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VILA VELHA
2022
BRUNO VICENTINI VITTORAZZI
VILA VELHA-ES
2022
(Biblioteca do Campus Vila Velha)
CDD: 540
Bibliotecário/a: Quezia Barbosa de Oliveira Amaral CRB6-ES nº 590
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
VVL - COORDENADORIA DO CURSO DE BACHARELADO EM QUIMICA
INDUSTRIAL
Aos 08 dias do mês de dezembro do ano de 2022, a banca presidida pelo orientador Dr.
Wanderson Romão e composta pelos membros Dra. Nayara Araujo dos Santos e Dra. Flávia
Tosato Borghi, reuniu-se para a defesa do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “USO DE
UM SMARTPHONE EM PROCEDIMENTOS FORENSES: DOCUMENTOSCOPIA”,
apresentado por Bruno Vicentini Vittorazzi, do curso Superior de Bacharelado em Química
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Industrial. Após a apresentação do trabalho e arguição, a banca examinadora deliberou
concluindo pela APROVAÇÃO do Trabalho de Conclusão de Curso, desde que o
estudante entregue o Trabalho de Conclusão de Curso corrigido, conforme as considerações
realizadas pela Banca Examinadora e sob supervisão da orientadora, à Biblioteca Zilma Coelho
21/12/2022 15:13
Pinto do Ifes/Vila Velha, como requisito necessário para solicitação de colação de grau. A
banca examinadora, ainda, atribuiu nota 86 ao trabalho.
INFORMAÇÕES DO DOCUMENTO
Documento capturado em 21/12/2022 15:13:58 (HORÁRIO DE BRASÍLIA - UTC-3)
por NAYARA ARAUJO DOS SANTOS (CIDADÃO)
Valor Legal: ORIGINAL | Natureza: DOCUMENTO NATO-DIGITAL
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21/12/2022 15:13
2022-3XQHX2 - E-DOCS - DOCUMENTO ORIGINAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E
FOLHA DE ASSINATURAS
CONTRATOS
Emitido em 08/12/2022
Visualize o documento original em https://sipac.ifes.edu.br/documentos/ informando seu número: 39, ano: 2022,
tipo: ATA DE DEFESA, data de emissão: 23/12/2022 e o código de verificação: fda9090688
DECLARAÇÃO DO AUTOR
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de conexões entre indivíduos, locais e momentos-chave, fornecendo um alicerce
sólido para a tomada de decisões judiciais.
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Figura 1: posicionamento dos elementos de segurança dispostos na cédula de 50 Reais da
segunda geração de cédulas de Real, de acordo com o Banco Central do Brasil; (1) marca
d’água; (2) regiões de alto-relevo; (3) número escondido; (4) filamento de segurança.
1.3 DOCUMENTOSCOPIA
A documentoscopia constitui um campo de estudo situado no âmbito das
ciências forenses, cujo propósito consiste em analisar, verificar e examinar a
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autenticidade de documentos. Além de desempenhar um papel investigativo
essencial na determinação da legitimidade de amostras documentais, a
documentoscopia assume uma relevância crucial na identificação dos
responsáveis por crimes de inteligência, bem como na elucidação dos métodos
empregados. Sua ênfase na autoria delitiva confere a essa disciplina um caráter
intrinsecamente policial. Com o avanço da instrumentação analítica, como as
técnicas em espectrometria de massas (MS - Mass Spectrometry), em meados
de 2000, problemas complexos que existiam na documentoscopia passaram a
ser solucionáveis, entre eles cruzamento de traços, falsificação de documentos
e datação de tintas. (ROMÃO, W.; 2011).
Os métodos oficiais empregados pela polícia brasileira são técnicas baseadas
nos espectros de reflectância no ultravioleta (UV) (200 a 390nm), visível (400 a
800nm), e infravermelho (700 a 1000nm). O equipamento mais comumente
utilizado é o Comparador Espectral de Vídeo (VSC - Video Spectral Comparator),
que permite analisar os elementos de segurança, e conta com as funções de um
espectrômetro simples, permitindo aquisição de espectros de reflectância (DA
SILVA, V. A. G. et al; 2014).
Brandão, em 2016, utilizou a técnica VSC com a finalidade de ampliar a resposta
espectral, do campo de visão à zona infravermelha (IR), mediante a utilização de
uma câmera de vídeo digital, e maximizar o contraste visual das características
selecionadas no documento através da aplicação apropriada das condições de
iluminação e condições de visão.
Em 2018, Correia et al., por meio do uso de um espectrômetro NIR portátil,
acompanhado de técnicas quimiométricas como Análise de Componentes
Principais (PCA – Principal componente analysis) e regressão parcial por
mínimos quadrados (PLS – Partial least squares), permitiu o desenvolvimento de
uma metodologia analítica portátil, não-destrutiva, rápida e de baixo custo, que
contribui para análises em tempo real de cédulas de Real.
Ulian e Vidal, em 2016, fazendo uso de um dos elementos de segurança das
cédulas de Real, a unicidade do número serial, e também da captura de imagens
digitais, conseguiu melhorias em um sistema de reconhecimento óptico,
principalmente no tratamento de imagens de entradas rotacionadas, com
variação na escala e situações com mais de uma cédula no processo.
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O surgimento de oportunidades de uso de tecnologias em visão computacional
em conjunto com técnicas analíticas cresce continuamente. Com destaque para
tecnologias portáteis, que permitem melhorias significativas em trabalhos de
investigação (ULIAN, I. A.; VIDAL, F. de B.; 2016). Equipamentos portáteis e
dispositivos móveis tem se popularizado nas ciências forenses, abrindo caminho
para novas metodologias e atraindo a atenção da comunidade científica.
Lopez, Cervantes e García-Lamont, em 2012, por meio de sistemas de visão
artificial, as cores RGB e a textura de cédulas de Pesos, foram analisadas 1600
cédulas danificadas, sendo 320 de cada categoria. A caracterização conseguiu
atingir uma performance de reconhecimento de 97,50% para cédulas muito
danificadas, alcançando uma performance de 98,95% para cédulas com danos
comuns. Essa caracterização é possível também em outros países que usam as
cores como diferenciação para cada categoria de cédula.
Análises que eram realizadas em colorímetros, e espectrofotômetros e
fluorômetros, estão deixando de ser restritas e passam a ter aplicação do
processamento de imagens digitais em sua metodologia (HELFER, G. A, et al;
2017).
O grande desafio das técnicas analíticas atualmente, é a necessidade de
análises não destrutivas, rápidas, simples e de baixo custo. No processo
investigativo, a integridade da prova material é fundamental. Assim, o
desenvolvimento de metodologias com baixa ou nenhuma preparação da
amostra, manutenção reduzida e fácil operação são essenciais na química
forense com destaque na documentoscopia (CORREIA, R. M. et al; 2018).
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Com a Revolução Industrial, século XVIII, mudanças significativas começam a
acontecer na cultura ocidental, sendo perceptível um grande avanço em relação
aos séculos anteriores (FARIAS, L.; 2014).
Os registros a respeitos da origem da fotografia aparecem no início do século
XIX, atribuída ao pintor Louis Jacques Mandé Daguerre. A utilização da câmera
escura já era conhecida por diversos pesquisadores no século anterior, mas
existia grande dificuldade na fixação da imagem no elemento de suporte.
Daguerre percebeu as limitações dos recursos usados anteriormente e
desenvolveu um método que consistia na exposição de placas de cobre
recobertas com prata polida e sensibilizadas com vapor de iodo, que formava
uma camada de iodeto de prata sensível a luz, tendo a capacidade de fixar a
imagem no elemento de suporte (OLIVERIA, E. M.; 2005).
No final do século XIX, a Eastman Dry Plate and Film Company investia em
avanços e popularização da fotografia analógica. Em 1888, introduziram no
mercado um tipo de máquina caixote que tinha como slogan “Você aperta um
botão, nós fazemos o resto”, chamada de Kodak Camera (Figura 2), esse novo
conceito permitiu a popularização e democratização de equipamentos mais leves
e fáceis de manusear, permitindo qualquer um de realizar registros fotográficos
(FARIAS, L.; 2014).
As imagens e registros digitais aparecem no século XX. Devido ao avanço dos
sistemas de comunicação, captar, armazenar e processar as imagens tornou-se
fundamental. Com o desenvolvimento dos primeiros computadores
programáveis, novas soluções para esses problemas começam a ser
encontradas. O primeiro registro de imagem digital foi realizado em 1957 por
Russel Kirsch, no atual NIST (National Institute of Standards and Technology).
Kirsch realizou o escaneamento de uma foto tamanho 4x3 cm de um bebê,
produzindo uma imagem de 5x5 cm. Com isso, abriu caminho para o
desenvolvimento de diversos processos de aquisição, armazenamento,
processamento e difusão da imagem (BALAN, W. C.; 2009).
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Figura 2: propaganda veiculada pela Eastman Dry Plate and Film Company, com o slogan “Você
aperta o botão, nós fazemos o resto”, com registro do nome Kodak.
Figura 3: Primeiro registro de imagem digital, realizado por Russel Kirsch em 1957, de seu filho
de apenas três meses
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em energia elétrica, ou seja, a luz refletida pelo objeto é convertida em energia
elétrica e a resposta obtida pode ser lida e processada por um computador,
sendo alinhada em coordenadas cartesianas composta por pontos denominados
pixels (FILHO, J. P.; 2015).
A análise por meio do processamento de imagem gera como resultado uma
matriz, determinada por linhas e colunas, sendo cada índice referente a um pixel.
Esses pixels possuem intensidade de cores, em uma combinação de vermelho
(R-Red), verde (G-Green) e azul (B-Blue), que juntos, fornecem uma cor
específica, formando um sistema conhecido como RGB. Esse sistema possui
relação estreita com ensaios colorimétricos, e favorece a obtenção de dados
qualitativos e quantitativos (GONZALEZ, R. C.; WOODS, R. E.; 2007). Com
avanço da tecnologia em imagem digital, novas ferramentas são desenvolvidas
com intuito de desenvolver novas metodologias de análise.
1.5 PHOTOMETRIX
Em 2017, o grupo de pesquisa em quimiometria da Universidade de Santa Cruz
do Sul, desenvolveu um aplicativo para análises colorimétricas chamado
Photometrix. O aplicativo possui ferramentas de análise multivariadas,
permitindo realizar PCA, PLS e análise hierárquica de agrupamentos (HCA –
Hierarchical Cluster Analysis) (Figura 4a). A interface do aplicativo permite
selecionar configurações da região de interesse, configurações da câmera,
cadastrar um e-mail para extrair os dados, entre outros (Figura 4b).
Helfer et al, em 2017, descreve o desenvolvimento do aplicativo Photometrix e
seu funcionamento e realizou o planejamento experimental para determinação
de ferro em comprimidos vitamínicos utilizando mínimos quadrados parciais
(PLS), e análise de componentes principais (PCA) em imagens de cédulas de
papel-moeda, demonstrando assim, o potencial do aplicativo Photometrix como
ferramenta de análise colorimétrica quantitativa e qualitativa em análises
multivariadas de maneira simples, com uso de um smartphone.
Por meio de uma busca realizada no banco de dados Web of Science, a partir
de 2017, houve um crescente número de publicações que correspondem à
palavra-chave “PhotoMetrix”, bem como é verificado o aumento de citações
sobre o tema (Figura 4). As publicações abrangem diversas áreas, tendo grande
concentração na área de química analítica e tecnologia de alimentos.
20
Figura 4: interface do aplicativo PhotoMetrix PRO, com as respectivas opções de análises
multivariadas (a) e configurações do aplicativo (b).
21
foi o primeiro a realizar um spot test para determinação de iodo em biodiesel,
utilizando imagens digitais simples capturadas por um smartphone. (SOARES,
S.; 2017)
Em 2018, Yulia et al, desenvolveram uma metodologia para determinação de
ceras em amostras de gorengan (porção de massa frita tradicional do sudeste
asiático). Com a otimização das condições dos reagentes, os autores utilizaram
PCA por meio do aplicativo PhotoMetrix para discriminar as amostras de acordo
com a concentração de cera adicionada no óleo de cozinha. Os resultados
mostram a separação de três diferentes grupos de concentrações de cera,
indicando a capacidade das análises multivariadas do aplicativo. (YULIA et al,
2018)
Uma metodologia para determinação de misturas de biodiesel em diesel e
análise de imagens digitais foi proposta por Soares et al, utilizando da reação
colorimétrica do complexo violeta formado na reação entre Fe3+ e o íon
hidroxamato. Os resultados experimentais apresentaram similaridade quando
comparados ao método oficial que utiliza espectroscopia no infravermelho,
demonstrando o potencial do método proposto. (SOARES, S.; 2019)
22
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVOS GERAIS
Avaliar o uso de um aplicativo de smartphone aliado a métodos quimiométricos
para diferenciação entre cédulas de Real autênticas e adulteradas.
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3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 AMOSTRAS
Foram selecionadas cédulas de R$10, 20, 50 e 100, que apresentam maior
índice de falsificações segundo dados do Banco Central do Brasil. (BCB; 2022).
Para cada valor, foram utilizadas 16 cédulas, dessas, 12 eram falsificadas e 4
autênticas, totalizando 64 cédulas. As cédulas autênticas foram obtidas em
banco local e as falsificações foram reproduzidas pelo autor em impressoras
comerciais do tipo LaserJet (Konica Minolta 654), cera (Xerox ColorQube 8880)
e deskjet (Epson L656), e disponibilizadas para análise.
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3.3 ENSAIOS DE OTIMIZAÇÃO
A otimização das análises foi realizada na cédula de R$50. Foi avaliado a melhor
região para aquisição da imagem (faixa holográfica, região tátil no número
inferior esquerdo e número superior direito, microimpressões na efígie, número
inferior esquerdo, figura do animal, marca d’água e quebra-cabeça), região de
interesse (16×16, 32×32, 64×64 pixels), distância focal (8, 12, 15 e 20 cm) e
controle de luminosidade (laboratório com luminosidade controlada), detalhadas
a seguir. Após a otimização, realizou-se a análise nas cédulas de outros valores
(100, 20 e 10 reais) considerando os critérios que apresentaram melhores
resultados. Por fim, variou-se o modelo do smartphone para observar a influência
nos resultados.
Os ensaios de otimização foram realizados com um smartphone Motorola G5
Plus, com câmera de 12 megapixels e sistema operacional Android 8.0. Para o
estudo não há necessidade de preparo da amostra e as análises foram
realizadas em ambiente controlado, sendo avaliado o efeito do controle de
luminosidade com uma luminária LED de 3,5W.
25
3.3.3 Ensaio 3 - Variação do modelo do smartphone
Por fim, visando avaliar principalmente a influência do smartphone utilizado na
análise, foi realizado o ensaio com condições mais eficientes dos ensaios
anteriores com outros três modelos de smartphones. Ao considerar as
especificidades das câmeras dos diferentes aparelhos, a reprodutibilidade dos
resultados entre os smartphones deve ser considerada como uma variável nas
análises.
Os três smartphones de marcas diferentes foram: i) Motorola G5 Plus, com
câmera 12 megapixels e sistema operacional Android 8.0; ii) Samsung Galaxy
S7, com câmera de 12 megapixels e sistema operacional Android 8.0; iii) LG
K10, com câmera de 13 megapixels e sistema operacional Android 6.0.
Figura 7: Regiões da cédula da melhor ROI para o estudo: (a) faixa holográfica, (b) região tátil -
número inferior esquerdo, (c) marca d’água, (d) microimpressão - região da efígie, (e) região tátil
- número superior direito, (f) microimpressão - número superior esquerdo, (g) microimpressão –
região da figura do animal, e (h) quebra cabeça (h)
26
tamanho do spot e a distância focal entre amostra e o smartphone para as
cédulas de R$10, 20 e 100 reais visto que esses valores também são alvos de
falsificação em grande quantidade. A metodologia utilizada foi descrita
anteriormente. Dezesseis amostras de cada valor foram utilizadas na análise,
sendo 4 autênticas e 12 falsificadas.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Ensaio 1 - determinação da melhor região da cédula
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Figura 8: PCA da cédula de R$50 contendo o melhor agrupamento das amostras: região (a)
anverso de microimpressão na efígie; e (b) reverso de microimpressão no entorno do animal
28
Figura 9: Loadings PC1 - cédula de 50 reais: anverso região de microimpressão da efígie (a) e
reverso região de microimpressão no entorno do animal (b)
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Figura 10: Variação do tamanho do spot na região de microimpressão da efígie de cédulas de
R$50 com ROI – 16×16 pixels (a), 32×32 pixels (b), e 64×64 pixels (c); e na região da
microimpressão do entorno do animal com ROI – 16×16 pixels (d), 32×32 pixels (e), e 64×64
pixels (f)
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Figura 11: PCA...Estudo da distância entre a aquisição da imagem e a câmera do smartphone
(Motorola G5 Plus) na cédula de R$50 para a região da microimpressão efígie (8 cm (a), 12 cm
(b), 15 cm (c), e 20 cm (d)) e na região da microimpressão do entorno do animal (8 cm (e), 12
cm (f), 15 cm (g), e 20 cm (h))
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4.3 Ensaio 3 - Variação da marca do smartphone
Como a captura da imagem é dependente da qualidade dos componentes
eletrônicos da câmera, foi avaliado a influência do uso de diferentes marcas e
smartphones.
Para o smartphone da marca Motorola G5 Plus (Figura 12a-b), e Samsung
Galaxy S7 (Figura 12c-d), grupos bem definidos são observados. Analisando os
scores da região da PC1×PC2, constata-se que PC2 é a componente
determinante para separação das cédulas autênticas tanto no anverso quanto
no reverso.
O smartphone da marca LG K10 apresentou limitações para agrupar e classificar
as cédulas autênticas e falsificadas, que podem ser observadas no gráfico PCA
(Figura 12e-f). Além disso, analisando os gráficos de scores da PC1×PC2, é
possível visualizar que ambas as PCs são importantes para determinar a
autenticidade da cédula de R$50. Entretanto, a região de PC1 é responsável
para classificação do tipo de falsificação empregada tanto na região do anverso
quanto do reverso.
Na Figura 12 observa-se a partir da análise PCA que é possível determinar os
agrupamentos das cédulas de R$50 independente da marca dos três
smartphones analisados, entretanto, sua classificação entre cédulas autênticas
e falsificadas podem sofrer alterações relacionadas a qualidade do smartphone.
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Figura 12: Variação da marca do smartphone. Motorola G5 Plus - região de microimpressão na efígie (a), Motorola G5 Plus - região de microimpressão no
entorno do animal (b), Samsung Galaxy S7 - região de microimpressão da efígie (c), Samsung Galaxy S7, região de microimpressão animal (d), LG K10, região
de microimpressão da efígie (e), LG K10, região de microimpressão no entorno do animal (f)
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4.4 Ensaio 4 - Análise das cédulas de R$10, 20 e 100
A partir dos resultados anteriormente obtidos para a cédula de R$50, onde foram
observados que a região de microimpressão na efígie (anverso) e no entorno do
animal (reverso) apresentaram melhores agrupamentos entre as cédulas
autênticas e falsificadas, foi dado prosseguimento ao estudo das demais cédulas
nas mesmas regiões mencionadas. Além disso, o ROI escolhido foi o 16×16
pixels, e a variação da distância, mesmo não influenciando na resposta, foi fixada
em 10 cm entre o smartphone e a amostra. A partir dos critérios mencionados
estabelecidos pelos ensaios de otimização, foi possível construir um perfil de
análise.
A Figura 13a-f mostra os resultados obtidos com o smartphone Motorola G5
Plus na análise das cédulas de R$10, R$20 e R$50, apresentando resultados
satisfatórios para classificações dos diferentes valores de cédula entre
autênticas e falsificadas. Para a cédula de R$100 (Figura 13a-b), foi possível
observar uma boa classificação entre cédulas autênticas e falsificadas, sendo a
região de PC1 a componente determinante da separação com influência dos
canais R e G (Figura 14) tanto no anverso quanto no reverso.
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Figura 13: Análise cédulas de R$ 100, 20 e 10 usando o smartphone Motorola G5 Plus, ROI – 16x16 pixels (distância de 10cm): região de microimpressão na
região da efígie (a,c,e) e microimpressão na região do entorno do animal (b,d,f).
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Figura 14: Loadings PC1 - cédula de 100 reais: anverso região de microimpressão da efígie (a)
e reverso região de microimpressão no entorno do animal (b)
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Na cédula de R$20 (Figura 13c-d), a separação se apresenta bem definida,
principalmente pela componente PC2, onde os canais G e H influenciam no
anverso (Figura 15a) e os canais G, B e H no reverso (Figura 15b).
A cédula de R$10 (Figura 13e-f) teve a separação determinada pela região de
PC2 no anverso e por PC1 no reverso. Tendo influência dos canais G, B e H
para PC2 no anverso (Figura 16a), enquanto o canal H influencia PC1 no reverso
(Figura 16b).
Figura 16: Loadings PC2 - cédula de 100 reais: anverso região de microimpressão da efígie (a)
e PC1 reverso região de microimpressão no entorno do animal (b)
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Figura 17: Análise PCA de cédulas 100, 20 e 10, smartphone Samsung Galaxy S7, ROI – 16x16 pixels (distância de 10cm da amostra): microimpressão na
região da efígie (a, c, e), microimpressão na região do entorno do animal (b, d, f)
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Figura 18: Análise PCA cédulas 100, 20 e 10, smartphone LG K10, ROI – 16x16 pixels (distância de 10 cm da amostra): microimpressão na região da efígie
(a, c, e), microimpressão na região do entorno do animal (b, d, f)
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5 CONCLUSÃO
O presente estudo analisou, com o aplicativo PhotoMetrix, 16 amostras de
cédulas de Real, 4 autenticas e 12 falsificadas, distribuídas igualmente entre os
valores de R$10, 20, 50 e 100. Para isso, foi desenvolvido um planejamento
experimental, onde determinou-se a melhor região para aquisição da imagem
avaliando as regiões faixa holográfica, região tátil no número inferior esquerdo e
número superior direito, microimpressões na efígie, número inferior esquerdo,
figura do animal, marca d’água e quebra-cabeça; as configuração ROI: 16x16,
32x32, e 64x64; distância focal: 8, 12, 15, 20 cm; e variação do modelo do
smartphone. A partir dos resultados obtidos foi determinado a região de
microimpressão da efígie para aquisição de imagem no anverso e
microimpressão em torno do animal no reverso, configuração de 16x16 pixels
para o ROI e distância focal de 10 cm. Além disso, ao avaliar diferentes modelos
de smartphones, foi observado que todos apresentaram resultados satisfatórios,
entretanto, o LG K10 apresentou limitações na apresentação dos dados, que
podem comprometer os resultados. Portanto, em geral os resultados possuem
excelente qualidade e demonstram de maneira evidente o potencial do aplicativo
PhotoMetrix para classificação de cédulas por meio de análise colorimétrica
associada à análise multivariada por PCA. Essa abordagem é ainda mais
fortalecida por sua interface interativa, que permite um aprendizado rápido para
a realização das análises e a obtenção dos resultados. Além disso, vale ressaltar
que a metodologia proposta não apenas oferece resultados de qualidade, mas
também apresenta características altamente benéficas. Ela é não destrutiva, o
que significa que não compromete a integridade das cédulas sob análise. Sua
rapidez é um ponto notável, tornando-a especialmente vantajosa para análises
in loco, onde a agilidade é essencial. Além disso, essa abordagem demonstra
um baixo custo, tornando-a uma alternativa econômica e eficiente. Todas essas
características combinadas a fazem uma escolha prática e eficaz para a
classificação de cédulas com conveniência e precisão.
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