ. Medicina de Grupo, pags. 83, 60-81, quando deste 1967 4 sugerlamos esta nova metodologia sanitéria, “ Inielada em Janelro de 1968 sob denominuciio tio grata 08 brasileiros. Implantou-se por iniciativa do sr. Gen, Bine Machado pos confertnela na Hse, de Comando do Estado Mator do Exéreito, que metivou o plano piléto de Porto Velho (Rondonia} 20) Paulo VI: (Ene celica Fopulorum Progressio, n° $2 em 26-3-67). EQUACAO TERMINAL A mais acertada para o Desenvolvimento ‘eonomico acelerado e harmonioso, diante da exposicio Supra, em suia expresso mais simples, para ser entendida pelo mais humilde ser humano, seria pols: SAUDE. coletiva 4. Educagio coletiva = Boa Nutrigho + Tnves- timentos + Desenvolvimento Beonémico Harmonioso (equitativo em técdas as resides) + Pax Social + Se- guranga Nacional, Confirmando os sblos eristaos, eon- firmando Disraeli, Miguel Couto e tantos outros doutos, ‘tudo dependeria de iniciar-se a rapida recuperacko das ccriancas enfermas, encaminhando-as pars os estudos, © os adultos nas ‘mesmas condigées, encaminhando-os Fara o mercado de trabalho, Estudos _modemos evidenciam detalbadamente, incluslye no organismo infantil, que 0 eérebro de organismo afe- tado por desnutrigho e enfermidades, sofre apreciavel retardo mental pelo que, neste caso entdo, a recuperacdo Ge saiide serla prevalecente até sObre a educacdo, Tal fato nfo passou sem referéncia na Conferénela de Punta Gel Este e fol objeto de premiacho recente, de valoroso ‘grupo de pesquisadores do Hospital das.’ Clinicas da. caplial paulista (V. Desenvolvimento Neuropsicamo- tor da Crianga Desnuirida, 1969). Por outro lado, experiénoias realizadas pelos iédicos Davison e Dobbing, do «Charing Cross Hospital» do Londres, sobre a, for- magdo de lipides nos animals, Jevaram & eonclusdo que a mi nutrigtie pode asarretar danos permanentes ‘no eérebro, ao impedix a formacio adequada de mielina, substincia gordurose que envolve as fibras nervosas, 0. envoliério de mielina, uma yer formade, € uma das estruturas mais estavels do organismo animal, em vérmos de metabolismo. Mais de metade dos lipides totals do Ccirebro localizam-se no envoltdrio de mielins. A lesto € mais ativa durante o periodo de mielintmgio que é a fase mals delfeada do processo de desenvolvimento o:- ghnico e expliea porque eérehros adultes sto melhor rotegidos contra es efeites da desnutricha, acontecendo, © inverso em relagdo aos cérebros infantis, da crlanca, em cereseimento! "(V. Rev, 0 Médico Moderne, junho, 60, pag. 59). (*) Os atuais progressos clentifices evidenciam, pertanto, que para se educar a erlanca, tem-se antes de torni-la ‘audia e, no reverse desta conclusio, ¢ abandono da crian- cca desnutrida © enferma fomecera, em fusuro préximo, 9 Imenso exéreito de violencia num Continente em ater: radora explosfio demogréfiea! Mantém-se pols a adver- ‘tencia de $. Paulo Apéstolo, assim como a frase «mens sana in corpore sano, esta ditima igualmente repetida ha filosofla de 8. Tomas de Aquino. Destes coneeitos derivam-se nos dias de hoje, medidas praticas ¢ impo- sitivas como a da protecio mental infantil inclusive pelo fornecimento de . Se dispusemos antes de Tongos £00 anos para atingimmos o eatagio stual, agora fapenas 23 anos nos separam da duplicacio de todas as necessidades Diriamos que o tempo encurtou de 400 para 2%, quando as necessidades bésicas de uma popu- Tago do 00 milhes, estender-ce-do para uma de 180 mulhdes (Braall). Entretanto, com otimismo, também Julgames que nunca uma Nagio ou um Continente se tena confrontado com uma possibilidade t&o grande e tho riplda de oblencfo de um bem-cstar coletivo, ‘coma o ue seria vidvel, decorridos aquéles poucos anos, ‘Tudo se encontra na dependéncia de um bindmio sufl- clentemente planejado: Trabalho e Produtividads, Sen- 0, como J4 no hd mais dividas, co melhor dos inves- Wimentos aquéle que & executado no proprio homem», porque éste sempre superaré a méquina ¢ sempre exiart 8 teenalogia eotidiana, entiic, TODO INVESTIMENTO, oneentrado na neva populagle © na recuperacio da ‘tual, trara obstanelal aumento de trabalho produti~ vidade e portanto de bem-estar geral, pelo incremento Gas troces Intemas reforgadas pelo mercado interna~ tlonal, Watando metade (50%) de nossa populacio b margem de tal prodatividade, ma evidéncia de tal fato io, em 23 anos, t8da assisténcia proporeionada nos (que esto prodazindo, & metade remanescente de ina. tivos (econdmicamente) ¢ 208 novos 90 milhies de bra sileiros, com © provelto da téeniea moderna, redundari fem ereseente gumento de nossa erenda per capita, que seria 0 estaria favorivelmente equsclonado, fate alidés confirmado nas enacts eco- omicamente madurass, com menor ... (V. Rev. Mundo Eeo- romeo, out. 68, pag. 38). Comentirio: Confirma-se assim integralmente um dos fopjetivos prinelpals de nossos trabalhes. Ver pég. 52 da Publieagko Medicina de Grupo, quando desde 1067 J6 procuravamos aventuar a importincla do principio éa ‘Auto-sufictensia e interctmblo intemo que constituem hhoje um dos alicerces do ntual Programa Dstratégico de Desenvolvimento Eeondmico Brasileiro, Confirma-se feesim o que 0 Papa Pio XIT Ja advertim: | «Deve-se ‘confessar que uma das causas do desequilibrio c, mals ‘Sinda da perturbegdo em que se encontra mergulhada economia mundisl ¢, com ela, todo o conjunto da civilizagde e da cultura, ¢ sem sombra de divida 0 Geplordvel abandono, quando nfo despréz em relaciio A vide agricola e AS suas mdltiplas e esseneials ativi- dades. © érro emencial do desenvolvimento econdmico, desce a apariclo do industrialismo moderno, fol trans- formar o setor agricola, de modo intelramente anormal, ‘em simples anexo do ‘setor industrial ¢ sobretudo do mercado» (V. Problemas Brasileiros, des. 68, n’ 45, big. 9). Por sso assistimos ao <éxodo do eampor, motivo, nos dias de hoje, de intensas agitagbes em de- terminadas nacées (Urugual) € motivo principal do nos- sa cbaixa renda per capitar. Confirma-se assim, na fevolugte dos tempos, com Plo XII, Beltzério Pena, i- lgne] Couto, entre tantos outros, que sem SANBAMENTO do homem e do meio nfo pode haver aumento substan late acelerade do trabalho e da produtividade geral, ‘que constitulram neste ano de 1969 a frase padréo da Organizagdo Mundial de Sede: , motivacio, estimulacto, demo- feratizagio do capital e' poupanca. Ver livzo: Dols Con- coites de Lucto, Prof. Octdvio Gouveia de Bulhéer) deve agul ser entendida mais como de util andes ou soja, ebtengtio de local condigno de trabalho, ‘asseguramento de clientele © progresso téenico clenti- fico, visto quase no ter sentido a referida expressio fem ‘pals de populaclo pobre. Bem falou 0 Prof. rio Fundao (Univ. Cat, Rio): «Do ponto de vista econd- ‘leo, em um’ pais’ capitalists, o capital tem de ser remunerado com ret6rao liquide, 86 0 Bstado © orga- hlzacdes pias © beneficentes, podem generosamente con- siderat, para efeltos contabels, o capital, depels de in- vestide, como descapitalizado, 1, nas institulpbes. mssis- tenciais curativas isso é fundamental para, através désse artificio, haratearem-se os eustos unttirios dos servicos Nada devera Impedir, todavia, que a inictativa privada uerendo, passa correr os riscos cu submeter-se'n esse hnobre sacrifielo (V. JBM, vol 10, nv 5, malo 66) Comentario: © presente projeto de planejamento pro- Be uma forma de investimento de capitel (roupanca), sem retémo liquide! Por outro lado, o auto-contrdle © a auto-gesttio do Bindmlo Médico-Hospitalar iibertam 2 Hstado e Coletividade de sobrecargas dosnecessitins de verbas adiclonals ¢ de abusos freqentemente Ins. ccessivels em outros sistemas. controle facilita, a qualquer tempo, 0 conhecimento da situagto real © ec- mala « pobremente supridas onde ‘seria hospltalizados os enfermos de uma populacio de ‘180 mihces de brasileitos? Obteremos os 600.000 ieitos contra os atuais ¢ insuflcientes 240.000? Havert. pes- Soal habilitado para o trabalho médico-hospitalar, se no momento nossa enfermagem J@ s° conta, {guaimente, fem calamidade, quando escolas de enformagem se fo- ‘cham por falta de condigées?.,, Se nos preocupamos ainda em diplomar ¢ auxiliares praticas de curso ripido © re- urldo? Verdade seia dita, que com a presente utlli- zacho dos universitdtios, (Op. Rondon ¢ Campus Ser- tanejos), 6 estamos entrando por caminho acertado. Por todos ésses motivas, nao vemes outra saida seni indteada pela Evolucto Natural, A indicada pelos rmestres, pelos téenicos @ pelos sabos que compreendem esta EVOLUGAO, e procuram nos ensinar, ¢Os hos- pitais e as unidades integradas de sate, slo hoje o centre da priitiea médica, da medicina liberal, social ¢ integral ea sede do cnsino © adestramento (Profs. Gennyson Amado, Jarbas Karman, Odalr Pedroso, Mas- carennas, Falk, Molina, Robert Debré). _ Sdmente Ostes centros poderio portant conteibulr substanclal- mente para a formagho do pessoal adequado e indispen- vel (recrutamento local), B, sdmente encontrando compreensio © recursos, poderdo reaparelhar-se para a bumanizacie de seus amblentes, Ainda mals: sdmente Integrando-se 03 seus corpos clinicos, principalmente nos grandes centros, encontrarfio recursos, porquanto assim estardo entrando no ritmo evolueonista atual. Se 9 anleros reproduz 0 macros, assim como a Civili- zacio atual ( @ nosso ver ou «sociallstas. ‘como a designa ‘Tristio de Athayde) defronta-se com a Grande Alternativa — integrar-se ou desintegrar-se (porque 9 marasmo ja @ desintegragao), da mesma forma a equagtio esté posta para of médiods, 08 hos pitais, a Previdéncia Social e téda Coletividede. Im- oe-se compreensio, entendimento e unio, conforme Aconsethou siblo Jodo XXIL. Toma-se imperioza, nas entrelinhas dos ensinamentos, a eontrapartida de ‘uma crapidacdo> no Setor Satide, frente ao exgotamento {das possibilidades de renovacio de materias © eqtipa mentos de clevado eusto ¢ no alyorecer da maior ex plosio demognifiea do Planéta, perigo que 0 respeitado ‘mestre de econemla, Glycon de Paiva, nio exitou em denominar como «maior qu o da bomba atimica».., NOVA META HOSPITALAR Incorporaedo voluntixia da s8de hospitalar atual © Binomio Médico-Hospitalar ¢ o Desenvolvimento ‘Todas a8 pessous Juridicas hospitalares que estejam em. condieées minimas de fazé-lo ceveriam, Integradas com, seus compos clinics, ajudar o progresso nacional, instt- {winds a raelonalisagie da Medicina de Grupo, IPH — Hewpital de Hoje - Vol 41 - 1968 - Ano XIV

Você também pode gostar