Com a finalidade de consolidar direitos e garantias aos deficientes, a
jurisdição brasileira criou leis que permitem amparar o desabilitado para que sua condição não transpareça precariedade social. O Estatuto da Pessoa com Deficiência é uma lei instituída em 6 de julho de 2015 e dispõe sobre a inclusão do deficiente na sociedade brasileira ao promover medidas sociais. Entre essas disposições, a norma elabora proteções ao âmbito trabalhista para o portador de deficiência. Conforme dispõe a Lei 13.146/2015, pessoa com deficiência é “aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. Tal caracterização é imperativo para confeccionar os direitos e garantias à pessoa incapacitada. Ainda, a lei dispõe algumas proteções como a remuneração da pessoa com deficiência deve ser idêntica às das demais pessoas por trabalho de igual valor, a obrigatoriedade das pessoas jurídicas em garantir ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos, o direito da pessoa com deficiência em participação e ao acesso a cursos e treinamentos, planos de carreira e promoções, bonificações e incentivos profissionais oferecidos pelo empregador, em igualdade de oportunidades com os demais empregados e serviços de habilitação com recursos próprios para atender as necessidades do deficiente. Outra norma importante é a Lei 8213/1991, cujo artigo 93 menciona a obrigação das empresas com cem ou mais empregados estão obrigadas a preencher de 2% a 5% de seus quadros com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência. Além de deixar o Ministério do Trabalho a tarefa de fiscalização. Por sua vez, a Constituição Federal de 1988 aborda em seu capítulo II, artigo 7°, inciso XXXI, a ''proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência''. Medida em que o próprio Estatuto da Pessoa com Deficiência mencionou em seu artigo 34,§2°. Portanto, nitidamente a legislação brasileira possui diversas proteções legais ao portador com deficiência no âmbito trabalhista, restando ao poder público a tarefa de fiscalizar a aplicação das normas e prover as necessidades que o deficiente possui.