Teoria 2

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Teoria 2

Regras Sociais segundo Onuf, são correspondentes à três tipos de falas: instituição, direção e
compromisso.
No sentido das relações Internacionais, é preciso pensar que os atos de fala, e regras as quais
eles decorrem, são usadas para estruturar as relações dos indivíduos e agir na solução de
problemas característicos da ordem política. O funcionamento descentralizado do SI é explicado
por 3 possibilidades de organização: hegemonia, heteronomia, e hierarquia.
Hegemonia: caso de instituição, no qual princípios são promulgados e manipulados por alguns
atores estatais, monopolizando o significado das regras impostas por atores subsequentemente
impostas aos atores subordinados.
Hierarquia: forma de organização que deriva de regras diretivas, associadas a um sistema
jurídico, constituído de normas internacionais.
Heteronomia: organização baseada em promessas e compromissos. Oferece aparência
ideológica igualitária para o relacionamento dos estados, mas encobrindo a distância entre a
“autonomia” dos atores no cenário internacional - todos são igualmente soberanos - e a
subordinação e superordinação que organiza o sistema - os recursos de cada estado tem acesso
são distintos.
Política mundial: Estudo das formas que as potências mantêm seu poder pelos seus recursos
não apenas à violência, mas também a símbolos - relação entre materialidade e imaterialidade do
poder a base da heteronomia das Relações Internacionais.
Do Monte
Pós-positivistas, feminismos e relações internacionais:
● Para as autoras feministas as abordagens feministas em RI buscam, em desenvolvimento
paralelo aos pós-positivistas, relacionar gênero e ri.
● Faz parte das chamadas viradas sociológicas e linguísticas da ri. ----> vai colocar o
discurso, a narrativa, a sociedade e o indivíduo no centro do debate.
● Na maioria das vezes as feministas ficam do lado pós-positivista do debate, pois priorizam
relações entre poder e conhecimento, importância da lingaguem, das regras e identidades
para as ri. ----> as feministas radicais não estão do lado pós-positivistas.
● Para as feministas o gênero se torna categoria de análise para o feminismo, incluindo no
campo das ri temas até pouco tempo ignorados.
Feminismos e RI:
● Todo tipo de abordagem que usa o gênero como categoria de análise nas Ri procuram nas
instituições e normas do SI, explicações para a assimetria nas relaçoes internacionais
entre gêneros e instâncias de constituição de identidades de homens e mulheres.
● Métodos de abordagem variam, mas o gênero é o fio condutor.
● As abordagens feministas têm em comum o fato de incluir no seu projeto científico uma
dimensão política:
– supressão da opressão feminista.
– construção de ordem internacional mais justa.
– ausência de hierarquia de gênero, classe ou raça. -----.> as teoricas radicias nem
sempre são á favor dessa ausência de hierarquia de gênero, pois são á favor de uma
inversão de hierarquia de gênero.
● V. Spike Peterson e Anne Runyan identificam duas possibilidades de trabalhar gênero
como categoria de análise das Ri: Posição das mulheres (feministas de ponto de vista) e
poder do gênero.
Posição das Mulheres: Feministas que primeiro se engajaram a reflexão sobre a ausência e
marginalização das mulheres nos espaços considerados pelas teorias tradicionais como próprios
da disciplina. ----> tomadoras de decissões, generais.
Poder do gênero: O pós-positivismo para não só localizar as mulheres em suas posições
marginais/subordinadas, mas demostrar como esta posição está ligada ao poder de gênero.
● gênero como sistema de símbolos que serve de guia para nossas ações.
Gênero e Relações Internacionais:
● Senso comum compreende que indivíduos agem de determinadas formas como resultado
de suas características biológicas e anatômicas. Mas podemos levar em consideração a
diferenciação entre masculino e feminino como sistema de símbolos socias definidos
(masculino x feminino).
● São estes símbolos, socialmente interpretados como decorrentes da biologia, que fazem
indivíduos se comportarem de maneira socialmente entendida como condizente com sua
anatomia. ---> os ondivíduos não nascem com esses símbolos, mas o fato de viverem
em uma sociedade que fez essa construção, eles acabam seguindo essa organização
social.
● A diferenciação entre masculino e feminimo não é apenas uma característica individual,
mas um conjunto de normas e significados que perpassa os indivíduos e oferece
elementos para construção de identidades.
● Gênero pode ser entendido como categoria também presente em discursos e instituições,
inclusive no nível internacional.
● É exatamente o gênero como categoria para além do individual, o foco das feministas
preocupadas com o poder do gênero.
● Essas feministas estarão interessadas nos movimentos da PI que contribuem para a
construção e manutenção de formas de pensamento marcadas pela dicotomização
masculino/feminino.
● A construção política dos gêneros implica uma valorização superior do masculino e das
atividades masculinas, resultando em uma organização da atividade social e política
hierarquizada. ---> todos os símbolos/atividades associadas ao gênero masculino são
pensadas como superiores á que aquelas associadas ao feminimo. Isso acaba
gerando uma organização social hierarquizada, não só das atividades, da política, mas
dos próprios indivíduos. exemplo: dar aula em uma universidade é mais valorizado do
que cuidar de uma criança.
● Isso faz com que identidades e atividades que são concebidas como próprias dos homens

tenham maior prestígio, diante de identidades e atividades associadas às mulheres ou a
carcterísticas tidas como femininas. ----> Exemplo: Um bom estadista tem que ter
características associadas à masculinidade.
● Essa hierarquização é uma construção política, na medida em que distribui poder,
autoridade e recursos de forma a privilegiar os homens (ou indivíduos associados à
masculinidade). ---> desligimatização do gênero feminino.
● As diferenças de gênero no acesso a recursos, poder e autoridade afetam a posição das
mulheres na sociedade.
● Certas normas e instituições são responsáveis pelas formas como internalizamos
pressupostos culturais e os definimos como parte de nossas identidades. --> chamado de
machismo estrutural.
● Estereótipos naturalizam e justificam estruturas sociais hierarquizadas e são políticos na
medida em que significam a reprodução de relações de poder. ---> O masculino sempre
hierarquizado de forma superior ao feminino.
● Gênero é importânte porque define as relações de poder entre homens e mulheres. mas
tabém porque condiciona o nosso pensamento a funcionar a partir de dicotomias que
legitimam formas múltiplas de dominação nas esferas sociais.
Feminismo de Ponto de Vista - Ann Tickner:
● Normas de masculinidade estão presentes na definição das identidades e
consequentemente nos comportamentos estatais.
● Conceito de masculinidade hegemônica (tipo ideal de masculinidade), "ideologias de
virilidade" e decisões de POLEX. ---> o que se espera de um tomador de decisão.
● Caracterização do relacionamento entre Estados: conflitos, auto-interesse, equilíbrio de
poder, soberania e anarquia. ----> não leva em consideração a questão do gênero.
● Identificação devido a presença historicamente majoritária de homens nas esferas
decisórias.--> leva ao pensamento de que o feminismo esta presente nas esferas
públicas e internacionais de poder.
● Modificar as dinâmicas conflitivas das RI depende da inclusão de um ponto de vista
distindo na produção de teoria e formulação de política.
● Por que não só a inclusão de mulheres? Porque a presença feminina não implica
necessariamente alteração dos comportamentos estatais.
● Comum que mulheres em posição de poder adotem atitudes masculinizadas para se
adaptar melhor ao conexto e demandas da alta política.
● Crítica: Tickner defende que mulheres estão mais ligadas historicamente à cooperação,
socialização e à não hieraquização (valorizar o feminino, mas também reificar
esteriótipos femininos tradicionais). ---> Ao valorizar o feminino acaba trazendo
esteriótipos tradicionais. Como por exemplo, que as mulheres são mais cooperativas e
os homens são mais conflituosos
● Defende a ideia de que se ocorrer a inclusão de pontos de vista feminos e feministas nas
tomadas de decisões, provavelmente as relações entre Estados na PI seria menos
conflituosa, competitivas e mais cooperativas.
Feminismo Liberal:
● Foco na reversão das desigualdades e hierarquias (mias prático que teórico).
● A opressão das mulheres é função das barreiras legais do Estado. --> A partir do
momento que o Estado exerga as mulheres como iguais aos homens, já ocorre um
igualde maior entre os gêneros.
● Ligado às revoluções burguesas do século XVIII, mas buscando entender às mulheres, os
direitos plíticos cívis.
● Estado é visto como agente potencial para a promoção da igualdade, autoridade mais
apropiada para garantir direitos das mulheres.
● Contexto histórico do surgimento dá epistemologia positivista às feministas lberais.
● Compartilham pressupostos positivistas: crítica à teoria tradiconal não precisa ser tão
profunda, basta adição das mulheres ao quadro epistemológico do pensamento
convencional para corrigir rumo das RI
Feminismo Radical:
● Se opõe às liberais e as afirmações que únicas barreiras à emancipação das mulheres são
as legais.
● Opressão feminina seria uma das mais profundas e difundidas formas de opressão:
Patriarcado é sistema de opressão que permeia instituições das sociedades para além
da esfera legal.
● Liberais afirmam igualdade entre gêneros, radicais afirmam diferenças entre os gêneros e
necessidade de valorização das características e experiências feminInas tradicionalmente
inferiorizadas.
● Feministas radicais priorizam autonomia e liberação das mulheres em relação a normas
masculinas, desafiando o poder do gênero dentro do Estado e do SI.
● Controle ideológico e prático sobre mulheres são expressão de princípios masculinistas
que sustetam a inferiorização do feminimo e valorização do masculino (melhor lugar na
sociedade para os homens).
● Projeto político das radicais está na defesa sa superioridade cultural dos valores
femininos: potencial transformador para a própria sociedade.
● Crítica: Essencialismo, como de Tickner, sobre caracteruzação da cultura feminista neste
caso, não reproduzido estereótipos, mas como superior.
Feminismo Socialista:
● Diferenças entre condições materiais de existência entre homens e mulheres são base da
opressão feminina.
● Principal fonte do patriarcado é o controle do homem sobre o trabalho feminino,
principalmente reprodutivo. --> tudo associado ao filho.
● Demonstram como separação entre trabalho produtivo e reprodutivo sreve a interesses
masculinizados sob o capitalismo.
● Desvalorização e naturalização do trabalho reprodutivo da mulher permite a organização
do sistema capitalista como ele é.
● São feministas de ponto de vista: percepçãpo da realidade varia com a situação material

do observador.
Feminismo Pós-Estruturalista:
● Para pós-estruturalistas e pós-coloniais fontes de opressão são dinâmicas e complexas
como as relações sociais em geral, e não podem ser fixadas, como querem as feministas
de ponto de vista.
● Pós-modernas, pós-estruturalistas e pós-coloniais passam a considerar inexistência de
uma identidade feminina universal.
● Pós-modernas rejeitam redução de mulher e gênero a categoria homogênea, pois
delimitação de experiências pelo gênero simplifica identidade de indivíduos complexos e
serve a produção de interpretações usadas para organizar a sociedade hierarquicamente.
Feminismo pós-colonial:
● Feministas também conhecidas como antirracistas ou anti-imperiais.
● Economia é importante fator explicativo para esta corrente, mas principamente ênfase é
na interseção entre imperialismo, colonialismo, capitalismo e racismo e a opressão das
mulheres.
● Mulheres de Terceiro Mundo experimentam formas agudas de opressão devido a tais
interrelações.
● Desafiam distinção entre local e global afirmando que estruturas de dominação perpassam
esses níveis e demonstram como implicam formas específicas e múltiplas de opressão às
mulheres do Terceiro Mundo ( as mais pobres do planeta). ---> são as que mais sofrem
com machismo, racismo, de formas diferentes das européias e as americanas. Por isso
é importante pensar que o feminismo tem que ser dinâmico, acessível
Tickner
Segundo a Do Monte, pode ser classificada como uma feminista do Ponto de Vista.
● Tenta compreender pq há controvérsia entre feministas e teóricos de Relações
Internacionais. --> teorias mainstram.
● Perspectivas feministas sobre Relações Internacionais contemporâneas são baseadas em
ontologias e epistemologias diferentes daquelas da disciplina tradicional.
● Não se adequam perfeitamente às abordagens estadocêntricas e estruturais das relações
internacionais tradicionais, ou das metodologias utilizadas normalmente.
● O artigo aborda perspectivas difrentes sobre as abordagens feministas, como por exemplo
problemas comtemporâneos como segurança internacional, anarquia e hegemonia do
sistema internacional.
● Surgimento na década de 80 e aumento das publicações na área de PI.
● Mas efeito marginal sobre disciplinas mainstream, principalmente nos EUA.
● Feito de diálogo entre feministas e teóricos de RI é problemática.
● Público de RI geralmente entende que questões feministas tem muito pouco a ver com
disciplina da RI ou com PI.
● Material é interessante e importante, mas questionamentos.
– como se liga com problemas do mundo real?
– como explica comportamento dos Estados no SI?
– E RI é uma disciplina de gênero neutro?
● Para teóricos treinados em metodologias cientificistas, feminismo parece ateórico, apenas
crítico sem pesquisa empírica. Mais questionamentos:
– onde está seu programa de pesquisa?
– pq mulheres não podem se encaixar em abordagens teóricas anteriores?
● Autora procura demonstrar que feministas e teóricos de RI estão em realidades diferentes,
usando epistemologias e ontologias diferentes.
● Pretende responder questões à realistas, neorrealistas, neoliberais e cientificistas (e não a
teóricos pós).
● Nenhum deles usa gênero em sua análise: realidades ou ontologias diferentes
(feministas não estariam trabalhando com questões de RI); divisão epistemológicas
(questionamento se feministas fazem teoria).
Fontes de Desentendimentos:
● Reinvidicações de neutralidade de gênero geralmente estão envoltas em premissas
masculinas, que podem mascarar diferenças de gênero.
● Feministas compreendem que diferenças de gênero permeiam todas as faces da vida
pública e privada.
● Teóricos mainstream entendem que gênero é sobre relações interpessoais entre mulheres
e homens, mas não PI.
● Problemas de incompreensão e má comunicação entre feministas contemporâneas e
teóricos de RI está na escolha do gênero como categoria de análise: para feministas
gênero produz relacionamentos de desigualdades de poder.
Fontes de Desentendimentos:
● Para Harding generificação da vida social é produzida por 3 processos distintos: criação
de metáforas dualistas de gênero; usar dualismos para organizar atividade social;
dividir atividades sociais em diferentes grupos de pessoas.
● Características socialmente construídas e simbolicamente associadas ao homem (poder,
autonomia, racionalidade e público), são geralmente enxergadas por homens e mulheres
como mais positivas que às associadas à mulheres (fraqueza, dependência, emoção e
privado).
● É entendido por muitos que para ser bem sucedido na PI é necessário ter comportamentos
mais associados ao masculino ( Margaret Thatcher).
● Sistema simbólico molda diferentes aspectos da cultura, constitui elementos em todos os
aspectos da experiência humana e afeta a todos; seja como interpretamos o mundo e
como ele nos interpreta.
Teorias Feministas:
● Preferem a hermenêutica, baseadas na história, tradições filosóficas e humanísticas de
acumulação de conhecimento.
● Céticas sobre empirismo e da neutralidade dos fatos ou das persoectivas.
● Regularidade estruturais (gênero e patriarcado por exemplo) são socialmente contruídos
e variáveis no tempo, espaço e culturas (não é natural ou universal).
● Acreditam que o mundo é caracterizado por uma hierarquia de gênero.
● Hierarquia de gênero reforça instituições e práticas socialmente construídas que
perpetuam expectativas de papéis desiguais e diferentes e reforçam desigualdades
fundamentais entre homens e mulheres.
● Epistemologia do campo das RI é generificado. Vem do iluminismo, a ideia do
conhecimento trazendo a emancipação. Mas mulher colocada com inferior.
● Epistemologia das RI mainstream tem a tradição de excluir a questão do gênero como
categoria de análise, principalmente a de cunho cientificista.
● Feministas utilizam a metáfora da conversa como metodologia preferida e também na
busca por engajamento com os pensadores maisntream das RI.
● Todas as abordagens feministas são preocupadas com relações sociais e investigação das
causas e consequências das relações desiguais entre homens e mulheres.
● Com epistemologia distintas das teorias tradicionais, as perguntas feitas pelas feministas
sobre as RI são distintas.
● Tarefa do feminismo é tornar estranho algo que anteriormente aparentava familar (e por
tanto questionar o que é natural); no caso de RI a ideia de um campo eutro no sentido de
gênero.

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