Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Simone2022captulo14Gastropoda Cavernas
Simone2022captulo14Gastropoda Cavernas
Leptinaria sp.
Lucas Mendes Rabelo
304
14
Gastropoda
305
FA U N A C AV E R N Í C O L A D O B R A S I L
Introdução geral mesmo animais vivos são achados relativamente comuns dentro
de cavernas, mas com certa frequência sua presença é apenas re-
O Filo Mollusca é o segundo maior grupo de organismos sultado de processos de lixiviação, que carrega as conchas ou ani-
vivos em diversidade, suplantado apenas pelos artrópodes, mais inteiros caverna adentro. Desta forma, para muitas espécies,
insetos em particular. Estimativas variam de 80 a 200 mil, com estes registros são considerados apenas como acidentais.
previsões de ultrapassar 1 milhão de espécies. Desses organis- Para que uma espécie de caramujo seja considerada adap-
mos, Gastropoda (caracóis e caramujos) é a classe mais diversa, tada ao ambiente cavernícola, algumas alterações morfológicas
perfazendo cerca de 80% do filo, com representantes em to- (somáticas) devem ocorrer, o que a impossibilita de viver fora
dos os habitats, incluindo ambientes de água doce e terrestres. desse tipo de ambiente.
Mollusca tem implicações econômicas de várias formas, indo De forma geral, os caracóis troglóbios do Brasil podem ser
desde alimento até transmissão de doenças, passando por arte- divididos em dois grupos: os de água-doce e os terrestres. Os
sanato, joalheria (pérolas) e colecionismo de conchas. A concha caracóis de água doce habitam corpos d’água subterrâneos, por
é a estrutura protetiva mais comum nos membros do filo. Esta vezes nas zonas mais distais destes ambientes (profundidade
estrutura é a mais conhecida e duradoura, pois perdura muito dentro da caverna e também dentro da água em si). Já os
além do animal que a fabrica. A concha é produzida pela cama- terrestres costumam habitar as paredes, abrigando-se em
da externa de tecido chamada manto, que secreta carbonato de fendas e rachaduras, e no piso, embaixo de blocos e associados
cálcio, responsável pela dureza, em camadas intercaladas com a raízes. Algumas espécies são recorrentes também em zonas
conchiolina, proteína que proporciona elasticidade e resistên- sem luz (afóticas). Os indivíduos de qualquer desses grupos
cia química. Uma pérola, por exemplo, possui cerca de 6% de costumam ser pequenos, o que, associado ao hábito de se
conchiolina. A taxonomia dos Mollusca é muito voltada para ca- esconder ou até cavar (fossorial), faz com que não sejam vistos
racterísticas da concha, mas detalhes internos da anatomia dos pelos espeleólogos de forma geral. As mostras de caracóis
animais e até mesmo seu DNA vêm crescendo em importância e cavernícolas que chegam às coleções que possuem especialistas
influenciando estudos taxonômicos e filogenéticos. são relativamente raras e em geral coletadas como subproduto
No ambiente cavernícola continental pelo mundo, gastró- de alguma prospecção do sedimento ou de microfauna geral.
podes são achados relativamente comuns, mas raramente ob- Sendo assim, as espécies atualmente descritas de gastrópodes
servamos bivalves de água doce. No entanto, recentemente, foi troglóbios ou troglófilos representam apenas uma pequena
descrita a primeira espécie de bivalve troglóbio para as Amé- fração do que realmente existe no país.
ricas: Eupera troglobia Simone & Ferreira (2022). Nas cadeias De forma geral, as cavernas são consideradas ambientes oli-
ecológicas, os gastrópodes costumam estar na base, principal- gotróficos e a matéria orgânica penetra nestes sistemas carrea-
mente na reciclagem de nutrientes, em especial o cálcio. Parti- da, contínua ou temporariamente por agentes físicos e biológi-
cularmente no ambiente continental (água doce e terrestre), a cos (CULVER, 1982; EDINGTON, 1984; FERREIRA; MARTINS, 1999;
maior parte é herbívora ou detritívora. Há, entretanto, gastrópo- GNASPINI, 1989; HOWARTH, 1983). Dentre os agentes físicos, des-
des carnívoros, como os Streptaxidae, Scolodontidae e Spiraxi- tacam-se os rios, enxurradas e diferentes tipos de drenagens que
dae, caracóis terrestres comuns no Brasil. Destes, Scolodontidae percolam o teto ou paredes através de aberturas ou fraturas exis-
são recorrentes em cavernas. tentes (GIBERT et al., 1994; JUBERTHIE; DECU 1994). Assim, a gran-
Na América do Sul, apenas a classe Gastropoda tem represen- de maioria dos caracóis cavernícolas são de animais detritívoros,
tantes cavernícolas. Dentre eles, vários grupos desenvolveram que compõem a base da cadeia alimentar e parecem ser impor-
adaptações ao ambiente subterrâneo de forma independente, tantes no ecossistema cavernícola, no mínimo como fonte e reci-
como será explicado a seguir. Sendo assim, o presente capítulo ex- clagem de proteínas e de micronutrientes. Além disso, algumas
clui animais claramente de ambiente epígeo (e.g., SALVADOR et al., espécies associadas a regiões cársticas podem ser encontradas
2017, 2021; SIMONE; CASATI, 2013). Conchas de gastrópodes e até no interior de cavernas (Figura 1), como as espécies dos gêneros
306
FA U N A C AV E R N Í C O L A D O B R A S I L
Solaropsis (Figura 1A), Megalobulimus (Figura 1B), Happia (Figuras trópodes apresentam as seguintes características (especializa-
1C, D), Lamellaxis (Figuras 1E, F), Entodina (Figura 1G) e Leptina- ções) morfológicas:
ria (Figura 1H) (todas as imagens são de espécies provavelmente
novas e ainda em estudo), além de exemplares de Biomphalaria, 1. Tamanho reduzido se comparado ao seus congêneres;
frequentemente encontrados associados a lagoas cársticas. 2. Ausência ou redução da pigmentação, sendo, em geral,
translúcidos, brancos ou bege claros, tanto conchas quan-
Principais grupos encontrados to partes moles.
em cavernas do Brasil 3. Ausência de olhos ou pelo menos significativa redução,
de modo que não são detectados numa visão externa do
Como explicado anteriormente, a fauna cavernícola de animal ativo;
gastrópodes no Brasil é bem pouco conhecida. Uma grande 4. Conchas, em geral, de paredes delgadas e translúcidas.
quantidade de amostras encontra-se depositada em coleções
científicas, mas as espécies ainda precisam ser estudadas e TROGLÓFILAS
descritas (nomeadas). Com essa ressalva, o panorama atual dos
principais táxons que apresentam representantes cavernícolas Espécies adaptadas ao ambiente subterrâneo (incluindo
é bastante subestimado mas, em geral, incluem espécies dos cavernas) e que são capazes de completar o seu ciclo de vida
seguintes grupos: tanto em ambientes epígeos quanto hipógeos. Sendo assim,
Na água doce, quase invariavelmente, são encontrados as espécies de caracóis troglófilos apresentam algumas das
membros da superfamília Truncatelloidea, como Spiripockia características listadas acima, mas não todas. Por exemplo,
(Pomatiopsidae), Heleobia (Cochliopidae), Potamolithus (Tatei- o animal é despigmentado, mas apresenta olhos; ou tem
dae) ou Littoridina (Hydrobiidae), assim como da superfamília ausência de olhos, mas ainda apresenta pigmentação. A
Cyclophoroidea, como Habeastrum (Diplommatinidae). Todos combinação destas características pode, em geral, ser uma
são caramujos minúsculos, entre 2 e 3mm, detritívoros, que vi- ferramenta importante para determinar espécies exclusivas de
vem no sedimento de fundo, ocultos próximo ou sob rochas. ambientes subterrâneos. No entanto, considera-se importante a
Já no meio terrestre, quase todos os achados pertencem à comparação de sua morfologia com parentes epígeos próximos,
superordem Eupumonata, conhecidos como “pulmonados”, e à bem como inventários externos (na superfície) para confirmação
ordem Stylommatophora, como os gêneros Lavajatus (Subulini- do status ecológico evolutivo das espécies.
dae), Habeas (Urocoptidae) e Gastrocopta (Gastrocoptidae). São É claro que essa distinção é por vezes arbitrária, pois
caracóis detritívoros que, em geral, ocorrem próximo à entrada algumas espécies ou populações podem estar em uma fase
das cavernas, possivelmente dependentes de matéria vegetal ainda intermediária de isolamento, apresentando populações
alóctone (Figura 2 e Tabela 1). claramente troglóbias enquanto outras podem ser consideradas
troglófilas, sem, no entanto, haver modificações morfológicas
Principais troglomorfismos significativas que permitam a separação de espécies. Em
alguns casos, já observamos espécies de caramujos com
No que concerne à classe Gastropoda, no geral, o grupo pode indivíduos de uma mesma população totalmente adaptados
ser dividido principalmente em duas categorias, troglóbios e morfologicamente ao ambiente cavernícola (troglóbios),
troglófilos, conforme a seguir: mas com alguns exemplares esparsos contendo ainda olhos
reduzidos ou apenas um dos olhos (assimetria). Isso demonstra
TROGLÓBIAS que os caracteres morfológicos ainda estão sendo assimilados
pela espécie que, aparentemente, ainda se encontra em proces-
Espécies restritas ao ambiente subterrâneo. Em geral, os gas- so de isolamento no ambiente subterrâneo.
307
FA U N A C AV E R N Í C O L A D O B R A S I L
De forma geral, as adaptações ao ambiente cavernícola su- é seu elevado grau de endemismo, isto é, uma dada espécie é
pracitadas devem-se, basicamente, à ausência permanente de encontrada em apenas uma única caverna ou em um conjunto
luz, que em geral exclui a necessidade das espécies apresen- de cavernas próximas, via de regra, sistemas. Em locais ricos em
tarem pigmentação e sistema de orientação visual (olhos). Em cavidades naturais subterrâneas, como por exemplo, o Parque
contrapartida, a diminuição de tamanho e da espessura da con- Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR), no estado de São Pau-
cha parecem ser caracteres voltados à escassez de alimento nes- lo, que apresenta algumas centenas de cavernas, existem espé-
ses ambientes. cies endêmicas a cada uma delas e muitas ainda se encontram
Outra característica dos gastrópodes cavernícolas do Brasil por serem descritas.
Tabela 1. Lista das espécies descritas de gastrópodes cavernícolas e seus registros atualizados.
Família Diplommatinidae
Gênero Habeastrum Simone, 2019
Família Tateidae
Gênero Potamolithus Pilsbry, 1896
Família Cochliopidae
Gênero Spiripockia Simone, 2012
308
FA U N A C AV E R N Í C O L A D O B R A S I L
Família Gastrocoptidae
Genus Gastrocopta Wollaston, 1878
Família Subulinidae
Gênero Lavajatus Simone, 2018
Família Urocoptidae
Gênero Habeas Simone, 2013
309
FA U N A C AV E R N Í C O L A D O B R A S I L
A B C
D E F
G H I
J K L
Figura 1. Exemplares de Gastropoda encontrados em cavernas brasileiras. A) Solaropsis sp. (Solaropsidae) - Carste de Lagoa Santa, MG; B) Megalobulimus sp.
(Strophocheilidae) - Carste de Lagoa Santa, MG; C) Lamellaxis sp. (Subulinidae) - Curionópolis (PA); D) Happia sp. (Scolodontidae) Quadrilátero Ferrífero, MG; E) Happia
sp. (Scolodontidae) - São Félix do Xingu (PA); F) Lamellaxis sp. (Subulinidae) - Montalvânia (MG); G) Lamellaxis sp. (Subulinidae) - Quadrilátero Ferrífero, MG; H) Lamellaxis
sp. (Subulinidae) - Flona Carajás, PA; I) Leptinaria sp. (Subulinidae) - Curionópolis, PA; J-K) Happia sp. (Scolodontidae) - Carste de Iuiú, BA; L) Entodina sp. (Scolodontidae)
- Serra do Cipó, MG. Comprimento das conchas: A (~50 mm); B (~80 mm); C-L (~10-5 mm). Fotos: A-D, G, I (Robson de A. Zampaulo); F, H, J-L (Lucas M. Rabelo); E (Matheus
H. Simões).
310
FA U N A C AV E R N Í C O L A D O B R A S I L
A B C D E
F G H I
J K L
Figura 2. Conchas das espécies cavernícolas do Brasil descritas até o momento: A) Habeastrum parafusum, holótipo MZSP 134301 (L 1.4 mm);
B) H. omphalium, holótipo MZSP 135583 (L 1.6 mm); C) H. strangei, holótipo (MEV) MZSP 151626 (L 2.1 mm); D) Potamolithus troglobius, holótipo
MZSP 27947 (L 2 mm); E) P. karsticus, holótipo MZSP 27943 (L 2 mm); F) Lavajatus moroi, holótipo MZSP 131060 (L 34.7 mm); G) S. umbraticola,
holótipo MZSP 151099 (L 5.2 mm); H) Gastrocopta sharae, holótipo MZSP 122725 (L 1.9 mm); I) Spiripockia punctata, holótipo MZSP 105000 (L 4.6
mm); J) Habeas corpus, holótipo MZSP 110000 (L 10.3 mm); K) H. data, holótipo MZSP 106810 (L 5.7 mm); L) H. priscus, holótipo MZSP 103044 (L
4.6 mm).
311
FA U N A C AV E R N Í C O L A D O B R A S I L
Diversidade de espécies do, o ideal é transferi-las para álcool 70%. Outra recomendação
troglóbias descritas para o Brasil importante é fotografar os animais ainda vivos e ativos antes
de fixá-los, pois a imagem pode ajudar na determinação de es-
Relativamente poucas espécies cavernícolas foram descritas truturas externas. Para material a ser depositado, por exemplo,
até o momento para o território brasileiro, as quais estão listadas no Museu de Zoologia da USP – MZUSP, não há necessidade de
na Tabela 1. Destas, seis espécies foram consideradas potencial- qualquer protocolo prévio, basta sacrificar os indivíduos dire-
mente como troglóbias (Figura 3). Apesar de Salvador e colabo- tamente no álcool. Alguns centros de pesquisa exigem narco-
radores (2022) listarem 18 espécies exclusivamente cavernícolas tização para relaxamento dos exemplares para posterior estudo.
(troglóbias), muitas destas espécies não apresentam troglomor- Outra ação interessante é preservar uma subamostra em álcool
fismos. Entretanto, é certo que estas espécies correspondem a absoluto e mantê-la em ultrafreezer (quando possivel) ou em
apenas uma fração do que realmente existe. Muito estudo ain- freezer, visando posterior sequenciamento de DNA.
da é necessário para que essa lista atinja um nível satisfatório
e representativo da malacofauna desse ambiente, sendo extre- Chave de identificação
mamente importante a destinação do material obtido nos in-
ventários em diferentes regiões do país a coleções que possuam De forma geral, as chaves dicotômicas não funcionam muito
especialistas. bem para Gastropoda. Para identificação correta dos grupos e
A Tabela 1 mostra que, até o momento, sete espécies de ou espécies, a consulta a diagnoses é necessária, assim como
prosobrânquios de água doce e cinco espécies de pulmonados estudos morfológicos detalhados ou mesmo métodos mole-
terrestres foram descritas para ambientes cavernícolas no país, culares. De toda forma, para aqueles interessados em iniciar a
podendo ser classificados como troglóbios ou pelo menos taxonomia do grupo, vale a pena consultar Simone (2006) e Bir-
troglófilos. Quando houve dúvida nessa classificação, a palavra ckolz et al. (2016).
“ou” foi introduzida na lista, geralmente no caso de espécies
apenas conhecidas pela concha. Principais coleções do Brasil
312
FA U N A C AV E R N Í C O L A D O B R A S I L
Figura 3. Mapa com a localidade-tipo das espécies de gastrópodes troglóbios descritos para o Brasil.
313
FA U N A C AV E R N Í C O L A D O B R A S I L
Referências
BIRCKOLZ, C. J.; SALVADOR, R. B.; CAVALLARI, D. C.; SIMONE, L. Zoologia, [s.l.], v. 39: e21033, 2022. https://doi.org/10.1590/
R. L. Illustrated checklist of newly described (2006-2016) S1984-4689.v39.e21033.
land and freshwater Gastropoda from Brazil. Archiv für SIMONE, L. R. L. Land and freshwater molluscs of Brazil. São
Molluskenkunde, [s.l.], v. 145, n. 2, p. 133-150, 2016. Paulo: EGB, Fapesp, 2006. 390 p.
CULVER, D. C. Cave life: evolution and ecology. London: Harvard SIMONE, L. R. L. A new genus and species of cavernicolous
University, 1982. 189 p. Pomatiopsidae (Mollusca, Caenogastropoda) in Bahia, Brazil.
EDINGTON, M. Biological observation on the ogbuike cave Papéis Avulsos de Zoologia, [s.l.], v. 52, n. 40, p. 515-524,
system, Anambra state, Nigeria. Studies in Speleology, 2012.
Buxton, v. 5, n. 1, p. 31-38, Jan. 1984. SIMONE, L. R. L. Habeas, a new genus of Diplommatinidae from
FERREIRA, R. L.; MARTINS, R. P. Trophic struture and natural Central Bahia, Brazil (Caenogastropoda), with description of
history of bat guano invertebrate communities with special three new species. Journal of Conchology, [s.l.], v. 41, n. 4, p.
reference to brazilian caves. Tropical Zoology, Firenze, v. 12, 519-525, 2013.
n. 2, p. 231-259, Dec. 1999. SIMONE, L. R. L. Lavajatus moroi, new cavernicolous Subulininae
GIBERT, J.; DANIELPOL, D. L.; STANFORD, J. A. Groundwater from Ceará, Brazil (Gastropoda, Eupulmonata, Achatinidae).
ecology. New York: Academic, 1994. 571 p. Spixiana, [s.l.], v. 41, n. 2, p. 173-187, 2018.
GNASPINI, P. Análise comparativa da fauna associada a depósitos SIMONE, L. R. L. The new genus Habeastrum, with two new
de guano de morcegos cavernícolas no Brasil: primeira species (Gastropoda, Diplommatinidae) in Mato Grosso do
aproximação. Revista Brasileira de Entomologia, Curitiba, Sul caves, Brazil. Zootaxa, [s.l.], v. 4543, n. 2, p. 287-290, 2019.
v. 33, n. 2, p. 183-192, jun. 1989. Disponível em: https://doi.org/10.11646/zootaxa.4543.2.7.
HOWARTH, F. G. Ecology of cave arthropods. Annual Review of SIMONE, L. R. L.; CASATI, R. New land mollusk fauna from Serra da
Entomology, Stanford, v. 28, p. 365-389, Jan. 1983. Capivara, Piauí, Brazil, with a new genus and five new species
JUBERTHIE, C.; DECU, V. Structure et diversite du domaine (Gastropoda: Orthalicoidea, Streptaxidae, Subulinidae).
souterrain: particularites des habitats et adaptations des Zootaxa, [s.l.], v. 3683, n. 2, p. 145-158, 2013. Disponível em:
especes. In: JUBERTHIE, C.; DECU, V. (ed.). Encyclopaedia http://dx.doi.org/10.11646/zootaxa.3683.2.4.
biospeleologica. Moulis: Sociétè de Biospéleologie, 1994. p. SIMONE, L. R. L.; SALVADOR, R. B. A new species of Spiripockia
5-22. from eastern Brazil and reassignment to Cochliopidae
SALVADOR, R. B.; CAVALLARI, D. C.; SIMONE, L. R. L. Taxonomical (Gastropoda: Truncatelloidea). Journal of Natural History,
study on a sample of land and freshwater snails from [s.l.], v. 54, p. 3121-3130, 2021. Disponível em: https://doi.org/
caves in central Brazil, with description of a new species. 10.1080/00222933.2021.1890850.
Zoosystematics and Evolution, v. 93, n. 1, p.135-141. 2017. SIMONE, L. R. L.; MORACCHIOLI, N. Hydrobiidae (Gastropoda:
Disponível em: https://doi.org/10.3897/zse.93.10995. Hydrobioidea) from the Ribeira Valley, S. E. Brazil, with de-
SALVADOR, R. B.; SILVA, F. S.; CAVALLARI, D. C.; SIMONE, L. R. L. scriptions of two new cavernicolous species. Journal of Mol-
Terrestrial Gastropoda from the caves of Presidente Olegário, luscan Studies, [s.l.], v. 60, p. 445-459, 1994. Disponível em:
southeastern Brazil. Biota Neotropica, [s.l.], v. 21, n. 2, 2021. http://mollus.oxfordjournals.org/content/60/4/445.short.
e20201169. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1676- SIMONE, L. R. L.; FERREIRA R. L. Eupera troglobia sp. nov.: the
0611-BN-2020-1169. first troglobitic bivalve from the Americas (Mollusca, Bivalvia,
SALVADOR, R. B.; SILVA, F. S.; CAVALLARI, D. C.; CUNHA, C. M.; Sphaeriidae). Subterranean Biology, [s.l.], v. 42, p. 165–184,
BICHUETTE, M. E. Cave-dwelling gastropods (Mollusca: 2022. https://doi.org/10.3897/subtbiol.42.78074.
Gastropoda) of Brazil: state of the art and conservation.
314
FA U N A C AV E R N Í C O L A D O B R A S I L
315