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PROJETO

PÉ NA ESTRADA: CULTA VAI, CULTURA VEM

Alberto Pereira dos Santos


Edson Carlos
Everaldina P. de Oliveira
Marcos Nunes

ARAÇUAÍ
2019
PROJETO
Pé na estrada: Culta vai, Cultura Vem.

‘“Teatro é uma arte despertada naqueles que procuram enxergar além das fronteiras da
realidade, além do próprio ser e existir”
Enrique Jardiel Poncela

ARAÇUAÍ
2019
SUMÁRIO
1- NOME DO PROJETO
1.1- SRE
1.2 – ESCOLA / MUNICÍPIO
1.3- ENFOQUE NAS TEMÁTICAS

2 - PERFIL DA ESCOLA
3- APRESENTAÇÃO
4 - CONTEXTO DE JUSTIFICATIVA
5- OBJETIVOS
5.1 - Objetivo Geral
5.2 - Objetivos Específicos

6 - JUSTIFICATIVA
7 - METODOLOGIA
7.1-- Exercícios de iniciação
7.1.1- 1º Momento – Questionamento da postura social
7.1.2- Jogos teatrais
7.2- 2º Momento – Desenvolver habilidades
7.3- 3º Momento – Leitura e retextualizações
8- OFICINAS
8.1- 1º MOMENTO
8.2- 2º MOMENTO

9- OBJETIVOS GERAIS DAS OFICINAS


10- OBJETIVOS ESPECIFICOS DAS OFICINAS
11- RESULTADOS ESPERADOS
12- CONCLUSÃO
13 - AVALIAÇÃO
14- PARCERIAS
15. CRONOGRAMA
16 - ORÇAMENTO

17- CONSUMO
18- REFERÊNCIA
19- ANEXOS
1- NOME DO PROJETO
Pé na estrada: Pé na estrada: Culta vai, Cultura Vem.
1.1- SRE- 43ª/Araçuaí
1.2 – Escola/ Município- E. E. Industrial São José- Araçuaí
1.3- Enfoque nas temáticas – Leitura/ Produção/ Interpretação escrita e oral
1.4. Responsáveis – 1 professora de Língua Portuguesa, 1 professor Artes Cênicas, 1
professor de Inglês, 1 professor de Práticas Experimentais, 1 professor de Projeto de Vida e
1 professor de Filosofia.

2 - PERFIL DA ESCOLA
A Escola Estadual Industrial São José foi fundada em 26 de janeiro de 1966,
reconhecida como Curso Complementar São José, com aulas teóricas pela no turno matutino
e com oficinas de corte e costura, carpintaria, artesanato, artefatos de couro e gráfica no turno
vespertino, justificando a denominação de “Industrial”. Em 1977 funcionou no prédio da
Escola Municipal Luciana Teixeira com a denominação de Escola Estadual Industrial São
José. Em 1982 foi autorizando o funcionamento de extensão da 7ª e 8ª séries na mesma
localidade. A implantação do Ensino Médio com habilitação em Magistério de 1º grau se deu
em 1987e durante esse período funcionou em um segundo endereço, na Escola Estadual
Manoel Fulgência. A partir de 1994 a Escola Estadual Industrial “São José” passou a ocupar o
seu prédio próprio localizado à Rua Vitória, 212, bairro Vila Magnólia, na cidade de Araçuaí-
MG, com séries do Ensino Fundamental e as últimas turmas do curso de Magistério, extinto
em 1998; nesse ano foi implantado o Ensino Médio Comum Geral. Atualmente, a Escola
continua em sua trajetória educacional funcionando em três turnos atendendo uma clientela de
mais de 750( setecentos e cinquenta) alunos do ensino Fundamental, Médio Regular, Integral
Integrado, Técnico e EJA, nos três turnos. A cidade de Araçuaí - município
brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país, localiza-se no Vale
do Jequitinhonha e está situado a cerca de 678 km a leste da capital do estado e
sua população estimada é de 36 708 habitantes. Considerando domicílios com rendimentos
mensais de até meio salário mínimo por pessoa ( IBGE- 2019). Segundo o Atlas do
desenvolvimento Humano no Brasil, a cidade possui um Índice de Desenvolvimento Humano
(IDHM) de 0,663, em 2010. Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos
ou passou de 64,92% em 2000 para 59,83% em 2010; ao mesmo tempo, sua taxa de
desocupação passou de 14,65% em 2000 para 7,41% em 2010.
3- APRESENTAÇÃO
O teatro como ferramenta pedagógica auxilia na aprendizagem de várias matérias.
Ele é o componente histórico de qualquer época, portanto oferece condição de estudos na
identificação de questões, comportamentos, fatos e contextos de determinada fase da história.
Os estudantes podem apreciar várias questões sociais e políticas, produzindo peças ou atuando
nas mesmas. O professor pode utilizar o teatro em vários segmentos do conhecimento, sempre
de forma prazerosa, bem como: na expressão e comunicação oral e escrita, análise literária,
sociológica e filosófica. Os currículos de ensino devem incentivar a interdisciplinaridade e
suas várias possibilidades. Nesse sentido, trabalhar com o teatro na sala de aula inclui uma
série de vantagens obtidas: o aluno aprende a improvisar, desenvolve a oralidade, a expressão
corporal, a impostação de voz, aprende a se entrosar com as pessoas, desenvolve o
vocabulário, trabalha o lado emocional, desenvolve as habilidades para as artes plásticas
(pintura corporal, confecção de figurino e montagem de cenário), oportuniza a pesquisa,
desenvolve a redação, trabalha o protagonismo, cidadania, religiosidade, ética, sentimentos,
interdisciplinaridade, incentiva a leitura, propicia o contato com obras clássicas, fábulas,
contos, poema, dentre outros. Ademais, ajuda os alunos a se desinibirem-se e adquirirem
autoconfiança, desenvolve habilidades adormecidas, estimula a imaginação e a organização
do pensamento. Enfim, são incontáveis as vantagens em se trabalhar o teatro em sala de aula.
Nosso objetivo na escola não é ter um aluno-autor, um aluno-pintor ou um
aluno compositor, mas sim dar oportunidades a cada um de descobrir o
mundo, a si próprio e a importância da arte na vida humana. (REVERBEL,
1989).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais buscam identificar os diversos argumentos
sobre a importância do conhecimento artístico. A abordagem dramática na educação admite a
importância do teatro infantil e considera-o como base da educação criativa. O teatro na
escola, de acordo com os PCNS, tem o intuito de que o aluno desenvolva um maior domínio
do corpo, tornando-o expressivo, um melhor desempenho na verbalização, uma melhor
capacidade para responder às situações emergentes e uma maior capacidade de organização
de domínio de tempo.
Para Koudela (2002) a maneira como um professor desenvolve um
assunto em sala de aula, em muito influencia o educando a gostar ou não do que está sendo
tratado. As dificuldades que o professor enfrenta em sala de aula principalmente, aquelas
relacionadas com questões do interesse e da motivação dos alunos, podem ser superadas por
eles por meio de uma metodologia de ensino que seja adequada à realidade do aprendiz, o
teatro, enquanto atividade lúdica, permanece uma nova compreensão dos conteúdos não só de
Língua Portuguesa e Literatura, como também dos demais. Para Freire (1996, p. 46): o
educador deve propiciar o meio adequado para que os educandos em suas relações
intrapessoais e interpessoais busquem assumir-se como ser social e histórico, como ser
pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de amar e nesse
sentido, o Teatro é um recurso extremamente valioso.
Diante dessa premissa, infere-se, portanto, que essa ferramenta com fundamentos
sociais e pedagógicos, tornou-se relevante aos objetivos da escola no que tange a preparar
seus educandos e futuros cidadãos para essa nova era, a era da informação onde tudo
acontecesse de forma rápida e volátil e de repensar as novas perspectivas relacionadas ao
conceito de cultura e das relações que entrelaçam a convivência em sociedade.

4 - CONTEXTO DE JUSTIFICATIVA
O Projeto “Pé na estrada: levando cultura e entretenimento” surgiu da
necessidade de oferecer aos educandos uma atividade que vai além do currículo e do âmbito
da escola, pois é certo que o teatro e as demais artes fazem parte do dia a dia dos nossos
educandos, independente de sua classe socioeconômica.
Assim, estamos certos que a presente proposta subsidiará para que os educandos
construam seus Projetos de Vidas e se vejam como elementos que contribuem para a solução
dos desafios individuais e coletivos; além de ser uma ferramenta para auxiliar na elevação da
autoestima, valorizar os dons apresentados para as artes cênicas e colaborará, sobretudo,
fortemente para melhoria dos resultados nas avaliações internas e externas, bem como, evitar
a evasão escolar, uma vez que se trata de uma ferramenta de interesse dos educandos. Sendo,
a maioria deles é oriunda de famílias de baixo poder aquisitivo e residentes em bairros
periféricos onde vivem em situação de vulnerabilidade. Segundo Silva (2007, p.3) “as
populações atingem um elevado grau de vulnerabilidade que não podem ter a capacidade de
escolher ou negar aquilo que lhes é oferecido”.
O projeto supracitado, iniciou-se em fevereiro de 2019, por contribuir para que muitos de
nossos alunos definissem seus Projetos de Vidas, conquistou a simpatia dos educandos e
educadores de nossa Escola, bem como os educadores das cidades circunvizinhas, nas quais
as peças foram apresentadas. Isso fez com que a Comunidade Escolar se envolvesse
incentivando os educandos a participarem mais ativamente das oficinas, o que resultou no
resgate da autoestima, confiança, trabalho em equipe, responsabilidade, convívio social e
melhoria no clima organizacional escolar através da integração,
educandos/comunidade/escola.
Por isso, temos como meta levar as oficinas que foram ministradas em nossa
Escola, bem como as apresentações das peças encenadas a outras localidades como forma de
mobilizar outros educandos a terem uma legítima participação social, contribuindo não
somente à escola, como também com a comunidade em que está inserido. Ademais,
“...tomem a frente dos processos e, ao mesmo tempo, vivenciem possibilidades de
escolha e de responsabilidades.” ( Costa 1997)
Portanto, esse projeto visa levar, não apenas, cultura e entretenimento através de
oficinas e peças teatrais produzidas pelos alunos do Ensino Médio Integral Integrado e
Técnico da E. E. Industrial São José, como também passar a mensagem de cidadania criando
acontecimentos, nos quais os educandos ocupam uma posição de centralidade na escola em
que estão inseridos e em suas comunidades.

5- OBJETIVOS
5.1 - Objetivo Geral
· Ampliar a ação formadora social e intelectual dos educandos, dando lhes oportunidades de
para se colocarem como sujeitos construtores do seu próprio Projeto de Vida e, sobretudo,
vivenciar situações práticas que possam contribuir em suas vidas profissionais.

5.2 - Objetivos Específicos


·Abrir espaço ao aluno na busca por um conhecimento sistêmico, uma análise efetiva, uma
ampliação nos aspectos de sua vida como cultura, realidade, política, social e artística;
· Ampliar o leque da cultura escolar, para que possa ser rompida a estagnação cultural que
hora perpetua em nossa sociedade;
· Apoiar o protagonismo para a formação e orientação profissional, conhecimento
intrapessoal, motivação e elevação da autoestima;
. Combater a evasão escolar e elevar os resultados das avaliações internas e externas;
. Incentivar a leitura e despertar o gosto pela escrita;
. Desenvolver habilidades de comunicação e postura diante de um público.

6 - JUSTIFICATIVA
O projeto Pé na Estrada: Culta vai, Cultura Vem é de grande valia para que se
possa preparar os educandos a caminho desse futuro que exige flexibilidade, dinamismo e
agilidade no pensar, no agir, no entender e na arte de refletir e analisar. Diante dessa premissa,
essa ferramenta com fundamentos sociais e pedagógicos torna-se relevante aos objetivos da
escola no que tange a preparar seus educandos, os futuros cidadãos para essa nova era, a era
da informação em que tudo acontecesse de forma rápida e volátil e de repensar as novas
perspectivas relacionadas ao conceito de cultura e das relações que entrelaçam a convivência
em sociedade.

7 - METODOLOGIA
Os encaminhamentos metodológicos seguiram de acordo com a construção de
uma sequência de atividades que contribuíram para um enriquecimento cultural de todos os
presentes. As oficinas transcorreram com momentos de reflexão que perpassaram por
questionamentos da postura social de cada indivíduo, promovendo mudança na mesma e
valorização pessoal - de acordo com as potencialidades de cada um – debate, reflexões, e
ações executadas culminaram na melhoria dos resultados de todo aproveitamento escolar.
Afinal, nossas práticas refletem em nosso crescimento pessoal, profissional, social e humano.
lugar, levamos cada turma, individualmente, ao anfiteatro onde foram realizados jogos
teatrais. Inicialmente, o professor de Artes Cênicas deu uma explicação de como se dá todo o
processo das aulas, bem como a apresentação das regras dos jogos, a fim de que todos
compreendessem claramente as atividades teatrais. E, na oportunidade foi feita uma breve
explicação sobre o que é um jogo teatral para que os alunos compreendessem o que estavam
realizando, bem como quais eram os objetivos dos jogos.

7.1-- Exercícios de iniciação, jogos teatrais para melhoramento da concentração, da


autoestima, protagonismo, da percepção, do respeito pelo grupo e do comportamento
em geral.
7.1.1 - 1º Momento – Questionamento da postura social
• Apresentação Inicial – Dinâmica de apresentação (Nomes e movimento corporal que
represente cada um)
• Intervenção artística - Técnica da pantomima através da música “Tempo Perdido”, de
Renato Russo. 05 min.
• Vídeo/ Música: “Até quando?”, Gabriel, O pensador- 05 min.
• Fala: A importância de “ser”. 10 min.
– Somos o que acreditamos ser;
– Se não há uma postura social, não há um ser, existe apenas “alguém que sobrevive”;
– É importante ter opinião, posicionar-se na escola, na rua, em casa, na vida; em fim, ser um
protagonista;
– Para tanto, é preciso “ser alguém”... Só posso me posicionar se me expresso de acordo com
um comportamento adequado;
– Até quando? Até quando manterei uma postura “aquém” ao meio em que vivo?
• Discussão orientada pelas problemáticas: Quem somos? Aonde vamos? Do que fazemos
parte? O que queremos ser? - 10 min.
• Fala: Problemática: Estamos fazendo parte de algo? Contribuindo para algo?

7.1.2- Jogos teatrais


– Jogo do Alfabeto (Raciocínio rápido)
Cada letra do alfabeto corresponderá a uma palavra, cada ator tem 5 segundos para responder,
os demais não podem ajudar. Quem errar ou não responder sai do jogo e volta na próxima
rodada do alfabeto. Termina quando o alfabeto todo for formado.
– Jogo da pergunta (Raciocínio rápido)
Dois times. Duas filas de atores, uma de frente para a outra, um jogo onde só vale responder
perguntas na interrogativa (exemplo: quando? Como? Onde? Por quê?), se responder na
intenção afirmativa perde, e pontua o time adversário.
– Futebol imaginário
Duas equipes sem utilizar bola, disputam uma partida como se a tivesse jogando. O facilitador
(a) juiz (a) da partida deve observar se o movimento imaginário da bola coincide com os
movimentos reais das pessoas participantes, eliminando as que cometem erros. Qualquer
outro desporte coletivo pode ser praticado neste tipo de exercício.
– Jogo do reconhecimento
Duas filas. Faz-se uma fila de pessoas com os olhos fechados, esta procura sentir, com as
mãos, o rosto e as mãos das pessoas da outra fila (que estarão de olhos abertos) que está na
sua frente. Depois os atores separam-se e os cegos tentarão descobrir, tocando nos rostos e as
mãos de todos, qual era o ator que estava na sua frente.
– Hipnotismo
Um participante põe a mão a poucos centímetros do rosto de outro e este fica como que
hipnotizado, devendo manter o rosto sempre à mesma distância da mão do hipnotizador. Este
inicia uma série de movimentos com a mão, para cima e para baixo, fazendo com que o
companheiro faça com o corpo todas as contorções possíveis a fim de manter a mesma
distância. A mão hipnotizadora pode mudar, para fazer, por exemplo, com que o ator
hipnotizado seja forçado a andar.
– Reconhecimento do espaço
Andar aleatoriamente ocupando toda a dimensão do espaço, evitando o contato entre o grupo.
- Jogo de Descobrir Níveis de Movimentos (alto, médio, baixo).
Dividir o espaço em três níveis, em relação à altura do corpo, este pode situar-se num nível
alto, médio e baixo. Solicitar aos participantes que façam poses ocupando esses três níveis de
movimentos e a passar de um outro através de estímulos musicais ou batidas de palma
(comandos): lentos. Rápidos.
Deve-se a princípio, o facilitador, designar/ilustrar e/ou conceituar os níveis de movimentos
(alto, médio e baixo). Observar o comando dado pelo facilitador ao passar de um nível de
movimento a outro. O executante deve perpassar entre os três níveis através de estímulos..
- Espelho Corporal
Em dupla/frente a frente, um comanda moderadamente, os movimentos em espaços (livre) e a
perpassar os três níveis: alto, médio e baixo, enquanto o outro participante, que recebe o
comando, reflete em movimentos (imita seus gestos). No decorrer da ação, muda-se de
comando e/ou de duplas. O facilitador observa o grupo/as duplas após esclarecer regras e
supostas dúvidas ou de evidenciar níveis de movimentos/tempo, etc.
Designam-se as duplas. Em seguida, um comandante para os movimentos. É importante
executar tais ações de movimentos extraídos do imaginário do executante, preferencialmente,
movimentos do dia-a-dia. Deve-se a princípio, designar/ilustrar os níveis de movimentos
(alto, médio e baixo). O tempo de movimentos para quem comanda, deve ser moderado, para
quem o imite - consiga acompanhar o ritmo das ações. Com o tempo, caso a dupla esteja
afinada, o ritmo de ações pode variar de fluência e mudar de participantes, mas a permanecer
em duplas. Também se for preciso, o facilitador explanar ao grupo, de forma breve, o conceito
de níveis de Espaço de Movimentos (pessoal/ parcial/ total e social).
– Jogo de Atitudes
A partir de uma posição neutra (confortável, braços ao longo do corpo, etc) de descontração, à
qual deve sempre o participante regressar; o grupo terá de reagir aos comandos do facilitador
(sob a forma de um a só palavra, ou frase extraída de um jornal, de uma história contada, de
um texto (diálogo) teatral, de uma música, ou simplesmente inventada). Os participantes
deverão ficar imóveis numa figura/pose coletiva até receber a ordem de voltar à posição
neutra. Exemplos de comandos: magia, silêncio, feitiço, espera, brincadeira, música,
tempestade, velhice, fome, medo, despertar, vaidade, etc.. O grupo terá de reagir aos
comandos do facilitador. Os participantes deverão ficar imóveis até receber a ordem de voltar
à posição neutra.

7.1.2- 2º Momento – Desenvolver habilidades de leitura /escrita /interpretação escrita


e oral.
1º passo
O processo de iniciação de pesquisa, leitura, interpretação oral e escrita se deu em
quatro fases: Primeira - Os professores de Língua Portuguesa e Inglesa solicitaram pesquisas
de estilos e autores da Literatura Brasileira e Inglesa; Segundo- Após estudos dos Estilos
Literários pesquisados, previamente; Terceiro- Foram indicas obra a serem lidas e analisadas
durante os três primeiros bimestres, tais como: Os contos e romances Realistas/Naturalistas
machadianos como: To be or not to be, O medalhão e o romance Dom Casmurro, o cortiço de
Aluísio de Azevedo- para os segundos e primeiros anos do Ensino Médio; os romances do
Estilo modernista brasileiro como: Vidas secas, de Graciliano Ramo, O quinze de Raquel de
Queiros, Capitães da areia de Jorge Amado, Ana Terra de Erico Verissimo, contos roseamos
como: A menina de lá e A outra margem do Rio e obras shakespearianas como: Hamlet e
Otelo; poemas das fases modernistas- para os terceiros anos.
Quarto- Os alunos formaram grupos de trabalho para análises sociológicas e
filosóficas das obras contextualizando as mesmas com o espaço e tempo atual.

2º passo
A formação de grupos de teatro nas salas pelos próprios alunos sob orientação do
professor de Artes Cênicas e a escolha da própria função dentro do grupo, levaram os
educandos a serem ativos, capazes de tomarem decisões e fazerem escolhas embasadas no
conhecimento para que sejam protagonistas. Aprenderam a buscar soluções para os próprios
problemas e do grupo; além de estimular o desenvolvimento de cada membro como pessoa e
reconhecimento do potencial e habilidades pessoais: se sentiram importantes de acordo com o
que sabiam fazer.

7.3- 3º Momento – Leitura e retextualizações de textos literários ingleses em peças


teatrais
Primeiramente, foram indicadas leituras e estudos de obras shakespearianas como Romeu e
Julieta, Otelo e Hamlet, como também as obras Dom Casmurro e o conto To be or not to be,
ambos de Machado de Assis. Em seguida foram feitas intertextualidades com as obras em
estudo e analises literárias, filosófica nas aulas de Filosofia e retextualizações das mesmas em
peças teatrais nas aulas de Língua Inglesa . Com as quais os educandos descobriram, através
das encenações em inglês, novas estratégias de aprendizagem da língua estrangeira: mais
dinâmica e contextualizada, o que fomentou nos educandos o desejo de romper com as
barreiras linguísticas e culturais por meio de expressão teatral.
- Leitura e retextualizações de textos literários brasileiros em peças teatrais
Nas aulas de Língua portuguesa, além das analise de obras indicadas, foram feitas produções
com o tipo textual dissertativo, a fim de aprimorar as competências para o Exame Nacional do
Ensino Médio, ENEM.
- Oficina: Como transformar um texto em peça teatral.
Foi falado na oficina que antes de encenar o texto original, é necessário adequá-lo à forma de
peça teatral. Exatamente o que foi ensinado na oficina: Como transformar um texto em
peça teatral.
Em um teatro as falas das personagens são mais comuns que as do narrador, diferenciando-se
de alguns textos. Por isso, mesmo já havendo diálogo, escolhem-se outros trechos para
convertê-los quando fizer sua nova versão. As falas do narrador devem estar na terceira
pessoa. Podem estar presentes também as rubricas, especificando o modo como a personagem
deve se comportar ao dizer a fala citada. As falas são formadas da seguinte maneira:<nome da
personagem/narrador a ser encenada> (<nome do ator/narrador>):<fala>(<rubrica>)
Exemplo de textos que foram retextualizados durantes as oficinas:
-Nos primeiros anos as fabulas de Jean de La Fontaine, como por exemplo a Lebre e a
tartaruga;
- Nos segundos, os contos machadianos;
- Nos terceiros os poemas das fases modernista brasileira.
Durante a oficina, foi orientado ao aluno a acrescentar uma sequência de fatos para facilitar
os ensaios caracterizados por: cena 1, cena 2, cena 3, e assim por diante.
Deve-se deixar claro que as cenas vão mudando de acordo com a frequência de mudança de
locais onde se passa a história, troca de personagens, entre outros motivos. Também, deve-se
orientar na busca de outros textos que remetem ao fato contado: poemas, músicas, etc.
Trabalhar as possíveis intertextualidades que o texto sugerir para enriquecer o conteúdo e
tornar a história mais real. É importante, antes de tudo, definir papéis e ações dentro do
grupo, assim cada integrante terá sua função de acordo com sua habilidade e todos serão
importantes durante a atividade.

8- OFICINAS

Lendo, produzindo, brincando e atuando – Uma Prática de Experimentação

8.1- 1º MOMENTO

Proposta de Atividades:

1. Oficina “Uma experimentação em Jogos teatrais”;


2. Oficina “Trocando Histórias na Arena”;
3. Oficina “A Contação de Histórias aliada ao Trabalho do Ator”;
4. Laboratório de Monólogos;
5. Oficina ”Técnica para interpretar poemas!;
6. Oficina “ Produção de roteiros teatrais”.

8.2- 2º MOMENTO

Proposta de Atividades:

1. Visitas culturais aos grupos de teatros locais e regionais;


2. Visitas às entidades culturais da cidade;
3. Oficinas de pintura facial;
4. Oficina de teatro com o professor de Artes Cênicas e outros parceiros da Comunidade
Escolar;
5. Formação de grupos para pesquisa de Estilos Literários e autores/obras da Literatura
Brasileira e Inglesa e estudo dos mesmos;
6. Formação de grupos para estudo/análise de obras.
8.3- 3º MOMENTO

Proposta de Atividades:

1. Formação de grupos de teatro em cada sala de aula;


2. Escolha de textos e poemas a serem retextualizados;
3. Retextualizações das obras em estudo em peças durante a oficina: Como transformar um
texto em peça teatral.
4. Apresentações de mostras teatrais na praça da cidade ( fábulas) e nos festivais POEMAS
DRAMATIZADOS, e CONTA QUE CONTO no anfiteatro da escola;
5. Intercâmbio com as escolas locais ministrando oficinas e apresentado as peças;
6. Tour com as peças teatrais vencedoras dos festivais organizado pela cidade de Diamantina
, Serro e Cordisburgo .

9- OBJETIVOS GERAIS DAS OFICINAS


Desenvolver o espírito de coletividade, o convívio social, as potencialidades
criativas e habilidades corporais e vocais; e, principalmente, estimular o protagonismo
juvenil e a descoberta da importância do Projeto de Vida na construção do próprio .

10- OBJETIVOS ESPECÍFICOS DAS OFICINAS


Reproduzir exercícios corporais, realidade artisticamente, utilizando-se de seu
corpo, sua voz e suas ações imitando pessoas, animais e objetos; e ademais, estudar os poetas
e escritores da Literatura Brasileira e Inglesa, a fim de desenvolver habilidades de leitura,
interpretação e retextualização de obras em peças teatrais para uma mostra teatral na escola.

11- RESULTADOS ESPERADOS


Em virtude das ações realizadas durante o projeto, percebeu-se um
aprimoramento na relação aluno/professor/comunidade e frequência escolar. Ainda assim,
almejamos melhoria nos resultados das avaliações externas, haja vista que melhorou o
desempenho nas disciplinas e aumentou o interesse pela leitura e escrita. Porém, desejamos
atingir outros educandários de diferentes localidades com o fito de que outros educandos
possam conhecer as mostras de teatro vencedoras do Festival de Poemas Dramatizados e
participarem das oficinas de arte, pintura teatral e encenação teatral, ministradas pelos
nossos jovens protagonistas. E principalmente, aprenderem com os nossos jovens a também
ser protagonistas de suas ações e expandir esse protagonismo dentro de suas escolas e
comunidades.

12- CONCLUSÃO
Projeto pé na estrada: Culta vai, Cultura Vem visa estimular os educando a
serem protagonistas e, através de atividades cênicas e grupos de trabalho, desenvolver a
capacidade para criar seus próprios Projetos de Vida, especificamente, dos educandos da
Escola Estadual Industrial São José. E, acima de tudo, colaborar na construção de ações
coletivas para melhoria do rendimento escolar, acreditando e apostando na educação e
transformação individual, inserindo o papel fomentador que a arte possui nesta perspectiva.
Na certeza de que nossos educandos saberão qual caminho seguir após concluir
seus estudos nesse educandário, continuaremos com a parte que nos cabe que é transformar,
direcionar e, sobretudo, formar cidadãos conscientes, críticos e autores de suas próprias
histórias. Com essa perceptiva, continuaremos com implementações de novas ideias, novas
práticas e diferentes olhares para uma educação de qualidade, a qual não deve ser pautada
apenas em conteúdos sistematizados, estáticos e emoldurados em paredes da resistência à
mudança, mas sim em invólucros do encorajamento de poder sempre mais, de vislumbrar
movimentos novos que vão ao encontro dos anseios de nossos “novos” alunos/autores que,
por sua vez, almejam diferentes olhares para suas diferentes expectativas.

13 - AVALIAÇÃO
Avaliação é um fator indispensável em qualquer atividade humana e neste caso
específico a mesma tem por finalidade, mostrar aos educandos o quanto aprenderam ou não
com o desenvolver destes jogos teatrais, e finalmente será realizada uma conversa com os
alunos sobre as atividades que realizaram.

14- PARCERIAS
_ SEE
_Comunidade Escolar e local;
_SRE de Araçuaí;
_Direção Escolar;
_Prefeitura Municipal de Araçuaí
15. CRONOGRAMA

CIDADES- DATA SAIDA CIDADES- DATA DE CHEGADA


ARAÇUAÍ DIAMANTINA
DIAMANTINA SERRO
SERRO CORDISBURGO
CORDISBURGO ARAÇUAÍ

16 - ORÇAMENTO

O custo deste Projeto ficará de R$ R$ ................. (...................) para o aluguel de um ônibus


para 48 pessoas, sendo R$ ............... para consumo(café da manhã, almoço e jantar de 5
dias) , estadia pra 48 pessoas.................... ( ..............................)

17- CONSUMO

TOTAL
ESTADIA ALIMENTAÇÃO
ARAÇUAI A .................. .....................
CORDISBURGO
ÔNIBUS FRETE
................. ..............
17- REFERÊNCIA

BRASIL, Parâmetros curriculares nacionais de língua portuguesa: terceiro e quarto ciclo do


ensino Fundamental. Brasília MEC, 2001.

REVERBEL, O. Um caminho do teatro na escola. Minas Gerais: Scipione, 1989.

OCHÖA, P. C.A; MESTI, R. L. Teatro na escola: linguagem e produção de sentidos.


Disponível em: . Acesso em: 18 de abril de 2018.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
Paz e Terra, 1996.

KOUDELA, Ingrid Dormien. A Nova Proposta De Ensino Do Teatro. Revista Sala Preta São
Paulo: PPGAC v. 2, n. 1, 2002.

SILVA, Algéria Varela. Vulnerabilidade Social e suas Consequências: O Contexto


Educacional da Juventude na Região Metropolitana de Natal. In: Encontro de Ciências Sociais
do Norte Nordeste, 2007. Maceió. Disponível em
>www.cchla.ufrn.br/rmnatal/artigo/artigo16.pdf < Acesso em: 18 de abril de 2018.

COSTA, Antonio C. Gomes da. Mais que uma lei. São Paulo, Instituto Ayrton Senna,
1997.
COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Protagonismo juvenil: adolescência, educação e
participação democrática. Salvador, Fundação Odebrecht, 2000.

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BOSCHI, Ronaldo. O jogo teatral na cultura pós- moderna. Dissertação de Mestrado.


Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Letras,
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BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, LDB 9394/96. Brasília, 1996.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Vol6. Brasília, 2000.

NEVES, Libéria Rodrigues e SANTIAGO, Ana Lydia B. O uso dos Jogos Teatrais na
Educação: Possibilidades diante do fracasso escolar. 2ª edição. Campinas, SP: Papirus, 2009.

GOOGLE. Teatro na Escola. Disponível em<http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_na_escola>


Acesso em: 18 de abril de 2018..

GOOGLE. A Origem e Evolução do Teatro. Disponível


em<http://liriah.teatro.vilabol.uol.com.br/historia/aorigemeevolucaodoteatro.htm>. Acesso
em: 18 de abril de 2018.

GOOGLE. O Papel do Teatro na Escola: Reflexões acerca de algumas concepções.


Disponível<http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_Silveira.pdf>. Acesso em: 18 de
abril de 2018.
18- ANEXOS

Figura 1 Essa Negra Fulô, desvela o mágico nas relações entre a mucama negra e a senhora, ao contar toda a participação da
mulher negra e escrava na aristocracia nordestina. Dessa maneira, Jorge de Lima, no exercício da anomia da inovação,
abandona o próprio contar existencial, como era costume entre os poetas, e sintetiza, através de um discurso, aparentemente
infantil e lúdico, a vida da negra escrava na casa da sinhá. Peça vencedora em 4º lugar no FESTIVAL DE POEMAS
DRAMATIZADOS.
Figura 2- Morte e Vida Severina retrata a trajetória de Severino, que deixa o sertão nordestino em direção ao litoral em busca
de melhores condições de vida. ... A renovação da vida é uma indicação clara ao nascimento de Jesus, também filho de um
carpinteiro e alvo das expectativas para remissão dos pecados. Peça vencedora em 3º lugar no FESTIVAL DE POEMAS
DRAMATIZADOS.

Figura 2.1- Morte e vida Severina


Figura 3 - O caso do vestido de Carlos Drummond de Andrade trata dos efeitos da traição, de como este acontecimento irá
impactar a subjetividade da protagonista. Não é, portanto, um poema centrado nas ações, mas sim no drama das paixões. Peça
vencedora em 2º lugar no FESTIVAL DE POEMAS DRAMATIZADOS.

Figura 3.1- O caso do vestido


Figura 4- Operário em Construção- descreve o trabalho como base da vida humana; descreve o processo de tomada de
consciência de um operário, partindo de uma situação de completa alienação: “tudo desconhecia / de sua grande missão”, sem
saber “que a casa que ele fazia / sendo a sua liberdade/ era a sua escravidão”. Peça vencedora em 1º lugar no FESTIVAL DE
POEMAS DRAMATIZADOS.

Figura 4.1- Operário em Construção-


Figura 5- Peça- Missa do Galo- Vencedora em quarto lugar no Festival CONTA QUE TE CONTO

Figura 6- O espelho- Vencedora em segundo lugar no Festival CONTA QUE TE CONTO


Figura 7-A mulher de Preto - Vencedora em terceiro lugar no Festival CONTA QUE TE CONTO

Figura 1 Peça Mãe contra Pai- Vencedora em primeiro lugar no Festival CONTA QUE TE CONTO

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