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CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

Quando você fala sobre o “círculo da vida”, o círculo


ao qual você está se referindo é um ciclo
biogeoquímico. As plantas e os animais que vivem e
depois morrem é a parte da Bio; a terra em que eles
se decompõem é a parte da Geo; e o processo pelo
qual a matéria orgânica retorna para os elementos
químicos na terra é explicado na parte da Química.
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

O processo do ciclo biogeoquímico é químico


porque são os elementos e as substâncias químicas
que são processadas de forma cíclica ou repetitiva
até o esgotamento de um dado processo; bio porque
o processo envolve vida; e geo porque um processo
pode incluir a atmosfera, a água, as rochas e os
solos.
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

Ciclo do Carbono
Ciclo do Oxigênio
Ciclo da Água
Ciclo do Nitrogênio
Definições Gerais Sobre os Ciclos
Biogeoquímicos
A vida na terra se desenvolve por constante reciclagem
de nutrientes.

Os organismos retiram constantemente da natureza


substâncias e elementos químicos, que depois
retornam ao ambiente.

O processo contínuo de retirada e devolução de


elementos químicos à natureza constitui os ciclos
biogeoquímicos.
Definições Gerais Sobre os Ciclos
Biogeoquímicos
Nos ciclos biogeoquímicos, os seres decompositores –
bactérias e fungos – desempenham um papel
primordial.

Na biosfera, ocorrem vários ciclos biogeoquímicos.


IPCC – Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (1988)
De acordo com os dois mil especialistas do IPCC : o
século XX foi o mais quente dos últimos 500 anos,
com um aumento da temperatura média do planeta
entre 0.3°C e 0.6 °C.

As mudanças climáticas citadas abaixo estão


relacionadas a um desequilíbrio no ciclo de um
elemento químico encontrado nos seres vivos: o
carbono.
IPCC – Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas
A camada de gelo no Ártico está diminuindo (40%),
o manto de gelo da Groelândia e da Antártida, o que
provoca o aumento do nível do mar;

Por causa do aquecimento das águas oceânicas, os


furacões serão mais intensos. Em 2004, o sul do
Brasil foi atingido pela primeira vez por um ciclone.
Tempestades também se tornarão mais intensas;
IPCC – Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas
O total de áreas atingidas por secas dobrou em
trinta anos (seca na Amazônia, 2005). Os desertos já
representam um quarto (1/4) da superfície do
planeta;

Grandes ondas de calor como a ocorrida na Europa


em 2003, com 30.000 mortes, principalmente idosos.
Cobertura de gelo no Ártico no verão de 1979 e
no verão de 2008.
O MONTE DE KILIMANJARO NA ÁFRICA
1912 - 2002
CICLO DO CARBONO

O carbono é um elemento encontrado sob as seguintes


formas:

CO2 (dióxido de carbono) existente no ar e dissolvido


na água;

Na composição das moléculas dos seres vivos;

Pelos depósitos combustíveis fósseis, como o carvão


mineral, o petróleo e o gás natural.
CICLO DO CARBONO
Fixação do carbono ou Seqüestro do carbono – Pelo
processo da fotossíntese, o CO2 é absorvido do
ambiente, fixado e transformado em matéria
orgânica pelos produtores. Os consumidores
adquirem carbono ingerindo a matéria orgânica.

O retorno do CO2 ao ambiente se dá por meio da


respiração de praticamente todos os seres vivos e da
decomposição de seus corpos após a morte.
Pela respiração, pela decomposição e pela combustão, o gás
carbônico é lançado no ambiente. Pela fotossíntese, é retirado.
CICLO DO CARBONO
A produção de gás carbônico pela respiração e pela
decomposição deveria ser naturalmente compensada pelo
consumo desse gás na fotossíntese.

No entanto, o ser humano libera esse gás na atmosfera, pela


queima de combustíveis fósseis (carvão e petróleo) e de
madeira, a uma velocidade muito maior que a da
assimilação pela fotossíntese.

O resultado é um desequilíbrio no ciclo do carbono, com


aumento progressivo de gás carbônico na atmosfera.
Consequências do aumento do CO2 na
atmosfera:

EFEITO ESTUFA

O gás carbônico (principal gás de efeito estufa) forma


uma barreira na atmosfera que deixa passar a luz do
sol e retém o calor irradiado pela superfície terrestre.
Algo semelhante ocorre em uma estufa de vidro na
qual se cultivam plantas.
EFEITO ESTUFA
EFEITO ESTUFA
O vapor de água na atmosfera;

O gás metano CH4 – produzido na decomposição da


matéria orgânica (Lixão) e na fermentação da
comida no intestino de cupins e ruminantes;

O dióxido de nitrogênio NO2 – produzido na


combustão da matéria orgânica;

O clorofluorcarbono CFC – algumas aplicações


industriais.
EFEITO ESTUFA

O efeito estufa natural mantém a temperatura média


da terra em torno de 15°C. Sem ele, o planeta
estaria permanentemente coberto por uma camada
de gelo e sua temperatura média estaria em torno
de – 18°C.
AQUECIMENTO GLOBAL
Com o aumento da produção de gás carbônico, por
causa da queima de combustíveis fósseis e, em
menor grau, pelas queimadas de florestas, a
concentração desse gás vem aumentando
gradativamente e há muitas evidências de que esse
fato vem provocando um aumento na temperatura
média da terra.

NOTA: No mundo a queima de combustíveis fósseis é


responsável por cerca de 75% das emissões. No
Brasil, porém, o desmatamento feito com
queimadas é responsável por cerca de dois terços
das emissões.
O CLIMA ESTÁ SEMPRE MUDANDO
O planeta terra no pré cambriano, ocorrido por
volta de 550 milhões de anos atrás, tinha uma
temperatura média de 120 C. Então o clima se
aqueceu até aproximadamente 22 0 C no Cambriano,
esfriou bastante durante a transição entre o
Ordoviciano e o Siluriano, aqueceu novamente no
Devoniano, resfriou muito muito no fim do
Carbonífero e aqueceu novamente no Triássico.
Representação artística de uma floresta do
Cientistas estimam que os níveis de CO 2 baixaram
até cinco vezes durante o Carbonífero, causando um
esfriamento global que resultou na formação de
extensas geleiras.

Muitas das plantas vasculares sem sementes que


formaram as primeiras florestas no Carbonífero se
transformaram em carvão.

De fato, os depósitos de carvão do Carbonífero são


os maiores já formados. O carvão foi crucial para a
Revolução Industrial, e os humanos ainda queimam
6 bilhões de toneladas por ano.

É irônico que o carvão formado a partir das plantas


que contribuíram para o esfriamento global, agora
AQUECIMENTO GLOBAL
Relatório do IPCC, em 2007 (AR4), em Bruxelas, Bélgica,
prevê:

Aumento da temperatura da terra entre 1,8°C e


6,4°C até 2100;

Aumento dos níveis dos mares por causa da


expansão térmica da água (a água quente ocupa
mais volume que a fria) e do degelo de parte das
calotas polares;
AQUECIMENTO GLOBAL
Ondas de forte calor;

Secas e inundações mais freqüentes;

Ciclones tropicais e furacões mais intensos;

Aumento das chuvas torrenciais (tempestades);

Proliferação de insetos, que se reproduzem melhor


em climas mais quentes que atacam plantações e
que transmitem microrganismos patogênicos;
AQUECIMENTO GLOBAL
Extinção entre 20 e 30% das espécies do planeta;

A floresta amazônica se transformaria em Savana;

Destruição dos recifes de corais: o aumento da


concentração de gás carbônico já está provocando
elevação da acidez da água, o que pode destruí-los.
Não podemos esquecer que eles abrigam enorme
biodiversidade e deles dependem muitas espécies
de peixes e o sustento de pescadores em várias
partes do mundo.
AQUECIMENTO GLOBAL
A seca, a falta de água e os problemas na agricultura
poderão fazer com que 600 milhões de pessoas
sejam atingidos pela fome e pela desnutrição até o
fim deste século. E mais de 1 bilhão de pessoas
poderão sofrer com a falta de água.
AQUECIMENTO GLOBAL
Relatório do IPCC, em 2014 (AR5), em Berlim, Alemanha,
prevê:

O referido documento confirma recorde nas emissões de


gases-estufa e pede rapidez nas mudanças da matriz
energética. Se a tendência mantiver, a Terra pode terminar
o século até 4,8 0 C mais quente.

NOTA: O IPCC se reúne ao menos uma vez a cada sete anos


para discutir o estado da pesquisa na área. E como resultado
desse encontro é emitido um Relatório. O primeiro relatório
(FAR) em 1990; o segundo (SAR) em 1995; o terceiro (TAR)
em 2000; o quarto (AR4) em 2007; e o quinto (AR5) em 2014.
O PROTOCOLO DE KYOTO
Em 2005, entrou em vigor o Protocolo de Kyoto: 141
países apoiaram a redução da emissão de gás
carbônico abaixo do nível registrado em 1990. Ficou
acertado que os países em desenvolvimento
ficariam isentos do acordo.

Nesse protocolo, os países pobres lembram que os


ricos, mais industrializados, são em geral os maiores
responsáveis pelo aquecimento global.
O PROTOCOLO DE KYOTO

A China e os Estados Unidos são os maiores emissores


mundiais de carbono, a emissão média por
habitante na China é muito menor que nos Estados
Unidos. Em outras palavras, as emissões per capita
(por pessoa) de carbono nos países em
desenvolvimento são menores que a dos países
ricos.

Contudo os países ricos devem investir em projetos


que ajudem os países mais pobres a controlar suas
emissões.
O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO
MDL
Por esse mecanismo, os governos ou as empresas de
países que não tem metas de redução, mas que,
apesar disso, reduzam suas emissões, podem
“vender” esses créditos a empresas ou governos das
nações ricas. Em troca, estas contabilizariam para si
essas reduções e receberiam “créditos de carbono”,
que contariam para atingir suas metas de redução
das emissões
Podem fazer parte do MDL projetos de substituição
de fontes emissoras de gás carbônico nos países em
desenvolvimento por fontes não emissoras:
Energia renovável: eólica, solar, hidrelétrica, de biomassa
etc;

Carros e eletrodomésticos mais econômicos;

Indústrias e Usinas mais eficientes;

Construção civil que use melhor a luz solar;

Melhorias no sistema de transporte.


O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO
MDL
O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO
MDL
Outra opção é a redução do gás metano CH4 ,
produzido pelo lixo orgânico nos aterros de lixo, ou a
sua utilização como fonte de energia, evitando que
esse gás (efeito estufa) seja liberado para a
atmosfera.

Embora sua queima produza gás carbônico, o metano


exerce um efeito estufa cerca de 25 vezes maior que
o gás carbônico.
O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO
MDL

LIXÃO ATERRO SANITÁRIO


A milionária contribuição das pequenas
atitudes:
Diminuir o consumo de energia;
Evitar o desperdício e usar lâmpadas e aparelhos
com consumo menor ou mais eficiente;
Utilizar, sempre que possível, transporte coletivo;
Usar carro à álcool;
Manter motores bem regulados;
Reduzir o volume de lixo, reciclando e
reaproveitando materiais.
CICLO DO OXIGÊNIO

Cerca de 21% da atmosfera terrestre são constituídos


de oxigênio livre (O2); o oxigênio encontra-se
também dissolvido na água, mas em percentual
menor.

Esse gás é produzido pela fotossíntese.

O oxigênio é utilizado nas atividades respiratórias de


todos os animais e vegetais.
CICLO DO OXIGÊNIO
É um gás carburante, alimenta combustões.

Forma a camada de ozônio (O3) que protege a Terra


contra a ação dos raios ultravioleta.

Pela ação dos seres fotossintetizantes, o oxigênio volta


à atmosfera; principalmente pela ação do
fitoplâncton (algas).
CICLO DO OXIGÊNIO
Destruição da Camada de Ozônio
A camada de ozônio vem sendo destruída por gases
liberados por:

Aviões supersônicos (que voam acima de 20 Km de


altitude);

Cinzas de vulcões;

Clorofluorcarbonos – CFCs – grupo de gases usados


na indústria, com destaque para CF2 Cl2 e CF Cl3.
Sob ação dos raios ultravioleta, os CFCs liberam
átomos de cloro, que reagem com o ozônio e o
transformam em oxigênio. No fim da reação, os
átomos de cloro são regenerados e destroem outras
moléculas de ozônio. De forma simplificada:

CF2 Cl2 CF2Cl + Cl


Cl + O3 Cl O + O2
Cl O + O Cl + O2
Destruição da Camada de Ozônio

O processo de formação de ozônio a partir do oxigênio


não é interrompido, mas a sua velocidade é inferior
à de destruição, o que leva a uma redução da sua
concentração.
Nos anos 1930, os CFCs foram considerados
extremamente práticos, pois eram inertes, não
inflamáveis nem tóxicos ou corrosivos e eram
utilizados: (1970 – ação nociva camada de ozônio)
Para dar pressão em embalagens spray (aerossóis) de
inseticidas, desodorantes, etc.;

Como gás de refrigeração em geladeiras e aparelhos de


ar condicionado;

Na fabricação de espuma de plástico e isopor;

Na limpeza de circuitos elétricos.


Destruição da Camada de Ozônio
O aumento da passagem de radiação ultravioleta
provocada pela progressiva destruição da camada de
ozônio pode:

Reduzir a fotossíntese – comprometendo as colheitas;

Destruir o fitoplâncton – provocando desequilíbrios nos


ecossistemas aquáticos;

Provocar no ser humano o aumento da incidência de


câncer de pele, de catarata e de prejuízos ao sistema
imunológico.
(a) Um olho humano normal e (b) um olho humano
com catarata.
Destruição da Camada de Ozônio

Em setembro de 1987 foi assinado o Protocolo de


Montreal e, desde que entrou em vigor, as emissões
de CFCs diminuíram 97% nos países industrializados
e 84% nos demais.
Destruição da Camada de Ozônio

Em 1995, o governo brasileiro instituiu o Comitê Executivo


Interministerial para a Proteção da Camada de Ozônio
(Prozon). O Prozon coordena todas as atividades relativas à
implementação, ao desenvolvimento e à revisão do PBCO
– Programa Brasileiro de Proteção da Camada de Ozônio.
Destruição da Camada de Ozônio

Entre os produtos que substituíram os CFCs, estão os


hidroclorofluorcarbonos – HCFCs – que também tem
potencial de destruição do ozônio, embora menor
que o dos CFCs, e colaboram para o aquecimento
global.

A produção dos HCFCs deve ser interrompida em 2015


e sua eliminação deve se dar até 2040.
CICLO DA ÁGUA
A água é o composto inorgânico mais abundante, tanto
na constituição dos seres vivos como no ambiente.

Cerca de 71% da superfície da terra é coberta por água


em estado líquido. Do total desse volume:

97% nos oceanos;


2% nas grandes massas de gelo;
1% nos rios, nos lagos, nas represas, infiltrada no
solo e nas rochas, nas nuvens e nos seres vivos.
CICLO DA ÁGUA
Ciclo curto ou pequeno → as águas contidas nos
mares, rios, lagos, é aquecida pelo calor do sol,
evapora-se do ambiente e se condensa em forma de
chuva, neve e granizo, voltando novamente à
superfície.

Ciclo longo ou grande →participam os seres vivos.


As plantas absorvem água do solo, que é
fundamental para a realização da fotossíntese.
Posteriormente a água é liberada pelo processo da
respiração e transpiração das plantas.
CICLO DA ÁGUA
CICLO DA ÁGUA
A Escassez de Água
Em 2007, mais de 1 bilhão de pessoas não tinham
acesso regular à água limpa, número que pode
dobrar até 2025. Mais de 1,8 milhão de pessoas
morrem por ano de doenças relacionadas à água,
como a diarréia infecciosa.

Já está funcionando no Oriente Médio usina de


dessalinização, que é um processo caro e envolve
gasto de energia.

Estão fazendo também o transporte de icebergs pelo


oceano cujo o custo também é alto.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA ÁGUA NO
BRASIL:

Região Norte – 68%


Região Centro Oeste -16%
Região Sul – 7%
Região Sudeste – 6%
Região Nordeste – 3%
TOTAL DE DOMICÍLIOS COM ABASTECIMENTO
DE ÁGUA NO BRASIL:

Território Nacional – 86%

Região Sudeste – 94%


Região Sul – 94%
Região Centro Oeste – 80%
Região Nordeste – 79%
Região Norte – 67%
TOTAL DE DOMICÍLIOS COM SERVIÇOS DE
CAPTAÇÃO DE ESGOTOS NO BRASIL:

Território Nacional – 49%

Região Sudeste – 71%


Região Centro Oeste – 33%
Região Sul – 18%
Região Nordeste – 13%
Região Norte – 2%
CONSUMO DE ÁGUA
Algumas Medidas que Devemos Tomar para Evitar o
Desperdício de Água:
Consertar imediatamente vazamentos de torneiras,
descargas e canos. Uma torneira pingando pode perder
mais de 40 L por dia;

Ao escovar os dentes ou ensaboar mãos e louças, não


deixar a torneira aberta. Uma torneira aberta durante 1
minuto gasta cerca de 3 L de água;

Na lavagem de carros, deve-se utilizar balde em vez de


mangueira, que também deve ser evitada na limpeza de
calçadas.
Algumas Medidas que Devemos Tomar para
Evitar o Desperdício de Água:
Manter a válvula de descargas regulada para não lançar
muita água. O ideal é que o vaso sanitário tenha uma caixa
acoplada, que descarrega menos litros por vez. E não usar
o vaso sanitário como lata de lixo;

Não jogar lixo em rios ou cursos de água;

No verão, jardins e plantas devem ser regados pela manhã


ou à noite, o que reduz a perda por evaporação.
CICLO DO NITROGÊNIO
Por fazer parte das moléculas dos ácidos nucléicos, das
proteínas, da clorofila e de alguns outros compostos, o
nitrogênio é de fundamental importância para a vida na
terra.

O nitrogênio é encontrado na forma de N2 (gás nitrogênio) e


representa 78% de todo o ar atmosférico.

São raros os seres vivos que aproveitam o nitrogênio


diretamente da atmosfera.
FIXAÇÃO DO NITROGÊNIO
Bactérias fixadoras de nitrogênio:
Rhizobium, Azotobacter e a Clostridium, e entre as
cianobactérias (algas azuis) estão a Nostoc e a Anabaena.

Esses microrganismos, quando morrem, liberam nitrogênio


na forma (NH3 ) para o solo.

NOTA: Uma outra fonte de fixação do nitrogênio no solo é


por ação de relâmpagos, mas essa fonte de nitratos no
solo é pequena. A maior parte da fixação é feita por seres
vivos.
FIXAÇÃO DO NITROGÊNIO

As bactérias do gênero
Rhizobium vivem em
nódulos presentes nas
raízes de algumas
leguminosas e tem a
capacidade de reter o
nitrogênio, transformando-
o em nitratos e recebendo
açúcares da planta; é um
caso de simbiose ou
mutualismo.
FIXAÇÃO DO NITROGÊNIO
As cianobactérias também são
excelentes fixadoras de
nitrogênio, adquirindo com
isso um grande poder
adaptativo, conseguindo
sobreviver em ambientes
estéreis, procedendo como
organismos pioneiros na
instalação de uma
comunidade.
AMONIFICAÇÃO

Uma parte da amônia do solo origina-se da fixação do


nitrogênio. Outra parte é formada a partir da
decomposição das proteínas, dos ácidos nucléicos e dos
resíduos nitrogenados presentes em cadáveres e nas
excreções dos animais.
NITRIFICAÇÃO
A amônia é aproveitada por outras bactérias do solo, sendo
transformada em nitratos (NO3- ) – nitrificação, que pode
ser utilizado pelas plantas.

Os nitratos são absorvidos e utilizados pelas plantas na


fabricação de suas proteínas e de seus ácidos nucléicos
(moléculas orgânicas). Pela cadeia alimentar, os nitratos
passam para o corpo dos animais.
NITRIFICAÇÃO

Nitrosação: a maior parte da amônia não é absorvida pelas


plantas, sendo oxidada em nitrito pelas bactérias nitrosas
(gênero Nitrosomonas, Nitrosolobus);

Nitratação: os nitritos são liberados no solo e oxidados por


outras bactérias quimiossintéticas chamadas nítricas
(gênero Nitrobacter).
DESNITRIFICAÇÃO

Nem todo composto nitrogenado sofre ação das bactérias


nitrificantes; alguns são convertidos, pela ação das
bactérias desnitrificantes (Pseudomonas denitrificans), em
gás nitrogênio, que é liberado para a atmosfera.
CICLO DO NITROGÊNIO
A queima de combustíveis fósseis em altas temperaturas
pode formar óxidos de nitrogênio pela combinação dos
gases oxigênio e nitrogênio. Esses óxidos podem formar
com a água ácido nítrico e ocasionar a Chuva Ácida.

Parte dos nitratos dos fertilizantes e dos esgotos


pode ser levada para ambientes aquáticos e
causar desequilíbrios ecológicos, chamado
Eutrofização.

Além disso, alguns óxidos de nitrogênio contribuem para a


destruição da camada de ozônio e podem também irritar
os olhos e provocar danos ao sistema respiratório.
FERTILIZANDO O SOLO

Os fertilizantes à base de nitrogênio podem ser


produzidos industrialmente por meio de uma
fixação artificial, com a transformação do
nitrogênio do ar em amônia sob condições especiais
de alta temperatura e pressão.

Outra maneira de devolver ao solo os sais de


nitrogênio é por meio da:

Rotação de cultura

Adubação verde
Milho (gramínea) Soja (leguminosa)
Prof. Marco Guimarães

Saudações Ecológicas!

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