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Carla Couana
Edmilson
Florinda Coana
João Mboa
Júlio Vaz DaFonseca
Néuria Marengula
Virgínia Faque

As regras do método sociológico

Licenciatura em Antropologia

Universidade Pedagógica de Maputo

Faculdade de Ciências Socias e Filosofia

Maputo

2023
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Júlio Vaz DaFonseca

As regras do método sociológico (Resumo)

Licenciatura em Antropologia

Trabalho em grupo a apresentar no departamento de


ciências sociais e filosofias, para o efeito de
avaliação, na cadeira de Introdução a sociologia : 1º
ano laboral

Prof.

Universidade Pedagógica de Maputo

Faculdade de Ciências Sociais e Filosofia

Maputo

2023

AS REGRAS DO MÉTODO SOCIOLÓGICO DE DURKHEIM


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Introdução

No seguinte trabalho faremos um resumo da obra de Durkheim, “As regras do método


sociológico “As regras do método sociológico são baseadas nos princípios da observação,
comparação, generalização, explicação, verificação e neutralidade. Vamos explorar cada uma
delas com mais detalhes:

Para Durkheim o indivíduo, de maneira isolada, não pode ser considerado ideal para o estudo
da Sociologia, elemento inadequado para o estudo e a compreensão apropriada do conceito
de ?fato social?. O que interessa à vertente durkheimiana é o enfoque do indivíduo inserido
em uma realidade social objetiva que, encontrando-se acima dele, caracteriza-se por ser
grupal e, coletivo.

Durkheim parte da idéia fundamental de Comte de que a sociedade deve ser vista como um
organismo vivo. Também concordava com o pressuposto de que as sociedades apenas se
mantém coesas quando de alguma forma compartilham sentimentos e crenças comuns.
Entretanto critica Comte na sua perspectiva evolucionista, pois entende que os povos que
sucedem os anteriores não necessariamente são superiores, apenas são diferentes em sua
estrutura, seus valores, seus conhecimentos, sua forma organizacional. Entende que a
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seqüência das sociedades adapta-se melhor a semelhança de uma árvore cujos ramos se
orientam em sentidos opostos que uma linha geométrica evolucionista. Também Spencer foi
alvo de críticas porquanto Durkheim que, de forma geral, estendeu esta crítica a uma série de
outros pensadores. Segundo Durkheim muitos sociólogos trabalhavam não sobre o objeto em
si, mas de acordo com a idéia pré-estabelecida acerca do fenômeno. Assim, ele entendia que a
perspectiva de analise de Spencer não definia sociedade e sim contemplava sua visão
particular de como efetivamente eram as sociedades. Também ponderou como ser possível
encontrar a fórmula suprema da vida social quando ainda ignorava-se as diferentes espécies
de sociedades, suas principais funções e suas leis. Como então empreender-se em um estudo
da evolução das mesmas quando não se sabe exatamente o que são e a que vieram.

Entretanto antes o grupo gostaria de mapear alguns pontos que nos pareceram fundamentais
para compreender o pensamento de Durkheim, cuja base assenta-se em alguns pressupostos
ou noções fundamentais a serem detalhadas adiante:

Os fatos sociais devem ser tratados como coisas;

A análise dos fatos sociais exige reflexão prévia e fuga de idéias pré-concebidas;

O conjunto de crenças e sentimentos coletivos são a base da coesão da sociedade;

Destaca o estudo da moral dos indivíduos; e

A própria sociedade cria mecanismos de coerção internos que fazem com que os indivíduos
aceitem de uma forma ou de outra as regras estabelecidas (a explicação dos fatos sociais deve
ser buscada na sociedade e não nos indivíduos – os estados psíquicos, na verdade, são
conseqüências e não causas dos fenômenos sociais)

O MÉTODO SOCIOLÓGICO DE DURKHEIM

Idéias centrais do método sociológico de Durkheim

Podemos dizer que o método sociológico de Durkheim apresenta algumas idéias centrais, que
percorrem toda a extensão de sua visão sociológica. São elas:

1) Contraposição ao conhecimento filosófico da sociedade: A filosofia possui um método


dedutivo de conhecimento, que parte da tentativa de explicar a sociedade a partir do
conhecimento da natureza humana. Ou seja, para os filósofos o conhecimento da sociedade
pode ser feito a partir de dentro, do conhecimento da natureza do indivíduo. Como a
sociedade é formada pelos indivíduos, a filosofia tem a prática de explicar a sociedade (e os
fatos sociais) como uma expressão comum destes indivíduos. De outro lado, se existe uma
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natureza individual que se expressa coletivamente na organização social, então pode-se dizer
que a história da humanidade tem um sentido, que deve ser a contínua busca de expressão
desta natureza humana. Para Adam Smith, por exemplo, dado que o homem é, por natureza,
egoísta, motivado por fatores econômicos e propenso às trocas, a sociedade de livre mercado
seria a plena realização desta natureza. Para Hegel, a história da humanidade tendia a
crescentemente afirmar o espírito humano da individuação e da liberdade. Para Marx, a
história da sociedade era a história da dominação e da luta de classes, e a tendência seria a
afirmação histórica, por meio de sucessivas revoluções, da liberdade humana e da igualdade,
por meio do socialismo.

Para Durkheim, estas concepções eram insuportáveis, pois eram deduções e não tinham
validade científica, eram crenças fundamentadas em concepções a respeito da natureza
humana. Durkheim acreditava que o conhecimento dos fatos sociológicos deve vir de fora, da
observação empírica dos fatos.

2) Os fenômenos sociais são exteriores aos indivíduos: a sociedade não seria simplesmente a
realização da natureza humana, mas, ao contrário, aquilo que é considerado natureza humana
é, na verdade, produto da própria sociedade. Os fenômenos sociais são considerados por
Durkheim como exteriores aos indivíduos, e devem ser conhecidos não por meio psicológico,
pela busca das razões internas aos indivíduos, mas sim externamente a ele na própria
sociedade e na interação dos fatos sociais. Fazendo uma analogia com a biologia, a vida, para
Durkheim, seria uma síntese, um todo maior do que a soma das partes, da mesma forma que a
sociedade é uma síntese de indivíduos que produz fenômenos diferentes dos que ocorrem nas
consciências individuais (isto justificaria a diferença entre a sociologia e a psicologia).

3) Os fatos sociais são uma realidade objetiva: ou seja, para Durkheim, os fatos sociais
possuem uma realidade objetiva e, portanto, são passíveis de observação externa. Devem,
desta forma, ser tratados como "coisas".

4)O grupo (e a consciência do grupo) exerce pressão (coerção) sobre o indivíduo: Durkheim
inverte a visão filosófica de que a sociedade é a realização de consciências individuais. Para
ele, as consciências individuais são formadas pela sociedade por meio da coerção. A formação
do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de
normas, princípios morais, religiosos, éticos, de comportamento, etc. que balizam a conduta
do indivíduo na sociedade. Portanto, o homem, mais do que formador da sociedade, é um
produto dela.
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que é um "fato social"?


Nas palavras do próprio Durkheim

"É fato social toda a maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo
uma coerção exterior; ou ainda, toda a maneira de fazer que é geral na extensão de uma
sociedade dada e, ao mesmo tempo, possui uma existência própria, independente de suas
manifestações individuais".

Ou ainda

"O fato social é tudo o que se produz na e pela sociedade, ou ainda, aquilo que interessa e
afeta o grupo de alguma forma”.

Os fatos sociais, para Durkheim, existem fora e antes dos indivíduos (fora das consciências
individuais) e exercem uma força coercitiva sobre eles (ex. as crenças, as maneiras de agir e
de pensar existem antes dos indivíduos e condicionam coercitivamente o seu comportamento).

Durkheim argumenta, contrariando boa parte do pensamento filosófico, que "somos vítimas
da ilusão que nos faz crer que elaboramos, nós mesmos, o que se impõe a nós de fora". E,
respondendo àqueles que não crêem nesta coerção social que sofrem os indivíduos porquê não
se pode senti-la, argumenta que "o ar não deixa de ser pesado embora não sintamos seu peso".
Para Durkheim, o fato social é um resultado da vida comum, e ele propõe isolá-los para
estudá-los. Desta forma, a sociologia deveria preocupar-se essencialmente com o estudo dos
fatos sociais, de forma objetiva e científica.

Sobre a observação dos fatos sociais:

Para Durkheim, a ciência deveria explicar, não prescrever remédios. Este, para ele, era o
problema da filosofia, ela tentava entender a natureza humana, pois aí, tudo o que estivesse de
acordo com esta natureza era considerado bom, e tudo o que não estivesse era considerado
ruim.

Para Durkheim, a observação dos fatos sociais deveria seguir algumas regras, tais como:

A. Os fatos sociais devem ser tratados como COISAS.

Para Durkheim, "é coisa tudo aquilo que é dado, e que se impõe à observação". Nem a
existência da natureza humana nem o sentido de progresso no tempo, como admitia Comte
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por exemplo, fazia sentido, segundo Durkheim, dentro do método sociológico. Eles são uma
concepção do espírito. Durkheim, neste sentido, é essencialmente objetivista, empirista e
indutivista, ao contrário de Comte, o fundador da sociologia, que era considerado por ele
como subjetivista e filosófico.

B. Uma segunda concepção importante no método sociológico de Durkheim, é de que, para


ele, o sociólogo ao estudar os fatos sociais, deveria despir-se de todo o sentimento e toda a
pré-noção em relação ao objeto.

C. Terceiro, o pesquisador deveria definir precisamente as coisas de que se trata o estudo a


fim de que se saiba, e de que ele saiba, bem o que está em questão e o que ele deve explicar.

D. E quarto, a sensação, base do método indutivo e empirista, pode ser subjetiva. Por isto,
deveria-se afastar todo o dado sensível que corra o risco de ser demasiado pessoal ao
observador.

Regras relativas à distinção entre normal e patológico

No método sociológico de Emile Durkheim, uma das regras importantes é a distinção entre o
que é considerado normal e patológico na sociedade. Durkheim acreditava que essa distinção
era essencial para compreender a dinâmica social e identificar problemas ou desvios que
afetam a coesão social.

1. Normalidade: Durkheim afirmava que os fatos sociais considerados normais são aqueles
que estão em conformidade com as normas, valores e padrões estabelecidos em uma
determinada sociedade. Eles representam o funcionamento regular e saudável da sociedade,
refletindo a coesão social e a harmonia entre os indivíduos.

2. Patologia: Por outro lado, Durkheim também destacava a importância de investigar os fatos
sociais patológicos, que são desvios ou anomalias em relação ao padrão social estabelecido.
Esses fatos sociais patológicos podem incluir comportamentos antissociais, desintegração
social, conflitos ou outros fenômenos que representam um desequilíbrio ou disfunção na
sociedade.

Durkheim argumentava que o estudo dos fenômenos patológicos era crucial para entender as
causas e consequências dos problemas sociais, bem como para identificar possíveis soluções.
Ele buscava compreender como esses fenômenos afetam a coesão social e como eles podem
ser corrigidos ou prevenidos por meio de intervenções sociais adequadas.
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Essa distinção entre normal e patológico permite ao sociólogo analisar tanto os aspectos
saudáveis e funcionais da sociedade quanto os aspectos problemáticos e disfuncionais,
contribuindo para uma compreensão mais abrangente e crítica dos fenômenos sociais.

Sobre a construção de tipos sociais

Uma outra questão importante no método de Durkheim parte da necessidade de agrupar


sociedades em tipos sociais, segundo a sua semelhança. Para o método sociológico, não
interessava nem a perspectiva dos historiadores, que viam na história uma diversidade de
sociedades muito grande, nem a filosófica, que agrupava toda a evolução histórica na idéia de
humanidade, pela qual perpassava a realização da natureza humana. Segundo Durkheim,
escapamos a esta alternativa tão logo se reconheça que, entre a multidão confusa das
sociedades históricas (a infinidade de sociedades diferentes descrita pelos historiadores) e o
conceito único, mas ideal, de humanidade (dos filósofos), existem intermediários que são as
espécies sociais.

Este seria, para Durkheim, um método somente admissível para uma ciência da observação. O
estudo e a representação destes tipos sociais foi descrita por ele como uma área específica da
sociologia, denominada Morfologia Social, numa clara alusão aos estudos semelhantes na
biologia. Eu

Sobre a explicação dos fatos sociais

Durkheim afirmava que seus antecessores na sociologia (Comte e Spencer) explicavam os


fatos sociais pela sua utilidade. Assim, para Comte, o progresso existe para melhorar a
condição humana, ou para Spencer, para tornar o homem mais feliz. A família, para Spencer,
se transformara pela necessidade de concilhar cada vez mais perfeitamente o interesse dos
pais, dos filhos e da sociedade. Assim, os sociólogos tendiam a normalmente deduzirem o
fato dos fins, ou seja, a explicação suprema da vida coletiva consistiria em mostrar como ela
decorre da natureza humana em geral. Para Durkheim, porém, este método era errado.
Segundo ele.

"Mostrar como um fato é útil não explica como ele surgiu nem como ele é o que é" . "Para
explicar um fenômeno social é preciso pesquisar separadamente a causa eficiente que ele
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produz e a função que ele cumpre" . Apesar disto, "para explicar um fato de ordem vital não
basta explicar a causa da qual ele depende, é preciso também ao menos na maior parte dos
casos, encontrar a parte que lhe cabe no estabelecimento desta harmonia geral".

Para Durkheim, ao invés de buscar a causa dos fatos sociais nos fins ou na função que ele
desempenha, "a causa determinante de um fato social deve ser buscada entre os fatos sociais
antecedentes, e não entre os estados de consciências individuais". Por outro lado, "a função de
um fato social deve sempre ser buscada na relação que ele mantém com algum fim social" .

Sobre a relação de causalidade

Dado que do fato social primeiro deve se buscar as causas para depois explicar-lhe as
conseqüências (ou seja, não se pode deduzir a causa das sua conseqüência), deve-se Ter, então,
rigor científico na explicação causal. Assim, para Durkheim

"Só existe um meio de demonstrar que um fenômeno é causa de outro: comparar os casos em
que eles estão simultaneamente presentes ou ausentes e examinar se as variações que
apresentam nessas diferentes combinações de circunstâncias testemunham que um depende do
outro".

Ora, este é um método que advoga a observação e o estudo estatístico do fato e dos fatores
que hipoteticamente podem lhe ser causadores, para que se possa estabelecer correlação entre
eles. Para Durkheim, em razão da natureza dos fatos, os métodos científicos que decorriam
desta concepção dividiam-se em dois grupos: (a) Experimentação, quando os fatos podem ser
artificialmente produzidos pelo observador; e (b) Experimentação Indireta ou Comparação
quando os fatos se produzem espontaneamente e não podem ser produzidos pelo observador.

Como pode-se observar, o método para se estabelecer a causalidade em sociologia, para


Durkheim, seria a Experimentação Indireta ou Comparação. Comte também utilizava o
método da comparação, mas a este ele adicionou o método histórico, pois ele tinha que buscar
a finalidade e a evolução dos fenômenos, ou seja, o sentido de progresso. Isto, para Durkheim,
não tina sentido em sociologia.

Segundo a sua concepção de causalidade, a um efeito corresponderia sempre uma mesma


causa. Assim, se um fato tem mais de uma causa, então ele não é um fato único. Durkheim dá
o exemplo do suicídio: se o suicídio depende de mais de uma causa, é porque, na verdade,
existem várias espécies de suicídio (ele identificou três tipos, que decorriam de causas
distintas, o suicídio egoísta, o altruísta e o anômico).
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Mas não basta estudar a correlação entre os fatos sociais; é preciso que haja uma explicação
racional vinculando-os. Assim,

Regras relativas à administração da prova

Quanto a este método é baseado em regras específicas que orientam a administração da prova.
Essas regras visam garantir a objetividade, neutralidade e rigor científico na coleta e análise
dos dados sociais.

1. Objetividade: Durkheim defendia que o sociólogo deve tratar os fatos sociais como coisas
externas e objetivas, independentes das percepções individuais. Isso significa que o
pesquisador deve se distanciar de preconceitos, crenças pessoais e influências subjetivas para
observar os fatos sociais de forma imparcial.

2. Neutralidade: Durkheim enfatizava a importância da neutralidade do sociólogo ao


administrar a prova. Isso implica em evitar qualquer forma de viés ou julgamento de valor ao
interpretar os fenômenos sociais. O pesquisador deve se manter neutro e imparcial, buscando
compreender os fatos sociais em sua própria lógica interna.

3. Observação direta: Durkheim valorizava a observação direta dos fatos sociais como uma
forma de coletar dados confiáveis. Ele defendia que o sociólogo deve estar presente no
contexto social que está sendo estudado, observando e registrando as interações e
comportamentos dos indivíduos.

4. Coleta de dados empíricos: Durkheim enfatizava a importância da utilização de estatísticas


e dados empíricos na administração da prova. Ele defendia a necessidade de coletar
informações concretas e mensuráveis sobre os fenômenos sociais, utilizando métodos
quantitativos para analisar as regularidades e padrões presentes na sociedade.

Desta forma, os resultados da comparação deveriam ser interpretados.

O método de Durkheim, por ele próprio

Para Durkheim, o seu método sociológico tinha três características básicas que o distinguiam
de seus antecessores na sociologia, como Comte e Spencer:

1. Ele é um método independente de toda a filosofia. Ou seja, ele não tem que Ter uma
vinculação com qualquer visão filosófica ou ideológica do mundo. Ele não precisa afirmar
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nem a liberdade nem o determinismo; a sociologia, assim, não será nem individualista, nem
comunista, nem socialista, no sentido que se dá vulgarmente a estas palavras.

2. É um método objetivo. Segundo Durkheim, ele é um método inteiramente dominado pela


idéia de que os fatos sociais são coisas e como tais devem ser tratados.

3. É exclusivamente sociológico. Ou seja, não deriva da forma da filosofia tratar a sociedade,


nem da psicologia, e nem das ciências naturais, uma vez que afirma que a sociedade tem uma
natureza própria, que não é derivada nem da natureza humana, nem das consciências
individuais, nem das constituições orgânicas dos indivíduos.

Conclusão

As regras do método sociológico de Durkheim visavam estabelecer a sociologia como uma


ciência empírica e objetiva. Ao seguir essas regras, os sociólogos podem obter conhecimentos
científicos sobre a sociedade, contribuindo para uma melhor compreensão dos fenômenos
sociais e para a resolução de problemas sociais.
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Referências:
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico.Martins fontes. 2007.

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