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Ao fim dos anos 70 ninguém tinha dúvida de que o sistema internacional era visto por uma
perspectiva realista ou liberal, a partir dos anos 80 em diante, vão surgir muitos outros
assuntos que se tornam centrais no estudo das Relações Internacionais.
70 80
Meta teorias(teorias sobre teorias) começam a ganhar espaço a partir da década de 80.
● O objetivo delas não é só analisar o que acontece nas relações internacionais, mas
também analisar o instrumento de análise dessas teorias.
● Pesquisadores podem enxergar o mundo de maneiras diferentes no que diz respeito a
epistemologia, ontologia e metodologia.
● Ontologia, epistemologia e metodologia estão 100% ligadas à filosofia das Ciências
Sociais.
Ontologia: Teoria do ser, sobre o que o mundo é feito? Quais são os objetos que nós
estudamos?
Metodologia: Teoria dos Métodos - quais métodos nós usamos para descobrir dados e
evidências? (de que maneira)
Ex: Qual é o objeto das relações internacionais? Porque o objeto de análise das Relações
Internacionais só pode ser o Estado? Porque o conhecimento válido para as RI só pode ser
produzido no norte? Porque só podemos usar um método para analisar as RI e não vários
diferentes?
Por muitos anos, o campo das RI foi dominado por uma filosofia da ciência: o positivismo,
até o terceiro debate, teorias que foram vistas eram baseadas no positivismo. A ideia de que
uma teoria só pode se afirmar correta, se ela for comprovada através de métodos científicos
válidos.
Acadêmicos que trabalharam sob a tradição positivista fizeram algumas das contribuições
mais importantes da disciplina. Ex: Waltz, Keohane e Nye. Contudo, sua forma de enxergar
ciência também é contestada e nem toda pesquisa deve se encaixar neste modelo.
Essa divisão entre teorias que querem explicar e teorias que querem compreender, em grande
medida é uma divisão entre uma abordagem científica(objetivo) das relações internacionais e
uma abordagem interpretativa(subjetivo)
● A intenção desses teóricos era tornar mais objetivo o estudo da política internacional.
● Teorias que sentem na obrigação de explicar os acontecimentos na política
internacional, por ter uma base positivista de análise.
● Não enxergam como significados sociais, língua e crença podem ser incorporados
numa análise científica.
● Os teóricos da explicação vão dizer que sem comprovação empírica(sem algo
concreto) os teóricos da compreensão apenas especulam.
● Os teóricos da explicação só acreditam na reivindicação de conhecimento se esta vier
pelo meio científico.
● Você não tem como pegar uma crença, um significado e tornar isso objetivo, isso
normalmente precisa ser interpretado.
● Os teóricos da compreensão entendem que política internacional não é uma conta que
você fecha no final, com causas gerais, com padrão, com métodos, você precisa
sempre estar interpretando as coisas que acontecem na política internacional.
● E essa interpretação geralmente é subjetiva, pois ela varia de analista para analista.
● Ela lida com indivíduos que no final das contas precisam ser interpretados.
● Não quer explicar mas sim compreender, tem uma outra base de análise da política
internacional.
● Significados sociais, língua e crenças constituem o mais importante aspecto da
existência social (ontologia) afinal de conta os indivíduos são formados por essas
características.
● Teóricos da compreensão vão dizer que os dados obtidos para estudar as R.I são
interpretativos(interpretar crenças, significados…)
● Para teóricos da compreensão/interpretação, nossos procedimentos analíticos devem
ser guiados por fatores que impactam o comportamento humano; Crenças, ideias,
significados razões(e não por algo chamado ciência).
Consequências Epistemológicas:
Positivismo e Pós-positivismo
Para positivistas: para sustentar o quadro explicativo é necessário ter uma visão positivista
da ciência, que tem raízes na epistemologia empirista.
Positivistas dão ênfase na observação, na obtenção de dados empíricos, na medição. O que
não pode ser experimentado não pode ser validado cientificamente. Conhecimento válido
para um positivista é só aquele que pode ser quantificado, comprovado, medido e observado
de maneira empírica e sistemática.
● Ciência deve ser focada em observação rigorosa (guias metodológicos rigorosos
separam ciência de crenças). Para eles só com a observação rigorosa separa o que é
crença da ciência).
● coletar dados suficientes gerados através de repetida observação revela regularidade,
o que indica a existência de leis gerais. O que os positivistas queriam era trazer maior
objetividade para as relações internacionais, tentando gerar leis, padrões e modelos
desses acontecimentos.
● não é possível trabalhar com realidades que não podem ser observadas como por
exemplo discursos ou estruturas sociais.(Eles querem ver o PADRÃO em todas as
coisas?)
Pós-positivismo:
Racionalistas X Reflectivistas
● A teoria crítica diz que mesmo que tentemos nos afastar do nosso objeto de estudo,
como o cientista natural se afasta do dele, nós não conseguimos.
● Cientistas sociais estão sempre em contato com seu objeto de estudo.
Porque? A ciência natural tem como grande objetivo a subjugação da natureza pelo
homem(dominar a natureza, para ter maior controle sobre ela), agora, toda vez que um
cientista social se utiliza dessa mesma lógica para pensar a ciência social, a gente tem quase
que a reprodução dessa lógica. A tentativa do homem dominar o seu objeto de análise na
ciência social, que são estes os indivíduos, a sociedade.
A partir dessa lógica surge uma diferenciação entre teoria tradicional e teoria crítica.
❖ Teoria tradicional , entende que as coisas são como são e nós estamos aqui para
desvendar.
➔ enxerga o mundo como conjunto de fatos que aguardam ser descobertos pela
ciência(positivismo).
❖ A teoria crítica diz que fatos são produtos de fatos sociais e se são assim elas podem
mudar, são fruto de estruturas históricas, dá pra pensar um acontecimento da política
internacional se nós não pensamos no contexto histórico.
➔ Waltz quis criar com o neorealismo, uma teoria elegante(que pudesse explicar
por exemplo a guerra, em qualquer momento independente de fatores sociais e
históricos) e não porque aquela guerra aconteceu.
➔ A teoria crítica em contrário a isso vai dizer, não dá pra entender um
acontecimento social e político sem você entender a estrutura social e política
que está associada a ela.
Para Horkheimer é impossível que o fato a ser descoberto possa ser percebido independente
de estrutura social em que percepção ocorre, ou seja um fato social depende de onde esse
pensamento está sendo desenvolvido.(Ex: percepções de diferentes países sobre a guerra da
ucrânia)
Uma vez que as teorias dominantes da área das ciências sociais são teorias baseadas em uma
lógica positivista, mundo social como área para controle e dominação como ciências naturais,
tal como nas ciências naturais. Só que nas ciências sociais quem tá sendo dominado? O
homem, os indivíduos, países menos desenvolvidos. (Sem emancipação humana).
A teoria crítica vai dizer que usar métodos positivistas(de dominação das ciências
naturais) para pensar as ciências sociais, é um meio de dominação dentro das ciências
sociais.
Grande objetivo que orienta a teoria crítica é a emancipação do indivíduo, por conta disso
teoria crítica assim função de debate político(debater o que estamos pensando enquanto
conhecimento).
Ela não tem a função de dizer se o mundo é assim ou assado, mas de fomentar o debate sobre
construções de conhecimento.
Para a teoria crítica a grande importância do cientista social que se difere do cientista natural
por fazer parte do objeto que estuda, é o seu papel em promover a transformação da realidade
social e expandir a emancipação(não neutralidade).
Para teoria crítica a ciência social não pode ser positivista, ela tem que ter uma construção de
debate político, de normatividade e não de explicar o que é certo e errado e nem buscar
neutralidade.
❖ Ou seja, se todo mundo estuda relações internacionais por um viés realista, o mundo
acaba sendo moldado por essa lógica, e a teoria crítica vai propor uma quebra desse
padrão.
❖ Cox apresenta 4 pilares da teoria crítica.
Ontologia das RI, por exemplo, tem sido o Estado.(Waltz, O Estado é o Estado) Mas como
assegurar que ele não mudou? Que é visto e conceituado da mesma maneira por todos os
pensadores?
A teoria segue a realidade mas também a precede e a modela. A teoria é feita em mundo
histórico real, mas também pela reflexão sobre o que aconteceu(Ex: contexto da fofoca em
várias versões).
➔ Para teoria crítica ordem internacional está sempre em transformação, e por isso é
possível alcançar a emancipação humana.
➔ Teoria é guia para ação estratégica, para ação transformadora.
➔ Não é só instrumento para analisar objeto de estudo, mas função para a ação de
mudança e emancipação.
➔ Ciência não é neutra, e podem haver teorias interessadas na manutenção da ordem das
coisas, e também teorias interessadas em sua transformação.
❖ Cox diz: A ideia de que toda teoria é para alguém e por algum motivo.
❖ Cox é neo--marxista (materialismo histórico) nas RI.
❖ Cox enxerga a política internacional sob uma perspectiva histórica.
❖ Cox tem uma perspectiva neo gramsciana da política internacional, concorda e
aplica o pensamento de Gramsci a sua teoria.
❖ Para Gramsci um estado hegemônico é um Estado que controla a ordem
política de forma passiva, os outros Estados se relacionam com ele de maneira
passiva. A hegemonia para Gramsci não é só poder coercitivo, é ter poder de
consentimento também.
❖ Combinação de coerção e consentimento.
❖ Hegemonia pode ser exercida por forças sociais que detêm o controle do
Estado e tem por finalidade a produção de consentimento nas
demais.(DOUTRINA MONROE SE ENCAIXA NISSO?)
❖ Para teoria crítica hegemonia não é só força bruta, é pensar na construção desse
consentimento.
Cox começa o texto dizendo que acadêmicos dividem mundo social em esferas diferentes
cada
qual com sua própria forma de teorizar, essa categorização que os cientistas sociais
fazem(curso história, filosofia, ciência política) é necessário e prático para compreensão dos
fenômenos sociais que acontecem nas diferentes áreas, mas pode ser limitado…
➔ RI preocupada com resultados da Guerra e da Paz de forma prática.
Mas buscar prática sobre um estado que é subjetivo como as RI pode gerar confusão sobre:
Ideia de que quando se trata de política internacional(perspectiva realista é sempre entre
estados, assuntos de alta política, não há diversidade de objetos buscados). Por isso, Cox diz
que há confusão sobre quem são os atores a serem analisados…
Ideia de separação, colocar pautas dentro de caixas.
Necessário dar atenção às forças do Estado mas também às forças sociais e processos que se
relacionam ao desenvolvimento dos Estados e das Ordens Mundiais.(Ideia contrária a de
Waltz que classifica Estados como bola de bilhar).
● Importante não basear teoria em teoria, mas na mudança e no estudo da História,
no estudo da mudança dessas forças sociais e desses processos e ordens mundiais
● É ruim para o Cox e para a teoria crítica estudar as relações internacionais só pelo seu
principal objeto(Estado), pois tira a complexidade desse estudo, desses fatos.
● Para a teoria crítica é relevante acontecimentos históricos que moldam os Estados.
● Uma crítica a modelos onde o Estado é o principal objeto, mudança das forças sociais
e a história são fundamentais para pensar a política internacional.
Perspectivas e Propósitos
• A primeira toma o mundo como tal, com a • A segunda é crítica da ordem prevalecente e
ordem social prevalecente e suas relações de pergunta como essa ordem se instalou. Não
poder e as instituições que organizam o toma relações de poder ou de instituições
mundo(Mundo como uma fotografia). como dadas mas as questiona.
Resumo Cox
Robert Cox foi um canadense que olhou para as teorias de Relações Internacionais (RI) e
começou a criticá-las em seus trabalhos. Uma obra de referência é a de Social Forces, States
and World Orders Beyond International Relations Theory, a obra deste resumo, que foi
publicada no início dos anos 80.
No início desta obra, Cox explana sobre a construção do conhecimento e aponta sobre as RI,
principalmente na concentração de estudo sobre as relações entre Estados e Estados-nações;
em foco na política de poder com resultados de paz e guerra. Também, fala sobre as relações
entre Estados e sociedades civis e que ambos se complexificaram até a época de sua obra.
Em sequência, Cox explana que toda teoria é feita para alguém e com algum propósito; e que
toda teoria tem alguma perspectiva. Ou seja, as teorias são feitas por alguém em algum lugar,
em alguma parte do tempo e são feitas para alguém com algum propósito. Também, quando
uma teoria se trata mais dela mesmo, deve-se examiná-la como uma ideologia. Além disso, as
teorias têm suas limitações. Uma delas é sobre o aumento de questões que estão aumentando
com o passar do tempo. Com uma variedade de acontecimentos aumentando, a realidade vai
mudando e os conceitos precisam ser ajustados ou reajustados.
Para Cox, teorias podem servir para dois objetivos; um para ajudar na solução de
problemas, e outro é de fazer escolhas de diversas perspectivas, sendo Teoria Crítica.
A primeira função é a problem-solving busca por padrões no mundo – no qual está como
dado às instituições e Estados, e tenta explicar a realidade dos Estados. Mas as teorias
problem-solving não conseguem explicar todo o resto das relações, ainda que tentem
entender como o mundo funciona por meio de processo histórico com os comportamentos
padrões. A segunda, para Cox, a teoria crítica abre espaço para que abordagens normativas
possam aumentar o alcance de perspectivas. E a teoria crítica contém elementos que levam ao
utópico, ainda que os processos históricos façam constrangimento a isso.
O destaque sobre o neorrealismo se dá que, de forma superficial, essa vertente não se trata de
forma normativa, mas quando aprofundada, pode haver características de normatividade.
Sobre o marxismo, Cox retrata que há duas correntes deste pensamento. Uma retrata sobre
razões históricas e que busca promover essas razões e mudanças nas relações sociais. E outra
corrente se trata sobre uma estrutura de análise do capitalismo do Estado e da sociedade. Por
fim, fala sobre as premissas da teoria crítica na abordagem da ordem mundial. As premissas
dizem a respeito sobre as estruturas das ações, da estrutura histórica e teórica em volta da
problemática.
Em sequência fala sobre a estrutura de ação. Essa estrutura apresenta três componentes:
capacidade material, ideias e instituições. A capacidade material é produtiva e destrutiva,
podendo ser acumulada como estoque de equipamento e como recurso tecnológico. As ideias
podem ser divididas em duas: intersubjetiva e noções de natureza. E instituições se traduzem
como formas estáveis que perpetuam a ordem.
Para Cox, forças sociais se encaixam dentro dos três níveis de estrutura, junto com formas de
Estados e ordens mundiais. Mas, forças sociais não podem ser pensadas como fenômenos que
ocorrem dentro dos Estados, mas sim que ultrapassam as fronteiras.
Ao fim da obra, Robert Cox fala sobre forças sociais, estrutura de Estado e prospecção futura
da ordem mundial. Para ele, as forças sociais que são geradas pelas mudanças dos processos
de produção são pontos de possíveis pontos de pensamentos futuros. Assim, são destacados
três possíveis resultados. O primeiro é uma nova hegemonia com base na estrutura global das
forças sociais pela produção internacional. A segunda seria a coalizão de estados não
hegemônicos do centro. E terceira e última seria uma grande coalizão de estados do terceiro
mundo contra os do centro.
Resumo Linklater
Como vertente da teoria social e uma abordagem das RI, a teoria crítica tem quatro ganhos
principais:
1. Primeiro, argumenta que o conhecimento não se constrói a partir da relação
neutra do objeto com a realidade objetiva, mas reflete propósitos sociais pré
existentes e interesses dados.
2. A teoria crítica se opõe às interpretações de que as relações sociais têm
estruturas que são imutáveis. Pois essas visões apoiam as desigualdades que
estão na realidade, perpetuando-as.
3. A teoria crítica aprende com e corrige os erros da teoria marxista. Apoiados
nos trabalhos de Habermas, não vêem o poder das classes como a principal
fonte de exclusão social e que a produção é a chave determinante da sociedade
e da história. Estudos pós marxista vêm eixos de exclusão other than class, e
pela análise da variedade de forças. Particular emphasis is placed upon the
forms of social learning. Recent analysis stresses how human beings learn to
include some within, and exclude others from, their bounded communities and
also how they can develop the capacity to engage all others in open and
potentially universal discourse. The analysis of boundedness opens up new
possibilities for constructing an historical sociology with an emancipatory
purpose.
4. A teoria crítica julga um arranjo social por sua capacidade de estabelecer um
diálogo aberto com os outros e vê novas formas políticas que quebrem com as
exclusões sociais
Construtivismo Wendt
Construtivismo fala sobre construção social e do poder dessa construção social de um mundo
social que não é automático, repetido e não tem regularidade.
Premissa inicial: A realidade é socialmente construída. Isso significa nas R.I que se as
relações de poder também são socialmente construídas, logo elas podem ser
desconstruídas, ou seja, uma coisa que pode vir a acontecer pode mudar
totalmente(não existe um sentido único das coisas, as coisas mudam).
● Com isso as teorias pós-positivistas vão falar de um outro tipo de visão sobre o
mundo.(Contexto pós Guerra Fria, diversos debates são discutidos).
● A Teoria construtivista percebe que Relações Internacionais, não é só sobre o Estado
mas também, sobre outros atores, assuntos, métodos.
● Para a teoria construtivista o Estado é dotado de identidade particular e como a
realidade socialmente construída, as relações estatais podem mudar.
● Também podem mudar as instituições criadas pelos Estados.
● Nada é constante o tempo inteiro.
Agente X Estrutura
Conceito de identidade: os agentes interagem, porém cada um deles tem uma realidade física
e ideacional. Ou seja, os agentes têm determinadas concepções de si mesmos. A identidade é
a concepção do agente sobre ele mesmo. No entanto, um agente tem várias identidades
(paulista, brasileiro, homem, professor). Age-se de acordo com a identidade que se identifica
no outro, ou seja, a percepção do outro é dada pela nossa própria identidade.
Identidade do Estado: Assim como os indivíduos, os Estado também tem diversas identidades
(capitalista, democáritico, etc). Tal identidade é criada através de práticas.
O interesse nacional é uma ideia, e para o construtivismo é uma mecanismo endógeno que
explica a concepção de interesse nacional.
Wendt diz que problema agente-estrutura tem sua origem em dois truísmos(verdades
incontestáveis) da vida social:
Seres humanos e suas organizações são atores cujas ações ajudam a reproduzir ou
transformar a sociedade em que vivem ou sociedade é feita de relacionamentos sociais que
estruturam interação entre atores, ou seja, é o homem que cria a sociedade? ou a sociedade
que cria o homem?
➔ Wendt diz que o problema nas relações internacionais é a tentativa de olhar para uma
coisa ou outra, que para ele são coisas mutuamente dependentes.
➔ Problema de agente-estrutura é a necessidade de adotar, para explicar comportamento
social, algum conceito da relação ontológica e explicativa entre atores sociais
(agentes) e estruturas sociais (SI). Esse é o grande problema das RI para Wendt, pois
tem teorias que vão dar ênfase nas estruturas sociais e outras que vão dar nos agentes
para entender a política internacional.
➔ Ele não acredita nessa separação, mas sim na co-constituição dos dois.
Problema agente-estrutura é problema ontológico e epistemológico. Como resolver?
Wendt diz que dependendo de quais dessas duas formas a teoria vai utilizar, existem 3
possibilidades de resposta para essa ideia de questão ontológica.
➔ Sendo elas individualista, estruturalista e estruturacionista.
WENDT ANARQUIA
Wendt faz uma crítica à Waltz. Ele inclui um 4º elemento na definição de estrutura:
identidade e interesses. Ou seja, a auto-ajuda é uma instituição, é uma ideia compartilhada
entre Estados. Logo, a anarquia não significa nada, o que importa é a prática que os Estados
fazem da anarquia. A auto-ajuda não é a única lógica possível na anarquia; ela é uma das
possibilidades institucionalizadas de relação entre Estados; ela não é dada a priori; outras
práticas poderiam desenvolver outros tipos de interação (por exemplo, não há mais
possibilidade de guerra na Europa ocidental).