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MATRIZ CURRICULAR
ESTUDO, LEITURA E CÓPIA MANUSCRITA DA BÍBLIA
EM 7 ANOS
Ano Trim Antigo Testamento Trim Novo Testamento
1º Gênesis 2º Mateus
1º
Êxodo, Levítico,
3º 4º Atos
Números, Deuteronômio
1º Josué, Juízes e Rute 2º Marcos
2°
3º 1,2 Samuel 4º Romanos
............ /............ /................. LIÇÃO 2 JÓ 3 a 31: OS DIÁLOGOS ENTRE JÓ, ELIFAZ, BILDADE E ZOFAR......... 11
............ /............ /................. LIÇÃO 3 JÓ 32 a 40: O DISCURSO DE ELIÚ E A MANIFESTAÇÃO DE DEUS A JÓ..... 17
............ /............ /................. LIÇÃO 6 PROVÉRBIOS 10 a 24: SABEDORIA PARA A VIDA PESSOAL E FAMILIAR... 35
............ /............ /................. LIÇÃO 8 PROVÉRBIOS 31: SABEDORIA PARA A MULHER CRISTÃ...................... 47
............ /............ /................. LIÇÃO 13 CÂNTICO 5 a 8: CÂNTICOS FINAIS SOBRE A FORÇA DO AMOR..................... 77
Luzelúcia Ribeiro é professora formada em Teologia, pós-graduada em Docência do Ensino Superior e Revisão de
Texto. Autora dos livros: “Tributo ao IBAD”, “Mulheres da Bíblia”, “Mulheres do Novo Testamento”, “Fundamentos da Edu-
cação Cristã” e “Memórias do IBAD”. Membro da Academia Evangélica de Letras do Distrito Federal. Coautora das obras
“Escola Dominical: A Formação Integral do Cristão” (2010) e do livro “Rute e Ester: A Fé e a Coragem das Mulheres”.
EXPEDIENTE
POESIA E SABEDORIA
Bem-vindos à leitura e estudo Conselho Editorial
Samuel Câmara, Oton Alencar (in memorian),
de Jó, Provérbios, Eclesiástes e Jônatas Câmara, Celso Brasil, Philipe
Cântico dos Cânticos, conhecidos Câmara, Marcos Galdino Júnior, André
como livros de sabedoria ou lite- Câmara, Iaci Pelaes.
ratura sapiencial da Bíblia. Editor
Cinco livros do Antigo Tes- Samuel Câmara
tamento são classificados como
Editores Assistentes
poéticos: Jó, Salmos, Provérbios,
Pádua Rodrigues
Eclesiastes e Cântico dos Cânticos. Philipe Câmara
Desses, quatro tem estilo literá- Tarik Ferreira
rio diferenciado. São poéticos na
Coordenador Editorial
forma, mas práticos no conteúdo, Jadiel Gomes
como um manual objetivo do Cria-
dor da vida, contendo os princí- Equipe Editorial
Auristela Brasileiro, Elielson Figueiredo, Ivan
pios básicos do bom viver para a Martins, Ney Maranhão, Wladimir Farias
humanidade e com aplicação lite-
ral e espiritual. Supervisão Pedagógica
Faculdade Boas Novas (FBN) e Seminário
Jo é sabedoria sobre o sofrimento Teológico da Assembleia de Deus (SETAD)
humano, a paciência, a fé inabalável
num Redentor que vive e restaura. Repertório Musical
Rebekah Câmara
Provérbios é sabedoria em ver-
sos memoráveis sobre o viver se- Distribuição e Comercial
gundo o temor do Senhor que é o Jadiel Gomes
princípio da sabedoria.
Editoração e Projeto Gráfico
Eclesiastes é sabedoria sobre o Nei Neves, Tarik Ferreira
significado da vida, sua futilidade
sem Deus, a satisfação de desfru- Conteúdo Digital e Imagens
Jeiel Lopes
tá-la cientes que a recebemos de
Deus e a Ele prestaremos conta. Versão bíblica: Almeida Revista e Atualizada
Cântico dos Cânticos é sabedo- (ARA), salvo quando indicada outra versão.
ria que eleva o amor conjugal como © 2024. Direitos reservados. É proibida a
uma dádiva de Deus, mais forte que reprodução parcial ou total desta obra, por
a morte, alicerce da família. qualquer meio, sem autorização por escrito
da Assembleia de Deus em Belém do Pará e
Mãos a obra! É hora de apren- do autor dos comentários e adaptações.
der!
Programa de Educação Cristã Continuada.
Avenida Governador José Malcher, 1571, es-
Pr. Samuel Câmara quina com a Tv. 14 de Março, bairro: Nazaré.
Editor CEP: 66060-230. Belém - Pará - Brasil. Fone:
(91) 3110-2400. E-mail: pecc@adbelem.org.br
4
LIÇÃO 1
JÓ 1 e 2: O ATAQUE DE SATANÁS A JÓ
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA • Explicar que nem sempre o
sofrimento nos acomete por al-
Em Jó 1 e 2 há 22 e 13 versos, res-
gum pecado cometido.
pectivamente. Sugerimos começar
• Mostrar que Satanás precisa da per-
a aula lendo, com todos os presen-
missão de Deus para tocar no homem.
tes, Jó 1.1-12 e 2.1-10 (5 a 7 min.).
• Esclarecer que mesmo sendo cris-
A revista funciona como guia de es-
tãos podemos ter as emoções aba-
tudo e leitura complementar, mas
ladas por algum tipo de sofrimento.
não substitui a leitura da Bíblia.
O livro de Jó trata de um assun-
to perenemente contemporâneo: PARA COMEÇAR A AULA
por que sofre o justo? Este livro nos
revela que havia uma dimensão so- Comece expondo a obcessão
berana de Deus no sofrimento de Jó, humana por descobrir a origem
algo que tinha a ver com o Seu pla- sofrimento: Por que ele existe?
no e propósitos eternos. Apesar da
Qual a sua origem? Por que so-
fé e perseverança de Jó terem sido
testadas por Satanás, no final Jó saiu fremos? O livro de Jó, sem negar
vitorioso e sua fé foi recompensada. a possibilidade do sofrimento
Deus jamais abandona o sofredor, totalmente merecido, responde:
pois nem sempre o sofrimento é o sofrimento nem sempre é uma
causado por algum pecado pessoal.
questão de merecimento. Mas até
Além disso, a aflição não leva, neces-
sariamente, à separação de Deus . mesmo essa pergunta e sua res-
O livro de Jó nos oferece um posta são questões secundárias no
vislumbre raro do que acontece problema do sofrimento.
nos bastidores, deixando eviden-
te o controle de Deus e os limites
impostos por Ele à operação de
Satanás. Deus apresenta Jó como
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
um exemplo inquestionável de fé. 1) C
2) C
3) C
I
Lição 1 - Jó 1 e 2: O Ataque de Satanás a Jó
LEITURA ADICIONAL
A LAMENTAÇÃO DE JÓ (3.1-26)
No primeiro discurso, o espetáculo da desgraça humana é apresentado
como uma pungência totalmente assoberbante. Jó fica atordoado porque
não pode negar que é o Senhor que lhe fez tudo isto. Ainda mais digna de
dó do que sua pergunta “Por quê”?, que não é satisfeita por seus amigos,
é sua necessidade desesperada de achar novamente seu Amigo perdido.
Nestas condições, dificilmente pode-se culpar os amigos, ainda que seus
esforços bem-intencionados agravem os problemas de Jó mais do que os
aliviam (16.2). Pois somente o próprio Senhor, no final, pode curar o ínti-
mo da mente de Jó. Não que Ele responda às perguntas melhor do que os
amigos; parece que Ele nem sequer oferece uma resposta a elas. Mas de-
pois de ter falado, Jó já havia deixado as perguntas totalmente para trás. É
Jó quem quebra o longo silêncio (cf. 2.13). Teve tempo para meditar sobre
sua mágoa. Está horrorizado, esmagado pelo peso insuportável da triste-
za. Sua grande tristeza é intensificada porque a vida prometera e lhe dera
tanta coisa. Não está filosofando sobre a condição universal do homem,
embora seja fácil estender a ideia, e aquilo que diz pode ser aplicado por
qualquer sofredor à sua própria pessoa. Seu atual estado ameaça cancelar
sua crença na bondade de Deus ao fazer dele um homem. A melhor obra
de Deus, capaz de tanta coisa; o próprio Jó, o melhor de todos e o orgulho
do próprio Deus (Jó não sabe disto), diligente, nobre, devoto, o modelo
de perfeição do mundo, agora sentado em cinzas, seu passado perdido,
seu futuro vazio, seu presente doloroso. Ou, se ele pensar no futuro, tudo
quanto se lhe oferece é a morte, bem-vinda como a libertação do desespe-
ro presente, mas incômoda como a zombaria final de uma vida fútil. Em
semelhante estado mental, uma mulher ou uma criança pode chorar. Ao
homem é apropriado amaldiçoar.”
Livro: “Jó Introdução e Comentário” (Andersen, Francis I. São Paulo: Vida Nova,
2021, p. 96).
II
Estudada em ___/___/____
JÓ 1 e 2: Verdade Prática
A história de Jó nos mostra
O ATAQUE DE que Deus está no controle da
nossa vida mesmo quando nada
SATANÁS A JÓ parece fazer sentido.
INTRODUÇÃO
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
S T Q Q S S
Jó Jó Jó Jó Jó Jó
1.1-5 1.6-12 1.7-22 2.1-13 3.1-12 3.13-26
5
Lição 1 - Jó 1 e 2: O Ataque de Satanás a Jó
6
Lição 1 - Jó 1 e 2: O Ataque de Satanás a Jó
7
Lição 1 - Jó 1 e 2: O Ataque de Satanás a Jó
dava o inferno. No Éden, Satanás de- muito diferente foi perder membros
sacreditou Deus diante do homem; da própria família. Conforme avan-
agora ele tenta desacreditar o ho- çaram, os testes intensificaram os
mem diante de Deus. Nos dois casos sofrimentos. Grande vendaval fez a
ele usa a mesma tática sutil. Começa casa onde estava a maior parte da
com uma pergunta aparentemente família de Jó desabar. A reação de
inocente e prossegue desacreditan- Jó não é culpar os eventos da natu-
do a Palavra de Deus. Satanás zom- reza nem os inimigos humanos (o
ba dizendo que Jó é motivado por SENHOR o levou), não é esquecer as
interesses escusos e que, por trás bênçãos de Deus (o SENHOR o deu),
de sua fidelidade, ele esconde uma não é fechar os olhos para a realida-
motivação perversa. Eis a sugestão de (o SENHOR tomou), mas é louvar
maligna: “Jó só é fiel porque é aben- a Deus tanto pelo bem como pelo
çoado, mas tira a bênção e ele se re- mal (1.21). A confiança de Deus em
velará”. Mas Deus está confiante no Jó foi comprovada e justificada.
caráter de seu servo. Por isso, Deus
aceita o desafio de Satanás, dá-lhe III. O SEGUNDO ATAQUE
permissão para arruinar os bens de DE SATANÁS (2.1-13)
Jó, mas o proíbe de tocar sua pessoa.
Satanás volta à presença de
3. O início das aflições de Jó Deus acusando Jó, pela segunda
(Jó 1.20-22) vez. Frustrado pela primeira der-
Então, Jó se levantou, rasgou o seu rota, o inimigo está irritado e des-
manto, rapou a cabeça e lançou-se carrega toda sua malignidade.
em terra e adorou; e disse: Nu saí
do ventre de minha mãe e nu volta- 1. O segundo diálogo no céu
rei; o SENHOR o deu e o SENHOR o (Jó 2.3-6)
tomou; bendito seja o nome do SE- Perguntou o SENHOR a Satanás:
NHOR! (1.20,21). Observaste o meu servo Jó? Porque
O adversário saiu da presença ninguém há na terra semelhante a
de Deus decidido a destruir a fé de ele, homem íntegro e reto, temente
Jó e oferecer uma prova de que ele a Deus e que se desvia do mal. Ele
não era leal e sincero, apenas inte- conserva a sua integridade, embo-
resseiro. ra me incitasses contra ele, para o
As calamidades, duas naturais e consumir sem causa (2.3).
duas causadas por homens, atacam Deus reafirma que Jó continua
de todos os lados. Quatro mensagei- servindo-o fielmente, mesmo de-
ros anunciam quatro desastres. Jó pois de ter perdido seus bens e
passa da riqueza para a pobreza em filhos. Mas Satanás insistia que Jó
pouco tempo. Uma coisa, porém, foi não adorava a Deus desinteressa-
perder as riquezas e os servos. Algo damente. Porventura um homem
8
Lição 1 - Jó 1 e 2: O Ataque de Satanás a Jó
9
Lição 1 - Jó 1 e 2: O Ataque de Satanás a Jó
APLICAÇÃO PESSOAL
Deus é soberano sobre todas as coisas. Nem Satanás, nem ninguém
podem fazer o que quiserem sem a permissão divina. Mesmo sofren-
do, descansemos Nele.
RESPONDA
Marque “C” para CERTO e “E” para ERRADO:
2) Satanás não apenas acusa a Jó, mas também a Deus sugerindo que ele na verdade subor-
nava Jó em troca da sua fidelidade.
10
LIÇÃO 2
JÓ 3 a 31: OS DIÁLOGOS ENTRE JÓ,
ELIFAZ, BILDADE E ZOFAR
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA • Explicar como os amigos de Jó
Em Jó 3 a 31 há 723 versos, no entenderam a situação calami-
total. Sugerimos começar a aula tosa que se abateu sobre ele.
lendo, com todos os presentes, Jó • Mostrar como os três amigos de
19.1-27 (5 a 7 min.). Jó se mostraram incompassivos
A revista funciona como guia de es- e impacientes.
tudo e leitura complementar, mas • Esclarecer que Jó queria um advo-
não substitui a leitura da Bíblia. gado que defendesse a sua causa
Cada um dos quatro amigos de diante do tribunal de Deus.
Jó um tem uma razão a oferecer,
como explicação para a suas expe- PARA COMEÇAR A AULA
riências e problemas, embora suas
palavras de “consolo” fossem tudo, Comece a aula dizendo que nes-
menos isso. Mas há coisas boas a se tes ciclos de discursos os amigos de
dizer a respeito deles. A primeira é Jó afirmam claramente suas posi-
que, ao menos, os quatro vieram. ções. Todos eles exortam Jó a buscar
Geralmente, quando a pessoa per- a Deus para que ele possa novamen-
de riqueza, posição e saúde, não te desfrutar de uma vida próspera.
sobram amigos. Foram fiéis na ad- Embora desejem consolá-lo, estão
versidade. Ficaram calados por sete tão desapontados com as desgraças
dias. Fizeram bem nisso. Parece que dele que se sentem na obrigação
estavam tentando descobrir a razão de repreendê-lo. À medida que os
das aflições de Jó antes de falarem. discursos avançam, Jó vai ficando
Alguém disse que em vez de falarem cada vez mais desapontado com os
dele, vieram falar com ele. Todos conselhos e busca ainda mais since-
eles tinham uma razão; queriam di- ramente algum modo de obter uma
zer a Jó por que achavam que sofria absolvição da parte de Deus, seu Juiz.
daquele modo. Estavam de acordo RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
com a tese de que ele estava naque-
1) Provavelmente era o mais idoso dos três e o
la situação porque teria pecado. mais respeitado por sua sabedoria.
2) Demonstrou ser moralista e frio
3) Não
I
Lição 2 - Jó 3 a 31: Os Diálogos entre Jó, Elifaz, Bildade e Zofar
LEITURA ADICIONAL
Livro: “O Novo Comentário Bíblico AT, com recursos adicionais.” (Radmacher et all.
Rio de Janeiro: Central Gospel, 2010, p. 782).
II
Estudada em ___/___/____
I. A REAÇÃO INICIAL DE JÓ
Jó 3.1-26
1. Preferiu não ter nascido Jó 3.1-3
2. Deseja a morte Jó 3.20-22
Texto Áureo 3. O enigma do sofrimento Jó 3.23-26
“Porque eu sei que o meu Re-
dentor vive e por fim se levanta- II. OS DISCURSOS DOS
rá sobre a terra.” AMIGOS Jó 4 – 18
Jó 19.25 1. Elifaz Jó 4.1-5
2. Bildade Jó 8.1-6
3. Zofar Jó 11.1-4
III. AS RESPOSTAS DE JÓ Jó 19 – 31
1. Jó diz que Deus o feriu Jó 19.6-9
2. Jó sabe que seu Redentor vive
Jó 19.23-27
3. O último discurso aos três amigos
Jó 29.1-5
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
S T Q Q S S
Jó 4; Jó Jó 8; Jó 9; Jó Jó
5;15 6;7;16 10; 25 10; 26 11; 20 21–31
11
Lição 2 - Jó 3 a 31: Os Diálogos entre Jó, Elifaz, Bildade e Zofar
12
Lição 2 - Jó 3 a 31: Os Diálogos entre Jó, Elifaz, Bildade e Zofar
13
Lição 2 - Jó 3 a 31: Os Diálogos entre Jó, Elifaz, Bildade e Zofar
ca, entregaria sua causa a Deus, sem os seus. Está mais preocupado com
murmurar ou reclamar. Quanta in- sua própria reputação do que com
sensibilidade e arrogância. o suprimento da necessidade de
Jó. Tentando defender Deus e sua
2. Bildade (Jó 8.1-6) justiça, Bildade se esquece das ne-
Até quando falarás tais coisas? E até cessidades de seu amigo. Foi frio,
quando as palavras da tua boca se- dogmático e insensível.
rão qual vento impetuoso? Perver-
teria Deus o direito ou perverteria o 3. Zofar (Jó 11.1-4)
Todo-Poderoso a justiça? (8.2,3). Porventura, não se dará resposta a
Bildade é objetivo e analítico esse palavrório? Acaso, tem razão
no seu discurso acerca de Deus e o tagarela? Será o caso de as tuas
do homem. É um moralista, e na parolas fazerem calar os homens?
sua teologia simples tudo pode ser E zombarás tu sem que ninguém te
explicado em termos de dois tipos envergonhe? (11.2-3).
de homem – o inculpável e o secre- Zofar é o mais severo dos três
tamente perverso. Deus faz distin- amigos de Jó. A sua mensagem a Jó é
ção entre eles ao dar prosperidade simples: você está sofrendo porque
a um e destruir ao outro. Deus sabe que você é um pecador
A discordância entre Jó e seus secreto; por isso, arrependa-se! Ele
amigos torna-se maior neste pri- acha que o patriarca fala sobre coi-
meiro discurso de Bildade. Ele sas que não entende. Ele está dizen-
não começa tão cortesmente como do que Deus é até tolerante demais
Elifaz, mas, sim, acusa Jó abrupta- com Jó e que Jó merecia até um cas-
mente de ser um falador, veemente, tigo maior do que está recebendo.
porém vazio. Ele diz que Deus não Zofar Não Tem Compaixão Algu-
perverteria o direito e a justiça. O ma Pela Situação De Jó, E Inicia Seus
que ele quer dizer é que Jó pratica- Argumentos Dizendo Que Ele É Um
ra algo injusto e errado e por isso Tagarela. Visto Que Jó Não É Um Pe-
estaria sendo castigado pelo Todo- cador Manifesto, O Grande Insight
-Poderoso. E, para tripudiar sobre De Zofar É Que Ele Deve Ser Um Pe-
a dor do amigo, Bildade ainda diz cador Secreto Que Foi Descoberto E
que os filhos de Jó haviam sido cas- Pego Por Deus. Zofar Insinua Que Jó
tigados pelos pecados de seu pai, Estava Mentindo Sobre Sua Integri-
por isso morreram. No capítulo dade E Deus Havia Castigado Jó Me-
18, segundo discurso de Bildade, nos Do Que Este Merecia E Sugere
ele equipara Jó aos ímpios (18.5). Que Jó Se Arrependa De Seus Peca-
Sendo um tradicionalista, está sa- dos. No Capítulo 20 Zofar Continua
tisfeito com as velhas ideias e dei- Afirmando Que Deus Certamente
xou de dar valor aos pensamentos Castigava Os Perversos E Insistiu Na
de Jó porque não concordam com Culpa De Jó Sem Ao Menos Conside-
14
Lição 2 - Jó 3 a 31: Os Diálogos entre Jó, Elifaz, Bildade e Zofar
rar Qualquer Outra Declaração Ou rar prosperar aquele que não espe-
Prova Apresentada Pelo Acusado ra viver?” Jó estava tão angustiado
(20.27-29). que a sua esperança era ter apenas
uma sepultura como companheira.
III. AS RESPOSTAS DE JÓ
(Jó 19 – 31) 2. Jó sabe que seu Redentor vive
(Jó 19.23-27)
1. Jó diz que Deus o feriu (Jó 19.6-9) Porque eu sei que o meu Redentor
sabei agora que Deus é que me vive e por fim se levantará sobre
oprimiu e com a sua rede me cer- a terra. Depois, revestido este meu
cou (19.6). corpo da minha pele, em minha
Jó tenta defender a razão de suas carne verei a Deus (19.25,26).
mágoas e lamentos. Ele se via como Neste discurso, a fé audaciosa
um alvo contra o qual o Todo-Po- de Jó chega ao seu clímax nas pa-
deroso lançou flechas venenosas e lavras famosas: Eu sei que o meu
elas tinham se cravado no seu cor- Redentor vive. Salta para estas al-
po. O pavor de Deus o assalta com turas, a partir de um estado de de-
veemência e sem dó. A frustração de sespero causado pelas repreensões
Jó aumenta e o porquê de sua prova dos seus amigos, pela sua devasta-
continua o atormentando. ção por Deus e pelo seu sentimento
No capítulo 7 ele fala sobre a de total abandono. Sua certeza da
inutilidade da sua vida e o aparen- vindicação final brilha com maior
te enigma da sua situação infeliz. A fulgor ainda contra este fundo
vida já é curta demais, então qual escuro. A esperança de Jó é vivi-
é o propósito de passar toda uma ficada. Ele afirma o que sente no
parte desta vida sofrendo com dor seu âmago. Demonstra confiança
e calamidades? No capítulo 16 Jó absoluta no Senhor e uma certeza
responde às acusações de Elifaz impressionante concernente à vin-
com palavras amargas: “Tenho da do Messias e à consumação da
ouvido muitas coisas como estas; salvação de Cristo nele, no devido
todos vós sois consoladores mo- tempo. Aqui encontramos o grito
lestos” (16.2). Jó sabe que sua es- de vitória, o seu brado triunfal. En-
perança está se esgotando, mas a contramos um homem no monturo
fé no Altíssimo resiste e Ele o jus- da sua cidade, alvo de incompreen-
tificará. Em 17.1, ele parece estar são e difamado por “amigos” sem
desistindo: “O meu espírito se vai compaixão, que diante disso ainda
consumindo, os meus dias se vão declara: “... o meu Redentor vive...”
apagando, e só tenho perante mim e acrescenta: “Vê-lo ei por mim
a sepultura”. Sente-se dominado mesmo...” Jó está se referindo a um
pelo pessimismo. De acordo com Redentor espiritual e não a um pa-
Matthew Henry: “Como pode espe- rente por laços humanos.
15
Lição 2 - Jó 3 a 31: Os Diálogos entre Jó, Elifaz, Bildade e Zofar
APLICAÇÃO PESSOAL
Se estivéssemos no lugar de Jó, como agiríamos? Sejamos constan-
tes em confiar no Senhor, mesmo quando não entendermos os seus
métodos.
RESPONDA
1) Por que Elifaz, amigo de Jó, foi o primeiro a falar?
3) Zofar era o amigo cheio de compaixão pela situação de Jó. Sim ou Não?
16
LIÇÃO 3
JÓ 32 a 40: O DISCURSO DE ELIÚ E A
MANIFESTAÇÃO DE DEUS A JÓ
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA • Verificar como Eliú é injusto
Em Jó 32 a 40 há 260 versos, no ao afirmar que Jó considera-se
total. Sugerimos começar a aula mais justo do que Deus.
lendo, com todos os presentes, Jó • Mostrar como Deus se mani-
38.1-20 (5 a 7 min.). festa sem responder sequer um
A revista funciona como guia de es- questionamento de Jó.
tudo e leitura complementar, mas • Explicar como Jó reconhece sua
não substitui a leitura da Bíblia. insignificância diante da magni-
Depois de repreender Jó e seus ficência de Deus.
amigos, Eliú começa a dar as suas
opiniões quanto à situação do an- PARA COMEÇAR A AULA
cião. No capítulo 32, e nos primei-
ros doze versículos do capítulo 33, O jovem Eliú tentava dizer ao
Eliú fala muito sobre si mesmo, “eu”, patriarca que Deus estava “falando”
“me”, “mim”. Mostra-se presunçoso através da sua aflição. Ele pensava,
e vaidoso. Mesmo que tivesse expli- como os outros amigos de Jó, que
cações exatas para a dor de Jó, de- este tinha pecado, embora não che-
veria ter manifestado consideração gasse a acreditar que ele fosse um
e respeito ao expô-las. Eliú inicia um homem totalmente perverso e impu-
longo pedido de desculpas por se le- ro. Para Eliú, Jó era um servo de Deus
vantar para falar entre os anciãos. A que havia transgredido contra Ele e
prática de fazer um pedido de des- estava sendo disciplinado. Na verda-
culpas é bem comprovada em docu- de, o Senhor disciplina a quem ama,
mentos do Antigo Oriente Próximo, mas Deus não usa somente a dor e
especialmente quando a pessoa as- angústia como agentes de correção.
sume um papel que não lhe perten- Esse é apenas um meio, não o único.
ce por direito, posição ou idade. Ele RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
também admite que é jovem demais
1) Por respeitar a idade e julgar que a velhice
para falar a Jó, reconhecendo que significava sabedoria.
tradicionalmente a sabedoria está 2) Do meio de um redemoinho que, ao mesmo
associada ao idoso. tempo, mostra e esconde seu poder.
3) Unicamente a Jó.
I
Lição 3 - Jó 32 a 40: O Discurso de Eliú e a Manifestação de Deus a Jó
LEITURA ADICIONAL
Livro: “Comentário Bíblico NVI Antigo e Novo Testamentos." (Bruce, F.F. São Paulo:
Editora Vida, 2017, p. 522).
II
Estudada em ___/___/____
DE DEUS A JÓ INTRODUÇÃO
3. Desafia o entendimento de Jó Jó
39.26-30
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
S T Q Q S S
Jó 32 Jó 34 Jó 35.1 Jó Jó Jó 40
1-33 1-37 a 37.24 38 39 3-5
17
Lição 3 - Jó 32 a 40: O Discurso de Eliú e a Manifestação de Deus a Jó
18
Lição 3 - Jó 32 a 40: O Discurso de Eliú e a Manifestação de Deus a Jó
19
Lição 3 - Jó 32 a 40: O Discurso de Eliú e a Manifestação de Deus a Jó
20
Lição 3 - Jó 32 a 40: O Discurso de Eliú e a Manifestação de Deus a Jó
21
Lição 3 - Jó 32 a 40: O Discurso de Eliú e a Manifestação de Deus a Jó
APLICAÇÃO PESSOAL
Nenhum ato de Deus é sem um propósito. A nós, o que cabe é reco-
nhecer Sua soberania.
RESPONDA
1) Por que Eliú ficou calado por tanto tempo?
22
LIÇÃO 4
JÓ 40 a 42: A RESPOSTA DE DEUS E A
RESTAURAÇÃO DE JÓ
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA • Enfatizar a soberania de Deus
Em Jó 40, 41 e 42 há 24, 34 e 17 no trato com Jó e seus amigos.
versos, respectivamente. Sugeri- • Entender o motivo de Deus ter
mos começar a aula lendo, com repreendido os amigos de Jó.
todos os presentes, Jó 42.1-17 (5 • Explicar como se deu a restau-
a 7 min.). ração de Jó quando orava por
A revista funciona como guia de es- seus amigos.
tudo e leitura complementar, mas
não substitui a leitura da Bíblia. PARA COMEÇAR A AULA
Chegamos ao final do estudo do
livro de Jó. Foi edificante comprovar Faça uma retrospectiva rápida da
a fé e a perseverança do patriarca, história de Jó e como Deus interveio
apesar de não ter seus questiona- restaurando completamente a sua
mentos respondidos. Mesmo acusa- vida, tornando-o em um exemplo de
do pelos amigos de estar ocultando sofrimento e paciência. Nem sempre
seus pecados, Jó manteve-se íntegro teremos respostas para todos os ques-
diante de Deus. Ao final, diante da tionamentos, mas desde que Deus
majestosa manifestação de Deus, Jó esteja no controle da nossa vida, tudo
percebeu a grandeza do Senhor; ren- se encaminhará para o cumprimento
deu-se e, em seguida, foi restaurado. dos desígnios Dele, lembrando-nos
A lição que fica é que Deus não deixa de Romanos 8.28, quando o apóstolo
Seu povo prostrado ou desesperado Paulo diz que “Todas as coisas coope-
para sempre. Não se trata de saber ram juntamente para o bem daqueles
se Deus vai recompensar o justo e que amam a Deus, daqueles que são
castigar o perverso, mas quando Ele chamados segundo o seu propósito”.
vai fazê-lo. Mais cedo ou mais tarde, Satanás não pode deter os planos de
na terra ou no céu, as recompensas Deus para conosco.
serão concedidas no tempo perfeito
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
de Deus.
1) Não
2) Não
3) Errado
I
Lição 4 - Jó 40 a 42: A Resposta de Deus e a Restauração de Jó
LEITURA ADICIONAL
EPÍLOGO (42.7-17)
Os diálogos do livro terminaram, e Jó recebeu a medida suficiente em
consolo divino para suportar seu sofrimento. A história de Jó poderia ter
terminado nesse ponto, não fosse aquele apelo mais insistente dele por
vindicação, i.e., a demonstração pública por parte de Deus de que Jó era
justo e não merecia o castigo recebido. Deus não tem nenhuma obrigação
de dar essa satisfação a Jó, e muitos sofredores inocentes não receberam
o final feliz concedido a Jó. Alguns estudiosos dizem que o final feliz arruí-
na o livro de Jó, visto que parece retornar ao antigo vínculo entre culpa e
castigo, justiça e bênção, que o livro se propôs a destruir. A teologia dos
amigos, segundo a qual os justos prosperam, não é simplesmente confir-
mada pelo epílogo do livro? Não, porque os amigos insistem em que os
justos prosperam indubitavelmente, e os ímpios inevitavelmente têm um
fim precipitado. O caso de Jó provou como é insensata qualquer conversa
de necessidade ou inevitabilidade em relação à forma de Deus agir com os
homens. Mas o epílogo quer afirmar, depois que se deu todo o reconheci-
mento a Deus de que ele pode fazer o que lhe agrada, que Deus tem prazer
em derramar as suas bênçãos sobre aquele que o serve fielmente. Isso
é uma forma de bônus, um ato de graça, e não é compulsório por parte
de Deus. Para Jó, basta que ele teve um encontro com Deus, mas Deus se
agrada em responder no final ao clamar de Jó por vindicação.
Livro: “Comentário Bíblico NVI Antigo e Novo Testamentos”. (Bruce, F.F. São Paulo:
Editora Vida, 2017, p. 530).
II
Estudada em ___/___/____
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
S T Q Q S S
Jó 40 Jó 41 Jó 41 Jó 42 Jó 42 Jó 42
6-24 1-20 21-34 1-6 7-9 10-17
23
Lição 4 - Jó 40 a 42: A Resposta de Deus e a Restauração de Jó
24
Lição 4 - Jó 40 a 42: A Resposta de Deus e a Restauração de Jó
entanto, até agora ele não tem nada nhuma das questões que Jó deseja-
a responder; a sua causa ainda não va discutir, nem explicam por que Jó
foi encerrada. Ainda não tem nada estava passando por tantas adversi-
a acrescentar ao que já disse. Nem dades. O que Jó mais precisava não
sequer retira quaisquer das suas era saber por que as coisas aconte-
declarações anteriores. ciam, mas quem estava no controle.
25
Lição 4 - Jó 40 a 42: A Resposta de Deus e a Restauração de Jó
26
Lição 4 - Jó 40 a 42: A Resposta de Deus e a Restauração de Jó
27
Lição 4 - Jó 40 a 42: A Resposta de Deus e a Restauração de Jó
APLICAÇÃO PESSOAL
Através de Jó Satanás é frustrado por Deus, que demonstra que é
possível servir-lhe sem outro interesse a não ser Ele próprio.
RESPONDA
1) Defendendo em extremo a sua justiça, Jó questionava a justiça de Deus. Jó tinha motivos
para gemer, mas teria motivos para queixar-se contra os desígnios de Deus?
2) Deus Se dirigiu aos amigos de Jó dizendo-lhes que eles tinham feito declarações asserti-
vas sobre Ele. Sim ou Não?
3) O Senhor mudou a sorte de Jó enquanto ele discutia com os seus amigos. Certo ou Errado?
28
LIÇÃO 5
PROVÉRBIOS 1 a 9: CONVITE À
SABEDORIA
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA • Explicar como a sabedoria é útil
Em Provérbios 1 a 9 há 256 versos, para uma vida competente.
no total. Sugerimos começar a aula • Mostrar como a insensatez con-
lendo, com todos os presentes, Pro- duz à morte.
vérbios 1.1-22 (5 a 7 min.). • Fazer um retrato da sabedoria.
A revista funciona como guia de es-
tudo e leitura complementar, mas PARA COMEÇAR A AULA
não substitui a leitura da Bíblia.
Caro(a) professor(a), o livro de Comece a sua aula falando so-
Provérbios ensina como viver bem bre Salomão, o autor dos Provér-
no mundo. Ele está repleto de con- bios, Eclesiastes e Cântico. Foi um
selhos práticos para todos os tipos homem especialmente dotado por
de situação. É um manual útil para Deus de uma cultura ímpar na sua
adquirir sabedoria. Depois de iden- época. Certamente o livro é uma se-
tificar o princípio básico da sabe- leção dos três mil provérbios por ele
doria (1.7), continua com um longo proferidos, ditados sábios, axiomas
poema no qual o leitor é persuadido de usos admiráveis para a conduta
a seguir o caminho da sabedoria, da vida humana. Ele era poeta e um
em vez do caminho da estultícia ou homem de grande inteligência. Suas
loucura. A sabedoria e a estultícia canções foram mil e cinco, das quais
são descritas como mulheres que só uma é existente, pois esta foi a
convidam o leitor a ir a elas. O livro única divinamente inspirada, a qual
de Provérbios apresenta uma pie- é, portanto, chamada de Cântico dos
dade prática. Todas as relações da Cânticos (1Rs 4.32). O período em
vida aparecem nesse livro: os deve- que o livro foi escrito cobre cerca de
res para com Deus e o próximo, de 300 anos (25.1).
pais e filhos e de cidadãos. Sendo
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
este um livro extremamente práti-
1) O ouro puro.
co, seria bom que o estudássemos 2) Ela é uma criatura humilde que armazena comi-
com bastante cuidado para a nossa da no verão para enfrentar o inverno.
orientação na vida diária. 3) Nas veredas da justiça.
I
Lição 5 - Provérbios 1 a 9: Convite à Sabedoria
LEITURA ADICIONAL
II
Estudada em ___/___/____
INTRODUÇÃO
III. A PERSONIFICAÇÃO DA
SABEDORIA Pv 8.1 – 9.18
1. A preexistência da sabedoria Pv 8.22-26
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
S T Q Q S S
Pv1 Pv 1 Pv 2 Pv 3.1 Pv 5.1 Pv 8.1
1-19 20-33 1-22 a 4.27 a 7.27 a 9.18
29
Lição 5 - Provérbios 1 a 9: Convite à Sabedoria
30
Lição 5 - Provérbios 1 a 9: Convite à Sabedoria
31
Lição 5 - Provérbios 1 a 9: Convite à Sabedoria
32
Lição 5 - Provérbios 1 a 9: Convite à Sabedoria
33
Lição 5 - Provérbios 1 a 9: Convite à Sabedoria
bem espelha a intensa batalha es- sabedoria, pois ela conduz à vida
piritual que marca a caminhada plena e feliz, enquanto a insensa-
humana, sobretudo a dos cristãos, tez leva à destruição (Dt 30.19).
continuamente assediados pelo Conforme Tiago, uma vida
pecado, pelo mundo e por satanás nutrida pela sabedoria do alto
(Ef 2.2-3 e 6.10-11; Hb 12.1). conduz à pureza, à harmonia, à
Por outro lado, representa cordialidade, à misericórdia, ren-
também a graciosa provisão di- dendo ainda muitos outros bons
vina de orientação, enfatizando frutos (Tg 3.17).
a importância de escolhermos a
APLICAÇÃO PESSOAL
A prática cotidiana da Palavra de Deus nos habilita a rejeitar cami-
nhos de destruição e a desfrutar da vida abundante que Jesus pro-
meteu – uma vida sábia, cheia de significado, propósito e plenitude
espiritual, em harmonia com Seus ensinamentos.
RESPONDA
1) A sabedoria é um tesouro mais precioso do que
3) O temor do Senhor nos afasta dos caminhos escorregadios e firma os nossos passos...
34
LIÇÃO 6
PROVÉRBIOS 10 a 24: SABEDORIA
PARA A VIDA PESSOAL E FAMILIAR
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA • Entender a importância de
Em Provérbios 10 a 24 há 447 ver- agir com sabedoria no meio
sos, no total. Sugerimos começar a famíliar.
aula lendo, com todos os presentes, • Compreender que o temor ao
Provérbios 12.1-20 (5 a 7 min.). Senhor nos torna cidadãos me-
A revista funciona como guia de es- lhores.
tudo e leitura complementar, mas • Atentar que a prudência ao fa-
não substitui a leitura da Bíblia. lar gera bênçãos.
Caro(a) professor(a), esta é a
primeira coleção de provérbios PARA COMEÇAR A AULA
atribuídos a Salomão. Os capítu-
los 10 a 15 enfatizam o contras- Comece a sua aula reafirmando
te existente entre a vida reta e a o padrão bíblico da organização fa-
ímpia. Os capítulos 16-22 exal-
tam a vida reta. O trecho de Pv miliar. Toda família é formada, in-
10.1-22.16 contém cerca de 375 variavelmente, por um homem, que
afirmações, a maioria fundadas é o marido, por uma mulher, que é
na lei e nas declarações de sabe-
esposa, e, quando aprouver a Deus,
doria que interpretam essa lei. Os
poderosos versos de sabedoria por filhos nascidos dessa união . Em
de Salomão servem de guia para seguida, faça um paralelo da impor-
a nossa conduta como pais, filhos tância do conhecimento da Escritu-
ou mesmo cidadãos. Diante dos
valores desconstruídos dessa ge- ra para que estejamos firmes contra
ração pós-moderna, faz-se funda- o pensamento dessa era.
mental, alinhar a nossa conduta
pelos valores da Palavra de Deus,
agindo com todos de forma justa,
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
sábia e amorosa.
1) F
2) V
3) F
I
Lição 6 - Provérbios 10 a 24: Sabedoria para a Vida Pessoal e Familiar
LEITURA ADICIONAL
Livro: Comentário Bíblico NVI Antigo e Novo Testamentos. (Bruce, F.F. São Paulo:
Editora Vida, 2017, p. 641, 656).
II
Estudada em ___/___/____
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
S T Q Q S S
Pv 11.1 Pv 14.1 Pv 16.1 Pv 18.1 Pv 20 Pv 21.1
a 13.25 a 15.33 a 17.28 a 19.29 1-30 a 22.16
35
Lição 6 - Provérbios 10 a 24: Sabedoria para a Vida Pessoal e Familiar
36
Lição 6 - Provérbios 10 a 24: Sabedoria para a Vida Pessoal e Familiar
conselheiras; não são adversárias para que sejas sábio nos teus dias”
de seus maridos, são esposas fiéis e (19.20) e não te deixes levar pela re-
inquebrantáveis. A discrição é uma beldia. Diante do pai e da mãe, cabe
virtude cada vez mais esquecida em aos filhos serem submissos e não
tempos de tanta exposição nas redes soberbos (1Pe 5.5) nunca desejan-
sociais, mas sem ela a beleza é como do mais do que realmente precisam,
joia de ouro em focinho de porco pois “melhor é um bocado seco e
(11.22), ou seja, é um atributo inútil. tranquilidade do que a casa cheia de
O corpo da mulher é berço para os contendas” (17.1) .
filhos e alegria reservada aos olhos
do marido. Esposas virtuosas são II. TRABALHO E VIDA
motivo de orgulho e não de vergo- FRATERNA (Pv 16.7-26)
nha (12.4); mulheres sábias geram
nos maridos o desejo de estar ao seu O padrão bíblico de justiça vai
lado (21.9 e 19). além das obrigações legais, pois
nos propõe a justa partilha e o
3. Filhos sábios e obedientes proceder com dedicação para que
(Pv 12.14-15) possamos andar bem aos olhos de
O caminho do insensato aos seus pró- Deus.
prios olhos parece reto, mas o sábio
dá ouvidos aos conselhos (12.15) 1. Justiça e generosidade (Pv 16.8)
Os provérbios são exortações Melhor é o pouco, havendo justiça,
para a vida prática, vários deles sen- do que grandes rendimentos com
do dedicados a manter o bom rela- injustiça
cionamento entre filhos e pais. Para Nas nossas relações comerciais
tanto, os provérbios utilizam verbos vale lembrar que o fruto de injus-
de sentido similar: ouvir; guardar; tiça será ilusão (11.18) e “melhor
atender. O filho que ouve (13.1) e é o pouco, havendo justiça, do que
atende à repreensão (15.5), molda a grandes rendimentos com injustiça”
si mesmo segundo os ensinamentos (16.8). Quem nega ao irmão o que
de quem o ama. Isso significa que ele lhe é justo causa-lhe dano e pobreza
respondeu ao que ouviu e promoveu (10.4). A justiça bíblica extrapola as
uma mudança de atitude. O passo obrigações e recomenda a genero-
seguinte é guardar o conselho e as- sidade, pois quem “dá liberalmente,
sumir na sua própria vida o modo ainda se lhe acrescenta mais e mais”
de proceder que lhe foi ensinado. “O (11.24). O homem generoso entende
filho sábio alegra seu pai” (15.20), que também recebeu além do que
pois “atende à repreensão e adquire merecia e, ao partilhar, “faz bem a
entendimento” (15.32). Em uma so- si mesmo” (11.17), pois as riquezas
ciedade em que a cada dia surge uma de nada aproveitam no dia da ira do
nova verdade, “recebe a instrução Senhor (11.4). Não há amor que não
37
Lição 6 - Provérbios 10 a 24: Sabedoria para a Vida Pessoal e Familiar
38
Lição 6 - Provérbios 10 a 24: Sabedoria para a Vida Pessoal e Familiar
Nossas palavras devem expri- 2. A palavra tem seus efeitos (Pv 18.6)
mir a verdade. Tenhamos cuidado Os lábios do insensato entram na
em proceder bem, para que em nós contenda, e por açoites brada a
não se ache mentira, nem difama- sua boca.
ções ou qualquer malícia contra Jesus disse que as palavras ma-
outras pessoas. nifestam o íntimo (Mt 15.18; Lc
10.11-13), embora muitos tentem
1. A palavra reta agrada a Deus esconder a verdade com elogios. Há
(Pv 18.4) quem, enganosamente, na hora da
Águas profundas são as palavras compra, queixa-se do valor do pro-
da boca do homem, e a fonte da duto ou serviço, pedindo redução
sabedoria, ribeiros transbordantes. de preço, todavia, ao adquiri-lo ou
Amados, a palavra reta está na consumi-lo, gaba-se da pechincha
boca do justo e a maligna na boca obtida (20.14). Não desejava preço
do perverso para levá-lo à vergo- justo, mas apenas dar vazão à sua
nha e à desonra (13.5). O sábio não avareza, valendo-se de palavras en-
se presta a ouvir mentiras, heresias ganosas para ludibriar o vendedor.
nem insultos à Palavra de Deus, pois Portanto, “trabalhar por adquirir
tem responsabilidade a respeito do tesouro com língua falsa é vaidade
que ouve, mas o mentiroso gosta e laço mortal” (21.06). Cada palavra
de ouvi-las para aprender a enga- gera um efeito no interlocutor: uma
nar (17.4). Sejamos retos e justos palavra de testemunho fortalece a
em cada palavra, pois a indireta e o fé; confessar um erro pode restau-
duplo sentido não devem estar na rar a confiança e uma advertência
nossa boca. Esse tipo de palavra que amigável pode levar alguém a uma
espalha fofoca, contendas e calúnias escolha correta. Segundo os pro-
provém do maligno e destrói muitas vérbios, as palavras que promovem
vidas. As palavras retas libertam os o mal (24.1-2), a mentira e a fofoca
irmãos, mas “as palavras dos perver- não devem nos influenciar (24.7).
sos são emboscadas para derramar Nossa obrigação é dizer a verdade
sangue” (12.6). Quando não convém para livrar os que são acusados in-
falar, melhor calar; quando não hou- justamente (24.11), entregar uma
ver certeza, não opine; reflita antes boa palavra que alegre o coração
de se pronunciar, pois estará agindo dos ansiosos (12.25) e advertir os
com sabedoria e o seu conselho se que erram, pois “os que o repreen-
tornará remédio para os irmãos (12. derem se acharão bem, e sobre eles
18). Não procure contendas para si virão grandes bênçãos” (24.25).
39
Lição 6 - Provérbios 10 a 24: Sabedoria para a Vida Pessoal e Familiar
APLICAÇÃO PESSOAL
Seja cumpridor(a) da justiça e das suas responsabilidades; proceda
com generosidade e prudência na vida familiar e social. Assim, em
você o Senhor enxergará sabedoria.
RESPONDA
Marque “V” para VERDADEIRO ou “F” para Falso
1) Entre pais e filhos, o mais importante é que cada um faça o que quiser
2) Na vida social o cristão deve mostrar amor pelo trabalho e não pela fraude
40
LIÇÃO 7
PROVÉRBIOS 25 a 30: SABEDORIA PARA
LÍDERES
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA • Conhecer as características que
Em Jó 13 a 16 há 171 versos, no compõem um autêntico líder.
total. Sugerimos começar a aula • Ter a noção dos pré-requisitos
lendo, com todos os presentes, Pro- de um líder.
vérbios 28.1-29 (5 a 7 min.). • Estar atento às ameaças à lide-
A revista funciona como guia de es- rança.
tudo e leitura complementar, mas
não substitui a leitura da Bíblia. PARA COMEÇAR A AULA
Vivemos tempos trabalhosos
em todas as áreas da vida. Neste Comece sua aula de forma
contexto, a relevância de sábias dinâmica. Pergunte aos alunos
lideranças tem se tornado funda- quais são as características mais
mental, seja na condução da famí-
lia, seja nas atividades laborais, marcantes de um líder. Em se-
seja na vida pública do nosso pais. guida, pergunte sobre quais são
Logo, na Igreja não seria diferen- principais ameaças que cercam
te! Precisamos clamar a Deus para a boa liderança. E, por fim, per-
que Ele levante líderes sábios e gunte aos alunos sobre quais
cheios do Espírito para melhor
conduzir o Seu povo. Neste quesi- qualidades de liderança pos-
to, Salomão apresenta caracterís- suem e/ou quais dificuldades já
ticas do perfil do líder sábio, bem passaram no ministério.
como alguns pré-requisitos, além
de alertar sobre as ameaças que
podem arruinar uma liderança.
I
Lição 7 - Provérbios 25 a 30: Sabedoria Para Líderes
LEITURA ADICIONAL
Livro: Comentário Bíblico NVI Antigo e Novo Testamentos. (F.F. Bruce. São Paulo:
Editora Vida, 2012, p.656-659).
II
Estudada em ___/___/____
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
S T Q Q S S
Jz Jz Jz Jz Jz Jz
13.3 13.8 13.24 14.2 14.12 16.4
41
Lição 7 - Provérbios 25 a 30: Sabedoria Para Líderes
42
Quem assim
argui a Deus, que
responda essas
JÓ E SEUS “AMIGOS” coisas... (Jó 40.2)
A minha causa é
justa (Jó 6.29) ...
Deus! Me faça Vou me defender
saber: por que perante a Deus. Sei
contendes que serei achado
comigo? (Jó 10.2) justo (Jó 13.18)
rificado (Mc 8.31). Um líder também a Deus o que, de fato, Ele não dis-
precisa ser sábio a respeito do que se. Os que assim procedem tentam
ouve, pois algumas vezes o melhor é usar o nome de Deus para perceber
ignorar e ficar calado; noutras, é pre- vantagens, mas a seu tempo serão
ciso responder com firmeza para que repreendidos e envergonhados em
a maledicência não se espalhe (26.4- sua mentira (30.6). Um verdadeiro
5). Mas a língua que elogia em exces- líder não entra em contenda, mas re-
so também é um problema, haja vista pudia a mentira; não se desgasta em
que, diante do elogio, alguns líderes rivalidades e polêmicas, mas não é
perdem o controle do ego e deslizam conivente; não é furioso e não mente
na vaidade (27.21). Homens e mu- a respeito do Evangelho.
lheres de Deus vivem o que ensinam
para que suas palavras não se voltem II. PRÉ-REQUISITOS À
contra eles mesmos, como um galho SÁBIA LIDERANÇA
de espinho na mão do bêbado (26.9). (Pv 28.18-26)
43
Lição 7 - Provérbios 25 a 30: Sabedoria Para Líderes
a liderança do sábio logo será re- não é bom” (28.21; 2Cr 19.7). Sabe
conhecida em todos os lugares: sua aquela ideia de que todos precisam
família confiará nas suas escolhas, fazer esforços pelo bem comum? O
seus amigos pedirão o seu conselho líder que age com sabedoria está
e no trabalho ele será tomado como sempre cuidando para que tais es-
exemplo. Ainda que defendamos os forços sejam proporcionais e, as-
valores bíblicos com firmeza, os que sim, ninguém seja injustiçado. Ao
discordam reconhecerão que “a re- contrário do perverso, “informa-se
preensão franca” muitas vezes dói, o justo da causa dos pobres" (29.7)
mas “as feridas feitas pelo que ama” para que não sejam oprimidos.
são melhores que elogios mentiro-
sos (27.5-6). Quem procede assim 3. A Sabedoria (Pv 28.26)
está apto a liderar, ainda que não O que confia no seu próprio cora-
exerça cargos. ção é insensato, mas o que anda em
sabedoria será salvo.
2. A justiça (Pv 28.21) Um líder é sempre um mestre
Parcialidade não é bom, porque até solícito, nunca faltando a quem lhe
por um bocado de pão o homem pre- peça conselhos. Mas, só pode lide-
varicará. rar quem reconhece que há muito
Para liderar é preciso ter visão a aprender antes de ensinar. Agur
panorâmica, fazer o melhor para declarou: “não tenho inteligência de
todos com o menor dano possível. homem [...] nem tenho conhecimento
Esse comportamento caracteriza do Santo” (30.2-3), sendo certo que
a prudência e a justiça. O pruden- o melhor que podemos fazer com
te é também um justo, não impõe a inteligência que temos é prosse-
sua vontade, não é altivo nem guir em conhecer o Senhor (Os 6.3).
opressor (30.13-14), porque não Nessa busca por conhecer a Deus, é
se considera indispensável e sabe fundamental olhar para a história
que até os gafanhotos podem vi- entre Deus e o seu povo, quando o
ver sem um rei desde que estejam líder aprenderá o modo como o Se-
unidos (30.27). Por isso, um líder nhor é Deus justo, mas misericordio-
prudente ajunta todos em torno so; zeloso, mas paciente. No deserto,
de si e entre eles “julga retamen- quando Moisés mostrou despreparo,
te” para fazer “justiça aos pobres e Deus o moldou; quando o povo foi
aos necessitados” (31.9). Essa cena insubmisso, Deus os puniu; quan-
pode ser vista quando você reúne do se desviou, Deus lhe deu precei-
a família para definir responsabi- tos. Só de Deus provém a sabedoria
lidades proporcionais entre todos, plena que nos falta. O líder nunca se
de modo que ninguém possa acu- declara sábio, pois assim faria pior
sá-lo de beneficiar um filho e pre- que o insensato (26.12); ao invés dis-
judicar o outro, pois “parcialidade so, aguarda que outros reconheçam
44
Lição 7 - Provérbios 25 a 30: Sabedoria Para Líderes
sua sabedoria e o honrem diante dos ce mais, nem os amigos, nem os ir-
seus liderados (27.02). mãos. Mas, por que o dissimulado
não demonstra furor ou ira? A res-
III. AMEAÇAS À SÁBIA posta é a seguinte: "cruel é o furor,
LIDERANÇA (Pv 29.5-18) e impetuosa, a ira, mas quem pode
resistir à inveja?" (27.4).
Quem exerce liderança tem sem-
pre as atenções voltadas para si, por 2. O mau conselho (Pv 29.12)
isso é importante tomar cuidado Se o governador dá atenção a pala-
para que alguns equívocos não ve- vras mentirosas, virão a ser perver-
nham a arruinar os relacionamentos. sos todos os seus servos.
Você já reparou que algumas
1. A dissimulação (Pv 29.5) pessoas têm sempre algo a nos
O homem que lisonjeia a seu próxi- dizer, mas estão sempre falando
mo arma-lhe uma rede aos passos. baixinho para não serem notadas?
Já falamos sobre o perigo da pa- A palavra ao pé do ouvido é pene-
lavra maldizente (26. 20;22), mas há trante, mas nem sempre age em
um outro tipo de palavra que pode nosso benefício, costumando ser
levar um líder à ruína. Trata-se da um disfarce para a mentira e para
palavra elogiosa, aquela que pode a calúnia. Os provérbios dizem que
despertar a soberba num coração se tirarmos os perversos da pre-
que antes era humilde. É preciso sença do rei, “seu trono se firmará
entender que “lábios amorosos” na justiça” (25.5), pois um líder tem
podem ser o disfarce do coração que saber preservar os ouvidos.
maligno (26.23), onde há abomina- Algumas pessoas se apressam em
ções escondidas pelo jeito suave de criar litígios, confusões, com base
falar (26.25). Não significa que todo no que viram (25.8) sem entender
elogio é falso, evidentemente. A Bí- o contexto. A partir daí, um simples
blia se refere aos que são dissimula- áudio enviado pode plantar uma
dos e tentam criar uma atitude tão discórdia ou uma desconfiança. O
soberba e egocêntrica a ponto de mau conselheiro nunca tem uma
você pensar antes em si que na fa- fonte de informação, sempre repe-
mília, na equipe de trabalho ou nos tindo: “eu ouvi falar” ou “me conta-
irmãos da igreja. Em pouco tempo, ram”. Cuidado, “pleiteia a tua causa
a bajulação pode levar uma pessoa diretamente com o teu próximo”
a endurecer o coração para o temor (25.9), pois assim como o vento
de Deus (28.14) e a seguir o seu traz a chuva, a língua fingida traz
próprio coração (28.26). Enganado a ira (25.23) entre os membros
por falsos elogios, o imprudente de uma família, de uma equipe de
gloria-se das suas conquistas (27.1) trabalho ou entre irmãos de uma
enquanto a família não o reconhe- congregação.
45
Lição 7 - Provérbios 25 a 30: Sabedoria Para Líderes
APLICAÇÃO PESSOAL
A Bíblia apresenta o autêntico manual de prática para uma sábia, edi-
ficante e exemplar liderança. Pratique-a!
RESPONDA
Marque “V” para VERDADEIRO ou “F” para Falso
46
LIÇÃO 8
PROVÉRBIOS 31: SABEDORIA PARA A
MULHER CRISTÃ
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA
• Enfatizar as qualidades da mu-
Em Provérbios 31 há 31 versos. Suge- lher virtuosa.
rimos começar a aula lendo, com to- • Compreender as atividades de-
dos os presentes, Provérbios 31.10-31 senvolvidas pela mulher virtuosa.
(5 a 7 min.). • Mostrar como foi enaltecida a
A revista funciona como guia de es- mulher virtuosa por exercitar o
tudo e leitura complementar, mas temor ao Senhor.
não substitui a leitura da Bíblia.
Nesta última lição sobre Provér- PARA COMEÇAR A AULA
bios a descrição da mulher virtuosa
pode ser considerada o ponto culmi- Explique que a lição descreve a
nante do capítulo e do livro. O poema atividade de uma mulher há três mi-
é um acróstico do alfabeto hebraico lênios, numa cultura muito diferen-
com vinte e dois versículos, assim te da nossa, sendo temeroso trans-
estruturada não apenas como auxí- formar a passagem bíblica em um
lio de memorização para os leitores regulamento que estabeleça limites
hebreus, mas também para focalizar ao que as mulheres podem ou não
o caráter igualmente primoroso e or-
fazer hoje em dia. Temos diante de
ganizado da excelente esposa. O livro
nós uma mulher muito afastada da
exalta diversas vezes a mulher vir-
tuosa. Ela traz felicidade ao esposo e nossa ideia tradicional de como era
à família com um encanto que é cre- o mundo antigo. Ela comercializa,
ditado ao temor do Senhor (31.30). compra e gerencia seus bens, com
Esse trecho ilustra admiravelmente uma autonomia que faltava a uma
o tema do livro, declarado em 1.7 e mulher de meados do século XX.
9.10: “O temor do Senhor é o princí- Seu sucesso está exatamente no te-
pio da sabedoria”. Este é o desfecho mor a Deus, por isso foi tão louvada!
perfeito, pois retoma a ideia inicial:
impossível ser sábio sem temer ao RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
Senhor 1) Mulher valorosa, forte.
2) Não, se estendia aos pobres e necessitados.
3) O temor a Deus.
I
Lição 8 - Provérbios 31: Sabedoria para a Mulher Cristã
LEITURA ADICIONAL
PROVÉRBIOS 31.10-31
A exegese que segue valida a interpretação tradicional de que a esposa
valorosa faz parte do âmbito histórico, não alegórico. Whybray encontra
apoio para a interpretação simbólica no retorno inequívoco da conclusão
do livro ao papel preeminente da figura feminina no prólogo. Sem dúvida,
este inclusio não é coincidência; antes, serve para estruturar o livro. No
entanto, não segue que, pelo fato da descrição feminina no prólogo ser
simbólica, a descrição feminina desta culminância não pode ser real. A
mulher sabedoria em 9.1-6 é puramente simbólica, mas a mulher insen-
sata em 9.13-18 encarna a estultícia. Em função da insistência protestan-
te no sensus literalis, a esposa valorosa é interpretada, tradicionalmen-
te, como uma esposa real. Na segunda metade do século vinte, havia um
consenso entre a maioria dos estudiosos de que ela encarna os ideais da
sabedoria sem ser removida de seu âmbito histórico. Se a intenção do au-
tor fosse identificá-la com a Mulher Sabedoria figurativa, é pouco prová-
vel que tivesse se referido a ela como “uma esposa valorosa” que, em sua
outra ocorrência, indica uma mulher real (12.4.) Na verdade, em todas
as outras ocorrências em Provérbios, “mulher” se refere a uma mulher
real (14.1; 18.22; 31.3). [...] Essa esposa valorosa foi canonizada como
exemplo para toda a nação de Israel de todos os tempos. As filhas sábias
aspiram ser semelhantes a ela, os homens sábios procuram se casar com
ela (v.10), e todas as pessoas sábias têm como objetivo encarnar a sabe-
doria que ela corporifica, cada um em sua própria esfera de atividade.
É preciso evitar a ênfase excessiva sobre uma dessas aplicações à custa
de outra, esquecendo que, por natureza, o conteúdo proverbial apresenta
exemplos, pedindo que a audiência faça a aplicação apropriada às suas
próprias realidades.
II
Estudada em ___/___/____
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
S T Q Q S S
Pv 31 Pv 31 Pv 31 Pv 31 Pv 31 Pv 31
10-12 13-15 16-20 21-24 25-28 29-31
Hinos da Harpa: 432 - 91
47
Lição 8 - Provérbios 31: Sabedoria para a Mulher Cristã
INTRODUÇÃO joias.
A mulher descrita nessa passa-
A seção final de Provérbios é gem tem a doçura de um anjo e a
um poema acróstico que exalta força de um gigante. Tem a sabe-
uma nobre esposa. Cada um dos doria de um erudito e a destreza
seus vinte e dois versos começa de um guerreiro. Tem a desen-
com uma letra consecutiva do al- voltura de um perito governante
fabeto hebraico. Os versos são atri- e a candura de uma mãe cheia de
buídos a Lemuel e baseados no que afeto. Tem o tirocínio de uma em-
lhe ensinou a sua mãe. Conquanto presária bem-sucedida e a meigui-
as atividades da mulher estivessem ce de uma esposa afetuosa. Uma
ligadas à sua casa e família, sua fi- mulher virtuosa é uma mulher
gura é um vibrante brado contra o temente a Deus, que tem o contro-
superficial conceito de “ficar-em- le do seu próprio espírito e sabe
-casa-e-cuidar-dos-filhos” de mui- como gerenciar outras pessoas;
tos modernos. A esposa virtuosa é é piedosa e diligente, sendo uma
uma pessoa completa. boa adjutora para um homem.
Mas “Quem a achará?”. Isto sugere
I. A MULHER VIRTUOSA a sua raridade na sociedade e que,
(Pv 31.10-12) portanto, devem ser valorizadas.
Quem a encontra deve expres-
Quando um homem consegue sar a sua gratidão a Deus e a sua
encontrar uma boa esposa é como bondade e respeito por ela, por
encontrar um tesouro. Essa mulher quem ele nunca deverá pensar que
é vista como pragmática e dotada já fez o suficiente, pois “o seu valor
de nobre caráter. O texto propõe muito excede o de rubis” e todos os
virtudes que devem ser associadas ricos ornamentos com que as mu-
ao caráter da mulher sábia. Contu- lheres elegantes se adornam. Ela é
do, importa esclarecer que o texto preciosa porque usa sua força, ca-
não busca impor uma conduta per- pacidade, sabedoria e valor inteira
feita e dotada de todos os talentos e altruisticamente para os outros.
possíveis e, sim, que tudo o que seja
praticado seja feito com amor e ex- 2. A integridade da mulher
celência para o bem-estar de sua virtuosa (Pv 31.11)
família e da sociedade (Pv 14.1; 1Co O coração do seu marido confia
13.13; Cl. 3.23). nela, e não haverá falta de ganhos.
O marido da mulher virtuosa
1. O valor da mulher virtuosa confia nela e isto quer dizer que
(Pv 31.10) ela lhe é fiel em todas as áreas,
Mulher virtuosa, quem a achará? cumprindo seus deveres de espo-
O seu valor muito excede o de finas sa, demonstrando seu nobre cará-
48
Lição 8 - Provérbios 31: Sabedoria para a Mulher Cristã
49
Lição 8 - Provérbios 31: Sabedoria para a Mulher Cristã
50
Lição 8 - Provérbios 31: Sabedoria para a Mulher Cristã
para o trabalho. Ela sabe que, É fácil passar por uma boa pes-
para governar sua casa, precisa soa para os que são de fora. Mas
estar com as rédeas nas mãos, quem convive na intimidade é
dando direção e exemplo às suas que, de fato, conhece o seu caráter
servas. Ela cuida de sua família e suas intenções. Por isso, receber
e de todos os seus assuntos, dá o louvor da família é muito mais
mantimento à sua casa, de modo significativo do que ser elogiado
que nenhum dos servos tenha por quaisquer outras pessoas.
motivos para reclamar de comer
pouco ou trabalhar muito (v. 27); 2. O louvor do marido (Pv 31.29)
inspeciona os modos de todos Muitas mulheres procedem virtuo-
os seus servos para exortá-los samente, mas tu a todas sobrepujas.
a cumprir o seu dever para com O louvor do marido, baseado
Deus e com o próximo. em anos de experiência, como
é indicado pela maturidade dos
III.O LOUVOR QUE ELA seus filhos, é citado literalmente.
RECEBE (Pv 31.28-31) Na verdade, ela é tão excepcional
que, em termos comparativos, ti-
Essa mulher rara é um mode- nha ultrapassado a todas as outras
lo de virtude. Seu marido confia mulheres, embora houvesse mui-
nela plenamente; seus filhos to- tas outras virtuosas e notórias.
mam a iniciativa de louvá-la e seu Fica claro também que o amor
lar é um exemplo de harmonia e se deleita em promover a pessoa
eficiência. amada. Essa mulher semeou amor
e agora está colhendo os frutos de
1. O louvor da sua família (Pv 31.28) sua semeadura. O bem que ela fez
Levantam-se seus filhos e lhe cha- ao marido está retornando sobre
mam ditosa; seu marido a louva, sua própria cabeça.
dizendo... .
A mulher virtuosa merece 3. Ela teme ao Senhor (Pv 31.30-31)
louvores e os primeiros a reco- Enganosa é a graça, e vã, a formo-
nhecer isso são os seus filhos. sura, mas a mulher que teme ao
Eles se levantam e a ovacionam, Senhor, essa será louvada (31.30).
entusiasmados! Eles a chamam Uma mulher que teme ao Se-
de bem-aventurada e a elogiam. nhor terá o louvor de Deus. A mu-
A maior coisa que seus filhos lher virtuosa é conhecida na terra
podem fazer é louvá-la e seguir e no céu. Sua vida é aprovada pelas
o seu bom exemplo. Porque en- pessoas e também por Deus. Apesar
sinou os filhos com sabedoria e de seus refinados dotes administra-
bondade, recebe agora o retorno tivos, ela é enaltecida por Deus por
de seu investimento. causa de seu coração humilde.
51
Lição 8 - Provérbios 31: Sabedoria para a Mulher Cristã
APLICAÇÃO PESSOAL
Quando aplicarmos o coração ao temor do Senhor e nos dedicarmos
às pessoas ao nosso redor, as virtudes que tornaram notável a mulher
virtuosa fluirão em nossa vida no dia a dia, para a glória do Senhor!
RESPONDA
1) O que significa mulher virtuosa no contexto do Livro de Provérbios?
3) O que realmente faz toda a diferença na vida dessa tão decantada mulher?
52
LIÇÃO 9
ECLESIASTES 1 a 4: AS EXPERIÊNCIAS DA
VIDA
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA • Entender a vida como um traba-
Em Eclesiastes 1, 2, 3 e 4 há 18, 26 e 22 lho árduo e sem sentido na con-
e 16 versos, respectivamente. Sugerimos cepção do autor de Eclesiastes.
começar a aula lendo, com todos os pre- • Compreender essas duas di-
sentes, Eclesiastes 1.1-11; 3.1-15 (5 a 7 mensões: tempo e eternidade.
min.). • Analisar a dualidade e conflitos
A revista funciona como guia de estu- da vida segundo o Pregador.
do e leitura complementar, mas não
substitui a leitura da Bíblia PARA COMEÇAR A AULA
Caro(a) professor(a), o livro de
Eclesiastes foi escrito pelo "prega- Comece sua aula explicando que
dor” (1.1). É provável que o título Eclesiastes não é uma narrativa que
vem de Ecclesiastes, a forma latina segue uma trama abrangente, exi-
da palavra grega para pregador. bindo de maneira fácil e identificável
Isso explica o estilo, que é o de um início, um clímax em algum lugar
quem ensina através de um ser- no meio, e uma conclusão. O que uni-
mão, ou talvez de vários sermões fica o livro é a declaração de que há
ou afirmações orais. O tema da sua uma alegria dada por Deus que pode
tese é avaliar os benefícios, se é que ser encontrada na vida, embora uma
existem, de viver e trabalhar para o nota grave de “sopro”, “névoa”, “tran-
prazer, para si e para o pecado, en- sitoriedade” ou “mudança” seja toca-
quanto Deus e as Suas reivindica- da no contexto da busca mais básica
ções são negligenciadas. A palavra por algum tipo de ponto fixo de refe-
“pregador” também contém a ideia rência e sentido no trabalho pessoal.
de ajuntar ou convocar uma as- Eclesiastes indica o saber e o viver
sembleia (no grego, ekklesia). Des- que trazem prazer à própria vida e
sa forma, entendemos que o povo alegria em funções básicas da vida.
é convocado a se reunir para ouvir
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
o pregador, visto que Salomão este-
ja juntando as experiências da sua 1) Analisando
2) Errado
vida para instruir o povo a respeito
3) Dois
dos erros que ele cometeu.
I
Lição 9 - Eclesiastes 1 a 4: As Experiências da Vida
LEITURA ADICIONAL
Livro: “A Mensagem de Eclesiastes” (Kidner, Derek. São Paulo: Abu Editora, 1998,
p. 5,6).
II
Estudada em ___/___/____
DA VIDA INTRODUÇÃO
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
S T Q Q S S
Ec 1 Ec 2 Ec 2 Ec 3 Ec 3 Ec 4
1-17 1-11 12-26 1-15 16-22 1-16
53
Lição 9 - Eclesiastes 1 a 4: As Experiências da Vida
54
Lição 9 - Eclesiastes 1 a 4: As Experiências da Vida
lho”, mas “labor”, que enfatiza a can- pessoas. Elas simplesmente não
seira do trabalho. Ele explica a razão podem, em si mesmas, substituir
desta declaração: “visto como eu ha- a alegria que vem de se temer a
via de deixá-lo ao homem que viesse Deus e conhecê-lo. Deus dá essa
depois de mim. E quem sabe se será capacidade àqueles que começam
sábio ou tolo? Contudo, ele se asse- pelo “temor”, isto é, crendo Nele. É
nhoreará de todo o meu trabalho em aqui que a alegria começa e conti-
que trabalhei e em que me houve nua – no próprio Deus.
sabiamente debaixo do Sol; também
isso é vaidade”. II. O TEMPO E A
A tristeza do pregador não é so- ETERNIDADE (Ec 3.1-22)
mente porque as coisas materiais
não trouxeram satisfação, mas por- Tempo e eternidade, vida e morte
que tudo que ele tinha acumulado são "ingredientes" que constituem
seria deixado para outros sobre os nossa breve existência neste mundo
quais ele não teria nenhum controle. e que não devem ser ignorados.
Enquanto ele meditava nestas coi-
sas, ele diz que elas fizeram com que 1. Tudo tem o seu tempo(Ec 3.1-2)
o seu “coração perdesse a esperança Tudo tem o seu tempo determinado,
de todo trabalho em que trabalhei e há tempo para todo propósito de-
debaixo do Sol” (v.20). Além de não baixo do céu (3.1)
poder controlar quem herda os seus Não é preciso ser filósofo para
bens, a pessoa que o suceder recebe- saber que "tempos e as estações"
rá tudo sem ter trabalho. são uma parte normal da vida onde
quer que a pessoa se encontre. Se
3. É correr atrás do vento as "leis naturais" determinadas por
(Ec 2.24-26) Deus não fossem confiáveis, a ciên-
Porque Deus dá sabedoria, conhe- cia e a vida diária seriam caóticas,
cimento e prazer ao homem que lhe para não dizer impossíveis. Não
agrada; mas ao pecador dá traba- apenas este mundo possui tempos
lho, para que ele ajunte e amontoe, e estações como também há uma
a fim de dar àquele que agrada a providência que prevalece em nos-
Deus. Também isso é vaidade e cor- sa vida. Desde antes de nosso nas-
rer atrás do vento (2.26). cimento até o momento de nossa
O propósito da vida não pode morte, Deus está realizando seus
ser encontrado nas próprias coi- propósitos, mesmo que nem sem-
sas deste mundo. Todas as coisas pre sejamos capazes de entender o
que chamamos de “bens” da vida que Ele está fazendo.
– a saúde, a riqueza, as posses, o Em 14 afirmações, Salomão de-
poder, os prazeres, as honras e o clara que Deus trabalha na vida de
prestígio – escapam das mãos das cada indivíduo procurando realizar
55
Lição 9 - Eclesiastes 1 a 4: As Experiências da Vida
sua vontade. Todos esses aconte- cremos em Jesus Cristo, somos filhos
cimentos vêm de Deus e são bons de Deus e estamos sendo prepara-
em seu devido tempo. A inferência é dos para um lar eterno (Jo 14.1-6).
clara: se cooperarmos com o tempo Nas palavras do pastor Thomas Wat-
de Deus, a vida terá sentido. Tudo son: "Para os piedosos, a eternidade
será "formoso no seu devido tem- é um dia no qual o Sol nunca se põe.
po" (v. 11), até mesmo as experiên- Para os perversos, é uma noite na
cias mais difíceis. qual o Sol nunca nasce".
Se tememos a Deus, não precisa-
2. A eternidade do homem mos ter medo de coisa alguma, pois
(Ec 3.11-14) ele está no controle de tudo e quan-
Tudo fez Deus formoso no seu devi- do entrarmos na eternidade com-
do tempo; também pôs a eternidade preenderemos melhor o seu plano
no coração do homem, sem que este como um todo.
possa descobrir as obras que Deus fez
desde o princípio até ao fim (3.11). 3. A morte é certa para todos
A vida do ser humano é ligada (Ec 3.20-22)
à eternidade, a Deus (v. 11). O ho- Todos vão para o mesmo lugar; to-
mem foi criado à imagem de Deus, dos procedem do pó e ao pó tornarão
recebeu domínio sobre a criação (3.20).
(Gn 1.26-28) e, portanto, é diferente Vida, morte, tempo e eternida-
do resto da criação. Isso explica por de: todos são "ingredientes" que
que ninguém (inclusive Salomão) é constituem nossa breve existência
capaz de desvendar os enigmas da neste mundo e que não devem ser
vida (1.12- 2.11) e se satisfazer ple- ignorados. O plano de Deus abran-
namente com seus empreendimen- ge todas as coisas na vida dos seres
tos e realizações. humanos, desde o dia em que nas-
A vida parece passageira, mas cemos até o dia em que morremos.
aquilo que Deus faz dura para sem- Ele nos concede tempo para todas
pre, de modo que, ao viver para ele as coisas e sem dúvida, nos pedirá
e deixar que faça sua vontade, a vida conta quando a história tiver che-
torna-se significativa e viável. Em gado ao fim.
vez de nos queixarmos daquilo que A morte equaliza e torna inútil a
não temos, vamos desfrutar aquilo maioria das nossas atividades diá-
que temos e agradecer a Deus por rias. Ela devora os sábios e os tolos,
essas dádivas. os ricos e os pobres, não importando
Como é possível a vida ser mo- quem você é ou o que fez - seja bom
nótona e sem sentido quando Deus ou ruim - todos vamos morrer, inevi-
nos fez parte de seu plano eterno? tavelmente. Infelizmente, poucos re-
Não somos criaturas insignificantes fletem acerca do seu modo de viver,
arrastando-se para um triste fim. Se tendo em vista a certeza da morte.
56
Lição 9 - Eclesiastes 1 a 4: As Experiências da Vida
É bom ter cuidado para não in- balhador a satisfação que ele deve-
terpretar incorretamente os versí- ria experimentar. Apesar de ser ne-
culos 19 e 20 e chegar à conclusão cessário evitar a preguiça, também
equivocada de que não existe dife- é preciso controlar o ímpeto de tra-
rença alguma entre os seres huma- balhar só para superar os demais.
nos e os animais. No versículo 21, O pouco acompanhado de descan-
Salomão mostra que apesar do cor- so é melhor do que a abundância
po dos homens e animais voltarem motivada pela inveja.
ao pó depois que morrem, o espírito A pessoa que trabalha inces-
do ser humano vai para Deus (Ec santemente motivada por sua ga-
12.7). A verdade é que o espírito do nância nunca se satisfaz com o que
ser humano é eterno e responsável adquire. Trabalhar por trabalhar
diante de Deus, mas os animais, ao também é vaidade. Portanto, em
contrário, não possuem espírito. lugar da competitividade cruel,
O Pregador encerra essa seção Salomão recomenda a moderação.
nos lembrando, mais uma vez, que
devemos valorizar a vida que Deus 2. O valor do companheirismo
nos concede e desfrutá-la enquanto (Ec 4.9-12)
podemos (v. 22). Melhor é serem dois do que um,
porque têm melhor paga do seu
III. PROBLEMAS DA VIDA trabalho (4.9).
(Ec 4.1-16) Em cada um dos ensinos dos
versículos 9-12, as vantagens da
Salomão tinha uma alma sen- cooperação e do companheirismo
sível, e isso aparece porque, entre são enfatizadas. Na verdade, se
outras coisas, ele tinha uma preocu- é melhor serem dois do que um,
pação muito terna com o sofrimen- três amigos fornecem uma cama-
to da humanidade e uma percepção radagem ainda maior. “Um cordão
acerca das aflições dos mais sim- de três dobras não se rompe com
ples. facilidade”.
A pessoa egoísta só se interes-
1. Movida por inveja (Ec 4.4-6) sa pela competição (v. 8) e perde
Então, vi que todo trabalho e toda as recompensas da cooperação
destreza em obras provêm da inve- (vs. 9-12). Deve-se preferir uma
ja do homem contra o seu próximo. vida partilhada, que propicia aju-
Também isto é vaidade e correr da (v.10), conforto (v.11) e defesa
atrás do vento (4.4). mútua (v.12); em lugar dos males
É possível que o Pregador este- da vida de solidão.
ja afirmando que o trabalho moti-
vado pelo desejo de passar à frente 3. A popularidade transitória
de outros não proporciona ao tra- (Ec 4.15-16)
57
Lição 9 - Eclesiastes 1 a 4: As Experiências da Vida
Era sem conta todo o povo que ele entre homenagens, tornar-se ve-
dominava; tampouco os que virão lho e ser esquecido como seu ante-
depois se hão de regozijar nele. Na cessor (15-16).
verdade, que também isto é vaida- O herói de hoje é o rejeitado de
de e correr atrás do vento (4.16). amanhã. Enquanto os governantes
Quão transitória e totalmen- tremem e procuram, diligentemen-
te temporária é a popularidade te, tornar seguro o seu trono, as pes-
conferida às pessoas! O que vale soas clamam por mudança e revolu-
ter grande poder e agir como um ção. O ser humano é instável: pode
insensato, senil e incapaz de dis- aplaudir efusivamente ao recém-
cernir que seus dias de governo se -chegado num instante, e no outro,
encerraram? Antes ser sábio, ainda vociferar: “crucifica-o!”. Como pode
que jovem e pobre, como José, e o plano de Deus abranger tamanhas
agir de modo tão proveitoso a pon- disparidades como essa? Só Deus
to de sair da prisão para o governo para conceber um plano que com-
do Egito. Tais são os constantes al- preende toda diversidade dos bi-
tos e baixos da vida, neles se pode lhões de seres humanos de todos os
ver um jovem rei, que fora recebido tempos, raças, tribos e nações.
APLICAÇÃO PESSOAL
Em Deus encontramos o verdadeiro sentido da vida. Sem Ele, a vida
se torna vazia e inútil, e tudo o que fazemos carece de relevância e
significado.
RESPONDA
1) No livro de Eclesiastes o Pregador está passando por uma experiência. Ele está
a vida.
58
LIÇÃO 10
ECLESIASTES 5 a 8: A CASA DE DEUS E
OS CONTRASTES DA VIDA
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA • Advertir para o perigo de palavras
Em Eclesiastes 5, 6, 7 e 8 há 20, 12, 29 e que são pronunciadas impensada-
17 versos, respectivamente. Sugerimos mente mesmo na adoração a Deus.
começar a aula lendo, com todos os pre- • Ponderar sobre a vaidade e inse-
sentes, Eclesiastes 5.1-20 (5 a 7 min.). gurança em relação às riquezas.
A revista funciona como guia de estu- • Mostrar que a vida é cheia de
do e leitura complementar, mas não injustiças e desigualdades e isso
substitui a leitura da Bíblia se contrapõe à sabedoria.
Salomão experimentou o mate-
rialismo, o fatalismo, o deísmo, mas PARA COMEÇAR A AULA
estes também eram vãos. A religião
natural, a riqueza, e mesmo a mo- Alerte os alunos acerca dos pro-
ralidade (7.1-12.12) mostraram-se blemas causados pela precipitação
igualmente inúteis. Na verdade, o (7.9). Palavras mal ponderadas po-
Eclesiastes nos mostra apenas o me- dem ser pronunciadas em angústia,
lhor que o homem é capaz de fazer ou em ressentimento. As palavras
fora do evangelho da graça de Deus. descuidadas são reflexo do que se
Salomão experimentou a vida ao má- passa no íntimo; porque é o coração
ximo. Ninguém poderia dar-lhe me- que pronuncia a palavra. Comente
lhor resposta para a grande pergunta: sobre a riqueza e sua insegurança,
“Vale a pena viver?” Ele experimentou pois ela não é garantia de satisfação;
a sabedoria (cap. 1); experimentou os o homem pode viver longos anos, ter
prazeres (cap. 2); experimentou as uma família grande, e ainda morrer
edificações (2.4); experimentou plan- insatisfeito e sem luto. A morte é ine-
tações (2.5, 6); experimentou criação vitável, não importando o quanto ela
e coleção de obras de arte (2.7, 8); demore a chegar.
experimentou o jogo monótono da
vida (cap. 3); experimentou a filoso-
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
fia estoica (cap. 4); experimentou o
ritualismo, a religião formal (cap. 5) e 1) Resposta livre
2) Falar e agir de forma contrária à de costume; recla-
conclui que tudo isso é vaidade.
mações contra Deus e o homem, fazer uso de meios
ilegítimos e desonrados para aliviar a si mesmo.
3) Sim.
I
Lição 10 - Eclesiastes 5 a 8: A Casa de Deus e os Contrastes da Vida
LEITURA ADICIONAL
II
Estudada em ___/___/____
VIDA INTRODUÇÃO
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
S T Q Q S S
Ec 4 Ec 5 Ec 5 Ec 6 Ec 7 Ec 8
1-16 1-7 8-20 1-12 1-29 1-17
59
Lição 10 - Eclesiastes 5 a 8: A Casa de Deus e os Contrastes da Vida
60
Lição 10 - Eclesiastes 5 a 8: A Casa de Deus e os Contrastes da Vida
61
Lição 10 - Eclesiastes 5 a 8: A Casa de Deus e os Contrastes da Vida
62
Lição 10 - Eclesiastes 5 a 8: A Casa de Deus e os Contrastes da Vida
63
Lição 10 - Eclesiastes 5 a 8: A Casa de Deus e os Contrastes da Vida
-se com diligência aos mistérios da para que cumpramos todas as pa-
vida. Concluiu que "o homem não lavras desta lei" (Dt 29.29). Deus
pode compreender a obra que se faz não espera que tenhamos conhe-
debaixo do sol". Talvez seja capazes cimento do incompreensível, mas
de solucionar um enigma aqui e ou- espera que aprendamos tudo o
tro ali, mas não há quem seja capaz que podemos e que obedeçamos
de compreender todas as coisas ou àquilo que ele nos ensina.
de explicar Deus. Só Deus tem co- Sua conclusão ante os contras-
nhecimento abrangente e completo. tes da vida é de que os caminhos de
Claro que esse fato não deve ser Deus são tão profundos que nem a
usado como desculpa para a igno- mais brilhante mente humana pode
rância. "As coisas encobertas per- esquadrinhar os mistérios da von-
tencem ao Senhor, nosso Deus, po- tade de Deus. Assim, não é pela ló-
rém as reveladas nos pertencem, a gica, mas pela fé, que o propósito de
nós e a nossos filhos, para sempre, Deus pode ser entendido e aceito.
APLICAÇÃO PESSOAL
Deus confere equilíbrio a nossa vida, dando-nos bênçãos suficientes
para nos manter felizes e fardos suficientes para nos manter humildes.
Isso ajuda a nos mantermos firmes e confiar no Senhor. Ele pode até
transformar fardos em bênçãos.
RESPONDA
1) Explique como você entende o texto de Eclesiastes 5.1.
2) Como pode ser a reação de um homem sábio oprimido por muito tempo?
64
LIÇÃO 11
ECLESIASTES 9 a 12: O FINAL DOS
VIVENTES
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA • Entender que o propósito de
Em Eclesiastes 9, 10, 11 e 12 há 18, Deus é para todo o ser vivente
20, 10 e 14 versos, respectivamente. e que nada foge ao Seu controle.
Sugerimos começar a aula lendo, • Estabelecer a diferença entre o sá-
com todos os presentes, Eclesiastes bio e o insensato debaixo do sol.
11.1 – 12.14 (5 a 7 min.). • Refletir sobre o envelhecimento e
A revista funciona como guia de estu- a morte; o envelhecimento chega
do e leitura complementar, mas não para alguns, a morte para todos.
substitui a leitura da Bíblia
O Pregador está chegando ao PARA COMEÇAR A AULA
fim do seu discurso. No decorrer do
livro, expôs com realismo as coisas Comece fazendo uma retros-
difíceis da vida. Enfatizou a futili- pectiva das lições estudadas sobre
dade e a frustração da sem Deus. o livro de Eclesiastes. São temas
Demonstrou a impossibilidade de mais ou menos avulsos, mas que
o homem entender seu mundo e exigem uma reflexão acurada, pois
a si mesmo sem a intervenção da este livro serve para provocar a
graça de Deus. Enfatiza também a
nossa busca por Deus e para cor-
brevidade da vida. A idade que vai
chegando traz consigo o declínio rigir o nosso relacionamento com
inevitável. A decadência e a morte Ele. O Pregador termina o livro de
trazem o Pregador de volta às suas Eclesiastes encontrando o signifi-
primeiras palavras. O fenômeno da cado e propósito da vida: temer a
morte é o exemplo supremo de rei- Deus e guardar Seus mandamen-
no terrenal, aquilo com que o Prega- tos (Ec 12.13).
dor começou (1.2). Tendo provado
sua tese, seu trabalho chega ao fim.
A essência da sabedoria consiste em
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
demonstrar temor reverente a Deus
por meio da obediência, pois é a Ele 1) Sim.
2) Como uma casa em ruínas.
que prestamos contas!
3) O temor ao Senhor
I
Lição 11 - Eclesiastes 9 a 12: O Final dos Viventes
LEITURA ADICIONAL
II
Estudada em ___/___/____
INTRODUÇÃO
I. ESTÍMULO E PROPÓSITO PARA
Texto Áureo VIDA Ec 9.1-18
“Lembra-te do teu Criador nos 1. Refeições alegres Ec 9.7
dias da tua mocidade, antes que 2. Vestes alvas e óleo sobre a cabeça
venham os maus dias, e cheguem Ec 9.8
os anos dos quais dirás: Não tenho
3. Desfrute do Casamento e do
neles prazer.”
trabalho Ec 9.9,10
Eclesiastes 12.1
II. A VIDA E A JUVENTUDE Ec 11.1-12.1
1. Alegra-te jovem Ec 11.9,10
2. Caminhos do coração e olhos Ec 12.1b
3. Deus te pedirá conta Ec 12.1c
III. O IDOSO E A MORTE Ec 12.1-14
1. Lembra do teu criador Ec12.1
2. Idade avançada e a morte Ec 12.2-7
3. Resumo final Ec 12.13,14
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
S T Q Q S S
Ec 9 Ec 9 Ec 10 Ec 10 Ec Ec
1-10 11-18 1-10 11-20 11 12
65
Lição 11 - Eclesiastes 9 a 12: O Final dos Viventes
66
Lição 11 - Eclesiastes 9 a 12: O Final dos Viventes
67
Lição 11 - Eclesiastes 9 a 12: O Final dos Viventes
68
Lição 11 - Eclesiastes 9 a 12: O Final dos Viventes
zer que essas etapas da vida sejam Como é fácil deixar o Senhor de
irrelevantes e representem perda lado quando nos envolvemos com
de tempo. Pelo contrário! A melhor os prazeres e as oportunidades da
maneira de experimentar a felicida- juventude! Devemos considerar que
de na vida adulta e o contentamen- os anos chegarão, de modo que pre-
to na velhice é começar logo cedo na cisamos lançar alicerces espirituais
vida e evitar as coisas que causarão firmes o quanto antes em nossa vida.
problemas no futuro. Os jovens que
cuidam da mente e do corpo, que 2. Idade avançada e a morte
evitam os pecados destrutivos da (Ec 12.2-7)
carne e que constroem bons hábitos E o pó volte à terra, como o era, e o
de saúde e de santidade têm mais espírito volte a Deus, que o deu.
chance de ser felizes na vida adul- Os versículos 3 a 7 oferecem uma
ta do que aqueles que se entregam descrições curiosa, figurada e fiel
às loucuras da juventude e depois a medida que os anos avançam e a
oram pedindo para não sofrer as morte se aproxima. Os estudiosos
consequências. "Os pecados da ju- consideram essa passagem como um
ventude lançam os alicerces para as retrato de uma casa se deteriorando,
aflições da velhice", afirmou corre- por fim, cai e transforma em pó. Casa
tamente Charles Spurgeon. ou tabernáculo é uma das metáforas
bíblicas para o corpo humano (Jó
III. O IDOSO E A MORTE 4.19; 2 Co 5.1,2; 2 Pe 1.13, e derrubar
(Ec 12.1-14) uma casa ou tenda é uma figura da
morte. Enfim, vamos para o lar eter-
1. Lembra do teu criador (Ec12.1) no e as pessoas choram por nossa
Lembra-te do teu Criador nos dias morte”. Então, o corpo, feito de terra,
da tua mocidade, antes que venham volta à terra. Mas o espírito vai para
os maus dias, e cheguem os anos dos Deus, que foi quem originalmente o
quais dirás: Não tenho neles prazer. deu ao homem. Tudo isso deve ser
Ao concluir o seu tratado sobre levado em conta enquanto vivemos.
como a vida deve ser desfrutada,
de acordo com o plano de Deus, 3. Resumo final (Ec 12.13,14)
Salomão roga que evitem tristezas De tudo o que se tem ouvido, a
e infortúnios futuros, ao decidirem suma é: Teme a Deus e guarda
“lembrar-se” de seu Criador em sua os seus mandamentos; porque isto
mocidade. O termo bíblico “lem- é o dever de todo homem. Porque
bra-te” significa prestar atenção, Deus há de trazer a juízo todas as
considerar. É mais do que um mero obras, até as que estão escondidas,
ato de recordação mental. Envolve quer sejam boas, quer sejam más.
uma ação decisiva como resposta a Nossa vida é uma dádiva de
essa recordação. Deus. Somos mordomos de nossa
69
Lição 11 - Eclesiastes 9 a 12: O Final dos Viventes
APLICAÇÃO PESSOAL
A conclusão dos livros de sabedoria é: Teme a Deus e guarda os seus man-
damentos; pois nisso está toda a sabedoria e o bem-estar do homem.
RESPONDA
1) De acordo com Eclesiastes 9.7-10, o pregador advoga a alegria, como parte da dádiva de Deus?
70
LIÇÃO 12
CÂNTICO 1 a 4: POEMAS E
CÂNTICOS DE AMOR NUPCIAL
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA • Informar como o perfume fazia
Em Cântico 1, 2, 3 e 4 há 17, 17, 11 e parte dos preparativos para a ce-
16 versos, respectivamente. Sugerimos rimônia especial do casamento.
começar a aula lendo, com todos os pre- • Entender o rito de uma cerimônia
sentes, Cântico 1.1 – 2.7 (5 a 7 min.). nupcial nos tempos de Salomão.
A revista funciona como guia de estu- • Mostrar como os elogios são signi-
do e leitura complementar, mas não ficativos para um relacionamento.
substitui a leitura da Bíblia
Cântico de Salomão é antes de PARA COMEÇAR A AULA
tudo uma canção de amor. É uma
história de amor que capta os an- Informe aos alunos que os rabi-
seios da noiva e do noivo. O livro, nos antigos chamavam Cântico de “O
cujo primeiro versículo identifica-o Santo dos Santos” e muitos comenta-
como sendo de Salomão, celebra o ristas o apontam como leitura proi-
mistério e a alegria do amor huma- bida entre os jovens judeus menores
no, o dom que Deus deu ao gênero de trinta anos. Tais rabinos afirma-
humano quando formou Adão e vam que era necessário ter certa
Eva um para o outro. Eruditos ju- maturidade para poder ler e enten-
deus têm tratado essa poesia como der Cântico. Assim, é importante que
uma alegoria do amor de Deus cada cristão se aproxime deste livro
por Israel e os cristãos a têm visto encantador com maturidade espiri-
como uma imagem do amor de Je- tual e reverência, isso por conta da
sus por Sua igreja, a ser consumada natureza sensível e delicada da lin-
na Segunda Vinda. Contudo, a me- guagem. Entre os leitores judeus, a
lhor perspectiva do texto enviden- linguagem seria comumente aceitá-
cia a celebração do dom de Deus do vel, porém, entre os cristãos, poderia
amor conjugal. É uma renovação soar indelicada e quase explícita.
da afirmação da visão bíblica que
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
entende a intimidade como recom-
pensa pelo casamento. 1) A sexualidade é uma dádiva a ser desfrutada
no casamento.
2) Sulamita e o rei Salomão
3) As palavras amorosas estimulam o amor
romântico.
I
Lição 12 - Cântico 1 a 4: Poemas e Cânticos de Amor Nupcial
LEITURA ADICIONAL
Livro: “Guia do Leitor da Bíblia: uma análise de Gênesis a Apocalipse: capítulo por
capítulo” (Richards, Lawrence O. Rio de Janeiro: CPAD, 2012. p. 404).
II
Estudada em ___/___/____
INTRODUÇÃO
Cântico 2.4
II. SEGUNDO CÂNTICO Ct 2.8-3.5
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
S T Q Q S S
Ct 1 Ct 1 Ct 2 Ct 2 Ct 3 Ct 4
1-11 12-17 1-10 11-17 1-11 1-16
71
Lição 12 - Cântico 1 a 4: Poemas e Cânticos de Amor Nupcial
72
Lição 12 - Cântico 1 a 4: Poemas e Cânticos de Amor Nupcial
73
Lição 12 - Cântico 1 a 4: Poemas e Cânticos de Amor Nupcial
74
Lição 12 - Cântico 1 a 4: Poemas e Cânticos de Amor Nupcial
75
Lição 12 - Cântico 1 a 4: Poemas e Cânticos de Amor Nupcial
APLICAÇÃO PESSOAL
Jesus sabia que o antigo testamento se refere a muitos indivíduos
polígamos, incluindo Salomão, mas ainda assim sustentou o princípio
divino da criação e da felicidade: homem se unirá à sua mulher, serão
uma só carne, e não se separem.
RESPONDA
1) Qual a mensagem central do livro de Cânticos?
76
LIÇÃO 13
CÂNTICO 5 a 8: CÂNTICOS FINAIS
SOBRE A FORÇA DO AMOR
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA • Enfatizar a satisfação mútua ex-
Em Cântico 5, 6, 7 e 8 há 16, 13, 13 e pressa pelo amor que os une.
14 versos, respectivamente. Sugerimos • Mostrar como era celebrado o
começar a aula lendo, com todos os pre- amor com elogios entre os noivos.
sentes, Cântico 8.1-14 (5 a 7 min.). • Entender a natureza e o poder
A revista funciona como guia de estu- do amor entre duas pessoas.
do e leitura complementar, mas não
substitui a leitura da Bíblia PARA COMEÇAR A AULA
Caro (a) professor. Chegamos à úl-
tima lição. Foi um desafio condensar Comece a sua aula fazendo uma
o livro de Jó, Provérbios, Eclesiastes análise rápida dos livros que foram
e Cântico em apenas 13 lições. No estudados e o aproveitamento para
entanto, foi uma experiência singu-
a vida espiritual de cada aluno. Al-
lar pois, os assuntos contidos nestes
livros não puderam ser esgotados guns alunos poderão compartilhar
neste espaço e há muito ainda por ex- o que aprenderam e lhes serviu de
plorar e aprender nos ensinamentos estímulo com o sofrimento de Jó,
que esses livros poéticos e sapienciais os bons conselhos do Pregador em
nos proporcionam. O sofrimento de Provérbios, a brevidade da vida em
Jó, em última instância, levou-o a ter Eclesiastes e o compromisso entre
um entendimento mais profundo e
um homem e uma mulher expres-
por meio da experiência pessoal com
Deus (Jó 42.5). O livro de Provérbios sos com riqueza de detalhes em
está repleto de conselhos práticos Cântico de Salomão. Faça uma apli-
para ajudar-nos em todos os tipos de cação à vida cristã nos dias de hoje.
situação. O livro de Eclesiastes nos en-
coraja a fazer uma observação longa e
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
sensata do mundo e de como a vida
1) Que ele era o mais homem mais distinto de
pode ser breve aqui e Cântico fala de Jerusalém.
amor e romance, que são aspectos 2) Um sinal de propriedade e compromisso oficial.
importantes da vida humana. 3) A força do compromisso do verdadeiro amor e o
cuidado em relação ao ciúme negativo.
I
Lição 13 - Cântico 5 a 8: Cânticos finais sobre a força do amor
LEITURA ADICIONAL
II
Estudada em ___/___/____
DO AMOR INTRODUÇÃO
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
S T Q Q S S
Ct 5 Ct 5 Ct 6 Ct 7 Ct 7 Ct 8
1-9 10-16 1-13 1-9 10-13 1-14
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Lição 13 - Cântico 5 a 8: Cânticos finais sobre a força do amor
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Lição 13 - Cântico 5 a 8: Cânticos finais sobre a força do amor
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Lição 13 - Cântico 5 a 8: Cânticos finais sobre a força do amor
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Lição 13 - Cântico 5 a 8: Cânticos finais sobre a força do amor
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Lição 13 - Cântico 5 a 8: Cânticos finais sobre a força do amor
APLICAÇÃO PESSOAL
Vivemos numa sociedade em que a instituição da fidelidade matri-
monial tem sido atacada e a promiscuidade sexual extraconjugal é
colocada num pedestal. Temos a responsabilidade de ser exemplo
e de preparar os mais jovens para um casamento feliz, segundo os
princípios divinos. Não podemos calar.
RESPONDA
1) O que a Sulamita queria dizer sobre o seu amado ser “o mais distinguido entre dez mil”?
3) O que fica expresso na frase: “porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultu-
ra, o ciúme?”
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Propaganda exclusiva da revista do professor
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