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Texto 10 Cultura Organizacional
Texto 10 Cultura Organizacional
CITAÇÕES
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[...] para a antologia cognitiva, a cultura é Vista como o conjunto dos
conhecimentos que são compartilhados entre os membros de um grupo ou
sociedade; na antropologia simbólica a ênfase recai não sobre os conhecimentos,
mas sobre os significados compartilhados ao passo que a antropologia estrutural
privilegiada os estudos dos processos psicológicos inconscientes, ou seja, ela vê a
cultura como uma projeção universal da mente.
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[...] os estudos sobre a cultura organizacional tendem a enxerga-Los de duas
formas: a) como uma metáfora, ou seja, considera a cultura algo que a organização é;
b) como uma variável, considerando a cultura como algo que a organização tem.
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[...] Schein (1984) [...] o autor se preocupa em ir além dos conhecimentos
observáveis, privilegia a aprendizagem do grupo e assume que a cultura tem funções
especificas.
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"É a energia social que move a corporação à ação"; "a maneira como fazemos
as coisas por aqui"; "são as conclusões que um grupo tem a partir de suas
experiências"; "conjunto de produtos concretos através do qual o sistema é
estabilizado e perpetuado"; "a cola que mantém a organização unida". Os termos,
porém, são outros quando a cultura é vista da perspectiva crítica.
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Valores são aquilo que é importante para o sucesso da organização e devem
ser considerados guias para o comportamento organizacional no dia-a-dia. Empresas
bem-sucedidas costumam ser rigorosas em relação aos desvios nesse particular. A
tarefa principal dos administradores e líderes estaria na modelagem, realce e
encarnação dos valores da organização.
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Dentre os pressupostos mais comuns, podemos citar: "o principal
compromisso de uma empresa é com os seus acionistas", "a missão da medicina é
salvar vidas", "é na escola que se aprende" etc. Intrometemos essas mensagens e
elas se tornam verdades que não serão mais questionadas, problematizadas,
politizadas. Elas ficam congeladas no tempo e no espaço como se fossem absolutas
e não relativas a uma época, a um contexto histórico específico e ao conhecimento
disponível naquele dado momento.
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Os rituais e os ritos são atividades planejadas que manifestam o lado concreto
da cultura organizacional. Eles preenchem várias funções: comunicam a maneira
como as pessoas devem se comportar na organização, sinaliza os padrões de
intimidade e decoro aceitáveis, exemplificam a maneira como os procedimentos são
executados, liberam tensões e ansiedades, visto que geralmente têm lado criativo ou
lúdico, dramatizam os valores básicos e exibem experiências que poderão ser
lembradas com mais facilidade ou como exemplos.
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Empresas que passam por processos de fusão ou de aquisição costumam,
ritualizar a mudança, ainda que nem todos os membros disponham de informações
sobre os novos planos; empresas compradoras celebram a conquista, mas as
empresas ou unidades vendidas nem sempre compartilham da mesma emoção ou
melhor, a qualidade da emoção pode ser outra bem diversa.
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As estórias são narrativas baseadas em eventos reais que informam sobre a
organização, reforçam o comportamento existente e enfatizam como esse
comportamento se ajusta ao ambiente organizacional desejado.
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As histórias exercem valor relevante na divulgação dos valores e de exemplos
que devem ser seguidos na consolidação da cultura.
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As estórias explicam valores e formas de agir, indicam caminhos e estão
presentes e todos os escritos biográficos dos grandes líderes organizacionais, bem
como os livros dedicados às empresas. Elas dão um colorido especial, um tom
confidencial, aos momentos especiais e críticos da vida organizacional.
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Os valores dizem respeito aos comportamentos, formas de pensar e agir
considerados corretos sancionados pelo grupo. Igualmente relevante é a definição
das áreas proibidas, ou seja, o que está além das fronteiras e não deve ser
permitido o acesso ou mesmo a sua menção. Valores e tabus têm a finalidade de
orientar os comportamentos, mas em sentido inverso, enquanto o primeiro termo
deve ser o mais explicito possível, o segundo é o mais escondido e silenciado
possível.
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O exercício e o ensino da administração ganhariam muito se as
organizações considerassem que os erros têm forte teor didático; a aprendizagem
pode resultar da verificação dos acertos, mas também da análise dos erros cometidos
e das consequências que eles geraram. Todavia, é compreensível que a atitude mais
comum seja aquela em que os grandes erros, equívocos ou enganos sejam jogados
para debaixo do tapete e continuem partilhados apenas pela minoria que o silenciou.
Jogos de poder, espionagem, ameaças e chantagem encontram um terreno fértil
nesse tipo de silêncio enquanto ele é silêncio.
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Infelizmente a imprescindível tecnologia eletrônica atual permite, com relativa
facilidade, a quebra de sigilos e códigos de segurança, a pirataria, a falsificação de
mensagens organizacionais, a espionagem entre empresas, a clonagem de produtos
ou de projetos, a invasão e reconstrução de arquivos etc. Nesses novos tempos,
nenhuma organização ou indivíduo está a salvo de ser refém desse tipo de crime, e
sabemos todos quanto é difícil desfazer, neutralizar ou minimizar os estragos feitos
pelo sequestro da imagem de alguém. Trata-se de um paradoxo: é fácil se construir
artificialmente uma boa imagem, no enquanto, é muito difícil se resgatar uma boa
imagem que foi manchada indevidamente. Parece que as organizações tendem a
produzir no futuro mais tabus do que foi necessário no passado.
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Não existem organizações sem nós as e regras, saem explícitas ou táticas.
Elas dizem respeito aos procedimentos ou comportamentos considerados o padrão, a
regra, para maior parte das situações e eventos organizacionais. O sistema normativo
funda-se na impessoalidade, ou seja, ele deve ser seguido por todos, inclusive pelo
seu criador.
Toda cultura tem maneiras de fazer as coisas, que influenciam os membros
dessa coletividade; as normas são o comportamento esperado, aceito ou apoiado
pelo grupo, esteja ele explicito formalmente ou não. A norma é, pois, o
comportamento sancionado pelo grupo e repassado pelos outros elementos culturais.
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As culturas são criadas, apoiadas, sustentadas transmitidas e mudanças por
meio da interação social, via processos de modelagem, imitação, negociação,
reprodução de estórias, socialização, informações sobres as normas nos seus
aspectos formais e informais etc. Podemos dizer mesmo que as organizações são
intrinsecamente fenômenos de comunicações e que todos os artefatos culturais estão
ligados entre si, exercendo uma influência múltipla no conjunto dos indivíduos e dos
grupos integrantes da organização. Quando a cultura é bem cuidada, existe certo
grau de consistência interna entre esses diversos elementos, contudo quando a
mensagem passada por meio de um artefato é contraditória ou negada por outro,
gera-se confusão e insegurança. Por exemplo, se uma norma diz X e o herói ou o
líder, Y, em relação ao mesmo assunto, quem está com a razão? Quem é o árbitro?
Como os indivíduos decidirão e quais são os riscos dessa decisão?
Um dos fatores que gera algumas das aprendizagens mais relevantes no
cotidiano organizacional diz respeito ao saber sobre o que é a regra e o que é a
exceção.
PERCEPÇÕES