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Caminhos da Terapia Ocupacional Marysia M. R. do Prado De Carlo Celina Camargo Bartalotti ‘Asim, oh uma histraespecfen porta das cin fete e edtagae, dv Uri modo geral# importante com ‘reer a vag de aividade humana em diferentes ep Gas ncunve era poder entender as diversas caracteristcas Skeumides pela profesto Terapia Ocupaconal em dierenes ‘homentas histo contexts sociocultural Desa forma, no héJnenrgade evlucionista na histria 4a Terapia Ocupacional, mas histiias que sao constutdos, 9 disleticamente, na cotiisnidade das relagdes soni, sein tas de ordem pessoal ou profissional (0s movimentos precursores da Terapia Ocupacional [Nos séealoe XV € xm aereditava-te que todos os indi duos que tuscitevam replat os tear ~ indents, vagabunds, preguigosos, incapares, velhos, prastitutas,Ioucos, deficien- for eonsderados como amcagas sociedade, deviam sor afer {ros eeonfinados num expag® isoado do convivio social. Eles ram resulhidos para que forse exidados, mas, na verdade, 0 (Guo te praticava era set izolamento o excusto, para proteger ‘Mctedale contra a desordem dos loucos e dos diferentes e dos perigos que eles represantavam. Nesees silos, que foram os [ntigus leprosérios da Tdade Medi, os marginslizados sci Gb mais tarde reconheeidos como doentes)soriam agbee puni- {ian dentro de um regime sentipenstencrioe semlesrtativo ‘hs disposigées de eorregae ¢veprossio dos deltosvaliam para toda aa eategoriae de "marginal", fssem eatesvineul {sa formas de desvio familiar do iniseiplina militar ou reli: Jfosa ou e ameagas & segurange publica. Todos eram reunidos fos mesnos estabeleimentos, pis estavam sob um mesmo ota lagel e enguadrados na catogoriageral de insanos: as Alfereneiagses que ocorriam no interior do enclasuramenta ddevinmse be exigénelas dsciplinares e io estavam associ {Gan & preoeupagao de realizar diagndsticos ou tratamentos ‘avis agentes institucionais que, contravios & presenca deal ‘indos naa ensas de detengio,propanham nfo sa eriagio de xpagos medics dentro daquelas instituigtes, como também. ‘vind « enclauturauenta dos doentos segundo os tipoe de com: portamento patldgins (0 que 6 «baso da tecnlogi ails). ‘Com fango de eardter mais religioso que médico, o hospi tal devin ser fugar tambésn para a transformacdo eepiritual de lima diversfcada populagto marginal. A install dos silos justfeavacse mais pelas exigtncias de ordem social que pelos hecessidodes terapétias de iglamento para o tratamento do flocnte A equipe hospitals tina como objetivo realizar tras tho earitative, cot « pretensdo de salvar a alma do pobre ¢ 8 sue propria; presenga do médico era mals para Justificar @ 0 existineia instituconal qu, propriamente, para a promogdo da ‘hide até que e hospital se envertou em expago médica e seu Foneionamento fot reorganizedo sogundo eriterios médlens, bora 0 surgimento do hospital eomo instrumento tera: putico teas ocorido no final do século XVI, fok somente & parle do info do seetlo XIX que surgiu a medicina hosptalar Pe hospital terapentico como o compreendemos atualmente; Ste entdo, a prétea médion tinha earater nio-hosptalar. AD ‘Serom propostos eomo “mele terapéutien”, foram reoganizados ‘amo evtabelecimentas expeciis, mas mantiveram as mesmas| ‘Garaceristeas de discriminagto eocial da velha organizagéo foopitalar. Com a madanga do carter e dos ojetivoe do hosp tate médico adquir o poder en responssbiidade pela orga- pitagdo hoepitalar, que deveria tornar-ee um meio terapéuteo Inteiramente medicalizado. O tratamiento, imposto pelo diagnéstico médico «justifies do pela racimalizagtoterapéutic, aparece como uma expéele fe angio que deveria ser disfaryada. As transformagbes do Saber © da pritce mdicos procuraram eliminar as desordens ‘correntes das enfermidades ede sus estrutura econdmico-so- dal controlar minuclossmente ox corpos, os comportamentose {5 diseursos, por mecaniamos disiplinaresintroduzidos na ee tidianidade. Se até o seule XVI 0s eriminosos, vagabundos, Inendigos ¢ dementes em geral eram confundidos, tratadoe todos como “marginais”« assstdos indistintamente, a partir do culo XX, com a meiielizago e aiferenciagto dos apare- thos de tratamento, oloaeo eo idoteforem reconhcides por thus coracteratoas, mas essa identificacio earecin de status entien ‘0 pesquisedor francés J, P. Goubort trax interessante es: clarecimentos sobre a histéria do seu pais, eom relacho 25 transformapies no esmpo da assiténcin aquelas popul marginais ‘A nox de trabalho as de ativdade penetra mundo hospital, ‘to como melo terapsin, as como modo de edueagen, de cer: (io fen de mora. Isto 29 pasa na Prange, sfculos XV ‘fond wana profunda crit etnogrdfin, sole eins, a pete {eva guerre fre loos stores pinipass, Naguele tempo, 08 ‘ecuros préprios aos huepitaisdiminuem fartemeate, no pasay ‘que a demanda crac sensrelienta [Na Paris revoluciondeia (1794) efi do seta Tham iso aspira a aperigoar a atten humana em pera enone i A Medicina do peequinar nae, -10“tatamenta orl preeoizado por Pinel (1801, dei aplcado yeas seu np, os, come squirt, deorre da nag de docnsas mentale, Sas ‘quis se pensava que provinham de llerepbe palgiee do ‘treo, Uma trance se sri: m doe hora reso pars oe loos. as vi pormitr teatar de forza Re benevolent oe “allnados” «do tentar dialog sm sles, por internat da rimolrattrapia ocupconas 900, pp. 973) 0 “ratamento mara", que ere a easéncia da atvidade te "apéutiea asilar, truxe a iia do allo como umn cara do tsducagao de caiter especial, onde se deveria reformer o ea. "ito do doente, ineuleando-Iho ab normas de condute mediante \écnieas discplinares de carter eaertive, «partir do sea tae Jamento do ambiente sociofemiliar Os resltados ou eden terapéutica dessa estratépiadiselplinar nto poderiam ser ava Tindos por indices de ‘cura’, mas, sim, pelo funcionemento institucional, pois, de forma sutoritaria, oque se pretend era 9 recondicionamento do doeate para impr desordem. Nes: 8 perspectiva, ¢ interesante apontar sents aflrmagio do lao Arruda, reerindo-se @ Pinel ‘A tereptatica ccupecinal a ent Sntradurda, come parte inte: ‘ante da sua refrma. Arnon Pil“ eal constante Me Aca a cadeia do peneamentoe mirbdoe, xa as fetldadee So ‘ntendiment,dandorhes earn, por, mantém werden ‘um agropaments qualquer de leaado”s 1962, 25) Para a Escola de Tratamento Moral, o problema central é ambiente fino e socal e a situagto de vida do paciente (oxpectos que devem ser modificadce a desorganizagan do comportamento, os hébitos errados © as roagios ao entreese (eonsideravacse que 0 doente apenas aucumbiva as pressdes externas, cabendo & sciedade a obrigagio moral de ajuda lo a vollar a vida normal). Seus objetivor erazn a mediiagao ¢ 2 correo de habitos errados ea crnglo ¢ manutengdo de hihi tos ssudaveis de vids, visando & normalizagao do compor tamento desorganizado do doente. A metedslogia: progreme com énfase nas atividades de vide dria (AV) consideradas normals, em ambiente alegre e de apo, que propesionastem tum vida eaudavel a0 doent; preconizava o uso de “emédlon” tmorais, do educagdo « atividades cotiianas, como jogos © 0 trabalho, para normaliar o comportamento decordenado do doente mental ‘Uma das formas de eujeigio dos doentes, dentro das est. tégias do tratamento moral, ota introdugao do trabalho, em ‘8 ulilizagao ordenada e eantrolada do tempo, comme recreate rapéutico (uma agdo mais préxima da laborterapia), preten samente “ressocalzante” por favorecer a eprendizagem da ‘orden e disciplina, ¢ como forma de rentailizgao econbmica do aslo, Foi concebida uma estratégia com o objetivo de slean. ar 0 equilbrin financeio dos ails, aveada tanto na admis. #0 de interns pagantes com no trabalho gratuito das interns, ‘om formas de chantegem como a distibuigio wu retengao de poquenos privilege. [Jo trabalho prodativo passa a ser enfiticado ¢ 6 também por ‘cio dele ques espera alengar a renee sil, © trabalho como ineraments de trap oupaconal méia, Portanio, presets © orentado pre médior, sendo nels central do Tratamento Moral, determin a rlago eel, até hoje conserva, entre pogaletzas terapenterocupacinnas (GBenettan, 1995,» 22) Assim, até meados do eéculo XK, prevalece 6 movimento alienista, maresdo pela compels pelor insanos, ji vistar fcomo doentas que doveriam ser eubmetidos a intervengdes te rapéuticas. Contudo, eriowse ume justieagho médica para « txploragto dos doentes,assaciando 0 objetivo ecambmic (otra balho dos interos come fonteorgamentéra para e manttengéo 4a institugdo) ao objetivo de ocupagao,recreagto ¢ dseplina so. A "Bscol do Tratamento Mora, proposta pele movimento alienista, baseado na flosofia humanist, foi a escola preci sora da Terapia Ocupacional a h om @ inplantagdo do racionaismo experimentalista e « ‘afirmasio do clentfciemo como atitude inteloctual, so dé 9 ‘Sévento da Plouofia Postviata e Esesla do Pensamento Cien- ttc, objeto do enfogue,naexpliagsoe tratamento da doenga rental, passon a ser 0 cércbro humeno (om ver do ambiente), (Ct tiologia da doenga mental passou a ser ientiiada na patolgia do etrebro, O individualismo substitu a floeofa hue ‘anitéria que apaiava otratamento moral. ‘Sem um fore comprutitimento socal para trataro deenia | rental e com inaisigdes euperotadas (fato agravado pelo if ffluxo de imigrantes), 0 tratamento moral declinow no séeulo ? SIX period de obseurantismo no to das ocupagba). Passou a | predominar a concepet erganicista dn doenga mental, que era “ Expliceda por concetos anatinios,bigusmicos ou endoerinas, ‘smn realizagao de estados clinics e irargicos para lealizar tlteragies encefilicas que eeriam responsdvels peas condutas fo doente mental oo ‘Segundo Kielhofner ¢ Burke, no inicio do séeulo xx ovis s>. 1 reemergéncia dae idéine do tratamento moral, aliadas 8! [| ° fmergéneia de nova “Teoria da Priesbologi” de Adolf Meyer, ‘a gual estava bascada nas relages entre padres de hebitos ©} fdoenga mental. Embors Goubert afirme que Meyer, de origem © ‘orte-amerieana, nfo se inspirou hos prinepios do iratamento ‘oral (que estevam muita mais assocladas ds pratiees profit) ¢ sionals exeredes na pegatria francesa) o que ep tom é que a) hhomem passou, entdo, a ser visto como’ um orgeniamo com" > pleno (psealgico bisgien, em interagio com o mundo so- al), O enfoque, ago, ésobre os mocanismos de ongantzagao 8: 4s camportamento ertilo de vida {menor énfase sabre océre- 3 @ ‘roy problema 6 a desorganizagto do papel social; a metodo- $5 logla de intervengao basea-ee na wtilizaao ativa eintenconal ®) to tempo, dividido egullibradamente entre trabelho, ropouso, 2) \_Iaer e sono; 0 objetivo organizer o comportamento, “aS ‘da psicobologiav em razso de dois sels 4 _prevengio deacon ene {indy nitmere de peseoas icapacitada fnoviments denotsimeaa(Teabiitagne” fom ee, A medida que hhavia a necesidade de pessoar-eapatitadas produtivas para ‘8 reconetmagio socal no pés-guerza,cresceu o reeonhecimento Ea Q do tratamento pela ocupacso no atendimento tanto ao doente fieico como mental, Visando A veailtagio.e reinsergi social do individo pela restaurapao de sua capac para um pal produtivo em roiedade,o tatemento por intr rtio das oeupagtes propane, enti, treinamento de hébitos fnlequadoe do auloeuldado © de compartamento roca mediania fradualismo de demandes fsicas para, atvidade onus cancepgd de harm de un ongeismn qu we stoma tem ec ante-oqlites no mundo da raided, etando em vida ttiva euro fio i, usando, vvend eagnde o seu temp, em harmon cmn sn pia natarera es ature @ oun volta. ‘une qu amos dene menmes gu dé even dfn todos sg he He De ta 2 et (0 Meyer muito influencion Eleonor Clark Slagle, americana (que veio «ser uma das fundadoras da primeira eoeola regular de Terapia Ocupacional nos Estados Unidos © da Associagio ‘Americana de Terapin Ocupscinal. Suas ideias, bascadas 90 _princpio-de_que ¢ somportamento so poderia sor organizado pelo rir, pela ulizagaa ava e a tempo no eon- foram determinantes na coast nove profissdo ca Terapia ‘Oeupadional” ‘Na histria da Terapia Ocupacionsl, dove-se fazer refréa cia, também, a outro médico ~ Hermann Simon, que veio ater forte infludncia sobre a sssistincia psiquttriea braslera, tubretudo pels trabalhos de Lair Cerqueirae Ulsses Perna: Ducane, Come psiguiatr, Simon praticave a ocupasio tera- pltiea, desde 1905, no Hospital de Warstein ¢ depois em Gutersloh, na Alemaahe; seu método, denominado “Testa: ‘mento Ativo", parti da iin de que "Vida 6 etividade,prine- i rege tanto a vida corporal eoino a mental, dado que v en fazer nada ae no fz ago ut, far algo indi” (1937, p. 28. Opanhe-se, assim, a dinoterapia (tratamento do let, to em voge no seu tempo, pos arediava ‘que repovso do encamamenta acarretava a abligho de ati dade mental e a deméncia, Pars od. Simon, da Alemank, deve ser dd orto primey ‘ele utlango das ecoperes, ¢ depois pla opagtoindutrial [Praticad em todos oe hoeptain piqustriae«atnascpecas, ‘om um tena « planeenentos dain, barca ere. to finan eoatvoe. Fe em 1905, no Weatphcin State Mew {al Hooptal tn Goterlh,situado entre Dassedot¢ Hanover, ‘gee Simon desenvlvea eeu eequer de trapin ocpacinal © {plc sisiomaticamente em oda o hora Aenergae ose ‘0 de seus esorgn pada ser avlindos pla fato de que ele ‘onsegu coupe, em um tnt terapticy, 8% de a ps ‘enter, So rputagto we epalhoo, nie omente em outros how Pitnie pigiseee da Alemanha, mas na Buropa em geval. 0 Indtods de Sion fi eopindo com sueeso mo State Hospital of Baden, em Richna ain no Sth German Mental Hopital fn Conta, tes comm mao ato (OSU, 195, p.7) fim, a ia do uso terapeutico das oeupastes como pré- tica médica (na realidad, exercida por enfermeiras ¢asssten- tes socinis) aparecen na literatura médica a partir do século Vi. Contudo fot sormente no sécuo XX que se deu a aceltacto te uiilizagio torapéutlen da oeupagto, a partir do reeonhe Smmenta de que a sade do individuo ests ligada As eomple- idades das experndas ddvias, num mundo fisico © soeal ‘omplexo,e da sfimagdo sobre odirito do homem de se livear {de doonges, de ser reepitado ede se autosatistuzer. ‘A profiaedo Terapia Oeupacional, quo surgiu na segunda Aeada do século 3%, resultou da compartimentallzagto doco ‘hecimentn, com a coneeqiente especalzaeao do trabalho, © feu alcance profesional continu, em grande medida, varando segundo o campo médieo so qual ela esta associada (ortopedi, ‘neurolgia, geratria,peiquntria te) Segundo refertncia de alguns manais de Terapia Ocupa- onal, William Rush Duatoa fol quem lengou, em 1915, 0 pri telto manual completo de instrugaes de Terapla Ocupscionel Occupational Therapy: a manual for nurses; 0s primeiros ‘rabalhos tries em Terapia Ocupacionl form indicados es pevialmente para enfermeiras. Em 17 de outubro de 1917 foi Fundada nos Estados Unidos a National Society forthe Pro ‘motion of Occupational Therapy, eujo primeiro presidente foi 26 Goorge Baward Barton, um arguiteto que havia experiments Adon efeitos benéficae do trabello durante sua propria doenca ‘A organizagio da Terapia Oeupacional, como catogoria pro fissional e como profissio da drea da sai, esa bastante I {geda no peredo da Primelra Guerra Mundial, qoal provooos (aumento des ineapacitades neurdtieot de guerra. A primer ‘= escola profiasonal nos Hstados Unidos ft eriade em 1917, fenquanto em outros paises (como Inglaterra) a profzeso fo {netgurada com o inieio da Segunda Guerra Mandl. Os eur fos © programas de Terapia Ooupacional eram conduzidos © upervisimados por médios com auxiio de enfermeiras as Sitentessocais, que muitas veos acsbaram se transformando ‘en terapeutas ocupacionais, [aquela époea, at mulheres eram escalhidas pera exerear ‘profs, pola aereditava-se que suas caracteristicas matornais fosvers mito bendfiess no tratamento doe doentes mentas Foram elas, também, as plonelras no trabalho com indivi duos Ineapecitados, nesbendo a denominasao de “aniliares de reconstruc’ ‘De seardo com Kielhofner © Burke, nas décadas de 1990 & 40, nos Estados Unidos, a Terapia Ocupacional vivew uma pressdo do desenvolvimento do canhecimento citi na rea Ale satde que, a0 dfinir melhor as patologias, exgia também intervengdes mais dfinidns, para que salsse do senco comum ealeangasse slatur elentiiee, pois o tratemento pela ecupa- (Ho (nos maldes do “Paradigma da Ocupagio") ers conside- ado no-cientifen. ‘Estas interpretages sobre histrla da profisso apontam para uma representaggo da Terapia Ocupacional como “vtima™ Alas pressdes da medicine, pineipalmente quando we fala de ‘ume “perspectiva reducinista” de pris, Na realidade, 0 ‘que pressonou a Terapia Ocupscional a adotar novas estat tise de tratamento foi a nocetsdade de responder @ novas ‘guesties que se apresentavam, bem eomo a6 demandas das populagse,alteradas pelas novas daccobertas formas de tra- ‘clas, A merida que te demandas das populagies se tarnavam mais eomplexay, 08 profissonsis buscavam formas melhores © mais eicentes de responder e tratar os problemas, assim eomo foram rendo deeenvolvidos nove recursattenicos etoxnologis. n [Na eid, porticulrmente na train capstan, ebre-e ‘evo pir a reedaplagt «realist; comogam a arcades a ‘Prosanaigos pore one tendo gu, para ale da "mara" «de ‘rier exit algun prepare tm poaco maietenio, male lente ene na gue, ao longo das Aendas de 1020 30, bh spioxinagtopradatv, snd qu sulted train oer ‘ional cm a categoria médin, com oque busca st autoconer, Devens a lode, uum cere elatue profissonal expecaizadn ps, 1901 p-25)" > Apesar da grave crite econfimica que ating 8 Estados ‘Unidos no final da déeada de 1920 e se espalhou pelo mundo (period da depressto), 0 que provocou a quase extinedo a programas de recuperagto dos incapactados, com a Segunda ‘Guerra Mundial eurgin a necesidade de terapeutas ocupaci- nis em hospitals civis © militares. Com isso, houve um au mento desordenado do nimero de ecclas (o que exigiu a ‘laboragio dot padres minimos para os cursos) © uma ex pans considerdvel da ‘Terapia Ocupacional, sobretudo ne frea do tratamento das ineapacidades Misia’ Logo, tanto a Drofssdo come ox primelrve sevigosespecilizadon vo surgir Alentro de lenis tais como asilos e hospitals gerais que, no Alecorrer do tempo, foram se transformando em entidades de reabilitagso f ‘0 aperfeigoamento dos conhecimentos na aves da satde cexigio desenvolvimento de novos procedimentos de tratamen- to; halismo do Mayer (com a perspectiva do homem intra {indo no ambiente), considerado como nio-ientco, perdeu {in uéncia e entroa em decadéncia. A Terapia Ocupacional passou a prvilegiaro enidado diretamente dos problemas m0 {ores da incapecidade fsa e da patologia intrapsiquica da Aloenga mental, adaplando-se ao novo modelo médica para, dessa forme, adqutir maior recomeemento profisional esol “Durente ar décadas de 1940 a 60, a Terapia Ocupacional ‘or fovtamente influenciada pelo Movimento Tntefnaciona ‘de Feabllitagio, nascido de uma neceesidade da populagio-de ‘tendimeniss em especial na éree das disungoe fisias. Fol tum periodo de intensastransformagies na rea da sndde, como se pode observar pelo text, a seguir, de Mosey. 8 A media que dimina a massa de veteran incopaciads, gr os precupadoe ct nn grande nimero de condgss inespart {ores procuravaseneahiltago, Foram estabeleido programas ‘perils de acordo con su catoprine de does Valores, idle tividades relativas ao neapacitado fram alle: ‘dee conciitantemente 20 mviento do reabiitagt. Por ‘Shemp olde fare & movmentag pcos exertion de ‘romaionttento; maernis aver eexpevpentaso Ivara a puree proto ¢ ertapédinoe melhores e adepaon oo indie ‘Huy foram denenvolides novas tenieas, gragae ao combos Tnenfo maior do stem nraromarclar,oestagtopacosail «| 1 teinementovoasonal fram conederado una arte signif Cotiva da reablitagia, Peete interestdas em pelquati c negara a formelagto da teri de que a doenge mental surge Ae relopesintarpenais ertneas, Ax portar dor hospitals fram hertae As ropa camera sr ardae quae universlnente ‘be astein a pacentes peg, Havin mata explore 4s formas mais nov breve de terepa. As pestascomesaram, 'reconfoer que a eomunidade era importante] Juntamente com outros grapes proisianls emergent, a tra Pia ovpacional nsvacowse to movimento de rebiitato[.] Abas ai tada oneletemente polo forapentaceupacional ‘durante ene perfod ors, na melhor dts hipitaser, embrinica. A fae nt na ten edo que na tia 879, pp. 489) sas nformagdes so muito relevantes para a comprecnsio de historia da Terapia Osupacionsl no Brasil, pois fe justa- Inente nesse perioda que ee eonsituram os primeiros cursos {e formapio de terapedtar ocupacionals no pals. ‘A Terapia Ocupacional no Brasil ‘As primeias insttuighs brailsiras que atendiom pessoas com incopacidaiesfsieas, sentorais 0a mentale foram eradas {partir da segunda mstade do séeulo XIX. Os estados do Rio de ‘Janeiro, Sao Paulo e Minas Gerais foram oe piaeires, com @ Tandagto de hospitais (especializados em atender deicientos ‘Visuals ¢ ausitivos « doenter mentais) e de escolas especi- Tisadas para deficientes mentais, como: o Impertal Instituto dos Meninot Cegos e e Imperial Instituto dos Surdae-Mudoe (au), Asilo Provisério de Allenados © o Institato Padre Chico (sP) Muitoe deateshoopitais,fandados naquele temp, existent ste os dias tua. Na histria da utiizagdo das ocupagses como forma de tratamento no Brasil, € importante a referincia a vinds da fami real portuguesa (séeulo X00, que deu impulso 8 ees. truturaglo peiquidtriee, principelmente depois da. Indepen: encia. A utlizagzo do trabalho como forma de tratsmenta, no ‘Brasil, inieouse oom a fundagdo do Hoxpcio D. Pedro Il'em 1852, no Rio de Janet. [Em 1698 iniiou-seo fancionamento do Hospital do Juque 4, atualmente ehamado de Hospital Franco da Rocha, sim terreno de 1.40 alquoires primo & cidade de Sto Pas, para tender os doentes mentais de todo 0 pais. Franco da Rocha ¢ Pacheco Silva lé introduziram o tatamento pelo trabalho Intitulade “prasiterapia”. O Hospital do Jaquer chegou a ter tals de mil pacientes internados, sendo que a principal stv dade desenvolvida pelos pacientae era de cunho rural, desta. ‘eando-se a agropecudvie, euja produeso nao apenas supra, necessidades da propria instituicdo, como era comerillzada No inteo do século XX, surgiram novos trabalhos baseados nas ceupagies, como a Calinia Juliano Moreira e 0 Serviga de ‘Terapia Ocupacional em Engenbo de Dentro, com Nise da Sil veins, no Rio Janeiro, A forma de tratamento era pela orupagdo dos pacientes internados, em atividades rurals ou oficinas, fomo as de ferrara, mecines, elétrea, mareenaia, entre ours, propostas pelos médicos e acompanhedas pela equlpe de enfer. ‘magom. Esse tipo de tratamento, com 0 uso da oeupagd tra plutica, estava bassado no tratamento mort, partindo, do Prinepio de que s erganizagse do ambiente © das ocupactes leva a reorgonizasao do comportamento do doente mental. Em 1928, Honrique de Oliveira Matos redigia sun tose inaugural dacadeira de Paiquiatria da Faculdade de Medicina da USP: Laborthoropia nas Aifecree Mentaer ~ wm esto fon damentado no tatamento moral sobre a terapeutica plo te Dalho desenvolvide no Hospital do Juquert Esse trabalho tarnou-se 0 mareo inieial da produ cientifica nacional sabre 0 a tereplutiea ccupacional (somo era denominade, pelos médi- foe brasleras, 0 tratamenta pelas ocupagtes. Bm 2091, Ulises Permembucsno introdusia # ocupagso terapéutien no Nordeste do Bras mediante a ria da As. Sstancia 8 Pslcopatas, Ele propunha uma aggo multiprofssl- fal intra e extr-hoyptalar,Integrando stencao preventive, furativae de reablitagao (prinepalmente trabalho egropecus: Ho) Abra de Simon = Tratamiento Ocupactonal de los enfor ‘os mendates (Gadueao espanhala de 1997) ~ ere considerada 1 bue tedtien do set trabalho e leita cbrigatira para todos (Os programas para ineapacitads fics surgem, no Bras, apenas ni década de 1940, decorrente do Movimento Interna” ‘onal de Resbilitagio. Os Gngtosresponsdvels pela dvalgacto pela implantagio de servigos de reailitagao gram entidadee frvernamentaise nfo fovernamentals, como @ ONU, a Ongani- $agdo Internacional do Trabalho (Om) e a Unesco, difundinéo Tein proteconietas aos deiclentes mentals¢ defiientes fisicos f propondo a implantagéo de programas especiais para essa popullagaa Enquanto o Movimenta de Reablitario so originava, ao bretudo nos patsos quo partiiparam das duas Grandes Guerras, como eonseqiencia do aumentasignieativo de ineapacitados Aices, no Brasil havia uma maior preceupagio com pacientes ‘rons (com os portadores de tuberculose,deilencas con ffnitar, acidentador no trabalho, de trinsito, doméstios ou por docnear ocupecionais. nessecontexto que surgem muitos profscinais, como fsitarapoutas terapeutas ocupacionas Com a intredugio dos servigos de reabilitsea0 Aiea no Brasil oorrerai cerias madangas ne eancepgso de eadde Wi gente, seuindo modelos estrangeires de reablitargo. Embore fem nosso pals j4 houvesse experiéneas de uso das ecupagses ‘im objetivo terapeulien nos manlebmiospsiguatrens, houve Implantagso dos eure de formagio de Terapia Ocupscional preferencalmente na area da reabllagio flea, ee por infsénela nortesmericana, ‘A ONU assumiu ume estratdgla mais efativa para 2 im plantagto de projetos de resilitagso nas quetro continents, pela demonstzacéo de enicas de reebilitgso em centro que Seviam responsavels pels realizardo de atiidades, objtivando 2 formagio de proisslonais, bem como assstenca para popu Tago. Bm 1951, 8 ONU enviou pare a América Latina emiseé a ios responsveis por encontrar um lal adequado para a im plantapio de umn Centro de Reabiltagt. ‘0 Hooptal das Clinicas da Faculdade de Medicina da Uni- versfdade te Sao Paulo foi escolhido para a implantagio de um ‘Centro de Reabltagso por diversas raates: js exisis um setar fe recuperagdovineulado ao Centro Médico da FAUSP; 0 Centro ‘Medio a faculdade eram 08 Unios clasificados como grau A, pela Assacagto Médica, Americans: 0 Hospital das Clinicas stavaligado a Universidade de Sao Paulo ~ centro université to de renone internacional; situavacse num grande centro ur ‘benorindustrial ~ a cidade de Sao Paulo ~ que apresentava tima grande demands de ineapacitedos, podendo possibilitar 2 feerlocagao prfissional desea populardo; ora apoiado pelo g0- ‘erno local e federal, por intermédio da eoncesslo de espaco ‘eicoo recursos financeiros. ‘Na déeada de 1940, o Hospital das Clinins da Faculdade de Medicina da USP 4 realizava um programa de Isborterapia fom oe pacientes internados sb os ctidados do Servigo Soci fifim de reduairos efeitos da hoeptalizagao. Desde 1951, esse hospital ja se proccupava com a reabiltagéo de ineapacitado. (Os técnicos ne epoca, eran envindos soa Estados Unidos para fvtudar tecnieas de reablitagio e para trazer a0 Brasil nova Sthordagens. Denre esses profssionas, pode-se destacar Neyde Tauck, que estudou Terspia Oeupacional na New York Unk ‘ersity: Bla er aststente social eenfermeire do Flogpital das (hina. Eno, nin, do Sorvige Sic, verifcamos que os pacientes ‘ham problemas de edaptagioe evan ma oisiade, AS, come amet desenvlver tin programa de Tabortcrapia com 08 ‘Silene: tabalhos mamas, shows, tanto, aera, ineusive Tasiamon fetes na enfermaria, Hauck, 1086-1, apud Soares, 1861,» 12) (0s téenicos que retornavam iam para a Clinica de Ortope dia e Traumatologia, que havia #do inaugurada em 1953 ¢ fonde era desenvolvido im amplo programa de reabilitagto. A parr decses programas, comocaram a surgir varios eursés de 2 formagso téeniea, como o de Fisoterapia¢ de Terapin Ooups- Clonal que tinhat inicinimente um ano de duraczo ‘Bncontramos num registro feito por Carvalho, médica as sistente do Hospital das Clinics, informagies interessantes Sree str eeatscersticas dow servigos de Terapia Ocups- onal na década de 1950. A Terapéutiea Ocupacionel era {efinida como o “emprogo sientifien de qualquer tipo de ocupa- {20 ou trabalho, na renbiitagio do ineapacltado” 1953, p. 19) [Nossa dpc é se teconhecin a importancia da Terapia Ocupe ‘onal na reailitgao ereinsersdo no trabalho do traumatizado fe guerra e reconhecia-se que, Snanceiramente, melhor seria Feabilter do que manter uma poteoa dependente dos recursos {io Estado. © campo da reabilitagao era considerado, no inicio tla déeada de 1980, um dos pos mais recente da medina, tendo um pitencal elevedo para transformar 0 invélido em ‘o-de-abrn atuante ‘Em 1956, s OXU implantou o Instituto Nacional de Reabi litagdo (NAR), na Clinea de Ortopedia e Traumatlogia no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Univers dade de Sto Paslo, que, logo em seguida (1868), passou a se chamnar apenas Innate de Reabiltaglo (i) este foncionou ‘te 1068, tendo popel reevante na formacao de profisionais 4 ron de reabittapto, OI inks duas Gnalidades! asistencia, ‘gue consistia no atendimento aos dfilentes mediante progra- thas de reabilitagdo, eo ensino, promovendo eursae regulares para a formagio de profisionals em diferentes campos da re Iilitgdo (argos de eioterapia, erapia oeupacional,crtses © bites). No init, fnclonava com téenieas de quo a Clinica fe Onopedia jt dispunhe; esos téenica, que iveram sua forms: ‘ono exterior, em especial nos Estadoe Unidos, eceblam bolsa- Suvilio da Organizagto Mundial da Sade. ‘De 1956 até 1965, o Instituto de Reabilitaci recebeu aux. tio tdnieo internacional, para a preparagio de um Uéenico loeal ‘tue, posterirmenta, assuminia‘0 nervigo. Dentre 09 téenicos ‘due vieram ao Brasil, para 0 Instituto de Reahiltago, estava ‘Bizet Eagles, que 1a permanecen durante um ano (1964-65), Sendo responstvel portal eurea de proparaeaa; apie o termine ‘do curso, uma pestos que havia partcipado dele fei esclhis para ser responsdvel pela formagao de outros profissionsl Pele assistencia no Inetitato de Reabitaeao. A profscional tscalhida foi Maria Atailiadora Cursino Ferrari A terapeuta ‘cupacional Nepde Hauck era, nesse period, responsével pelo Servigo de Terapia Ocupscional da Clini de. Ortepedla © ‘Troumatalogie ‘Até mango de 1965, o IR atendew 2402 casoe, Dest total, 87.1% erem ecometidor por afeoes do aparelho locomotor CContudo, segundo Lopes, o Instituto néo se preocupava com formapas dos profsionais com conecimento mals amp, mas ‘em cumprir com as exigneias da ONU. A formagio era restrita ‘espectin daa profisses téenitas de reablitayao emineate mente clinic, refrente & sintomatologa, a inlervengao medica spoctia, aos praeipis de indiengso terapéutin se.) eendo ¢ ‘Terapia Ceupecional reponsdvel somente por mnbros supe ores e pelasténieas em atividades de vida didria ‘A partir de 1989, iniciou-te a fermagio de “eeniooe de alto ‘pedrdo" em Fiioterapia e Terapia Oeupacional, por internédio eum curso com duragio de dois ano. Isso veio de manira a substituir cursos anteriores, como os de formagao em servigo Sferecidos pelo Sei em S40 Paulo, ou mesmo 0 curso de rea. Tiago de eurta dursqio ofercide pelo proprio TAR, cab dire 40 do professor Robert Talibert, Em 1960 fi énaugurad 0 fareo deni de tess, préteres¢ lacimogo de cos ‘Bm 1863, deu-ae e aprovagio do curriealominimo do curso do Terapia Ocupacional e Fisioterapin da Associagdo Brelaira Benefiente de Reabiitasio (ABBE), do Rio de Janerv, embora ‘om salicitasse a entinuegao da formagio apenas tenien dee Se8 profissonais. 0 cureulo fo aprovado com 2160 horas, para trés anos ltivs de duragio e em nivel universitari. Laso Tepresentou uma grand eonquista para aa profistes © 0 dese: trado da classe medica, que nto desejava ese tipo de emanc. Dagdo. A partir de 1964, o curso de Terapia Oeupacionsl da USP paseou a ter durago de réesnoe J& nesanépren a frmagio de terapeutas orupacionaisextava muito mals Higada & Reabilit- ‘0 Fisics. Somente alguns anos depois ¢ que siveram Iniio ot [stagos spervisonados en otras reas, como oda psiquiatia, Em 1969, a profssio de Terapia Ocupacional, enjunta ‘monte com a Fsioterapia fo recenhecida como de nivel superior Nessa mesma épeee, com o processo de Reforma Universita, © Instituto de Reabltagao propos que o Ik passasse ger una Aviso liga diretamonte ao Hospital das Clinias i, eno mais ao Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Cont u aso, as fungbes de resbiitago etreinamento de pessoal do foram se dtsolvendo, até sun desativagso total, com cone ‘quente diepersdo dos téeneon pars outras unidades do He © para outraeineituigies, ‘Deas frma foram surpensas gadativamente ab fungee ase tendal do Tnatitta de Reba, endo qu, part de 1960, tsrestavam ae fungiee de enn au quni so foranre bastante ‘recdrias na parte de elias, como consegndneis da suprsato Aas atividnds praca do Inattto de Reabitags, (Almtengn ‘© Fora, 1946 n Sores, 1901, p. 161) (Com a extingio do tf, no inicio da década de 1970, o curso de Terapia. Ocupacional da USP fol reformulado © passow a fazer parte da Faculdade de Medicina da Universidade de $0 Paulo. Em dezembro de 1998, passoa a compor o now Depar- lamento de Fisioterapin, Fonossdiologia © Terspia Ocupacte nal, da Faculdade de Medicina da US ‘Atwalmonto (2001), existem 20 escolas de Terapia Ocups: ional no Brasil, sendo: sete na Regigo NortoNordesta (Pa Maranhto, Ceara, Rio Grande do Norte Permambuco, Bahia © ‘Alagoas; duas na Regiso Cento-Oeste (Mato Grosso do Sul © Golds, 16 na Rogiao Sudeste (Minas Gerais, Sio Paulo, Rio de ‘Janeiro e Eapirte Santo, quatro na Regio Sul (Parand, Santa Catarina © Rio Grande do Sul ‘Asc, embora a caracteristicaseqpectioas de cada pal © de eada extra team dado origem a dferengashicreas rela tieas @ cnsttueto da prise, dos seus pressupostos ttre moetadogicas edo seu campo de atuaplo,edécada de 1970 pode Ser considerada um periodo emblemsticn da histiria da Terapia Ocupacional. Para alguns autores, aquele fio periado de “rise de identidade da proisao"; para muitos, esta crise 86 perpe tha até hoje, sem que a eategoria tenbs conseguido chegar um eonsense sobre definigies, ientidade profissonal et, Entretanto, a busca do definigdo de Fungbes em relagio a ‘outras profiksies ¢ de erescimento do espago profesional no mercado de trabalho acabou por fazer deste um perioda mito fertl em termoe da produgdecientificainovadort em Terapia ‘Ocupaciona. Foi a partir dessa época que se traram cone: dos of trabathor de Fidler & Fidler, Auima & Azime, A. 8 = ‘Moses, A.J. Ayres, M. Rally, G. Kilhofner, entre outros. No Brasil grande impulso foi dado 8 Terapia Ocupacional pelos ‘ntudos da terapeute ccupacional MJ. Benetzon ~ que se de- ‘dice deade a decada de 1970, 90 desenvolvimento de uma abor ‘Gago paicodinsmica em Terapia Ocupacional, pelo médico Tals Cenquelre ~ um dos primeiros defensores da necessidade fe mnodeenizagao da assiténcin peiglatrca, pela eriagdo de Servgue extra-hospitalsres de eaddo mental ‘Aimgortincla da tropa ocupacinsl est para nds, no fia de onwtcir elo nial de una code evoutivn para a eomni Sr terapbten, pb razoovelmente colada, «TO pode Fp: ‘Sar em sou aivel, a ambintterapia que mitre ¢ desenvole {oe o proces evlutivo da rena, (Cerguira apd Naw ‘Sento, 3905, 9.107) Segundo Nascimento, como decorréncia da necessidade de berture democratizagao vivida pola sociedade brasileira desde final dos anos 1970 ¢ do eescimento dos movimentos ftciais, muitos terapeutas cespacionais brasileiros que trabs Iavam ma area da sade mental engajaram-se, no inicio doe lance 1980, em projetos de transformagio instituional © na Slut entimanicomial” Dos muitos eventos realizados nessa Goce, eguindo 0 movimento Interaacional de desnstituciona- fagdo e democratizegdo da assistencia psiquisia,discutin flo as dindmices de exclusto, dominagao controle dos doentae ‘hontai nas e pelos insituighes manicomiais, desencadearam- Grvexperiéncias transformadores em diversas inatituiges por {dos pas, Ease proceso ve acotecendo, nfo sem resistncia, preauooe beicster de grupos eonservadores, mas contando ima pavticipagdoeftiva de multe terapeutes ocupacionas. ‘A seguir, prcuraremos cnnfigurerquais so as tendéncins stuais do earapo da Terapin Ocupacional, a partir da década de 1980, Perspectivas atuais no campo da Terapia Ocupecional istoricamente, a profes sofreu dois proceesos istintos m, mediante oeapagao doe doontes erénicos em hospitals de 36 longa permanéneia com base em programas reerestivas elu aaee eSpicom outro pla resturagao da eapacidade funcional de tncapactados fslos ean programas multiiseplinares SEaunitegao,sendo que, de modo geral, a pratia da Terapi Setpucinnal se consituiu sempre vincuieda ao uso de stivida Jentasjam cles de eutocuidado, de lazer ou produtivas ‘Em seu trabalho de dostoramento, discutindo as perspeeti= ‘vas murs recentes da proisao Terapia Ocupacional no cenério {nternacional, Lopes refere que a partir da sexwnda metade da fecada de 1970, devido so reflixo da economia captalista Sundial, acentuow-ee 0 prosessp de reduglo dos custo da as- Uuuncis § sade, eopecialiente nos Estados Unidos. Nesse process, foram definidas também medidas de qualidade dos Tervigosoferecldos, como parémetros para o core de recursos. To eve reflexos oe mereadoe de todas a8 profissbes da rea de radde, inclusive da Terapia Ocupacional, © leyou a um {movimento de cresente pres para que os terapeutas cups ‘Gonaia ee tomnasserm mais pragmtice, devenvolvendo prétc “SComprovadamente efieazee”(enftizando os aspectos mens ‘avels do cou trabalha) e“competentes” (om relagio &promoeso {de methorie da independéneia fanconal e insergio dos pacen- {coh para serem main compatitivos no mereado de trabalho, ‘f pratice privada tem erescido em diversos paises, come aa GritBretanhe, nos ultimos noe. Cantudo,« partir das dé ‘ada de 1960 e 70 na Amérin do Norte da dead de 1980 na Inglaterra um pouco mis recentemente também no Brasil {nisionsre uma acussto sobre a necessidade de servigos Tuniteroe e de gdes de carster mais proventivo; buscar & Drovengao ¢ manwiengao da sagde endo ob a reabilitagso, Emntrapondise & abordagem curativa que predominara até eno. ‘Apesor de ss politieas governamentais serem francamento fa ‘ordveis & redugdo dos gests publicos na area da sate, @ Tesducio des intermagies hospitlares teouxe a necessidade de hover servigoe comunitrion aso fex croscer a procura pelo {Trabalho dos terapeutas cupacionalse,consequentemente, a Inenlou o nimero de eetadantes ¢ de profissionais, mas ainda Ine falta deles no mereado de trabalho Besa epazente contradio teve consoqincas signifi tivas na Terapia Ovupacional e nas ¥érias formas de albar ede ‘tuar do ferapeuta ocupacions, com diferentes populagtes. De- Tineouse um compo de trabalho em que, atualmente,coexs- ” tm sri samntebesado em nes otcnlogie a ‘tiv slate ose snaps Cente wnlgies, tom alien queso lib Cmnladen mae exces Sando inereentr extetegis puree mls a ual Ande devin seeds dete pple Estar « clentle do Temp Gsopacinal anda eu consid, em sin main, por ages cnaderadoe “oe ‘eal (as psoas cm dels o dente crn oe oe Sox te), van populist io senidan per eb Ee sci inovedra as teapete espana sim pas chm quads nana Se curso mae pif, ‘som roe cn deco eal eo sal Contin exinde 8 ncesdad do sperr va etercot past da pris como de nso tay prison part 4 preconcloe scan 8 cpons predominant Femina dos terapeatan” Lape, 100,150, de nstar toss represented dont’ dan euior i tae ede {omar Terapia Orupecnal mais cnbusdasotalmente Prater at rnin onamentais colt de gure amare lmao de tcapestan octpeinss'nomereado de tale levou hae de ua “pedotorapi pana pratinda ‘0b diferentes denomisagis por ote rap profienae Contd, creo que moto sasin tm ard, ce ao, um prow de rscinentosaleinente de prose Ter bia Ocapaconal Os psi cate taro de sigumas Sas averse mae sgiextnnsaortagen ns tes ‘xistaniee no engl ctpo da Terapia Oapasnal entempe oa iniando-se pla Satu toreatedade husaea, ‘ean instrament os rear fundamental de inerente Referéncias bibliogrficas [ARRUDA, B,“Evlupohistros a cups com fn de amen 1 opus crpainal pur. 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