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FICHA DE AVALIAÇÃO GLOBAL 3

Português, 5 ano
Duração: 100 minutos
13 de março de 2023
N.º ______ Turma: _______
Aluno(a):

Classificação por Cotação por domínio: Cotação obtida: Classificação Final:


domínios:
Compreensão oral 10
Leitura 10
Educação Literária 30
Gramática 20
Expressão Escrita 30
Professora: Encarregado(a) de Educação:

Grupo I – realizado na aula anterior devido às dificuldades de atenção e


concentração da maioria dos alunos.

Grupo II- Leitura

Lê algumas informações sobre a vida e obra da escritora Sophia de Mello


Breyner Andresen.
1. De acordo com as informações do texto, assinala com X as afirmações
verdadeiras (V) e as falsas (F).

Afirmações V F
Terminou o curso de Filosofia Clássica na Universidade de Lisboa.
Possui uma obra vastíssima que inclui contos e obras poéticas.
Recebeu o Prémio Lusíadas em 1999.
Foram os seus cinco filhos que a motivaram a escrever contos infantis.
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto a 6 de novembro
de 1919.
Grupo III- Educação Literária

Lê, atentamente, o texto seguinte.

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O segredo da praia
Era uma vez uma casa branca nas dunas, voltada para o mar. Tinha uma porta, sete
janelas e uma varanda de madeira pintada de verde.
Nessa casa morava um rapazito que passava os dias a brincar na praia. O rapazinho
da casa branca adorava as rochas. Adorava o verde das algas, o cheiro da maresia, a
5 frescura transparente das águas.
Em Setembro veio o equinócio1. Certa noite, as ondas gritaram tanto, uivaram tanto,
bateram e quebraram-se com tanta força na praia, que, no seu quarto caiado da casa
branca, o rapazinho esteve até altas horas sem dormir. As portadas das janelas batiam. As
madeiras do chão estalavam como madeiras de mastros.
1 De manhã quando acordou estava tudo calmo. E o rapazinho saltou da cama, foi à
0 janela e viu uma manhã linda de sol brilhante, céu azul e mar azul. Pôs o fato de banho e
foi para a praia a correr. A praia estava coberta de espumas deixadas pelas ondas da
tempestade. (…)
Então foi brincar para as rochas. De vez em quando encontrava uma poça boa e
tomava banho. Saiu da água e deitou-se numa rocha a apanhar sol. «Tenho que ir para
1 casa», pensava ele. E, enquanto assim estava deitado, com a cara encostada às algas,
5 aconteceu de repente uma coisa extraordinária: ouviu uma gargalhada, como uma
gargalhada humana, mas muito mais pequenina, muito mais fina e muito mais clara. Ele
nunca tinha ouvido uma voz tão clara: era como se a água ou o vidro se rissem. Com muito
cuidado para não fazer barulho levantou-se e pôs-se a espreitar escondido entre duas
pedras. E viu um grande polvo, um caranguejo, um peixe e uma menina muito pequenina.
2 A menina, que devia medir um palmo de altura, tinha cabelos verdes, olhos roxos e um
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vestido feito de algas encarnadas. E estavam os quatro numa poça de água muito limpa e
transparente toda rodeada de anémonas. E nadavam e riam.
- Vem aí a maré alta, são horas de nos irmos embora - disse o caranguejo.
- Vamos - disse o polvo. (…)
O rapaz quis ir atrás deles, mas a entrada da gruta era muito pequena. (…)
2 Foi para casa muito espantado com o que tinha visto e durante esse dia não pensou
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noutra coisa. Na manhã seguinte mal acordou foi a correr para a praia. Foi pelo caminho da
véspera, tornou a esconder-se atrás das duas pedras, espreitou e ouviu as mesmas
gargalhadas da véspera. A menina, o caranguejo, o polvo e o peixe estavam a fazer uma
roda dentro de água. Estavam divertidíssimos. O rapaz, louco de curiosidade, não
conseguiu ficar quieto mais tempo. Deu um salto e agarrou a menina. (…)
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- Ó polvo, ó caranguejo, ó peixe, acudam-me, salvem-me – gritava a Menina do mar.
Então, o polvo, o caranguejo e o peixe, apesar de estarem cheios de medo, saíram
detrás das algas onde se tinham escondido, e começaram a tentar salvar a menina. (…)
- Não grites, não chores, não te assustes – dizia o rapaz. – Eu não te faço mal
nenhum.
3 - Eu sei que me vais fazer mal.
5 - Que mal é que eu hei-de fazer a uma menina tão pequenina e tão bonita?
- Vais-me fritar! - disse a Menina do mar. (…)
- Eu fritar-te! Para quê? Que ideia tão esquisita! - disse o rapaz espantadíssimo.
- Os peixes dizem que os homens fritam tudo quanto apanham.
- Isso são os pescadores. Mas eu não sou pescador e tu não és um peixe. Só te quero

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"equinócio" altura do ano em que a duração dos dias é praticamente igual às noites
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4 ver bem, porque nunca na minha vida vi uma menina tão pequena e tão bonita. E quero
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que me contes quem tu és, como é que vives, o que é que fazes aqui no mar e como é que
te chamas.
Então ela parou de gritar, limpou as lágrimas, penteou e alisou os cabelos com os
dedos das mãos a fazerem de pente, e disse:
- Vamos sentar-nos os dois naquele rochedo e eu conto-te tudo.
4 Sentaram-se os dois um em frente do outro e a menina contou:
5 - Eu sou uma menina do mar. Chamo-me Menina do Mar

Sophia de Mello Breyner Andresen, A Menina do Mar, Figueirinhas


(pág. 5 a 14, com supressões e adaptado

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1. Ordena as informações, de 1 a 8, de acordo com a ordem com que aparecem no texto.


A. Viu um grande polvo, um peixe, um caranguejo e uma menina muito pequenina.
B. O rapaz vestiu o fato de banho e foi para a praia.
C. Na manha seguinte, o rapaz voltou à praia, escondeu-se nas pedras.
D. Aconteceu uma coisa extraordinária.
E. O rapaz procurou acalmar a menina, prometendo que não lhe faria mal.
F. Houve uma grande tempestade.
G. A menina gritou com medo.
H. Cheio de curiosidade, agarrou a menina.

2. Classifica o narrador deste texto, quanto à presença.


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2.1. Transcreve uma passagem do texto que justifique a tua resposta.
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3. Localiza a ação no:


Tempo: ___________________________________________________________________________
Espaço: ___________________________________________________________________________

4. Identifica as personagens que participam neste excerto do texto.


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5. Explica o sentido da expressão “o rapazinho esteve até altas horas sem dormir…”
(linha 8).
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6. Um dia aconteceu algo extraordinário.


6.1. Descreve esse acontecimento.
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7. Identifica as sensações presentes nos excertos, colocando um X no local


adequado.
( Auditiva – A; Olfativa – O; Tátil – T; Visual – V; Movimento – M)
Sensações

Excertos A O T V M

“As madeiras do chão estalavam”

“viu uma manhã linda de sol brilhante, céu azul e mar azul.”

“E o rapazinho saltou da cama,”

“ouviu uma gargalhada, como uma gargalhada humana, mas


muito mais pequenina, muito mais fina e muito mais clara.”

“limpou as lágrimas, penteou e alisou os cabelos com os dedos


das mãos a fazerem de pente”

8. Com base na informação das linhas 37 a 47, caracteriza psicologicamente o


rapaz depois de ter visto a Menina do Mar e os seus amigos.
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9. Faz o retrato físico da Menina do Mar.


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10. Assinala com X o recurso expressivo que está presente nas passagens
seguintes.

a) “Certa noite, as ondas gritaram tanto, uivaram tanto”

A. Personificação. B. Comparação. C. Enumeração.


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b) “As madeiras do chão estalavam como madeiras de mastros.”

A. Personificação. B. Comparação. C. Enumeração.

c) “E viu um grande polvo, um caranguejo, um peixe e uma menina muito pequenina.”

A. Personificação. B. Comparação. C. Enumeração.

11. “- Eu sei que me vais fazer mal.” (linha 38)


11.1. Na tua opinião, consideras que a menina tinha motivos para ter medo dos
humanos? Justifica a tua resposta.
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GRUPO III – GRAMÁTICA

1. Liga as colunas, identificando a classe e a subclasse das palavras sublinhadas.

“Então ela parou de gritar, limpou as lágrimas, penteou e alisou os cabelos


com os finos dedos das mãos a fazerem de pente (…)

2. Reescreve as seguintes frases, substituindo as expressões sublinhadas pelos


pronomes pessoais correspondentes.

a) O rapaz viu uma menina, um peixe, um polvo e um caranguejo.


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b) A menina contou a sua história ao rapaz.
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c) O polvo, o peixe e o caranguejo esconderam-se.
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3. Identifica a classe e subclasse das palavras sublinhadas, colocando-as no local


correto da tabela.

- Este é o teu mundo, o meu é aquele! – disse a Menina do Mar.


Determinantes Pronomes

Demonstrativos Possessivos Demonstrativos Possessivos

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4. Associa as formas verbais sublinhadas nas frases da coluna A ao respetivo
tempo/modo na coluna B.

Coluna A Coluna B

A. Ele tinha mergulhado muitas vezes. 1. Pretérito perfeito do indicativo


B. O rapaz é simpático. 2. Presente do indicativo
C. O polvo ficou zangado. 3. Pretérito mais-que-perfeito
composto do indicativo
D. O cabelo da menina era verde.
4. Imperativo
E. Corre, Menina, ele vai fazer-te mal!
5. Pretérito imperfeito do indicativo

A. _____ B. _____ C. _____ D. ____ E.________

Grupo V- ESCRITA

“E quero que me contes quem tu és, como é que vives, o que e que fazes aqui no
mar e como é que te chamas.”
Imagina que história a Menina do Mar terá contado ao rapaz.
O teu texto, com um mínimo de 120 palavras, deve ter desenvolvimento e conclusão.

Não te esqueças de incluir: No final, verifica se:

 um momento de diálogo;  respeitaste o tema e o género


 uma descrição; indicado;
 um título adequado.  as partes estão devidamente
ordenadas;
 há repetições que podes retirar;
 usaste corretamente a pontuação.

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BOM TRABALHO!

A professora,
Regina Teixeira

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