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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

INSTITUTO DE FÍSICA E MATEMATICA

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

EXPERIMENTO DE MOVIMENTO RETILÍNEO


UNIFORMEMENTE VARIADO (MRUV)

AUTORES: RAMON GOULART, MARKUS WIRZ, ARLESON


COSTA, GABRIEL HENRIQUE

PROFESSOR: MÁRIO L.LOPES DA SILVA

PELOTAS, 01 de Dezembro de 2017


Introdução

Na atividade realizada foi feito o experimento sobre o


comportamento de um corpo em movimento retilíneo uniformemente variado
(MRUV).

Dentre os tipos de movimento presentes na cinemática o movimento


retilíneo é o mais simples deles, pelo fato de ser realizado ao longo de uma
linha reta, tanto em um sentido horizontal, como no sentido vertical como uma
queda ou um lançamento oblíquo.

O MRUV é definido na cinemática como o movimento de um móvel


ao longo de uma reta na qual possui uma aceleração constante, ou seja, sua
velocidade sofre uma variação no decorrer do tempo.

Com o experimento foi possível medir os dados deste tipo de


movimento de uma maneira prática e assim obter resultados baseado no que a
teoria nos diz sobre MRUV.

Exposição Teórica

Pelo fato do corpo encontrar-se com uma aceleração constante é


obtida uma aceleração média igual em qualquer intervalo de tempo, por conta
disso podemos calcular essa aceleração como a variação da velocidade ∆v
dividido pelo intervalo de tempo, chegando na seguinte fórmula:

am = ∆v/∆t

Neste experimento foi realizado o cálculo das variações de


velocidade em diferentes instantes de tempo, chegando assim na aceleração
com que o corpo se movimenta.

Pelo fato da aceleração se manter constante ao longo de um período


de tempo, podemos interpretar um gráfico da aceleração em relação ao tempo
como uma linha contínua e constante, sendo ela positiva ou negativa.

Gráficos da aceleração em relação ao tempo:


Em relação à velocidade em função do tempo, é possível notar que
por conta da aceleração ser constante, ela irá a cada instante crescer quando a
aceleração for positiva e decrescer quando for negativa.

Para a velocidade em função do tempo temos os gráficos:

Procedimento Experimental

Descrição do equipamento:

O Equipamento utilizado para este experimento consiste em um


colchão de ar com seu carrinho e um centelhador, como insumo, temos papel
termográfico. O Colchão de ar consiste em um tubo quadrado de alumínio com
escala métrica e com pequenos furos ao longo de sua superfície, disposto
horizontalmente, com um de seus vértices virado para cima, por onde um
carrinho de perfil “L”, com encaixes para pesos e eletrodos corre
longitudinalmente, por trás do tubo, existe ainda uma barra de latão a qual
serve como eletrodo. Quando conectado com um gerador de fluxo de ar, os
furos ao longo do tubo de perfil quadrado expelem ar, criando uma bolsa de ar
entre o tubo e o carrinho, tornando a resistência ao movimento do carrinho a
menor possível em condições atmosféricas.
Abaixo do trilho do colchão de ar em um de seus lados encontra-se um
espaçador de modo que o trilho fique inclinado para um lado.

O centelhador é um gerador de faíscas que pode ser ajustado para gerar


uma determinada quantidade de arcos voltaicos por segundo, no caso desse
experimento o equipamento foi ajustado para gerar um pulso a cada 100
milissegundos, em outras palavras, a cada 0,1 segundos será formado um arco
voltaico entre o eletrodo do carrinho que se desloca e a barra de latão fixa no
equipamento, porém isolada do colchão de ar. No painel de operação do
centelhador além do botão de ajuste da frequência das centelhas existe um
botão que quando pressionado dispara as centelhas com a frequência
previamente ajustada.
Descrição da montagem:

O Papel termográfico é preso por cima da barra de latão de modo a ficar


entre a barra de latão e o eletrodo do carrinho e fixado com fita adesiva em
cada extremidade do equipamento, são fixadas em cada lado do carrinho
massas de 50g cada. O catodo do centelhador é fixado no tubo de perfil
quadrado que fica em contato mínimo com o carrinho, o anodo por sua vez é
conectado à barra de latão, de modo que cada arco voltaico imprima um ponto
na fita de papel termográfico.

Como o Experimento é realizado:

O gerador de fluxo de ar é ligado, é também ligado o centelhador, o


carrinho é levado até uma extremidade do colchão de ar, é então solto , o
botão disparador de centelhas é nesse instante pressionado, e mantém-se
pressionado até que o carrinho chegue ao lado oposto do colchão de ar,
imprimindo no papel termográfico pontos, a cada 0,1 segundos. O
equipamento é então desligado, a fita de papel é removida e então medida a
distância entre os pontos, sendo essas distâncias determinadas na tabela de
coleta de dados como X1, X2, X3...Xn

Resultados Obtidos:

Tempo(T ∆T Posição (x) ∆x Velocidade ∆v Aceleração


) média (Vm) média (am)
T0= 0s ∆T=0,1 X0=0mm ∆x0=0 v0=0m/s ∆v0=o A0=0mms
s
T1= 0,1s ∆T=0,1 X1=10mm ∆x1=10mm V1=100mm/s ∆v1=20mm/s A1=200mm/s
s
T2= 0,2s ∆T=0,1 X2=22mm ∆x2=12mm V2=120mm/s ∆v2=20mm/s A2=200mm/s
s
T3= 0,3s ∆T=0,1 X3=36mm ∆x3=14mm V3=140mm/s ∆v3=10mm/s A3=100mm/s
s
T4=0,4s ∆T=0,1 X4=51mm ∆x4=15mm V4=150mm/s ∆v4=20mm/s A4=200mm/s
s
T5=0,5s ∆T=0,1 X5=68mm ∆x5=17mm V5=170mm/s ∆v5=30mm/s A5=300mm/s
s
T6=0,6s ∆T=0,1 X6=88mm ∆x6=20mm V6=200mm/s ∆v6=20mm/s A6=200mm/s
s
T7=0,7s ∆T=0,1 X7=110mm ∆x7=22mm V7=220mm/s ∆v7=10mm/s A7=100mm/s
s
T8=0,8s ∆T=0,1 X8=133mm ∆x8=23mm V8=230mm/s ∆v8=10mm/s A8=100mm/s
s
T9=0,9s ∆T=0,1 X9=157mm ∆x9=24mm V9=240mm/s ∆v9=30mm/s A9=300mm/s
s
T10=1,0s ∆T=0,1 X10=184m ∆x10=27 V10=270 ∆v10=2mm/s A10=200mm
s m mm mm/s /s
T11=1,1s ∆T=0,1 X11=213m ∆x11=29 V11=290 ∆v11=0 A11=0 mm/s
s m mm mm/s mm/s
T12=1,2s ∆T=0,1 X12=242m ∆x12=29m V12=290mm ∆v12=20mm A12=200mm
s m m /s /s /s
T13=1,3s ∆T=0,1 X13=273m ∆x13=31m V13=310mm ∆v13=20mm A13=200mm
s m m /s /s /s
T14=1,4s ∆T=0,1 X14=306m ∆x14=33m V14=330mm ∆v14=20mm A14=200mm
s m m /s /s /s
T15=1,5s ∆T=0,1 X15=341m ∆x15=35m V15=350mm ∆v15=10mm A15=100mm
s m m /s /s /s
T16=1,6s ∆T=0,1 X16=377m ∆x16=36m V16=360mm ∆v16=20mm A16=200mm
s m m /s /s /s
T17=1,7s ∆T=0,1 X17=415m ∆x17=38m V17=380mm ∆v17=10mm A17=100mm
s m m /s /s /s
T18=1,8s ∆T=0,1 X18=39mm ∆x18=39m V18=390mm ∆v18=20mm A18=200mm
s m /s /s /s
T19=1,9s ∆T=0,1 X19=41mm ∆x19=41m V19=410mm ∆v19=20mm A19=200mm
s m /s /s /s
T20=2,0s ∆T=0,1 X20=538m ∆x20=43m V20=430mm ∆v20=50mm A20=500mm
s m m /s /s s

Observações e detalhes importantes para o bom funcionamento do


experimento:

Para um bom funcionamento do equipamento, é importante verificar se o


trilho de ar está com a inclinação correta, para que não corra risco de que o
movimento não esteja se mantendo uniformemente acelerado prejudicando o
bom funcionamento do experimento, é preciso tomar cuidado com que as
medidas se mantenham corretas e façam sentido, verificar a energia está
funcionando corretamente e o centelhador esteja em bom estado, assim como
o papel termográfico deve estar corretamente preso na superfície do
equipamento.

Desligar o centelhador assim que o experimento for concluído, o


centelhador deve estar funcionando somente quando o objeto estiver em
movimento.

Como medida de segurança, é importante tomar cuidado e não


encostar no equipamento enquanto o objeto estiver em movimento e o
centelhador estiver ligado para evitar descargas elétricas.

Análise de Dados

Por meio dos resultados obtidos e marcados na tabela, podemos


notar o comportamento do objeto durante seu movimento, tendo marcado sua
posição do decorrer do tempo, podemos ainda calcular a velocidade média que
ele se comportou durante o percurso, fazendo a média das velocidades
registradas, e depois calculando o valor de sua aceleração dividindo a
velocidade pelo tempo.

Analisando então um movimento, que não se encontra com uma


aceleração constante, devermos considerar algumas fontes de possíveis erros,
como por exemplo, se o equipamento estava bem calibrado, e o objeto sem
nenhum tipo de interrupção em seu movimento. Também devemos considerar
possíveis erros nas medidas observadas e calculadas.

Conclusão:

Ao realizar o experimento forma encontradas algumas dificuldades, a primeira


em relação as medidas registradas, que tiveram de ser recontadas por
encontrar erros, foram pulados alguns valores, por conta disso alguns
resultados apresentaram variações não comuns em um corpo que se
movimenta com movimento uniformemente acelerado.

Por tanto é possível notar que a aceleração não se manteve constante no


decorrer do percurso. Também é possível notar momentos que encontramos
uma aceleração igual a zero, o que indica que o corpo manteve sua velocidade
naquele instante.

Bibliografia:

Nussenzveig, Herch Moysés. Curso de Física Básica: Mecânica. 4ª Edição. Rio


de Janeiro, 2002.

Young, Hugh, Física 1/Young e Freedman Tradução, Sônia Midori Yamamoto;


Revisão técnica Adir Moysés Luiz. 12ª edição. São Paulo: Addison Wesley,
2008.

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