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O evangelho e a política

Para um verdadeiro cristão não há como se pregar só o Evangelho porque este não se destina a
espíritos desencarnados que habitam uma “espiritosfera”. Ele se destina a pessoas como você e eu
feitas de carne e osso esterificadas e determinadas; histórica, culturamente, socialmente,
economicamente estabelecidas. Sendo assim não é possível “só pregar o evangelho”, ele tem
implicações políticas.

Não devemos esquecer que Jesus foi assassinato por um império. O crime religioso de Jesus foi
blasfêmia, mas o império romano não autorizava que os crimes religiosos fossem punidos com a
pena de morte, apenas Roma podia matar. Então, Jesus foi morto pelo império Romano acusado de
sedição contra o governo de Cesar acusado de ser o Rei dos Judeus, ou seja, um crime político.
Aquela placa na cruz de cristo descrevia o seu crime: Jesus Cristo Rei dos Judeus.

Embora Jesus tenha dito que seu reino não seja desse mundo ele ainda sim tem impacto e
implicações nesse mundo, ele incomoda aqueles dono desse mundo. Martin Luther King disse: “
tenho convicção que qualquer religião que professe uma preocupação com as almas dos homens e
não esteja preocupada com as favelas a que eles estão condenadas , as condições econômicas que
os estrangulam e as condições sociais que os debilitam, é uma religião espitualmente moribunda e
só falta ser enterrada”, ou seja, uma religião que termina no indivíduo é uma religião que termina.

O evangelho tem implicações para as relações. A experiência de fé cristã é necessariamente,


indubitavelmente, imprescindivelmente coletiva e tudo que é coletiva é política.

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