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COMISSÃO DA DOUTRINA

PRESIDENTE DA COMISSÃO
Alyson Ferreira Sobrinho Carneiro
Tenente Coronel

1
2
ÍNDICE

Índice.......................................................................................................................... 3
Lista de Figuras.........................................................................................................9
Apresentação.......................................................................................................... 14
Contribuições.......................................................................................................... 16
Breve Histórico........................................................................................................17
Doutrina.................................................................................................................... 19
Prefácio.................................................................................................................... 22
Título I - Das Operações de Choque Montado......................................................22
Capítulo I - Das Informações Gerais..............................................................22
Seção I - Da Função.....................................................................22
Seção II - Da Organização Básica da Tropa de Choque
Montado........................................................................................22
Seção III - Da Constituição Básica do Pelotão de Choque Montado
e suas Funções…..................................................................................23
Seção IV - Das Formas de Comando...........................................23
Seção V - Das Formações de Choque Montado.........................24
Seção VI - Da Mudança de Direção.............................................43
Seção VII - Da Carga de Cavalaria..............................................44
Capítulo II - Do Controle de Distúrbios Civis..................................................44
Seção I - Dos Conceitos de Controle de Distúrbios Civis............44
Seção II - Das Formas de Expressão de Coletivo Social............46
Seção III – Dos Fatores que Influenciam as Transformações no
Coletivo Social.............................................................................46
Seção IV - Das Causas dos Distúrbios Civis...............................47
Seção V - Das Ações que em Controle de Distúrbios Civis podem
ser Desencadeadas Contra a Tropa............................................48
Seção VI - Dos Fatores Psicológicos que Influenciam o
Comportamento dos Indivíduos...................................................49
Seção VII - Dos Tipos de Ações de Controle de Distúrbios
Civis.............................................................................................50

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Seção VIII - Dos Tipos de Massas e suas Características.........51
Seção IX - Da Prioridade de Emprego de Meios........................52
Seção X - Dos Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo........55
Capitulo III - Das Praças Desportivas e Grandes Eventos.........................57
Capitulo IV - Da Reintegração de Posse Urbana e Rural...............................59
Capitulo V - Do Estabelecimento Prisional.....................................................59
Capitulo VI - Das Posições e Movimentos.....................................................60

Título II - Do policiamento Montado.......................................................................62

Capítulo I - Das Considerações Gerais..........................................................62


Seção I - Do Conceito..................................................................62
Seção II - Das Definições............................................................62
Seção III - Da Escala...................................................................63
Capítulo II - Da Composição e Funções.........................................................64
Seção I - Do Pelotão....................................................................64
Seção II - Das Equipes................................................................65
Capítulo III - Dos Equipamentos e Armamentos............................................67
Seção I - Do Equipamento e Armamento Individual....................67
Seção II - Do Equipamento e Armamento Coletivo.....................67
Capítulo IV - Do Início de Serviço...................................................................68
Seção I - Das Atividades do Pelotão...........................................68
Capítulo V - Do Comportamento da Equipe...................................................69
Capítulo VI - Do Patrulhamento Montado......................................................71
Capítulo VII - Das Abordagens.......................................................................73
Seção I - Da Introdução.............................................................73
Seção II - Dos Princípios da Abordagem....................................73
Seção III - Das Principais Fases da Abordagem a Cavalo..........74
Seção IV - Da Abordagem à Pessoa por um Trio.......................75
Seção V - Da Abordagem à Pessoa por um Quarteto.................76
Capítulo VIII - Das Ocorrências......................................................................78
Capítulo IX - Do Término do Serviço..............................................................78

Título III - Da viatura de apoio................................................................................97

Capítulo I - Da Composição da Equipe de Policiamento Motorizado da


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Cavalaria.....................................................................................................97
Capitulo II - Da Composição da Célula de Choque a pé Equipe Cavalaria
Motorizada...................................................................................................99
Seção I - Do Apoio às Frações de Choque Montado................104
Capitulo III - Dos Equipamentos e Armamentos........................................105
Seção I - Do Equipamento e Armamento Individual..................105
Seção II - Do Equipamento e Armamento Coletivo...................105
Capítulo IV - Do Serviço.............................................................................106
Seção I - Do Início do Serviço...................................................106
Seção II - Da Saída da Equipe de Cavalaria Motorizada do
RC..............................................................................................107
Seção III - Da Comunicação via Rádio......................................108
Seção IV - Do Patrulhamento Motorizado................................109
Seção V - Do Comportamento da Equipe.................................110
Seção VI - Dos Aspectos a Serem Observados Durante o
Patrulhamento................................................................,..........113
Subseção I - Em Pessoas............................................113
Subseção II - Em Veículos...........................................113
Subseção III - Em Estabelecimentos Comerciais........114
Subseção IV - Em Residenciais....................................114
Seção VII - Das Abordagens.....................................................115
Subseção I - Da Abordagem à Pessoa(s) em Atitude(s)
Suspeita(s) (POP 203.1)...............................................115
Subseção II - Do Acompanhamento a Veículo.............115
Subseção III - Da Abordagem à Veículo sob Fundada
Suspeita........................................................................116
Subseção IV - Da Revista Pessoal nos Suspeitos.......118
Subseção V - Da Vistoria no Veículo............................119
Subseção VI - Da Liberação dos Indivíduos e do
Veículo..........................................................................121
Subseção VII - Da Abordagem à Motocicleta...............121
Subseção VIII - Da Abordagem a Veículos de Carga. . .122

Subseção IX - Da Abordagem a Ônibus.......................124


5
Subseção X - Da Abordagem em Vans........................127
Subseção XI - Das Considerações Gerais em
Abordagens...................................................................127
Seção VIII - Do Bloqueio...........................................................129
Seção IX - Do Atendimento de Ocorrências..............................131
Seção X - Das Ocorrências em Estabelecimentos Comerciais 134
Seção XI - Do Acompanhamento e Cerco à Veículo em Fuga 135
Seção XII - Do Acompanhamento de Pessoa a Pé...................136
Seção XIII - Dos Procedimentos em Locais de Difícil Acesso. . .137
Seção XIV - Do Término do Serviço..........................................137
Seção XV - Das Considerações Gerais.....................................138

Título IV - Da Representação................................................................................139
Capítulo I - Das Insígnias do Regimento de Cavalaria.................................139
Seção I - Do Brasão do Regimento de Cavalaria......................139
Seção II - Do Estandarte Histórico de Regimento de
Cavalaria...................................................................................140
Seção III - Do Estandarte de Choque Montado do Regimento de
Cavalaria............................................................................141
Seção IV - Da Insígnias do Comandante do Regimento de
Cavalaria...........................................................................141
Seção V - Brasão do Serviço Veterinário Regimental..............142
Seção VI - Do Brasão da Ferradoria Regimental.....................143
Seção VII - Do Galhardete de Cavalaria...................................144
Capítulo II - Dos Desfiles Cívico-militares....................................................144
Capítulo III - Das Guardas............................................................................152
Seção I - Da Guarda do Regimento de Cavalaria.....................152
Seção II - Da Guarda Matrimonial de Cavalaria........................154
Seção III - Da Guarda Fúnebre de Cavalaria............................158
Seção IV - Da Escolta de Autoridade........................................159
Capítulo IV - Das Representações Comunitárias de Cavalaria....................161
Seção I - Do Perfil do Cavalariano............................................161

Seção II - Das Características do Cavalo..................................161

6
Seção III - Do Passeio Interativo Guiado..................................162
Capítulo V - Da Visitação ao Regimento de Cavalaria.................................165
Seção I - Das Normas da Visitação.................,.........................165
Seção II - Das Etapas da Visitação...........................................166
Seção III - Das Especificações do Público................................167
Capítulo VI - Das Representações em Eventos Públicos e Privados...........168
Seção I - Dos Requisitos para as Representações em Eventos
Públicos e Privados...................................................................168
Capítulo VII - Da Representação Hípica Militar............................................169

Título V - Da Contenção, Manejo e Transporte...................................................171


Capítulo I - Da Contenção............................................................................171
Seção I - Das Formas Básicas de Contenção...........................171
Capítulo II - Do Manejo.................................................................................173
Seção I - Dos Materiais de Limpeza..........................................173
Seção II - Dos Procedimentos de Limpeza...............................174
Seção III - Da Tosa...................................................................175
Seção IV - Do Encilhamento......................................................176
Subseção I - Da Sela e seus Acessórios......................176
Subseção II - Do Protetor de Rins................................178
Subseção III - Da Cilha/Barrigueira..............................179
Subseção IV - Da Cabeçada........................................179
Subseção V - Da Embocadura.....................................180
Subseção VI - Das Rédeas..........................................181
Subseção VII - Do Peitoral............................................181
Subseção VIII - Das Mantas.........................................182
Subseção IX - Do Refletivo de Garupa........................183
Subseção X - Do Bastão de Cavalaria.........................184
Seção V - Dos Acessórios Especiais............................................185
Subseção I - Da Capa de Representação....................185
Subseção II - Da Lança de Cavalaria...........................186
Subseção III - Do Cachimbo.........................................187

Subseção IV - Do Coldre da Espingarda GAUGE 12. . .188


Capítulo III - Do Transporte..........................................................................188
7
Capítulo IV - Da Ferradoria e do Serviço Veterinário Regimental................193
Seção I - Da Ferradoria Regimental..........................................193
Subseção I - Das Ferramentas Utilizadas....................193
Subseção II - Do Casqueamento..................................196
Subseção III - Do Ferrageamento.................................199
Seção II - Do Serviço Veterinário Regimental...........................201

Título VI - Do Curso de Policiamento Montado.................................................204


Capítulo I - Das Condições Gerais do Curso................................................204
Seção I - Dos Objetivos Gerais....................................................204
Seção II - Dos Requisitos e Condições........................................204
Capítulo II - Da Grade Disciplinar e Carga Horária do Curso.......................205
Seção I - Da Carga Horária..........................................................205
Seção II - Da Grade de Disciplinas...............................................205
Seção III - Das Ementas Disciplinares.........................................206
Capítulo III - Das Condições de Execução...................................................218
Capítulo IV - Do Ensino................................................................................218
Seção I - Da Administração do Ensino.........................................218
Seção II - Do Apoio Administrativo...............................................219
Capítulo V - Das Prescrições Diversas.........................................219
Seção I - Dos Uniformes e Apresentação Individual....................219
Seção II - Do Enxoval...................................................................220
Seção III - Do Regime Disciplinar.................................................221
Seção IV - Das Tradições de Cavalaria........................................222
Capítulo VI - Da Espora Prateada, Barrete de Cavalaria e Distintivo do Curso
de Policiamento Montado.............................................................................227
Seção I - Da Espora Prateada......................................................227
Seção II - Do Barrete de Cavalaria...............................................226
Seção III - Do Distintivo do Curso de Policiamento Montado.......227
Capítulo VII - Da Formatura..........................................................................230

Seção I - Da Solenidade de Formatura do Curso........................230

Referências Bibliográficas...................................................................................231

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LISTA DE FIGURAS

TÍTULO I - Das operações de Choque Montado


Figura 01 - Comando por Gesto de Coluna por Um................................................................24
Figura 02 - Comando por Gesto de Coluna por Dois..............................................................25
Figura 03 - Comando por Gesto de Formação em Linha.........................................................25
Figura 04 - Comando por Gesto de Formação em Cunha........................................................26
Figura 05 - Comando por Gesto de Formação em Batalha......................................................26
Figura 06 - Comando por Gesto de Formação Perfilar à Direita.............................................27
Figura 07 - Comando por Gesto de Formação Perfilar à Esquerda.........................................27
Figura 08 - Comando por Gesto de Formação de Escolta.......................................................28
Figura 09 - Formação Coluna por Um.....................................................................................29
Figura 10 - Formação Coluna por Dois...................................................................................30
Figura 11 - Transição da Formação de Coluna por Dois para Formação em Linha 31
Figura 12 - Formação em Linha...............................................................................................32
Figura 13 - Transição da Formação em Linha para a Formação em Cunha............................33
Figura 14 - Formação em Cunha.............................................................................................34
Figura 15 - Transição de Formação em Linha para Formação em Batalha..............................35
Figura 16 - Formação em Batalha............................................................................................36
Figura 17 - Transição da Formação Coluna por Um para a Formação de Perfilar à Direita
..................................................................................................................................................37
Figura 18 - Perfilar à Direita...................................................................................................38
Figura 19 - Transição da Formação Coluna por Um para a Formação de Perfilar à
Esquerda...................................................................................................................................39
Figura 20 - Perfilar à Esquerda................................................................................................40
Figura 21 - Transição da Formação em Linha para a Formação de Escolta............................41
Figura 22 - Formação de Escolta.............................................................................................42

TÍTULO II - Do policiamento Montado


Figura 01 - Em Permanência com Trio....................................................................................80
Figura 02 - Em Permanência com Quarteto.............................................................................81

9
Figura 03 - Formação em Perfilar à Esquerda para Preleção..................................................81
Figura 04 - Alongamento em Círculo.......................................................................................82
Figura 05 - Formação Coluna por Dois para a Saída do RC..................................................83
Figura 06 - Patrulhamento em Trio..........................................................................................84
Figura 07 - Patrulhamento em Quarteto...................................................................................85
Figura 08 - Aproximação para a Abordagem em Trio.............................................................86
Figura 09 - Aproximação para a Abordagem em Quarteto.....................................................87
Figura 10 - Posicionamento do Trio em Leque.......................................................................88
Figura 11 - Terceiro Homem (Guarda-cavalos) Apeado.........................................................89
Figura 12 - Terceiro e Primeiro Homem Apeados...................................................................90
Figura 13 - Busca Pessoal e Guarda-cavalos Fazendo a Segurança do Perímetro.........91
Figura 14 - Posicionamento do Quarteto em Leque................................................................92
Figura 15 - Terceiro Homem (1º Guarda-cavalos) Apeado.....................................................93
Figura 16 - Terceiro Homem (1º Guarda-cavalos) e Primeiro Homem Apeados....................94
Figuras 17 - Terceiro Homem (1º Guarda-cavalos), Primeiro e Quarto Homem
(2º Guarda-cavalos) Apeados...................................................................................................95
Figura 18 - Busca Pessoal e Guarda-cavalos Fazendo a Segurança do Perímetro 96

TÍTULO III - Da Viatura de Apoio


Figura 01 - Célula de Choque à Pé com 03 Cavalarianos e Viatura Acompanhando
101
Figura 02 - Célula de Choque à Pé com 04 Cavalarianos e Viatura Acompanhando
102
Figura 03 - Choque Montado na Formação em Linha e Viatura Acompanhando.................103
Figura 04 - Guarda Baixa......................................................................................................104
Figura 05 - Guarda Alta.........................................................................................................104
Figura 06 - Aproximação e Abordagem a Veiculo...............................................................118
Figura 07 - Aproximação e Abordagem à Motocicleta........................................................122
Figura 08 - Aproximação e Abordagem a Veículo de Carga.................................................124
Figura 09 - Aproximação e Abordagem a Ônibus com Duas Viaturas..................................126
Figura 10 - Distribuição de Funções no Bloqueio.................................................................130

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TÍTULO IV - Da Representação
Figura 01 - Brasão do Regimento de Cavalaria.....................................................................139
Figura 02 - Estandarte Histórico do Regimento de Cavalaria...............................................140
Figura 03 - Estandarte Choque Montado do Regimento de Cavalaria..................................141
Figura 04 - Insígnia do Comandante do Regimento de Cavalaria.........................................141
Figura 05 - Brasão do Serviço Veterinário Regimental.........................................................142
Figura 06 - Do Brasão da Ferradoria Regimental..................................................................143
Figura 07 - Galhardete de Cavalaria em Tempo de Paz.........................................................144
Figura 08 - Galhardete de Cavalaria em Tempo de Guerra...................................................144
Figura 09 - Disposição em Figura de Losango.....................................................................147
Figura 10 - Guarda Bandeira..................................................................................................148
Figura 11 - Pelotão Uniforme Histórico................................................................................149
Figura 12 - Pelotão de Choque Montado...............................................................................150
Figura 13 - Pelotão de Policiamento Montado......................................................................151
Figura 14 - Guarda em Posição de Descansar.......................................................................153
Figura 15 - Guarda em Posição de Sentido............................................................................153
Figura 16 - Guarda Apresentando Armas..............................................................................154
Figura 17 - Cúpula de Cavalaria (frente para o corredor).....................................................155
Figura 18 - Cúpula de Cavalaria (frente para o altar)............................................................156
Figura 19 - Teto de Cavalaria.................................................................................................157
Figura 20 - Guarda Fúnebre de Cavalaria.............................................................................158
Figura 21 - Escolta de Autoridade.........................................................................................160
Figura 22 - Passeio Interativo Guiado....................................................................................163

TÍTULO V - Da Contenção, Manejo e Transporte


Figura 01 - Buçal/Cabresto.....................................................................................................172
Figura 02 - Nós para Palanca.................................................................................................172
Figura 03 - Equipamentos para Limpeza...............................................................................173
Figura 04 - Sela para Policiamento........................................................................................177
Figura 05 - Sela Hípica..........................................................................................................177
Figura 06 - Estribos Aberto....................................................................................................177
Figura 07 - Estribos Infantis Utilizados no Passeio Interativo Guiado e Instrução para
Iniciantes................................................................................................................................177

11
Figura 08 - Látegos................................................................................................................178
Figura 09 - Protetor de Rins...................................................................................................178
Figura 10 - Cilha/Bavete.........................................................................................................179
Figura 11 - Cabeçada de Policiamento Montado...................................................................180
Figura 12 - Cabeçada de Choque...........................................................................................180
Figura 13 - Freio/Barbela........................................................................................................181
Figura 14 - Bridão...................................................................................................................181
Figura 15 - Rédeas..................................................................................................................181
Figura 16 - Peitoral Policiamento Montado...........................................................................182
Figura 17 - Peitoral de Choque Montado...............................................................................182
Figura 18 - Manta/Baixeiro....................................................................................................183
Figura 19 – Manta Choque Montado/Policiamento...............................................................183
Figura 20 - Refletivo de Garupa.............................................................................................184
Figura 21 - Refletivo de Garupa.............................................................................................184
Figura 22 - Bastão de Cavalaria..............................................................................................184
Figura 23 - Capa de Premiação..............................................................................................186
Figura 24 - Lanças de Cavalaria.............................................................................................187
Figura 25 - Cachimbo.............................................................................................................187
Figura 26 - Coldre Espingarda Gauge 12...............................................................................188
Figura 27 - Posicionamento da Rampa...................................................................................190
Figura 28 - Posicionamento Cavalariano/Cavalo...................................................................191
Figura 29 - Posicionamento no Caminhão.............................................................................192
Figura 30 - Limpador de Casco..............................................................................................195
Figura 31 - Torquês Saca-ferradura........................................................................................195
Figura 32 - Rinetas.................................................................................................................195
Figura 33 - Torquês para Cascos............................................................................................195
Figura 34 - Grosa...................................................................................................................195
Figura 35 - Marreta.................................................................................................................195
Figura 36 - Bigorna.................................................................................................................195
Figura 37 - Martelo.................................................................................................................195
Figura 38 - Arrebitador de Cravos..........................................................................................196
Figura 39 - Calça de Couro....................................................................................................196
Figura 40 - Rebatedor de Cravos............................................................................................196
12
Figura 41 - Óculos.................................................................................................................196
Figura 42 - Suporte para Casco.............................................................................................196
Figura 43 - Abafador..............................................................................................................196

TÍTULO VI - Do Curso de Policiamento Montado


Figura 01 - Fardamento de Instrução.....................................................................................220
Figura 02 - Fardamento de Estágio Operacional...................................................................220
Figura 03 - Esporas Prateadas................................................................................................226
Figura 04 - Barrete de Cavalaria............................................................................................228
Figura 05 - Distintivo Emborrachado (8,0 cm de largura por 4,5 cm de altura)...................229
Figura 06 - Distintivo Metálico (7,5 cm de largura por 3,5 cm de altura).............................229
Figura 07 - Distintivo Colorido Usado Somente em Documentos e Objetos de Decoração
...............................................................................................................................................230

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APRESENTAÇÃO

No ano de 2020, no comando do Excelentíssimo Senhor Comandante Geral da


Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), Coronel QOPM Renato Brum dos Santos, criou-
se o Doutrina do Regimento de Cavalaria in memoriam Eng. Ary Ribeiro Valadão Filho da
Policia Militar do Estado de Goiás, que até então existia apenas de forma costumeira.
Sob a coordenação do Comandante do Regimento de Cavalaria (RC) Tenente
Coronel QOPM Alyson Ferreira Sobrinho Carneiro, os Oficiais e Praças técnicos: Capitão
QOPM Diogo Moura Neves; 2º Tenente QOPM Celso Junio Moessa; 2º Tenente QOAPM
Welton Alves dos Santos; Subtenente QPPM Luiz Carlos Oliveira Cardoso; QPPM
Subtenente Osvaldo Sebastião Pereira Chagas; 1º Sargento QPPM Rogério Duarte; 3º
Sargento QPPM Willian Robson Cintra; 3º Sargento QPPM Tércio Benedito Fernandes; 3º
Sargento QPPM Mozart Silva Rocha; 3º Sargento QPPM Danilo Souza Martins; Cabo QPPM
Humberto Lopes da Silva; Cabo QPPM Carlos Alexandre Oliveira do Nascimento; Cabo
QPPM Luan Elvis Borges de Oliveira; Soldado QPPM Wallison Jorge Silva; Soldado QPPM
Ludmilly Monteiro da Rocha; Soldado QPPM Charlyne Nunes Modesto e Soldado QPPM
Jéssica Alves Côrrea elaboraram e apresentaram esta Doutrina.
Historicamente, a doutrina era um conjunto de regras não formais, não escritas e
desprovidas de sanções administrativas, mas aceitas tácita e voluntariamente pelos policiais
da Cavalaria, por serem consideradas como o elemento fundamental e diferenciador na
qualidade da prestação de serviço.
A elaboração desta Doutrina decorre da transcrição dos princípios doutrinários
vivenciados dentro da Cavalaria, além dos procedimentos operacionais padrão desta Unidade
especializada. Diversas foram as referências bibliográficas consultadas, destacando, entre elas
o Manual de Equitação do Exército Brasileiro (EB), Manual de Controle de Distúrbios Civis
da Policia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), Operações de Choque Montado da
Policia Militar do Distrito Federal (PMDF); do Manual de Operações de Choque do
Batalhão de Policia Militar de Choque (BPMCHOQUE) da PMGO; a Doutrina do
Batalhão de Rondas

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Ostensivas Táticas Metropolitanas (ROTAM) da PMGO, bem como experiências adquiridas
nos curso especializados no EB e as coirmãs PMDF e PMESP.
Com o objetivo de padronizar condutas e servir de referência para posteriores
pesquisas e instruções do efetivo da Cavalaria da PMGO, passa-se a utilizar este material. A
finalidade é especializar cada vez mais o policial de Cavalaria, como fator fundamental para
a consecução dos objetivos da Unidade.
A publicação desta Doutrina, além de fortalecer a Unidade de Cavalaria, fornece
instrumentos de estudo e pesquisa para o policial militar especializado e em formação,
devendo ser seguida e respeitada por todos.
Por fim, cabe salientar que a atividade de polícia é dinâmica, e enseja constantes
atualizações, aprimoramento técnico e sincronismo com o ordenamento jurídico vigente.
Assim sendo, este documento não deve ser considerado como uma fonte exclusiva e imutável
para os estudos que os policiais devem manter para o exercício de suas atividades, mas
apenas uma referência que estimulará pesquisas e treinamentos futuros.

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CONTRIBUIÇÕES

GESTOR DO PROCESSO ELABORATIVO


Tenente Coronel QOPM Alyson Ferreira Sobrinho Carneiro

SUPERVISOR TÉCNICO
Tenente Coronel QOPM Alyson Ferreira Sobrinho Carneiro

ELABORAÇÃO
Capitão QOPM Diogo Moura Neves
2º Tenente QOPM Celso Junio Moessa
2º Tenente QOAPM Welton Alves dos Santos Subtenente
QPPM Luiz Carlos Oliveira Cardoso Subtenente QPPM
Osvaldo Sebastião Pereira Chagas 1º Sargento QPPM
Rogério Duarte
3º Sargento QPPM Willian Robson Cintra
3º Sargento QPPM Tércio Benedito Fernandes 3º
Sargento QPPM Mozart Silva Rocha
3º Sargento QPPM Danilo Souza Martins
Cabo QPPM Humberto Lopes da Silva
Cabo QPPM Carlos Alexandre Oliveira do Nascimento
Cabo QPPM Luan Elvis Borges de Oliveira
Soldado QPPM Wallison Jorge Silva Soldado
QPPM Ludmilly Monteiro da Rocha Soldado
QPPM Charlyne Nunes Modesto Soldado
QPPM Jéssica Alves Corrêa

PRODUÇÃO DE IMAGENS.....................Cabo QPPM Luan Elvis Borges de Oliveira


PRODUÇÃO ARTES......................................................Cejanne Cintra Alves Martins
PRODUÇÃO DE FOTOS.........................Cabo QPPM Luan Elvis Borges de Oliveira
FORMATAÇÃO...................................................Guilherme Henrique Santos Chagas
REVISÃO ORTOGRÁFICA.........................................Izabella Ohana Santos Chagas

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BREVE HISTÓRICO

Governava Goiás o então Ten Cel Ex Braz Abrantes, que por necessidade da época,
sancionou a Lei nº 49, de 19 agosto 1893, elucidando no parágrafo único do artigo 1º, a
criação do serviço de ordenanças e diligências perigosas: um Piquete de Cavalaria!
Já em 1918, com a Lei nº 624, de 31 de julho 1918, foi dada maior ênfase à Cavalaria,
criando-se o Pelotão de Cavalaria, motivo pelo qual foi autorizado pelo Governo do
Estado a aquisição de montarias, fardamento próprio, equipamentos e arreamentos, além de
armamento para todo o contingente policial.
Para o exercício de 1926, houve significativo aumento de efetivo e a denominação
específica de Piquete de Capturas, o qual contava com 01 Oficial, 39 Praças montados e 70
solípedes. Nos idos de 1959, passou à condição de Regimento, tendo como sede o local onde
hoje funciona o Hipódromo da Lagoinha.
Era o Regimento Cel Demerval de Morais Brito, infelizmente, durante um lapso
temporal o povo goiano ficou sem uma Cavalaria. Contudo, no ano de 1980, por intermédio
da Lei nº 8.776, de 17 de janeiro 1980, surgiu o Esquadrão de Polícia Montada, que funcionou
no Parque de Exposição Agropecuária de Nova Vila.
No ano de 1982, através do Decreto nº 2.593, de 07 de março 1982, teve elevada sua
categoria passando a ser novamente Regimento de Polícia Montada. Que é o atual
Regimento de Cavalaria Engº Ary Ribeiro Valadão Filho, em homenagem ao filho do
então Governador Ary Valadão, morto em acidente aéreo.
Encontra-se situada na Avenida Vereador José Monteiro, Quadra 11-A, Lote AR-3, nº
1957, Setor Negrão de Lima, nesta Capital. Possui uma área de 74.272,12 m², confrontando
em vários pontos com o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER),
SANEAGO e Vila Montecelli.
Em abril de 1993, deu-se a chegada da primeira remonta de animais, advinda do
Estado do Rio Grande do Sul. Investimentos também foram realizados no material humano,
especializando Oficiais e Praças.
No ano de 1996, o Regimento de Cavalaria passou a executar trabalho exclusivamente
voltado para o Policiamento Montado, pois, até então, a Unidade também era constituída de
um Esquadrão de Rádio-Patrulha e outro de Guardas e

17
Destacamentos (entorno de Goiânia). A partir de então, passou a desenvolver suas atividades
de policiamento montado com maior eficiência e eficácia, dueto primordial para a total
profissionalização de sua tropa com o fim único de melhor atender a população goiana e
goianiense.
Ainda na década de 1990, Oficiais e Praças especializaram-se em vários cursos
atinentes à matéria de Cavalaria, como o da Escola de Equitação do Exército Brasileiro no
Rio de Janeiro; o de Socorrismo de Equinos realizado no Esquadrão de Polícia Montada da
Policia Militar da Bahia (PMBA); o de Tropa Montada, realizado no Regimento “9 de Julho”
da PMESP; o de Ferrageamento, na Universidade do Cavalo no Estado de São Paulo; o de
Policiamento Montado e de Choque Montado no “Regimento Coronel Rabelo” da PMDF e
Curso de Restabelecimento e Manutenção da Ordem Pública na Guarda Nacional
Republicana, em Portugal.
Em novembro de 2008, foi autorizada a formação de uma Comissão para empreender
viagem ao Sul do País, onde se realizou uma nova aquisição de 30 (trinta) animais,
criteriosamente selecionados conforme os padrões exigidos para o serviço de policiamento
montado.
Trata-se de uma Unidade subordinada ao Comando de Missões Especiais (CME),
prestando serviços à sociedade nos vários setores e bairros da Cidade de Goiânia e do interior
do Estado de Goiás em caráter ordinário, praças desportivas, bem como em eventos de grande
público. Não raramente apoia outros Comandos Regionais, principalmente no tocante a
eventos festivos e/ou operações de reintegração de posse. Quando requisitado, executa
também trabalhos relacionados ao setor de relações públicas, abrilhantando eventos como
desfiles cívicos militares, formaturas militares e outros.
Além das missões Policiais Militares, o Regimento de Cavalaria da PMGO desenvolve
outras de cunho social de extrema importância, como o apoio em parceria com o Núcleo de
Equoterapia do CRER, tornando a frequência de civis uma constante na Unidade,
proporcionando uma interação benéfica entre Polícia Militar e sociedade. Desse modo, é
possível considerar o Regimento de Cavalaria também como uma Unidade de relações
públicas da Corporação, fato que muito a orgulha e enobrece.

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DOUTRINA

19
PREFÁCIO

A presente Doutrina engloba Operações de Choque Montado, Policiamento Montado,


Viatura de Apoio, Representação, Transporte, Manejo e Encilhamento, além de padronizar as
ações dos integrantes do Regimento de Cavalaria. Diante disso, servirá como uma ferramenta
importante nas várias missões pertinentes a essa tropa especializada.
Este material foi elaborado através de conhecimentos técnicos e táticos de Oficiais e
Praças dessa conceituada Unidade, uma vez que todas as ações desenvolvidas anteriormente à
publicação do referido documento eram pautadas em conhecimentos adquiridos nos vários
cursos realizados no Exército Brasileiro e dentro da nossa instituição e coirmãs.
De agora em diante, os militares lotados na Unidade poderão trabalhar com mais
amparados. A documentação dos ensinamentos é de fundamental importância para o
conhecimento doutrinário nas missões principais, tais como: operações de choque montado,
policiamento montado, entre outras.
A datar de hoje, vive-se um novo momento operacional para todos os cavalarianos,
uma vez que todas as ações estarão respaldadas no conjunto de normas a serem seguidas.
Assim sendo, a finalidade é dirimir as possibilidades de erros e consequentemente, obter êxito
nas missões.
Não se trata de uma ferramenta acabada e definitiva, pois as experiências vividas
diariamente apontam a necessidade de constante aprimoramento. Visando, dessa maneira, o
aumento da segurança dos operadores de segurança pública.
O trabalho foi iniciado e é certo que fortalecerá não só o RC, mas principalmente a
Policia Militar do Estado de Goiás. O comando, subcomando, demais Oficiais e Praças do RC
apresentam, através desta Doutrina, o anseio de vários anos de uma tropa guerreira,
profissional e técnica, que necessitava de maior suporte operacional diante as missões
específicas de uma tropa especializa.
Muito se pesquisou para chegar à apresentação dessa obra que dará uma nova
identidade ao RC da PMGO, principalmente na parte operacional, pois as ocorrências terão
um procedimento operacional padrão que deverá ser seguido,

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objetivando aumentar a segurança de todos os envolvidos nas ocorrências, mormente a dos
militares.
Portanto, é incontestável o notório salto de qualidade. Parabéns ao Comando do RC
pela vontade e disposição em coordenar um trabalho que ficará para a posteridade.

Nivando Moreira

Nivando Moreira é CEL QOPM RR da PMGO, ingressou na corporação no dia 01


de fevereiro do ano de 1985, no Curso de Formação de Oficiais, Aspirante de 1987
pela Academia de Polícia Militar da PMGO, Curso de Gerenciamento em Segurança
Pública (CEGESP) em 1996, Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais - CAO em 1996
PMGO, Curso de Policiamento Montado pela Polícia Militar do Distrito Federal em
1997, Curso Superior de Polícia - CSP PMGO em 2010.

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TÍTULO I
DAS OPERAÇÕES DE CHOQUE MONTADO

CAPÍTULO I
DAS INFORMAÇÕES GERAIS

Seção I
Da Função

Art. 1º Tropa de Choque Montado será empregada:


I - Controle de Distúrbios Civis (CDC);
II - Praças Desportivas e Grandes Eventos; III -
Reintegração de Posse Urbano e Rural; IV -
Estabelecimento Prisional;

Seção II
Da Organização Básica da Tropa de Choque Montado

Art. 2º A organização do pelotão de choque montado norteia-se pelos seguintes princípios:


I - Indivisibilidade: o pelotão de choque montado não pode ser fracionado, exceto quando
em atuação nas praças desportivas e grandes eventos em que poderão ser utilizados trios ou
quartetos;
II - Segurança: todo cavalariano do pelotão de choque montado, além de cuidar da própria
segurança, é responsável pela segurança do componente ao lado e por extensão, de todo o
pelotão;
III - Zelo: todo cavalariano do pelotão de choque montado deve zelar sempre pelo seu
equipamento individual e conhecê-lo perfeitamente. Além disso, deve cuidar igualmente de
sua sela, equipamentos de sua montaria, e, por fim, deve ter zelo por seu cavalo, mantendo-o
em perfeitas condições para a missão;
IV - Ciência da missão: todo cavalariano do pelotão de choque montado deve conhecer a
missão e todos os objetivos a serem alcançados;

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V - Visibilidade: o pelotão só atuará quando houver visibilidade do terreno e do oponente;
VI - Distância do oponente: o pelotão deverá manter-se à distância da aglomeração,
multidão ou turba, a fim de ser possível aumentar a andadura do cavalo e dispersá-las com
eficiência;
VII - Legalidade: o Comandante do pelotão de choque montado, bem como cada um de
seus integrantes, deverá atuar sempre dentro dos estritos limites da legalidade, exercendo a
autoridade que lhe é conferida pela Constituição Federal e pelas leis infraconstitucionais.
Deverá deixar as questões sociais ou políticas a cargo das pessoas responsáveis e ater-se à
missão;
VIII - Prioridade de emprego de meios: o pelotão deverá agir sempre observando os
critérios de emprego dos meios e uso gradual da força;

Seção III
Da Constituição Básica do Pelotão de Choque Montado e suas Posições

Art. 3º Cada operador de choque montado é responsável por si e pelos demais integrantes de
seu pelotão e dentro da formação possuirá numeração específica. Apesar disso, deverá estar
apto a desempenhar todas as posições.

§ 1º Os cavalarianos montados na formação de choque montado deverão ser enumerados,


visando à rápida memorização de sua posição dentro da formação.

§ 2º Quando o pelotão for composto por granadeiros/atiradores, esses devem estar com os
animais e equipamentos necessários para a missão e posicionarão no penúltimo e último lugar
respectivamente.

§ 3º O cavalo utilizado pelo granadeiro/atirador deverá ser um animal dócil e franco.

Seção IV
Das Formas de Comando

Art. 4º Formas de comandos são:

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I - Voz: O comando será de forma audível e imponente causando impacto na aglomeração,
multidão ou turba e da seguinte forma: Atenção, (Cavalaria); Direção; Formação; Andadura;
Marche!;
II - Gesto: Serão utilizados quando o excesso de ruído torne os comandos por voz,
impraticáveis ou os cavalarianos estiverem de capacetes e deverá perdurar até que todos
entrem na formação que foi ordenada. Os comandos por gestos poderão ser empregados,
isolada ou em conjunto com os comandos de voz. Para os comandos por gestos, o
Comandante deverá estar com uma das mãos livre;

Seção V
Das Formações de Choque Montado

Art. 5º As formações de Choque Montado são:


I - Coluna por um:
a) Por voz: Atenção, (Cavalaria), Direção (em frente, direita, esquerda); Formação (Coluna
por Um); Andadura (passo, trote, galope); Marche!:
b) Por Gesto: O Comandante ergue o braço direito, com
punho cerrado, e aponta o n.º 1 com o dedo indicador;
1. Refere-se a uma formação em que os cavalarianos montados
estarão um a retaguarda do outro, mantendo a distância de um
corpo de cavalo, momento em que serão devidamente
enumerados;
2. É a formação mais simples, usada para enumerar a tropa do
mais antigo para o mais moderno, serve para deslocamentos
quando a via ou o local forem estreitos, é a formação utilizada
para o retorno do pelotão após a carga;

II - Coluna por dois:


a) Por voz: Atenção, (Cavalaria); Direção (em frente, direita, esquerda); Formação (Coluna
por Dois); Andadura (passo, trote, galope); Marche!;

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b) Por Gesto: O Comandante ergue o braço direito, com
punho cerrado e aponta o n.º 2, com os dedos indicador e
médio;
1. Refere-se a uma formação em que os cavalarianos
montados formarão duas colunas, sendo que os impares
ficarão à direita e os pares, à esquerda;
2. É uma formação usada para deslocamento quando não
houver espaço para locomoção em formação de frente aberta;

III - Em linha;
a) Por voz: Atenção (Cavalaria); Formação (Em Linha); Andadura (ao passo, trote ou
galope) Marche!;
b) Por Gesto: O Comandante estende o braço direito, com
a mão aberta, palma voltada para frente, dedos unidos e
realiza movimentos da direita para a esquerda;
1. Refere-se à formação em que os impares ficam à direita e
os pares à esquerda, ficando com a maior frente. A regra é
que toda a tropa se posicione um lateralmente ao outro e na
distância joelho a joelho. Partindo de coluna por dois,
iniciando uma sequência de números partindo do centro para
as extremidades, indo do menor número para o maior;
2. Exceção em relação à distância joelho a joelho: havendo
necessidade de ocupar um terreno e a
quantidade de cavalarianos não possibilite a ocupação usando a distância joelho a joelho, o
mais antigo deve comandar: “Atenção; Em Linha do Ponto X ao Ponto Y(pontos fixos);
Ocupar o terreno; Marche!” e os policiais montados devem aumentar as distâncias um do
outro de forma equidistante;
3. É a formação utilizada para ocupar terreno, demonstrar força e para a carga de Cavalaria.
Como formação ofensiva visa à condução da aglomeração, multidão ou

25
turba para determinada via de escoamento ou fazê-los recuar. Como formação defensiva é
usada para contenção ou para bloquear o acesso a determinado local;

IV - Em cunha;

a) Por voz: Atenção (Cavalaria); Formação (Em Cunha);


Andadura (ao passo ou trote) Marche!;
b) Por Gesto: O Comandante estende o braço direito e com
a mão forma a letra “V”;
1. Refere-se à formação em que o Comandante e o segundo
mais antigo ficam lado a lado, e os policiais montados de
numeração impar devem se posicionar à retaguarda e à direita
do policial que está a sua frente. Sendo que a cabeça do seu
animal deve alinhar com a garupa do animal posicionado à
frente. Os pares devem seguir por espelho os números
impares;
2. Formação usada para escoamento e divisão da aglomeração;

V - Em batalha;
a) Por voz: Atenção (Cavalaria); Formação (Em Batalha); Andadura (ao passo ou trote)
Marche!;
b) Por Gesto: O Comandante estende o braço direito para
cima e o punho cerrado;
1. Para esta formação a tropa montada deve partir sempre da
formação em linha, sendo que o primeiro movimento é do
Comandante do pelotão. Quando o pelotão for composto por 10
policiais montados, o Comandante deve deslocar pela
retaguarda dos ímpares e se posicionar entre números 5 e 7.
Logo após, a coluna dos pares inicia o segundo movimento, em
que desloca para a retaguarda dos ímpares obedecendo a
distância
de um corpo de cavalo da fileira ímpar, em ato continuo como terceiro movimento o policial
mais antigo da coluna dos pares, deve posicionar à retaguarda do Comandante do pelotão;

26
2. Para o retorno da formação em linha, o Comandante deve iniciar o comando por voz ou
por gesto; (Atenção, preparar para a formação em linha) sendo assim, o cavalariano mais
antigo dos pares deve voltar para sua posição de origem, o mesmo acontecendo com o
Comandante do pelotão;
3. Formação utilizada quando a tropa esta em linha e em deslocamento, porém o terreno se
torna estreito, bem como tornar a formação mais robusta;

VI - Perfilar à direita ou à esquerda;


a) Por Voz: Atenção (Cavalaria); Formação (Perfilar À Direita Ou À Esquerda); Andadura
(ao passo ou trote) Marche!;
b) Por Gesto: No perfilar à direita o Comandante estende o braço direito com a mão
espalmada e os dedos unidos e posiciona o braço indicando para a direita. No perfilar à
esquerda o Comandante realiza o mesmo movimento, porém com o braço esquerdo

1. Nessa formação a tropa montada deve estar em coluna por um, ao comando de perfilar à
direita ou à esquerda todos os policiais montados devem ladear à direita ou à esquerda do
Comandante dentro da sequência numérica;
2. Formação utilizada para ocupar terreno;

VII - Formação de escolta;


a) Por voz: Atenção (Cavalaria); Formação (Em Escolta); Andadura (ao passo ou trote);
Marche!;

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b) Por Gesto: O Comandante estende o braço direito para
cima com punho cerrado apenas o dedo indicador e mínimo
estendidos para cima, formando a letra “U”;
1. Para esta formação a tropa montada deve estar em linha e
ao comando de em escolta, deve fechar à retaguarda e os
flancos. Desse modo, a quantidade de cavalarianos na base e
nas laterais será determinada conforme a via e/ou a
quantidade de pessoas a serem escoltadas, de maneira que o
Comandante irá especificar onde irão ficar as colunas (o
limite à direita e à esquerda);
2. Empregada para a condução de pessoas;

Art. 6º - Com exceção da formação em coluna por um e coluna por dois todas as demais
formações de choque montado terão o comando de ocupar o terreno, o Comandante elenca
pontos fixos e dará o comando: “Atenção; (Formação) do Ponto X ao Ponto Y(pontos
fixos); Ocupar o Terreno; Marche!” e os policiais montados devem aumentar as distâncias
um do outro de forma equidistante;

§ 1º - Nos deslocamentos em formação de Choque Montado, ao transpor ou desviar de


qualquer obstáculo os componentes do pelotão devem retornar para suas posições de origem.

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29
FIGURA Nº 09 - Coluna por Um

30
FIGURA Nº 10 - Coluna por Dois
31
FIGURA Nº 11 - Transição da Formação de Coluna por Dois para Formação em Linha

32
FIGURA Nº 12 - Formação em Linha

33
FIGURA Nº 13 - Transição da Formação em Linha para a Formação em Cunha

34
FIGURA Nº 14 - Formação em Cunha

35
FIGURA Nº 15 - Transição de Formação em Linha para Formação em Batalha

36
FIGURA Nº 16 - Formação em Batalha

37
FIGURA Nº 17 - Transição da Formação de Coluna por Um para a Formação de Perfilar
à Direita
38
FIGURA Nº 18 - Perfilar à Direita

39
FIGURA Nº 19 - Transição da Formação de Coluna por Um para a Formação de Perfilar
à Esquerda

40
FIGURA Nº 20 - Perfilar à Esquerda

41
FIGURA Nº 21 - Transição da Formação em Linha para a Formação de Escolta

42
FIGURA Nº 22 - Formação de Escolta

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Seção 44
Da Mudança de Direção

Art. 7º Por voz: “Em direção à direita ou à esquerda; Marche!”

§ 1º Para a execução do movimento, o Comandante indica a nova direção a seguir e o


cavalariano que serve de pião extremidades (direita ou esquerda), detém-se e/ou reduz a
velocidade, acompanhando o movimento do restante da tropa, mantendo sempre o
alinhamento até terminar a manobra.

§ 2º O movimento de giro somente cessa ao comando de: “Em frente Marche ou Alto!”

DIREÇÃO:

ESQUERDA DIREITA

ESQUERDA DIREITA

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Seção 45
Da Carga de Cavalaria

Art. 8º É uma manobra que visa dispersar a aglomeração, multidão ou turba. A carga deve ser
realizada em local que possibilite o escoamento das pessoas, ela deve possibilitar que os
policiais montados executem todas as ordens vindas do Comandante, bem como a mudança
de andadura dos animais.

§ 1º Estando os policiais montados na formação em linha, com o bastão empunhado em


guarda baixa e capacete com viseira rebatida, o Comandante ordenará: “Preparar para a
Carga!”, nesse momento todos os policiais iniciam a andadura determinada (passo ou trote) e
posicionam o bastão voltado para frente em guarda alta entre as orelhas do seu cavalo. Ao
comando de: “Cargaaa!” Todos devem passar para o galope, mantendo o alinhamento e a um
só brado respondendo: “CARGAAA!”

§ 2º Ao final da Carga, o Comandante deve alongar o seu galope e determinar: “Reunir à


Direita ou à Esquerda” e todos devem voltar o bastão à posição de guarda baixa. A tropa
retorna por um desses lados em coluna por um dentro da sequência numérica e ocupará o
terreno entrando na formação em linha.

CAPÍTULO II
DO CONTROLE DE DISTÚRBIOS CIVIS

Art. 9º A Cavalaria quando em atuação de Controle de Distúrbios Civis atuará ou para a


Manutenção da Ordem Pública, que é o exercício dinâmico do poder de polícia, no campo da
segurança pública, manifestado por atuações predominantemente ostensivas, visando
prevenir, dissuadir, coibir ou reprimir eventos que violem a ordem pública ou para
restabelecê-la.

Seção I
Dos Conceitos de Controle de Distúrbios Civis

Art. 10. Grupamentos Humanos:

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I - Aglomeração: grande número de pessoas reunidas temporariamente. Geralmente, os
membros de uma aglomeração pensam e agem como elementos isolados e não organizados. A
aglomeração poderá resultar da reunião acidental e transitória de pessoas, tal como acontece
na área comercial da grande cidade em seu horário de trabalho ou nas estações ferroviárias em
determinados momentos;
II - Multidão: aglomeração psicologicamente unificada por interesse comum. A formação
da multidão caracteriza-se pelo aparecimento do pronome "nós" entre os seus membros,
assim, quando um membro de uma aglomeração afirma - "nós estamos aqui pela cultura",
"nós estamos aqui para prestar solidariedade", ou "nós estamos aqui para protestar", pode-se
também afirmar que a multidão está constituída e não se trata mais de uma aglomeração. A
multidão pode ser:
a) casual: é simplesmente um grupo de pessoas que ocorre de estar no mesmo local ao
mesmo tempo. Ex: Consumidores e turistas. A probabilidade de violência é praticamente
nula;
b) coesa: consiste de membros envolvidos por algum tipo de unificação prévia, tais como:
trabalho, dançarinos, músicos, cantores ou espectadores de eventos esportivos. Requer
provocação antes de agirem;
c) expressiva: as pessoas estão juntas por um propósito em comum ou encontro. Ex:
Manifestações pró e contra o Presidente da República;
d) agressiva: composta de indivíduos que se unem com um propósito específico. São
barulhentos, necessitando apenas de uma simulação mínima para desencadear violência. Ex:
Anonymous e Black blocs;
III - Turba: multidão em desordem. Reunião de pessoas que, sob estímulo de intensa
excitação ou agitação, perdem o senso da razão e respeito à lei, e passam a obedecer a
indivíduos que tomam a iniciativa de chefiar ações desatinadas. Uma aglomeração poderá se
transformar em uma turba quando a totalidade dos seus membros estabelecerem um objetivo
comum a atingir e se manifestam na intenção de realizá-lo, sem medir consequências. Uma
turba pode ser:
a) agressiva: é aquela que estabeleceu um estado de perturbação da ordem e realizam atos
de violência, tal como acontece em distúrbios resultantes de conflitos políticos ou raciais, nos
linchamentos ou nas rebeliões de detentos;
b) em pânico: aquela que procura fugir. Na tentativa de garantir sua segurança pela fuga. O
pânico poderá originar-se de boatos, incêndios ou explosões;
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c) predatória: é impulsionada pelo desejo de apoderar-se de bens materiais, como é o caso
dos distúrbios para obtenção de alimentos;

Seção II
Das Formas de Expressão do Coletivo Social

Art. 11. Formas de Expressão:


I - Manifestação: demonstração, por pessoas reunidas, de sentimento hostil ou simpático à
determinada autoridade ou a alguma condição, movimento econômico ou social. Podem ser
legais ou ilegais, pacíficas ou violentas;
II - Tumulto: desrespeito à ordem, levado a efeito por várias pessoas, em apoio a um
desígnio comum de realizar certo empreendimento, por meio de ação planejada contra quem a
elas se oponham. O desrespeito à ordem é uma perturbação promovida por meio de ações
ilegais, traduzidas numa demonstração de natureza violenta ou turbulenta;
III - Revolução: é uma profunda transformação social no poder ou nas estruturas
organizacionais públicas ou privadas, de modo progressivo ou repentino, e que pode variar em
termos de métodos empregados, duração e motivação ideológica. Podem ter características
pacíficas ou violentas e seus resultados propiciam alterações na cultura, economia e no ideário
sócio-político. As revoluções podem ou não possuir mobilização em massa;

Seção III
Dos Fatores que Influenciam as Transformações no Coletivo Social

Art. 12. Principais fatores que influenciam:


I - Subversão: é o conjunto de ações, de âmbito local, de cunho tático e de caráter
predominantemente psicológico que buscam de maneira lenta, progressiva, insidiosa e, pelo
menos inicialmente, clandestina e sem violência, a conquista física e espiritual da população
sobre a qual são desencadeadas. Essas ações se dão através da destruição das bases
fundamentais da comunidade que integra, na decadência e perda da consciência moral, por
falta de fé em seus dirigentes e de

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desprezo às instituições vigentes, levando-as a aspirar uma forma de comunidade totalmente
diferente, pela qual se dispõe ao sacrifício;
II - Distúrbios civis: são as inquietações ou tensões que tomam a forma de manifestações.
Situações que surgem dentro do país decorrente de atos de violência ou desordens
prejudiciais à manutenção da lei e da ordem;
III - Incidentes ou calamidade pública: desastres de grandes proporções ou sinistros.
Resulta da manifestação de fenômenos naturais em grau elevado e incontrolável, como
inundações, incêndios em florestas, terremotos, tufões, disseminação de substâncias letais que
poderão ser de natureza química, radioativa ou bacteriológica;
IV - Perturbação da ordem pública: em sentido amplo, são os tipos de ações que
comprometem, prejudicam ou perturbam a organização social, pondo em risco as atividades e
os bens públicos e privados;

Seção IV
Das Causas dos Distúrbios Civis

Art. 13. Principais Causas:


I - Sociais: os distúrbios de natureza social poderão ser resultantes de conflitos raciais,
religiosos, de exaltações provocadas por comemorações, por acontecimentos esportivos ou
por outras atividades sociais;
II - Econômicas: os distúrbios de origem econômica provêm de desnível entre classes
sociais, desequilíbrio econômico entre regiões, divergências entre empregados e
empregadores, resultantes de condições sociais de extrema privação ou pobreza, as quais
poderão induzir o povo à violência para obter utilidades necessárias à satisfação de suas
necessidades essenciais;
III - Políticas: os distúrbios poderão originar-se de lutas político-partidárias, divergências
ideológicas estimuladas ou não por países estrangeiros, ou da tentativa de atingir o poder
político por meios ilegais;
IV - Calamidades públicas: determinadas condições resultantes de catástrofes poderão
gerar violentos distúrbios entre o povo pelo temor de novas ações catastróficas, pela falta de
alimento, vestuário, abrigo, ou mesmo em consequência de ações de desordem e pilhagem
levadas a efeito por elementos marginais;

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V - Omissão ou falência da autoridade constituída: a omissão da autoridade no
exercício das suas atribuições poderá originar distúrbios levados a efeito por grupos de
indivíduos induzidos à crença de que poderão violar a lei impunemente;

Seção V
Das Ações que em Controle de Distúrbios Civis Podem ser Desencadeadas
Contra a Tropa

Art. 14. Ações que podem ser desencadeadas contra a tropa:


I - Impropérios: a turba poderá dirigir impropérios aos elementos encarregados de manter a
ordem, como, por exemplo, observações obscenas ou insultos, visando ridicularizá-los ou
escarnecê-los;
II - Ataques a pequenos grupos ou veículos: as turbas poderão dar vazão a seu rancor
atacando indivíduos ou pequenos grupos, espancando-os gravemente ou os matando, virando
viaturas, incendiando-as, danificando-as ou roubando-as;
III - Lançamento de objetos: frutas ou legumes podres, pedras, garrafas, paus e bombas
improvisadas que poderão ser lançadas de pontos dominantes contra a tropa, através de
janelas ou telhados próximos;
IV - Impulsionar veículos ou objetos contra a tropa: estando a tropa em ponto
dominado de uma encosta, os elementos amotinados poderão fazer rolar objetos perigosos de
toda natureza. É possível que esses lancem sobre a tropa, viaturas em marcha, abandonadas há
tempos pelos motoristas que as dirigiam;
V - Emprego de fogo: mediante o emprego de fogo poderão incendiar edifícios para
bloquear o avanço da tropa, criar confusão ou exercer ação divisória, espalhar gasolina ou
óleo sobre determinada área e lhe lançar fogo quando a tropa nela penetrar, incendiar,
principalmente a área com declive na direção da tropa;
VI - Destruições: as turbas poderão usar gás natural, dinamite ou outros explosivos
colocando cargas em um edifício e as fazendo explodir no momento em que as tropas ou
veículos se encontrem em sua frente, ou então, explodindo-as de forma que os destroços
obstruam a rua; enterrando cargas de destruição nas ruas e as acionando quando a tropa passa
sobre ela; rolando-as contra a tropa ou dirigindo contra ela veículos que contenham
explosivos, encaminhando em direção à tropa cães ou outros animais com explosivos
amarrados ao corpo. As cargas poderão ser
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acionadas por controle remoto, espoletas ou acionadores de retardo; empregando carga de
destruição para romper um dique (elevação de concreto que previne as enchentes dos rios),
uma barragem ou uma represa, a fim de inundar uma área para bloquear a passagem em uma
rodovia pela destruição de um viaduto situado sobre ela;
VII - Utilização de arma de fogo: os líderes de uma turba poderão determinar o emprego
de arma de fogo contra a tropa, para encorajar os participantes na realização de ações mais
violentas e ousadas. O disparo contra a tropa poderá restringir-se a tiro de emboscada, ou
atingir um volume ponderável, partindo de edifícios ou da própria turba;
VIII - Outras ações ou artifícios: os líderes poderão colocar à frente dos manifestantes
crianças, mulheres, idosos, para angariar a simpatia da tropa e desencorajar seu comandante
ao emprego de agentes químicos ou arma de fogo. Poderão prender ganchos, correntes,
arames, cordas às barricadas e derrubá-las, utilizando hastes de madeira ou metal para manter
a tropa a distancia enquanto as cordas são amarradas para desmoralizá-la e obstruí-la, com o
objetivo primordial de impedir seu avanço e o cumprimento de sua missão de restabelecer a
ordem e o controle pela autoridade constituída;

Seção VI
Dos Fatores Psicológicos que Influenciam o Comportamento dos Indivíduos

Art. 15. Fatores psicológicos que influenciam:


I - Número: a consciência que os integrantes de uma turba têm do valor numérico da
massa que a constitui pode influir-lhes uma sensação de poder e segurança;
II - Sugestão: nas turbas por sugestão, as ideias se propagam despercebidas, sem que os
indivíduos influenciados raciocinem ou possam contestá-las, aceitam sem discutir as
propostas de um líder influente;
III - Contágio: pelo contágio as ideias se difundem e a influência é transmitida de indivíduo
a indivíduo nas turbas. Assim, elas tendem sempre a atrair novos manifestantes;

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IV - Anonimato: dissolvido na turba, acobertado pelo anonimato, o indivíduo poderá perder
o respeito próprio e, consequentemente, terá a sensação de ser irresponsável por seus atos,
quaisquer que sejam;
V - Novidade: face às circunstâncias novas e desconhecidas nem sempre o indivíduo reage
conforme suas normas de ação habituais. Não encontrando estímulos específicos, que de
ordinário controlavam seus atos, deixará de aplicar sua experiência anterior que costumava
guiá-lo na solução dos problemas cotidianos. Seu subconsciente poderá até aceitar a quebra
de rotina e acolher com satisfação as novas circunstâncias;
VI - Expansão das emoções reprimidas: preconceitos e desejos insatisfeitos,
normalmente contidos, expandem-se logo nas turbas. Esses sentimentos agem como perigoso
incentivo à prática de desordens pela oportunidade que tem os indivíduos de realizarem,
afinal, o que sempre almejaram, mas nunca tinham ousado;
VII - Imitação: o desejo irresistível de imitar o que os outros estão fazendo poderá levar o
indivíduo a se tornar parte integrante de uma turba;

Seção VII
Dos Tipos de Ações de Controle de Distúrbios Civis

Art. 16. Tipos de ações de Controle de Distúrbios Civis:


I - Resistência pacifica: muito utilizada pelos seguidores de Ghandi, na Índia. Consiste
em permanecer deitado ou sentado ao chão com a finalidade de prejudicar a ação policial.
Necessita do emprego de equipamentos especiais, tais como: espargidor de gás pimenta, jatos
de água ou tinta, cães, entre outros;
II - Desobstrução de via: ação, via de regra, mais simples, pois quase sempre há vias de
fuga. Na maioria das vezes é provocada por oportunistas, que não têm muita disposição em
resistir. Não requer equipamento especial da tropa de choque. Boa possibilidade de utilização
de agentes químicos por se tratar de local aberto;
III - Reintegração de posse: necessita de planejamento apurado, negociação e paciência,
bem como a verificação de itinerários alternativos, pois existem possibilidades de barricadas.
A atuação se dá nas primeiras horas da manhã. Raramente há a atuação de agentes de
inteligência;

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IV - Manifestação: atuação somente em extrema necessidade, pois na maioria das vezes
têm caráter pacifico. Em caso de necessidade de intervenção, deve-se atuar com
planejamento, determinando os objetivos. Deve-se atentar para os locais onde serão deixadas
as viaturas e os apoios. Normalmente a atuação de agentes de inteligência é necessária;

Seção VIII
Dos Tipos de Massas/Características

Art. 17. Os causadores dos distúrbios podem ser: manifestantes comuns, presidiários,
invasores de terras, torcedores e outros grupos. Eles visam alcançar de forma mais efetiva
seus objetivos, sejam eles justos ou não.

Parágrafo Único. Cabe a PM impedir que essas manifestações ocorram, atuando sempre
dentro da legalidade, evitando danos ao patrimônio, à integridade física de terceiros e dos
próprios participantes:
I - Massas pacíficas: reúnem-se por motivos “justos” ou pacíficos, pelas próprias
características do grupo não demonstram atitudes radicais;
a) Idosos: é um grupo muito desorganizado sem muita disposição para reagir e que
normalmente conta com apoio de outros grupos;
b) Religiosos: é um grupo que normalmente se reúne para mega eventos, mas devido a sua
peculiaridade raramente causam incidentes. Ex.: Missa do Padre Marcelo Rossi, caminhadas
evangélicas;
c) Grupos raciais e comportamentais: é um grupo que se reúne esporadicamente com a
presença de lideranças não muito destacadas, mas que normalmente atua de forma pacífica.
Ex.: Movimento negro, Indígenas e Marcha LGBT;
II - Massas organizadas: são grupos que possuem uma liderança mais definida, possuem
relativa disposição para enfrentar o policiamento local, além de terem objetivos específicos de
interesse de seu grupo social;
a) Professores: grupo muito numeroso que com a aliança de outros grupos se mostra
sugestionável e com atitudes de revolta;

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b) Metalúrgicos: grupo também numeroso, altamente politizado e com fortes lideranças
que em outros anos demonstrou ser violento, causando muitos problemas para as autoridades
policiais;
c) Sem terras: grupo numeroso, politizado, com lideranças e fortes influências externas;
III - Massas violentas: são grupos que muitas vezes não possuem lideranças definidas,
mas possuem a característica de promover atos de violência:
a) punks: possuem características violentas, sem objetivos definidos a não ser chamar a
atenção e causar danos;
b) torcedores uniformizados: quando unidos geralmente cometem atos de vandalismo;
c) detentos: grupo extremamente violento com atitudes imprevisíveis, todavia confinados
a um determinado local. Não tem nada a perder;
d) perueiros e camelôs: grupos que se destacam por atos de violência e demonstram
fácil comunicação entre si. Grupos emergentes com características violentas;

Seção IX
Da Prioridade de Emprego de Meios

Art. 18. Considerando que o objetivo principal da tropa de choque montado é de dispersar a
multidão em distúrbios, o Comandante da tropa deve usar todos os meios possíveis para
cumprir a missão e, ao mesmo tempo, evitar a violência gratuita. Buscando em suas ações, na
medida do possível, seguir uma determinada linha de procedimentos, pois é necessário que se
preocupe sempre em evitar o confronto, tendo em vista que a tropa estará sempre em menor
número e que o resultado do confronto é duvidoso. Nem sempre a ordem da prioridade de
emprego de meios será seguida à risca, uma vez que cada ocorrência tem sua peculiaridade
que a diferencia das demais.

§ 1º Caberá ao comandante da tropa de choque montado avaliar qual o melhor momento para
empregar os recursos disponíveis observando os critérios de necessidade e proporcionalidade.
Com isso, conclui-se que, embora a prioridade de

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emprego dos meios esteja elencada como uma sequência, nem sempre ela poderá ser
obedecida, visto que em alguns casos algumas etapas poderão ser antecipadas.

Ex.: a qualquer momento poderá ser feito o recolhimento de provas ou mesmo a detenção de
líderes, bem como a utilização de arma de fogo poderá ser precedida de outras ações se
ficar caracterizada legítima defesa própria ou de terceiros.

§ 2º Desse modo, foram enumeradas as providências ou prioridade no emprego dos meios:

I - Vias de fuga: o conhecimento prévio do local do distúrbio é de suma importância para


permitir o deslocamento e a aproximação da tropa por vias de acesso adequadas, de modo a
assegurar vias de fuga aos manifestantes. Quanto mais caminhos de dispersão forem dados à
multidão, mais rapidamente ela se dispersará. A multidão não deve ser direcionada contra
obstáculos físicos ou outra tropa, pois ocorrerá um confinamento de consequências violentas e
indesejáveis. Se não há o conhecimento prévio do local, uma boa maneira de fazer tal
levantamento é através da tropa de área que poderá passar detalhes preciosos que ajudarão na
formulação da tática a ser adotada;
II - Demonstração de força: consiste no posicionamento da tropa às vistas dos
manifestantes e tão próxima quanto possível para agir rapidamente. A demonstração de força
deve ser feita através da disposição da tropa em formação disciplinada à vista da multidão e
no ponto mais próximo, sem, contudo, comprometer a segurança do pelotão. Com isso,
provocará um grande efeito psicológico sobre as pessoas, pois as formações tomadas pela
tropa dão uma ideia de organização e preparo;
III - Ordem de dispersão: deve ser dada pelo Comandante da tropa através de
amplificadores de som de modo que os manifestantes possam ouvir claramente. Não deve
ameaçar, repreender ou desafiá-los. Os manifestantes devem sentir firmeza da decisão da
tropa em fazer cumprir a ordem de dispersão;
IV - Recolhimento de provas: deve ser realizada durante toda a operação, fotografando,
filmando ou mesmo gravando os fatos ocorridos para posterior responsabilização civil e penal
dos manifestantes. Um fotógrafo atuando junto à tropa causa um efeito nos manifestantes que
temem sua posterior identificação e os que estão no anonimato procurarão se esconder ou
abandonar o local;

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V - Emprego de água: jatos de água lançados por veículos especiais (Centurion) ou por
mangueiras de incêndio (bombeiro) para movimentar a multidão. Tinta inofensiva (corante)
poderá ser misturada a água, a fim de marcar as pessoas para posterior identificação ou
mesmo para aumentar o efeito psicológico;
VI - Emprego de agentes químicos e munições de impacto controlado: observar
a direção do vento que deverá soprar da tropa para a multidão. Sempre que possível a tropa
deverá estar equipada com máscara de proteção respiratória. A baixa concentração de agentes
lacrimogêneos facilitará a fuga da multidão, enquanto que em alta concentração causará
turba em pânico, cegueira temporária, paralisação dos manifestantes, entre outros
transtornos que dificultará a dispersão. Sempre que possível deve-se empregar as granadas
fumígenas, ou seja, aquelas que não produzem estilhaços, dando assim uma última
oportunidade de retirada para aqueles que não têm intenção de enfrentar a tropa. Uma
granada explosiva ou mista pode ser lançada para que se confunda a massa que ficará receosa
em apanhar as granadas lançadas anteriormente;
a) durante a utilização de agentes químicos, o Comandante da tropa deverá se preocupar com
a contaminação do ambiente, tendo o cuidado de não deixá-lo muito saturado, uma vez que
baixa concentração é igual à fuga da multidão, ao passo que alta concentração é igual à
cegueira, atordoamento e pânico. A utilização de agentes químicos após o emprego de água se
justifica pelo fato dessa ser menos agressiva e pelo seu baixo potencial lesivo. Se utilizada
antes, a água potencializará os efeitos dos agentes químicos que serão lançados
posteriormente, ao passo que descontaminará as pessoas atingidas se utilizada após os agentes
químicos;
b) as munições de impacto controlado devem ser utilizadas para a proteção do pelotão e
deverão ser empregadas em alvos pontuais, dando-se preferência àquelas que propiciam maior
precisão no disparo;
VII - Detenção de líderes: deve ser efetuada de preferência no decorrer da carga de
cassetete ou logo após a carga, porém, sabe-se que os líderes são os primeiros a fugir com o
avanço da tropa. Nesse caso, podemos usar PMs à paisana para perseguição discreta e
detenção posterior;
VIII - Carga de Cavalaria: em ocorrência típica de CDC, a tropa de Cavalaria deve atuar
em apoio ao pelotão de choque a pé, pois sua atuação de forma isolada pode comprometer o
uso gradual e seletivo da força. A carga de Cavalaria é um dos

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recursos mais contundentes e traumáticos em uma ocorrência de CDC, por isso, só deverá ser
utilizada quando estritamente necessário;
IX - Emprego de arma de fogo generalizado: é a medida mais extrema a ser tomada
pelo Comandante e deve ser o último recurso quando ocorrer por parte dos agitadores uma
grande concentração de fogo contra a tropa. Embora toda atuação da tropa de choque seja
realizada sob comando, em casos de legítima defesa própria ou de terceiros frente a
confronto com indivíduos armados, os militares do pelotão deverão revidar com os recursos
que lhes são disponíveis;

Seção X
Dos Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo

Art. 19. Conceitos:


I - Não letal: é o conceito que rege toda a produção, utilização e aplicação de técnicas,
tecnologias, armas, munições e equipamentos não letais em atuações policiais. Por esse
conceito, o policial deve utilizar todos os recursos disponíveis e possíveis para preservar a
vida de todos os envolvidos numa ocorrência policial, antes do uso da força letal;
II - Técnicas não letais: é o conjunto de métodos utilizados para resolver um determinado
litígio ou realizar uma diligência policial, de modo a preservar as vidas das pessoas
envolvidas na situação. Segundo o conceito adotado pela Polícia Militar do Estado de São
Paulo, “é toda ação coroada de êxito, em que se atua em uma ocorrência que, dependendo do
desfecho, faça o correto emprego dos meios auxiliares para contenção da ação ilícita, somente
utilizando a arma de fogo após esgotarem tais recursos”;
III - Tecnologias não letais: é o conjunto de conhecimentos e princípios científicos
utilizados na produção e emprego de equipamentos não letais;
IV - Armas não letais: são as projetadas e empregadas especificamente para incapacitar
pessoal ou material, minimizando mortes, ferimentos permanentes no pessoal, danos
indesejáveis à propriedade e comprometimento do meio ambiente.
V - Munições não letais: são as munições desenvolvidas com objetivo de causar a redução
da capacidade operativa e/ou combativa do agressor ou oponente. Podem ser empregadas em
armas convencionais ou específicas para atuações não letais.

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Um exemplo de munição não letal são as munições de impacto controlado, utilizadas em
espingardas convencionais, que também podem ser utilizadas com munição letal, pois foram
inicialmente concebidas sem obedecer aos critérios do conceito não letal;
VI - Instrumentos de menor potencial ofensivo: todos os artefatos, inclusive os não
classificados como armas, desenvolvidos com finalidade de preservar vidas, durante atuação
policial ou militar, inclusive os equipamentos de proteção individual (EPI's);

§ 1º O principal foco do uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo é a intenção da


preservação da vida por parte do agente responsável pela aplicação da lei. Existe outro
aspecto tão importante quanto esse que é o uso correto dos equipamentos e técnicas de modo
a reduzir ao máximo o sofrimento das pessoas abordadas pelo policial.

Art. 20. Diante dos conceitos acima, caso o Distúrbio Civil possuir hora e lugar
predeterminados, o cavalariano deve saber qual tipo de CDC irá enfrentar, sendo assim a
escala de serviço conterá o horário de enquadramento, modo de deslocamento e os policiais e
suas montadas devem equipar conforme material para tropa de choque montado. Já quando o
CDC ocorrer com os militares desempenhando funções internas no RC, saindo do previsto na
escala, eles serão informados dos fatos e receberão as ordens para prepararem com agilidade
para a saída.

§ 1º A chegada ao local da missão, estando embarcada a tropa, deverá ocorrer a uma distância
de segurança da aglomeração, multidão ou turba, pois a aproximação é uma atividade critica,
tendo em vista a imponência da Cavalaria. Esse cenário pode alterar os ânimos, sendo
fundamental que o policial mais antigo analise o cenário e dentro da formação de choque
montado mais adequada desloque com o efetivo para um local seguro e que ao mesmo tempo
demonstre força.

§ 2º Quando a atuação no CDC acontecer com os policiais em patrulhamento montado


ordinário, eles serão informados, pelo Cavalaria Comando sobre a mudança da frente de
serviço e dentro da logística, as viaturas devem apoiar com os materiais necessários para a
missão e deve seguir as orientações transcritas acima.

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§ 3º A partir do momento da chegada ao local do evento estando os cavalarianos montados e
em formação de choque, é obrigatório o uso do capacete e o posicionamento do bastão em
guarda-baixa, de modo que ao posicionar em um local preestabelecido, o pelotão deverá
posicionar-se em linha.

§ 4º Em caso de prontidão, ou seja, quando a tropa ficar aquartelada, os policiais montados


devem se apresentar para o serviço devidamente fardados. Os animais devem ser retirados das
baias e ser realizada uma limpeza preventiva, sem ducha. Os cavalarianos devem encilhar
suas montadas, com exceção da cabeçada que devera estar próxima ao animal, e a partir desse
momento será servido aos animais feno e água.

§ 5º Os policiais em prontidão devem permanecer juntos e próximos aos animais, caso haja
necessidade de atuação o embarque ou deslocamento montado deve ocorrer o quanto antes.

§ 6º Todas as informações relativas à alimentação dos animais e dos policiais serão


repassadas pelo responsável do policiamento.

CAPÍTULO III
DAS PRAÇAS DESPORTIVAS E GRANDES EVENTOS

Art. 21. A atuação em praças desportivas ou grandes eventos, principalmente jogos de futebol
e shows artísticos, são atividades dinâmicas dentro do policiamento montado, tendo em vista
o tamanho desses locais e os vários focos de confusão que podem ocorrer em suas extensões.
Para esses eventos a escala do policiamento deve prever o local de atuação de cada pelotão,
trios ou quartetos. Isso pode ser mudado dependendo da analise do Comandante do evento.

§ 1º O deslocamento para essas missões será em regra embarcado e o desembarque será em


local seguro e distante do público, onde o cavalariano deverá ajustar o material de
encilhamento e após ordem do mais antigo deverá montar e entrar na formação de perfilar.

§ 2º Em regra o deslocamento para as áreas de atuação quando for trio ou quarteto

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será conforme a doutrina de policiamento montado, exceto no caso em que se queira
demonstrar força. Nessas ocasiões, as equipes deslocam em coluna por um e ao chegar a um
ponto preestabelecido o Comandante mandara perfilar e distribuirá o efetivo.

§ 3º Quando os jogos em praças desportivas, shows ou grandes eventos tiverem expectativa


de grande público, o policiamento montado, em regra, será divido em pelotões, de modo que
esses ao tomarem posição em um local preestabelecido, deverão posicionar-se em linha.
Nesse caso é essencial que após o desembarque dos animais ou chegada do deslocamento
montado, quando deslocarem ao passo para a missão, que o Comandante desloque pelo
terreno em coluna por um ou por dois e escolha um local estratégico para a distribuição dos
pelotões. A critério do Comandante do policiamento montado os pelotões podem ser
fracionados para trios ou quartetos.

§ 4º Chegando ao ponto predeterminado de atuação no local da praça desportiva ou do grande


evento e estando em equipes, os policiais montados devem posicionar seus animais um ao
lado do outro na seguinte ordem: comandante, a sua esquerda o segundo homem, à direita do
comandante o terceiro homem e se houver quarto homem, esse deve posicionar-se à esquerda
do segundo homem. Quando houver necessidade de segurança à retaguarda, essa será
determinada pelo Comandante do trio ou quarteto e é de atribuição do cavalariano montado
mais moderno. Estando distribuído por pelotão após ordem do comandante, a segurança da
retaguarda será executada pelo cavalariano mais moderno do pelotão.

§ 5º No caso de policiamento em praças desportivas o uso do capacete é muito importante.


Cerca de 40 (quarenta) minutos antes do inicio do jogo e 20 (vinte) minutos depois de
iniciado, os cavalarianos montados devem colocar e permanecer com capacete e colocar o
bastão em guarda baixa. Deve haver cuidado especial com a chegada das delegações, seja de
atletas, da arbitragem, ou até mesmo das torcidas organizadas nos estádios. Com a entrada do
público no estádio, o Comandante deverá analisar o cenário e estando favorável, determinará
que todo o efetivo concentre em local seguro e nas imediações da praça desportiva. Sendo
assim, autorizará a ida ao banheiro, realização de lanches e obrigatoriamente deverão conferir
e reajustar todo o encilhamento.

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§ 6º Com cerca de 20 (vinte) minutos para o final do jogo até a dispersão, o Comandante deve
determinar que todos retornem às posições de origem utilizando capacete e posicionando o
bastão em guarda baixa.

§ 7º Em relação ao policiamento em grandes eventos, o uso do capacete será determinado pelo


Comandante e quando o cavalariano montado fizer uso dele deve, obrigatoriamente, estar com
seu bastão em guarda baixa.

CAPÍTULO IV
DA REINTEGRAÇÃO DE POSSE URBANO E RURAL

Art. 22. A tropa de choque montado atuará na reintegração de posse sempre em apoio as
demais Unidades da PM. As equipes montadas ao chegarem nesses eventos devem seguir as
ordens do policial mais antigo da Cavalaria.

CAPÍTULO V
DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL

Art. 23. A tropa de choque montado atuará em estabelecimento prisional sempre em apoio as
demais Unidades da PM. As equipes montadas ao chegarem nesses eventos devem seguir as
ordens do Comandante Tático do CME.

Parágrafo único. A atuação poderá ocorrer na parte interna da unidade prisional, caso a
estrutura do estabelecimento penitenciário permita a entrada e deslocamento dos cavalos.
Sendo assim, os policiais passam a adotar todas as regras quanto às formações montadas, ou
seja, ao adentrar no presídio o Comandante do policiamento deve analisar qual a melhor
formação e posicionamento que os cavalarianos devem formar. Sendo, a partir desse
momento, obrigatório o uso do capacete e bastão em guarda baixa.

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CAPÍTULO VI
DAS POSIÇÕES E MOVIMENTOS

Art. 24. Definições de Posições e Movimentos:


I - Guardas:
a) em guarda-baixa: Posição na qual o cavalariano, após retirar o bastão da sela com sua
mão forte, repousa-o sobre o pescoço do animal de forma que ele fique na transversal. O
bastão deve ficar à frente e sobre a mão que está segurando as rédeas;
b) em guarda-alta: Posição na qual o cavalariano, estando com o bastão em guarda-baixa,
ao receber o comando de “Cargaa!” deverá estender o braço para frente de forma que o bastão
fique acima e entre as orelhas do solípede;
II - Molinetes e golpes: São exercícios que tem por principal objetivo habituar os PM a
empregar o bastão com a máxima destreza e habilidade. Todos os molinetes são executados
estando o armamento na posição de guarda-baixa;
a) molinete horizontal: Ao comando de “Molinete Horizontal!”, o cavalariano estenderá
o braço direito à frente, mão na altura dos olhos e a ponta do bastão na altura dos olhos. Ao
comando de “Marche!”, o bastão desenvolverá, acima da cabeça, um círculo horizontal
sentido horário e logo na sequência, um círculo horizontal sentido anti-horário, sempre
terminado onde começou. O cavalariano continuará a fazer os movimentos até o comando de
“Guarda, alta ou baixa!”;
b) molinete vertical: Ao comando de “Molinete Vertical!”, o cavalariano saindo da
posição de Guarda Baixa. Ao comando de “Marche!”, o bastão desenvolverá, na lateral, um
círculo horizontal podendo ser tanto no sentido horário, quanto no sentido anti-horário. O
cavalariano continuará a fazer os movimentos até o comando de “Guarda, alta ou baixa!”;
c) molinete transversal: Ao comando de “Molinete Transversal!”, o cavalariano saindo
da posição de Guarda Baixa. Ao comando de “Marche!”, O cavalariano ficará em pé, apoiado
nos estribos, baixará a ponta do bastão descrevendo com ele uma circunferência, passando do
lado direito e do lado esquerdo alternadamente sem dobrar o braço e nem abrir os dedos.
Continuará a executar os movimentos até o comando de “Guarda, alta ou baixa!”;

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Obs.: O cavalariano em situação estática deverá permanecer com o bastão em guarda-baixa
contra um objetivo.
d) golpes: serão desferidos com o braço em todo o seu comprimento e imprimindo- se a
máxima impulsão possível ao bastão. Poderão ser dados visando à mão, braço,
preferencialmente evitando cabeça ou clavícula. A mão fraca do policial deverá permanecer
inerte independente das reações produzidas pelo corpo do cavalariano a fim de evitar
qualquer contração involuntária que vá afetar a boca de sua montada e, consequentemente, o
comportamento do seu cavalo. O olhar deverá estar sempre voltado para a direção em que o
golpe será dado;
Obs.: Nos golpes, ao comando de “Guarda, alta ou baixa!”, cessarão os movimentos e
retomarão a posição de guarda. Poderá haver, ainda, combinações de um golpe com outro ou
esses combinados com molinetes. Esses exercícios darão ao cavalariano um indispensável
vigor e flexibilidade que o emprego do bastão requer.

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TÍTULO II
DO POLICIAMENTO MONTADO

CAPÍTULO I
DAS CONSIDERAÇÕES GERAIS

Seção I
Do Conceito

Art. 25. O Policiamento Montado é a modalidade de policiamento ostensivo que utiliza o


cavalo como meio de locomoção, conferindo grande mobilidade, visibilidade privilegiada,
rapidez de ação e aplicabilidade nos mais diversos tipos de terreno.

§ 1º Com foco na redução dos índices de criminalidade através do patrulhamento


ostensivo/preventivo e/ou reativo/repressivo, conforme as exigências da missão, a Cavalaria
atua no recobrimento de zonas quentes de criminalidade. Além disso, pode ser
empregado de maneira extraordinária na integração da Polícia Militar com a sociedade local
pelo fascínio natural das pessoas em relação ao cavalo.

Seção II
Das Definições

Art. 25. Definições: Permanência, Ponto Base (PB) e Ponto de Apeamento (PA):

I - Em permanência: A guarnição se posicionará alinhada e permanecerá montada, quando


em trios, com o comandante ao centro, o segurança à esquerda e o guarda- cavalos à direita. Já
em quartetos, terá, partindo da esquerda para a direita: 4º Homem, 2º Homem, 1º Homem e 3º
Homem, estando posicionado, no mínimo, um dos componentes com a frente inversa a dos
demais; FIGURAS Nos 01 e 02
II - Ponto Base (PB): Local com grande fluxo de pessoas ou que tenha relevante incidência
criminal e exija a presença real e ostensiva do cavalariano montado, valendo-se da estatura
privilegiada e imponência do cavalo para proporcionar aos cidadãos segurança;

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III - Ponto de Apeamento (PA): Local de apeamento da guarnição montada. No PA os
cavalarianos não podem desprezar os níveis de alerta e segurança. Pode ser em local visível
ou discreto, entretanto, que os cavalos não incomodem, principalmente, o tráfego regular de
pessoas e ou veículos. Nesse momento, pode-se dar água e permitir que os animais grameiem,
devendo reajustar o encilhamento e conferir todo o material. Essa pausa é realizada a cada 40
(quarenta) minutos de patrulhamento e dura no máximo 20 (vinte) minutos;

Seção III
Da Escala

Art. 27. Estudos mostram que o policiamento montado é muito peculiar e para almejar a
excelência da atividade policial junto à sociedade goiana, algumas regras devem ser
respeitadas. Sabe-se que a prática de equitação é uma atividade prazerosa que traz
muitos benefícios ao equitador, porém pode acarretar lesões que diminuem o
desempenho dos policiais militares se o tempo de descanso não for respeitado, podendo
afastá-los do policiamento montado e em casos mais graves, da vida miliciana. A
postura adotada durante longas horas de prática pode favorecer as dores lombares,
articulares, musculares, assimetrias de membros e cintura ao longo do tempo.

§ 1º Apesar de o cavalo ser um animal muito rústico e não se entregar facilmente, o excesso
de tempo diário de trabalho pode fazer com que ele perca condições físicas, fique suscetível
a doenças, pisadura e outras mazelas. Por isso, é preciso reconhecer suas limitações e colocar
os animais para descansar até sua recuperação completa, é importante salientar a necessidade
do descanso diferenciado para o cavalariano e seu cavalo.

§ 2º A aplicação de potenciais medidas preventivas ajuda a manter a saúde tanto do


policial militar quanto a do cavalo para que possam cumprir suas missões. Devido a
essas características inerentes ao policiamento montado, a escala de serviço deverá ser a de
doze horas trabalhadas por sessenta de folga (12x60), dividas essas doze horas em: oito horas
de policiamento propriamente dito

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e quatro horas para realização das atividades internas concernentes ao policiamento montado
e as demandas da Cavalaria.

§ 3º O cavalariano deverá cumprir rigorosamente sua escala, sendo que a seção competente
deverá elaborá-la de forma que se inicie com antecedência mínima de uma hora da previsão
de saída para o policiamento, possibilitando ao policial militar providenciar a higienização
adequada de sua montada e preparo do seu material de encilhamento.

CAPÍTULO II
DA COMPOSIÇÃO E FUNÇÕES

Seção I
Do Pelotão

Art. 28. O pelotão de policiamento montado é organizado de forma que cada homem possui
uma função definida, sendo que o efetivo do pelotão de policiamento montado deverá ter ao
menos 12 (doze) cavalarianos, divididos em equipes compostas por 03 (três) ou, no máximo,
04 (quatro) policiais militares. Tais equipes serão denominadas de: Cavalaria 90, Montado 01
ou Mike Primeiro, Montado 02 ou Mike Segundo e assim sucessivamente, conforme a
antiguidade do comandante da equipe.

§ 1º Distribuição das Funções dentro do Pelotão:

I - Cavalaria 90: graduado mais antigo do pelotão (preferencialmente 1º SGT ou 2º SGT


QPPM) e auxiliar direto do Cavalaria Comando. Esse tem como funções: realizar chamada do
pelotão, fiscalizar a conduta, postura, apresentação pessoal e demais situações que envolvam
os policiais do pelotão, reportando as alterações ao Cavalaria Comando. Outrossim, cabe
substituir o Cavalaria Comando eventualmente em seus impedimentos, caso não haja um
graduado mais antigo de serviço;
II - Comandante de equipe: graduado ou, excepcionalmente, soldado mais antigo do
pelotão. Esse possui a função de fiscalizar a disponibilidade do material de encilhamento, de
cavalos escalados e cumprimento das determinações e ordens do

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Cavalaria Comando, repassando todas as alterações verificadas ao Cavalaria 90, que por sua
vez as reportarão ao Cavalaria Comando;
III - Quartilheiro: graduado mais moderno ou soldado mais antigo do pelotão. Possui como
função organizar a quartilharia, fiscalizar a organização dos materiais de encilhamento na
quartilharia e repassar as alterações dos materiais do pelotão para o primeiro esquadrão;

Seção II
Das Equipes

Art. 29. As equipes de Cavalaria para o policiamento montado serão compostas por 03 (três)
ou, no máximo, 04 (quatro) cavalarianos, sendo comandada por graduado habilitado em curso
de policiamento montado (CPMON), conforme atribuições abaixo:
I - O Primeiro Homem (Comandante de Equipe): é responsável pelo comando,
coordenação e controle da equipe. A ele cabe toda a iniciativa para a resolução de ocorrências,
sendo assessorado pelos demais. Esse deve patrulhar a parte frontal e lado direito, posicionar-
se durante o patrulhamento à frente e ao lado direito da equipe, permanecendo rente a guia do
meio fio. É o responsável pela comunicação via funcional, com terceiros quando nas
abordagens e com o público em geral e também pela fiscalização e cumprimento da doutrina
de Cavalaria e das demais determinações concernentes ao serviço;
Por ser o responsável pela iniciativa de ações da equipe, deve ter o cavalo mais adaptado ao
serviço com as seguintes características: franco, dócil, dentre outras que permitam a melhor
execução da missão;
II - O Segundo Homem (Auxiliar do comandante da equipe): é responsável pela
fiscalização do encilhamento, limpeza dos cavalos e manutenção do material. Nas abordagens
é o responsável pela busca pessoal, anotações de dados, escrituração da documentação,
anotações de alertas gerais e localização dos logradouros no GPS. Em equipes formadas por
trio é o segurança imediato do comandante de equipe quando apeados. Cabe a esse as
comunicações via rádio, a patrulha da parte frontal e lado esquerdo, posiciona-se durante o
patrulhamento à frente e ao lado esquerdo da equipe, permanecendo ao lado do comandante;

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III - O Terceiro Homem (Guarda-cavalos): é o policial militar mais moderno da equipe
em formação por trio. Será o responsável pelos equipamentos de uso coletivo da equipe e
contenção dos cavalos nas abordagens. Em equipe formada por trio é o responsável pela
guarda dos cavalos quando apeado e em deslocamento se posicionará a retaguarda e ao
centro da equipe, guardando a distância de um corpo de cavalo dos demais. Já em quarteto é o
responsável pela guarda do cavalo do comandante e será o segurança imediato desse quando
apeados. Estando em deslocamento, posiciona-se imediatamente à retaguarda e à distância de
um corpo de cavalo do primeiro homem. Patrulha ambos os lados e a retaguarda em trio e o
lado direito e à retaguarda quando em quarteto;
IV - O Quarto Homem (Guarda-cavalos), quando houver: é o policial militar mais
moderno da equipe, responsável pelo equipamento de uso coletivo da equipe. Nas abordagens
é responsável pela contenção do cavalo do segundo homem e o segurança imediato desse
quando apeados. Estando em deslocamento, posiciona- se imediatamente à retaguarda e à
distância de um corpo de cavalo do segundo homem. Patrulha o lado esquerdo e auxilia o
terceiro homem no patrulhamento da retaguarda;
V - Estagiário do CPMON: devido ao caráter educacional, poderá exercer as funções de
segundo, terceiro ou quarto homem durante o policiamento, sempre sob supervisão do
comandante da equipe, que o avaliará ao final do serviço. Esse utilizará o fardamento caqui e
colete padrão de Cavalaria;

Art. 30. Somente poderão exercer funções em equipe de Cavalaria, os policiais militares que
possuam o Curso de Policiamento Montado – CPMON ou Estágio de Policiamento Montado e
que estejam devidamente fardados.

§ 1º Graduados aptos no Estágio de Policiamento Montado, mas que não possuírem o Curso
de Policiamento Montado – CPMON, não poderão exercer a função de comando de equipe,
devendo a seção competente escalá-lo com um policial mais antigo.

§ 2º Sargentos e Cabos aptos no Estágio de Policiamento Montado para exercerem as funções


de comando de equipe, deverão obrigatoriamente e o mais rápido

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possível, frequentar e serem aprovados no Curso de Policiamento Montado - CPMON na
PMGO ou nas coirmãs.

CAPÍTULO III
DOS EQUIPAMENTOS E ARMAMENTOS

Seção I
Do Equipamento e Armamento Individual

Art. 31. O Policial Militar de Cavalaria deverá possuir os equipamentos individuais e


armamento conforme EUI (POP 101), com exceção do bastão policial 60 cm e com a ressalva
que o coldre deve ser o de cintura.

§ 1º Além dos descritos no referido POP, o Policial Militar de Cavalaria deverá portar durante
o serviço, os seguintes itens:

I - faca;
II - identidade funcional e cartão de saúde; III -
buçal;
IV - cantil com água;
V - bastão de 1,20m;
VI - cartão de débito/crédito ou dinheiro para alimentação e gastos pessoais; VII -
fita refletiva de garupa;
VIII – esporas (Uso facultado ao perfil e sensibilidade de cada montada);

Seção II
Do Equipamento e Armamento Coletivo

Art. 32. Cada equipe da Cavalaria deverá possuir os seguintes equipamentos e armamentos:

I - no mínimo 01(um) rádio transmissor portátil e um telefone funcional; II -


dispositivo eletrônico de controle (DEC);
III - agentes químicos menos que letais;

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IV – prancheta;

Parágrafo único. Todos os integrantes da equipe devem estar plenamente aptos a manusear
qualquer equipamento ou armamento disponíveis.

CAPÍTULO IV
DO INÍCIO DO SERVIÇO

Seção I
Das Atividades do Pelotão

Art. 33. No início de cada serviço são realizadas as seguintes atividades pelo pelotão de
Cavalaria:

I - Todo o Pelotão entra em forma no horário determinado pela escala e o Cavalaria 90


apresenta ao Cavalaria Comando todas as alterações;
II - A primeira hora do serviço é destinada a: educação física militar, treinamento e/ou
manutenção de armas;
III - A segunda hora é reservada para manutenção das baias, organização e limpeza de
material de encilhamento, fiscalização das condições dos cavalos do pelotão e realização de
missões internas da Cavalaria;
IV - As duas horas subsequentes serão utilizadas para limpeza dos cavalos, organização do
material (Vide Capítulo II, Título V), cautela dos equipamentos e armamentos de uso coletivo
pelo cavalariano mais moderno das equipes, refeição do pelotão e preparação para o
policiamento montado;
V - No horário estabelecido para preleção, todo pelotão será colocado em forma, montado,
em linha da direita para a esquerda, de acordo com a antiguidade e apresentado para o
Cavalaria Comando, que passará todas as determinações do serviço; FIGURA Nº 03
VI - No caso de policiamento montado embarcado, o Cavalaria 90 coordenará a ordem de
embarque no caminhão (Vide Capítulo III, Título V), posteriormente, colocará o pelotão em
forma, a pé, e apresentará ao Cavalaria Comando, que passará todas as determinações do
serviço. Após os cavalarianos terem embarcado,

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os veículos deslocam-se em comboio, tendo os caminhões maiores como guias e reguladores
de velocidade até as frentes de serviço;
VII - Após um breve deslocamento dentro da Unidade para acalmar e alongar os cavalos, os
cavalarianos sairão para o patrulhamento montado em formação por dois, dentro das equipes,
conforme escala, sob comando do Cavalaria 90, e posteriormente, esse passará o comando aos
respectivos comandantes de equipes para que assumam seus locais de policiamento;
FIGURAS Nos 04 e 05

DIVISÃO DAS ATIVIDADES

Educação física militar, treinamento, manutenção de


1º Período 1 hora
armas.
Manutenção das baias, material de encilhamento,
2º Período 1 hora
fiscalização dos cavalos do PMOn.
Limpeza dos cavalos, cautela de armamentos e
3º Período 2 horas equipamentos de uso coletivo, refeição e preparação dos
cavalarianos para o policiamento.
4º Período 8 horas Policiamento Montado

CAPÍTULO V
DO COMPORTAMENTO DA EQUIPE

Art. 34. A equipe montada de Cavalaria, pela presença imponente do cavalo e seu caráter
ostensivo, atrai a atenção do público e em virtude disso, todos os componentes da equipe
devem policiar-se com relação a sua postura e compostura, sendo que:

I - os óculos com prescrição médica deverão ser discretos;


II - sempre que um componente da equipe avistar uma viatura, agente de segurança pública ou
instituição financeira, informa aos demais a localização e a situação que se encontra;
III - em veículos, atentar-se para o aspecto geral, chaves no contato, sinais de violação,
placas, objetos deixados em seu interior;

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IV - o interior dos estabelecimentos comerciais, bancos e empresas são observados pelos
componentes da equipe e de acordo com sua área de patrulhamento;
V - qualquer integrante da equipe que observar algo suspeito deve alertar os demais para
averiguação. Em caso de suspeição de veículo parado ou estacionado, o 3º ou 4º Homem,
conforme composição da equipe, realiza a pesquisa na relação de caráter geral de autos. Se a
suspeita persistir e se houver alguém nas proximidades que afirmam ser os ocupantes desse
veículo, serão submetidos à abordagem, bem como será realizada busca veicular, pelo 2º
Homem, seguindo a sequência prevista neste manual;
VI - toda pessoa que se aproximar da equipe montada deve ser tratada com cordialidade,
devendo o comandante da equipe ser cientificado do assunto. Ressaltando que os policiais
jamais devem se desligar do que ocorre ao seu redor; VII - no caso de abordagem ou
quando a situação não permitir, as pessoas são convidadas a se afastarem;
VIII - somente crianças e em caso de relações públicas é permitido montar os cavalos
durante o policiamento;
IX - em situações administrativas, 01 (um) policial faz a segurança das montadas,
enquanto os demais estiverem distantes;
X - em qualquer logradouro que a equipe esteja, observa-se a placa com o endereço para
pedido de apoio, em caso de emergência. Apesar de ser obrigatório para a equipe, a função de
informar a localidade, atendimento médico e distrito policial mais próximo é do 3º ou 4º
homem;
XI - o policial de Cavalaria nunca atuará sozinho. Qualquer averiguação ou ocorrência
deverá ser feita por, no mínimo, 02 (dois) cavalarianos;
XII - nos autos, PB ou PA, o guarda-cavalos sempre observará a proximidade dos transeuntes
em relação aos cavalos para evitar acidentes;
XIII - o material de encilhamento só poderá ser retirado durante o policiamento em casos
emergenciais, como os que envolvem acidentes ou intervenção médica- veterinária;
XIV - não é permitido colocar objetos estranhos ao serviço na selas dos cavalos;
XV - as equipes, durante o serviço, não se dividem quando em deslocamento ao trote ou ao
galope, devendo todos seguir o comandante da equipe, primando pela coesão;

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XVI - observar atentamente os cruzamentos e o trânsito ao redor da equipe, sempre prevendo
alguma situação de risco, a fim de evitar acidentes;
XVII - em pontos base ou de apeamento, os encilhamentos de todos os cavalos da equipe
deverão ser reajustados obrigatoriamente para evitar possíveis pisaduras nos animais;
XVIII - a equipe deverá evitar subir em calçadas durante o patrulhamento com os cavalos. Em
abordagens, se o(s) indivíduo(s) suspeito(s) estiver(em) em calçadas ou passeios, os
militares apeados vão até aos abordados; os cavalos, caso haja segurança, permanecem na via,
sob contenção do guarda-cavalos;
XIX - os smartphones devem ser usados com disciplina consciente e conhecimento do
comandante de equipe, jamais permitindo que o número de usuários simultâneos desses
equipamentos se sobreponha aos de seguranças em alerta;

§ 1º Durante o serviço de policiamento montado é proibido:

I - resolver assuntos de interesse particular;


II - jogar objetos na rua durante o policiamento montado;
III - fazer brincadeiras, gestos obscenos ou usar palavras de baixo calão; IV -
permanecer descoberto;
V - gritar para alguém longe da equipe;
VI - brincadeiras físicas, bem como gargalhadas desmedidas; VII -
olhadelas indiscretas;
VIII - aceitar qualquer tipo de retribuição material ou pecuniária, em virtude da
função;
IX - fumar quando montado;
X - deixar o fardamento desabotoado, sujo, ou tudo que vá contra a imagem de um
profissional sério e competente;
XI - o uso de óculos escuros, exceto com prescrição médica;

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CAPÍTULO VI
DO PATRULHAMENTO MONTADO

Art. 35. O porte físico do animal coloca sempre o policial em evidência, aumentando
significativamente sua ostensividade, o que torna quase impossível que o policial montado
passe despercebido durante seu turno de serviço. A ostensividade aqui evidenciada tanto
repele potenciais agentes de práticas delituosas quanto serve para aproximar boa parcela da
sociedade, a qual tem sua atenção estimulada pela presença de policiais montados.

§ 1º Considerando a excepcionalidade do policiamento montado com vistas a minorar o risco


de quedas devido ao piso molhado, bem como em virtude da menor necessidade de efetivo
policial em dias chuvosos pela natural diminuição do fluxo de pessoas nas ruas,em condições
climáticas desfavoráveis, os policiais deverão permanecer aquartelados até que haja condições
de patrulhamento. Entretanto, caso já estejam em patrulhamento e o tempo dificultar a
ostensividade do policiamento montado, as equipes devem abrigar-se até o restabelecimento
dessas condições.

§ 2º Durante os deslocamentos as equipes deverão sempre manter a formação padrão do trio


ou quarteto, deslocando ao lado da guia do meio fio, subindo em calçadas ou passeios
somente em casos de inviabilidade de permanecerem na via ou necessidade operacional.
FIGURAS Nos 05 e 06

§ 3º O patrulhamento montado será executado com 40 minutos de patrulhamento e 20


minutos de intervalo, com o policial apeando de sua montada. Quando em PA, os
cavalarianos deverão, um por vez, partindo do mais antigo ao mais moderno, reajustar a cilha
e permitir que o cavalo grameie e beba água, se houver disponibilidade.

§ 4º As equipes devem evitar fazer paradas em locais inapropriados para os cavalos, tais
como: em frente de lanchonetes e restaurantes, em vias de acesso a deficientes físicos e em
faixas de pedestres.

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§ 5º As refeições no turno de serviço serão feitas durante o PA, essas devem ser realizadas em
locais discretos e os cavalos devem ser posicionados de maneira que não atrapalhem a
movimentação do estabelecimento comercial. Em trio, o 1º Homem e 2º Homem irão fazer a
refeição, tendo o 3º Homem (Guarda-cavalos) na visão desses, posteriormente, o 2º Homem
segura os cavalos para que o 3º Homem vá fazer sua refeição. Quando em quarteto, o 3º
homem acompanha o 1º homem, e o 4º homem acompanha o 2º homem, revezando na
contenção dos cavalos e sempre mantendo o contato visual.

§ 6º O policial a cavalo tem uma visão privilegiada, o que possibilita identificar infratores da
lei com certa antecedência e antecipar suas ações. Contudo, para que essa vantagem
proporcionada pelo cavalo tenha relevância, a equipe durante o patrulhamento deverá se
atentar para o interior dos estabelecimentos comerciais, agências bancárias, residências, a
movimentação de pessoas e veículos suspeitos.

§ 7º Ao pôr do sol, por volta das dezoito horas, a equipe deverá equipar seus animais com fita
refletiva de garupa.

§ 8º Durante o patrulhamento, a equipe deverá se atentar para situações, no que couber,


elencadas nos esclarecimentos, item I, POP 203.04 - Localização da(s) pessoa(s) em atitude(s)
suspeita(s).

CAPÍTULO VII
DAS ABORDAGENS

Seção I
Da Introdução

Art. 36. A Polícia Militar do Estado de Goiás sempre buscou o aprimoramento do seu modo
de atuação, visando alcançar os seus objetivos da maneira mais eficaz e segura possível, a fim
de acompanhar a evolução dos direitos dos cidadãos e o advento de novos recursos
tecnológicos.

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§ 1º Um dos pontos mais sensíveis do trabalho de um cavalariano é, sem dúvidas, a
abordagem, tanto pelo alto grau de risco que impõe ao policial, quanto pelo constrangimento
que pode trazer ao abordado. É objetivo deste material buscar minorar da forma mais
equilibrada possível esses dois fatores, empregando para isso técnicas, táticas e equipamentos,
com vistas à segurança da equipe, da coletividade e do abordado, segundo a legislação
vigente.

§ 2º Vale ressaltar que as abordagens a veículos devem ser feitas pela viatura de Cavalaria.
Contudo, em casos de extrema necessidade, a equipe montada poderá atuar diretamente.

Seção II
Dos Princípios da Abordagem

Vide esclarecimentos, item II, POP 203.04 - Localização da(s) pessoa(s) em atitude(s)
suspeita(s).

Seção III
Das principais fases da abordagem a cavalo

Art. 37. Principais Fases da Abordagem:

I - Decisão de abordagem e planejamento: Avaliação da situação empregando os


princípios básicos da abordagem, condições do terreno e outras circunstâncias, além da
confirmação das informações indicadas para a ocorrência via rádio ou pelo(s) solicitante(s).
Há ainda que se avaliar a necessidade de se pedir reforço ou não para a intervenção. Caso seja
necessário, a equipe deve aguardar em local protegido a chegada do reforço solicitado ou o
momento certo para agir;
a) a rápida definição da função de cada policial durante o procedimento deve ser fruto de um
alto grau de adestramento da equipe, o que só pode ser obtido com a prática constante dos
métodos ensinados. O COPOM de Cavalaria deverá ser informado via rádio sobre o início da
abordagem e local;
II - Aproximação e posicionamento: Tal ação deve considerar as condições de
segurança do local de abordagem, que envolvem a segurança da equipe, de

75
terceiros e dos indivíduos a serem abordados. A possibilidade de reação dos suspeitos ou de
terceiros que estejam acompanhando a(s) pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s) ou dando-lhes
cobertura à distância deve ser considerada e reduzida ao máximo com o uso das técnicas de
abordagem ensinadas neste manual;
a) superadas as demais etapas, deverá ocorrer o aumento da andadura dos animais até se
aproximar dos suspeitos de maneira a não cruzar a linha de tiro dos demais componentes. A
uma distância de segurança, aproximadamente 5m (cinco metros) do(s) suspeito(s), a equipe
se posicionará em leque, com armamento em pronto baixo, dedo fora do gatilho,
lateralizados em relação ao(s) abordado(s), de modo que todos se postem em condição de
disparo, ainda montados, até que o(s) suspeito(s) mostre(m)-se obediente(s) às ordens do
comandante da equipe; FIGURAS No 08 e 09

Seção IV
Da Abordagem à Pessoa por um Trio

Art. 38. Sequência de ações do trio:

I - A verbalização para posicionamento das pessoas que serão submetidos à abordagem se dá


de acordo com o POP 203.05 – Abordagem a pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s) - ou POP
204.01 – Abordagem a pessoas infratoras da lei;
II - A equipe posiciona-se em leque da seguinte forma: 3º Homem (Guarda-cavalos) à
direita; 1º Homem (Comandante) ao centro e 2º Homem (Homem-busca) à esquerda;
FIGURA nº 10
III - O 3º Homem (Guarda-cavalos) coldreia o armamento, trava o coldre, apeia, toma as
rédeas de sua montada na mão fraca e com a mão forte segura o armamento coldreado e
aguarda o 1° Homem (Comandante de equipe) apear; FIGURA Nº 11
IV - Na sequência, o 1° Homem (Comandante de equipe) coldreia o armamento, trava o
coldre, apeia da sua montada, passa as rédeas com a mão fraca para o 3º homem (Guarda-
cavalos). Já em solo, com o armamento em posição de pronto baixo, dedo fora do gatilho,
posiciona-se a 45º (quarenta e cinco) graus, em relação ao abordado que será submetido à
busca pessoal, fazendo a segurança durante a

76
abordagem e aguarda o 2º Homem (Homem-busca) apear da sua montada; FIGURA Nº 12
V - O 2º Homem (Homem-busca) ao verificar que o Comandante já está fazendo a segurança
da abordagem, coldreia seu armamento, trava o coldre, apeia da sua montada, passa as rédeas
com a mão fraca para o 3º Homem (Guarda-cavalos), dirigindo-se ao(s) abordado(s) para o
início da busca pessoal, conforme POP 203.06
– Busca pessoal. No caso de mais de um abordado, inicia sempre à busca pelo abordado que
está à esquerda em relação aos demais, evitando assim, cruzar a linha de tiro do 1°
Homem;
VI - Quando o 3º Homem (Guarda-cavalos) estiver com as rédeas de todos os cavalos da
equipe em mãos, fará frente para a retaguarda, fazendo a segurança do perímetro da
abordagem, segurando as rédeas na mão fraca, evitando deixá-las longas e o armamento
coldreado na mão forte, coldre destravado, tendo os cavalos entre ele e os demais
componentes da equipe, observando a distância segura dos animais para o restante dos
envolvidos na abordagem, buscando evitar possíveis acidentes; FIGURA Nº 13
VII - Primar para que todo o processo de apeamento ocorra de forma que sempre haja no
mínimo um policial mantendo a segurança em relação ao(s) abordado(s); VIII - Finalizada a
abordagem e logo após a saída dos abordados, o 3º Homem (Guarda-cavalos) devolve os
cavalos aos respectivos cavalarianos e a equipe se prepara para montar;
IX - O primeiro a montar é o comandante da equipe, enquanto os demais fazem a
segurança;
X - Em seguida, o 2º Homem monta seu cavalo, enquanto o 3º Homem faz a
segurança a pé e o 1º Homem, a segurança montado;
XI - Na sequência, o 3º Homem monta seu cavalo e a equipe retoma o patrulhamento,
dentro das respectivas posições de policiamento;

Seção V
Da Abordagem à Pessoa por um Quarteto

Art. 39. Sequência de ações do quarteto:

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I - A verbalização para posicionamento das pessoas que serão submetidos à abordagem se dá
conforme o item I, seção IV, capítulo VII;
II - Equipe posiciona-se em leque com a seguinte sequência da direita para esquerda: 3º
Homem (Guarda-cavalos), 1º Homem (Comandante), 2º Homem (Homem busca) e 4º
Homem (Guarda-cavalos); FIGURA Nº 14
III - O 3º Homem (1º Guarda-cavalos) coldreia o armamento, trava o coldre, apeia, toma as
rédeas de sua montada na mão fraca e com a mão forte segura o armamento coldreado e
aguarda o 1° Homem (Comandante de equipe) apear; FIGURA Nº 15
IV - Na sequência, o 1° Homem (Comandante de equipe) coldreia o armamento, trava o
coldre, apeia da sua montada, passa as rédeas com a mão fraca para o 3º homem (1º Guarda-
cavalos). Já em solo, com o armamento em posição de pronto baixo, dedo fora do gatilho,
posiciona-se a 45º (quarenta e cinco graus), em relação ao abordado que será submetido à
busca pessoal, fazendo a segurança durante a abordagem e aguarda o demais componentes
apearem de suas montadas;
V - Após o 1º Homem (Comandante da equipe) se posicionar em solo como segurança da
abordagem, o 3º Homem (1º Guarda-cavalos), com as rédeas de seu cavalo e a do comandante
da equipe em mãos, fará frente para a retaguarda, fazendo a segurança do perímetro da
abordagem. Esse deve também segurar as rédeas na mão fraca, evitando deixá-las longas, e o
armamento coldreado na mão forte, coldre destravado, tendo os cavalos entre ele e o 1º
Homem, observando a distância segura dos animais para o restante dos envolvidos na
abordagem, buscando evitar possíveis acidentes; FIGURA Nº 16
VI - O 4º Homem (2º Guarda-cavalos) coldreia o armamento, apeia, toma as rédeas de sua
montada na mão fraca e com a mão forte segura o armamento coldreado e aguarda o 2°
Homem (Homem-busca) apear; FIGURA Nº 17
VII - O 2º Homem (Homem-busca) ao verificar que os demais cavalarianos estão
posicionados, coldreia seu armamento, trava o coldre, apeia da sua montada, passa as rédeas
com a mão fraca para o 4º Homem (2º Guarda-cavalos), dirigindo-se ao(s) abordado(s) para o
início da busca pessoal, conforme POP 203.06 – Busca pessoal. No caso de mais de um
abordado, a busca deve sempre ser iniciada pelo que esteja à esquerda em relação aos demais,
evitando assim, cruzar a linha de tiro do 1° Homem;

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VIII - Assim que o 2º Homem (Homem-busca) estiver em solo, o 4º Homem (2º Guarda-
cavalos), com as rédeas de seu cavalo e a do 2º Homem em mãos, fará frente para a
retaguarda, fazendo a segurança do perímetro da abordagem, com as rédeas na mão fraca,
evitando deixá-las longas e o armamento coldreado na mão forte, coldre destravado, tendo os
cavalos entre ele e o 2º Homem, observando a distância segura dos animais para o restante
dos envolvidos na abordagem, buscando evitar possíveis acidentes; FIGURA Nº 18
IX - Primar para que todo o processo de apeamento ocorra de forma que sempre haja, no
mínimo, um policial mantendo a segurança em relação ao(s) abordado(s);
X - Finalizada a abordagem e logo após a saída dos abordados, os guarda-cavalos devolvem
os cavalos aos respectivos cavalarianos e a equipe se prepara para montar;
XI - O primeiro a montar é o comandante da equipe, enquanto os demais fazem a segurança;
XII - Em seguida, o 2º Homem monta seu cavalo, enquanto os guarda-cavalos fazem a
segurança a pé e o 1º Homem, a segurança montado;
XIII- Logo após, o 3º Homem monta, enquanto o 4º Homem faz a segurança a pé e os demais
montados;
XIV - Na sequência, o 4º Homem, monta seu cavalo, e a equipe retoma o patrulhamento,
dentro das respectivas posições de policiamento;

CAPÍTULO VIII
DAS OCORRÊNCIAS

Art. 40. Quando alguma das equipes de policiamento montado se envolver em ocorrências
que haja necessidade da condução de pessoas as repartições públicas, o comandante da equipe
iniciará o registro do RAI (Registro de Atendimento Integrado) via COPOM de Cavalaria e
acionará a viatura de apoio. Com sua chegada, a equipe montada assumirá as respectivas
funções na viatura a fim de proceder a condução e formalizar o procedimento junto à
repartição pública competente.

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§ 1º Os componentes da viatura de apoio, por sua vez, assumirão os cavalos da equipe
montada e suas funções na área definida em escala. Toda a equipe montada assumirá a viatura
permanecendo o motorista da viatura de apoio e seu nome não constará no registro da
ocorrência. No caso de quarteto, toda a equipe permutará para a viatura, inclusive o motorista
que assumirá um cavalo do quarteto. Sempre que houver a permuta de funções entre uma
equipe montada e de viatura, deverá ser feita a devida alteração junto ao COPOM do CME.

§ 2º Tão logo seja finalizado o procedimento junto à repartição pública competente, as


equipes retornarão às suas respectivas frentes de serviço previstas em escala.

CAPÍTULO IX
DO TÉRMINO DO SERVIÇO

Art. 41. Ao término do serviço deverão ser realizados os seguintes procedimentos:

I - As equipes devem adentrar a Unidade faltando trinta minutos para o final do turno de
serviço;
II - Quando no interior do Regimento de Cavalaria, os comandantes de equipe passarão ao
Cavalaria 90 todas as alterações ocorridas no transcorrer do serviço, como por exemplo:
danos ao material de encilhamento ou armamento, lesões nos animais ou perda de ferraduras,
etc. Também deverá ser reportado o quantitativo de abordagens, número e natureza dos RAI;
III - O componente mais moderno, 3º ou 4º Homem conforme formação de equipe, deverá
recolher e descautelar os materiais e armamentos de uso coletivo da equipe; IV - Cada
cavalariano procederá o desencilhamento de suas respectivas montadas, guardando o
material de encilhamento na quartilharia do seu pelotão;
V - Todos os cavalos deverão passar por inspeção veterinária antes de serem
palanqueados em frente suas baias ou devolvidos a essas;
VI - Cada cavalariano deverá higienizar, com ducha completa ou meia ducha (em tempo frio
os animais não devem ser duchados, apenas massageados no dorso e encilhador com uma
escova). Ademais, cada um deve acompanhar a vistoria veterinária de seu cavalo antes de
palanquear em frente a sua baia, conforme

80
determinação do Graduado de Dia, que irá fiscalizar os animais, assessorado pelo veterinário
plantonista, que deverá examinar e reportar todas as alterações verificadas nos animais ao
Cavalaria Comando;
VII - O Cavalaria 90 passará todas as alterações do serviço ao Cavalaria Comando, esse que
dispensará o efetivo;

FIGURA No 01 - Em Permanência com Trio

81
FIGURA Nº 02 - Em Permanência com Quarteto

FIGURA Nº 03 - Formação em Perfilar à Esquerda para Preleção

82
FIGURA Nº 04 - Alongamento em Círculo

83
FIGURA Nº 05 - Formação Coluna por Dois para a Saída do RC

84
FIGURA Nº 06 - Patrulhamento em Trio

85
FIGURA Nº 07 - Patrulhamento em Quarteto

86
FIGURA Nº 08 - Aproximação para a Abordagem em Trio

87
FIGURA Nº 09 - Aproximação para a Abordagem em Quarteto

88
FIGURA Nº 10 - Posicionamento do Trio em Leque

89
FIGURA Nº 11 - Terceiro Homem (guarda-cavalos) Apeado

90
FIGURA Nº 12 - Terceiro e Primeiro Homens Apeados

91
FIGURA Nº 13 - Busca Pessoal e Guarda-cavalos Fazendo a Segurança do
Perímetro

92
FIGURA Nº 14 - Posicionamento do Quarteto em Leque

93
FIGURA Nº 15 - Terceiro Homem (1º guarda-cavalos) Apeado

94
FIGURA Nº 16 - Terceiro Homem(1º guarda-cavalos) e Primeiro Homem Apeados

95
FIGURA Nº 17 - Terceiro Homem (1º guarda-cavalos), Primeiro e Quarto Homens (2º
guarda-cavalos) Apeados

96
FIGURA Nº 18 - Busca Pessoal e Guarda-cavalos Fazendo a Segurança do
Perímetro

97
TÍTULO III
DA VIATURA DE APOIO

CAPÍTULO I
DA COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE POLICIAMENTO MOTORIZADO
DA CAVALARIA

Art. 42. A Equipe Motorizada de Cavalaria é composta por, no mínimo, 04 (quatro) Policiais
Militares, sendo comandada preferencialmente por um graduado ou oficial, conforme
atribuições abaixo:

I - O Primeiro Homem (Comandante de Equipe): é o responsável pelo comando,


coordenação e controle da equipe. A ele cabe toda a iniciativa para a resolução de ocorrências,
sendo assessorado pelos demais membros da equipe. Ele é responsável pelo patrulhamento da
parte frontal da viatura e da retaguarda pelo espelho retrovisor direito. É o encarregado das
comunicações via rádio, celular funcional e com terceiros quando nas abordagens. Na célula
de choque a pé é o primeiro atirador/granadeiro, posicionando-se à retaguarda do escudeiro;
II - O Segundo Homem (Motorista): é responsável pela viatura, sua manutenção,
limpeza e condução; bem como anotações de dados de pessoas e veículos abordados;
III - O Terceiro Homem (Segurança): é o policial militar mais antigo do banco traseiro,
responsável pelo equipamento e armamento de uso coletivo da viatura. Segurança imediato do
Comandante de Equipe quando desembarcados. A ele cabe patrulhar a lateral esquerda e
retaguarda da viatura. Quando em patrulhamento faz a segurança do motorista. É também o
titular da busca veicular durante a abordagem, bem como da busca pessoal a pessoa do sexo
masculino. Quando o Quarto Homem for policial feminina, essa fica na segurança da
abordagem. Na célula de choque a pé é o segundo atirador/homem extintor, posicionando-se
a retaguarda do primeiro atirador/granadeiro;
IV - O Quarto Homem (Segurança): é o responsável pela escrituração da
documentação, anotações de alertas gerais e localização dos logradouros no guia

98
da cidade. Patrulha a lateral direita e retaguarda da viatura. Esse é também o titular da busca
pessoal durante a abordagem, sendo policial feminina o Quarto Homem, realizará busca
pessoal em pessoa do sexo feminino o que ocorrerá após a realização da busca pelo Terceiro
Homem nos abordados do sexo masculino, podendo essa ordem ser alterada a critério do
Comandante da Equipe. Na célula de choque a pé é o escudeiro, posicionando-se a frente da
célula;
V - O Quinto Homem (Observador): dentro da viatura posiciona-se entre o 3° e o 4°
Homem. Função geralmente exercida por estagiário durante o patrulhamento, estando
embarcado deverá estar com a arma coldreada. A critério do Comandante da Equipe, poderá
executar outras funções dos componentes da equipe durante o serviço. Na célula de choque a
pé é o segurança e se posiciona a retaguarda do segundo atirador;

§ 1º Somente poderão exercer funções em equipe de Cavalaria Motorizada, os policiais


militares que estiverem devidamente fardados, utilizando o fardamento camuflado
operacional com brasão do Regimento e tarja da Cavalaria, com exceção do estagiário do
CPMON que utilizará uniforme Caqui com bota e colete.

§ 2º Qualquer policial militar que não estiver conforme a previsão doutrinária, independente
de antiguidade, deverá ocupar a posição utilizada pelo 5º homem, com exceção do estagiário
de Cavalaria, quando em estágio operacional.

§ 3º Quando, por necessidade do serviço, coincidir de algum dos integrantes da equipe


motorizada acumular a função de motorista de caminhão ou reboque, e não tendo outro militar
para substituí-lo durante essa tarefa, excepcionalmente a viatura se deslocará com três
integrantes.

§ 4º Em caso de baixa de qualquer dos integrantes da equipe motorizada, ficará a cargo do


Cavalaria Comando recompor a equipe, não sendo permitido o empenho operacional da
equipe com menos de quatro integrantes.

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CAPÍTULO II
DA COMPOSIÇÃO DA CÉLULA DE CHOQUE A PÉ DA EQUIPE DE
CAVALARIA MOTORIZADA

Art. 43. Cada equipe de Cavalaria Motorizada constitui-se uma célula de choque a pé, que
poderá atuar como tal quando desembarcada;
I - A célula de choque a pé é formada pelo Quarto Homem – escudeiro; Primeiro Homem –
comandante e Primeiro atirador/granadeiro; Terceiro Homem – Segundo atirador/homem
extintor e Quinto Homem, quando houver, - Segurança com bastão de Cavalaria; Segundo
Homem – Motorista da viatura; FIGURAS Nº 01 e 02
II - Todos os movimentos da célula de choque a pé subordinam-se aos comandos do Primeiro
Homem;
III - Quanto à atuação em conjunto com o choque montado, a célula de choque a pé estará
subordinada ao comando do Choque Montado, exceto quando decorrer incompatibilidade
hierárquica;
IV - Na atuação da célula de choque a pé, a viatura deverá manter-se a uma distância de
aproximadamente 05 (cinco) metros dessa;
V - A célula de choque a pé se deslocará, preferencialmente, em locais acessíveis às
viaturas;
VI - O direcionamento da Célula deve ser comandado pelo Primeiro Homem e sempre
em coluna por um, em distanciamento emassado, caso o Segundo Homem com a viatura
fique isolado, a célula não poderá avançar além do limite do item IV; VII - Nos
deslocamentos, o Escudeiro à frente da fração, manterá o escudo em guarda baixa ou
alta, conforme a necessidade, seguido do Primeiro Homem, que manterá o armamento
Gauge 12, com munição menos que letal, em posição pronto. Logo depois, virá o segundo
atirador/homem extintor que manterá o armamento Gauge 12, com munição menos que
letal, em posição pronto e em sentido oposto ao armamento do Primeiro Homem;
VIII - O deslocamento deve ser sempre com silhueta reduzida com ritmo de progressão
determinada pelo comandante da célula de choque a pé;
IX - A célula poderá agir até a chegada do Choque Montado e em locais inacessíveis a esse,
tais como: plataformas e terminais de transporte público, espaços públicos

100
de difícil acesso, locais com pisos escorregadios, em baixo de tendas de pequeno porte;
X - Depois do reagrupamento da carga de Cavalaria, caso esse ocorra a uma distância
considerável, a célula de choque a pé poderá embarcar e reaproximar-se do Choque Montado;
FIGURA Nº 03
XI - Em caso de acompanhamento de manifestantes ou torcidas organizadas, com
características hostis, a célula de choque a pé acompanhará, embarcada, os torcedores ou
manifestantes ao longo do trajeto; FIGURA Nº 03
XII - Em ações de Choque Montado a Viatura de Apoio deve estar equipada com extintor de
incêndio com carga de pó para extinção de incêndio ABC, ABNT NBR,15808 (classe A
abrange aparas de papel e madeiras, classe B abrange líquidos inflamáveis, e classe C
abrange equipamentos elétricos), caso tenha mais de uma viatura, esta deve estar equipada
com extintor de água pressurizada;
XIII - O extintor permanece acondicionado no interior da viatura e, caso vislumbre
necessidade de sua utilização o homem extintor será o responsável por portá-lo em
bandoleira.

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FIGURA Nº 01 - Célula de Choque a Pé com 03 cavalarianos e Viatura
Acompanhando

102
FIGURA Nº 02 - Célula de Choque a Pé com 04 cavalarianos e Viatura
Acompanhando
103
FIGURA Nº 03 - Choque Montado na Formação em Linha e Viatura Acompanhando
104
FIGURA Nº 04 - Guarda baixa FIGURA Nº 05 - Guarda alta

Seção I
Do Apoio às Frações de Choque Montado

Art. 44. Quando em apoio ao Choque Montado, a equipe de Cavalaria Motorizada deverá
estar nas proximidades desse, conforme distribuição do comandante do evento. Em caso de
emprego do Choque Montado, a equipe de Cavalaria Motorizada deverá priorizar o apoio a
atuação dos cavalarianos, promovendo cobertura das áreas alcançadas pelo montado, no
intuito de eliminar focos de agressões à retaguarda do efetivo montado, bem como efetuar
detenções de possíveis agressores contidos pelo Choque Montado.

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CAPÍTULO III
DOS EQUIPAMENTOS E ARMAMENTOS

Seção I
Do Equipamento e Armamento Individual

Art. 45. O Policial Militar de Cavalaria Motorizada deverá portar os seguintes equipamentos
individuais e armamento:

I - 01(um) coldre;
II - 01(uma) arma de porte tipo pistola; III -
02 (dois) carregadores para pistola; IV -
01(uma) algema;
V - 01(um) fiel retrátil;
VI - 01(um) canivete tático ou adaga;
VII - 01(uma) lanterna tática;
VIII - 01(um) porta carregador para dois carregadores; IX -
01 (um) capacete antitumulto;
X - 01 (um) colete com proteção balística preto; XI -
02 (dois) pares de luvas descartáveis;
XII - Caneta preferencialmente preta ou azul;
XIII - Identidade funcional e cartão de saúde;
XIV - Carteira Nacional de Habilitação;
XV - Cartão de crédito/débito ou dinheiro para alimentação e gastos pessoais;

Seção II
Do Equipamento e Armamento Coletivo

Art. 46. Cada viatura de patrulhamento motorizado do RC deverá possuir os seguintes


equipamentos e armamentos:

I - 04 (quatro) armas longas disponíveis no RC, sendo, no mínimo, 02 (duas) Gauge 12 com
munição de elastômero;
II - Munições e carregadores extras para todos os armamentos;
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III - No mínimo 01(um) rádio transmissor portátil e 01 (um) telefone funcional; IV -
03 (três) cassetetes BP-120;
V - 01 (um) escudo antitumulto;
VI - Instrumento de menor potencial ofensivo;
VII - Fita de isolamento zebrada;
VIII - Extintor de incêndio com carga de pó para extinção de incêndio ABC, ABNT NBR,15808; e
extintor de água pressurizada;

§ 1º Todos os integrantes da equipe devem estar plenamente aptos a manusear qualquer


equipamento ou armamento disponíveis na viatura.

§ 2º Além dos itens relacionados acima, a viatura poderá ser equipada com os
seguintes itens:

I - Dispositivo eletrônico de controle (DEC);


II - Tablet para pesquisas de veículos e pessoas abordadas; III -
Alicate corta vergalhão;
IV - Qualquer outro equipamento que contribua para o serviço operacional;

§ 3º Cabe ao 4º Homem equipar a viatura com sua pasta individual de Cavalaria Motorizada,
garrafa térmica de 05 (cinco) litros, prancheta para anotações e sua pasta individual contendo:

I - Ficha de autorização para busca domiciliar; II -


Justificativa de uso de algema;
III - Auto de resistência à prisão; IV
- Boletins de Ocorrência – BO;

CAPÍTULO IV
DO SERVIÇO

Seção I
Do Início do Serviço

Art. 47. No início de cada serviço, devem ser realizadas as seguintes atividades pelas equipes
de Cavalaria Motorizada:

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I - O Comandante de Equipe realiza a chamada diária e informa ao Cavalaria Comando, o
qual que fiscaliza as equipes motorizadas, faz os ajustes nas escalas caso necessário,
apresenta o efetivo ao Subcomandante da Cavalaria e determina ao Quarto Homem da
Equipe a apresentação da escala de serviço ao COPOM do CME, prosseguindo-se no
cumprimento das ordens de serviços e os programas de instrução e treinamentos previstos
para o dia;
II - As áreas de atuação das equipes são designadas pela 3ª Seção P/3 de Cavalaria, de acordo
com as diretrizes do Comando do Regimento, podendo ser adequadas pelo Cavalaria
Comando, desde que devidamente autorizado ou na necessidade do serviço;
III - Toda alteração ocorrida no serviço será reportada pelo Cavalaria Comando ao
Subcomandante do RC com a máxima brevidade;

Seção II
Da Saída da Equipe de Cavalaria Motorizada do RC

Art. 48. Antes da saída do Portão das Armas, deverão ser realizados os seguintes
procedimentos:

I - O 4º homem deverá solicitar o quantitativo de valores em dinheiro de todos os


componentes da equipe, caso não tenha sido informado anteriormente. Esse informará ao
Comandante de Equipe o quantitativo que cada componente possui e o total de valores
existentes na viatura. Essa ação visa evitar qualquer suspeita em havendo ocorrência que
envolva quantia em dinheiro;
II - Sempre que houver qualquer alteração dos valores durante o serviço (saques ou gastos),
deverá ser comunicado de imediato ao 4º homem, perante a equipe, para que proceda a
atualização dos valores em sua ficha de rascunhos;
III - O 3º homem, após lançamento dos valores em dinheiro com a equipe, informará o 1º
homem de todo o equipamento e armamento de uso coletivo à disposição na viatura;
IV - A saída do pelotão, a priori, será feita em comboio e em direção às áreas de
patrulhamento. As equipes são liberadas somente mediante ordem do Cavalaria Comando ou
quem esteja à frente do comboio;

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V - A saída das equipes do RC deve ser feita de forma ordenada e coordenada pelo Cavalaria
Comando em direção as áreas de patrulhamento;
VI - Na saída em comboio, o mais antigo irá à frente e o subsequente na hierarquia irá à
retaguarda das equipes de Cavalaria Motorizada. Quando o comboio contar com caminhões,
reboques e vans, a viatura do Cavalaria Comando e demais equipes de Cavalaria Motorizada
servirão de batedores, determinando, se for o caso, o balizamento do trânsito, a fim de
garantir a livre passagem dos caminhões, reboques e vans;
VII - Em caso de viagens, as viaturas seguirão à retaguarda dos caminhões, sendo a viatura do
mais antigo a última do comboio;
VIII - No caso de transporte de cavalos, o Cavalaria Comando coordenará o desembarque e
as equipes de viaturas que acompanham o comboio farão a segurança do perímetro e
controlarão o fluxo de veículos, a fim de se evitar acidentes com os animais e no trânsito
local. Uma viatura de Cavalaria Motorizada deverá ser posicionada a dez metros da
retaguarda do último veículo de transporte de cavalos, alinhando seu farol dianteiro direito a
lanterna traseira esquerda daquele veículo de carga;

Seção III
Da Comunicação Via Rádio

Art. 49. Visando otimizar as comunicações via rádio, deverão ser observadas as seguintes
orientações:

I - O COPOM - Cavalaria repassa toda ocorrência diretamente ao Cavalaria Comando, que


avalia a situação, e na sequência aciona a(s) viatura(s), via rádio que estiver(em) atuando
naquela área ou a mais próxima do local, determinando a forma de atuação da(s) equipe(s);
II - Se porventura alguma equipe estiver próxima ao local, solicita ao Cavalaria Comando
autorização para apoiar;
III - Quando uma viatura se deparar com uma ocorrência, deve transmitir as informações ao
Cavalaria Comando, que toma suas providências ou solicita ao COPOM – Cavalaria
retransmissão para toda a rede;

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IV - Na rede Cavalaria de comunicação, o COPOM - Cavalaria é de fundamental importância,
porém cada Cavalaria Motorizada coordena e controla suas equipes;
V - Para a rapidez operacional, as equipes comunicam-se diretamente com o COPOM para
pedidos de informações sobre veículos, indivíduos suspeitos e confecção de Boletim de
Ocorrência;
VI - A disciplina de rede Cavalaria é rígida, não sendo permitido qualquer tipo de
comunicação que não seja operacional ou uso de nomes próprios de policiais militares. Caso
seja necessário, deverão ser codificados;
VII - A comunicação somente é utilizada para mensagens curtas, claras e precisas.
Comunicações longas ou de caráter administrativo deverão ser feitas via telefone funcional;
VIII - O policial de Cavalaria ao atender o rádio deverá identificar sua função, seguindo-se da
informação do que se encontra fazendo e sua localização. Exceção da localidade: Comandante
do Regimento; Subcomandante do Regimento e Cavalaria Comando. Quanto às equipes,
somente quando em ocorrências em que a identificação da localidade possa comprometer a
eficiência e eficácia da operação ou sua solução;
IX - A prioridade de comunicação é obedecida com rigor. Se uma equipe a solicita, todas as
demais interrompem a comunicação e somente o Cavalaria Comando cobra as informações
necessárias;
X - Os códigos de comunicação em rede serão gerenciados pela Seção Operacional e serão
modificadas periodicamente, para maior segurança das comunicações;

Seção IV
Do Patrulhamento Motorizado

Art. 50. Visando otimizar o patrulhamento, deverão ser observadas as seguintes orientações:

I - A velocidade da viatura no patrulhamento deve ser desenvolvida de modo que tudo possa
ser observado com detalhes e compreendido pelo policial militar, ou seja, de 20 km/h, de
maneira que não venha a atrapalhar o tráfego normal da via;
II - A atenção dos homens deve estar voltada para sua área de patrulhamento;

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III - Durante o patrulhamento as janelas da viatura devem estar sempre abertas para permitir
melhor visualização e agilidade. Com fortes chuvas que atrapalhem o patrulhamento a viatura
estaciona em local coberto e visível ao público e a equipe fica desembarcada;
Seção V
Do Comportamento da Equipe

Art. 51. Comportamento da equipe:

I - Sempre que um componente da equipe avistar uma viatura, agente de segurança pública,
ou instituição financeira, informa aos demais a localização e a situação que se encontra;
II – Em relação aos pedestres é fundamental que a equipe se atente para aparência geral,
mãos, volumes sob as roupas, sua colocação no ambiente (agasalhos em tempo quente, mal
vestido em local elegante ou vice-versa etc.), sua aparência emocional (pessoa assustada,
pouco à vontade, sobressalto ao ver a viatura, o posicionamento forçado também pode revelar
a existência de algo ilícito);
III - Em veículos, é necessário atentar-se para o aspecto geral, chaves no contato, sinais de
violação, placas, reação dos ocupantes, objetos deixados em seu interior; IV - O interior dos
estabelecimentos comerciais, bancos e empresas são observados pelos 3º e 4º homens;
V - Mesmo sendo impossível observar tudo numa cena em movimento, a equipe fica sempre
atenta para qualquer detalhe que pode revelar um possível crime ou contravenção e jamais
retorna para o RC com uma dúvida que não foi averiguada ou sanada;
VI - O cavalariano que observar algo suspeito deve alertar os demais para averiguação. Em
caso de suspeição de veículo, o 4º ou 5º Homem realiza a pesquisa na relação de caráter
geral. Se a suspeita persistir, o Comandante de Equipe verifica junto ao COPOM e, caso
necessário, realiza a abordagem;
VII - Não se permite que outro veículo permaneça próximo da viatura, de modo a atrapalhar
uma possível manobra repentina, para precaver-se de possíveis ataques de seus ocupantes ou
ainda inviabilizar um desembarque da equipe, os seguranças são os responsáveis para não
permitir esta aproximação. Deverá ser observado o

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mesmo cuidado para com motociclistas e pedestres que se aproximem da equipe embarcada;
VIII - Quando patrulhando pela faixa da esquerda, o motorista e o 4º homem sinalizam para
que os demais veículos do fluxo ultrapassem a viatura pela direita;
IX - O motorista deve evitar ficar próximo a veículos de grande porte, de modo a atrapalhar a
visualização periférica da equipe;
X - Em trânsito lento e semáforos, o motorista mantém distância da frente suficiente para
realizar manobras, caso necessário;
XI - No desembarque, o comandante da equipe faz a função de segurança geral, o 3º homem
faz a contenção do trânsito e o quarto homem auxilia no balizamento da viatura, de acordo
com o fluxo da via;
XII - Toda pessoa que se aproximar da equipe deve ser tratada com cordialidade, devendo o
Comandante da equipe ser cientificado do assunto. Ressaltando que os policiais jamais devem
se desligar do que ocorre ao seu redor;
XIII - No caso de abordagem ou quando a situação não permitir, as pessoas são convidadas a
se afastarem;
XIV - Não se permite que pessoas entrem na viatura, toquem nos equipamentos ou
armamentos. Exceto em locais seguros e devidamente autorizados em situações pontuais de
policiamento comunitário, resguardando a devida segurança de terceiros;
XV - Ao manobrar a viatura em locais ermos ou locais de potencialidade hostil, o
Comandante e os Seguranças da Equipe desembarcam para maior proteção;
XVI - Todo detido que for conduzido na viatura deve ser revistado, inclusive quando
transferido de outra viatura;
XVII - Via de regra, o motorista é o segurança da viatura quando a equipe desembarca para
verificar qualquer ocorrência;
XVIII- Em situações administrativas, sempre que possível, 02 (dois) policiais fazem a
segurança da viatura, enquanto os demais estiverem distantes;
XIX - Se a situação exigir e somente 01(um) policial ficar na viatura, ele deverá fechar as
portas e janelas, armar-se com arma longa e rádio transmissor portátil. Esse se colocará em
posição em que tenha proteção própria e da viatura. Não se admite que ninguém se aproxime
do Segurança ou da viatura, para evitar ser surpreendido;

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XX - A segurança da equipe somente é suavizada quando a Viatura de Cavalaria estiver
estacionada no interior do quartel da Polícia Militar, mesmo assim, essa nunca ficará sozinha;
XXI - Em qualquer logradouro que a viatura estiver, a equipe procura a placa com o endereço
para pedido de apoio, em caso de emergência. Apesar de ser obrigatório para a equipe, a
função de informar a localidade, atendimento médico e distrito policial mais próximo é do
quarto homem;
XXII - O policial de Cavalaria nunca atuará sozinho. Qualquer averiguação ou ocorrência
deverá ser feita por, no mínimo, 02 (dois) policiais;
XXIII - A viatura de Cavalaria e sua equipe estão sempre prontas para a ação, mesmo
estacionada, estará com o motor ligado e frente voltada para a saída. Caso esteja consertando
um pneu numa borracharia, o estepe será colocado enquanto o outro é reparado;
XXIV - Se alguma viatura estiver com problemas mecânicos e tiver que ser guinchada,
deverá ser apoiada por outra equipe para escolta e proteção;

§ 1º A equipe de Cavalaria Motorizada, pelo seu caráter ostensivo, atrai a atenção do


público e em virtude disso, todos os componentes da equipe policiam-se com relação a sua
postura e compostura, sendo vedado:

I - Resolver assuntos de interesse particular; II -


Jogar objetos para fora da viatura;
III - Fazer brincadeiras, gestos obscenos ou usar palavras de baixo calão; IV -
Permanecer descoberto;
V - Gritar para alguém longe da viatura;
VI - Brincadeiras físicas, bem como gargalhadas desmedidas; VII -
Olhadelas indiscretas para mulheres/homens;
VIII - Aceitar qualquer tipo de retribuição material ou pecuniária, em virtude da
função;
IX - Fumar embarcado, estando fardado ou não;
X - Deixar o fardamento desabotoado, sujo, ou tudo que vá contra a imagem de um
profissional sério e competente;
XI - Uso de óculos escuros, exceto com prescrição médica, devendo esse ser discreto;

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Seção VI
Dos Aspectos a Serem Observados Durante o Patrulhamento

Subseção I
Em Pessoas

Art. 52. Durante o patrulhamento de Cavalaria Motorizado, devem ser observados os


seguintes aspectos:

I - A equipe deve atentar-se para aparência geral (principalmente as mãos), volumes sob a
vestimenta, sua colocação no ambiente;
II - Aparência emocional (pessoa assustada, pouco a vontade, sobressalto ao ver a viatura);
III - Mudança repentina no comportamento, (mudança de direção, parar em casas batendo
palmas ou fingir chamar alguém), quando há mais de um e se separam, agacham, correm,
adentram o primeiro portão aberto que encontram;
IV - Lesões que possam indicar escaladas de muros ou rastejo; V -
Objetos dispensados quando a viatura está se aproximando;

Subseção II
Em Veículos

Art. 53. Durante o patrulhamento de Cavalaria Motorizado, devem ser observados os


seguintes aspectos:

I - Arrancadas bruscas;
II - Excesso de velocidade e outras infrações de natureza grave; III -
Placas velhas em veículos novos;
IV - Veículos sem placas;
V - Faróis apagados à noite;
VI - Condutores que sinalizam com o farol alto ao cruzar com a viatura; VII -
Táxi com passageiro e luminoso acesso;
VIII- Veículos à frente da viatura que fazem uso constante da luz de freios;
IX - Veículo com um passageiro apenas, que esteja sentado atrás do motorista;

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X - Veículo com janelas abertas e chave na ignição; XI -
Pessoa com dificuldade de conduzir o veículo;
XII - Gravação nos vidros laterais em desacordo com as características do veículo; XIII -
Veículos com maior incidência de roubo/furto;

Subseção III
Em Estabelecimentos Comerciais

Art. 54. Durante o patrulhamento de Cavalaria Motorizado, devem ser observados os


seguintes aspectos:

I - Visualizar, nas imediações do estabelecimento, veículos mal estacionados ou com as


portas abertas, indivíduos em motocicleta, pessoas paradas na entrada do estabelecimento ou
do outro lado da via pública, pessoas que saem correndo de dentro do estabelecimento, gritos
e estampidos vindos do interior do local;
II - Observar o local onde fica o caixa, atentando para as pessoas próximas;
III - Observar o fundo do estabelecimento, atentando para atitudes e expressões das pessoas;
IV - Estabelecimentos vazios, quando em funcionamento;
V - Portas abaixadas parcial ou totalmente em horário comercial; VI -
Pessoas próximas ao vigia do estabelecimento;
VII - Pessoas usando capacete dentro do estabelecimento;
VIII - Vigias do banco com os coldres vazios ou todos juntos em um dos cantos do local;
IX - Número excessivo de pessoas no interior de caixas eletrônicos;

Subseção IV
Em Residências

Art. 55. Durante o patrulhamento de Cavalaria Motorizado, devem ser observados os


seguintes aspectos:

I - Veículos parados de forma suspeita, mal estacionados, com portas abertas, com chave na
ignição ou com condutor aguardando no volante;

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II - Portões e portas abertas;
III - Veículos realizando mudanças; IV
- Pessoas carregando objetos;
V - Gritos e outros sons suspeitos vindos de dentro da residência; VI -
Pessoas paradas na entrada da casa ou nas proximidades;

Seção VII
Das Abordagens

Subseção I
Das Abordagens à(s) Pessoa(s) em Atitude(s) Suspeita(s) (POP 203)

Art. 56. Para iniciar o estudo, é importante salientar que não existem indivíduos suspeitos,
mas sim atitudes suspeitas, ou seja, o comportamento ou a situação da pessoa é que, de
alguma forma, provoca a suspeição do Policial Militar, tornando-o passível de verificação. A
busca pessoal é regulamentada no Código de Processo Penal conforme artigo 244 e 249.

Subseção II
Do Acompanhamento a Veículo

Art. 57. Durante o acompanhamento a veículos, devem ser observados os seguintes aspectos:

I - Ao avistar veículo suspeito em sentido contrário, o 2º homem tenta manobrar a viatura de


maneira discreta para não alertar o indivíduo, e se for possível, os seguranças acompanham
visualmente o trajeto que o veículo seguiu orientando o motorista da viatura;
II - Acompanhar o veículo até um local apropriado para abordagem (evitar parar próximo a
bares, favelas, escolas, ponto de ônibus, trânsito intenso de veículos ou pedestres, entre
outros);
III - Atenção à reação dos suspeitos;
IV - Objetos jogados para fora do veículo;

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V - Atenção a veículos de escolta;
VI - Conferir relação de caráter geral; VII -
Pesquisar a placa com o COPOM;

Subseção III
Da Abordagem a Veículo sob Fundada Suspeita

Art. 58. Durante a abordagem a veículo, devem ser adotados os seguintes procedimentos:

I - Momento crítico, quando o suspeito geralmente (se for infrator) empreender fuga ou
reação, o comandante da equipe sinaliza acionando os sinais luminosos e sonoros, dando
ordem de parada através da sirene, enquanto o motorista sinaliza piscando faróis altos;
II - Após isso, os seguranças, com a atenção para a retaguarda e laterais, sinalizam com gestos
para evitar que outros condutores acidentalmente se interponham entre a viatura e o veículo
ocupado pelos suspeitos ou atrapalhem o estacionamento da equipe;
III - Com o veículo suspeito estacionado, o motorista da viatura deve pará-la 5 (cinco) metros
atrás desse e ligeiramente à esquerda, proporcionando melhor visão ao Comandante da
Equipe. Protegendo, desse modo, o veículo abordado com a lataria da viatura, para evitar que
outros condutores incautos venham se chocar contra o veículo alvo ou atropelem o
cavalariano que fará a vistoria veicular; FIGURA Nº 06
IV - Se a abordagem, por motivos excepcionais, se der pelo lado esquerdo da via, a posição da
viatura deve ser inversa;
V - Os cavalarianos devem estar com o armamento na posição pronto-baixo (podendo
evoluir de acordo com o Uso Seletivo da Força) e dedo fora do gatilho, esses precisam estar
prontos para enfrentarem uma reação dos suspeitos;
VI - O Comandante de Equipe deve manter a atenção no veículo e suspeitos, o motorista
precisa se atentar ao trânsito e à frente e os seguranças com à retaguarda e laterais, pois os
suspeitos podem ter escolhido o local para pararem;
VII - Quando o veículo estiver parado, o 1º, 3º e o 4º Homem desembarcam

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rapidamente, com as armas em pronto baixo. O 3º Homem se posiciona à frente do farol
esquerdo da viatura enquanto o 1º Homem se posiciona no mesmo alinhamento, à direita da
viatura e o 4º Homem faz a segurança da retaguarda, atentando para uma possível escolta;
VIII - Com calma e educadamente, mas com energia, em um tom de voz suficiente para ser
ouvido, o Comandante de Equipe determina que o condutor desligue o motor do veículo para
não haver tentativa de fuga;
IX - O Comandante da Equipe manda também que todos desembarquem com as mãos para
cima e se coloquem na parte traseira do veículo (entre o veículo e a viatura), com as mãos
sobre ele, sem que nada peguem do interior do veículo. Quando o veículo possuir película de
controle de luminosidade para vidros que dificulte a visualização em seu interior, o
Comandante de Equipe determinará ao passageiro que abra a porta traseira e, posteriormente,
se posicione na parte traseira do veículo;
X - Enquanto os suspeitos não se posicionam e a equipe tenha o completo controle sobre eles,
os cavalarianos permanecem com a atenção redobrada, pois poderá haver reação nesse
momento. O veículo pode arrancar deixando os cavalarianos desembarcados para trás ou
podem atingi-los para que não haja o acompanhamento, uma vez que a prioridade será
socorrer o ferido;
XI - Caso haja comprovadamente crime envolvendo os suspeitos, o comandante deve
determinar que esses, ao desembarcarem, deitem de frente para o solo, com braços e pernas
estendidas;
XII - Após o condutor descer do veículo, o 2º Homem desembarca, assumindo a segurança na
retaguarda da viatura, momento em que o 4º Homem completa a formação em leque,
posicionando-se entre a viatura e o 1º Homem;

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FIGURA Nº 06 - Aproximação e Abordagem a Veiculo

Subseção IV
Da Revista Pessoal nos Suspeitos

Art. 59. Durante a revista pessoal em suspeitos, devem ser adotados os seguintes
procedimentos:

I - Depois de posicionados os suspeitos, o 1º Homem procede à varredura preliminar,


verificando se existe mais alguma pessoa no interior do veículo, enquanto o 3º e o 4º Homem
ficam na contenção dos abordados, movimentando-se de forma a não cruzar a linha de tiro
do 1º Homem;
II - Concluída a varredura, o 1º e o 3º Homem fazem a segurança dos abordados, o 4º
Homem realiza a busca pessoal nos indivíduos e o 2º Homem continua na segurança
geral. Caso o 4º homem seja uma policial feminina, o 3° Homem realizará a busca pessoal nos
abordados do sexo masculino e se houver mulher na abordagem, a busca pessoal nessa será
feita pelo 4º homem que na sequência realizará os demais procedimentos;
III - Ao término da busca pessoal, o 1º Homem solicita aos abordados que se

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coloquem a sua esquerda, sobre a calçada, de frente para a via, com a documentação pessoal e
do veículo em mãos, devendo o abordado retirá-la de qualquer invólucro plástico;
IV - O 2º homem sempre permanece próximo da viatura, atento ao rádio e pronto para pedir
apoio se for o caso;
V - O 3° Homem assume a segurança geral, enquanto o 4° Homem recolhe a documentação,
entregando-a ao 2º Homem, que procede a verificação junto ao COPOM, anotando o
necessário em seu relatório de serviço;
VI - Nesse momento, o Comandante de Equipe e o 4º homem devem entrevistar os suspeitos,
fazendo perguntas como: nome, endereço, local de trabalho, problemas com a justiça, entre
outras;
VII - Essas perguntas têm o objetivo de detectar algum detalhe que tenha passado
despercebido e distrair os suspeitos, não permitindo possibilidade de pensarem e planejarem
individualmente uma reação. Durante a abordagem, os abordados devem permanecer com as
mãos para trás, para segurança da equipe e dos próprios abordados;
VIII- Não deve haver diálogo entre os abordados. Havendo dúvidas, o recomendado é separar
os suspeitos para conversarem com a equipe e realizar posterior confronto das alegações
obtidas;
IX - Atenção às cicatrizes e tatuagens, pois podem indicar algum ex-detento ou foragido da
justiça;

Subseção V
Da Vistoria no Veículo

Art. 60. Durante a vistoria no veículo, devem ser adotados os seguintes procedimentos:

I - O 1º Homem informa ao condutor que será realizada uma busca no interior do veículo,
assim sendo, questiona se existe algum objeto de valor, armas ou quaisquer objetos ilícitos e
determina ao 3º Homem que realize a busca veicular, devendo o condutor/proprietário
acompanhar visualmente a vistoria;
II - Caso o som do veículo esteja ligado, deverá ser desligado;

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III - A busca no interior do veículo deve seguir a seguinte sequência, dividindo o veículo em
06 (seis) partes:
a) Porta-malas;
b) Porta dianteira direita (deixá-la aberta);
c) Porta traseira direita (deixá-la aberta);
d) Porta traseira esquerda;
e) Porta dianteira esquerda;
f) Capô;
IV - A busca veicular inicia-se pelo porta-malas, uma vez que pode haver algum
suspeito/vítima em seu interior;
V - O 1º Homem determina que o condutor destrave o porta-malas, enquanto o 3º Homem se
posiciona na lateral traseira do veículo, com a arma na posição pronto retido lateral, voltado
para o porta-malas, utilizando a mão fraca para controlar a abertura, enquanto o 4º Homem
auxilia na segurança. Se a chave estiver dentro do veículo, o 3º Homem deve pegar e entregar
ao condutor;
VI - Posteriormente, o 3º homem verifica a porta, espaço entre a lateral e a lataria e todo um
lado interno do automóvel. Logo em seguida, o porta-luvas, pala de sol, sob tapetes, carpetes
descolados, bancos, laterais soltas, painel, console, teto, etc.;
VII - Quaisquer objetos ilegais ou entorpecentes encontrados no veículo devem permanecer
onde estão e dado ciência ao comandante de equipe;
VIII - Objetos de valor e dinheiro são imediatamente entregues ao comandante de equipe, esse
que os analisa e repassa ao proprietário, que deverá conferi-los;
IX - No decorrer da revista, o 3º homem deve conferir o lacre da placa e o número do chassi,
verificando se conferem com a documentação ou se não há irregularidades com os caracteres;
X - O 3º homem deve tomar precauções para não causar qualquer dano no veículo. Portas que
não se abrem ou fecham facilmente devem ser acionadas pelo proprietário;
XI - Deve-se ter também cuidado com estofamento e pintura do veículo para não entrar em
contato com o equipamento do policial militar, etc.;
XII - Tudo deve ser recolocado exatamente no local em que estava e as portas fechadas ao
término da revista;
XIII - O Comandante de Equipe deve ter o cuidado ao manusear documentos sobre

121
poças de água ou bueiros, pois podem cair;

Subseção VI
Da Liberação dos Indivíduos e do Veículo

Art. 61. A liberação dos indivíduos e veículos após abordagem ocorrerá da seguinte forma:

I - Nada constatado e estando tudo em ordem, os documentos são devolvidos aos seus
proprietários, que devem conferi-los, bem como alertar o responsável pelo veículo para
verificar se está tudo em ordem;
II - Armas legalizadas são recolocadas no veículo com todos os cuidados com que foram
retiradas e os proprietários avisados a conferi-las ao embarcarem;
III - Não se pede desculpas por estar trabalhando na segurança dos indivíduos e nem se
agradece a colaboração prestada. Apenas, despede-se cordialmente dos abordados;
IV - Aguardar o embarque de todos os civis e a partida do veículo antes de reiniciar o
patrulhamento, para melhor segurança dos abordados e da equipe;

Subseção VII
Da Abordagem à Motocicleta

Art. 62. A cautela redobrada é necessária para um bom desempenho neste tipo de abordagem,
visto que pode haver reação imediata por parte dos abordados com disparos de arma de fogo.
Esse tipo de veículo facilita qualquer fuga e nos mais diversos tipos de terreno e tráfego e,
geralmente, o carona se encontra com a arma em punho escondida debaixo de suas vestes.

§ 1º A abordagem a motocicleta deve se dar da seguinte forma:

I - O 1º homem com a arma na posição pronto retido lateral e o 4º homem deve visualizar as
mãos dos suspeitos a todo o momento;
II - A equipe deve agir de maneira idêntica à prevista no POP 205.03 (Abordagem à
motocicleta ou similar sob fundada suspeita com 02 (dois) policiais militares e 01 (uma)
viatura; FIGURA Nº 07

122
III - O 1º homem determina ao condutor que pare, utilizando os sinais luminosos e sonoros;
IV - A equipe desembarca conforme procedimento de abordagem a veículo;
V - O 1º Homem determina que o condutor desligue a motocicleta e coloque as mãos na
cabeça com os dedos entrelaçados, sem retirar o capacete, determina de igual forma ao
garupa, caso haja algum;
VI - Só se deve permitir que se retire o capacete após a busca pessoal. A partir daí tudo se
transcorre como na abordagem a veículo;

FIGURA Nº 07 - Aproximação e Abordagem à Motocicleta

Subseção VIII
Da Abordagem a Veículo de Carga

Art. 63. Tratando-se de caminhão com produtos ilícitos é importante ressaltar a grande
possibilidade de haver escolta realizada por marginais.

§ 1º A equipe deve realizar a abordagem preferencialmente em local plano, posicionando a


viatura da mesma forma de abordagem a veículos. FIGURA Nº 08
I - A equipe desembarca rapidamente, com o armamento em posição pronto baixo. O 1º
Homem, portando arma longa, confere o fechamento do baú e se desloca em direção a boleia
pelo lado esquerdo do veículo, posicionando-se de modo afastado da carroceria, pois isso
possibilita a melhor visualização do interior da boleia;
II - O 3º Homem, passando pela retaguarda da viatura, juntamente com o 4º Homem,
deslocam-se pelo lado oposto ao do Comandante de forma que também possam visualizar o
interior da boleia, ficando o 3º Homem um pouco à frente e à direita do 4º Homem;

123
III - O 2º Homem desembarca com arma longa, ficando responsável pela segurança geral à
retaguarda dos policiais, o que impedirá ações de quem transita pela via e/ou calçada;
IV - O Comandante ordena que todos os ocupantes desçam da boleia pelo lado mais próximo
da calçada e o 3º e 4º Homem posicionam os abordados para a realização da busca pessoal,
caso exista compartimento de descanso, a cortina deve ser aberta pelo condutor antes de sua
descida do caminhão;
V - Após as buscas pessoais, devem ser realizadas buscas no interior da boleia e na carroceria
ou baú do caminhão, pedindo, nesse momento, para que o motorista do caminhão abra as
portas do baú;
VI - No momento da abertura das portas, o 2º Homem deve se posicionar na retaguarda da
viatura, com arma longa voltada para o interior do baú. O 3º Homem se posiciona do lado
traseiro esquerdo do caminhão e o 4º Homem do lado traseiro direito, enquanto o 1º Homem
faz a segurança dos abordados;
VII - No caso de tratar-se de produto de roubo ou furto, tanto da carga como do caminhão, o
procedimento é o mesmo que ocorre na detenção de indivíduos que praticaram roubo ou furto
de um veículo pequeno;
VIII - Caso necessário, a abordagem em veículos de carga será realizada por duas equipes,
sendo a primeira equipe responsável pela abordagem. Nesse caso, o 2º Homem desembarca e
acompanha o Comandante, reforçando a segurança da abordagem até o momento da
verificação documental junto ao COPOM, enquanto os demais exercem suas funções
normalmente. A segunda equipe é responsável pela segurança periférica;

124
FIGURA Nº 08 - Aproximação e Abordagem a Veículo de Carga

Subseção IX
Da Abordagem a Ônibus

Art. 64. Neste tipo de abordagem, devido à grande quantidade de pessoas que podem estar
nesse tipo de veículo, a abordagem deve ser realizada por duas equipes. FIGURA Nº 09

I - A primeira equipe posiciona a viatura da mesma forma de abordagem a veículos, enquanto


a segunda equipe se posiciona na diagonal, alinhando o farol direito com a lanterna esquerda
da primeira equipe;
II - As equipes desembarcam rapidamente, posicionando-se na lateral direita do veículo,
de modo a visualizar os passageiros e suas reações à chegada da polícia; III - O Comandante
mais antigo, portando armamento longo, dirige-se até o motorista, determinando-o que
abra a porta dianteira, desligue o motor e desça do veículo, sendo realizada uma rápida
busca pessoal pelo 4º Homem da equipe mais antiga, com as devidas adequações caso o 4º
Homem seja uma policial feminina;
IV - O Comandante pergunta ao motorista acerca de indivíduos em estado de suspeição
dentro do veículo e, caso necessário, é solicitado que se abra uma das

125
portas traseiras. O Comandante adentra pela porta da frente do veículo e ordena que todos
os homens que se encontram após a catraca desçam e, posteriormente, aqueles que se
encontram antes da catraca;
V - O Comandante da outra equipe organiza os abordados na lateral do veículo, ou em uma
edificação próxima ao veículo abordado;
VI - Os Motoristas das equipes posicionam-se de forma a visualizar objetos arremessados
pela janela, fazendo a segurança geral;
VII - Se necessário, para ter maior controle, o Comandante mais antigo pode determinar a
quantidade de homens que descerão por vez;
VIII - Após estarem todos os homens desembarcados, o Comandante mais antigo ordena que
as mulheres sentem-se ao lado oposto a porta do ônibus, além de manterem suas mãos sobre a
barra de ferro do banco à frente delas. O procedimento é o mesmo para idosos e deficientes
físicos que possam se locomover sozinhos. O Comandante mais antigo deve inverter as
posições com o comandante mais moderno, e esse cuida da segurança das pessoas ali
presentes;
IX - Após estas medidas de segurança, será realizada à busca pessoal pelo 4º Homem da
Primeira Equipe;
X - O Comandante da abordagem solicita a documentação dos abordados, podendo selecionar
qualquer um, de acordo com a suspeição, para que seja feita a checagem junto ao COPOM,
devendo a documentação ser recolhida pelo 4º Homem da primeira equipe, que repassa para o
Motorista da primeira equipe fazer a checagem e anotações pertinentes. Após as buscas e
verificações feitas nos homens, havendo policial feminina em uma viatura ou em ambas, o
Comandante da Segunda Equipe determinará que as mulheres desembarquem para os mesmos
procedimentos policiais. Em relação aos deficientes físicos e/ou idosos em condições de
locomoção, também deverão descer para os procedimentos policiais. Já aqueles deficientes e
idosos com impossibilidades de locomoção tais procedimentos ocorrerão no interior do
ônibus;
XI - Após as buscas, o 3º Homem da primeira equipe realiza a vistoria no interior do ônibus,
procurando objetos que possivelmente possam ter sido abandonados. Durante a vistoria, o 3º
Homem pode vistoriar mochilas ou bolsas dos passageiros que ali se encontram;
XII - Ao final da abordagem, caso nada seja encontrado, o Comandante que se

126
encontra na segurança externa ordena que todos embarquem, e o Comandante mais antigo
libera o veículo para prosseguir viagem;

Parágrafo único. O Cavalariano deve ter sempre em mente que demonstrações de força, por
vezes, desestimulam possíveis reações, como por exemplo: imposição de voz, uso de armas
longas, grande número de policiais, entre outras.

FIGURA Nº 09 - Aproximação e Abordagem a Ônibus com Duas Viaturas:

127
Subseção X
Abordagem em Vans

Art. 65. Adotam-se as medidas de segurança para a abordagem em ônibus, com as seguintes
alterações no procedimento:

I - Da ordem de parada até a aproximação do 1º homem do motorista do veículo, procede-se


do mesmo modo;
II - A partir desse ponto, descerão todos os ocupantes do veículo, de três em três passageiros e
realiza-se a busca pessoal após todos terem descido, separando as mulheres dos homens;
III - Deverá ser feita uma busca pessoal pelo 4º homem nos ocupantes do sexo masculino,
com as devidas adequações caso o 4º Homem seja uma policial feminina;
IV - Após as buscas e verificações feitas nos homens, havendo policial feminina na viatura,
serão realizados os mesmos procedimentos policiais nas passageiras. No caso de deficientes
físicos e/ou idosos em condições de locomoção, também deverão descer para os
procedimentos policiais. Já aqueles deficientes e idosos com impossibilidades de
locomoção tais procedimentos ocorrerão no interior da Van; V - Durante a vistoria, o 3º
Homem pode vistoriar mochilas ou bolsas dos passageiros que ali se encontram;

Subseção XI
Das Considerações Gerais em Abordagens

Art. 66. Nenhum transeunte deve cruzar a área da abordagem, excetuando-se quando for
impossível contornar. Uma vez que sempre há a possibilidade de um cidadão “inocente” ser
pego como refém e, nesse caso, após revista superficial a procura de armas, realizada pelo
Comandante de Equipe ou 3º homem (dependendo da direção de onde venham os
transeuntes), devem passar o mais longe possível dos suspeitos.

§ 1º A boa educação é fundamental, pois esse tipo de ação, por mais bem realizada e discreta
que seja, causa constrangimentos aos cidadãos. Contudo, a energia é

128
sempre necessária, pois uma atitude firme, bem coordenada e treinada, impede que inicie uma
reação que seria tentada se os policiais militares agissem displicentemente ou com falta de
atenção.

§ 2º Também é fundamental a postura de cada componente da equipe. Os policiais militares


devem sempre estar com o corpo ereto, cabeça erguida e pernas afastadas. O semblante sério
e a voz calma e firme.

§ 3º Uma equipe bem treinada e com boa postura, por si só desestimula reações e
demonstração de contrariedade com a abordagem e revista, por transmitir alto grau de
profissionalismo, conhecimento e adestramento.

§ 4º Se surgirem situações em que um suspeito alegar impossibilidade física de desembarcar,


o Comandante da Equipe manda-o colocar as mãos para fora do veículo, pela janela, e assim
permanecer até que a equipe se aproxime e verifique a veracidade de sua impossibilidade.
Mesmo assim, dentro das possibilidades, deve ser revistado, bem como o local que ocupa no
veículo.

§ 5º Algumas abordagens podem ser menos “rigorosas”, dependendo da situação, pessoas


idosas, mulheres e crianças, por exemplo. Entretanto, por despertarem menos suspeitas, são
utilizadas para transporte de material ilícito, produto de crime, ou mesmo ainda, serem reféns.

§ 6º Nesse caso, podem permanecer no veículo com a equipe fazendo o controle visual de
suas mãos. Se algo de anormal for constatado, então desembarcam para uma revista completa.

§ 7º No local da revista, aja apenas o tempo necessário, mas sem pressa para que nenhum
detalhe importante possa escapar de sua atenção.

§ 8º Constatando-se ilícito é preciso arrolar testemunhas, caso haja e conduzir tudo ao DP da


área sem perca de tempo.

§ 9º É comum o suspeito cooperativo perguntar o motivo da abordagem. Nesse caso, o


Comandante da Equipe poderá explicar o serviço e atitude da equipe ao final da abordagem.
Cuidado com suspeitos agressivos que recusam se submeter à revista e ameaçam a equipe.

§ 10. Esses podem ser simples ignorantes desconhecedores da atividade policial,

129
estar tentando intimidar os policiais militares ou, ainda, desviar sua atenção de algo escondido
em seu veículo ou vestes.

§ 11. A busca pessoal e abordagem devem ser realizadas de forma enérgica e educada,
alertando todos os abordados para os “crimes de desobediência, desacato e resistência” ao se
opuserem ao exercício discricionário do poder de Polícia e a vistoria que está sendo realizada.

§ 12. Em locais abertos, um dos policiais deve estar voltado para a segurança geral e da
retaguarda.

Seção VIII
Do Bloqueio

Art. 67. Neste tipo de operação é importante um planejamento prévio, providenciando todo o
material necessário à realização de um bloqueio que traga toda a segurança e eficácia para a
operação. FIGURA Nº 10

I - O local escolhido para realização do bloqueio deve ser estratégico, de forma que os
condutores não o visualizem antes que possam efetuar algum retorno ou mudança de direção.
O espaço da conversão até o cavalariano da seleção deve ter distância mínima de 200 metros
até o início do bloqueio;
II - O bloqueio deve ser realizado por 03 (três) equipes; sendo, no mínimo, duas viaturas
motorizadas com dispositivos luminosos acionados durante toda a operação e um trio de
cavalarianos montados;
III - As equipes ficam desembarcadas, com os motores das viaturas ligados e as portas
fechadas, de forma a permitir um imediato deslocamento em caso de tentativa de fuga ou
desobediência da ordem de parada e assim executar o acompanhamento do veículo;
IV - A equipe mais antiga das viaturas se posiciona a frente do bloqueio, sendo que o 1º
Homem, portando arma longa, assume o comando do bloqueio e determina o momento de
ligar os sinais luminosos;
V - O 2º Homem da primeira viatura será o Motorista Segurança, enquanto o 3º e 4º Homem
assumem as funções de Pré-selecionador e Selecionador, respectivamente; VI - A Segunda
Viatura posiciona-se ao final do bloqueio, sendo que o Primeiro

130
Homem é o Supervisor do Bloqueio; o 2º Homem, o Segurança Geral; o 3º Homem, o
Segurança do Posto de Abordagem e o 4º Homem, Auxiliar do Posto de Abordagem;
VII - O comandante do Trio Montado será o Comandante do Posto de Abordagem, o 2º
Homem do Trio Montado será o Anotador, o qual fica responsável pela verificação
documental junto ao COPOM e anotações no relatório de serviço e o 3º Homem do Trio
Montado será o Guarda-cavalos, que posicionará os cavalos, preferencialmente de frente o
Posto de Abordagem;
VIII- O bloqueio policial terá o período de 45 a 60 minutos;
IX - Jamais efetuar disparo de arma de fogo em veículo que esteja em fuga, mesmo como
forma de alerta;
X - Em caso de haver viatura sobressalente deverá ser utilizada ao final do bloqueio para
acompanhamento de possível fuga e/ou desobediência da ordem de parada, em caso de
haver mais de uma viatura sobressalente, essa deverá posicionar-se também antes do bloqueio
de modo a não permitir retorno de motoristas ao visualizarem-no;
XI - No caso de fuga de veículo e/ou desobediência da ordem de parada, é realizado o
acompanhamento e cerco, conforme previsto no POP 209.03 (Comando do Bloqueio), item 2
dos esclarecimentos;

FIGURA Nº 10 - Distribuição de Funções no Bloqueio

131
Seção IX
Do Atendimento de Ocorrências
Art. 68. Durante o serviço de Cavalaria Motorizado, o atendimento de ocorrências se dará da
seguinte forma:

I - A maioria das ocorrências atendidas pela Cavalaria Motorizada são as deparadas durante o
patrulhamento montado ou motorizado;
II - As equipes de Cavalaria Motorizada não receberão empenhos de ocorrências via COPOM
DIÁRIA, dada a sua peculiaridade de apoio ao Choque Montado/Policiamento Montado,
somente atenderão ocorrências decorrentes da atuação do choque montado e,
excepcionalmente, em situações ocasionais no seu raio de atuação. Apoiarão as demais
Unidades do CME e Unidades de áreas quando em condição de recobrimento;
III - Em ocorrências simples, deparadas no patrulhamento (como desinteligência ou acidente
de trânsito sem vítima), as partes são orientadas a aguardar a viatura de trânsito;
IV - A equipe de Cavalaria Motorizada só se desfaz em situações em que tenham que assumir
as montadas, quando necessitar de condução de detido em caso prisão realizada pelo
policiamento montado, nesse caso, o 1º, 3º e 4º homem da viatura assume as montadas. Sendo
um quarteto montado, trocam-se todos os componentes da equipe. Atua-se sempre como
Unidade, mesmo em ocorrências com outras viaturas de área;
V - Em acompanhamento a pé, o cavalariano nunca ficará em inferioridade numérica;
VI - Se os indivíduos fugitivos se dividirem, imediatamente escolhe-se um deles e, esse sendo
detido, pode levar os cavalarianos aos demais;
VII - Quando, excepcionalmente, na condição de recobrimento, o COPOM-Cavalaria envia
uma ocorrência ao Cavalaria Comando, esse analisa as variáveis e determina ou não que a
viatura mais próxima atenda;
VIII - Assim que as ocorrências são passadas às equipes, usando o GPS, confere suas posições
e, se alguma estiver próxima, informa ao Cavalaria Comando e aguarda a autorização para o
deslocamento;
IX - Tudo o que não puder ser legalmente resolvido no local deve ser conduzido à

132
Delegacia de Polícia - DP da região para a confecção do RAI ou auto de prisão em flagrante
delito;
X - Caso o Comandante de Equipe vislumbre a possibilidade anteriormente citada, então dará
voz de prisão aos criminosos;
XI - A equipe nunca se envolve emocionalmente na ocorrência. Se alguma das partes
causarem problemas com a equipe, essa simplesmente será detida e conduzida presa por
desacato, desobediência ou resistência;
XII - Em ocorrências violentas, o primeiro dever da equipe é a defesa própria ou de terceiros;
XIII - Havendo necessidade de preservação do local de crime para a perícia, o Cavalaria
Comando é acionado e determina outra equipe para esse encargo, enquanto a primeira equipe
apresenta os dados e partes na DP;
XIV - O cavalariano, quando ferido, será socorrido ao pronto socorro mais próximo. Havendo
necessidade de internação, jamais ficará sozinho até sua remoção ao hospital autorizado;
XV - Ocorrências que necessitam de diligências serão coordenadas pelo Comando; XVI - É
sempre importante a coleta de provas, testemunhas e preservação do local de crime. Em
toda ocorrência que haja condução à DP é confeccionado o B.O, nas demais, constam-se os
dados detalhadamente em relatório de serviço;
XVII - Toda pessoa que necessite de cuidados médicos urgentes é imediatamente socorrida
ao pronto socorro mais próximo;
XVIII- Até em ocorrência de apoio policial, todo abordado que entrar na viatura será
revistado por cavalarianos da equipe, mesmo que já tenha sido feita por outro policial militar
qualquer anteriormente;
XIX - Sempre que uma equipe deixa o patrulhamento para atendimento de ocorrência, o
Cavalaria Comando é imediatamente cientificado pelo Comandante da Equipe, que informa
via rádio ou telefone funcional, à natureza, local e destino;
XX - Sempre ao se aproximar de local de ocorrência, a equipe deve atentar-se para as
proximidades, e não apenas seguir cegamente para o local, pois os meliantes podem já estar
evadindo-se e as atitudes suspeitas revelam o ato criminoso;
XXI - Nesse caso, dois seguranças podem deter os suspeitos enquanto o restante da equipe
averiguará o local. Por isso, é importante a cobrança junto ao COPOM, das características,
roupas e veículos dos indivíduos;

133
XXII - No local da ocorrência, ter cuidado com as imediações, pois podem haver
delinquentes na escolta e proteção dos demais que estão praticando crime;
XXIII- Toda ocorrência conduzida à DP é acompanhada pelo Cavalaria Comando; XXIV -
Para evitar diferenças operacionais táticas e técnicas e para evitar problemas de comando,
caso a viatura da área ou outra especializada estiver no local de ocorrência, as equipes
de Cavalaria Motorizada não interferem, a não ser se solicitado seu apoio. Nesse caso,
mediante ordem da Cavalaria Comando, as equipes de Cavalaria Motorizada assumem a
situação e a tropa da área se afasta; XXV - Mesmo no calor da ocorrência entre as partes, a
postura da equipe é sempre correta, firme e tranquila;
XXVI - Após a chegada da equipe de Cavalaria Motorizada, cessam-se discussões, brigas e
palavras de baixo calão. É a imponência da equipe que impede tais situações;
XXVII - O Comandante da Equipe é que conversa com as partes e, assessorado pela
equipe, decide o procedimento a ser tomado;
XXVIII - O motorista permanece próximo à viatura e atento ao rádio;
XXIX - O 3º homem assume a segurança geral;
XXX - Nas repartições públicas pertinentes ao serviço operacional (IML, DP, etc.), o 4º
homem acompanha o Comandante da Equipe e faz as anotações necessárias; XXXI - Mesmo
o Comandante da Equipe e o 4º homem estando em procedimentos de ocorrência, estarão
sempre atentos a todas as pessoas e detalhes e não apenas aos elementos da ocorrência;
XXXII- Na DP é o Comandante da Equipe que apresenta a ocorrência ao Delegado
plantonista. A postura da equipe é sempre a mesma nessa e em qualquer outra situação;
XXXIII - Se o tempo de permanência na DP for longo, a equipe pode revezar-se para
descansar na viatura, pois o policial militar de Cavalaria não se senta em local público, nessa
situação, a viatura deverá estar abrigada em um local discreto;
XXXIV - Havendo elemento detido, mesmo já apresentado ao Delegado de Polícia, continuará
sobre guarda da equipe até o término do procedimento ou seu recolhimento à carceragem;
XXXV - Na apresentação de qualquer ocorrência na DP é importante pontuar corretamente
os elementos que a compõem. Ex.: que indivíduo portava a referida

134
arma, que detidos agrediu a vítima, qual dos indivíduos carregava o produto do roubo,
entre outras;
XXXVI - Mesmo na DP, não há relaxamento da segurança, pois havendo tentativa de fuga
de preso, resgate ou invasão da DP, a equipe estará pronta para a ação; XXXVII - Sempre que
uma viatura de Cavalaria Motorizada for solicitada por outra e tendo essa um superior,
deverá toda equipe apresentação individual ao mais antigo dessa;
XXXVIII - Quando o Policiamento Montado estiver na rua, a viatura deverá dar apoio de
imediato, evitando atender ocorrências distintas fora da área de patrulhamento;

Seção X
Das Ocorrências em Estabelecimentos Comerciais

Art. 69. Sobre ocorrências em estabelecimentos comerciais conforme POP 403 (Roubo a
banco ou similares), os procedimentos de Cavalaria Motorizado serão da seguinte forma:

I - O COPOM – Cavalaria repassa ao Cavalaria Comando todos os detalhes possíveis,


verificando a origem da chamada, a fim de confirmar a veracidade do fato e se a ocorrência
continua em andamento;
II - Caso os autores tenham empreendido fuga, a equipe deve transmitir as características
para que as viaturas de Cavalaria Motorizada intensifiquem o patrulhamento na área, cobrindo
as possíveis vias de fuga;
III - O Cavalaria Comando determina, no mínimo, duas viaturas para ocorrência, sendo que
durante o deslocamento devem ser observados veículos e pessoas suspeitas, mesmo fora das
características transmitidas pelo COPOM. Se necessário será determinado que outra equipe
realize o cerco nas proximidades;
IV - As equipes empenhadas se aproximam, em sentidos opostos, desligando os sinais
sonoros e luminosos da viatura, parando-a a uma distância segura e posicionando-as de modo
a interromper o fluxo de veículo;
V - A equipe desembarca com arma longa, fazendo a progressão rápida, procurando sempre
abrigo e cobertura, visualizando tudo e todos nas proximidades do estabelecimento, colhendo
informações a respeito da ocorrência;

135
VI - Caso seja visualizado pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s), o 4º Homem, com arma em
bandoleira, faz a busca pessoal, tendo o 1º e 3º homens como seguranças da abordagem e do
perímetro;
VII - O 1º Homem visualiza o interior do estabelecimento, observando a movimentação de
pessoas e avaliando a situação antes de adentrar ao local;
VIII - Sempre que possível determinar ao vigia ou alguém que esteja dentro do
estabelecimento para que saia e repasse mais informações. Se os infratores da lei estiverem no
interior do estabelecimento e haja reféns, isolar o local e informar o COPOM e o Cavalaria
Comando para adoção das providências cabíveis;
IX - Nada sendo constatado, procurar o gerente, colocando a Polícia Militar à disposição,
informando a situação ao COPOM e ao Cavalaria Comando;

Seção XI
Do Acompanhamento e Cerco a Veículo em Fuga

Art. 70. Quando o motorista de um veículo suspeito se recusar a parar para a abordagem e
empreende fuga, a viatura de Cavalaria Motorizada passa a acompanhá-lo, adotando os
seguintes procedimentos conforme o POP 405 (Acompanhamento e cerco a veículo):

I - Acionando sinais sonoros e luminosos;


II - O motorista da viatura tentará manter a menor distância segura possível (cuidado com
colisão na traseira do veículo em fuga);
III - De imediato, o Comandante da Equipe pede prioridade de comunicação na rede rádio e
passa ao Cavalaria Comando os dados do veículo e seus ocupantes, placas, local em que está e
direção tomada;
IV - O Cavalaria Comando cobra do COPOM, através da placa do veículo, algum possível
crime envolvendo o veículo e seus ocupantes;
V - As demais equipes do Pelotão cessam o patrulhamento e posicionam-se,
estrategicamente, na área (vias principais de fuga), baseando-se nas informações passadas
pela equipe acompanhadora para bloqueio e interceptação do veículo em fuga;
VI - As equipes que se colocarem em posição, informam ao Cavalaria Comando

136
para seu controle e coordenação;
VII - A rede rádio deve ficar livre todo tempo possível para a equipe acompanhadora
constantemente informar o local e o destino tomado;
VIII - Em locais sem tráfego intenso ou de madrugada, pode-se obstruir a via com a própria
viatura. Nesse caso, a equipe desembarca com todo o armamento e posiciona-se para possível
confronto;
IX - O motorista da equipe acompanhadora deve tomar todos os cuidados no trânsito e jamais
confiar cegamente que todos lhe abrirão passagem ou irão parar nos cruzamentos;
X - Forçar o veículo suspeito a perder o controle pode provocar acidente envolvendo
inocentes;
XI - Nunca se atira em um veículo que esteja empreendendo fuga, nem mesmo visando os
pneus, uma vez que pode ser apenas um caso de falta de CNH ou pequenos usuários de
entorpecentes assustados;
XII - Mesmo que os ocupantes atirem contra a equipe, há a possibilidade de existência de
reféns no interior do veículo, que poderá ser atingido pelos disparos dos policiais militares;

Seção XII
Do Acompanhamento de Pessoas a Pé

Art. 71. O acompanhamento de pessoas a pé pela equipe de Cavalaria Motorizada será


realizado da seguinte forma:

I - A viatura pode ser utilizada até onde for possível o seu deslocamento com segurança para
a equipe;
II - Em caso de desembarque em que haja a necessidade de dividir a equipe, observar o
princípio da superioridade numérica. Não permitir que a viatura fique abandonada;
III - Se os indivíduos fugitivos se dividirem, imediatamente escolhe-se um deles, pois sendo
esse detido, pode levar os Policiais Militares aos demais;
IV - O motorista deve estacionar a viatura em local seguro, trancar e fechar as portas e seus
vidros, permanecendo coberto e abrigado em local que tenha visão da viatura

137
e do local, portando uma arma longa;
V - Jamais executar o “disparo de Advertência”, visto que na maioria dos casos o fugitivo
tende a aumentar o seu pânico e, consequentemente, a sua velocidade de fuga e de desespero,
além do risco do projétil atingir inocentes;
VI - Caso o suspeito adentre em mata e a equipe o perca de vista, deve-se cercar o local e
acionar os apoios necessários à busca;
VII - Se o fugitivo homiziar-se em alguma residência e a situação permitir, a equipe deve
realizar adentramento tático. Tratando-se de favela e outros becos similares, atentar para a
progressão com cautela, utilizando-se coberturas e abrigos;
VIII - Ocorrendo a captura do suspeito, deve-se averiguar nas imediações e na rota da fuga
com intuito de encontrar algum objeto por ele dispensado;

Seção XIII
Dos Procedimentos em Locais de Difícil Acesso

Art. 72. Em locais de difícil acesso, o procedimento será da seguinte forma:

I - A viatura deve se deslocar de modo a não despertar atenção de terceiros, devagar e


preferencialmente em 1ª marcha;
II - Os demais componentes desembarcam, portando arma longa, o 1º e 3º Homem
posicionam-se a frente da viatura, enquanto o 4º Homem se posiciona atrás da viatura;
III - A(s) viatura(s) será(ão) posicionada(s) em local seguro, fechada(s), ficando o 2º Homem
de cada uma responsável pela segurança dessa(s), portando arma longa. Os demais fazem a
incursão adotando todas as medidas de segurança;

Seção XIV
Do Término do Serviço

Art. 73. No término do serviço, serão realizadas as seguintes atividades pelas equipes de
Cavalaria Motorizada:
I - Ao término do serviço, o Cavalaria Comando, via telefone funcional, determina o retorno
das equipes ao RC. Poderá ainda, eleger um local para reunião das equipes

138
e posterior retorno ao RC. Uma vez que o retorno se dê em comboio, esse deverá obedecer à
mesma ordem estabelecida na saída para o serviço;
II - Os Comandantes de Equipes confeccionam os relatórios de serviço e demais documentos
que houver, encaminhando-os ao Cavalaria Comando. O 3º Homem de cada equipe, depois de
autorizado pelo Cavalaria Comando, desequipa a viatura e o motorista a estaciona em local
apropriado;
III - Após o material das viaturas ter sido conferido e entregue na reserva de armas, e todos
tomarem ciência das alterações do dia e das ordens para o serviço seguinte, as equipes serão
liberadas pelo Cavalaria Comando;

Seção XV
Das Considerações Gerais

Art. 74. Durante o patrulhamento a equipe pode parar para um lanche, se não houver
possibilidade de alimentação no interior do RC ou dependências. O local escolhido deve ter
boa aparência, não ser mal frequentado, estar situado em local que não oferece grande risco à
equipe. Como em qualquer local ou situação em que a viatura estacionar (que não seja para
atendimento de ocorrência) dá-se uma volta nas imediações observando tudo, cientificando-se
de que não há nada de irregular.

§ 1º No desembarque, o Comandante de Equipe faz a segurança geral e o 3º Homem faz a


contenção do trânsito e o 4º Homem, o balizamento, de acordo com o fluxo da via. A equipe
se divide. Enquanto a metade realiza a refeição, os demais ficam atentos ao rádio, cuidando da
segurança. A primeira parte da equipe ao entrar no estabelecimento, discretamente observa
todos para verificar se há algo suspeito.

§ 2º Os policiais militares não se sentam ou se descobrem, ficando em um canto discreto, que


ofereça melhor visão de todo o estabelecimento, mantendo sempre a postura de um
cavalariano. Ao sair do estabelecimento, deve-se pagar pelo que foi consumido. A equipe
quando desembarcada, deve postar-se de modo que cada integrante estabeleça sua posição,
resguardando sua área de segurança e agindo como se embarcado estivesse.

§ 3º Caso a equipe se divida, o perímetro da área de segurança do policial ausente será


assumida pelo Segurança que se encontrar na viatura.

139
TÍTULO IV
DA REPRESENTAÇÃO

CAPÍTULO I
DAS INSÍGNIAS DO REGIMENTO DE CAVALARIA

Seção I
Do Brasão do Regimento de Cavalaria

FIGURA Nº 01 - Brasão do Regimento de Cavalaria

Art. 75. Brasão circular, com uma circunferência interna que leva os dizeres
“REGIMENTO DE CAVALARIA” na parte superior e “ARY RIBEIRO VALADÃO
FILHO”, na parte inferior, separados por duas estrelas de cinco pontas. O nome do Regimento
foi uma homenagem póstuma ao filho do então Governador do Estado de Goiás Ary Ribeiro
Valadão.

140
I - No interior do brasão há dois cavalos centralizados na posição de curveta um de frente
para o outro;
II - No centro há um escudo de formato suíço, na cor amarela, com uma rosa dos ventos
(azul), na parte superior, as tradicionais lanças de Cavalarias ao meio e na parte inferior a
sigla e “PMGO”;
III - Na parte inferior do círculo interno há as inscrições “REGIMENTO DE CAVALARIA”
e o ano de fundação do Regimento “1980”, dentro de um listel de cor azul;
Seção II
Do Estandarte Histórico do Regimento de CAVALARIA

FIGURA Nº 02 - Estandarte Histórico do Regimento de Cavalaria

Art. 76 - Tem forma retangular e tipo bandeira universal medindo 0,90m x 1,30m em cetim
vermelho, com um retângulo de contorno branco. Dentro do retângulo em abismo, o Brasão
da Cavalaria e acima do Brasão a tradicional frase “SEMPRE HAVERÁ UMA
CAVALARIA!”.

141
Seção III
Do Estandarte do Choque Montado do Regimento de CAVALARIA

FIGURA Nº 03 - Estandarte do Choque Montado.


Art. 77 - Tem forma retangular e tipo bandeira universal de tamanho 0,90m por 1,30m em
cetim camuflado urbano, tendo em abismo o Brasão da Cavalaria. Acima do Brasão, há a
tradicional frase “SEMPRE HAVERÁ UMA CAVALARIA!” e abaixo a inscrição
“CHOQUE MONTADO”.

Seção IV
Da Insígnia do Comandante do Regimento de CAVALARIA

FIGURA Nº 04 - Insígnia do Comandante.

142
Art. 78 - Tem forma retangular tipo bandeira universal medindo 0,80m x 1,20m, partida em
dois campos, sendo o primeiro (lado esquerdo) constituído de fundo preto, contendo em
abismo o Brasão do Regimento de Cavalaria. No segundo campo (lado direito), quatro faixas,
duas na cor branca e duas na cor vermelha intercaladas, representando as cores tradicionais de
cavalaria.

Seção V
Do serviço veterinário regimental

FIGURA Nº 05 - Serviço Veterinário Regimental

Art. 79. Brasão circular que traz em seu centro, internamente e justapostos, o símbolo da
Medicina Veterinária na cor verde, que é constituído por uma serpente entrelaçada no Bastão
de Asclépio (ou Esculápio) e pela letra “V”, bem como a silhueta de um busto equino na cor
preta, esse à direita e aquele à esquerda.

I - Dentro do círculo central e acima das imagens, a inscrição PMGO. Circundando o anel
externo superior do círculo central estão inscritos os dizeres “REGIMENTO DE

143
CAVALARIA” e, também externamente e no bordo inferior, os dizeres “SERVIÇO
VETERINÁRIO REGIMENTAL”. Conta ainda com 2 estrelas sólidas, de cinco pontas,
colocadas em lados opostos e centralizadas no anel externo do Brasão, todos esses elementos
na cor preta.

Seção VI
Do Brasão da Ferradoria Regimental

FIGURA Nº 06 - brasão da Ferradoria Regimental

Art. 80. Brasão que traz em seu centro os dois símbolos principais da atividade milenar de
ferrar cavalos, uma ferradura na cor cinza com os tacões voltados para cima, frisada, com 4
craveiras à direita e 5 à esquerda. Internamente a ela, uma bigorna de ferrador, na cor preta,
com o corno voltado para a esquerda. Esse conjunto se sobrepõe a duas lanças cruzadas –
Símbolo da Arma de Cavalaria – que ostentam, cada uma em sua extremidade, um galhardete
bipartido nas cores branco e vermelho. Na parte inferior o Brasão é ornamentado por um listel
vermelho que se eleva da esquerda para a direita e traz, inscrito na cor branca, os dizeres
“FERRADORIA REGIMENTAL”.

144
Seção VII
Galhardete de Cavalaria

FIGURA Nº 07 - Em Tempo de Paz FIGURA Nº 08 - Em Tempo de Guerra

Art. 81. Tem forma de “bandeirola” na horizontal e usado na ponta das lanças (arma
tradicional de Cavalaria). Mede 48 cm na horizontal e 40cm na vertical, tem 38cm no vértice.
O galhardete possui duas cores, branco e vermelho, ambas com 20 cm de altura, mesmas
cores pintadas nas lanças que servem de haste para o galhardete.

§ 1º O galhardete de Cavalaria pode ter seu significado modificado, dependendo de como é


utilizado na lança. Se esse vier com a cor branca para cima significa que se está em tempo de
paz e com a cor vermelha para cima, em tempo de guerra.

CAPÍTULO II
DOS DESFILES CÍVICO-MILITARES

Art. 82. A presença do Regimento de Cavalaria em Desfiles Cívicos e Militares deve sempre
exprimir a força, organização e a garbosidade esperados de uma tropa histórica, tal como a
Cavalaria, requisitos indispensáveis para o cumprimento de missões desta natureza. Para se
dirigir e coordenar a tropa poderão ser empregados os seguintes meios: comando verbal, gesto
ou corneta, que devem sempre ser empregados de forma a garantir a boa evolução e
desenvolvimento.

§ 1º A formação a ser adotada, analisando sempre as possibilidade e adequação do local, será


preferencialmente coluna por três. A composição interna do pelotão deverá respeitar a
hierarquia militar.

145
§ 2º As regras a serem seguidas para a composição de cada tipo de fardamento são as já
previstas no Regulamento de Uniformes da Polícia Militar do Estado de Goiás - RUPMGO.

§ 3º O Regimento de Cavalaria possui 03 (três) diferentes tipos de fardamentos e


equipamentos a serem utilizado pelos cavalarianos e cavalos em desfiles, e caberá sempre ao
Comando a designação de qual será utilizado, levando em consideração a requisição a ser
atendida e a disponibilidade de tropa a ser empregada, são eles:

I - Histórico - Dragões de Goiás, uniformes 16º A e 16º B, armados com a lança de Cavalaria
(coloca ou não o item);
II - Choque Montado, uniforme 5º D, armados com bastão de Cavalaria (item);
III - Policiamento Montado, uniforme 5º C, armados com a arma de porte devendo manter a
mão forte no coldre durante o desfile;

§ 4º Já os equipamentos indispensáveis ao encilhamento para a formação da composição são


os previstos nesta doutrina (vide capítulo II, título V).

§ 5º Quando houver o emprego dos três pelotões comandados por Oficiais, armados com
espadas, em conjunto com a Guarda Bandeira será utilizada a seguinte disposição:

I - Formando a figura de um losango:


a) Comandante do Regimento de Cavalaria, à frente;
b) Subcomandante do Regimento de Cavalaria, 01 (um) corpo de cavalo à retaguarda e à
direita do Comandante;
c) Corneteiro, 01 (um) corpo de cavalo à retaguarda e à esquerda do Comandante;
d) Estandarte Choque Montado do Regimento de Cavalaria, 03 (três) corpos à
retaguarda do Comandante; FIGURA nº 09
II - Guarda Bandeira será formada a 03 (três) corpos de cavalo à retaguarda do Estandarte
Choque Montado do Regimento de Cavalaria por duas linhas, contendo cada linha 05 (cinco)
cavalarianos. Na primeira linha, ao centro a Bandeira do Brasil, ao lado direito a Bandeira do
Estado de Goiás, à esquerda o Estandarte Histórico do Regimento de Cavalaria e nas
extremidades dois lanceiros portando o Galhardete de Cavalaria. A segunda linha será
composta exclusivamente por lanceiros com o Galhardete de Cavalaria; FIGURA nº 10

146
III - Pelotão Histórico, 03 (três) corpos de cavalo à retaguarda da Guarda Bandeira;
FIGURA nº 12
IV - Pelotão de Choque Montado, 03 (três) corpos à retaguarda do Pelotão Histórico;
FIGURA nº 13
V - Pelotão de Policiamento Montado, 03 (três) corpos à retaguarda do Pelotão de Choque
Montado. FIGURA nº 14

147
FIGURA Nº 09 - Disposição em Figura de Losango

148
FIGURA Nº 10 - Guarda Bandeira.

149
FIGURA Nº 11 - 1º Pelotão Uniforme Histórico (Dragões de Goiás).
150
FIGURA Nº 12 - 2º Pelotão de Choque Montado
151
FIGURA Nº 13 - 3º Pelotão de Policiamento Montado

152
§ 6º A quantidade mínima de militares a serem empregados em um desfile será de no mínimo
13 (treze) militares por pelotão, para garantia da imponência decorrente da presença da tropa
de Cavalaria. Essa que terá como Comandante preferencialmente um Oficial subalterno,
armado de espada.

§ 7º A título de representação poderá ser utilizado menor número de militares, desde que,
atendidos e analisados os critérios mínimos de segurança, necessitando sempre viatura de
apoio. Os pelotões também poderão ser empregados de forma isolada, após analise do
Comando sobre a magnitude do Desfile.

CAPÍTULO III
DAS GUARDAS

Art. 83. Para a composição de todas as Guardas serão sempre empregados cavalarianos
utilizando o fardamento histórico Dragões de Goiás. Esses devem estar armados com lanças
de Cavalarias ou Oficiais com espadas, a pé ou a cavalo, respeitando a ocasião e a capacidade
do local de emprego da tropa.

Seção I
Da Guarda do Regimento de Cavalaria

Art. 84. Utilizada apenas em solenidades especiais e sempre por determinação do


Comandante da Cavalaria. O tamanho da guarda dependerá da magnitude do evento, sendo a
quantidade mínima de 04 (quatro) cavalarianos, comandada por um Sargento. As continências
deverão seguir o Regulamento estipulado pela PMGO.

153
FIGURA Nº 14 - Posição de Descansar

FIGURA Nº 15 - Posição de Sentido

154
FIGURA Nº 16 - Apresentar Arma

Seção II
Da Guarda Matrimonial de Cavalaria

Art. 85. A Guarda Matrimonial de Cavalaria trata-se de um dispositivo formado por


cavalarianos para homenagear um cavalariano que realiza cerimônia de união religiosa.

§ 1º Para fazer jus à homenagem, o nubente deverá fazê-lo fardado e só poderá ser formada
para matrimônio de um cavalariano com a devida autorização do Comandante do Regimento
de Cavalaria e será comandada por um Oficial, armado com espada.

§ 2º A Guarda consiste em uma formação em “corredor” ou coluna por dois com frente para o
interior, a essa formação será dado o nome de “Cúpula de Cavalaria”, formação utilizada na
entrada e saída dos participantes do matrimônio. Durante a celebração do casamento deverá
fazer frente para o altar. E ao dispositivo clímax da Guarda com as lanças de Cavalaria
formando a cobertura do corredor de saída dos

155
nubentes, será dado o nome de “Teto de Cavalaria”, nessa formação os cavalarianos devem
segurar a lança com as duas mãos sendo a esquerda acima e a direita na altura da cintura,
devendo tocar as lanças repetidas vezes para a passagem dos nubentes.

FIGURA Nº 17 - Cúpula de CAVALARIA (frente para o corredor)

156
FIGURA Nº 18 - Cúpula de Cavalaria (frente para o altar)

157
FIGURA Nº 19 - Teto de Cavalaria

158
Seção
159
Da Guarda Fúnebre de Cavalaria

Art. 86. Diante da necessidade de prestigiar autoridades civis e militares, com a devida
autorização do Comandante do RC, a Guarda Fúnebre de Cavalaria poderá ser utilizada para
homenagear: o Governador e o Vice Governador do Estado de Goiás, ex Comandantes do
Regimento de Cavalaria, cavalarianos ou Policiais Militares que formaram no RC e estavam
lotadas no Regimento ao passaram para Reserva Remunerada. O caixão fúnebre poderá ser
coberto com o Estandarte Histórico do Regimento de Cavalaria.

§ 1º Deverá ser empregada a quantidade mínima de 04 (quatro) cavalarianos, respeitando a


ocasião e o tamanho do local do velório. Os cavalarianos ladeiam o caixão fúnebre na posição
de descansar, postando-se com frente para o interior, e tomam posição de sentido quando da
substituição e no momento da retirada do caixão fúnebre. Após esse ato, ao comando de “Fora
de forma, marche”, a Guarda Fúnebre de Cavalaria será desfeita.

FIGURA Nº 20 - Formação de Guarda Fúnebre

159
Seção
160
Da Escolta de Autoridade

Art. 87. A formação mínima para a composição da Escolta de Autoridade deverá permanecer
à frente da autoridade e ao centro o Comandante da Cavalaria, esse acompanhado por mais 04
(quatro) cavalarianos, preferencialmente Oficiais e os demais militares, formando a figura de
um retângulo, tendo o veículo com a autoridade ao centro. A quantidade mínima a ser
empregada é de 03 (três) cavalarianos em coluna por um à direita e à esquerda da autoridade e
05 (cinco) em linha à retaguarda do veículo da autoridade prestigiada.

160
FIGURA Nº 21 - Formação de Escolta de Autoridade
161
CAPÍTULO IV
DAS REPRESENTAÇÕES COMUNITÁRIAS DE CAVALARIA

Seção I
Do Perfil do Cavalariano

Art. 88. Perfil do cavalariano para atuar em Representações Comunitárias de


Cavalaria:

I - Ter facilidade no trato com público e comunidade em geral;


II - Passar confiança para as pessoas, isso é, estabelecer relações facilmente, saber como
atuar, o que dizer e fazer as pessoas se sentirem confortáveis;
III - Ser empático e tolerante, ou seja, ajudar os que necessitam, saber lidar com
diferenças e ser comprometido com a missão;
IV - Ser versátil, assim sendo, ajustar-se prontamente a diferentes situações; V -
Saber controlar os cavalos envolvidos no evento;
VI - Ser expressivo na comunicação oral (como, por exemplo, para manter o interesse do
grupo na atividade);
VII - Falar de maneira clara e articulada;

Seção II
Das Características do Cavalo

Art. 89. Características do Cavalo para Representações Comunitárias de Cavalaria:

I - O cavalo utilizado nas atividades deve ser dócil, com índole e doma adequada e sem
vícios, por exemplo, que não seja passarinheiro, coiceiro, empacador, mordedor ou inquieto;
II - Ter estatura baixa;
III - O cavalo deve estar amadrinhado, ou seja, deve conviver pacificamente no piquete, em
pequena área cercada ou no percurso da atividade juntamente com outros cavalos;
IV - O cavalo deve estar ambientado com o tipo de evento proposto;

162
Seção III
Do Passeio Interativo Guiado - PIG

Art. 90. Essa modalidade consiste em promover a aproximação e interação da


comunidade com a Polícia Militar, especificamente com o Regimento de Cavalaria,
engrandecendo a imagem da PMGO. Por meio dessa modalidade o grupo envolvido terá uma
experiência com o cavalo, sendo esse utilizado como o principal agente de interação social.

§ 1º A segurança do participante, do cavalariano, dos auxiliares e do cavalo é um requisito


primordial para a atividade. O cavalariano ou auxiliar deve realizar uma checagem geral para
verificar as condições do cavalo e do seu encilhamento antes de iniciar a atividade.

§ 2º O Passeio Interativo Guiado deve ser realizado na andadura ao passo e utilizar sela do
tipo australiana. Esse tipo de sela proporciona uma maior segurança ao participante por
possuir um apoio no cepilho, vide Subseção I, Seção IV, Título V. Esse suporte auxilia no
equilíbrio e estabilidade do participante. Durante a atividade o participante deve ser orientado
a segurar com as duas mãos na alça de segurança da sela.

§ 3º No Passeio Interativo Guiado, quando realizado no decorrer do Policiamento Montado, o


cavalariano utilizará as rédeas para conduzir o cavalo durante a atividade, sendo exclusivo
para crianças.

§ 4º Nas demais hipóteses do Passeio Interativo Guiado será utilizada uma guia com buçal e
os estribos de segurança que devem ser ajustados corretamente, respeitando a estatura do
participante.

163
FIGURA Nº 22 - Participante do PIG

§ 5º O cavalariano guia conduzirá o cavalo do participante pelo lado esquerdo, devendo


utilizar um auxiliar na lateral direita para proporcionar maior segurança ao participante.

§ 6º No PIG, tanto o cavalariano guia como o auxiliar devem ter o conhecimento para
poder executar de maneira correta o Procedimento de Segurança, sendo esse um instrumento
de prevenção de riscos de acidentes inerentes a esse determinado tipo de atividade.

164
§ 7º No Procedimento de Segurança o cavalariano guia e o auxiliar devem manter- se sempre
atentos e próximos ao cavalo e ao participante. Desse modo, a possibilidade de realizar o
procedimento de retirada de emergência do participante de sobre o cavalo, caso seja
necessário, é maior.

§ 8º Os cavalarianos devem praticar rotineiramente as ações de retirada de emergência, para


que cada integrante da equipe saiba exatamente o que deverá fazer, de forma coordenada,
caso uma situação de emergência venha a ocorrer. A manutenção da calma durante o
procedimento de retirada de emergência é de total importância na sua execução, resultando na
manutenção da integridade física de todos os participantes.

§ 9º Esse tipo de atividade envolve riscos inerentes ao comportamento do cavalo. Quando


ocorrer algum tipo de alteração no comportamento do cavalo, a primeira atitude a ser utilizada
será sempre manter o animal calmo. Nessa fase, o participante deverá ser mantido na sela, o
guia e o auxiliar devem o segurar de ambos os lados, visando não traumatizar o participante,
evitar retirá-lo e montá-lo novamente no cavalo.

§ 10. A retirada de emergência será realizada quando o guia e o auxiliar notarem que a
tentativa de acalmar o animal teve insucesso. Para realizar esse procedimento e evitar que
ocorra algum acidente as seguintes ações devem ser seguidas:

I – O cavalariano guia tentará controlar o cavalo, em seguida direcionar a cabeça do cavalo


utilizando o buçal para o lado em que se encontra o auxiliar, para o lado direito. Dessa forma,
evitará que a garupa do cavalo se aproxime do auxiliar;
II – O auxiliar deverá segurar o corpo do participante, puxando-o pelo tronco para o lado
direito e se afastando do cavalo.

§ 11. De acordo com o grupo e as características do evento, a quantidade de auxiliares pode


ser alterada. Em qualquer circunstância, o grupo deve contar com pelo menos 01 (um)
condutor e 01 (um) auxiliar a cada grupo de 20 (vinte) participantes.

§ 12. Para a realização da atividade de Passeio Interativo Guiado é necessário uma escada ou
suporte para auxiliar o participante a montar no cavalo sempre com apoio do auxiliar.

165
§ 13. É necessária a utilização de vestimentas que permitam a mobilidade e proteção ao
participante. Preferencialmente, utilizar calçado fechado. Deve ser utilizado o capacete hípico
para o mesmo, corretamente ajustado.

§ 14. Deve ser orientado para que o grupo de participantes se mantenha em fila e coeso,
evitando que qualquer participante se aproxime do cavalo sem a devida autorização, para
evitar risco de acidentes.

§ 15. O cavalariano guia e os auxiliares envolvidos na atividade devem se manter sempre


atentos, próximos ao cavalo e orientando os participantes para a possibilidade de uma
provável situação de emergência durante a realização da atividade. Isso porque durante a
atividade algumas circunstâncias podem modificar o comportamento e atitudes habituais do
cavalo, como ruídos estranhos, gestos bruscos, tecidos, entre outras.

§ 16. O Passeio Interativo Guiado deve ser realizado em superfícies planas, sem aclives e
declives acentuados e seguras como grama, areia, brita, cimento e asfalto, não devendo ser
executado em superfícies escorregadias e com inclinações que possam colocar em risco todos
os envolvidos, como cerâmica, cimento liso e pintado.

CAPÍTULO V
DA VISITAÇÃO AO REGIMENTO DE CAVALARIA

Art. 91. As visitas ao Regimento de Cavalaria têm como objetivo engrandecer o nome da
instituição Polícia Militar com a sociedade, demonstrando transparência e informação sobre a
rotina do cavalariano.

§ 1º A principal ferramenta de aproximação utilizada é o cavalo, esse que proporciona uma


facilidade na relação entre o cavalariano e a comunidade.

166
Seção I
Das Normas da Visitação

Art. 92. Normas da visitação:

I - Encaminhar ofício ou email para previa autorização com, no mínimo, 15 dias de


antecedência para o Comando do Regimento de Cavalaria;
II - O ofício de solicitação deverá conter as seguintes informações:
a) No mínimo 03 (três) datas e horários sugeridos para a visita;
b) Tipo de público (colégio, creches, instituição beneficente, etc.)
c) Nome do responsável;
d) Tipo de transporte que será utilizado;
e) Quantidade de visitantes;
f) Média de idade do grupo;
III - Toda e qualquer visita deverá conter um responsável pelo grupo, devendo contar com
monitores para apoio;
IV - A visita terá a duração máxima 02 (duas) horas;
V - É liberada por tempo determinado a realização de lanche, fornecido pelo responsável, no
anfiteatro após as atividades da visita, não extrapolando o tempo previsto. Contudo, essa
refeição deve ser informada no ofício de solicitação;

Seção II
Das Etapas da Visitação

Art. 93. Etapas da visitação:

I - Apresentação dos cavalarianos responsáveis para atender a visita; II -


Breve apresentação histórica do Regimento de Cavalaria;
III - Instalações a serem visitadas:
a) Ferradoria Regimental;
b) Serviço Regimental Veterinário;
c) Deposito de alimentação dos cavalos;
d) Baias e piquetes;
e) Quartilharia com materiais de encilhamento;

167
f) Pasto com potros;
g) Picadeiro coberto;
h) Anfiteatro.
IV - Passeio Interativo Guiado – PIG;

§ 1º O grupo deve ser orientado sobre a maneira correta de se comportar ao terem contato
com os cavalos, não devendo em nenhuma hipótese se aproximar dos cavalos sem devida
autorização, a fim de evitar risco de acidentes.

§ 2º Todas as atividades do passeio serão coordenadas pelo cavalariano responsável.

Seção III
Das Especificações do Público

Art. 94. Especificações do público:

I – Crianças:
a) De 03 a 12 anos;
b) É permitido o contato supervisionado com o cavalo;
c) É permitido o Passeio Interativo Guiado conforme capítulo IV, seção III;
d) A cada grupo de 10 (dez) crianças é necessário um monitor para o bom andamento da
visita;
II - Adolescentes e Adultos:
a) De 12 a 60 anos;
b) É permitido o contato supervisionado com o cavalo;
c) É permitido o Passeio Interativo Guiado conforme capítulo IV, seção III;
d) A cada grupo de 15 (quinze) adolescentes é necessário um monitor para o bom
andamento da visita;
III – Idosos:
a) De 60 a 80 anos;
b) É permitido o contato supervisionado com o cavalo;
c) Não é recomendado o Passeio Interativo Guiado para idosos com algumas dificuldades de
mobilidade e equilíbrio;

168
d) A cada grupo de 10 (dez) idosos é necessário um monitor para o bom andamento da visita;
e) Idoso com maior dificuldade de mobilidade é necessário estar acompanhado com o
cuidador.

CAPÍTULO VI
DAS REPRESENTAÇÕES EM EVENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS

Art. 9. O RC Engenheiro Ary Ribeiro Valadão Filho se resguarda do direito de disponibilizar


militares para eventos de natureza privada apenas de forma que não comprometa a efetividade
de seus serviços ordinários. Tal como de forma a garantir a ostensividade que sua presença
exige e em consonância com a legislação da PMGO quanto à cobrança de taxa, emissão e
pagamento de guia emitido pelo Fundo de Reaparelhamento e Aperfeiçoamento da PMGO –
FREAP.

§ 1º Em eventos de Festa de Debutantes, apenas para descendentes de 1º grau de cavalarianos,


será sempre utilizado fardamento histórico Dragões de Goiás, sendo necessária a
comprovação de vínculo familiar com militar da Unidade para autorização da participação. A
quantidade de militares será definida respeitando as particularidades do local, magnitude do
evento e disponibilidade de militares. Poderá ser empregada tropa a pé ou montada,
conforme solicitado. Poderá utilizar a lança de Cavalaria em eventos dessa natureza.

§ 2º Os cavalarianos escalados para esses eventos devem se portar de forma exemplar,


respeitando o decoro e pundonor militar, podendo dispensar o uso do colete balístico.

Seção I
Dos Requisitos para as Representações em Eventos Públicos e Privados

Art. 96. Requisitos:

I - Encaminhar ofício ou email para prévia autorização de participação com, no mínimo, 15


dias de antecedência para o Comandante do Regimento de Cavalaria;

169
II - O ofício de solicitação deverá conter as seguintes informações:
a) Data e horários (início e término);
b) Local;
c) Tipo de grupo participante do evento;
d) Nome do responsável do evento;
e) Objetivo do evento;
f) Quantidade de público agraciado;
III - A representação no evento deverá ter duração conforme determinação do Comandante
da Cavalaria, não excedendo o período de 02 (duas) horas;
IV - Toda e qualquer representação deverá ter uma ampla estrutura que acomode os
cavalarianos e os cavalos;
V - Em eventos externos se faz necessário o apoio da viatura de Cavalaria para fazer a
segurança dos cavalarianos envolvidos;
VI - Toda e qualquer representação deverá ser em local arejado, em locais cobertos ou
sombreados, não havendo essa possibilidade, fazer o uso de tendas com dimensão mínima de
10 x 10 metros;
VII - De acordo com as características do evento, devem ser realizadas paradas para
descanso dos cavalos e cavalarianos, com fornecimento de água e alimentação para ambos;
VIII - É permitido o Passeio Interativo Guiado em representações e em eventos que possuem
prévia solicitação para atividade devendo ocorrer conforme capítulo IV, seção III;
IX - Não serão permitidas quaisquer interferências realizadas por Policiais Militares não
pertencentes ao Regimento de Cavalaria. Toda decisão deverá ser tomada pelo cavalariano
mais antigo hierarquicamente escalado para a Representação. Qualquer solicitação realizada
pela Organização do Evento deverá ser feita ao cavalariano mais antigo escalado, esse que
analisará a segurança e os riscos decidindo, assim, se atende ou não tal solicitação;

170
CAPÍTULO VII
DA REPRESENTAÇÃO HÍPICA MILITAR

Art. 97. O Hipismo é a arte de montar a cavalo compreendendo todas as práticas desportivas
que envolvam esse extraordinário animal. Exemplos dessas modalidades são: Salto,
Adestramento, Concurso Completo de Equitação (CCE), sendo essas modalidades Olímpicas,
e ainda Polo, Basquete Militar a Cavalo, Maneabilidade a Cavalo.

§ 1º O Hipismo, por ser um esporte de origem militar, praticado pela maioria dos exércitos no
mundo, também faz parte das atividades de todo Regimento de Cavalaria. Sendo praticado
por cavaleiros militares que ostentam com orgulho excelentes resultados em concursos
nacionais e até mesmo, internacionais.

§ 2º Os cavalarianos que participarem de qualquer competição Hípica deverão estar


devidamente uniformizados respeitando o que está previsto no Regulamento de Uniformes da
Polícia Militar do Estado de Goiás - RUPMGO. É permitido utilizar os uniformes 2º B
(Túnica Ocre de Cavalaria), 2º C (Túnica de Competições Hípicas) ou 3º D (Farda de Passeio
de Cavalaria), todos fazendo uso do capacete hípico.

§ 3º Sendo tradição nos Regimentos de Cavalaria do Brasil e do mundo, a realização de


Concursos Hípicos que buscam promover a interação entre as Unidades com intuito de
trocarem experiências e o fortalecimento dos laços de camaradagem das Cavalarias. O RC
Engenheiro Ary Ribeiro Valadão Filho tem a tradição de realizar anualmente o Concurso
Hípico em Comemoração ao Aniversário da PMGO.

171
TÍTULO V
DA CONTENÇÃO, MANEJO, TRANSPORTE,
FERRADORIA E SERVIÇO VETERINÁRIO REGIMENTAL

Art. 98. Não existe Cavalaria sem Cavalo. Antagonicamente ao porte robusto e imponência
natural, o cavalo é um animal de rotina e precisa ser manejado diariamente com esmero, para
que não sofra distúrbios fisiológicos e/ou comportamentais que podem evoluir de um leve
desconforto a até mesmo o óbito desse animal. Esse título traz as ações mínimas necessárias à
lida segura diária dos solípedes do RC.

CAPÍTULO I
DA CONTENÇÃO

Seção I
Das Formas Básicas de Contenção

Art. 99. Algumas características específicas dos cavalos parecem óbvias, porém, muitas vezes
são esquecidas. Dado isso, esses atributos exigem de todos os cavalarianos ações especiais na
lida diária com esses animais. Em seu ambiente natural, eles são presas e seu instinto é,
primeiramente, desvencilhar-se e empreender fuga. Recursos de contenção são necessários
para que seja possível o manejo de maneira mais efetiva e segura, tanto para o cavalo quanto
para o cavalariano. Destarte, segue a descrição de algumas formas básicas de contenção que
podem ser aplicadas aos solípedes:
I - Buçal: Comumente conhecido como ‘cabresto’, é o modo mais comum de contenção.
Consiste em controlar a cabeça do cavalo através de uma cabeçada simples, feita com corda.
Pode ser de três ou seis nós e deve ter um cabo livre de, no mínimo, 2 metros. O modelo
industrializado feito em nylon com fivelas e argolas também pode ser utilizado;

172
FIGURA 01 - Buçal/Cabresto

II - Palanqueamento: Com o buçal colocado corretamente na cabeça do cavalo, esse


poderá ser palanqueado. A palanca deverá ser fixa (anteparo feito ou fixado em alvenaria.
Ex.: troncos e argolas em paredes), elas devem ser resistentes o suficiente para resistir a
possíveis reações de tentativa de fuga dos cavalos utilizando a força. As palancas deverão
estar preferencialmente em uma altura mínima de 1,20 m. É proibido palanquear o cavalo em
postes de energia, grades, árvores que tenham bifurcações em seu tronco (nesse caso,
bifurcações abaixo de três metros de altura do solo) e em estruturas que coloquem sua vida ou
saúde em risco. A forma de se afixar o cabo do buçal na palanca é o nó corrente, conforme
a figura abaixo;

FIGURA 02 - Nós para Palanca

173
Parágrafo único. Outras formas de contenção mecânica que poderão ser utilizadas para conter
o ímpeto de fuga do cavalo são: o cachimbo (pressão do lábio superior do cavalo), paletó
(pressão no couro da tábua do pescoço) ou torção de orelha. Em alguns casos mais
específicos e de acordo com a avaliação do médico veterinário ou ferrador do RC, poderá
ser usada a contenção química mediante administração de anestésicos específicos.

CAPÍTULO II
DO MANEJO

Art. 100. É fundamental manter o bom estado de higiene e a condição adequada de trabalho,
em qualquer que seja o emprego dos cavalos. Tanto na atividade de Choque Montado,
Policiamento Montado, Passeio Interativo Guiado – PIG ou Representação há que se orientar
em seu correto trato e nos cuidados diários e periódicos.

Seção I
Dos Materiais de Limpeza

Art. 101. Rasqueadeiras (borracha e alumínio), escova, pente de crina/cola, rodinho, limpador
de casco e escova.

FIGURA 03 – Equipamentos para Limpeza

174
Seção II
Dos Procedimentos de Limpeza

Art. 102. Os cuidados para a limpeza do cavalo se iniciam no momento em que ele é retirado
da baia ou piquete.
§ 1º A aproximação do local onde esse se encontra deve ser feita com cuidado para que ele
não se assuste e empreenda fuga ou reações de autopreservação como coices, manotaços e
mordidas.
§ 2º O ideal é chamar a atenção do cavalo conversando de forma tranquila para que ele se
mantenha calmo.
§ 3º O cavalariano deve sempre se aproximar na região da espádua do cavalo, passar o cabo
do buçal sobre o pescoço, a fim de evitar que ele fuja (nunca lançar o buçal sobre o dorso do
cavalo como é feito comumente em ambientes rurais), após isso, colocar o buçal de forma
correta em sua cabeça. Só então o cavalo pode ser palanqueado em uma palanca fixa para dar
início ao toalete. Esse se dá na seguinte sequência:
I - O primeiro material a ser empregado é o Limpador de casco, que deverá ser aplicado na
limpeza e verificação de todas as solas dos cascos;
II - Em seguida, aplica-se a Rasqueadeira de Borracha, fazendo movimentos circulares na
direção contrária aos pelos. Essa deve ser utilizada em todas as partes do corpo do cavalo para
retirada de pelos velhos e sujeira impregnada;
III - Ao término do rasqueamento, emprega-se a Escova em movimentos lineares, contra e a
favor do sentido dos pelos para a retirada de todo o material extraído pela rasqueadeira;
IV - Ao final dessa etapa, caso seja necessário, utiliza-se a Rasqueadeira de Ferro/Alumínio,
a favor do sentido dos pelos e somente nas regiões que não haja protuberâncias ósseas, como
costelas, ponta da anca, face, joelho e jarrete para retirada de excesso de pelos. Se for feita a
utilização da rasqueadeira de ferro/alumínio, repetir a aplicação da Escova, nos moldes já
descritos no Inciso III;
V - A próxima etapa é a utilização do Pente de Crina e Cola. Esse material é utilizado para
pentear e desembaraçar a cola de todos os cavalos e a crina daqueles utilizados para
Representação;

175
VI - Realizados os procedimentos de limpeza a seco, inicia-se a Ducha do Solípede que
deverá ser feita em ambiente apropriado, estando o cavalo palanqueado ou não (a depender de
seu temperamento), começando pelos cascos, subindo pelos membros inferiores, barriga,
codilho, soldra, até chegar ao dorso. Observar bem o acúmulo de sujeira entre as pernas e na
região das genitálias;
a) Para duchar a cabeça, usar água sem pressão deixando-a escorrer da testa para as narinas.
Caso apresente resistência a esse procedimento, cessa-se o movimento e utiliza-se um pano
úmido;
b) Evitar molhar as cavidades auriculares. Feita essa etapa, utiliza-se a rasqueadeira de
borracha, com movimentos circulares, para aplicar sabão neutro, de coco ou produto próprio
em todo o corpo do animal para uma limpeza mais profunda. Retirar com água em abundância
todo o produto aplicado anteriormente;
c) Após o término da ducha, palanquear o solípede e utilizar o Rodinho, começando pelo
dorso, descendo pelos membros inferiores e finalizando na barriga, para retirada de todo o
excesso de água, a fim de reduzir o tempo de secagem;

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
I - É terminantemente proibido o encilhamento de qualquer cavalo com o dorso e região do
cilhadouro molhados, pois o movimento da sela e da cilha pode causar pisaduras
II - Caso o clima e/ou a urgência no emprego do policiamento não permitam tempo mínimo
para a secagem do solípede, proceder apenas às etapas de limpeza a seco;

Seção III
Da Tosa

Art. 103. A Tosa dos cavalos segue o padrão militar de aparação das crinas. Elas são
totalmente raspadas, mantendo apenas os pelos sobrepostos à cernelha e a franja nos animais
que são empregados no Policiamento Montado. Durante a tosa também é retirado o excesso
de pelos das orelhas.

§ 1º Os cavalos utilizados para Representação, Esportes Hípicos e no Passeio Interativo


Guiado – PIG poderão utilizar crinas maiores, com no máximo 25

176
centímetros de comprimento. Todas as crinas longas e colas dos animais deverão ser mantidas
escovadas e ripadas. Ripar a crina e a cola do cavalo é o procedimento de retirada dos pelos
pela raiz; têm por objetivo reduzir o tamanho e o volume e, durante a execução, pode causar
algum desconforto e reação não cooperativa do cavalo, por isso, recomenda-se atenção
redobrada.

§ 2º O comprimento padrão da cola dos solípedes é, com o rabo relaxado, na altura de um


palmo acima dos machinhos.

§ 3º A Tosa será sempre realizada por cavalarianos capacitados para tal procedimento,
observados todos os meios de contenção necessários para sua realização.

Seção IV
Do Encilhamento

Art. 104. Por ser indispensável para manutenção da saúde dos cavalos, salubridade nas
atividades e padronização militar do RC, ficam descritos e determinados a seguir os
materiais necessários e procedimentos a serem adotados para o correto encilhamento dos
solípedes desta Unidade Equestre.

Subseção I
Da Sela e Seus Acessórios

Art. 105. Com o fim precípuo de proporcionar salubridade e conforto aos cavalarianos e
cavalos ficam padronizados os seguintes modelos de selas, adequados a cada fim de
utilização:

177
Choque Montado, Policiamento Montado e PIG Representação Hípica

Sela Modelo Australiana Sela Modelo Hipismo


FIGURA 04 - Sela Policiamento FIGURA 05 - Sela Hípica

§ 1º Os dois modelos de selas disponíveis serão equipados com peitoral, fixado na sela por
meio de francaletes em argolas ou meia-argolas, um par de loros de igual tamanho e modelo,
um par de estribos compatíveis, látegos para fixação da cilha e duas cilhas;

FIGURA 06 - Estribos Aberto FIGURA 07 - Estribos Infantis Utilizados


no PIG e Instrução para Iniciantes

178
FIGURA 08 - Látegos

Subseção II
Do Protetor de Rins

Art. 106. É um item especialmente importante para o conforto do cavalo. Com densidade e
maciez apropriadas, minimiza os impactos do peso do cavalariano, otimizando a prevenção de
lesões. Auxilia na permanência do correto posicionamento da sela ao longo do trabalho sem que
ela corra para trás. Pode ser feito em material EVA aerado, espuma ou gel e seu tamanho deve
ser proporcional à sela utilizada. Deverá ser utilizado apenas na sela modelo hípico.

FIGURA 09 - Protetor de Rins

179
Subseção III
Da Cilha/Barrigueira

Art. 107. Peça utilizada para prender a sela ao corpo do cavalo. Ao fixá-la, deverá ser observado
para que não fique frouxa demais, o que poderia provocar o giro da sela, e nem apertada demais
a ponto de machucá-lo. No modelo australiano o cavalariano poderá utilizar uma segunda
cilha, que deverá estar afivelada na anterior, evitando que essa escorregue pelo abdômen do
cavalo e atinja a soldra, o que pode causar uma reação inadequada do cavalo.

FIGURA 10 - Cilha/Bavete

Subseção IV
Da Cabeçada

Art. 108. Confeccionada em couro e posicionada na cabeça do cavalo para viabilizar a condução
por meio da ação das rédeas em sua embocadura. Para as ações de Policiamento Montado,
Representação e Adestramento a composição da cabeçada é a seguinte:

I - Cachaceira;
II - Faceiras da embocadura; III
- Faceiras da focinheira; IV -
Focinheira;
V - Testeira;
VI - Cisgola;

180
VII - Embocadura;
VIII- Barbela (quando utilizar freio);
IX - Um par de rédeas;

Parágrafo único. Já para as ações de choque montado, a cabeçada deverá possuir todos os itens
anteriores, acrescidos do protetor de chanfro e viseira acrílica para proteção dos olhos.

FIGURA 11 - Cabeçada POMon FIGURA 12 - Cabeçada de Choque

Subseção V
Da Embocadura

Art. 109. Peça confeccionada, geralmente, de metal, colocada na boca do cavalo e tem a função
de controlá-lo.

§ 1º Os tipos mais comuns são o freio e o bridão, com suas diversas variações. O freio age mais
pela força, por meio da pressão do bocado nas barras da boca do cavalo com o apoio da barbela,
exigindo do cavalariano um pouco mais de tato equestre. Quanto maior o arco do bocado, mais
contundente é o freio.

§ 2º Ele é obrigatório para o Choque Montado/Policiamento Montado. Já o bridão, atua na


comissura labial, região de grande sensibilidade na boca do cavalo. É o mais indicado para o
trabalho de iniciação de cavalos novos, devendo ser trabalhado com as duas mãos.

181
FIGURA 13 - Freio/Barbela FIGURA 14 - Bridão

Subseção VI
Das Rédeas

Art. 110. Tem a função de ligar as mãos do cavalariano à embocadura, trabalhando na condução
e controle do cavalo. Normalmente as rédeas são confeccionadas em couro, lona de tecido, nylon
e outros materiais antideslizantes.

FIGURA 15 - Rédeas

Subseção VII
Do Peitoral

Art. 111. Tem como principal função manter a posição da sela, evitando-se que ela deslize para
trás devido ao movimento durante o trabalho.

Parágrafo único. Em operações que exigem o emprego da tropa de choque montado o peitoral
utilizado é o específico para esses eventos. Ambos devem ser dotados de fita refletiva, que tem a
finalidade de proporcionar maior visibilidade ao conjunto e evitar acidentes.

182
FIGURA 16 - Peitoral POMon FIGURA 17 - Peitoral de Choque Montado

Subseção VIII
Das Mantas

Art. 112. É utilizada para proteção do dorso do solípede no posicionamento da sela.

§ 1º Devem ser utilizadas em associação de, no mínimo, duas mantas:


I - Sendo uma produzida em tecido macio (algodão trançado ou lã natural), tamanho 90x70 cm e
espessura mínima de 3,0 cm, que ficará em contato direto com o animal;
II - A segunda deverá ser confeccionada em material couro de cor preta, tamanho 100x80 cm e
espessura mínima de 2,0 cm. Deverá possuir um alforje de cada lado com sua numeração e o
brasão da Cavalaria bordados do lado esquerdo e o brasão da PM do lado direito.

183
FIGURA 18 - Manta/Baixeiro

FIGURA 19 - Choque Montado/Policiamento

Subseção IX
Do Refletivo de Garupa

Art. 113. Material utilizado no policiamento montado após as 18h00 com a finalidade de
proporcionar maior visibilidade ao conjunto e evitar acidentes. Confeccionado em fita de nylon
refletiva, é fixado às argolas presentes na manta.

184
FIGURAS 20 e 21 - Refletivo de garupa

Subseção X
Do Bastão de Cavalaria

Art. 114. O bastão de Cavalaria é a principal arma utilizada pelo


cavalariano em ações de Choque Montado e no Policiamento
Montado.
§ 1º É confeccionado utilizando mangueira no material polietileno
de cor preta, diâmetro de 35 mm, paredes com espessura de 4,0 mm
e comprimento de 1,20m.

§ 2º Deve ser flexível e estar afixado junto ao francalete da sela


com o auxílio de um fiel, este confeccionado com uma corda
multifilamento trançada de poliéster, na cor preta, com o tamanho
de 70 cm e diâmetro de 6,0mm.

§ 3º Serão feitos dois furos 20 cm acima de uma das extremidades e


cada ponta da corda passará por um furo e amarrada, de forma que
o “nó” fique do lado interno da mangueira. Nas duas extremidades
serão colocados tampões de borracha para que as pontas das
mangueiras não causem ferimentos.

185
Seção V
Dos Acessórios Especiais

Subseção I
Da capa de representação

Art. 115. Deverá ser utilizada em desfiles ou eventos que exijam o fardamento Dragões do
Cerrado, bem como em premiações de competições hípicas.

§ 1º É confeccionada em tecido microfibra de cor vermelha, com 2,0m de comprimento e 2,10m


de largura.

§ 2º Deve ser dotada de furos nas laterais por onde passarão os estribos e a parte de cima deverá
ser costurada de forma que se encaixe perfeitamente na sela.

§ 3º Na parte traseira, que ficará sobre a garupa do cavalo serão costuradas, transversalmente,
cinco faixas brancas com 6,0 cm de largura, de um lado a outro, com espaçamento de 5,0 cm
entre elas e sobre as faixas serão bordadas as lanças de Cavalaria, de tamanho 23x11 cm, na cor
preta, uma de cada lado.

§ 4º Na lateral esquerda, na região das espáduas, na altura de 30cm será bordado o brasão da
Cavalaria no tamanho de 17cm de diâmetro, na lateral direita, no mesmo local, será bordado o
brasão da Polícia Militar de Goiás - PMGO.

§ 5º Na parte da frente, na junção das duas laterais serão instaladas duas fivelas de um lado e
duas fitas de outro com o objetivo de prender uma lateral à outra.

186
FIGURA 23 - Capa de Representação

Subseção II
Da Lança de Cavalaria

Art. 116. Arma histórica da tropa de Cavalaria, feita em alumínio, cilíndrica, oca, medindo
2,10m, com 25mm de diâmetro e paredes com 02mm de espessura; pintada nas cores branca
(acima) e vermelha (abaixo), ostentando na extremidade superior uma ponta de lança de dois
gumes, feita em alumínio, com 13,5cm de comprimento e 42mm de largura e um galhardete de
cavalaria (vide capítulo I, Título IV).

187
FIGURA 24 - Lanças de Cavalaria

Subseção III
Do Cachimbo

Art. 117. Utilizado para sustentar a Lança de Cavalaria pelo tempo que o cavalariano precisar
empunhá-la.

Parágrafo único. É confeccionado em couro e encaixado na alça dos estribos revestindo sua
parte externa de maneira que exponha lateralmente um receptáculo cilíndrico proporcional à base
da Lança de Cavalaria.

FIGURA 25 - Cachimbo

188
Subseção IV
Do Coldre da Espingarda GAUGE 12

Art. 118. Utilizado em ações de Choque Montado pelo atirador/granadeiro.

§ 1º - Confeccionado em couro, na cor preta, dotado de presilhas para fixação.

§ 2º - É afixado, acima, no peitoral de Choque e abaixo, na cilha para acondicionamento do


armamento longo em questão.

§ 3º - Deverá ficar alinhado com o membro anterior do cavalo.

FIGURA 26 - Coldre Espingarda GAUGE 12

CAPÍTULO III
DO TRANSPORTE

Art. 119. Sempre que a atividade de Policiamento da Cavalaria, em qualquer uma de suas
modalidades que envolvam os solípedes, for solicitada e a distancia entre o RC e o local do
evento for superior a quatro quilômetros, torna-se necessário e indispensável

189
à utilização de veículos especiais para o transporte dos cavalos e cavalarianos, salvo falta dos
meios necessários.

§ 1º Qualquer um dos caminhões, trailers ou reboques especiais que estejam à disposição do RC


e/ou lotados como viaturas na carga dessa Unidade Equestre, deverão estar equipados com uma
rampa externa de acesso ao compartimento interno do veículo, com piso antiderrapante.

§ 2º Cabe ao motorista do veículo empregado no transporte avaliar, juntamente com o


comandante do policiamento, o melhor local para embarque e desembarque dos animais,
devendo observar atentamente os seguintes quesitos:

I - Disponibilidade de espaço na via, tanto para manobra do veículo quanto para contenção dos
cavalos em caso de resistência por parte desses, quando no embarque ou desembarque;
II - Condições climáticas e de pavimentação do local de embarque/desembarque, a fim de evitar
escorregões tanto dos cavalos quanto dos cavalarianos;
III - Cabe ao motorista do caminhão preparar o veículo, acompanhar e auxiliar durante todo o
procedimento de embarque/desembarque;
IV - A equipe da viatura de apoio deverá balizar o trânsito e, se necessário, interrompê- lo
momentaneamente para garantir a segurança dos cavalarianos e dos cavalos;
V - Posicionar a rampa de forma que o grau de inclinação esteja o menos íngreme possível;

§ 3º Dar sempre preferência às rampas articuladas que ofereçam escalonamento e amenização


dos níveis de inclinação. Caso o embarque seja feito em mais de um veículo, manter a distância
mínima de cinco metros entre um e outro a fim de evitar acidentes.

§ 4º A distância entre o início da rampa e qualquer obstáculo deverá ser de, no mínimo, dez
metros.

190
FIGURA 27 - Posicionamento da Rampa

§ 5º Antes do embarque, a cabeçada e o capacete deverão ser acondicionados em compartimento


próprio, utilizando-se para o embarque somente o buçal.

§ 6º Durante o embarque e desembarque, cada militar deve conduzir a sua montada para o
interior ou exterior do veículo, segurando o cabo do buçal próximo à ganacha do cavalo com
uma das mãos e a sobra do cabo reunida na outra mão, mantendo o cavalo centralizado na rampa
e alinhado ao seu lado.

§ 7º A posição do cavalariano em relação ao cavalo deverá ser coincidente com o lado em que
esse será palanqueado, evitando, assim, que o cavalariano seja prensado. Para o embarque, a
cilha deve estar aliviada, porém não deve estar completamente frouxa, a fim de evitar que o
encilhamento gire, indo para a barriga do cavalo causando uma alteração comportamental.

191
FIGURA 28 - Posicionamento Cavalariano/Cavalo

§ 8º O palanqueamento no interior do caminhão/trailer deve atender as normas descritas no item


II, seção I, Capítulo I; além de possibilitar maior rapidez no desembarque. Para tanto, ao fazê-lo,
não se deve utilizar “nó cego”, pois se o cavalo reagir será impossível soltá-lo sem cortar a
corda. Fazer o nó mais próximo possível da argola de amarração.

192
FIGURA 29 - Posicionamento no caminhão

§ 9º Caso o transporte ultrapasse 08 (oito) horas, deverá ser providenciado um local para
desembarque e descanso dos cavalos. Esse descanso deverá ser de, no mínimo, 30 minutos,
devendo ser providenciado água.

§ 10. Quando a carroceria do caminhão permitir, colocar à disposição dos cavalos redes
para feno a fim de que eles se alimentem e diminua o stress durante a viagem.

§ 11. Nos deslocamentos acima de uma hora, desde que as condições de emprego do
policiamento permitam, os cavalos serão transportados desencilhados para seu maior conforto,
evitar contratempos e danificar o material.

§12. Em situação que seja necessária a pernoite do policiamento, deverá ser disponibilizado local
provido com baias e/ou piquetes onde seja possível a acomodação dos cavalos. Nesse local,
deverá também haver alojamento para pernoite da equipe técnica de manejo (ferrador, tratador e
veterinário); os demais cavalarianos poderão ser alocados em dormitórios da localidade.

§ 13. Em caso de necessidade de pernoite do policiamento montado, será designada uma equipe
técnica do RC para avaliar e emitir um parecer, aprovando ou não as condições para
acondicionamento dos cavalarianos e cavalos.

193
§ 14. Os cavalarianos serão transportados em viaturas específicas para o transporte de pessoal
(viatura/van/ônibus/micro-ônibus), visando segurança, melhor distribuição dos militares e de
seus materiais.

§15. Caso o caminhão utilizado para o transporte dos cavalos possua um compartimento próprio
para transportar pessoas, esse deverá ser provido de cinto de segurança e todos os equipamentos
previstos em normas técnicas específicas.

§ 16. Em caso de viagens fora da região metropolitana, é obrigatória a utilização de


viatura/van/ônibus/micro-ônibus.

CAPÍTULO IV
DA FERRADORIA E DO SERVIÇO VETERNÁRIO REGIMENTAL

Seção I
Da Ferradoria Regimental

Art. 120. O adequado tratamento dos cascos do cavalo é um dos fatores determinantes para o
desempenho correto das funções a que esse animal é destinado. Um bom casqueamento, assim
como ferrageamento, influi em melhores condições de locomoção e sustentação do cavalo, seja
nas operações de Choque Montado, de Policiamento Montado, de Representação ou PIG. Esses
podem ser executados juntos ou separadamente, sendo que um pode ou não complementar o
outro dependendo da necessidade do cavalo.

§ 1º O casco é a base de sustentação de todo peso do animal, interfere na saúde das articulações e
tendões, na qualidade da locomoção e no desempenho durante o trabalho, por isso a máxima:
“Sem casco, sem cavalo!”

Subseção I
Das Ferramentas Utilizadas
Art. 121. As ferramentas mais comumente utilizadas na execução deste trabalho são:

I - Limpador de casco: Em material plástico ou metálico, possuindo uma haste metálica


curva e chata, possuindo ou não uma escovinha acoplada; FIGURA Nº 30.

194
II - Torquês saca-ferradura: Torquês robusta utilizada para retirada das ferraduras antigas;
FIGURA 31.
III - Rineta: Faca de uma lâmina ou dupla (tipo looping) própria para cortar a ranilha e a sola;
FIGURA Nº 32.
IV - Torquês para cascos: Torquês com corte fino para aparação do excesso da muralha do
casco; FIGURA Nº 33.
V - Grosa: Lixa plana grande, fabricada em aço, com no mínimo 35cm de comprimento x
4,5cm de largura, possuindo um lado grosso e outro fino, utilizada para plainar os cascos;
FIGURA Nº 34.
VI - Marreta para moldar ferraduras: Marreta utilizada para moldar, no formato do casco
de cada cavalo, as ferraduras industriais pré-fabricadas; FIGURA Nº 35.
VII - Bigorna: Fabricada em aço, com uma mesa de 20cm de comprimento por 10cm de
largura, com duas extremidades específicas: uma em formato de corno (chifre) e outra
quadrejada, ambas com 20 cm de comprimento cada. Utilizada como anteparo para moldagem
das ferraduras; FIGURA Nº 36.
VIII - Martelo de 250gr para cravos: Utilizado para afixar as ferraduras aos cascos
utilizando cravos; FIGURA Nº 37.
IX - Arrebitador de cravos tipo Jacaré: Utilizado para finalizar, na muralha do casco, as
pontas dos cravos afixados; FIGURA Nº 38.
X - Calça de Couro para Ferrador: Utilizada por cima do fardamento para dar proteção
contra cortes e mais aderência quando no contato com os membros do cavalo; FIGURA Nº 39.
XI – Rebatedor de cravos: Utilizado para rebater as pontas dos cravos na muralha do casco,
para melhor firmeza da ferradura; FIGURA Nº 40.
XII - Óculos de proteção transparente: Utilizado para proteção dos olhos; FIGURA Nº 41.
XIII - Suporte para o casco: Utilizado para apoiar o casco do cavalo durante a
execução dos acabamentos de casco e cravos; FIGURA Nº 42.
XIV - Abafador: Protetor Auricular do tipo externo e com proteção mínima de 14
decibéis; FIGURA Nº 43.

195
FIGURA 30 - Limpador de Casco FIGURA 31 - Torquês Saca-ferradura

FIGURA 32 - Rinetas FIGURA 33 - Torquês para Cascos

FIGURA 34 - Grosa FIGURA 35 - Marreta

FIGURA 36 - Bigorna FIGURA 37 – Martelo

196
FIGURA 38 - Arrebitador de Cravos FIGURA 39 - Calça de Couro

FIGURA 40 - Rebatedor de Cravos FIGGURA 41 - Óculos

FIGURA 42 - Suporte para Casco FIGURA 43 - Abafador

Subseção II
Do Casqueamento

Art. 122. O casqueamento é um procedimento feito nos cascos dos cavalos, como forma de
tratamento e/ou manutenção, prevenindo e curando doenças que possam acometê-lo.

§ 1º Para ser casqueado, o cavalo deve ser contido de maneira proporcional à resistência
oferecida por ele. O Ferrador é o profissional habilitado para a seleção do melhor meio para tal.

197
§ 2º - A utilização dos EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) é imprescindível para a
execução de qualquer trabalho na Ferradoria Regimental. O ferrador deverá estar equipado com,
no mínimo, uma calça de couro (FIGURA 13), um óculos de proteção (FIGURA 15) e abafador
(FIGURA 14) quando for fazer a moldagem da ferradura.

Art. 123. A primeira etapa é a dessensibilização do animal. O ferrador se coloca no centro de


equilíbrio do cavalo (de frente para a cernelha), onde é mínimo o risco de um possível incidente
como coices ou qualquer outra atitude defensiva; o ferrador então passa a mão, de maneira firme
e com leves tapas, no dorso, pescoço, peito, garupa e na barriga do cavalo.

Parágrafo Único. Antes de pegar qualquer um dos cascos, o cavalo deve estar com os Membros
Torácicos (Mãos) e Membros Pélvicos (Pés) bem apoiados, paralelos e alinhados.

Art. 124. Para manipular os cascos dos Membros Torácicos o ferrador se coloca lateralmente na
região da espádua, com a frente voltada para a garupa do cavalo, e executa, sequencialmente, os
seguintes itens:

I - Se curva;
II - Escora com o ombro no cavalo lhe causando um leve desequilíbrio; III -
Levanta o casco da pata a ser trabalhada;
IV - Segura o casco com a mesma mão do ombro que causa o desequilíbrio e, passando por trás
de sua perna mais próxima, coloca o casco entre os joelhos, gira ligeiramente os calcanhares para
fora e faz uma pressão com os dois joelhos, na altura da linha da coroa do casco, mantendo-o
firme e as duas mãos liberadas para o casqueamento;
V - Utiliza primeiro o limpador de casco para a retirada do excesso de resíduos como terra e
estrume;
VI - Com o torquês saca-ferraduras, retira a ferradura velha e de imediato confere também a
retirada de todos os cravos;
VII - Observando todos os parâmetros técnicos e a condição do casco, a rineta é utilizada para
cortar o excesso de material da ranilha e da sola (caso seja encontrado fungos ou quaisquer
patologias a região deve ser medicada após o término do serviço do ferrador);

198
a) a sola do cavalo deve, sempre que possível, ser limpa de maneira a apresentar um formato
côncavo, partindo da base da ranilha para a muralha.
VIII - Corta com o torquês de casco o excesso da muralha, usando como referência a linha
branca;
IX - Com a grosa toda a extensão da muralha é lixada, respeitando as medições e angulações da
mesma e deixando-a o mais plana possível, buscando também o perfeito alinhamento na altura
dos dois talões deste casco;
a) Ao final do casqueamento a ranilha do cavalo deve estar ligeiramente mais baixa que a
altura e alinhamento dos talões.

Art. 125. Os cascos dos Membros Torácicos devem ser casqueados primeiro, comparando e
igualando o MTE (Membro Torácico Esquerdo) com o MTD (Membro Torácico Direito).
Somente após isso, deve-se passar para os cascos dos Membros Pélvicos.

Art. 126. Para manipular os cascos dos Membros Pélvicos, o ferrador deverá se posicionar no
meio do costado do cavalo, voltado para o membro pélvico e com os pés paralelos. Observando
atentamente os sinais de orelha, boca e narinas, para monitoramento da receptividade do cavalo
aos movimentos e executa sequencialmente os seguintes itens:

I - Com a mão mais próxima ao cavalo, apoia-se na ponta da anca;


II - Com a mão mais distante do cavalo, vai dessensibilizando o animal desde a garupa, por toda
aparte posterior da perna, passando pelo jarrete até chegar ao boleto, posição na qual ele fará
uma elevação do membro em sua direção;
III - procurando manter essa posição estável para que o cavalo sinta confiança e não reaja
negativamente, o ferrador adéqua sua base de apoio e executa, em sequência, 4 (quatro)
movimentos:
a) utiliza a mão que estava na ponta da anca para segurar a perna do cavalo pelo lado de dentro
da canela;
b) com a mão que está no boleto, segura o casco pela sola;
c) com o antebraço por fora e a mão por dentro, a mão que está na canela passa a segurar o
Jarrete;
d) a mão que está segurando o casco desliza para a pinça da muralha e traciona
levemente o casco para trás, fazendo uma alavanca entre as duas mãos do ferrador.

199
IV - Com o pé do cavalo sob seu domínio o ferrador agora caminha cerca de 2 passos para frente
e, ao mesmo tempo, apoia suavemente a canela do cavalo em seu colo, mantendo o jarrete na
axila do braço que apoiava a ponta da anca e o casco apoiado na coxa. Nessa posição o
Ferrador repete a sequência de ações do art. 120, a partir do inciso V.

Art. 127. Ao final do casqueamento dos 4 cascos do cavalo, o ferrador faz uma avaliação de
possíveis desvios ou deformidades em todo o estojo córneo, corrigindo-os se necessário,
utilizando a grosa e o suporte para apoiar os cascos (figura 109), para promover o realinhamento
da parede.

Art. 128. Permanecerão apenas casqueados os cavalos aposentados, em baixa médica superior a
30 dias, potros e éguas em lactação.

Subseção III
Do Ferrageamento

Art. 129. Todos os cavalos do RC que estiverem aptos para o pronto emprego nas atividades de
Choque Montado, Policiamento Montado, Representação e/ou PIG, deverão estar ferrados.

Art. 130. O ferrageamento é a aplicação de uma ferradura (lâmina de ferro/alumínio/borracha),


necessária e imediatamente após o término do casqueamento, presa por meio de cravos, com o
objetivo de proteger, curar ou corrigir o aprumo dos pés dos cavalos.

Art. 131. As ferraduras e cravos utilizados no RC devem atender a todos os parâmetros técnicos
definidos no edital do processo licitatório para que haja garantia de durabilidade, ergonomia e
desempenho dos cavalos nas várias frentes de serviço.

Art. 132. Para ferrar os cascos dos Membros Torácicos, o ferrador executa as seguintes etapas,
sequencialmente:

I – executa novamente as ações descritas no caput do Art. 120 e o que descreve os incisos de I a
IV desse mesmo artigo;
II – em posse de uma ferradura de tamanho compatível, a ensaia no casco para vislumbrar as
alterações necessárias;

200
III – utiliza a Marreta e a Bigorna para fazer as alterações de formato para melhor adequar
a ferradura ao casco;
IV - executa novamente as ações descritas no caput do Art. 120 e o que descreve os incisos de
I a IV desse mesmo artigo;
V - seleciona o cravo ideal para o cravejamento da ferradura e excuta sua fixação
utilizando o Martelo para Cravos;
a) cada cravo tem um lado específico para ser colocado, de forma que esse adentra a parte
debaixo da muralha, na altura da linha branca, percorre parte da região interna do casco e é
direcionado para fora da parede do casco;
VI - com o Martelo para cravos ou um Torquês específico, corta as pontas dos cravos que foram
direcionados para fora da muralha, para evitar acidentes como a perfuração da perna do ferrador;
VII - utiliza novamente o martelo, agora em conjunto com o Rebatedor de cravos, para rebater as
pontas expostas dos cravos;
VIII– coloca o casco do cavalo apoiado no suporte e utiliza uma grosa mais velha para fazer o
nivelamento das pontas expostas dos cravos e o Jacaré para arrebitá-los;
IV – ainda com o casco no suporte, reutiliza a grosa velha para dar acabamento nas pontas
arrebitadas dos cravos;

Art. 133. Para ferrar os cascos dos Membros Pélvicos, o ferrador executa as mesmas etapas do
art. 131, porém valendo-se da posição e cuidados descritos no art. 124, incisos de I a IV;

Art. 134. Ao final do Ferrageamento de todo cavalo do RC o animal deverá ser encaminhado ao
SVR para fazer Pedilúvio por 20 (vinte) minutos;

Art. 135. O casqueamento e o ferrageamento dos cavalos do RC podem ser preventivos (art. 122
- 132) ou corretivos.

§ 1º O Casqueamento Corretivo será aplicado a potros novos, com idade inferior a 01 (um) ano
quando houver necessidade de correção de aprumos, após avaliação dos profissionais do SVR e
Ferradoria Regimental;

§ 2º O Ferrageamento Corretivo será aplicado quando houver necessidade de compensação ou


correção ortopédica de algum cavalo, devidamente diagnosticado pela Ferradoria Regimental
em conjunto com o S.V.R.;

201
Art. 136. O casqueamento e ferrageamento dos cavalos do RC são sempre realizados pela equipe
da Ferradoria Regimental, a qual detém conhecimento e perícia para fazê- lo. É também
responsabilidade do Chefe da Ferradoria orientar e treinar novos cavalarianos nesse ofício,
sempre que possível.

Art. 137. O controle de periodicidade do casqueamento e ferrageamento dos cavalos do RC é


responsabilidade da Ferradoria Regimental e deverá compreender um prazo mínimo e máximo,
de 30 e 45 dias, respectivamente, salvo condições especiais justificadas pela equipe técnica
responsável.

Art. 138. O Chefe da Ferradoria deverá, juntamente com sua equipe, apoiar a P1/P3 na produção
de documentos e pareceres inerentes à atividade da Ferradoria Regimental, na produção dos
editais licitatórios para aquisição de insumos.

Art. 139. Em hipótese alguma um solípede deverá sair para atividades externas estando
“desferrado”. Caso haja a perca de uma ou mais ferraduras durante qualquer atividade, será feita
a substituição do solípede ou o deslocamento da equipe da ferradoria para solucionar o
problema.

Seção II
Do Serviço Veterinário Regimental - SVR

Art. 140. O SVR é a seção responsável pela manutenção da saúde dos cavalos do RC. Compõem
seu efetivo os Militares Médicos Veterinários e ainda outros cavalarianos para o exercício da
função de Enfermeiro Veterinário.

Art. 141. Os Médicos Veterinários e Enfermeiros do RC são responsáveis:

I - pela manutenção das instalações do SVR;


II - administração e controle do estoque de medicamentos; III -
supervisão constante dos cavalos;
IV - elaboração de protocolos de saúde e bem-estar animal e;
V - atendimentos de urgência e emergência relacionados à saúde dos cavalos;

Art. 142. O regime de escala no S.V.R. deve ser, prioritariamente, de 24h de serviço por 72h
de descanso, tanto para os veterinários quanto para os enfermeiros, devido à necessidade de
acompanhamento ininterrupto dos cavalos.

202
Art. 143. Cabe aos veterinários e enfermeiros do S.V.R.:

I - fazer a checagem de toda a tropa equina do RC que esteja escalada para o dia, antes e depois
de cada jornada de trabalho, a fim de identificar quaisquer alterações e sugerir, quando
necessário, a substituição do cavalo;
II - acompanhar o recolhimento dos cavalos da área de soltura, todos os dias, para inspeção da
condição física de cada um;
III - elaborar e acompanhar o Programa de Reprodução dos cavalos do RC, selecionando
garanhões e éguas para cobertura;
IV - promover os eventos de monta natural e/ou Inseminação Artificial quando necessário;
V - elaborar os protocolos de nutrição e ministração de ração e volumosos para toda a tropa do
RC, bem como probióticos, vitaminas, vermifugação e outros meios de profilaxia relacionados à
saúde e bem-estar animal;
VI - nas ocasiões em que houver óbito de qualquer cavalo do RC, confeccionar o atestado de
óbito e documentação necessária para a descarga do animal, se necessário, proceder a necropsia
a fim de sanar quaisquer dúvidas a respeito da causa morte;
VII – assessorar, sempre que requisitado pela Administração do RC, na produção da
documentação necessária para os processos licitatórios para aquisição de cavalos, medicamentos,
ração, volumoso, equipamentos veterinários e quaisquer outros itens que envolvam a atividade
de Medicina Veterinária;

Art. 144. Quando houver deslocamentos da tropa do RC para municípios fora da Região
Metropolitana de Goiânia e/ou pernoite do policiamento, deverá sempre haver o
acompanhamento de um Médico Veterinário, devendo esse ser escalado de maneira a poder
exercer, prioritariamente, suas funções de manutenção da saúde dos cavalos.

Art. 145. Semestralmente o SVR deverá fazer uma avaliação de todo o Score Corporal dos
cavalos do RC, avaliando a capacidade de trabalho de cada um e produzindo parecer ao
Comandante do RC sempre que detectar algum cavalo inservível. Ou ainda, de maneira
extemporânea, quando solicitado pela Administração do RC ou detectado pelo próprio SVR.

Art. 146. O SVR do RC possui um programa de estágio, curricular e extracurricular para


docentes dos cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia. Todos os alunos interessados deverão
fazer um cadastro prévio junto ao Esquadrão do RC mediante

203
preenchimento de uma Ficha de Cadastro de Estágio do SVR e entrega de cópia dos seguintes
documentos:

I - cópia do RG;

II - cópia do CPF;
III - cópia de comprovante de endereço;
IV - cópia de comprovante de matrícula da Faculdade de origem; V -
cópia de Apólice de seguro contra acidentes pessoais;
VI - cópia do cartão de vacinação contra Febre Amarela e antitetânica;
VII - assinatura de Termo de Responsabilidade e Compromisso com o Programa.

§ 1º Os Médicos Veterinários do SVR assumem a função de Supervisores de Estágio dos alunos


aprovados para frequentarem o Programa. Durante todo o tempo o estagiário deverá utilizar
jaleco ou macacão e calçado fechado, além de fazer uso dos demais equipamentos de proteção
individuais pertinentes ao exercício da atividade Veterinária.

§ 2º Cabe ao Médico Veterinário orientar, designar, supervisionar e disciplinar todos os atos dos
estagiários. Os estagiários do SVR não deverão permanecer no RC no período noturno,
compreendido das 18h às 08h, salvo autorização do Comandante do Regimento de Cavalaria.

204
TÍTULO VI
DO CURSO DE POLICIAMENTO MONTADO - CPMON
CAPÍTULO I
DAS CONDIÇÕES GERAIS DO CURSO

Seção I
Dos Objetivos Gerais

Art. 147. Permitir aos alunos CPMON a aquisição de conhecimentos e técnicas necessárias que
possibilitem o desempenho operacional necessário dentro das atividades atinentes ao
Policiamento Montado e suas variações (Operações de Choque Montado, Policiamento Montado,
Representações e Manejo de equino);

§ 1º Padronizar as ações dentro das missões inerentes ao Regimento de Cavalaria;

§ 2º Forjar no aluno CPMON a necessidade da resistência psicofadiga que rege as atividades


dentro da Cavalaria;

Seção II
Dos Requisitos e Condições

Art. 148. São requisitos e condições para frequentar o CPMON:

I - estar apto pela Junta Médica da Corporação e Teste de Avaliação Física; II - estar
classificado, no mínimo, no “BOM” comportamento;
III - o policial militar que concluir o CPMon deverá permanecer no Regimento de
Cavalaria por no mínimo 02 (anos) anos após a conclusão;
IV - não estar sob júdice ou cumprindo pena por crimes e/ou transgressões disciplinares
que atentem contra a honra, a moral e o pundonor PM;

205
CAPÍTULO II
DA GRADE DISCIPLINAR E CARGA HORÁRIA DO CPMON

Seção I
Da Carga Horária

Art. 149. O curso deverá ter um mínimo de 528 (quinhentas e vinte e oito) horas/aula.

Seção II
Da Grade de Disciplinas

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA


1 Equideocultura e Manejo 35 h/a
2 Rédeas 35 h/a
3 Equitação militar 80 h/a
4 Escola do cavaleiro 70 h/a
5 Técnicas de Policiamento Montado 40 h/a
6 Operações de Choque Montado 45 h/a
7 Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo 30 h/a
Patrulhamento Motorizado em apoio a atividade montada e
8 35 h/a
Direção Policial
Uso seletivo da Força (Armamento, equipamento e tiro
9 35 h/a
policial )
10 Policiamento Comunitário 20 h/a
11 Direitos Humanos 10 h/a
Estágio Supervisionado: Operações de Choque Montado,
12 Patrulhamento Motorizado, Policiamento Montado e 88 h/a
Serviço Interno (Ferradoria Regimental, SVR e Cavalariço)
13 À disposição da STE 05 h/a
TOTAL 528 h/a

206
Seção III
Das Ementas Disciplinares

I - Matéria: Equideocultura e Manejo (Título V)


a) Carga horária: 35 h/a
b) Objetivos da disciplina
Proporcionar ao aluno CPMON conhecimentos sobre o cavalo, sua origem e emprego através
dos tempos, suas características, anatomia, cuidados periódicos, doenças, vícios, defeitos, taras,
pelagem, idade e aprumo.
c) Unidades didáticas
Nº RELAÇÃO DE ASSUNTOS C/H
1 Origem do cavalo e emprego através dos tempos 04 h/a
2 Pelagem – definição e classificação, Particularidades – marcas 04 h/a
3 Anatomia do cavalo (exterior) 06 h/a
4 Estado da idade pela arcada dentária 02 h/a
Doenças mais comuns, doenças infecto-contagiosas
5 05 h/a
e parasitárias
6 Casqueamento e ferrageamento 04 h/a
7 Cuidados diários e periódicos, Primeiros socorros 04 h/a
8 Taras e vícios 04 h/a
Total h/a 33 h/a
Avaliação 02 h/a
SOMA 35 h/a
d) Instruções metodológicas
1. Instruções expositivas com explanações orais e exercícios de aplicação envolvendo o aluno;
2. Demonstração de técnicas de identificação de pelagem e doenças equinas, de manejo,
resolução de problemas com base no conteúdo proposto;
3. Executar o conteúdo prático a partir de aulas práticas e de simulações;
e) Avaliação:
1. Verificação Única (prova escrita)..................................................................................02 h/a

207
II - Matéria: Rédeas
a) Carga horária: 35 h/a
b) Objetivos da disciplina: Proporcionar ao aluno CPMON conhecimentos sobre condução
do cavalo e os vários efeitos de rédeas.
c) Unidades didáticas
Nº RELAÇÃO DE ASSUNTOS C/H
1 Efeito das ajudas 05 h/a
2 Mudanças de direção e mecanismo das ajudas 05 h/a
Efeito das ajudas - rédea direita de abertura, rédea contrária ou
3 06 h/a
Militar
4 Mudança de mão 06 h/a
5 Modo de segurar e manejar as rédeas 06 h/a
Total h/a 33 h/a
Avaliação 02 h/a
SOMA 35 h/a
d) Instruções metodológicas
1. Instruções expositivas com explanações orais e exercícios de aplicação envolvendo o aluno;
2. Demonstração de técnicas de condução, de mudança de andadura e de direção;
3. Executar o conteúdo prático a partir de instruções práticas e de simulações;
e) Avaliação
Verificação Única (prova escrita)......................................................................................02 h/a

208
III - Matéria: Equitação Militar
a) Carga horária: 80 h/a
b) Objetivos da disciplina: Proporcionar ao aluno CPMON destreza na condução do cavalo
nas três andaduras (passo, trote, galope) e em vários tipos de terreno, possibilitando-o transpor
obstáculo e realizar POMon em vários terrenos.
c) Unidade didática
Nº RELAÇÃO DE ASSUNTOS C/H
1 Passo, trote e galope e suas variáveis 10 h/a
Trabalho de posição do cavaleiro e assento ao passo, ao trote e
2 10 h/a
a galope.
Escolas das ajudas: ajudas artificiais e naturais, efeito de rédeas, efeitos
de pernas e suas aplicações, o peso do corpo e utilização do assento e
sua aplicação, voltas, meias voltas, linha quebrada e sua aplicação,
3 56 h/a
mudança de andadura e velocidade e sua aplicação a figuras de
picadeiro e transposição de obstáculos, trabalho em Terreno variado e
sua aplicação.
Total h/a 76 h/a
Avaliação 04 h/a
TOTAL 80 h/a
d) Instruções metodológicas
1. Instruções práticas a cavalo, explanações teóricas orais e demonstrações que deverão ser
executadas pelos alunos de forma objetiva e profissional;
e) Avaliação
1. Verificação corrente 1/3 das instruções........................................................................01 h/a
2. Verificação corrente 2/3 das instruções (prova prática)...............................................01 h/a
3. Verificação final (prova prática)...................................................................................02 h/a

209
IV - Matéria: Escola do cavaleiro (Título V)
a) Carga horária: 70 h/a
b) Objetivos da disciplina: Proporcionar ao aluno conhecimentos sobre os cavalos e o uso
dos equipamentos utilizados no POMon, execução de movimentos de ordem unida à pé e à
cavalo e aprimorar a destreza do aluno na condução do cavalo.
c) Unidade didática
Nº RELAÇÃO DE ASSUNTOS C/H
1 Encilhamento, nomenclatura e uso (encilhar e desencilhar) 06 h/a
2 Toalete antes e depois do encilhamento 02 h/a
3 Ordem Unida sem e à cavalo 08 h/a
4 Trabalho de descontração do cavaleiro na guia 04 h/a
Formas de montar e apear com/sem estribos e condução do
5 04 h/a
cavalo a mão
Trabalho de descontração do cavaleiro montado com/sem
6 20 h/a
estribos, ao passo, ao trote e galope
7 Montagem e desmontagem do material e uniforme de desfile 02 h/a
8 Ordem Unida, Trabalho com armas a cavalo - bastão e lança 06 h/a
Ordem Unida, Movimento a pé firme com lança e guarda de
9 04 h/a
honra
10 Ordem Unida, Deslocamentos e sarilho com lança 12 h/a
Total de h/a 64 h/a
Avaliação 06 h/a
TOTAL 70 h/a
d) Instruções metodológicas
1. Instruções práticas a cavalo, explanações teóricas orais e demonstrações que deverão ser
executadas pelos alunos de forma objetiva e profissional;
2. Instruções expositivas com explanações teóricas e exercícios práticos com os materiais e
armas utilizados no POMon;
e) Avaliação
1. Verificação corrente 1/3 das instruções........................................................................01 h/a
2. Verificação corrente 2/3 das instruções (prova teórica)...............................................01 h/a
3. Verificação final (prova prática)...................................................................................04 h/a

210
V - Matéria: Técnicas de Policiamento Montado (Título II)
a) Carga horária: 40 h/a
b) Objetivos da disciplina: Proporcionar conhecimentos ao aluno que o capacitem a atuar no
POMon nas diversas operações policiais nas ações preventivas de preservação da ordem pública,
tendo como foco a doutrina da Cavalaria da PMGO.
c) Unidade didática
Nº RELAÇÃO DE ASSUNTOS C/H
1 Classificações do POMon 02 h/a
2 Fatores componentes do POMon 02 h/a
3 Composição da Patrulha Hipo, atribuições e missões do POMon 04 h/a
Atos preparatórios para o POMon, atribuições, procedimentos,
4 06 h/a
deslocamento, patrulhamento e encerramento
5 Abordagem a suspeito, nível I, II e III 06 h/a
6 Abordagem a motociclista 04 h/a
7 Abordagem a veículos 04 h/a
8 Abordagem a estabelecimentos comerciais 02 h/a
9 Policiamento em eventos 04 h/a
10 Bloqueio de Cavalaria 02 h/a
Total h/a 36 h/a
Avaliação 04 h/a
TOTAL 40 h/a
d) Instruções metodológicas
1. Apresentar o conteúdo teórico através de Instruções expositivas;
2. Aplicar as técnicas de estudo de caso e resolução de problemas com base no conteúdo
proposto;
e) Avaliação
1. Verificação corrente metade das instruções (prova teórica).........................................02 h/a
2. Verificação final (prova prática)...................................................................................02 h/a

211
VI - Matéria: Operações de Choque Montado (Título I)
a) Carga horária: 45 h/a
b) Objetivos da disciplina
1. Proporcionar ao aluno CPMON conhecimentos técnicos, teóricos e práticos, sobre a atuação
da Tropa Montada em Operações de Choque Montado;
2. Desenvolver o controle emocional e a tolerância aos agentes químicos na execução das
formações de choque montado;
3. Dotar o aluno de destreza suficiente para executar as formações de Choque Montado;
c) Unidade didática
Nº RELAÇÃO DE ASSUNTOS C/H
1 Armamento e equipamento de CDC 05 h/a
2 Disposição, composição e formações de Choque Montado 12 h/a
3 Controle de Distúrbio Civil 06 h/a
4 Operação em Eventos Esportivos (Praças Desportivas) 06 h/a
5 Operação de Reintegração de Posse 06 h/a
6 Operação em Estabelecimento Prisional 06 h/a
Total h/a 41 h/a
Avaliação 04 h/a
TOTAL 45 h/a
d) Instruções metodológicas
1. Ministrar o curso através de Instruções práticas, simulações, exercícios e execução das
formações de choque montado, por gesto e por voz.
e) Avaliação
1. Verificação corrente na metade dos tempos de instrução...............................................2 h/a
2. Verificação final (prova prática).....................................................................................2 h/a

212
VII - Matéria: Instrumento de Menor Potencial Ofensivo (Título I)
a) Carga horária: 30 h/a
b) Objetivos da disciplina
1. Dotar os instruendos de conhecimentos específicos sobre a atuação com Agentes Químicos e
em relação a definições; características; propriedades; classificações; Agentes Químicos
utilizados pela PMGO e Manual de equipamento usado pela PMGO;
2. Preparar o aluno para desenvolver a atividade de Choque com o devido preparo e
responsabilidade;
c) Unidade didática
Nº RELAÇÃO DE ASSUNTOS C/H
1 Definições: Histórico e Conceitos, Expressões consagradas. 05 h/a
Características e Propriedades: Concentração, Dosagem,
2 Toxidez, Persistência, Processos de Dispersão, Gradiente de 08 h/a
Temperatura.
Classificações: Baseada no Estado Físico, Básica, Baseada no
3 07 h/a
Emprego Tático, Quanto à Ação Fisiológica.
Agentes Químicos Utilizados pela PMGO: OC - Oleoresin de
4 07 h/a
Capsicum, CS - Ortoclorobenzilmalononitrila.
Total h/a 27 h/a
Avaliação 03 h/a
TOTAL 30h/a
d) Instruções metodológicas
1. O instrutor deverá orientar suas aulas de forma objetiva e direcionada à atuação do policial de
Cavalaria, para tanto deverá valer-se didaticamente dos vários meios auxiliares de ensino, tais
como: Aulas expositivas, vídeos, apresentações de slide, transparências, área de treinamento,
entre outros.
e) Avaliação
1. Verificação Única (prova prática).................................................................................05 h/a

213
VIII - Matéria: Patrulhamento Motorizado e Direção Defensiva (Título III)
a) Carga horária: 35 h/a
b) Objetivos da disciplina
1. Capacitar o Aluno CPMON nas técnicas de patrulhamento tático motorizado e apoio ao
policiamento montado;
2. Fazer conhecer e mostrar como obedecer a normas gerais de circulação e conduta, bem
como a sinalização de trânsito;
3. Modificar o comportamento no trânsito de acordo com as regras da direção defensiva;
4. Reconhecer a importância da manutenção e da reposição dos equipamentos de segurança
do veículo;
5. Apresentar um conjunto de técnicas que leve ao uso pleno de toda a capacidade e
habilidade para ser um condutor mais precavido;
c) Unidade didática
Nº RELAÇÃO DE ASSUNTOS C/H
1 Normas gerais de circulação e conduta 04 h/a
2 Deslocamento e condução de viaturas 04 h/a
3 Abordagem a veículos ( carros, ônibus e caminhões) 04 h/a
4 Abordagem a pessoas 04 h/a
Técnicas de Patrulhamento motorizado e apoio ao policiamento
5 09 h/a
montado
Total h/a 30 h/a
Avaliação 05 h/a
TOTAL 35 h/a
d) Instruções metodológicas
1. Ministrar instruções expositivas em relação ao conteúdo teórico;
2. Executar o conteúdo prático a partir de aulas práticas e de simulações;
e) Avaliação
1. Verificação única (prova prática)..................................................................................05 h/a

214
IX - Matéria: Uso seletivo da Força (Armamento, Equipamento e Tiro Policial)
a) Carga horária: 35 h/a
b) Objetivos da disciplina: Proporcionar ao aluno conhecimentos que o capacite manusear e
manutenir as armas em uso na Corporação, seja a cavalo ou a pé, e capacitá-lo no Uso Seletivo
da Força no desempenho de suas funções policiais militares;
c) Unidade didática
Nº RELAÇÃO DE ASSUNTOS C/H
1 Montagem e desmontagem 1º escalão e manutenção 07 h/a
2 Manuseio, funcionamento e solução de panes 05 h/a
3 Fundamentos do tiro e tiro fundamental 07 h/a
4 Saque rápido e tiro duplo 05 h/a
5 Pista de tiro policial a pé e a cavalo 06 h/a
Total h/a 30 h/a
Avaliação 05 h/a
TOTAL 35 h/a
d) Instruções metodológicas
1. Ministrar instruções expositivas quando da apresentação do conteúdo teórico;
2. Executar o conteúdo prático a partir de instruções práticas e de simulações;
e) Avaliação
1. Verificação Única (prova pratica).................................................................................05 h/a

215
X - Matéria: Policiamento Comunitário
a) Carga horária: 20 h/a
b) Objetivos da disciplina: Proporcionar conhecimentos ao aluno de forma que ele possa
conhecer a filosofia, doutrina e metodologia de polícia comunitária e empregá-las nas atividades
desenvolvidas pela Organização;
c) Unidade didática
Nº RELAÇÃO DE ASSUNTOS C/H
1 Noções básicas de Polícia Comunitária 02 h/a
2 Princípios do Policiamento Comunitário 02 h/a
Diferença entre Policiamento comum e o Policiamento
3 02 h/a
Comunitário
Processos mais recomendados para o Policiamento
4 02 h/a
Comunitário
5 A implantação do Policiamento Comunitário em Goiás 02 h/a
Histórico e modelos internacionais e nacionais de Polícia
6 01 h/a
Comunitária
Identificação das entidades, Organizações públicas e privadas
7 02 h/a
envolvidas com a Polícia Comunitária
8 Policiamento Comunitário de Cavalaria / Representação 05 h/a
Total h/a 18 h/a
Avaliação 02 h/a
Soma 20 h/a
d) Instruções metodológicas
1. Apresentar o conteúdo teórico através de instruções expositivas;
2. Executar o conteúdo prático a partir de instruções demonstrativas;
e) Avaliação
1. Verificação única...........................................................................................................02 h/a

216
XI - Matéria: Direitos Humanos
a) Carga horária: 10 h/a
b) Objetivos específicos da disciplina: Possibilitar ao policial militar cavalariano
desenvolver sua atividade policial declinando suas ações nos direitos de cada cidadão;
c) Unidades Didáticas
Nº RELAÇÃO DE ASSUNTOS C/H
Carta Magna, Carta Internacional dos Direitos dos Homens,
1 Princípios basilares dos tratamentos a presos de guerra e presidiários; 08 h/a

Avaliação 02 h/a
TOTAL 10 h/a
c) Instruções metodológicas
1. O docente deverá abordar as principais partes da legislação, dando uma visão geral da matéria,
utilizando-se de técnicas tais como: exposição didática, demonstrações práticas treinamento e
práticas afins.
d) Verificação e aprendizagem
1. Verificação única (prova objetiva)................................................................................04 h/a

XII - Matéria: Estágio Operacional Supervisionado


a) Carga horária: 40 h/a
b) Objetivos da disciplina: Ampliar conhecimentos para que o aluno CPMON estabeleça
um elo entre o ensino teórico-prático e a realidade da atividade policial militar, através da
identificação dos aspectos que envolvem o exercício da atividade fim da PMGO com base no
conteúdo teórico ministrado, voltado ao POMon.
c) Unidade didática
Nº RELAÇÃO DE ASSUNTOS C/H
1 Estágio supervisionado Policiamento montado 16 h/a
2 Estágio Supervisionado Choque Montado 12 h/a
3 Estágio Supervisionado VTR 12 h/a
TOTAL 40 h/a
d) Instruções metodológicas
1. O docente deverá, junto à seção competente, planejar o emprego operacional dos alunos
CPMON em atividades operacionais afetas ao RC, sendo todas as atividades consideradas como
momento de avaliação, em que o PM mais antigo de cada fração
217
em que o aluno CPMON estiver estagiando deverá preencher o formulário de avaliação
do estagiário;
e) Avaliação
1. Para fins de avaliação a nota do aluno será mensurada através de conceitos conforme a
tabela a seguir.

Nº NOTAS CONCEITOS
1 0,0 a 4,9 INSATISFATÓRIO
2 5,0 a 6,9 REGULAR
3 7,0 a 8,4 BOM
4 8,5 a 9,5 MUITO BOM
5 9,6 a 10,0 EXCEPCIONAL

XIII - Matéria: Estágio Interno de Manejo e Profilaxia Supervisionado ( SVR, Ferradoria E


Cavalariço)
a) Carga horária: 48 h/a
b) Objetivos da disciplina: Ampliar conhecimentos para que o aluno CPMON estabeleça
um elo entre o ensino teórico-prático e a realidade da atividade interna da Cavalaria, através da
identificação dos aspectos que envolvem o exercício da atividade de SVR, ferradoria e
Cavalariço com base no conteúdo teórico ministrado, voltado à rotina e a habilidade com o trato
do animal.
c) Unidade didática
Nº RELAÇÃO DE ASSUNTOS C/H
1 Estágio na Veterinária 16 h/a
2 Estágio na Ferradoria 16 h/a
3 Estagio de Cavalariço 16 h/a
Total 48 h/a
d) Instruções metodológicas
1. O docente deverá, junto à seção competente, planejar o emprego dos alunos CPMon em
atividades afetas ao serviço interno, sendo todas as atividades consideradas como momento de
avaliação, em que o PM mais antigo da frente de serviço deverá preencher o formulário de
avaliação do estagiário;
e) Avaliação

218
1. Para fins de avaliação a nota do aluno será mensurada através de conceitos conforme a
tabela a seguir:

Nº NOTAS CONCEITOS
1 0,0 a 4,9 INSATISFATÓRIO
2 5,0 a 6,9 REGULAR
3 7,0 a 8,4 BOM
4 8,5 a 9,5 MUITO BOM
5 9,6 a 10,0 EXCEPCIONAL

CAPÍTULO III
DAS CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO

Art. 150. Condições de execução do Curso.

I - Local de Funcionamento: Regimento de Cavalaria – Engº Ary Ribeiro Valadão Filho, Centro
de instrução da PMGO e demais locais definidos em Nota de Instrução;
II - Duração: minimamente 9 semanas;
III - Quadro de Distribuição de Tempo: A ser confeccionado pela Seção Técnica de Ensino
(STE) - RC em consonância com a Academia da Policia Militar do Estado de Goiás (CAPM);

CAPÍTULO IV
DO ENSINO

Seção I
Da Administração do Ensino

Art. 151. Administração do ensino:

I - Supervisão e Direção do Curso: Supervisão pelo CAPM e direção pelo Comandante


do RC;

219
II - Coordenação do Curso: A coordenação do curso deverá ser desempenhada por um
Oficial de Cavalaria portador do CPMON da PMGO ou curso de Cavalaria equivalente;
III - Corpo Docente: Deverá ser composto por profissionais com curso equivalente em cada
matéria;
IV - Monitores: Deverão ser cursados em cursos equivalentes a cada matéria, com
características de liderança e tato pedagógico com os alunos;

Seção II
Do Apoio Administrativo

Art. 152. Apoio Administrativo:

I - Órgãos Administrativos: Será solicitado junto ao Comando da Polícia Militar o


necessário apoio administrativo para que o Curso flua dentro de critérios técnicos de treinamento
e utilização de indispensáveis recursos;
II - Instalações disponíveis: Serão utilizadas as áreas de instrução do Centro de Instrução da
PM e do RC, instruções em campo de acordo com a instrução a ser ministrada, mediante prévia
solicitação regida em Nota de instrução.
III - Transporte: Os deslocamentos referentes ao curso serão de acordo com a disponibilidade
de transporte do RC e da PMGO.

CAPÍTULO V
DAS PRESCRIÇÕES DIVERSAS

Seção I
Dos Uniformes e Apresentação Individual

Art. 153. O fardamento utilizado para as atividades do Curso será ordinariamente o de instrução
(4° b com culote, meião na cor preta e botina), sendo que a apresentação pessoal obedecerá aos
preceitos regulamentares que regem a Instituição. Conforme a FIGURA 01:

220
§ 1º Durante o estágio operacional o fardamento será o 4° b com culote, bota de Cavalaria e
colete preto. Conforme a FIGURA 02.

FIGURA Nº 01 FIGURA Nº 02

Seção II
Do Enxoval

Art. 154. Deverá consta no edital do curso a relação dos materiais para a realização do curso.

§ 1º Os materiais relacionados a seguir se fazem necessários para a realização do CPMON, em


que os alunos deverão adquiri-los não acarretando nenhum ônus para a Corporação.

221
Nº MATERIAL DE MANEJO
Uma corda na cor preta com 6 metros de comprimento e 10mm de
1
espessura com multifilamento trançados

Nº MATERIAL DE MANEJO
1 01 escova de limpeza de equinos
2 01 rasqueadeira de borracha
3 01 ferro de ranilha;
4 01 balde de 10 litros na cor preta
5 02 panos de chão 40 x 40 cm de algodão
6 06 barras de sabão neutro

Nº MATERIAL DE INDIVIDUAL (ENXOVAL)


1 01 par de botinas pretas sem detalhes.
2 02 pares de fardamento 4º B completo com culote (padrão PMGO)
3 01 tênis preto.
4 01 calção de educação física preto sem listra (padrão PMGO).
5 03 pares de meias brancas sem detalhes.
6 03 pares de meiões pretos sem detalhes.
7 01 sunga preta sem detalhes.
8 01 cinto de guarnição completo padrão PMGO.
9 01 óculos de proteção para prática de tiro.
10 01 par de protetor auricular para prática de tiro.

Seção III
Do Regime Disciplinar

Art. 155. Os alunos estarão subordinados ao Comandante do RC, sob orientação direta do Oficial
designado como Coordenador do Curso. A conduta disciplinar do aluno deverá ser avaliada de
acordo com o Código de Ética e Disciplina de Goiás e Código Penal Militar, respeitando ainda
as normas de ensino e instrução previstas na Corporação. Os assuntos de instrução serão tratados
pelo Coordenador do Curso junto ao setor competente.

222
§ 1º A partir da apresentação independentemente do posto ou graduação, o aluno CPMON será
nominado com um número, visando o melhor trato entre os instrutores e os alunos CPMON.

§ 2º Toda atividade durante o curso terá o cunho de aumentar o vinculo entre o aluno CPMON e
o cavalo, gerando o mais rápido possível a adaptação que ele irá enfrentar no dia a dia como
cavalariano.

Seção IV
Das Tradições de Cavalaria

Art. 156. As tradições de Cavalaria:

I - Nome da turma: Deverá ser sempre de um cavalo de relevantes serviços prestados à


Cavalaria da PMGO;
II - Padrinhos/madrinhas, paraninfo e patrono do curso: Deverá ser sempre alguém
com relevantes serviços prestados a esse RC;
III - Padrinho/Madrinha de espora: Deverá ser sempre um Militar cursado com CPMON
ou curso equivalente, à escolha do formando;
IV - Padrinho/Madrinha de Distintivo: À escolha do formando, não tendo a
obrigatoriedade de ser um Militar.
V - Canção da Cavalaria: Deverá ser executada pelo curso todos os dias no horário da
apresentação ou a qualquer momento solicitado pelo corpo docente.

a) CANÇÃO DA CAVALARIA:

Arma ligeira que transpõe os montes


Caudais profundos, com ardor e glória
Estrela guia em negros horizontes Pelo
caminho da luta e da vitória

Cavalaria, Cavalaria
Tu és na guerra a nossa estrela guia

Arma de tradição que o peito embala


Cuja história é de luz e de fulgor

223
Pelo choque, na carga, ela avassala E,
ao inimigo, impõe o seu valor

Cavalaria, Cavalaria
Tu és na guerra a nossa estrela guia

Montado sobre o dorso deste amigo:


O cavalo que, altivo, nos conduz
Levamo-lo, também, para o perigo
Para lutar conosco sob a cruz

Cavalaria, Cavalaria
Tu és na guerra a nossa estrela guia

De Andrade Neves o Osório, legendário.


E outros heróis que honram a nossa história
Evocamos o valor extraordinário
Pelo Brasil a nossa maior glória!

Cavalaria, Cavalaria
Tu és na guerra a nossa estrela guia

Composição: Teófilo Ottoni Da Fonseca

VI - Oração do cavalariano: Deverá ser executado pelo curso todos os dias no


horário de apresentação ou a qualquer momento solicitado pelo corpo docente.

a) ORAÇÃO DO CAVALARIANO
“Se ao teu corcel não cedes o lugar
Para de ti depois, então cuidar Embora
te domine o sofrimento;
Se não te agradas, ao menos um momento, Com
a as tradições heráldicas fremir
Das cargas que deixaram de existir;
Se não te orgulhas de empunhar a lança, Que
Osório fez credora de esperança

224
Na conquista suprema da vitória;
Se não te queres embriagar na glória De,
antes de todos, ir para o inimigo,
Infiltrar-te isolado no perigo,
Reconhecer para informar, cobrir
Retardar, envolver, perseguir;
Se por estares no motor montado, Julgas
haver-se o velho ardor quebrado Se rei não
és do campo na amplidão, Se te faltas a
coragem de um leão
E o penetrante olhar da águia não tens,
Quando a caminho para luta vens
Digo-te então:
Erraste a vocação!
Para trás! Chora em vão te desengano! Não
serás nunca um CAVALARIANO!”

Autor: Teófilo Ottoni Da Fonseca

VII - Oração do cavalo:

Dono meu:
- Dá-me frequentemente de comer e de beber e, quando tenhas terminado de
trabalhar-me, dá-me um cama onde eu possa descansar comodamente;
- Examina todos os dias meus pés e limpa o meu pêlo;
- Quando eu recusar a forragem, examina meus dentes e minha boca, porque bem pode ser
que eu tenha uma travagem que me impeça de comer;
- Fala-me; tua voz é sempre mais eficaz e mais convincente para mim que o chicote, que as
rédeas e que as esporas;
- Acaricia-me frequentemente, pra que eu possa compreender-te, querer-te e servir- te da
melhor maneira e de acordo com os teus desejos;
- Não cortes o meu rabo muito curto, privando-me do melhor meio que tenho para
espantar as moscas e os insetos;

225
- Não me batas violentamente e nem dê golpes violentos nas rédeas; se não obedeço, como
queres, é porque, ou não te compreendo, ou porque estou mal encilhado, com o freio mal
colocado, com alguma coisa nos meus pesou meu lombo que me causa dor;
- Se eu me assustar, não deves bater-me, sem saber a causa disso, pois bem pode ser o defeito
de minha vista ou um providencial aviso para ti;
- Não me obrigues a andar muito depressa em subida, descida, estradas empedradas ou
escorregadias;
- não permaneças montado sem necessidade, pois prefiro marchar, do que ficar parado com
uma sobrecarga sobre o dorso;
- Quando cair, tenhas paciência comigo e ajuda-me a levantar, pois faço o quanto posso para
não cair e não causar-te desgosto algum;
- Se tropeçar, não deves por a culpa em mim, aumentando minha dor e a impressão de perigo
com tuas chicotadas; isso só servirá para aumentar o meu medo e a minha má vontade;
- Procura defender-me da tortura do freio, não no trabalho, mas quando esteja em descanso, e
cobre-me com a manta ou com uma capa apropriada;
- Enfim, meu dono, quando a velhice me tornar inútil, não esqueça o serviço que te prestei,
obrigando-me a morrer de dor e privações sob o jugo a um dono cruel ou nos varais de
uma carroça; se não puderes manter-me, ou mandar-me para o campo, mata-me com
tuas próprias mãos sem me fazeres sofrer;
- Eis tudo que te peço, em nome daquele que quis nascer numa baia, minha morada, e não
num palácio, tua casa.....

Autor: Desconhecido

CAPÍTULO VI
DA ESPORA PRATEADA, BARRETE DE CAVALARIA E
DISTINTIVO DO CPMON PMGO

Art. 157. O aluno que logra êxito na conclusão do curso terá direito de usar os distintivo do
curso de Policiamento Montado da PMGO.

226
Seção I
Da Espora Prateada

Art. 158. Somente o militar cursado poderá utilizar a espora, uma vez que o uso indevido
pode causar lesão ao cavalo, bem como colocar em risco o militar montado e pessoas
próximas. Para poder fazer uso, o militar deverá ter conhecimento e prática com essa ajuda
artificial. As esporas serão entregues aos militares no ato de formatura pelo seu padrinho ou
madrinha de espora prateada.

FIGURA Nº 03 - Esporas Prateadas

Seção II
Do Barrete de Cavalaria

Art. 159. Emborrachado com fundo preto e com letras e bordas cinzas escrito: CAVALARIA.

227
FIGURA Nº 04 - Barrete de Cavalaria

Seção III
Do Distintivo do CPMON-PMGO

Art. 160. O distintivo do Curso de Policiamento Montado da Polícia Militar do Estado de


Goiás - CPMON, será composto por:

I - no centro, sobrepondo duas lanças cruzadas, o núcleo do brasão da Cavalaria contendo


dois cavalos empinados enfrente a um escudo, ladeada de ramos louros;
II - ao fundo, duas lanças representativas da arma de Cavalaria, cruzadas. Tendo cada uma
delas uma ponteira em argento voltadas para cima e uma flâmula retangular, comum a das
extremidades menores ajustadas a base da ponteira, e a outra extremidade menor em forma de
bifurcação voltada para baixo lado oposto a haste da lança. No centro da flâmula um losango
contornando em silver, sendo o lado maior da flâmula em sentido tremulante;
a) na base do distintivo, alcançando toda sua extensão, ramos de louros;
b) oficiais e praças terão a mesma composição de distintivo, alterando-se somente os metais,
sendo jalne para oficiais e argento para praças;

§ 1º Dos significados dos metais e esmaltes utilizados:

I - Argento (metal prata) - significa obediência, integridade, firmeza, vigilância,


eloquência, maturidade e gratidão;
II - Jalne (amarelo-ouro) - representa nobreza, sabedoria, perseverança, constância, Riqueza,
fé;

228
§ 2º Do significado dos elementos do distintivo do Curso de Policiamento Montado da
Polícia Militar do Estado de Goiás:

I - as lanças cruzadas apostas ao fundo do distintivo representam o respeito à origem, fincada


na arma de Cavalaria;
II - o núcleo do brasão do Regimento de Cavalaria Ary Ribeiro Valadão Filho cravado ao
centro representa a dependência dessa Unidade militar da existência do cavalo, seu motivo
existencial;
III - os ramos de louros que ladeiam a parte central do distintivo representam as glórias, as
conquistas e os grandes feitos auferidos nas batalhas, frutos da coragem, força, determinação
e liderança;
IV - os louros que se encontram na parte inferior do distintivo representam a base do curso
representado no Distintivo;

§ 3º Das dimensões:

I - o distintivo metálico possuirá 7,5 cm de largura por 3,5 cm de altura. O distintivo


emborrachado terá 8,0cm de largura e 4,5cm de altura, com a borda com 1 mm de largura na
cor cinza, confeccionado em cloreto de polivinil, pelo processo de montagem à quente, com
as mesmas descrições do distintivo metálico, sobre um suporte de cor Preta em forma de
elipse.

§ 4º Do uso:

I - o distintivo do Curso de Policiamento Montado da Polícia Militar do Estado de Goiás -


CPMon, somente poderá ser utilizado por militares que tenham concluído com
aproveitamento o referido curso;
II - o distintivo deverá ser usado sobre o bolso direito, obedecendo ao regulamento de
Uniformes e demais determinações acerca do seu uso expedidas pelo comando da Polícia
Militar do Estado de Goiás;

§ 5º Do modelo do distintivo:

229
FIGURA Nº 05 – Distintivo do CPMON Emborrachado
(8,0 cm de largura por 4,5 cm de altura)

FIGURA Nº 06 - Distintivo do CPMON Metálico


(7,5 cm de largura por 3,5 cm de altura)

230
FIGURA Nº 07 - Distintivo do CPMON Este Brevê colorido Deve
ser usado somente em documento e objetos de decoração

CAPÍTULO VII
DA FORMATURA

Art. 161. Deverá ser obrigatoriamente montada independente das intempéries, na pista
Coronel de EB Aníbal de Carvalho Coutinho.

Seção I
Da Solenidade de Formatura do CPMON

Art. 162. O roteiro da formatura:

I - apresentação da Tropa à autoridade policial militar que preside o evento; II -


cântico do Hino Nacional Brasileiro;
III - entrada dos Formandos a cavalo acompanhados pelo coordenador do curso; IV -
apresentação dos formandos. Essa será feita pelo coordenador do curso;
V - leitura de Ata de Conclusão de Curso;
VI - homenagem aos primeiros colocados do curso; VII -
homenagens aos Patronos de Cavalaria;
VIII- aposição dos Distintivos de curso;
IX - compromisso dos Formandos (Compromisso, Oração ou Juramento dos formandos);
X. palavras das autoridades;
XI. saída dos Formandos ;
XII. desfile da Tropa;
XIII. encerramento;

231
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BATISTA, C.A.S.; CHRISPINO, T.C.; FARIA, A.C.D.. Prevalência de lesões


associadas ao hipismo. InterFISIO, 2020. Disponível em:
https://interfisio.com.br/prevalencia-de-lesoes-associadas-ao-hipismo. Acesso em: 09 de
abr. de 2020.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Departamento de Educação e Cultura do Exército. Manual Técnico


Equitação. Rio de Janeiro, 2017.

. Decreto Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940.


Código Penal.

. Decreto Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941. Código de Processo Penal.

. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil.

. Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Código de Processo Civil.

. Portaria nº 7795, de 20 de abril de 2016. Doutrina de ROTAM

. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Código Tributário Nacional.


CONDOR. Tecnologias não letais. Munições não letais. Disponível:
http://www.condornaoletal.com.br/index.php?option=com_wra pper&Itemid=176>
Acesso em: 30 de Set. 2014.

. Catálogo de fichas técnicas: 2014. Rio de Janeiro:


Condor, 2014.

DISTRITO FEDERAL. Polícia Militar do. Manual de Operações de Choque


Montado. PMDF: 2004.

GOIÁS. Polícia Militar de. Manual de Operações de Choque do BPMChoque.


PMGO, 2015.

GOIÁS. Polícia Militar de. Normas para o Planejamento e Conduta de


Ensino/NPCE. 1990.

GOIÁS. Polícia Militar de. Normas para Planejamento e Instrução/NPCI. 2020.

GOIÁS. Polícia Militar de. Procedimento Operacional Padrão. 3ª ed. rev. e amp. –
Goiânia: PMGO, 2014.

232

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