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Projeto Pé Na Estada
Projeto Pé Na Estada
ARAÇUAÍ
2019
PROJETO
Pé na estrada: Culta vai, Cultura Vem.
‘“Teatro é uma arte despertada naqueles que procuram enxergar além das fronteiras da
realidade, além do próprio ser e existir”
Enrique Jardiel Poncela
ARAÇUAÍ
2019
SUMÁRIO
1- NOME DO PROJETO
1.1- SRE
1.2 – ESCOLA / MUNICÍPIO
1.3- ENFOQUE NAS TEMÁTICAS
2 - PERFIL DA ESCOLA
3- APRESENTAÇÃO
4 - CONTEXTO DE JUSTIFICATIVA
5- OBJETIVOS
5.1 - Objetivo Geral
5.2 - Objetivos Específicos
6 - JUSTIFICATIVA
7 - METODOLOGIA
7.1-- Exercícios de iniciação
7.1.1- 1º Momento – Questionamento da postura social
7.1.2- Jogos teatrais
7.2- 2º Momento – Desenvolver habilidades
7.3- 3º Momento – Leitura e retextualizações
8- OFICINAS
8.1- 1º MOMENTO
8.2- 2º MOMENTO
17- CONSUMO
18- REFERÊNCIA
19- ANEXOS
1- NOME DO PROJETO
Pé na estrada: Pé na estrada: Culta vai, Cultura Vem.
1.1- SRE- 43ª/Araçuaí
1.2 – Escola/ Município- E. E. Industrial São José- Araçuaí
1.3- Enfoque nas temáticas – Leitura/ Produção/ Interpretação escrita e oral
1.4. Responsáveis – 1 professora de Língua Portuguesa, 1 professor Artes Cênicas, 1
professor de Inglês, 1 professor de Práticas Experimentais, 1 professor de Projeto de Vida e
1 professor de Filosofia.
2 - PERFIL DA ESCOLA
A Escola Estadual Industrial São José foi fundada em 26 de janeiro de 1966,
reconhecida como Curso Complementar São José, com aulas teóricas pela no turno matutino
e com oficinas de corte e costura, carpintaria, artesanato, artefatos de couro e gráfica no turno
vespertino, justificando a denominação de “Industrial”. Em 1977 funcionou no prédio da
Escola Municipal Luciana Teixeira com a denominação de Escola Estadual Industrial São
José. Em 1982 foi autorizando o funcionamento de extensão da 7ª e 8ª séries na mesma
localidade. A implantação do Ensino Médio com habilitação em Magistério de 1º grau se deu
em 1987e durante esse período funcionou em um segundo endereço, na Escola Estadual
Manoel Fulgência. A partir de 1994 a Escola Estadual Industrial “São José” passou a ocupar o
seu prédio próprio localizado à Rua Vitória, 212, bairro Vila Magnólia, na cidade de Araçuaí-
MG, com séries do Ensino Fundamental e as últimas turmas do curso de Magistério, extinto
em 1998; nesse ano foi implantado o Ensino Médio Comum Geral. Atualmente, a Escola
continua em sua trajetória educacional funcionando em três turnos atendendo uma clientela de
mais de 750( setecentos e cinquenta) alunos do ensino Fundamental, Médio Regular, Integral
Integrado, Técnico e EJA, nos três turnos. A cidade de Araçuaí - município
brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país, localiza-se no Vale
do Jequitinhonha e está situado a cerca de 678 km a leste da capital do estado e
sua população estimada é de 36 708 habitantes. Considerando domicílios com rendimentos
mensais de até meio salário mínimo por pessoa ( IBGE- 2019). Segundo o Atlas do
desenvolvimento Humano no Brasil, a cidade possui um Índice de Desenvolvimento Humano
(IDHM) de 0,663, em 2010. Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos
ou passou de 64,92% em 2000 para 59,83% em 2010; ao mesmo tempo, sua taxa de
desocupação passou de 14,65% em 2000 para 7,41% em 2010.
3- APRESENTAÇÃO
O teatro como ferramenta pedagógica auxilia na aprendizagem de várias matérias.
Ele é o componente histórico de qualquer época, portanto oferece condição de estudos na
identificação de questões, comportamentos, fatos e contextos de determinada fase da história.
Os estudantes podem apreciar várias questões sociais e políticas, produzindo peças ou atuando
nas mesmas. O professor pode utilizar o teatro em vários segmentos do conhecimento, sempre
de forma prazerosa, bem como: na expressão e comunicação oral e escrita, análise literária,
sociológica e filosófica. Os currículos de ensino devem incentivar a interdisciplinaridade e
suas várias possibilidades. Nesse sentido, trabalhar com o teatro na sala de aula inclui uma
série de vantagens obtidas: o aluno aprende a improvisar, desenvolve a oralidade, a expressão
corporal, a impostação de voz, aprende a se entrosar com as pessoas, desenvolve o
vocabulário, trabalha o lado emocional, desenvolve as habilidades para as artes plásticas
(pintura corporal, confecção de figurino e montagem de cenário), oportuniza a pesquisa,
desenvolve a redação, trabalha o protagonismo, cidadania, religiosidade, ética, sentimentos,
interdisciplinaridade, incentiva a leitura, propicia o contato com obras clássicas, fábulas,
contos, poema, dentre outros. Ademais, ajuda os alunos a se desinibirem-se e adquirirem
autoconfiança, desenvolve habilidades adormecidas, estimula a imaginação e a organização
do pensamento. Enfim, são incontáveis as vantagens em se trabalhar o teatro em sala de aula.
Nosso objetivo na escola não é ter um aluno-autor, um aluno-pintor ou um
aluno compositor, mas sim dar oportunidades a cada um de descobrir o
mundo, a si próprio e a importância da arte na vida humana. (REVERBEL,
1989).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais buscam identificar os diversos argumentos
sobre a importância do conhecimento artístico. A abordagem dramática na educação admite a
importância do teatro infantil e considera-o como base da educação criativa. O teatro na
escola, de acordo com os PCNS, tem o intuito de que o aluno desenvolva um maior domínio
do corpo, tornando-o expressivo, um melhor desempenho na verbalização, uma melhor
capacidade para responder às situações emergentes e uma maior capacidade de organização
de domínio de tempo.
Para Koudela (2002) a maneira como um professor desenvolve um
assunto em sala de aula, em muito influencia o educando a gostar ou não do que está sendo
tratado. As dificuldades que o professor enfrenta em sala de aula principalmente, aquelas
relacionadas com questões do interesse e da motivação dos alunos, podem ser superadas por
eles por meio de uma metodologia de ensino que seja adequada à realidade do aprendiz, o
teatro, enquanto atividade lúdica, permanece uma nova compreensão dos conteúdos não só de
Língua Portuguesa e Literatura, como também dos demais. Para Freire (1996, p. 46): o
educador deve propiciar o meio adequado para que os educandos em suas relações
intrapessoais e interpessoais busquem assumir-se como ser social e histórico, como ser
pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de amar e nesse
sentido, o Teatro é um recurso extremamente valioso.
Diante dessa premissa, infere-se, portanto, que essa ferramenta com fundamentos
sociais e pedagógicos, tornou-se relevante aos objetivos da escola no que tange a preparar
seus educandos e futuros cidadãos para essa nova era, a era da informação onde tudo
acontecesse de forma rápida e volátil e de repensar as novas perspectivas relacionadas ao
conceito de cultura e das relações que entrelaçam a convivência em sociedade.
4 - CONTEXTO DE JUSTIFICATIVA
O Projeto “Pé na estrada: levando cultura e entretenimento” surgiu da
necessidade de oferecer aos educandos uma atividade que vai além do currículo e do âmbito
da escola, pois é certo que o teatro e as demais artes fazem parte do dia a dia dos nossos
educandos, independente de sua classe socioeconômica.
Assim, estamos certos que a presente proposta subsidiará para que os educandos
construam seus Projetos de Vidas e se vejam como elementos que contribuem para a solução
dos desafios individuais e coletivos; além de ser uma ferramenta para auxiliar na elevação da
autoestima, valorizar os dons apresentados para as artes cênicas e colaborará, sobretudo,
fortemente para melhoria dos resultados nas avaliações internas e externas, bem como, evitar
a evasão escolar, uma vez que se trata de uma ferramenta de interesse dos educandos. Sendo,
a maioria deles é oriunda de famílias de baixo poder aquisitivo e residentes em bairros
periféricos onde vivem em situação de vulnerabilidade. Segundo Silva (2007, p.3) “as
populações atingem um elevado grau de vulnerabilidade que não podem ter a capacidade de
escolher ou negar aquilo que lhes é oferecido”.
O projeto supracitado, iniciou-se em fevereiro de 2019, por contribuir para que muitos de
nossos alunos definissem seus Projetos de Vidas, conquistou a simpatia dos educandos e
educadores de nossa Escola, bem como os educadores das cidades circunvizinhas, nas quais
as peças foram apresentadas. Isso fez com que a Comunidade Escolar se envolvesse
incentivando os educandos a participarem mais ativamente das oficinas, o que resultou no
resgate da autoestima, confiança, trabalho em equipe, responsabilidade, convívio social e
melhoria no clima organizacional escolar através da integração,
educandos/comunidade/escola.
Por isso, temos como meta levar as oficinas que foram ministradas em nossa
Escola, bem como as apresentações das peças encenadas a outras localidades como forma de
mobilizar outros educandos a terem uma legítima participação social, contribuindo não
somente à escola, como também com a comunidade em que está inserido. Ademais,
“...tomem a frente dos processos e, ao mesmo tempo, vivenciem possibilidades de
escolha e de responsabilidades.” ( Costa 1997)
Portanto, esse projeto visa levar, não apenas, cultura e entretenimento através de
oficinas e peças teatrais produzidas pelos alunos do Ensino Médio Integral Integrado e
Técnico da E. E. Industrial São José, como também passar a mensagem de cidadania criando
acontecimentos, nos quais os educandos ocupam uma posição de centralidade na escola em
que estão inseridos e em suas comunidades.
5- OBJETIVOS
5.1 - Objetivo Geral
· Ampliar a ação formadora social e intelectual dos educandos, dando lhes oportunidades de
para se colocarem como sujeitos construtores do seu próprio Projeto de Vida e, sobretudo,
vivenciar situações práticas que possam contribuir em suas vidas profissionais.
6 - JUSTIFICATIVA
O projeto Pé na Estrada: Culta vai, Cultura Vem é de grande valia para que se
possa preparar os educandos a caminho desse futuro que exige flexibilidade, dinamismo e
agilidade no pensar, no agir, no entender e na arte de refletir e analisar. Diante dessa premissa,
essa ferramenta com fundamentos sociais e pedagógicos torna-se relevante aos objetivos da
escola no que tange a preparar seus educandos, os futuros cidadãos para essa nova era, a era
da informação em que tudo acontecesse de forma rápida e volátil e de repensar as novas
perspectivas relacionadas ao conceito de cultura e das relações que entrelaçam a convivência
em sociedade.
7 - METODOLOGIA
Os encaminhamentos metodológicos seguiram de acordo com a construção de
uma sequência de atividades que contribuíram para um enriquecimento cultural de todos os
presentes. As oficinas transcorreram com momentos de reflexão que perpassaram por
questionamentos da postura social de cada indivíduo, promovendo mudança na mesma e
valorização pessoal - de acordo com as potencialidades de cada um – debate, reflexões, e
ações executadas culminaram na melhoria dos resultados de todo aproveitamento escolar.
Afinal, nossas práticas refletem em nosso crescimento pessoal, profissional, social e humano.
lugar, levamos cada turma, individualmente, ao anfiteatro onde foram realizados jogos
teatrais. Inicialmente, o professor de Artes Cênicas deu uma explicação de como se dá todo o
processo das aulas, bem como a apresentação das regras dos jogos, a fim de que todos
compreendessem claramente as atividades teatrais. E, na oportunidade foi feita uma breve
explicação sobre o que é um jogo teatral para que os alunos compreendessem o que estavam
realizando, bem como quais eram os objetivos dos jogos.
2º passo
A formação de grupos de teatro nas salas pelos próprios alunos sob orientação do
professor de Artes Cênicas e a escolha da própria função dentro do grupo, levaram os
educandos a serem ativos, capazes de tomarem decisões e fazerem escolhas embasadas no
conhecimento para que sejam protagonistas. Aprenderam a buscar soluções para os próprios
problemas e do grupo; além de estimular o desenvolvimento de cada membro como pessoa e
reconhecimento do potencial e habilidades pessoais: se sentiram importantes de acordo com o
que sabiam fazer.
8- OFICINAS
8.1- 1º MOMENTO
Proposta de Atividades:
8.2- 2º MOMENTO
Proposta de Atividades:
Proposta de Atividades:
12- CONCLUSÃO
Projeto pé na estrada: Culta vai, Cultura Vem visa estimular os educando a
serem protagonistas e, através de atividades cênicas e grupos de trabalho, desenvolver a
capacidade para criar seus próprios Projetos de Vida, especificamente, dos educandos da
Escola Estadual Industrial São José. E, acima de tudo, colaborar na construção de ações
coletivas para melhoria do rendimento escolar, acreditando e apostando na educação e
transformação individual, inserindo o papel fomentador que a arte possui nesta perspectiva.
Na certeza de que nossos educandos saberão qual caminho seguir após concluir
seus estudos nesse educandário, continuaremos com a parte que nos cabe que é transformar,
direcionar e, sobretudo, formar cidadãos conscientes, críticos e autores de suas próprias
histórias. Com essa perceptiva, continuaremos com implementações de novas ideias, novas
práticas e diferentes olhares para uma educação de qualidade, a qual não deve ser pautada
apenas em conteúdos sistematizados, estáticos e emoldurados em paredes da resistência à
mudança, mas sim em invólucros do encorajamento de poder sempre mais, de vislumbrar
movimentos novos que vão ao encontro dos anseios de nossos “novos” alunos/autores que,
por sua vez, almejam diferentes olhares para suas diferentes expectativas.
13 - AVALIAÇÃO
Avaliação é um fator indispensável em qualquer atividade humana e neste caso
específico a mesma tem por finalidade, mostrar aos educandos o quanto aprenderam ou não
com o desenvolver destes jogos teatrais, e finalmente será realizada uma conversa com os
alunos sobre as atividades que realizaram.
14- PARCERIAS
_ SEE
_Comunidade Escolar e local;
_SRE de Araçuaí;
_Direção Escolar;
_Prefeitura Municipal de Araçuaí
15. CRONOGRAMA
16 - ORÇAMENTO
17- CONSUMO
TOTAL
ESTADIA ALIMENTAÇÃO
ARAÇUAI A .................. .....................
CORDISBURGO
ÔNIBUS FRETE
................. ..............
17- REFERÊNCIA
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
Paz e Terra, 1996.
KOUDELA, Ingrid Dormien. A Nova Proposta De Ensino Do Teatro. Revista Sala Preta São
Paulo: PPGAC v. 2, n. 1, 2002.
COSTA, Antonio C. Gomes da. Mais que uma lei. São Paulo, Instituto Ayrton Senna,
1997.
COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Protagonismo juvenil: adolescência, educação e
participação democrática. Salvador, Fundação Odebrecht, 2000.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, LDB 9394/96. Brasília, 1996.
NEVES, Libéria Rodrigues e SANTIAGO, Ana Lydia B. O uso dos Jogos Teatrais na
Educação: Possibilidades diante do fracasso escolar. 2ª edição. Campinas, SP: Papirus, 2009.
Figura 1 Essa Negra Fulô, desvela o mágico nas relações entre a mucama negra e a senhora, ao contar toda a participação da
mulher negra e escrava na aristocracia nordestina. Dessa maneira, Jorge de Lima, no exercício da anomia da inovação,
abandona o próprio contar existencial, como era costume entre os poetas, e sintetiza, através de um discurso, aparentemente
infantil e lúdico, a vida da negra escrava na casa da sinhá. Peça vencedora em 4º lugar no FESTIVAL DE POEMAS
DRAMATIZADOS.
Figura 2- Morte e Vida Severina retrata a trajetória de Severino, que deixa o sertão nordestino em direção ao litoral em busca
de melhores condições de vida. ... A renovação da vida é uma indicação clara ao nascimento de Jesus, também filho de um
carpinteiro e alvo das expectativas para remissão dos pecados. Peça vencedora em 3º lugar no FESTIVAL DE POEMAS
DRAMATIZADOS.
Figura 1 Peça Mãe contra Pai- Vencedora em primeiro lugar no Festival CONTA QUE TE CONTO