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DIÁRIO ESPIRITUAL

PARA O MÊS DE JUNHO | 2023

Padre Mário Augusto Sartori

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste e-book pode ser utilizada ou reproduzida
sem autorização por escrito do autor.
DICAS PARA TIRAR MAIOR APROVEITO DO DIÁRIO ESPIRITUAL

- Tenha um local e horário fixos para oração;


- Invoque o Espírito Santo e faça outras orações que te ajudem a se acalmar e estar na
presença de Deus;
- Leia o evangelho do dia, a reflexão e as perguntas sem pressa. No meu canal do YouTube
você encontra a homilia do mesmo evangelho, um pouco mais aprofundada;
- Use as perguntas para realmente refletir sobre sua vida;
- É interessante você anotar suas respostas e reflexões;
- Tente investir alguns minutos do seu dia para fazer isso de forma orante;
- Procure o sacramento da confissão e use dos ensinamentos deste mês de retiro para
fazer seu exame de consciência.

Com a graça de Deus e a unção do Espírito Santo chegaremos ao final desse Diário com
nossas vidas transformadas. Coloque suas intenções e reze com fé. Deus está com você
nesta caminhada, creia!

Vamos juntos nessa jornada? Deus o abençoe.

Pe. Mário A. Sartori.


29 de maio - Segunda-feira | Memória da Bem-aventurada
Virgem Maria, Mãe da Igreja

Evangelho: Jo 19,25-34

Naquele tempo, perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de
Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava,
disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela
hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava
consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse: “Tenho sede”. Havia ali uma
jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na
à boca de Jesus. Ele tomou o vinagre e disse: “Tudo está consumado”. E, inclinando a cabeça,
entregou o espírito. Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os
corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então
pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. Os
soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com
Jesus. Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas;
mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Hoje celebramos a memória da Virgem Maria, Mãe da Igreja. Nos últimos momentos
de vida, Jesus, ensanguentado na cruz, entregou João - o discípulo amado - à sua mãe; e
entregou sua mãe ao discípulo amado. João representa todos os discípulos e representa cada
um de nós, portanto, Jesus entregou Maria a mim, a você e à Santa Igreja.
Não aceitar Maria como mãe é negar um presente de Jesus na cruz; e que grande bênção
é receber a Virgem Santíssima como Mãe. Em Maria temos a graça de ser novamente gerados,
pois Ela é uma mãe que cuida, ampara e que tão amorosamente nos educa e nos ajuda a
caminhar. João aceitou este presente e de imediato a acolheu. "Daquela hora em diante, o
discípulo a acolheu consigo".
Aos pés da cruz, a Virgem Maria e o discípulo amado foram testemunhas da
consumação. Viram o ato supremo da salvação, o sangue e a água serem jorrados do lado de
Jesus. Foram fiéis até o fim. Nós também somos chamados a ser testemunhas do Cristo, e assim
seremos à medida em que acolhermos Maria como mãe. É por Maria que devemos ir a Jesus,
porque Jesus veio a nós por Ela.
Recorramos à Mãe de Jesus e nossa. Peçamos a intercessão da Virgem Santíssima para
enfrentar as cruzes desta vida, essencialmente através da fidelidade ao Santo Rosário, um dos
meios mais poderosos para obtermos de Deus as bênçãos do céu. Maria é canal de todas as
graças e deseja derramá-las em nossa vida, para que estejamos sempre unidos ao seu filho
Jesus.

Para refletir:

1- O que a Virgem Maria me ensina neste Evangelho?

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2- Eu consigo invocar Maria Santíssima nos meus momentos de cruz? Eu já senti a proximidade
de Maria em situações de sofrimento e cruz?

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3- Eu recebo e acolho Maria em minha vida? Qual papel Maria tem tido em minha vida no
meu desejo de ser mais próximo e fiel a Jesus?

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Oremos: Senhor Jesus, neste dia em que celebramos Nossa Senhora, eu vos peço a graça de
não ter medo de receber Maria em minha vida. Dai-me, Senhor, a graça de acolher a Virgem
Maria como minha mãe e intercessora. Virgem Santíssima, pela tua intercessão, que eu seja
uma pessoa mais dócil, serena, fiel e que eu me inspire em seu exemplo para carregar a minha
cruz e saber oferecer os meus sofrimentos a Deus pela salvação do mundo. Amém.
30 de maio - Terça-feira da 8ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mc 10,28-31

Naquele tempo: Começou Pedro a dizer a Jesus: 'Eis que nós deixamos tudo e te seguimos.'
Respondeu Jesus: 'Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai,
filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, receberá cem vezes mais agora, durante esta
vida - casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições - e, no mundo futuro, a
vida eterna. Muitos que agora são os primeiros serão os últimos. E muitos que agora são os
últimos serão os primeiros.'

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Por Jesus nós não deixamos somente o pecado; muitas vezes nós também precisamos
deixar para trás coisas boas - direitos, inclusive - para servi-lo, amá-lo plenamente e fazer o
Reino de Deus acontecer nesta terra.
Perceba que nada do que Jesus disse a Pedro, neste evangelho, é pecado: casa, irmãos,
irmãs, mãe, pai, filhos, campos. Que bênção é ter tudo isso, conviver e ter por perto todos os
que amamos, mas abrir mão dessas coisas para estar com Jesus, para estar a serviço do
Evangelho é uma oferta de amor que nosso Senhor estima e honra.
O que você já ofertou a Jesus? Que presente você já deu a Ele? O Reino de Deus só
acontece nos corações quando nós ofertamos inúmeras coisas boas que a vida proporciona para
estar com Jesus. Renunciar somente o pecado não constrói, necessariamente, a Igreja. A
evangelização não é feita de pessoas que deixam apenas o pecado, mas que abrem mão de
bênçãos, porque Jesus vale o preço.
Eu sempre digo isso: o Reino de Deus não tem preço, mas custa. Custa o nosso dinheiro,
o nosso tempo, a nossa vida, a nossa auto imagem perante os outros, enfim, custa a nós mesmos.
O Reino de Deus exige um foco, um desejo, uma busca que só o desapego permite. Só
quem não precisa de nada pode ter tudo sem ser escravo daquilo, por isso, vamos ter cem vezes
mais daquilo que renunciamos nesta vida. É um ter como Jesus teve; um ter sem possuir para
possuir a vida eterna, a maior de todas as recompensas.

Para refletir:

1- Ser tido nesta vida como último me incomoda? Existe alguma pessoa cuja opinião sobre
mim tem mais importância do que deveria?

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2- “E todo aquele que tiver deixado por causa de mim...” Eu já deixei algo por causa de Jesus?
O que eu poderia deixar por amor a Ele?

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3- Qual é o lugar que Cristo ocupa na minha vida?

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Oremos: Senhor Jesus, que me seja possível entrar um dia no céu e já aqui nesta terra entrar
na dinâmica e na lógica de Jesus. Santifica o modo como me relaciono com Deus, com a vida
e com as coisas materiais. Me ajude, Senhor, a compreender tudo aquilo que eu preciso
desapegar para poder te servir, te amar e contribuir para a construção do Reino de Deus em
minha comunidade. Alarga o meu coração para as coisas do alto, a fim de que eu possa enxergar
a vida com os olhos do Senhor. Amém!
31 de maio - Quarta-feira | Festa da Visitação de Nossa Senhora

Evangelho: Lc 1,39-56

Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma
cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a
saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com
um grande grito, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!"
Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação
chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela
que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu". Maria disse: "A minha
alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou
para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada,
porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua
misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o temem. Ele mostrou a força
de seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os
humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu
servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de
Abraão e de suas descendência, para sempre". Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou
para casa.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Ao receber a visita do anjo Gabriel, a Virgem Maria foi apressadamente fazer uma
visita. Ela foi levar Jesus - que estava em seu ventre - à Isabel que estava grávida de João
Batista, o último profeta do antigo testamento.
Neste evangelho temos o encontro da antiga e da nova aliança. E tudo isso na pessoa
de Maria Santíssima: o sim foi dela, a pressa de subir a montanha foi dela, o menino que alegra
Isabel e João está dentro dela. Maria não é deusa, mas é o maior instrumento de Deus.
Diante de Maria Santíssima, a postura mais correta é a de Isabel: gratidão e humildade.
Como podemos merecer a visita da mãe do Senhor? Maria nos visita, sobretudo quando
rezamos a oração da Ave-Maria e do santo terço. E quando ela nos visita ela nunca vem
sozinha, mas traz sempre consigo o Salvador.
No magnificat, Nossa Senhora faz uma grande releitura da história do seu povo e
proclama as intervenções e a providência de Deus que tudo governa e conduz. Mas ela diz “a
minha alma engrandece”, “o meu espírito se alegra”, ou seja, tudo o que Deus fez, faz, fará,
precisa acontecer em nós, dentro de nós.
Nossa vida e nossa história é o lugar onde Deus se mostra Deus; onde Deus faz as coisas
de Deus. Nós também deveríamos poder dizer: “o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu
favor”. Talvez seja essa visão baseada no louvor e na gratidão que fez com que Maria, tão
grande e importante, ficasse três meses em casa de Isabel servindo e ajudando sua prima já
idosa.
Maria é uma mulher que sabe que é Deus quem conduz todas as coisas; que é Ele quem
governa tudo e todos e por isso ela pode ser serva de todos!

Para refletir:

1- Maria partiu apressadamente. Eu tenho essa santa pressa de obedecer a Deus e servi-lo
através da Igreja e do próximo ou tenho estado acomodado?

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2- Maria é bem-aventurada porque acreditou. Minha fé hoje está firme e expectante ou tenho
vacilado?

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3- Há em mim humildade semelhante à de Maria para que o Senhor Deus possa me abençoar
e eleger?

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Oremos: Maria, Mãe Santíssima, quero neste momento pedir sua visita em minha vida e em
minha casa. Vem, Nossa Senhora, ficar comigo e com os meus, vem trazer Jesus e a paz, vem
trazer alegria ao meu coração. Eu não mereço, mas preciso! Mãe Santíssima, muitas vezes a
oração para mim é um peso, é difícil, hoje eu sei e entendo que sem a oração do terço muitas
graças não irão acontecer na minha vida. Maria, minha mãe, eu quero pedir a graça da bem
aventurança da fé; quero perseverar na fé para que em minha vida eu veja as promessas e as
bênçãos de Deus se cumprindo. Amém.
1º de junho - Quinta-feira | Memória de São Justino, mártir

Evangelho: Mc 10,46-52

Naquele tempo, Jesus saiu de Jericó, junto com seus discípulos e uma grande multidão. O filho
de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do caminho. Quando ouviu dizer
que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: "Jesus, filho de Davi, tem piedade
de mim!" Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava mais ainda: "Filho de
Davi, tem piedade de mim!" Então Jesus parou e disse: "Chamai-o" . Eles o chamaram e
disseram: "Coragem, levanta-te, Jesus te chama!" O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até
Jesus. Então Jesus lhe perguntou: "O que queres que eu te faça?" O cego respondeu: "Mestre,
que eu veja!" Jesus disse: "Vai, a tua fé te curou". No mesmo instante, ele recuperou a vista e
seguia Jesus pelo caminho.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

O cego à beira do caminho somos todos nós. Todo ser humano sem o evangelho fica
cego e parado.
Ao lermos este relato e as particularidades da vida deste cego somos convidados
também a entender que estamos rodeados de sofrimentos maiores do que os nossos. Jesus tem
um carinho especial pelos últimos.
O cego tinha dentro de si um grito de fé pronto a ser dado e encontrou finalmente a
ocasião. Com certeza ele já vinha ouvindo falar de Jesus e, então, a fé foi sendo gerada dentro
dele. Por isso, é preciso entendermos a importância de ouvir e meditar a palavra de Deus.
Muitas vezes o que nossos olhos estão ou não estão vendo é justamente o que mata a nossa fé.
Mas a fé vem do ouvir a Palavra.
Vemos que, além de tudo, ele ainda precisou se fazer de surdo para aqueles que tinham
olhos perfeitos, mas não sabiam olhar com compaixão. Não houve uma pessoa sequer naquela
cena para interceder em favor dele!
Apesar de cego, pobre, ele sabia bem o que queria: enxergar de novo. E note bem: nem
todo cego quer enxergar. Muitos ali pediriam uma esmola ou algo assim. De nada adianta estar
diante de Jesus se eu não sei o que quero, o que preciso e o que Ele pode!
O cego ainda nos dá outra lição: após curado ele vai seguindo Jesus e glorificando a
Deus. O que ele recebeu de Jesus o uniu ao Pai do céu.

Para refletir:

1- Eu me sinto mendigando algo de alguém? O que? Por que?


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2- Quem ou o que tem tentado calar minha fé? Quem ou o que me desestimula a chegar perto
de Jesus?

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3- Eu sei bem o que quero e preciso? Sinto que estou rezando de modo correto e/ou lutando
pelas coisas certas?

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Oremos: Senhor Jesus Cristo, sei que neste momento o Senhor está passando pela minha vida.
Às vezes nem sei direito o que pedir e não sei se o que peço é o certo, por isso eu peço: “tem
compaixão de mim”. Jesus, me olhe, me toque, me cure... vem ao meu encontro, Senhor. Jesus,
tantas vezes eu mendigo aos outros, busco no ser humano, nas coisas materiais, busco em mim
mesmo aquilo que só o Senhor pode me dar. Jesus, abre meus olhos, eu quero ouvir teu convite
no meio de tantas vozes e pessoas que querem me calar e me distanciar de ti. Jesus, que eu não
me afaste de ti, que aquilo que eu recebo de Ti, me aproxime de Ti. Amém.
02 de junho - Quinta-feira da 8ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mc 11,11-26

Tendo sido aclamado pela multidão, Jesus entrou no Templo, em Jerusalém, e observou tudo.
Mas, como já era tarde, saiu para Betânia com os doze. No dia seguinte, quando saíam de
Betânia, Jesus teve fome. De longe, ele viu uma figueira coberta de folhas e foi até lá ver se
encontrava algum fruto. Quando chegou perto, encontrou somente folhas, pois não era tempo
de figos. Então Jesus disse à figueira: "Que ninguém mais coma de teus frutos". E os discípulos
escutaram o que ele disse. Chegaram a Jerusalém. Jesus entrou no Templo e começou a
expulsar os que vendiam e os que compravam no Templo. Derrubou as mesas dos cambistas e
as cadeiras dos vendedores de pombas. Ele não deixava ninguém carregar nada através do
Templo. E ensinava o povo, dizendo: "Não está escrito: 'Minha casa será chamada casa de
oração para todos os povos'? No entanto, vós fizestes dela uma toca de ladrões". Os sumos
sacerdotes e os mestres da Lei ouviram isso e começaram a procurar uma maneira de o matar.
Mas tinham medo de Jesus, porque a multidão estava maravilhada com o ensinamento dele.
Ao entardecer, Jesus e os discípulos saíram da cidade. Na manhã seguinte, quando passavam,
Jesus e os discípulos viram que a figueira tinha secado até a raiz. Pedro lembrou-se e disse a
Jesus: "Olha, Mestre: a figueira que amaldiçoaste secou". Jesus lhes disse: "Tende fé em Deus.
Em verdade vos digo, se alguém disser a esta montanha: 'Levanta-te e atira-te no mar', e não
duvidar no seu coração, mas acreditar que isso vai acontecer, assim acontecerá. Por isso vos
digo, tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes, e assim será. Quando
estiverdes rezando, perdoai tudo o que tiverdes contra alguém, para que vosso Pai que está nos
céus também perdoe os vossos pecados".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

O evangelho de hoje tem o Templo como ponto central e, neste contexto, há uma
figueira que amarra todo o ensinamento de Jesus para nós. O que será que essa figueira tem de
importante para aparecer em um evangelho tão cheio de emoções como este?
Antes e depois de toda a confusão no Templo, onde Jesus expulsou os cambistas e
vendedores de pombas, existe uma figueira que nos ensina sobre fé e integridade.
A figueira é um dos títulos do judaísmo para a religião, a fé e o Templo, ou seja, algo
sagrado.
Diz o evangelho, portanto que ao sair de Betânia, Jesus viu uma figueira vistosa e cheia
de folhas, mas sem nenhum fruto. No dia seguinte, ao chegar em Jerusalém encontrou um
Templo totalmente bagunçado. Ao reconhecer esses dois cenários, é possível definir a figueira
e o Templo - ambos sagrados - com este ditado popular: "Por fora bela viola, por dentro pão
bolorento", ou seja, a figueira estava linda, mas não produzia frutos; o Templo era belíssimo
por fora, mas não continha os frutos da verdadeira religião.
Meus irmãos e minhas irmãs, aqui está o perigo da religião. Muitas vezes por fora está
tudo muito lindo, mas por dentro há tanta hipocrisia, contratestemunho, mentira, vaidade, amor
pelo dinheiro. Uma religião cheia de folhas e flores que não consegue oferecer um fruto que
sacie a fome.
Diante disso, Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os que vendiam e os que
compravam no Templo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos vendedores de
pombas. A finalidade do Templo havia sido desvirtuada, pois, por ser muito frequentado para
os sacrifícios que o povo fazia, foi crescendo um grande comércio de animais e câmbio de
moedas.
Ao falar da destruição do Templo, Jesus faz relação com o Templo de seu corpo. Isso
nos ajuda a entender que somos templos de Deus e que a nossa vida interior faz o estar na igreja
ter sentido; e esse estar na igreja nos leva à uma vida interior. Essas duas instâncias e momentos
de nossa vida espiritual não se opõem, mas se complementam.
Ao mesmo tempo em que devemos respeitar a casa de Deus, precisamos fazer do nosso
interior um lugar sagrado. Quando temos consciência de que Deus habita em nós, naturalmente
nasce o zelo pelo templo físico, pela Igreja, pois entramos em sintonia com o Reino de Deus.
Desse modo, assim como Jesus expulsou os vendedores de pombas dizendo: "Minha
casa será chamada casa de oração para todos os povos'? No entanto, vós fizestes dela uma
toca de ladrões". Do mesmo modo, eu e você somos chamados a expulsar do nosso coração -
que é templo santo - o pecado e as más inclinações.
Jesus nos exorta no Evangelho de hoje para que sejamos uma figueira que produz frutos
para o Reino de Deus; e que não só o Templo propriamente dito, mas também o nosso coração
seja casa de oração, lugar de oferta, de amor, de misericórdia para a edificação do Reino de
Deus.

Para refletir:

1- No dia de hoje, neste momento, como está o templo do seu coração? A sua figueira está
seca ou frutífera? O que faz você estar nesta condição agora?

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2- Eu vivo um relacionamento saudável com a Igreja? (frequência, fidelidade, respeito,


serviço).
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3- Quem eu sou para o próximo e para a minha Igreja? Eu sou uma figueira seca ou tenho
produzido frutos com meus dons e carismas?

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Oremos: Senhor Jesus, vós que sois o verdadeiro Templo onde habita a plenitude da divindade
e que fizestes de mim templo do Espírito Santo pelo batismo, santificai meu coração e minha
vida para que eu seja uma casa de oração. Pai Santo, que eu saiba estar em tua casa de modo
digno, atento e orante para vos ser agradável e possa dar bons frutos para o teu Reino. Que eu
me coloque diante do Pai para me dar, me entregar e não só para pedir. Amém.
03 de junho - Memória de São Carlos Lwanga e companheiros
mártires

Evangelho: Mc 11,27-33

Naquele tempo, Jesus e os discípulos foram de novo a Jerusalém. Enquanto Jesus estava
andando no Templo, os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os anciãos aproximaram-se dele
e perguntaram: "Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer
isso?" Jesus respondeu: "Vou fazer-vos uma só pergunta. Se me responderdes, eu vos direi com
que autoridade faço isso. O batismo de João vinha do céu ou dos homens? Respondei-me".
Eles discutiam entre si: "Se respondermos que vinha do céu, ele vai dizer: 'Por que não
acreditastes em João?' Devemos então dizer que vinha dos homens?" Mas eles tinham medo da
multidão, porque todos, de fato, tinham João na qualidade de profeta. Então eles responderam
a Jesus: "Não sabemos". E Jesus disse: "Pois eu também não vos digo com que autoridade faço
essas coisas".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Jesus conhece profundamente o coração de cada um de nós e conhecia o coração


daqueles que o cercavam: os sumos sacerdotes e anciãos do povo que queriam confrontá-lo e
colocá-lo em situação difícil.
Maliciosamente eles perguntam a Jesus: “Com que autoridade fazes estas coisas?
Quem te deu autoridade para fazer isso?” Então Jesus, sabiamente, devolveu outra pergunta:
“O batismo de João vinha do céu ou dos homens?”. Mas os sumos sacerdotes não quiseram se
posicionar. Então, eles responderam a Jesus: “Não sabemos”. Essa é a resposta de quem não
quer responder e não de quem não sabe o que responder. No fundo eles sabiam, mas não
queriam dar o ‘braço a torcer’.
Se confessassem que o batismo de João Batista vinha de Deus, automaticamente
precisariam acolher Jesus; e se fizessem isso, teriam que repensar a religião que praticavam, a
maneira com que lidavam com o Templo, com as pessoas e com a fé. Não foram capazes de
reconhecer João Batista, o precursor, tampouco reconheceriam Jesus, o enviado.
Trazendo para o nosso dia a dia, esse João Batista é a missão da igreja no mundo, é o
evangelho que ouvimos a cada dia e que o padre termina dizendo: Palavra da Salvação. Talvez
hoje todos nós precisamos responder a esta pergunta: eu creio mesmo que essa Palavra tem o
poder de me salvar? Eu creio que ela vem do céu e não dos homens?
Há muitas pessoas de dentro da igreja, conhecedoras da Lei de Deus, que escutam o
evangelho como palavra humana e não como Palavra de Salvação; que não permitem que a
Palavra aponte a direção e desperte a conversão interior, pois estão fechadas dentro de si
mesmas. Quantas coisas todos nós já sabemos, mas nossos apegos, nosso orgulho e nossa
vaidade fazem com que não nos rendamos a autoridade e ao senhorio de Jesus.
Queridos irmãos e irmãs, que nós não corramos este risco: de saber, mas não acolher;
de saber e não querer mudar. Estejamos abertos e sejamos dóceis a Jesus, aquele que tem
autoridade para purificar o templo do nosso coração.

Para refletir:

1- Você crê que a Palavra de Deus tem o poder de te salvar? Você crê que ela vem do céu e
não dos homens? Escreva um pouco sobre o que vem ao seu coração sobre isso.

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2- Você tem deixado Deus trabalhar em você e ser o Senhor da sua vida?

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3- O orgulho ainda tem te atrapalhado a obedecer a vontade de Deus e avançar na vida de fé?
Em quais situações isso acontece?

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Oremos: Senhor Jesus, eu renuncio hoje tudo aquilo que já coloquei ou tenho colocado à frente
de Deus, pois Tu és o meu único Senhor. Renuncio o pecado da mentira, da fofoca, da ganância,
do orgulho, da vaidade, o que quer que eu esteja colocando no lugar de Jesus na minha vida e
não acolhendo a autoridade Dele sobre mim. Maria Santíssima, peço-vos a sua intercessão para
que com a graça que Cristo me dá eu possa caminhar para a santidade. Amém.
04 de junho - Domingo | Solenidade da Santíssima Trindade

Evangelho: Jo 3,16-18

Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele
crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o
mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê, não é condenado, mas quem
não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Após celebrarmos a Festa de Pentecostes, somos chamados a contemplar o mistério


central da nossa fé, a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Grande é o mistério da Santíssima Trindade. Vale ressaltar que mistério não significa
que não podemos compreender nada, mas que somos capazes de saber o suficiente para amar,
confiar, obedecer, viver e se mover em direção a Cristo sem, todavia, entender tudo.
A Palavra de Deus nos revela a Santíssima Trindade neste Evangelho mostrando como
Deus manifestou o seu amor para conosco, apontando o verdadeiro valor da cruz. A cruz é o
lugar da glória de Jesus. Na cruz ficou visível o que Jesus tinha mais de belo, mais bonito do
que todo bem que Ele fez e todo o poder que Ele tinha: sua generosidade, gratuidade e
misericórdia.
O amor que se derrama do Pai para o Filho e que se devolve do Filho ao Pai se dá no
Espírito Santo, derramado sobre nós em Pentecostes. O Pai criador, o Filho salvador, o Espírito
Santo amor reforça em nós esta certeza: para que não morra todo o que nele crer, mas tenha
a vida eterna.
O Pai envia seu Filho unigênito como gesto de amor e misericórdia a nós, para que
aqueles que nEle crerem desfrutem da salvação. A salvação vem da fé que reconhece que o
crucificado é Deus, que o Filho e o Pai são um só e que o Espírito Santo foi enviado para habitar
em nossos corações.
De fato, o Pai não enviou o seu único Filho por uma razão qualquer, mas porque amou-
nos a tal ponto que o preço do nosso resgate era entregar a vida de seu amado Filho.
Que no dia de hoje o Espírito Santo abra os nossos olhos para este grande mistério da
fé e nos una à cruz de Jesus, no qual se manifestou plenamente o amor do Pai criador por cada
um de nós.
Para refletir:

1- Eu sou dócil ao Espírito Santo? Consigo obedecer aos impulsos do Espírito Santo em meu
coração ou ainda reluto com isso?

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2- Qual área da minha vida eu percebo que preciso me abrir ao Espírito Santo para
compreender melhor?

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3- O evangelho de hoje desperta em mim alguma atitude concreta? O que eu posso fazer para
devolver a Jesus todo o amor que Ele tem por mim?

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Oremos: Vinde Espírito Santo, organize a minha mente e o meu coração me conduzindo à
plena verdade. Faz-me dócil ao teu Santo Espírito para que eu possa compreender os propósitos
do Senhor para a minha vida. Eu preciso, Jesus, do vosso auxílio para viver a fé, compreender
a Tua palavra e acolher verdadeiramente o teu Espírito Santo em meu coração. Dá-me, Espírito
Santo, Paráclito, o dom da fé para que eu possa amar, confiar e obedecer a vontade de Deus
Pai. Amém.
05 de junho - Segunda-feira - Memória de São Bonifácio, bispo e
mártir

Evangelho: Mc 12,1-12

Naquele tempo, Jesus começou a falar aos sumos sacerdotes, mestres da Lei e anciãos, usando
parábolas: "Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um lagar e construiu uma torre de
guarda. Depois arrendou a vinha a alguns agricultores, e viajou para longe. Na época da
colheita, ele mandou um empregado aos agricultores para receber a sua parte dos frutos da
vinha. Mas os agricultores pegaram no empregado, bateram nele, e o mandaram de volta sem
nada. Então o dono da vinha mandou de novo mais um empregado. Os agricultores bateram na
cabeça dele e o insultaram. Então o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram. Trataram
da mesma maneira muitos outros, batendo em uns e matando outros. Restava-lhe ainda alguém:
seu filho querido. Por último, ele mandou o filho até aos agricultores, pensando: 'Eles
respeitarão meu filho'. Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: 'Esse é o herdeiro.
Vamos matá-lo, e a herança será nossa'. Então agarraram o filho, o mataram, e o jogaram fora
da vinha. Que fará o dono da vinha? Ele virá, destruirá os agricultores, e entregará a vinha a
outros. Por acaso, não lestes na Escritura: 'A pedra que os construtores deixaram de lado,
tornou-se a pedra mais importante; isso foi feito pelo Senhor e é admirável aos nossos olhos?'
" Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus, pois compreenderam que havia contado
a parábola para eles. Porém, ficaram com medo da multidão e, por isso, deixaram Jesus e foram-
se embora.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

A parábola que São Marcos narra no Evangelho de hoje nos fala sobre a vinha e os
agricultores. A vinha é a imagem da Igreja; e os agricultores somos nós, batizados.
Ao plantar a sua vinha, que é a Igreja, que nasce a partir do Pentecostes, no
derramamento do Espírito Santo, Deus vem visitar os agricultores esperando pelos frutos da
vinha. Deus espera frutos de nós.
Conta a parábola que Jesus narrou aos sumos sacerdotes e mestres da Lei que os
agricultores matavam os empregados - os profetas - que Deus mandava; matando, inclusive, o
próprio filho do dono da vinha, pois enxergavam naquele herdeiro alguém que queria lhes tirar
tudo, afinal, eles queriam tomar posse da vinha.
A partir disso, é possível visualizar uma realidade muito presente em nossa vida. O
pecado original nos faz ver Deus como um inimigo. Deus, que nos deu tudo: a liberdade; o
nosso próprio corpo; as nossas capacidades; dons; talentos é tantas vezes maltratado, porque
muitas pessoas querem conduzir a vida a partir das próprias vontades, esquecendo-se que o
dono de tudo é Cristo Jesus. Nem a nossa vida, nem a Igreja, nem nada é nosso; tudo é do Pai
e Ele espera que nós produzamos frutos.
'Esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa'. Esta fala dos agricultores
revela como o pecado tristemente nos faz ver Deus como alguém que atrapalha. Matar Jesus
para fazer o que quisermos com a nossa vida; matá-lo e ignorar as exigências do Evangelho
para fazer o que quisermos com a nossa vida. Muitas pessoas querem excluir Jesus.
Para acolher Jesus como nosso Pai, amigo e bom pastor é preciso ter o Espírito Santo
dentro de nós, por isso celebramos o Pentecostes. Sem o Espírito Santo, Deus se torna um peso
e passa a ser visto como inimigo.
O que fará nosso Senhor Jesus - o dono da vinha - portanto, se agirmos deste modo? O
Evangelho nos revela que Ele virá, destruirá os agricultores, e entregará a vinha a outros.
Aqui está um desafio para nós: se não dermos frutos, Jesus vai derramar o Espírito sobre quem
deseja dar frutos. Simples assim! O Reino de Deus é feito daqueles que acolhem o Evangelho
e são amigos de Jesus.
É preciso mudar o olhar que muitas vezes temos de que Jesus é nosso inimigo. Ele não
nos rouba nada, pelo contrário, é Ele quem nos dá tudo.

Para refletir:

1- Na época da colheita, ele mandou um empregado aos agricultores para receber a sua parte
dos frutos da vinha. Jesus sempre envia a nós mensageiros, profetas, pastores para nos ajudar
a caminhar. O que eu tenho feito com os mensageiros que o Senhor envia? Estou aberto para
aceitar as exigências do Evangelho e os 'puxões de orelha' de Deus ou ainda sou resistente?

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2- Qual a minha responsabilidade hoje na vinha do Senhor?

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3- O que esta parábola me ensina sobre o senhorio de Jesus?


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Oremos: Senhor Jesus, hoje diante de Ti, dou liberdade para que o teu Espírito Santo conduza
a minha vida; a fim de que o meu coração seja um lugar puro e santo. Hoje eu reconheço o teu
senhorio diante de tudo e de todos, reconheço que és Senhor sobre todas as coisas, o Senhor da
minha vida. Obrigado, Jesus, por me permitir conhecer a tua vontade e os teus caminhos.
Obrigado por me fazer teu/tua amigo(a). Eu quero produzir os frutos do Espírito Santo,
sobretudo o fruto do amor. Amém.
06 de junho - Terça-feira da 9ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mc 12,13-17

Naquele tempo, as autoridades mandaram alguns fariseus e alguns partidários de Herodes, para
apanharem Jesus em alguma palavra. Quando chegaram, disseram a Jesus: "Mestre, sabemos
que tu és verdadeiro, e não dás preferência a ninguém. Com efeito, tu não olhas para as
aparências do homem, mas ensinas, com verdade, o caminho de Deus. Dize-nos: É lícito ou
não pagar o imposto a César? Devemos pagar ou não?" Jesus percebeu a hipocrisia deles, e
respondeu: "Por que me tentais? Trazei-me uma moeda para que eu a veja". Eles levaram a
moeda, e Jesus perguntou: "De quem é a figura e a inscrição que está nessa moeda?" Eles
responderam: "É de César". Então Jesus disse: "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o
que é de Deus". E eles ficaram admirados com Jesus.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Quando a esmola é demais o santo desconfia. Era elogio demais. Fariseus, saduceus e
herodianos não se davam bem, mas tinham em comum antipatia e até mesmo ódio em relação
a Jesus. E todos eles estavam debaixo de um poder capaz de matar: César.
Estes três grupos queriam colocar Jesus em perigo e em descrédito. Pagar ou não pagar
o imposto a César? Se Jesus dissesse que não deveria pagar o imposto a César, ele seria acusado
e morto como um revolucionário e agitador que insulta as massas contra o imperador. Se ele
dissesse que deveria pagar o imposto, Jesus cairia em descrédito com o povo que o seguia e
que de alguma forma entendia que o Messias deveria libertar os judeus dos impostos romanos.
A resposta de Jesus foi muito profunda e colocou as coisas no lugar. Mas primeiro Jesus
apontou o pecado triste e demoníaco da hipocrisia e da maldade. Por detrás daqueles elogios
estava uma manipulação sobre Jesus. Usavam de doçura e sorrisos para levar o outros
alegremente para o buraco. Como é feio pessoas ardilosas e que não são transparentes em suas
intenções.
Então Jesus pediu uma moeda e perguntou quem era aquele rosto estampado nela. Na
época, os imperadores tinham por costume colocar sua própria imagem nas moedas. Para eles
era o que havia de mais importante: o dinheiro. Eles queriam ser imagem e semelhança do
dinheiro. Para eles o mais importante era receber o dinheiro e a riqueza das pessoas.
Nosso Deus não colocou sua imagem no dinheiro, colocou sua imagem em nós. Era
como se o imperador dissesse: “Você quer me ver? Veja a moeda de dinheiro”, enquanto Deus
diz: “Você quer me ver? Veja o ser humano!”
Quando Jesus disse: "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus",
Jesus colocou as coisas no lugar, pedindo de volta o ser humano à Deus! César poderia ficar
com o dinheiro, com os impostos, mas não com o homem e a mulher; não poderia ser senhor
dos corações e das almas. O dinheiro era de César, o ser humano não! O ser humano não pode
ser identificado ou subjugado à César, ao dinheiro, ao vício. Não podemos ceder nossa imagem
e nossa alma a nada a não ser ao próprio Deus.
Religião, política e dinheiro sempre foram uma mistura bombástica e alienante na
maioria das vezes. Em nome de Deus muitos Césares se aproveitaram da fé e da religião para
se satisfazerem.

Para refletir:

1- Costumo praticar o pecado da hipocrisia com os outros? Sou “ardiloso” para conseguir o
que quero? Já prejudiquei pessoas para subir na vida?

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2- Como está o meu relacionamento com o dinheiro? Ele tem sido meu Senhor? Minha meta?
Minha regra para definir minhas atitudes?

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3- O que é de Deus e que eu não estou dando à Ele, mas às pessoas ou ao dinheiro? O que de
mim não tenho devolvido à Deus?

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Oremos: Senhor Jesus, obrigado por me refazer como imagem e semelhança de Deus.
Obrigado por não me deixar escravo de coisas ou pessoas. Pai do céu, neste momento eu quero
te dar o meu coração e todas as coisas que o Senhor me deu e me permite conquistar e ter.
Senhor Deus, eu não quero pertencer a César e nem a mim mesmo. Eu sou teu. Espírito Santo,
tira de mim toda maldade e hipocrisia com as pessoas. Eu não quero ser motivo de tentação e
queda para ninguém. Quero ser bom e justo com todos. Amém.
07 de junho - Quarta-feira da 9ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mc 12,18-27

Naquele tempo, vieram ter com Jesus alguns saduceus, os quais afirmam que não existe
ressurreição e lhe propuseram este caso: "Mestre, Moisés deu-nos esta prescrição: 'Se morrer
o irmão de alguém, e deixar a esposa sem filhos, o irmão desse homem deve casar-se com a
viúva, a fim de garantir a descendência de seu irmão". Ora, havia sete irmãos, o mais velho
casou-se, e morreu sem deixar descendência. O segundo casou-se com a viúva, e morreu sem
deixar descendência. E a mesma coisa aconteceu com o terceiro. E nenhum dos sete deixou
descendência. Por último, morreu também a mulher. Na ressurreição, quando eles
ressuscitarem, de quem será ela mulher? Por que os sete se casaram com ela!" Jesus respondeu:
"Acaso, vós não estais enganados, por não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus?
Com efeito, quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão, pois
serão como os anjos do céu. Quanto ao fato da ressurreição dos mortos, não lestes, no livro de
Moisés, na passagem da sarça ardente, como Deus lhe falou: 'Eu sou o Deus de Abraão, o Deus
de Isaac e o Deus de Jacó'? Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos! Vós estais muito
enganados".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Os saduceus eram homens profundamente religiosos e observadores da lei. Eram


também rivais dos fariseus, sobretudo por discordarem sobre a questão da vida eterna. Os
saduceus não acreditavam na vida eterna; viviam o judaísmo e a observância da lei, mas não
acreditavam no céu (e no inferno). Era um grupo pequeno, porém muito rico e poderoso.
De alguma forma era até conveniente para eles apostar tudo nesta vida e justificar toda
a riqueza que tinham como sinal da bênção de Deus; e a pobreza da grande maioria do povo
como vontade de Deus.
Quando acreditamos que o céu existe, a nossa vida necessariamente precisa mudar.
Muitas pessoas não são incrédulas, mas egoístas e preguiçosas. Os incrédulos, de alguma
forma, entendem que o crer está intimamente ligado ao viver. Muitos dizem não crer, porque
no fundo não querem mudar de vida e nem estabelecer novos critérios para o seu modo de se
relacionar com os bens materiais e com o próximo.
A polêmica do evangelho a respeito de quem a tal viúva seria esposa no céu mostra
uma visão quase que caricata do céu. Para eles, o céu é uma terra melhorada ou coisa do tipo.
Entendamos: o céu não é a terra sem sofrimentos; o céu é a plenitude do ser humano em Deus.
Então, Jesus cita a passagem da sarça ardente como prova da realidade da vida eterna,
ou seja, Deus e seus mistérios não estão nos nossos achismos, mas naquilo que a Palavra ensina!
Para refletir:

1- Eu acredito na vida eterna? Como aquilo que creio influencia minha vida?

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2- Minhas convicções religiosas têm se tornado mais maduras? Elas me amadurecem como
ser humano?

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3- Jesus citou um texto da sagrada escritura. Eu sou capaz de citar a bíblia para justificar o
que creio? O que creio tem fundamento na Palavra?

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Oremos: Senhor Jesus, eu creio na vida eterna, eu creio no céu; e quero te louvar, porque o
céu é a minha plenitude na Santíssima Trindade. Obrigado, Jesus, porque o céu é muito mais
que uma outra vida sem males. Espírito Santo, eu quero conhecer a Sagrada Escritura para que
aquilo que eu creio mude o que eu vivo. Amém.
08 de junho - Quinta-feira - Solenidade do Santíssimo Sacramento
do Corpo e Sangue de Cristo

Evangelho: Jo 6, 51-58

Naquele tempo: disse Jesus às multidões dos judeus: "Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem
comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do
mundo". Os judeus discutiam entre si, dizendo: "Como é que ele pode dar a sua carne a comer?"
Então Jesus disse: "Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do
Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e
bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne
é verdadeira comida, e o meu sangue, verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o
meu sangue permanece em mim e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por
causa do Pai, assim aquele que me recebe como alimento viverá por causa de mim. Este é o
pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele
que come este pão viverá para sempre".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Como é que ele pode? Podendo! Ele é Deus. Um dos momentos na vida de fé é
simplesmente aceitar os modos e os meios que Deus escolhe para agir e fazer a salvação do
mundo. Jesus aponta neste Evangelho a necessidade de comer e beber.
O texto de hoje nos leva agora a um ponto importante: a comunhão. Começa com ser
atraído pelo Pai, depois por ver e crer, ir até Jesus e comer e beber, entrar em comunhão com
Jesus através do sacramento da Eucaristia.
A Eucaristia é um sacramento. Jesus nos deixou sete sacramentos e o mais importante
e central deles é a Eucaristia. Sacramento significa um sinal visível e sensível da graça
invisível. Por exemplo: no sacramento do batismo temos uma graça invisível aos olhos
humanos que é Deus lavando o nosso pecado. Como isso acontece? Acontece no momento em
que a água toca em nós. Algo visível e sensível que comunica e dá o invisível de Deus.
O Pão e o Vinho da Eucaristia são o visível e o sensível da carne, sangue, alma e
divindade de Jesus sendo nosso alimento, por isso é preciso comungar. O católico não vive sem
os sacramentos, pois Jesus está nos sacramentos. É preciso celebrar e estar em comunhão com
Cristo onde Ele quis estar: na Eucaristia.
Vemos o evangelho de hoje como dois níveis de leitura. O primeiro está nas palavras
“Eu sou o pão vivo descido do céu”, ou seja, Jesus é a nova Lei, a Palavra, a relação definitiva
de Deus, o sentido da vida humana. O segundo é exigido pelas palavras “o pão que eu darei é
a minha carne para a vida do mundo”. É o sentido Eucarístico. A sua carne não é uma
metáfora, mas é realmente o seu corpo dado por nós.
À medida em que nos alimentamos do Corpo e do Sangue de Cristo, nós vamos nos
assemelhando a Ele. Pela Eucaristia, Jesus passa a viver em nós e nós passamos a pertencer a
Ele.

Para refletir:

1- Como eu tenho participado do banquete Eucarístico? Ao participar da comunhão, eu me


abro e percebo em mim uma força maior do que eu? Eu confio mais no poder de Deus, que é
o Pão descido do céu que se dá a mim todos os dias na Santa Eucaristia, ou nas minhas próprias
convicções?

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2- O que eu percebo que preciso melhorar para ser cada vez mais digno(a) de receber Jesus
Eucarístico?
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3- Tenho me confessado com frequência?

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Oremos: Senhor Jesus, eu hoje quero acolher o modo como o Senhor quer vir a mim e tocar
minha vida. O Senhor pode todas as coisas e pode fazer como quiser. Eu reconheço no
sacramento da Eucaristia o teu desejo, o teu modo de fazer as coisas e de estar comigo. Tirai
de mim, Senhor, toda dificuldade de crer e acolher aquilo que foge do meu entendimento. Eu
creio que tu és o Pão vivo descido do céu e que este pão é verdadeiramente tua pessoa, teu
corpo e sangue, na Eucaristia. Espírito Santo de Deus, que em cada comunhão eu seja
plenificado pela vida de Jesus em mim. Amém.
09 de junho - Sexta-feira | Memória de São José de Anchieta,
presbítero

Evangelho: Mc 12,35-37

Naquele tempo, Jesus ensinava no Templo, dizendo: "Como é que os mestres da Lei dizem que
o Messias é Filho de Davi? O próprio Davi, movido pelo Espírito Santo, falou: 'Disse o Senhor
ao meu Senhor: senta-te à minha direita, até que eu ponha teus inimigos debaixo dos teus pés'.
Portanto, o próprio Davi chama o Messias de Senhor. Como é que ele pode então ser seu filho?"
E uma grande multidão o escutava com prazer.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

A multidão escutava Jesus com prazer. Sim, Jesus é prazeroso! Como é bom poder
ouvir, ler e meditar as palavras de Jesus. A docilidade precisa fazer parte da nossa vida de fé.
Muitas pessoas até acham bonito serem secas, frias e desmedidamente racionais em sua vida
de fé e na prática da religião. Ter prazer nas coisas de Deus não é pecado. Não deve ser a meta,
mas acaba sendo fruto de uma espiritualidade saudável e de um coração que vai ficando cada
vez mais puro e desejoso de Deus.
Um dos dons do Espírito Santo é o dom da Piedade. Este dom nos facilita o
relacionamento com as coisas sagradas. Ser piedoso significa gostar das coisas de Deus e de
Deus.
Jesus despertava essa piedade no povo porque Ele era ungido. Jesus estava convencido
do que falava, vivia o que falava e falava com a convicção de que se as pessoas entendessem
aquilo que Ele dizia, elas seriam mais felizes.
Jesus falava as coisas com a certeza de que aquilo que Ele dizia iria aproximar as
pessoas de Deus e elas viveriam melhor seu dia a dia.
Jesus pregava querendo que no fim de sua pregação as pessoas amassem mais a Deus,
o desejassem e o percebessem mais em suas vidas e vivessem de um modo mais inteligente,
santo e saudável.
Mas Jesus é mais do que um grande orador ou mais do que um homem muito piedoso,
inteligente ou santo, Jesus é Senhor.
Davi é grande e muito importante, mas ele não é maior que o Cristo que deveria vir.
Davi, movido pelo Espírito Santo, falou: “Disse o Senhor (no caso aqui Deus) ao meu Senhor
(no caso aqui o Messias)”.
Nas duas vezes em que nos aparece a palavra “Senhor” temos a palavra “Kýrios”, tanto
para Deus quanto para Jesus. “Kýrios” é a palavra grega que traduz o tetragrama “YHWH”
que o antigo testamento, os judeus usavam para o nome de Deus que nunca poderia ser dito,
que em português se traduz por “YAVÈ” ou até mesmo “Javé”.
“O próprio Davi chama o Messias de Senhor”. Aqui está o nó da questão: se Davi
chama seu descendente de Senhor, quer dizer que este é mais que filho, então Davi profetizou
na força do Espírito: o descendente é o Senhor, o Kýrios. Mais adiante Jesus o dirá claramente
diante do sinédrio (Mc 14,61) e o centurião, aos pés da cruz, o compreenderá (Mc 15,39).

Para refletir:

1- Davi movido pelo Espírito Santo profetizou o Messias como alguém maior que Ele. Tenho
reconhecido Jesus como o meu Senhor?

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2- “Até que eu ponha teus inimigos debaixo dos teus pés”. São Paulo completa dizendo: “E o
último inimigo a ser vencido é a morte”. Tenho levado meus inimigos (pecados, misérias,
doenças, lutas) para debaixo dos pés de Jesus?

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3- O dom da piedade, que traz o prazer e a doçura da religião e da fé, estão presentes na minha
vida de oração e nas minhas práticas religiosas?

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Oremos: Senhor Jesus, hoje eu te proclamo como Senhor de todas as coisas visíveis e
invisíveis; como Senhor da minha vida e de tudo o que eu tenho e sou. Te reconheço como
nome sobre todo nome. Vem reinar em minha vida! Senhor Jesus, eu quero a partir de hoje
viver o teu senhorio na minha vida. Quero que tudo seja “Por Cristo, com Cristo e em Cristo”.
Batiza-me, Senhor, com o Espírito Santo e me enche do dom da piedade. Restaura em mim o
dom da piedade e da doçura para que eu escute Jesus com prazer. Amém.
10 de junho - Sábado - 9ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mc 12,38-44

Naquele tempo, Jesus dizia, no seu ensinamento, à multidão: "Tomai cuidado com os doutores
da Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas;
gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes. Eles
devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior
condenação". Jesus estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como
a multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias. Então
chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada. Jesus
chamou os discípulos e disse: "Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos
os outros que ofereceram esmolas. Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua
pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Nossa autoridade vem muito mais do nosso testemunho do que do nosso discurso. No
evangelho de hoje Jesus desmascara a triste realidade dos doutores da Lei: contentavam-se
em ter aparência sem essência.
Quando nossa vida religiosa não muda o nosso coração e se torna uma máscara para
esconder nossos pecados ou um palco para ostentar nossas qualidades e o nosso ego, nós
ficamos sem paz interior e limitamos a maior recompensa que poderíamos ganhar: a vida
eterna.
Jesus estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a
multidão depositava suas moedas no cofre. Ofertar a Deus é um dever. No tempo de Jesus
fizeram deste dever um momento de vanglória. Como Jesus sabia quem deu mais ou menos?
Ele sabia, pois no templo as caixas das ofertas eram identificadas por valores e uma pessoa
anunciava quanto cada um dava. Pura exibição! E na caixa dos pobres não havia ninguém para
anunciar nem o nome e nem a quantia ofertada pelos pobres, que é o caso da viúva do evangelho
de hoje.
Aquela pobre mulher ofertou de coração. Ela sabia que ninguém iria falar em voz alta
nem seu nome e nem seu valor pequeno. Acontece, então, que Jesus disse para todos ouvirem
que naquele dia não havia ninguém que tivesse agradado mais a Deus do que ela. Ela foi
anunciada e glorificada pelo próprio Jesus para o susto dela e escândalo de todos. A oferta
daquela mulher a colocava em estado de dependência de Deus e era um gesto de profundo
temor e amor.
Nossas ofertas a Deus através do dízimo e das obras de caridade devem ser atos de
amor, sem interesse de elogios; e revelar que vivemos na dependência de Deus. Ofertar é se
vincular.

Para refletir:

1- Mulher... viúva... mesmo assim ela estava no templo e fez ofertas. Quais coisas tem me
causado desânimo?

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2- Eu consigo manter em segredo minhas boas obras? Sou vaidoso das coisas boas que faço?

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3- Eu consigo depender de Deus na minha vida material e financeira?

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Oremos: Senhor Jesus, eu quero depender de Ti. Assim como a viúva do evangelho de hoje,
quero fazer minhas boas obras e ofertas por amor, gratidão e depender mais de Ti. Espírito
Santo, muitas vezes sou vaidoso e me comparo aos outros. Faz-me livre do apego, do ego, da
vaidade e do orgulho e faz o meu coração semelhante ao Vosso. Amém.
11 de junho - 10º Domingo do Tempo Comum

Evangelho: Mt 9,9-13

Naquele tempo: Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de
impostos, e disse-lhe: "Segue-me!" Ele se levantou e seguiu a Jesus. Enquanto Jesus estava à
mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à
mesa com Jesus e seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos:
"Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?" Jesus ouviu a
pergunta e respondeu: "Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes.
Aprendei, pois, o que significa: 'Quero misericórdia e não sacrifício'. De fato, eu não vim para
chamar os justos, mas os pecadores".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Jesus veio para chamar os doentes. Todos nós, pecadores e pecadoras que somos,
precisamos estar abertos e atentos ao Jesus que nos visita e nos chama para segui-lo. Só quem
se reconhece pecador pode sentir a força salvadora d’Ele, por isso, Mateus o seguiu
imediatamente.
Talvez Mateus não tivesse visto Jesus ainda, no meio de tanta gente na coletoria, mas
Jesus já tinha o percebido. Meus irmãos, Jesus percebe você e eu e passa pela nossa vida
convidando-nos para segui-lo. No entanto, muitas vezes ficamos sentados em nossa ‘coletoria
de impostos’, acomodados em nosso pecado e não vemos Jesus que está passando e nos
chamando para a conversão. Santo Agostinho diz: “Eu tenho medo do Deus que passa”.
Precisamos ter esse santo temor de não ver um Deus que nos visita diariamente e nos chama à
conversão.
Ao aceitar o chamado de Jesus, Mateus sentiu vontade de dividir o que tinha vivido
com seus amigos, então, convidou Jesus para um jantar em sua casa, junto com outros
cobradores de impostos. Jesus estava sentado à mesa junto com pecadores, mas Ele não
“passava pano” no pecado deles. Jesus em nenhum momento disse que aqueles homens não
eram pecadores, muito pelo contrário, Ele reafirmou isso na frente deles. Jesus os chamou de
doentes e injustos, de um modo muito elegante.
Meus irmãos, Jesus não muda o nome das coisas. Pecado é pecado e pronto. O que Ele
faz é nos estender a mão e se apresentar a nós como o médico que cura as nossas enfermidades.
Este é o convite de hoje para cada um de nós: que nos deixemos ser curados pelo médico
dos médicos. Jesus quer entrar em nossa casa, tratar nossas feridas e as feridas da nossa família,
dos nossos amigos e nos levantar do pecado para, então, segui-lo.

Para refletir:
1- Tenho dificuldades de ver pessoas que sei dos pecados e erros ocupando lugares na igreja
ou entendo que quanto mais “doente” mais próximo do “médico” a pessoa precisa estar?

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2- Você costuma convidar amigos, conhecidos ou parentes que não frequentam a igreja a
fazerem algum tipo de experiência com Jesus? Fazer um retiro, um acampamento, ir à missa,
marcar uma confissão… Pense que você pode ser o único(a) na vida dessa pessoa que a
incentiva buscar a Deus.

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3- Assim como os Doutores da Lei questionaram o por que Jesus estava comendo com os
pecadores, você também já se perguntou o por que Jesus fez um milagre na vida de alguém e
não na sua? Você consegue entender e esperar o tempo de Deus?

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Oremos: Senhor Jesus, vós sois a verdadeira riqueza. De nada adianta ter tudo e não ter a Vós.
Eu sei que nasci para me unir a Ti e ser plenamente feliz contigo, por isso ajuda-me a não ser
vencido pelo apego às coisas materiais. Jesus, se tem algo que não me convém mais, se tem
algo que preciso renunciar, se o Senhor tem algo a mais para minha vida, mostra-me os teus
caminhos e revela-me a Tua vontade. Eu quero estar unido(a) a Ti e revestido(a) do teu Espírito
Santo para ser curado(a) das minhas enfermidades. Amém.
12 de junho - Segunda-feira da 10ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 5,1-12

Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos


aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los: "Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-
aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de
justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão
misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados
os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são
perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados sois vós
quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós por
causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus. Do
mesmo modo perseguiram os profetas que vieram antes de vós".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

O evangelho de hoje nos fala da santidade, mas não a partir de uma lista de coisas que
não devemos fazer. Não fala diretamente do pecado, mas, sim, da santidade no que corresponde
às virtudes, anunciando o que de fato devemos fazer.
Nascemos para ser santos e a santidade é um caminho de felicidade e plenitude. E Jesus,
sendo o verdadeiro bem-aventurado, é nossa alegria infinita. Bem-aventurado significa bem
encaminhado, no rumo certo, na "boa aventura" da vida.
A santidade nos plenifica, porque nos assemelha a Deus. De algum modo, cada um de
nós se parece com alguém, pois é natural que o ser humano se assemelhe e repita tudo aquilo
que acha bonito. Eis, portanto, o motivo pelo qual se peca: porque de algum modo o ser humano
acha bonito, legal e acredita ser feliz daquela forma.
A santidade é bela, verdadeira e boa. Os santos e santas de Deus são o grande exemplo
de como o ser humano se realiza e vive no seu maior potencial. Para isso, é preciso entender
que nenhuma recompensa humana e mundana se equipara à recompensa que ganharemos no
céu. Para chegar lá, é preciso vencer nosso pior inimigo, que não são os pecados cabeludos
desse mundo, mas, sim, o nosso ego.
Repare como Jesus não mencionou os pecados grosseiros da carne como aquilo que é
usado para nos desanimar neste caminho. Ele falou de calúnia, injúria e perseguição, coisas
que tocam nosso ego, nossa vaidade e revelam nossos melindres.
Muitas pessoas saíram do caminho da santidade e da bem-aventurança para trilhar
caminhos mais fáceis, porque tropeçaram em carências e vaidades que apelam para o ego, para
a necessidade de aplausos, jogando fora as virtudes que nos conduzem para o céu.
Para refletir:

1- Jesus viu as multidões e ensinou as bem-aventuranças. Eu entendo o cristianismo apenas


como uma religião que me ensina o “não” ou como um novo jeito de fazer as coisas?

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2- Qual das bem-aventuranças mais me atrai hoje e qual me parece mais difícil de viver? Por
que?

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3- Eu entendo que meu ego pode ser uma tentação e uma cilada? Sou melindroso, me firo fácil?

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Oremos: Senhor Jesus, vós sois o bem-aventurado e somente em Vós eu possuirei as bem-
aventuranças. Dai-me, Senhor, a graça de ser como Tu és. Eu quero aprender a ser parecido
contigo. Espírito Santo, tira do meu coração a tristeza e a preguiça de ser santo. Muitas vezes
não são os pecados da carne que me atrapalham, mas meu ego, minha vaidade pessoal, por isso,
me ajude a não ser melindroso e vaidoso(a). Amém.
13 de junho - Terça-feira | Memória de Santo Antônio de Pádua,
presbítero e doutor da Igreja

Evangelho: Mt 5,13-16

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: "Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar
insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser
pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade
construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada, e a coloca debaixo de uma vasilha,
mas sim, num candeeiro, onde brilha para todos que estão na casa. Assim também brilhe a
vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que
está nos céus".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

No evangelho de hoje, Jesus nos ajuda a perceber a nossa capacidade e missão de


edificar o Reino de Deus aqui na terra. Já no início, Ele nos faz uma pergunta: "Se o sal se
tornar insosso, com que salgaremos?" Pois bem, você e eu somos este sal. Se perdermos o
sabor, a unção, o que vai salgar este mundo? Se nós que gostamos de Jesus, que rezamos,
ouvimos o evangelho todos os dias não dermos sabor a essa terra, quem vai fazer isso? Essa
missão é nossa e é preciso tomar posse disso.
Do mesmo modo como o sal serve para dar sabor e conservar os alimentos, nós também
temos o papel de animar, encorajar e dar esperança à vida das pessoas. E o que nos faz ser sal
é a vivência, a interiorização e a posse das bem-aventuranças. Nós somos sal à medida em que
somos bem-aventurados, por isso, Jesus nos exorta para que vivamos fielmente a Palavra e a
tudo o que Ele nos confiar, para também darmos sabor à vida do próximo através do nosso
testemunho e das nossas boas obras.
Jesus também diz que somos a luz do mundo, ou seja, somos chamados a iluminar as
trevas. Você já parou para pensar que algumas pessoas - próximas de você ou não - estão se
espelhando em você, no que você fala e faz? Muitas vezes nós somos luz para pessoas que nem
imaginamos. E a nossa luz deve brilhar neste mundo para que as pessoas vejam Deus, como o
próprio evangelho nos diz: (...) "brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas
boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus".
Ao mesmo tempo em que nos dá uma ordem, o evangelho de São Mateus também nos
sinaliza para que sejamos vigilantes. Muitos de nós que caminhamos com Deus não serviremos
para mais nada se cairmos e nos tornarmos insossos. Jesus diz que seremos jogados fora e
pisados pelos homens, isso porque o mesmo pecado que é glamourizado quando praticado por
alguém do mundo, vira escândalo quando feito por alguém vinculado a Deus. O mundo zomba
das pessoas que vivem a bem-aventurança, dizendo que tudo é exagero e que "não precisa de
tudo isso", mas não acolhe o cristão que peca e cai; pelo contrário, apedreja e condena.
Portanto, meus irmãos, cuidemos para não perder as virtudes, a santidade, o sal e a luz
que Deus plantou dentro de nós. Não perca a sua verdadeira identidade, que é ser imagem e
semelhança de nosso Senhor Jesus Cristo neste mundo.

Para refletir:

1- Você busca ajudar as pessoas que têm dificuldades ou costuma ficar preso(a) apenas aos
seus problemas?

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2- Você está sendo sal e luz na sua comunidade? De que maneira?

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3- O que Jesus me impulsiona a fazer para cumprir com o chamado deste Evangelho?

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Oremos: Senhor Jesus, faz-me sal da terra e luz para este mundo. Revista-me com o teu
Espírito Santo para que eu seja capaz de evangelizar o meu próximo, de dar sabor a vida das
pessoas e ser luz em meio às trevas. Que através das minhas palavras, dos meus atos e do meu
serviço eu possa ajudar as pessoas a sair da ignorância em relação à verdade do Evangelho.
Usa-me, Senhor, pois quero ser instrumento do teu amor. Amém.
14 de junho - Quarta-feira da 10ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 5,17-19

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas.
Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. Em verdade, eu vos digo: antes
que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que
tudo se cumpra. Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja,
e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém,
quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Jesus hoje nos parece preocupado em ser mal interpretado quando diz: “Não penseis
que eu vim abolir a Lei e os Profetas”. As atitudes de paciência e misericórdia para com os
pecadores possivelmente já causavam confusão naqueles dias. Muito provavelmente, naquele
tempo, a expressão “ah, mas Deus é amor” já era usada para justificar o pecado e a total falta
de vontade de se converter e corresponder ao amor de Deus.
Justamente por Deus ser amor é que Ele nos ensina a respeito do pecado e nos oferece
a misericórdia. Como eu posso continuar no pecado só porque Deus perdoa? Ele perdoa, mas
perdoa o arrependido, não o indiferente. Não existe evangelho, Igreja e vida sem lei e profeta.
Nós não somos a lei e o profeta de nós mesmos.
Muitas pessoas têm como Deus as suas próprias projeções e essa é uma tentação muito
presente no mundo atual. Querem um cristianismo em que Jesus não pode questionar e nem
corrigir nada, pois precisa aceitá-las integralmente como são. Entendem que tudo o que é
diferente daquilo que são e pensam não é Deus, não é cristianismo, não é necessário e não tem
autoridade sobre elas. Tudo é exagero, equívoco, moralismo e opressão.
Irmãos e irmãs, a Palavra de Deus nunca saiu de moda e os mandamentos não são
obsoletos. Tudo o que valia ontem está valendo hoje ainda. Simplesmente não faz sentido uma
vida mundana justificada com o tal: “ah, mas hoje em dia...”. Jesus é o mesmo ontem, hoje e
sempre, por isso é preciso prestar atenção se estamos aprendendo com os que observam e
praticam a Palavra ou se somos guiados pelos que desobedecem e querem a nossa companhia
em seus descaminhos.
Nós precisamos rezar e meditar a Palavra à luz da tradição de dois mil anos da Santa
Igreja Católica, dos ensinamentos do Catecismo e dos Santos de Deus.
À medida em que somos obedientes à Palavra, praticamos e ensinamos os mandamentos
nos tornamos grandes no Reino dos Céus.
Para refletir:

1- Minha vida tem sido coerente com a Palavra de Deus? Por que?

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2- Como eu lido com a seguinte questão: amor e lei, misericórdia e justiça, perdão e santidade?
Eu aboli por minha conta alguma das Leis de Deus?

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3- Qual das Leis de Deus eu tenho mais dificuldade de entender o valor, a beleza e as razões?

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Oremos: Pai Santo, eu proclamo hoje que Tu és o mesmo ontem, hoje e sempre. Eu quero
viver a tua verdade, a verdade que liberta e me conduz ao amor fraterno. Rogo, neste dia, pela
vida daqueles que são porta vozes da tua Palavra e que ensinam a tua verdade. Que nunca falte,
Senhor, almas grandes nas igrejas e paróquias, pessoas solícitas e abertas para o Reino de Deus.
Amém.
15 de junho - Quinta-feira da 10ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 5,20-26

Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: "Se a vossa justiça não for maior que a justiça
dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. Vós ouvistes o que foi
dito aos antigos: 'Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal'. Eu, porém, vos digo:
todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão:
'patife!' será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de 'tolo' será condenado ao fogo
do inferno. Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares
que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro
reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta. Procura reconciliar-te com
teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao
juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. Em verdade eu te digo:
dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

No evangelho de ontem Jesus dizia: "Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas.
Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento". Ou seja, Ele veio para aprofundar
todas as coisas na lei do amor. O amor não anula a Lei, pelo contrário, o próprio amor
intensifica ainda mais os mandamentos. Ou nós entramos na dinâmica da unção do Espírito
Santo e do amor ou a Lei de Deus será sempre pesada para nós.
"Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós
não entrareis no Reino dos Céus". Jesus nos diz que o discípulo precisa estar acima da média,
ou seja, precisa estar um degrau acima dos fariseus. Precisa cumprir as leis com inteireza, com
entrega de coração e não da boca para fora como eles faziam.
Muitas vezes os mandamentos se tornam fardos para nós, porque ainda não estamos
santificados. Com muito custo e suor nós cumprimos o mínimo, porque interiormente ainda
não entendemos e não acolhemos plenamente a vontade de Deus.
Tudo isso passa pela vida de oração. O problema de muitos cristãos é querer seguir os
mandamentos do Senhor tendo paradigmas mundanos, tentando conciliar a mentalidade do
mundo com a do evangelho até que elas se unam. Isso não existe. O cristão é aquele que se
submete a Cristo, que vive a partir de Jesus; que se esforça diariamente para ver a vida e as
pessoas que estão ao seu redor - até mesmo aquelas que temos vontade de matar ou de chamar
de tolo - e ter misericórdia, amar e olhar com os olhos de Deus. É uma nova lei e uma nova
lógica de vida.
Queridos irmãos e irmãs, essa "radicalidade" do evangelho é totalmente possível. Ou o
mandamento entra nas nossas raízes ou passaremos a vida murmurando e encarando a lei do
amor como um peso. Tenha coragem de se abrir ao amor incondicional de Deus e de seguir os
passos Dele. Você nasceu para viver uma justiça maior do que a dos mestres da lei e dos
fariseus.

Para refletir:

1- A minha justiça está unida à justiça de Jesus?

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2- Ainda me considero parecido com os fariseus e encaro as leis de Deus como um fardo ou
não? O que falta eu fazer para discernir melhor e aceitar as leis de Deus?

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3- Eu consigo ter um olhar misericordioso e amoroso com as pessoas que me cercam? Eu me


esforço para me assemelhar a Jesus ou faço tudo do meu jeito?

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Oremos: Senhor Jesus, dá-me a graça de viver seus mandamentos com inteireza e abertura de
coração. Que eu possa ter um olhar misericordioso com as pessoas, que eu saiba perdoar e amar
assim como o Senhor me ama. Pai santo, tira da minha mente e do meu coração todo sentimento
de peso e fardo quando se trata das coisas do Senhor. Eu verdadeiramente quero viver a
dinâmica do amor e da unção do teu Espírito, para ser um cristão/cristã melhor e poder sal e
luz no mundo. Amém.
16 de junho - Sexta-feira | Solenidade do Sagrado Coração de
Jesus

Evangelho: Mt 11,25-30

Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: "Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque
escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque
assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão
o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde
a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei
descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de
coração, e vós encontrareis descanso. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

No evangelho de hoje Jesus respira fundo, enxerga o lado bom das coisas e ergue um
grande louvor a Deus: "Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas
coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos”.
Revelar é tirar o véu, tirar da sombra. Como é triste ver pessoas que se acham tão
importantes, grandes, presunçosas e que não conseguem se admirar com o poder e a sabedoria
de Jesus. Deus tira o véu aos pequeninos, aos humildes, àqueles que conseguem se admirar, se
alegrar e acolher Jesus.
Para os judeus, era difícil aceitar que o próprio Deus tivesse se encarnado na pessoa de
Jesus, mas hoje em dia essa realidade ainda existe perto de nós. Quantas pessoas têm
dificuldades e não conseguem enxergar Jesus presente na Eucaristia, nos sacramentos da Igreja,
na comunidade em que participa e na Palavra de Deus? Pessoas presunçosas, que se isolam da
comunidade, porque acham que não é possível Deus estar em uma Igreja onde tem muita gente
pecadora; que o fulano compra, mas não paga; que a vizinha vive falando mal de todo mundo,
mas não sai da Igreja. E aí a pessoa vai se isolando achando que ela é melhor que os outros e
que só ela pode pecar.
Deus se revela aos pequeninos, aos humildes de coração que talvez nunca frequentaram
uma catequese, mas que não têm dúvidas de que Jesus está presente em um pedacinho de pão;
que confiam no poder sacramental do Batismo. O pequenino aqui é aquela pessoa que sabe que
depende de Deus, que reconhece a grandeza Dele, que tudo atribui a ao Senhor, que entende
que tudo é dom de Deus e que sem Ele não é nada. Como diz Paulo: tudo posso naquele que
me fortalece.
Jesus também nos convida a ir até Ele, sobretudo todos os que estão cansados e
fatigados debaixo de muitos fardos. Muitas vezes nos sentimos cansados, fatigados. A fadiga
é uma canseira crônica que só de pensar no que precisamos fazer e enfrentar, já nos cansamos
antes mesmo de começar.
Nós não nascemos para carregar peso o tempo todo, por isso precisamos de descanso
tanto físico quanto espiritual e mental. Onde encontramos isso? Em Jesus. Nós devemos
entregar a Ele o nosso peso, o nosso fardo e buscar nele o nosso consolo e o refrigério da nossa
alma.

Para refletir:

1- Paulo diz: Tudo posso naquele que me fortalece. Você é daqueles que tentam resolver tudo
sozinho, que só pede ajuda a Deus na hora das dificuldades ou antes de qualquer trabalho ou
tarefa você recorre a Deus?

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2- Você já sofreu por algo que não buscou, não fez nada para que tal coisa acontecesse com
você? O que você faz para unir suas dores às dores de Cristo?

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3- Além deste Diário Espiritual, quais são as maneiras que você busca para se fortalecer e
ajudar a carregar os fardos da vida?

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Oremos: Deus Pai, hoje eu quero lhe pedir a graça do dom da pequenez, da confiança filial no
Pai do céu. Dai-me a graça da conversão interior. Perdoa-me pelas vezes que atribui a Ti os
pesos que eu tenho carregado e não reconheci que de Ti vem o descanso e não o sofrimento.
Dai-me a graça de me assemelhar cada vez mais a Ti, para que na medida que eu me aproxime
de vós, os meu fardos se tornem mais leves. Amém.
17 de junho - Sábado | Memória do Imaculado Coração de Maria

Evangelho: Lc 2,41-51

Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Quando ele completou
doze anos, subiram para a festa, como de costume. Passados os dias da Páscoa, começaram a
viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem.
Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a
procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à
sua procura. Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres,
escutando e fazendo perguntas. Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua
inteligência e suas respostas. Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse:
"Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua
procura". Jesus respondeu: "Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu
Pai?" Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. Jesus desceu então com
seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas
coisas; mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Hoje é dia do Imaculado Coração de Maria. Imaculado significa sem mancha, nunca
manchado e desde sempre puro. O coração de Maria nunca recebeu mácula do pecado original,
mácula do pecado humano. Maria é imaculada no coração e na alma.
Nós usamos a imagem do coração quando queremos nos referir ao nosso eu profundo,
à nossa intimidade; daquilo onde seria possível enganar os outros, mas não a Deus, porque
Deus vê o mais íntimo do coração.
O versículo 51 diz assim: “Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas
coisas”. Então por que também é imaculado o coração de Maria? Porque, ao longo da vida, o
coração de Maria era um lugar de contemplação, de meditação da Palavra de Deus. Nossa
Senhora se voltava para dentro do coração para relembrar as palavras que ouvia de seu filho.
Meditava de novo, saboreava outra vez e por isso, de um jeito novo e mais profundo, entendia
e enxergava o mistério da Salvação, o sacrifício do próprio Filho.
Portanto, para o nosso coração ser um pouco mais santo e puro, se manter longe do pecado
para conseguir desfrutar das alegrias e das vitórias de Deus, precisamos aprender a conservar,
guardar a Palavra de Deus em nosso coração. Assim como uma conserva de doces ou legumes,
que a cada dia que passa fica melhor, mais saboroso. Guardar o Evangelho que escutamos, que
lemos aqui em nosso diário, permitir que ele penetre em nosso coração e produza frutos.
O Evangelho de hoje inicia dizendo que todos os anos Maria e José subiam a Jerusalém
na festa da Páscoa. Esse era um costume da época, mas nem todos cumpriam, pois não era uma
viagem fácil de se fazer; no entanto, Maria e José cumpriam os preceitos da religião e faziam
esforço para estar perto de Deus.
E no dia de Corpus Christi que passou, você arrumou meios de estar com Deus ou
organizou uma viagem pra fazer? Aqui está a diferença entre um coração que procura se limpar
das máculas da vida: arrumar meios de estar com Jesus, apesar das dificuldades e distâncias.
Cada vez que nos aproximamos das coisas de Deus, mais puro nosso coração se torna.
Que possamos aprender a parar de remoer coisas ruins em nosso coração; coisas que vão
nos tornando cada vez mais amargos e ruins e passemos a imitar Maria num silêncio orante,
com um coração que medita e pauta a vida a partir da Palavra de Deus.

Para refletir:

1- Você tem costume de meditar o evangelho, de encaixar o evangelho na sua vida ao longo do
dia ou a meditação da Palavra fica somente nos momentos em que você está fazendo esse
diário?

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2- Você sente uma mudança de vida na sua maneira de pensar e agir quando está mais
próximo(a) de Deus?

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3- Quais esforços você tem feito para estar perto de Deus?

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Oremos: Deus Pai, hoje, por intercessão da Imaculada sempre Virgem, eu te peço que coloque
um amor profundo em meu coração pela sua Palavra, pelos seus ensinamentos; que me ajude
a estar sempre próximo a Ti; que eu aprenda a valorizar as coisas de Deus, para que meu
coração seja guardião da tua Palavra, sempre conservando o seu amor e o seu Evangelho.
Senhor Jesus, que as mágoas, ódios, rancores, máculas que habitam meu coração dêem lugar à
sua Palavra, para que eu possa ser transformado e purificado. Amém.
18 de junho - 11º Domingo do Tempo Comum

Evangelho: Mt 9,36-10,8

Naquele tempo, Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e
abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: "A Messe é grande,
mas os trabalhadores são poucos. Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a
sua colheita!" Jesus chamou os doze discípulos e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos
maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade. Estes são os nomes dos doze
apóstolos: primeiro, Simão chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu
irmão João; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de
Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus. Jesus enviou
estes Doze, com as seguintes recomendações: "Não deveis ir aonde moram os pagãos, nem
entrar nas cidades dos samaritanos! Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! Em vosso
caminho, anunciai: 'O Reino dos Céus está próximo'. Curai os doentes, ressuscitai os mortos,
purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!"

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Um Jesus que se compadece e que quer nos incluir na sua dor, em seu desejo de salvar,
em sua aflição de ver tantas pessoas que são como ovelhas sem pastor. No evangelho de hoje,
há um mandamento de Jesus a respeito da oração pelas vocações: Pedi pois ao dono da messe
que envie trabalhadores para a sua colheita!
Quantos trabalhadores faltam na messe. Nós precisamos orar por todas as vocações,
mas sobretudo, por santas, numerosas e generosas vocações ao sacerdócio. Nós necessitamos
de sacerdotes para que Jesus continue a habitar no meio de nós, percorrendo cidades e
povoados.
Cada um de nós pode cooperar com isso, não só rezando nesta intenção, mas oferecendo
a vida a Deus. Todo batizado recebe no batismo o dom de ser profeta, rei e sacerdote. E como
isso vai acontecer se não existirem pessoas que digam “Eis-me aqui” para que o ressuscitado
habite na terra de novo? Deus precisa de almas generosas para o serviço do Reino. Ele quer
continuar ensinando, pregando, curando, libertando e realizando prodígios em nós, mas precisa
de mãos que trabalhem. Ele quer nos enviar, encorajar e nos ungir para expulsar espíritos maus,
curar doenças, resgatar as ovelhas perdidas.
Assim sendo, meus irmãos, nos abramos para receber de Cristo a cura, a ressureição, a
purificação, a força e a salvação para poder ter o que oferecer ao próximo, pois Ele nos envia
como trabalhadores da messe para enfrentar os males deste mundo.

Para refletir:
1- O que você tem feito para colaborar com a obra de Deus?

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2- Você já sentiu o chamado de Deus para trabalhar na messe? Como catequista, agente
pastoral, pregador, músico... Como você respondeu a esse chamado? Caso você já faça parte
de algum ministério dentro da sua Paróquia, como está sua dedicação neste serviço?

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3- Você tem rezado para que Deus fortaleça as vocações, principalmente a do seu Pároco?
Quantas vezes você julgou, condenou ou ofendeu algum padre ou bispo? A partir de hoje, faça
o propósito de rezar todos os dias por novas vocações, para que Deus sustente e fortaleça na
caminhada os nossos padres, bispos e consagrados.

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Oremos: Senhor Deus, hoje te peço a graça de ser uma pessoa atenta ao seu chamado, para
que o Senhor possa encontrar em mim um coração disponível e disposto para colaborar com o
anúncio do Evangelho, seja em alguma pastoral ou simplesmente através da minha vida, do
meu testemunho. Te peço, Senhor, pela vida de todos os padres, bispos e do nosso Santo Padre
o Papa Francisco. Que o Senhor vá em auxílio de suas fraquezas e que eu possa amá-los e
jamais ofendê-los. Amém.
19 de junho - Segunda-feira da 11ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 5,38-42

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Ouvistes o que foi dito: 'Olho por olho e dente
por dente!' Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te
dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo
para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a andar um quilômetro,
caminha dois com ele! Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Este evangelho precisa ser lido e relido ao longo da nossa vida, pois há uma profunda
sabedoria na mansidão de Jesus ao dizer: "Não enfrenteis quem é malvado!", afinal, é melhor
silenciar o mal com o bem. É urgente que busquemos pela virtude do amor fraterno, da
compaixão e da caridade.
Com isso, Jesus nos ensina a ir além da chamada lei de Talião que diz: "Olho por olho
e dente por dente!", ou seja, fazer justiça com as próprias mãos. A fala de Jesus sobre não
enfrentar quem é malvado não significa ser bobo, passivo, não saber se defender, mas aprender
a perder para ganhar.
Jesus nos apresenta uma nova lei: a lei da graça e do amor, apontando que as nossas
ações devem ser inspiradas no que Ele propõe e viveu, fazendo-nos reconhecer o não revide:
oferecer a outra face; dar também o manto; andar dois quilômetros; nos conduzindo também à
virtude da caridade: "Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado”.
Irmãos e irmãs, nós precisamos mudar a nossa mentalidade e acolher a nova lei que
Jesus deixou para nós. Muitas vezes carregamos paradigmas e conceitos muito mundanos. Pode
ser que você não esteja frutificando tudo o que pode frutificar, porque carrega consigo tradições
como: O mundo é dos espertos; Aqui se faz, aqui se paga; Eu não levo desaforo para casa.
Conhece essas frases? Pois bem, elas não se pautam em Jesus, por isso é urgente que nos
abramos ao Espírito Santo para que a Palavra de Deus penetre em nós e a graça d'Ele não seja
em vão na nossa vida.
Portanto, peçamos ao Senhor que nos ensine a amar os que nos odeiam; a rezar pelos
que nos perseguem; a ajudar os que precisam e a agir conforme Ele age A verdadeira felicidade
está em se assemelhar a Jesus.

Para refletir:

1- Como eu me comporto quando sou contrariado(a)? Eu sou vingativo(a)?


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2- Você já deve ter ouvido falar nessas frases: "O mundo é dos espertos; Aqui se faz, aqui se
paga; Eu não levo desaforo para casa."? Em determinadas situações da vida eu costumo me
pautar nisso?

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3- Qual atitude concreta este evangelho me propõe hoje?

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Oremos: Senhor Jesus, encha o meu coração com as graças do teu Espírito Santo: amor,
alegria, paz, paciência, bondade e humildade. Faz-me manso e humilde assim como o Senhor
é. Pai Santo, não permita que o ódio, a violência, a vingança tomem conta do meu coração.
Torna-me capaz de responder com gestos de amor e caridade a quem me faz o mal. Amém.
20 de junho - Terça-feira da 11ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 5,43-48

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Vós ouvistes o que foi dito: 'Amarás o teu
próximo e odiarás o teu inimigo!' Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por
aqueles que vos perseguem! Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque
ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos. Porque, se
amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não
fazem a mesma coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário?
Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é
perfeito".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Será que você ainda vive como pagão? Acontece que todos nós temos sim uma listinha
de atitudes e comportamentos que ainda são meio pagãos e por isso mesmo que nós precisamos
estar sempre vigilantes e orantes.
Muitas vezes consideramos como pagãos somente aqueles pecados bem "cabeludos",
ou seja, os mais graves e escandalosos, nos esquecendo que deixar de cumprir com o
mandamento básico que Deus nos deixou - o amor - já nos coloca em situação de pecado.
O evangelho de hoje deixa isso muito claro. ‘Amai os vossos inimigos e rezai por
aqueles que vos perseguem!’ Entendamos que amar aqueles que nos perseguem não significa
ser colega, ser próximo. Amar é ser bom diante da necessidade e dignidade que o outro precisa
e que eu posso ajudar.
Não negue as obras do amor ao próximo, sobretudo a oração. Faça a experiência de
fazer uma lista de pessoas que te perseguem, que te roubam a paz e reze por elas. Reze
abençoando essas pessoas, entregando a vida delas ao Senhor para que sejam prósperas e
felizes. Este ato é um verdadeiro exorcismo em nossa vida e tem um grande poder de cura,
capaz de nos libertar de mágoas e prisões que nos fazem muito mal. Faça mesmo esta
experiência! Dedique algumas orações durante um período de tempo pedindo bênção e
plenitude sobre essas pessoas.
Nunca se esqueça de que essas pessoas no qual você não gosta e não tolera são muito
amadas por alguém, são amadas por quem convive com elas, pelos familiares e amigos. Todo
ser humano tem sua dignidade antes de qualquer opinião ou julgamento de nossa parte. É
preciso lembrar disso, sempre.
Nós precisamos amadurecer no significado dessa frase tão popular nos dias de hoje que
traduz bem o que Jesus nos ensina: fazer o bem sem olhar a quem. Se você é capaz de dar sol
a quem é bom, você também é capaz de fazer o mesmo por quem é mal. É preciso fazer o bem
por qualquer pessoa, ainda que você não goste dela; ainda que você não a conheça. É muito
fácil fazer isso por quem nós amamos, afinal, os pagãos não fazem a mesma coisa?
O evangelho termina com uma ordem de Jesus a nós: "Portanto, sede perfeitos como o
vosso Pai celeste é perfeito”. Deus é perfeito, porque nos dá o que tem, segundo a necessidade
do ser humano. Ele não se deixa vencer nem diante dos nossos pecados, por isso, "faz nascer
o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos."
Você nasceu para ser imagem e semelhança do Pai do céu. Será que na sua listinha de
atitudes e comportamentos pagãos ainda sobrou o evangelho de hoje?

Para refletir:

1- Qual a minha atitude diante das pessoas que me perseguem?

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2- Eu tenho facilidade e gratuidade para fazer o bem para pessoas que eu não gosto ou que
não conheço ou me limito somente a quem convive comigo?

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3- Faça a experiência proposta na meditação do evangelho de hoje: escreva em um papel o


nome das pessoas que te perseguem ou que tiram a sua paz, coloque diante do seu altar de
oração e reze por elas. Você vai perceber o quanto isso é libertador. Após fazer isso, use as
linhas abaixo para expressar como foi a sua experiência.

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Oremos: Senhor Jesus, peço-vos a graça de um coração semelhante ao Teu: justo, amoroso e
caridoso. Ensina-me a amar os que me odeiam e rezar pelos que me perseguem; a estender a
mão não somente para as pessoas que eu amo, mas que eu saiba quebrar o orgulho e amar
também as que precisam da minha atenção e do meu amor. Amém.
21 de junho - Quarta-feira | Memória de São Luís Gonzaga,
religioso

Evangelho: Mt 6,1-6.16-18

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Ficai atentos para não praticar a vossa justiça
na frente dos homens só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a
recompensa do vosso Pai que está nos céus. Por isso, quando deres esmola, não toques a
trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados
pelos homens. Em verdade vos digo, eles já receberam a sua recompensa. Ao contrário, quando
deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, de modo que a tua
esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Quando
orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas
das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo, eles já receberam a sua
recompensa. Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu
Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa. Quando
jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que
os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo, Eles já receberam a sua
recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens
não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o
que está escondido, te dará a recompensa".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Ser santo é ser semelhante a Jesus, por isso estes três remédios são essenciais: a esmola,
para curar nosso egoísmo, maldade e indiferença; a oração, para curar nosso relacionamento
com Deus; e o jejum, para curar nosso relacionamento com nós mesmos e com as coisas
sensíveis.
Acontece que um pecado que permeia nossa vida, que gera outros pecados e até mesmo
nos rouba o fruto das boas obras é a vaidade. Neste contexto, vemos que no evangelho de hoje
Jesus ensina a nos relacionarmos com Deus Pai em segredo, pois, de fato, existem coisas que
devem ser apenas entre eu e Deus.
O Senhor nos diz para não praticarmos as boas obras “na frente dos homens, só para
serdes vistos por eles”. É um desperdício fazer coisas santas como orar, jejuar e dar esmolas
só para ser visto e elogiado pelo ser humano. Se eu faço essas coisas esperando por elogio, eu
mesmo limito a recompensa que eu poderia ganhar, além de dificultar a cura do que de mais
perverso existe no ser humano, que é a vaidade, o orgulho, a presunção, o se sentir superior ao
outro e até mesmo desprezar a graça de Deus.
Existe uma recompensa para cada um de nós que o Pai, que vê o que está escondido,
tem para dar. Que recompensa é essa? É tudo o que necessitamos nesta vida, mas, sobretudo,
aquilo que precisamos para estar unidos a Jesus, sermos santos e termos a Ele! Aliás, existe
recompensa maior do que ter a Deus?!

Para refletir:

1- Eu me disponho de coração e com vontade sincera ao jejum, a oração e a caridade?

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2- Lá no fundo do meu coração, quão importante ainda é o reconhecimento das pessoas sobre
mim? Já usei ou tenho usado da religião para me envaidecer diante dos outros?

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3- Eu desejo - como recompensa - crescer na minha união com Deus? Deus me basta ou ainda
necessito e sinto falta de “coisas”?

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Oremos: Senhor Jesus, entrego-te os meus propósitos e metas em relação às práticas da oração,
do jejum e da esmola. Santificai, Senhor, o meu relacionamento com o próximo, comigo
mesmo e convosco. Que eu seja liberto de toda vaidade, arrogância e presunção. Purificai,
Jesus, minhas motivações, para que eu não viva uma espiritualidade mundana e interesseira,
para que o Senhor mesmo seja a minha recompensa. Amém.
22 de junho - Quinta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 6,7-15

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Quando orardes, não useis muitas palavras,
como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. Não
sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. Vós deveis
rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja
feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa
as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixes cair
em tentação, mas livra-nos do mal. De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles
cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. Mas, se vós não perdoardes aos
homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Hoje Jesus nos ensina a rezar. Veja que Jesus não disse: “Se você rezar..", Ele disse:
“quando você for rezar…”. A oração precisa fazer parte da nossa vida, do nosso dia a dia. Se
eu digo que sou cristão, católico, mas não tenho uma vida mínima de oração, é porque eu ainda
não entendi o que é ser cristão.
Na oração nos relacionamos em plenitude com o Senhor. Porém, a oração do cristão
não pode ser uma oração de pagão. A oração brota de saber que Deus já sabe tudo, pode tudo,
mas espera o meu desejo e age na minha liberdade. A oração do Pai Nosso é perfeita, porque
contém nela todos os tópicos da oração. Tudo o que devemos ou podemos pedir e desejar está
na oração do Pai Nosso. Por isso, rezá-la de forma meditada é um excelente início para os
nossos momentos de oração no dia a dia.
Faça a experiência - já hoje - de rezar bem devagar o Pai Nosso e verás que vai sentir
que de alguma forma você rezou de modo pleno. Outro exercício que nos ajuda a crescer na
oração é ampliar cada ponto do Pai Nosso com louvores e súplicas. Na seguinte parte, por
exemplo: “Seja a feita a Vossa vontade”: Sim, Senhor, que seja a feita a Tua vontade sobre
isso que eu te apresento… Eu acolho a Tua vontade a determinada situação, te louvo, porque
a Tua vontade é superior a minha…”. Outro exemplo: “Não nos deixeis cair em tentação”:
Pai misericordioso, livrai-me de determinadas tentações… protegei, Senhor, fulano da
tentação de… Obrigado por ter me livrado de...”. E assim por diante.
Percebe o quão poderoso e frutuoso é rezar assim? A oração pessoal para ter eficácia e
dar frutos precisa ter correspondência na estrutura do Pai Nosso.

Para refletir:
1- Como eu avalio hoje a minha vida de oração?

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2- Eu valorizo a oração do Pai Nosso? Reze agora e bem devagar cada ponto do Pai Nosso,
saboreando cada palavra e cada pedido. Inclua suas próprias palavras em cada ponto.

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3- Eu ainda tenho pessoas para perdoar? Quem?

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Oremos: Senhor Jesus, obrigado por me ensinar a rezar e a rezar do modo correto. Quero e
vou crescer em minha vida de oração. Peço-Vos que o Senhor me revele Deus como meu Pai,
pois muitas vezes eu não enxergo Deus como um Pai. Talvez eu não saiba corretamente o que
é a paternidade. Pai do céu, eu quero ser teu filho(a)! Que o meu coração fique em paz hoje por
saber que o Senhor tudo sabe, tudo cuida, tudo zela, tudo protege e provê na minha vida. Senhor
Jesus, que a minha vida de oração me leve a viver o Teu Reino na minha vida, dando-me
sempre a graça de perdoar e de pedir perdão. Amém.
23 de junho - Sexta-feira da 11ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 6,19-23

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Não junteis tesouros aqui na terra, onde a
traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, juntai para vós
tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam.
Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. O olho é a lâmpada do corpo.
Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. Se o teu olho está doente, todo o teu
corpo ficará na escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a
escuridão".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

O conselho de Jesus no evangelho de hoje é este: não junte tesouros aqui na terra. A
vida é muito instável e não vale a pena criarmos um grande baú de riquezas materiais e nos
esquecermos do nosso destino final, que é o céu. Ainda que demore para a traça e a ferrugem
destruírem ou o ladrão roubar, os tesouros aqui da terra nunca serão capazes de nos saciar.
Jesus nos explica por que o nosso tesouro precisa estar no céu: "Porque, onde está o
teu tesouro, aí estará também o teu coração". No fundo, todos nós estamos correndo atrás e
buscando o nosso próprio coração. Se o teu tesouro está em coisas materiais e passageiras, lá
estará também o teu coração; no entanto, se estiver voltado para as coisas do alto, o seu coração
também estará se movendo para lá.
Tudo isso passa pela nossa capacidade de avaliar as coisas e isso está diretamente ligado
ao nosso olhar. Jesus ensina no evangelho que "o olho é a lâmpada do corpo", ou seja, os
nossos olhos são como faróis que captam, iluminam e dão direção ao nosso ser.
"Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. Se o teu olho está doente,
todo o corpo ficará na escuridão", diz Jesus. Algumas pessoas, por exemplo, têm o dinheiro e
o poder como os óculos da vida, ou seja, avaliam tudo a partir dessa perspectiva. Em suma, o
lugar onde você descansa o seu olhar é que essencialmente comanda a sua vida.
Hoje é dia de pedir ao Espírito Santo que purifique o nosso olhar, para que ao
avaliarmos e enxergarmos melhor todas coisas tenhamos por tesouro o céu e a vida eterna.

Para refletir:

1- As coisas materiais têm ocupado o lugar de Deus na minha vida?


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2- Os nossos olhos são como faróis que captam, iluminam e dão direção ao nosso ser.
Analisando sua vida hoje, a direção dos seus olhos está te aproximando ou te afastando de
Jesus? Por que?

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3- Você está juntando tesouros no céu? Se sim, através de quais práticas? Se não, o que você
considera que precisa fazer para melhorar?

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Oremos: Pai Santo, minha prece neste dia é para que o teu Espírito Santo repouse sobre mim
e santifique o meu olhar. Eu quero e preciso estar sempre com os olhos fixos no Senhor, para
que através da minha vida, do meu serviço, dos meus dons e carismas eu possa juntar tesouros
no céu. Tira de mim, Jesus, toda inclinação à idolatria das coisas supérfluas desse mundo, para
que nada tome o Teu lugar em meu coração. Amém.
24 de junho - Sábado | Solenidade da Natividade de São João
Batista

Evangelho: Lc 1,57-66.80

Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho. Os vizinhos e parentes
ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com
ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias.
A mãe porém disse: "Não! Ele vai chamar-se João". Os outros disseram: "Não existe nenhum
parente teu com esse nome!" Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o
menino se chamasse. Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: "João é o seu nome". E todos
ficara admirados. No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele
começou a louvar a Deus. Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por
toda a região montanhosa da Judeia. E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando: "O
que virá a ser este menino?" De fato, a mão do Senhor estava com ele. E o menino crescia e se
fortalecia em espírito. Ele vivia nos lugares desertos, até ao dia em que se apresentou
publicamente a Israel.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

O Evangelho de hoje relata para nós o nascimento de João Batista, o precursor, aquele
que veio preparar a vinda de Cristo. E uma das questões é sobre qual seria o nome do menino.
Como de costume, todos queriam dar a ele o nome do pai, uma vez que ele era o primeiro
filho do casal, e tradicionalmente o primogênito levava o nome do pai. Zacarias significa Deus
me prometeu. Nada mais justo que um menino, filho da velhice, se chamasse Deus prometeu,
porque Ele era mesmo uma promessa de Deus.
Mas a mãe diz: o nome dele será João. E aqui temos algo de muito interessante. O nome
é a nossa identidade; pelo menos deveria ser. O nome designa a missão, por isso Isabel vai
dizer, João é o seu nome. Isso causou um pouco de espanto nas pessoas, começando a dizer
que nenhum parente deles tinha esse nome. Outro ensinamento importante que podemos extrair
daqui é que quando encontramos Deus, muitas vezes nos deslocamos da nossa parentela, da
nossa família. A fé nos faz progredir. A fé nos faz deixar para trás não somente os nossos
parentes, mas alguns costumes que às vezes vêm de família.
Quantas vezes eu escuto: “Ah, Padre, o avô dele bebia, o pai dele bebia e agora ele
começou a beber também". Por isso, muitas vezes, nós precisamos nos distanciar dos costumes
da família e encarar uma nova missão. E em alguns casos para encarar uma nova missão é
necessário nadar contra a corrente; ir contra a vontade e os costumes de muitas pessoas para ir
em direção àquilo que Cristo me pede.
Isabel, mesmo contra os costumes, disse: “Não. Ele vai se chamar João”. João significa
Deus faz misericórdia; Deus é gracioso. Deus realmente é misericordioso e gracioso com
aqueles que escolhem romper com o passado ruim para enfrentar uma nova vida em Cristo.
Após aquele momento, Zacarias pediu uma tabuinha e escreveu: “João é o seu nome!” e
no mesmo momento Zacarias, que estava mudo, começou a falar e louvar a Deus. Eis um dos
frutos daqueles que escolhem os caminhos de Deus: tudo muda, tudo transforma, tudo ganha
um novo rumo e sentido.
Que pela força e graça do Espírito Santo nossas bocas possam se abrir e as correntes de
um passado ruim possam se soltar para que, de fato, possamos glorificar o nome de Deus não
somente em palavras, mas em atitudes.

Para refletir:

1- Você consegue identificar o que ainda te liga com um passado ruim ou com algum costume
antigo? Descreva-os aqui. Após escrevê-los, faça uma oração sincera e profunda pedindo que
Deus te ajude a se libertar.

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2- Fazendo uma análise do seu passado, o que já mudou até aqui? O que já foi rompido com a
ajuda e graça de Deus? Como você tem feito para sustentar essa mudança?

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3- A sua mudança e conversão tem refletido em seus atos e palavras?

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Oremos: Deus Pai de Misericórdia, assim como olhou para Isabel e Zacarias em sua velhice,
quando talvez nem eles mesmos acreditavam, hoje eu suplico para que olhe para mim; que Tua
misericórdia me alcance. Tu, que conhece o meu interior, minhas mágoas, feridas e meu
passado, sabe de tudo o que eu carrego comigo. Dai-me a graça de me libertar de tudo aquilo
que me aprisiona, de tudo o que me distancia do Senhor e de ser uma boa pessoa. Destrave a
minha boca, para que eu possa louvar e glorificar o teu nome em atitudes e palavras. Amém.
25 de junho - 12º Domingo do Tempo Comum

Evangelho: Mt 10,26-33

Naquele tempo, disse Jesus a seus apóstolos: Não tenhais medo dos homens, pois nada há de
encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido. O que vos
digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os
telhados! Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo
contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno! Não se vendem dois
pardais por algumas moedas? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do
vosso Pai. Quanto a vós, até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não tenhais
medo! Vós valeis mais do que muitos pardais. Portanto, todo aquele que se declarar a meu
favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está
nos céus. Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante do meu
Pai que está nos céus.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

No Evangelho de hoje temos uma motivação para seguir em frente, diante da rejeição
e do ódio do mundo sobre nós.
Precisamos entender que, muitas vezes, as pessoas nos odeiam, porque no fundo elas
odeiam o próprio Deus. Mas eu e você, que estamos sendo odiados, perseguidos, mal
recompensados, mal agradecidos, mal interpretados, porque continuar nessa? Porque continuar
em um caminho tão difícil? Porque continuar em um caminho onde lançamos amor e
recebemos ódio, lançamos um sorriso, um abraço e recebemos uma traição pelas costas? Para
continuar precisamos encontrar uma motivação, precisamos de uma santa ambição, de um
porquê muito profundo.
O verdadeiro discípulo é aquele que por causa de Jesus não ganha nada, mas perde.
Pedro se desfez da barca para seguir e ser como o Mestre; Mateus deixou a coletoria de
impostos. A lógica do discipulado é perder antes de ganhar; e talvez seja justamente por isso
que Jesus tem tão poucos amigos.
Como eu sei que eu estou no caminho do discipulado? Quando eu percebo que isso está
me preenchendo, me plenificando, me saciando e me alegrando; e não quando fico olhando
tudo ao meu redor e reclamando dizendo: “o tanto que eu faço e Jesus ainda não me deu o que
preciso, o que eu quero”.
Para ser discípulo de Jesus é preciso fazer renúncias, esquecer o lucro e a recompensa.
E talvez essa seja a parte mais difícil: renúncias. Renunciar um dia de trabalho para servir ao
Senhor ou um lucro para fazer uma doação. Eu sei, isso gera em nós uma preocupação, gerou
nos discípulos também quando Jesus pediu que eles confiassem somente na providência divina
e pediu que eles não levassem nada com eles pelo caminho. Mas no Evangelho de hoje
encontramos uma grande promessa de Jesus: “Não se vendem dois pardais por algumas
moedas? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do vosso Pai. Quanto a
vós, até os cabelos da cabeça estão todos contados. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que
muitos pardais. Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também
eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus.”
Portanto, queridos irmãos e irmãs, ou nós confiamos ou não confiamos nas palavras de
Jesus; ou honramos o nome Dele diante dos homens e Ele honrará o nosso diante de Deus ou
não honramos.
O Evangelho de hoje nos deixa claro duas coisas: Jesus honrará todos aqueles que se
decidirem verdadeiramente por Ele e negará todos aqueles que o negarem, conforme nos exorta
no versículo 33: “Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante
do meu Pai que está nos céus". Jesus é fiel, mas também é justo.

Para refletir:

1- No fundo, bem no fundo, você confia cegamente na providência divina? Qual é a sua maior
dificuldade quando o assunto é entregar tudo nas mãos de Deus?
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2- No Evangelho de hoje, aprendemos que não se espera recompensa por ser discípulo de Jesus,
mas Ele diz que nos honrará diante do Pai se honrarmos o nome d'Ele aqui na terra. Quais são
as recompensas que você já recebeu de Jesus ao longo de sua vida?
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3- Durante a sua caminhada cristã, o quanto você já mudou e permitiu que Deus te
transformasse? O que te assemelha mais a Jesus?

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Oremos: Deus Pai, hoje eu quero lhe pedir um coração semelhante ao teu; que a minha vida
seja conforme a sua, como a de uma criança que segue os passos e a virtude do pai. Que o meu
falar, agir, pensar se torne cada dia mais igual ao teu. Senhor Jesus, que eu saiba olhar para os
que mais necessitam e que eu tenha amor no meu falar. Toca, Senhor, não só o meu coração,
mas o íntimo da minha alma. Amém.
26 de junho - Segunda-feira da 12ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 7,1-5

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Não julgueis, e não sereis julgados. Pois, vós
sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos, com a mesma
medida com que medirdes. Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não prestas atenção
à trave que está no teu próprio olho? Ou, como podes dizer ao teu irmão: 'deixa-me tirar o cisco
do teu olho', quando tu mesmo tens uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu
próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Jesus nos ensina hoje a ter coerência em nossas atitudes e nos julgamentos que fazemos
dos outros. A maneira como nos relacionamos com o próximo influencia no modo como nos
relacionamos com o próprio Deus também. E Deus faz questão disso simplesmente porque Ele
também é Pai daqueles que nós nos sentimos no direito de julgar.
"Vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes". É preciso
compreender bem a diferença dos termos. Não julgar não significa: não constatar; não avaliar;
não ser capaz de diferenciar o certo do errado. Muitas vezes nós não estamos propriamente
julgando alguém, mas, sim, discernindo e constatando algo. Todos nós precisamos ser capazes
de concluir o certo do errado, senão não conseguimos conduzir a nossa própria vida.
Julgar significa sentenciar, atribuir valor. Você pode constatar quando algo está errado,
mas determinar o motivo pelo qual está errado pode ser um equívoco e um julgamento, porque,
de fato, na maioria das vezes nós não sabemos todas as motivações e circunstâncias por trás de
determinada atitude ou situação. Compreende?
"Sereis medidos, com a mesma medida com que medirdes". Algumas pessoas têm uma
régua bem curta para medir a vida e as pessoas. Será que nós não estamos aplicando uma
medida muito justa e sendo muito duros com o próximo? Será que você cabe nessa mesma
medida que usa com o próximo? É importante pensar sobre isso.
Em vez de nos preocuparmos tanto com o próximo, Jesus nos adverte do quanto
devemos cuidar melhor do nosso próprio amadurecimento e santificação. “Tira primeiro a
trave do teu próprio olho e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.
Nós conseguimos enxergar minúcias e fazer ressalvas até nas boas obras dos outros, já nas
nossas, não.
Jesus é muito claro: tira primeiro a trave do teu olho. Primeiro eu santifico o meu
interior e curo as minhas questões mal resolvidas para depois ajudar o próximo. Repare no que
Jesus disse: “(...) então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”, ou
seja, nós podemos e devemos ajudar o próximo, mas ninguém pode ser um instrumento se não
estiver bem afiado.

Para refletir:

1- “Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio olho...” Quais são as traves que eu
reconheço que estão em mim?

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2- Tenho me comprometido em cuidar da minha vida interior para tirar as traves que me
atrapalham enxergar? O que tenho feito na prática para melhorar isso?

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3- De acordo com a régua que você usa para medir o próximo, como você acha que será
julgado? Com medidas largas ou justas?

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Oremos: Cristo Jesus, vos peço neste dia que eu consiga identificar os ciscos e traves que estão
em meus olhos. Peço-vos o dom da humildade e do discernimento para que eu seja capaz de
ajudar e guiar o meu irmão quando ele precisar. Meu Senhor e meu Deus, santifica o meu
interior e me liberta de toda tendência ao julgamento para com a vida alheia. Amém.
27 de junho - Terça-feira da 12ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 7,6.12-14

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Não deis aos cães as coisas santas, nem atireis
vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com os pés e, voltando-se contra vós,
vos despedacem. Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto
consiste a Lei e os Profetas. Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o
caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! Como é estreita a porta e
apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram"!

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Jesus hoje nos dá algumas dicas que valem ouro para encontrarmos o caminho da
salvação. E ele mesmo disse que são poucos os que encontram, porque infelizmente são poucos
os que entendem o Evangelho de hoje e o colocam em prática.
A primeira palavra de Jesus é: “Não deis aos cães o que é santo, nem jogueis vossas
pérolas diante dos porcos. Pois estes, ao pisoteá-las se voltariam contra vós e vos
estraçalhariam “.
Veja bem o que Jesus está nos ensinando: não jogue suas pérolas aos porcos, não dê
coisas santas aos cães. O que a gente pode aprender aqui?
A Eucaristia é a coisa Santa, é a pérola mais preciosa, mas essa pérola também é a fé,
o Evangelho, aquilo que você entende da palavra de Deus. Eu sei que muitas pessoas vão ler
esse Diário e vão entender a mesma coisa, porque eu explico o básico para que todo mundo
possa entender. Esse é o papel da homilia e do Diário Espiritual.
No entanto, cada um entende algo só para si, cada um recebe uma pérola, cada um
recebe uma novidade, uma riqueza dentro do próprio coração. E Jesus está dizendo pra nós:
não divida isso com os cães e com os porcos, ou seja, com os outros que não têm a mesma fé
que você, que não dão o mesmo valor ao Evangelho como você dá, que não crêem na Eucaristia
como você crê.
O cão do Evangelho de hoje são aqueles amigos, aquele povo gente boa, mas que
quando o assunto é fé e Deus não sabe e não se esforça para distinguir nada, do mesmo jeito
que um porco não sabe discernir uma pérola de um grão de milho. Para eles os dois são a
mesma coisa.
E nós estamos rodeados de pessoas assim; que para eles ser santo ou pecador, ser puro
ou promíscuo, ser honesto ou bandido, ser da igreja ou não é tudo igual. Justamente por isso
muitas pessoas não conseguem crescer na fé.
Você vai em uma missa, participa de um encontro, faz o Diário Espiritual e tudo isso
pra você é como se estivesse encontrado uma pérola. E você quer adquirir essa pérola preciosa,
mas para adquirir você sente no coração Deus te pedindo uma renúncia, um sacrifício, uma
postura de vida diferente. Então, inocentemente, você divide essa pérola com um “cachorro”
ou um "porco". Quando você divide uma pérola com quem não sabe discernir, essas pessoas
despedaçam a pérola, te zombam, desanimam e desmotivam.
Quantas pessoas vão à igreja, em retiros onde o padre ou pregador só falta falar o nome
e o RG da pessoa, então ela sai motivada e animada, querendo mudar de vida. Porém na
primeira oportunidade que tem, essa pessoa divide com quem não tem discernimento nenhum.
O que acontece? Todo mundo ri, zomba e desacredita. Então, aquele(a) que ganhou a pérola
começa a achar que é bobo(a), iludido(a), que realmente não vale a pena toda renúncia e acaba
perdendo a pérola, a vontade e a esperança.
Portanto, querido irmão e querida irmã, cuidado com quem você divide as pérolas que
Deus coloca no seu coração. Tem assunto que não é com todo mundo que você pode dividir.
Nós temos que evangelizar todo mundo e proporcionar Jesus a todos, mas as pérolas
que Jesus confia a você não é a mesma que ele confia a mim. Essa pérola é só sua. Cuidado
com quem você divide isso, para que não seja despedaçada pela zombaria e pela perseguição.
Infelizmente a maioria ainda é cachorro que não dá valor às pérolas do Reino de Deus,
mas Jesus nos deixou bem claro no Evangelho de hoje:
Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à
perdição, e muitos são os que entram por ele! Como é estreita a porta e apertado o caminho
que leva à vida! E são poucos os que o encontram”!
Que apesar das dificuldades que encontramos ao viver os caminhos que o Senhor
planejou para nós, nós sempre possamos dar valor aos tesouros que Deus nos dá diariamente.
Coloquemos o evangelho de hoje em prática, para que mesmo que estreita, possamos passar
para o outro lado da porta, que é o Reino dos céus.

Para refletir:

1- Você consegue identificar durante a leitura do evangelho ou ao escutar uma pregação as


pérolas que o Senhor tem reservado para você?

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2- Como é o ambiente que você convive? Você consegue partilhar suas pérolas com pessoas
que têm a mesma fé que você? Se sim, você sente que seu tesouro multiplica ao ser
compartilhado?

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3- Quais foram as vezes que você jogou aos porcos, mesmo que sem querer, as pérolas que
Deus confiou a você? E quais foram as vezes que você também zombou da fé dos outros?

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Oremos: Deus pai de infinita bondade e misericórdia, hoje eu te peço perdão por todas as vezes
que não guardei em meu coração as pérolas que o Senhor me confiou, todas as vezes que não
coloquei em prática tudo o que senti no meu coração que o Senhor me pedia. Perdoa-me
também pelas vezes em que eu zombei e estraçalhei as pérolas que o Senhor confiou aos outros.
Eu quero viver e aprender a cultivar os tesouros que o Senhor me confia, aplicando o evangelho
em minha vida para que um dia eu consiga passar pela porta estreita, que me levará até o céu.
Amém.
28 de junho - Quarta-feira | Memória de Santo Irineu, bispo e
mártir

Evangelho: Mt 7,15-20

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até
vós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes. Vós os conhecereis pelos
seus frutos. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de urtigas? Assim, toda árvore
boa produz frutos bons, e toda árvore má, produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar
frutos maus, nem uma árvore má pode produzir frutos bons. Toda árvore que não dá bons frutos
é cortada e jogada no fogo. Portanto, pelos seus frutos vós os conhecereis".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Jesus hoje nos fala dos falsos profetas e nos mostra como reconhecê-los: “Pelo fruto
você conhecerá a árvore.”
Aqui já encontramos um problema. Nós vivemos tempos tão confusos dentro do próprio
cristianismo que muita gente não sabe discernir os frutos ruins dos frutos bons. E as pessoas
acabam se encantando e seguindo pessoas que dão frutos ruins sem perceber.
Antes gostaria de me ater a outro trecho do evangelho de hoje: “Cuidado com os falsos
profetas: eles vêm até vós vestidos de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes.” Eu gostaria
que você lesse esse trecho como um exame de consciência. Principalmente você que gosta de
evangelizar as pessoas, que por fora parece uma ovelha quando prega, quando aconselha,
quando discursa, mas talvez lá dentro ainda é um lobo feroz; que ainda tem segundas intenções,
ambições, vaidades e deturpações do próprio caráter.
O evangelho de hoje, sobretudo, serve para mim e para você não só para avaliar o outro,
mas para avaliar a nós mesmos e identificar se esse lobo ainda está aqui dentro; se as coisas
não resolvidas e não curadas ainda estão me fazendo usar da pele de ovelha para ser um lobo
feroz. Precisamos fazer esse exame de consciência a respeito de nós mesmos.
Por outro lado, nós também precisamos saber identificar os lobos escondidos atrás da
pele de cordeiro. Como? Jesus mesmo disse: “Pelos seus frutos os conhecereis.” Portanto, o
falso profeta você conhece pelo fruto. E aqui temos um grande problema. Como eu disse no
início, vejo muitas pessoas seguindo tantos falsos profetas, acreditando que os frutos ruins são
frutos bons, sabe porquê? Porque às vezes a gente não conhece qual é o verdadeiro fruto do
cristianismo.
Tem gente acreditando que o verdadeiro fruto da fé e da comunhão com Deus é a
riqueza, dinheiro, sucesso e saúde e infelizmente muitas pessoas caem na conversa de um
cristianismo tão esdrúxulo que ecoa na mente de tantas pessoas, porque às vezes o
desconhecimento da palavra de Deus, do verdadeiro caráter de Cristo é tanto que qualquer
pessoa, falando em nome de Jesus, desde que tenha frutos mundanos, já nos parece ser divino.
Mas a grande pergunta é: quais são os verdadeiros frutos de um bom cristão? Mateus 5
-1, 12: as bem aventuranças. Ora, quem vive as bem-aventuranças é de fato uma ovelha. Mas
você sabe quais são as bem-aventuranças? Se eu te pedir para citar agora, sem olhar na Bíblia,
você saberia me dizer? Gálatas 5 – 22. Os frutos do espírito. Você saberia me dizer quais são
esses frutos?
Se não conhecermos os frutos do verdadeiro cristianismo, não saberemos discernir o
lobo da ovelha. Portanto, quando conhecemos a Palavra de Deus, quando conhecemos o caráter
de Cristo, quando entendemos que Jesus foi muito bem traduzido, aplicado, manifestado nas
virtudes dos Santos e Santas da Igreja nós não caímos em tanta conversa mole que tem por aí
e também não teríamos, talvez, certas crises de fé.
Nós precisamos reconhecer os frutos do Evangelho na vida das pessoas para não sermos
seduzidos pelo lobo.
Por isso, peçamos ao Espírito de Deus que também tenhamos frutos, mas que,
sobretudo, possamos conhecer quais são os frutos da verdadeira árvore, a árvore boa, para que
possamos não nos associar e se entregar ao lobo feroz.

Para refletir:

1- Faça um exame de consciência, e anote tudo o que ainda aí dentro é lobo e precisa ser
mudado.

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2- Pegue sua Bíblia, abra em Mateus 5 – 1, 12. Leia atentamente grife, anote e faça uma oração
a partir dessa palavra.

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3- Pegue sua Bíblia, abra em Gálatas 5 - 22 . Leia atentamente grife, anote e faça uma oração
a partir dessa palavra.
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Oremos: Deus pai, meu pastor, reconheço que em meu coração ainda tem muito mais de lobo
do que de ovelha. Do meu coração ainda tem brotado muitos frutos ruins, por isso, hoje quero
pedir que o Senhor me ajude a transformar o meu coração, a minha vida para que, de fato, eu
me torne uma árvore que produz frutos bons. Que as bem-aventuranças do seu Evangelho sejam
o guia que conduz a minha vida; que ao olhar minhas obras e ações as pessoas possam te
reconhecer em mim, sem que antes eu diga uma só palavra. Amém.
29 de junho - Quinta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 7, 21-29

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Nem todo aquele que me diz: 'Senhor,
Senhor', entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está
nos céus. Naquele dia, muitos vão me dizer: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que
profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que
fizemos muitos milagres?' Então eu lhes direi publicamente: Jamais vos conheci. Afastai-vos
de mim, vós que praticais o mal. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática,
é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as
enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre
a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um
homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os
ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!" Quando Jesus
acabou de dizer estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. De fato,
ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei.

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

O evangelho de hoje fala sobre o nosso “blábláblá”. Às vezes há muita conversa e pouca
obediência. A nossa vida já aqui na terra não se mantém de pé se nós ficarmos só falando,
tampouco se vai para o céu assim. A fé precisa ser praticada.
Nós somos capazes de conhecer a vontade do Pai através da Palavra, da Sagrada
Escritura. O Pai do céu é aquele que educa, que dá direção, comando, limite.
A vida cristã, em seu equilíbrio, precisa ter oração, contemplação, obras de caridade,
momentos de espiritualidade, comunhão eucarística na Santa Missa, mas também precisa desse
momento catequético com a Palavra de Deus. Nós precisamos conhecer a vontade de Deus
através da Palavra e da doutrina da igreja.
Muitos de nós temos devoções que, claro, são importantes e necessárias para a nossa
caminhada de fé, mas muitos passam a vida somente vivendo momentos de devoção e não
evoluem no conhecimento da Sagrada Escritura e na vontade do Pai sobre a própria vida. É
preciso pôr em prática a vontade do Pai que está nos céus.
A rocha pela qual nós construímos a vida é a fé, a espiritualidade; e construir sobre a
rocha não é da noite para o dia. Fé não se improvisa. É preciso um esforço diário da fé para ser
alguém que aguente as intempéries da vida. Por outro lado, quem só fica dizendo “Senhor,
Senhor”, mas não põe nada em prática por preguiça ou desobediência vai ver tudo cair depois
de construir.
Chuvas, enchentes, ventos e tempestades vão acontecer na vida de todos nós, mas a
grande diferença é estar alicerçado em Deus para aguentar a vida como ela é.
Quem fica dizendo “Senhor, Senhor”, mas não conhece a vontade do Pai e não a coloca
em prática, não entra no Reino dos Céus e não colhe da paz que Cristo veio nos trazer.

Para refletir:

1- Seja honesto com você: a experiência do Diário Espiritual será só “fogo de palha” ou é o
início de uma fé construída sobre a rocha?

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2- Você tem buscado fortalecer e amadurecer a sua fé de qual maneira? Ainda vive na
“infantilidade” da fé buscando sensações, momentos e arrepios? Você estabeleceu uma rotina
para sua espiritualidade e estudo da Palavra?

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3- Algo ainda seria capaz de abalar a sua fé? Você se considera uma pessoa com uma fé madura,
que confia e conhece a vontade de Deus ou ainda vive uma fé de pura conveniência? Se as
coisas saírem fora do seu controle ou da sua vontade, isso abala o seu relacionamento com
Deus?

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Oremos: Senhor Jesus, hoje eu te peço que aumente a minha fé, que coloque em meu coração
o profundo desejo pela busca da verdade, de conhecer os seus ensinamentos, a doutrina da
nossa Santa Igreja, para que eu possa ter uma fé sólida e madura. Que nada seja capaz de abalar
o meu amor e confiança no Senhor e que eu saiba confiar na sua providência, construindo
diariamente a minha casa sobre a rocha que é a Igreja, a Palavra, a Eucaristia. Amém.
30 de junho - Segunda-feira da 11ª Semana do Tempo Comum

Evangelho: Mt 8,1-4

Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões o seguiam. Eis que um leproso se
aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: "Senhor, se queres, tu tens o poder de me
purificar". Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: "Eu quero, fica limpo". No mesmo instante,
o homem ficou curado da lepra. Então Jesus lhe disse: "Olha, não digas nada a ninguém, mas
vai mostrar-te ao sacerdote, e faze a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho para
eles".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Quantas coisas Jesus quer dar e fazer por mim? Muitas. Mas isto não basta, não basta
Jesus querer coisas para mim, eu preciso querer também e reconhecer que é Ele quem faz.
O leproso vai aos pés de Jesus e revela duas coisas: o que ele quer e o que ele crê que
Jesus pode. A resposta de Jesus é quase que um “e eu também quero o que você quer”, mas se
este homem não estivesse ali de joelhos pedindo o querer de Jesus, nada disso teria sido
realidade na vida daquele leproso.
As multidões iam a Jesus para ouvi-lo e serem curadas. Ouvir e rezar. E Jesus dá o
exemplo da necessidade da oração. Jesus se retirava para lugares solitários e se entregava à
oração. Jesus, um homem orante, encontrou um leproso que orou. Mas a oração é uma escolha,
uma decisão que custa renúncia.
A oração nunca vai caber naturalmente em nossas vidas, a menos que nós façamos
caber. E não se reza a não ser que nos retiremos para o lugar solitário. A oração pode o que
Deus pode!

Para refletir:

1- Eu tenho revelado a Jesus o que eu quero e o que eu creio que Ele pode?

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2- Quais são as minhas lepras?

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3- Eu tenho o meu local de oração? Eu rezo todos os dias?

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Oremos: Senhor Jesus, se Tu queres podes me curar e limpar. Eu quero ser limpo das minhas
lepras, dos meus pecados, das minhas feridas interiores, das minhas misérias. Tu me conheces,
tudo sabes de mim, toca-me, cura-me. O Senhor mandou o leproso se apresentar ao sacerdote
no templo. Eu quero aumentar minha fé no sacramento da confissão. Senhor muitas vezes eu
não encontro tempo e nem vontade para me retirar para o deserto. Tem piedade de mim tão
apegado a distrações, tão sobrecarregado de preocupações, quero e preciso aprender a rezar
para que aconteça em mim o teu querer. Amém.

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