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UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA

ESPECIALIZAÇÃO EM ECONOMIA E NEGÓCIOS

ATIVIDADE FINAL – ANÁLISE DE INVESTIMENTO

MAGNUS KELLY DE OLIVEIRA PINHEIRO

Presidente Prudente – SP
2022
2

Atividade Final – Análise de investimento

Um colega de trabalho sabe que você faz poupança, e em momento de apuro financeiro, ele te pede emprestado, digamos, R$ 9.098,17.
Ele propõe pagar o valor parcelado (em anos), como descrito na tabela que segue:
Ano 0 (R$ 9.098,17)
Ano 1 R$1.000,00
Ano 2 –
Ano 3 R$ 2.000,00
Ano 4 –
Ano 5 R$ 3.000,00
Ano 6 R$ 4.000,00
Ano 7 R$ 5.000,00
Você, considerando o risco da transação, decide emprestar o dinheiro para o colega. Contudo, você estabelece que a taxa mínima de
atratividade (TMA) é de 10% ao ano.
Explique se você obterá vantagem (em termos financeiros) pelo fato de emprestar o referido capital. Utilize os conceitos abaixo para
fornecer as suas respostas (responda individualmente para cada item), e apresente o cálculo demonstrativo:

a) Monte um diagrama do fluxo que represente toda a operação realizada.

Fluxo de caixa:
Ano 0 1 2 3 4 5 6 7
Fluxo de Caixa (R$ 9.098,17) R$1.000,00 – R$ 2.000,00 – R$ 3.000,00 R$ 4.000,00 R$ 5.000,00

Diagrama do fluxo:

b) Analise o retorno pelo Payback, e interprete o resultado obtido. Explique ainda as fragilidades desse indicador.

Nesse caso, existem duas possibilidades de análises, sendo elas o Payback Simples e o Payback Descontado.
• Payback Simples:
Ano Investimento/Projeto (R$) Fluxo Acumulado (R$)
0 𝐼0 = (R$ – 9.098,17) (𝑅$ – 9.098,17)
1 𝐹𝐶1 = R$ 1.000,00 (𝑅$ – 8.098,17)
2 𝐹𝐶2 = 𝑅$ 0,00R$ 0,00 (𝑅$ – 8.098,17)
3 𝐹𝐶3 = 𝑅$ 2.000,00 (𝑅$ – 6.098,17)
4 𝐹𝐶4 = 𝑅$ 0,00 (𝑅$ – 6.098,17)
5 𝐹𝐶5 = 𝑅$ 3.000,00 (𝑅$ – 3.098,17)
6 𝐹𝐶6 = 𝑅$ 4.000,00 𝑅$ 901,83
7 𝐹𝐶7 = 𝑅$ 5.000,00 𝑅$ 5.901,83

O cálculo do Payback Simples pode ser realizado pela seguinte fórmula:

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𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑎𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙


( )
𝑃𝑒𝑙𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 = ( ).
𝑃𝑒𝑙𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

Isso implica em:


𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑎𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙
( )
𝑃𝑒𝑙𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 = ( )
𝑃𝑒𝑙𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

1.000 + 0 + 2.000 + 0 + 3.000 + 4.000 + 5.000


( )
⇒ 𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 = ( 7 )
9.098,17

15.000
( 7 )
⇒ 𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 = ( )
9.098,17

2.142,86
⇒ 𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 ≅
9.098,17
⇒ 𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 ≅ 0,2355
⇒ 𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 ≅ 0,24

Transformando o resultado em meses, temos que:


12 × 0,24% = 2,88 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
O tempo de recuperação do capital investido se encontra entre o quinto e o sexto ano, quando o Saldo do Projeto passa de negativo
para positivo, como podemos observar na tabela acima. Logo, o Payback Simples é igual a 5,24 anos, ou seja, 5 anos e 3 meses
(aproximadamente).
No entanto, esse método ignora o valor do dinheiro no tempo, medindo apenas o tempo de recuperação do investimento, sem
considerar os efeitos da inflação na sua estimação. Além disso, ela não dá nenhuma informação a respeito do projeto/investimento no período
posterior ao ponto de Payback, isto é, ele não retorna nenhuma informação a respeito do potencial do projeto/investimento.
Payback Descontado:
O Valor Presente do investimento inicial no ano zero é o valor do investimento R$ 9.098,17 e, da mesma forma, o Fluxo Acumula do
na última coluna da mesma linha da tabela a seguir. O Valor Presente no final de cada ano, após o investimento inicial, será dado por:
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑛
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒𝑛 =
(1 + 𝑖)𝑛
onde, 𝑛 = 1,2,3,4,5,6,7 e 𝑖 = 𝑇𝑀𝐴 = 10%. E o Fluxo Acumulado, após o ano zero, será dado por:
𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜𝑛 = 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜(𝑛−1) − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒𝑛
onde, 𝑛 = 1,2,3,4,5,6,7. Assim sendo, para o ano 1, temos que o Valor Presente do projeto/investimento é
1.000
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒1 = = 909,09
(1 + 0,1)1
e o Fluxo Acumulado para o respectivo período é
𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜1 = 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜(1−1) + 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒1
⇒ 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜1 = 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜(0) + 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒1
⇒ 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜1 = R$ – 9.098,17 + 𝑅$ 909,09
⇒ 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜1 = 𝑅$ – 8.189,08
Procedendo da mesma forma até o sétimo ano, obtêm-se os resultados registrados na tabela a seguir.
Ano Investimento/Projeto (R$) Valor Presente (R$) Fluxo Acumulado (R$)
0 𝐼0 = (R$ – 9.098,17) (R$ – 9.098,17) (R$ – 9.098,17)
1 𝐹𝐶1 = R$ 1.000,00 𝑅$ 909,09 (𝑅$ – 8.189,08)
2 𝐹𝐶2 = 𝑅$ 0,00R$ 0,00 𝑅$ 0,00 (𝑅$ – 8.189,08)
3 𝐹𝐶3 = 𝑅$ 2.000,00 𝑅$ 1.502,63 (𝑅$ – 6.686,45)
4 𝐹𝐶4 = 𝑅$ 0,00 𝑅$ 0,00 (𝑅$ – 6.686,45)
5 𝐹𝐶5 = 𝑅$ 3.000,00 𝑅$ 1.862,76 (𝑅$ – 4.823,69)
6 𝐹𝐶6 = 𝑅$ 4.000,00 𝑅$ 2.257,90 (𝑅$ – 2.565,79)
7 𝐹𝐶7 = 𝑅$ 5.000,00 𝑅$ 2.565,79 𝑅$ 0,00

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4

O cálculo do Payback Simples é realizado pela seguinte fórmula interpolação linear:


|Ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 (𝑈𝐹𝐴𝑛)|
𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜 = Ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑜 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑓𝑜𝑖 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 + ( ).
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑖𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑜 𝑈𝐹𝐴𝑛
Isso implica em:
|−2.565,80|
𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜 = 6 + ( )
2.565,80
⇒ 𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜 = 6 + 1
⇒ 𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜 = 7

O tempo de recuperação do capital investido se encontra no sétimo ano, quando o Saldo do Projeto passa de negativo para zero, como
podemos observar na tabela acima. Logo, o Payback Descontado é igual a 7 anos.
Portanto, esse resultado informa que o investimento será recuperado e remunerado com a TMA de 10% em 7 anos. Observe que o
Fluxo Acumulado até a data do Payback Descontado é sempre negativo. Entretanto, se o Fluxo Acumulado for sempre negativo até completar
a duração do projeto, então o projeto não terá Payback Descontado.
É importante destacar que para aplicarmos ambos os métodos, é necessário definir o tempo máximo tolerado para recuperar o capital
investido e, no caso do Payback Descontado, remunerado.

c) Analise o retorno pela taxa contábil de retorno, e explique as fragilidades desse indicador.

Para analisarmos os que se pede precisamos calcular a taxa contábil de retorno, que é dada por:
𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑎𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠
( )
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 = ( ).
𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

Isso implica em
1.000 + 0 + 2.000 + 0 + 3.000 + 4.000 + 5.000
( )
𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 = ( 7 )
9.098,17

15.000
(
⇒ 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 = ( 7 ))
9.098,17

2.142,86
⇒ 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 ≅
9.098,17
⇒ 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 ≅ 0,2355
⇒ 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 ≅ 0,2355 × 100
⇒ 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 ≅ 23,55%
A Taxa Contábil busca mostrar a rentabilidade contábil do projeto/investimento. No entanto, assim como no cálculo do Payback
Simples, a Taxa Contábil ignora o custo de oportunidade, isto é, não considera o valor do dinheiro no tempo.

d) Analise o seu investimento na óptica do Valor Presente (VP).

Para tanto devemos utilizar a seguinte fórmula:


𝑃𝑎𝑟𝑒𝑐𝑒𝑙𝑎 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 1 𝑃𝑎𝑟𝑒𝑐𝑒𝑙𝑎 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 2 𝑃𝑎𝑟𝑒𝑐𝑒𝑙𝑎 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑛
𝑉𝑃 = 𝑛
+ 𝑛
+ ⋯+ ,
(1 + 𝑖) (1 + 𝑖) (1 + 𝑖)𝑛
onde, 𝑛 = 1,2,3,4,5,6,7 e 𝑖 = 𝑇𝑀𝐴 = 10%. Assim, temos que
𝑅$ 1.000,00 𝑅$ 0,00 𝑅$ 2.000,00 𝑅$ 0,00 𝑅$ 3.000,00 𝑅$ 4.000,00 𝑅$ 5.000,00
𝑉𝑃 = 1
+ 2
+ 3
+ 4
+ + +
(1 + 0,10) (1 + 0,10) (1 + 0,10) (1 + 0,10) (1 + 0,10)5 (1 + 0,10)6 (1 + 0,10)7
𝑅$ 1.000,00 𝑅$ 0,00 𝑅$ 2.000,00 𝑅$ 0,00 𝑅$ 3.000,00 𝑅$ 4.000,00 𝑅$ 5.000,00
⇒ 𝑉𝑃 = + + + + + +
(1,10)1 (1,10)2 (1,10)3 (1,10)4 (1,10)5 (1,10)6 (1,10)7
⇒ 𝑉𝑃 = 909,09 + 0 + 1.502,63 + 0 + 1.862,76 + 2.257,90 + 2.565,79
⇒ 𝑉𝑃 = 9.098,17

4
5

Portanto, nesse caso, não haveria nem um ganho atrelado ao empréstimo do dinheiro, considerando a TMA dada. Pois ao trazermos
o valor do capital emprestado para o valor presente, considerando o período do empréstimo, vemos que ele é igual ao valor que foi emprestado
no início (ano zero).

e) Analise o seu investimento na óptica do Valor Presente Líquido (VPL).

Nesse caso vamos utilizar a seguinte fórmula:


𝑃𝑎𝑟𝑒𝑐𝑒𝑙𝑎 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 1 𝑃𝑎𝑟𝑒𝑐𝑒𝑙𝑎 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 2 𝑃𝑎𝑟𝑒𝑐𝑒𝑙𝑎 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑛
𝑉𝑃𝐿 = −𝐼 + 𝑛
+ 𝑛
+ ⋯+ ,
(1 + 𝑖) (1 + 𝑖) (1 + 𝑖)𝑛
onde, 𝑛 = 1,2,3,4,5,6,7, 𝐼 = 𝑅$ 9.098,17 e 𝑖 = 𝑇𝑀𝐴 = 10%. Assim, temos que
𝑅$ 1.000,00 𝑅$ 0,00 𝑅$ 2.000,00 𝑅$ 0,00 𝑅$ 3.000,00 𝑅$ 4.000,00 𝑅$ 5.000,00
𝑉𝑃 = −𝑅$ 9.098,17 + + + + + + +
(1 + 0,10)1 (1 + 0,10)2 (1 + 0,10)3 (1 + 0,10)4 (1 + 0,10)5 (1 + 0,10)6 (1 + 0,10)7
𝑅$ 1.000,00 𝑅$ 0,00 𝑅$ 2.000,00 𝑅$ 0,00 𝑅$ 3.000,00 𝑅$ 4.000,00 𝑅$ 5.000,00
⇒ 𝑉𝑃 = −𝑅$ 9.098,17 + + + + + + +
(1,10)1 (1,10)2 (1,10)3 (1,10)4 (1,10)5 (1,10)6 (1,10)7
⇒ 𝑉𝑃 = −𝑅$ 9.098,17 + 909,09 + 0 + 1.502,63 + 0 + 1.862,76 + 2.257,90 + 2.565,79
⇒ 𝑉𝑃 = −𝑅$ 9.098,17 + 9.098,17
⇒ 𝑉𝑃 = 𝑅$ 0,00
Se, na data zero, a soma das parcelas do projeto tragas para o valor presente forem maiores que o investimento I, então o VPL do
projeto será positivo. Pois, como a soma das parcelas do projeto tragas para o valor presente foram obtidas considerando a TMA, esse cálculo
inclui a remuneração do capital investido com a TMA requerida. Dessa maneira, para decidir se o investimento deve ser aceito, o VPL do
fluxo de caixa do projeto de investimento é comparado com o valor de referência, zero, de forma que:
• Se VPL > 0, o capital investido será recuperado e remunerado com a TMA requerida e o projeto criará valor para o investidor
igual ao VPL, valor medido na data zero. Portanto, sempre que o VPL for maior que zero o projeto deverá ser aceito.
• Se VPL < 0, o capital investido não será totalmente recuperado nem remunerado com a TMA requerida. O projeto destruirá
valor do investidor igual ao VPL, valor medido na data zero.
Entre os pontos fortes do método do VPL, mencionam-se a inclusão de todos os capitais do fluxo de caixa e a taxa requerida no
procedimento de cálculo, além do fato de poder ser aplicado em projetos de investimento com qualquer tipo de fluxo de caixa. O resultado
do VPL informa se o investimento criará ou destruirá valor da empresa. Dos pontos fracos do método do VPL, menciona-se a necessidade de
conhecer a taxa requerida e de retornar como resultado da avaliação do investimento um valor monetário em vez de uma taxa de juro, de
outra maneira, uma medida absoluta em vez de uma medida relativa. Outro problema do VPL é quando se repete o projeto, contudo, com
efeitos de tempo diferentes, o VPL é enganoso (quando mutuamente excludentes). A comparação correta entre este tipo de projeto é equiparar
seus horizontes temporais (múltiplos do termo).
Portanto, nesse caso, não haveria nem um ganho nem uma perca atrelada ao empréstimo do dinheiro, considerando a TMA dada. Pois
ao trazermos o valor do capital emprestado para o valor presente, considerando o período do empréstimo, vemos que ele é igual ao valor que
foi emprestado no início (ano zero).

f) Analise o seu investimento na óptica da Taxa Interna de Retorno (TIR).

Sabemos que a TIR do fluxo de caixa do projeto zera o VPL do mesmo projeto, então, para calcularmos a TIR precisamos que:
𝐹𝐶1 𝐹𝐶2 𝐹𝐶𝑛
0 = −𝐼 + 1
+ 2
+ ⋯+
(1 + 𝑇𝐼𝑇) (1 + 𝑇𝐼𝑇) (1 + 𝑇𝐼𝑇)𝑛
onde, 𝑛 = 1,2,3,4,5,6,7, 𝐼 = 𝑅$ 9.098,17 e 𝐹𝐶𝑛 corresponde as parcelas referentes a cada ano. Assim, substituindo os dados da questão
obtemos:
𝑅$ 1.000,00 𝑅$ 0,00 𝑅$ 2.000,00 𝑅$ 0,00 𝑅$ 3.000,00 𝑅$ 4.000,00 𝑅$ 5.000,00
0 = −𝑅$ 9.098,17 + 1
+ 2
+ 3
+ 4
+ + +
(1 + 𝑇𝐼𝑇) (1 + 𝑇𝐼𝑇) (1 + 𝑇𝐼𝑇) (1 + 𝑇𝐼𝑇) (1 + 𝑇𝐼𝑇)5 (1 + 𝑇𝐼𝑇)6 (1 + 𝑇𝐼𝑇)7

Como vimos, não é possível pôr em evidência a TIR em função das variáveis restantes. Deve-se utilizar um procedimento de tentativa
e erro, procedimento bastante demorado quando realizado de forma manual. Entretanto, com a calculadora financeira HP–12C é mais rápido
e obtém-se o resultado exato. Os comandos para executar o calculo da TIR, nesse caso, estão expostos abaixo:

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Comandos na calculadora financeira HP–12C Significado de cada comando


[f] [𝑅𝐸𝐺] Limpa os registradores de armazenamento
9.098,17 [𝐶𝐻𝑆] [𝑔] [𝐶𝐹𝑜 ] Introduz o Fluxo de Caixa inicial
1.000,00 [𝑔] [𝐶𝐹𝑗 ] Introduz o fluxo do período 1

0,00 [𝑔] [𝐶𝐹𝑗 ] Introduz o fluxo do período 2

2.000,00 [𝑔] [𝐶𝐹𝑗 ] Introduz o fluxo do período 3

0,00 [𝑔] [𝐶𝐹𝑗 ] Introduz o fluxo do período 4

3.000,00 [𝑔] [𝐶𝐹𝑗 ] Introduz o fluxo do período 5

4.000,00 [𝑔] [𝐶𝐹𝑗 ] Introduz o fluxo do período 6

5.000,00 [𝑔] [𝐶𝐹𝑗 ] Introduz o fluxo do período 7


[f] [𝐼𝑅𝑅] Calcula a Taxa Interna de Retorno = 10%

O procedimento de decisão com a TIR se aplica somente num fluxo de caixa cujos capitais apresentam uma única mudança de sinal.
Considerando que a TIR do fluxo de caixa de um investimento zera o VPL do mesmo fluxo de caixa, da comparação dos resultados da TIR
com os do método do VPL se deduz que, se a taxa requerida, no nosso caso a TMA, for menor que a TIR do fluxo de caixa, então o VPL do
investimento será maior que zero, e se a TMA for maior que a TIR do fluxo de caixa, então o VPL do investimento será menor que zero.
Dessa maneira, para decidir se o investimento deve ser aceito, a TIR do fluxo de caixa do projeto de investimento é comparada com a taxa
requerida, o valor de referência, de forma que:
• Se TIR > TMA, o capital investido será recuperado e remunerado com a taxa requerida, TMA, e o projeto criará valor não conhecido
com a TIR. Portanto, sempre que a TIR for maior que a TMA, o projeto deverá ser aceito.
• Se TIR < TMA, o capital investido não será totalmente recuperado nem remunerado com a TMA requerida. O projeto destruirá valor
da empresa, valor também desconhecido.
Concluindo, a recomendação de aceitação ou rejeição de um projeto de investimento aplicando o método do VPL e o método da TIR
deve ser a mesma, se os capitais do fluxo de caixa do projeto apresentam uma única mudança de sinal. Depois de realizado o investimento,
para afirmar que a taxa de rentabilidade periódica do investimento seja a própria TIR, durante o prazo de análise do projeto será necessário
reinvestir todos os retornos gerados pelo projeto em outros projetos com a mesma TIR.
O ponto forte do método da TIR é retornar uma medida relativa, uma taxa efetiva de juro, o que faz com que a TIR seja fácil de ser
comunicada e, aparentemente, bem compreendida por muitos. Entretanto, ao aceitar o resultado da TIR, se subentende a aceitação de um
grupo de premissas que diminuem as vantagens desse método. Maiores cuidados devem ser tomados se os capitais do fluxo de caixa
apresentarem mais de uma mudança de sinal, pois poderá haver mais de uma TIR. Uma forte desvantagem é a utilização da TIR para selecionar
o melhor projeto de um grupo de projetos mutuamente excludentes.

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