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Força elástica é uma força física associada à compressão ou tração de corpos que
têm elasticidade (molas, borrachas e outros tipos de elásticos em geral). Didaticamente
falando, é a força necessária para deformar (seja diminuindo, seja aumentando o
comprimento) um corpo elástico qualquer.
Dica
Como o próprio termo “elástica” sugere, ao ler sobre esse tipo de força, você deve
automaticamente concluir que o problema físico em questão se trata de objetos que
obrigatoriamente serão deformados, ou seja, sofrerão variações em relação ao seu
comprimento inicial.
Todo tipo de força na física é capaz de realizar um certo trabalho. Com a força elástica
não é diferente, sendo que o seu trabalho é dado pela multiplicação do valor numérico
da força elástica pelo deslocamento percebido após a sua aplicação.
Sendo assim, para calcular o trabalho da força elástica nessa ocasião, basta usar a
fórmula T = Fe x d, em que:
As unidades presentes nas duas fórmulas acima podem variar conforme o exercício,
porém, é muito comum aparecer nos exercícios e provas as unidades que foram
descritas acima, até porque elas seguem o Sistema Internacional — SI.
Constante elástica
A constante elástica de um corpo geralmente é representada pela letra “k”, e é um
parâmetro físico que quantifica a deformação do objeto (em relação ao seu comprimento
inicial) conforme o esforço o qual ele está sendo solicitado.
Exemplo
Imagine que a constante elástica K de uma mola seja de 100 N/m. Isso significa que
para que essa mola sofra uma deformação de 1 metro em seu comprimento (tanto para
comprimir quanto para esticar) é necessária uma força equivalente a 100 newtons
aplicada sobre ela.
Aplicação
O projeto de estruturas na construção civil usa as equações derivadas da teoria da
elasticidade para dimensionar as colunas, vigas e lajes. De acordo com o peso que esses
elementos vão suportar, além de seu peso próprio, e dos materiais utilizados (concreto ou
aço), as máximas tensões calculadas não podem exceder o seu limite de escoamento.
Como ilustração, o módulo de elasticidade do aço comum, usado nas perfis estruturais é
de 21 000 kgf/mm2 e o limite de escoamento é de cerca de 21 kgf/mm2. Um fio de aço de
2 milímetros de diâmetro e 1 metro de comprimento, com uma pessoa pendurada a ele
pesando 60 kg, fica aproximadamente 1 milímetro maior devido a esse peso, e não se
rompe. Volta a ficar com 1 m após ser liberado da carga.
Na construção mecânica, principalmente na aviação, onde não se pode abusar do recurso
de superdimensionar os elementos estruturais para aumentar sua resistência, (o avião
ficaria desnecessariamente pesado e portanto anti-econômico), o cálculo preciso é
fundamental. Como as formas muitas vezes são complexas e difíceis de equacionar
matematicamente, a solução é o uso da aproximação pelo método dos elementos finitos.
Com o crescente poder de computação, esse método passou a ser largamente utilizado
pela indústria a partir do final do século XX
Inelasticidade
Acima de uma determinada tensão, conhecida como limite elástico ou limite de
escoamento, a relação entre tensões e deformações se quebra. Além deste limite, o
sólido pode deformar-se irreversivelmente, exibindo um comportamento plástico. O início
da deformação plástica significa normalmente o colapso de uma estrutura.
Além disso, não só os sólidos exibem elasticidade. Alguns fluidos não-Newtonianos, como
os fluidos viscoelasticos, também vão exibir elasticidade em certas condições.
Fundamentação teórica
A elasticidade é estudada pela 'teoria da elasticidade, que por sua vez é parte
da mecânica de sólidos deformáveis. A teoria da elasticidade (TE) como a mecânica de
sólidos (MS) deformáveis descreve como um sólido (ou fluido totalmente confinado) se
move e deforma como resposta a forças exteriores. A diferença entre a TE e a MS é que a
primeira só trata sólidos em que as deformações são termodinamicamente reversíveis.
A propriedade elástica dos materiais está relacionada, como se tem mencionado, com a
capacidade de um sólido de sofrer transformações termodinâmicas reversíveis.
Quando sobre um sólido deformável atuam forças exteriores e este se deforma se produz
um trabalho destas forças que se armazena no corpo em forma de energia potencial
elástica e portanto se produzirá um aumento da energia interna. O sólido se comportará
elasticamente se este incremento de energia pode realizar-se de forma reversível, neste
caso dizemos que o sólido é elástico.
Tensão
Deformação
Em teoria linear da elasticidade dada a pequena dimensão das deformações é
uma condição necessária para poder assegurar que existe uma relação linear
entre os deslocamentos e a deformação. Sob essas condições a deformação
pode ser representada adequadamente mediante o tensor deformação
infinitesimal que vem a ser dado por:
Equações de equilíbrio
As equações de equilíbrio se dão basicamente
pelo somatório de forças igualado a zero (em um
caso estático). Existem dois tipos de força:
Forças de Corpo: Atua em todos os pontos do
corpo, internos e externos. É uma força por
unidade de volume.
,sendo a força de corpo.
Forças de Superície: Força distribuída aplicada
na superfície do corpo, cuja unidade é força por
unidade de área.
,sendo a força de superfície distribuída.
Dentro das forças de superfície, existem as força
de superfície interna, que representam as
interações internas entre partes adjacentes de
um corpo.
Equilíbrio interno
Quando as deformações não variam com o
tempo, podemos igualar o somatório de forças
com zero. Aplicando o somatório de forças sobre
um pequeno volume , limitado por uma
superfície em torno de um ponto temos:
Utilizando a fórmula de Cauchy
, onde é o sentido da superfície normal à força. Posso escrever:
Utizando o Teorema da divergência tenho:
E assim pode-se escrever:
Como pode ser menor que qualquer valor
arbitrado:
O qual implica que campo de tensões
dado pelo tensor tensão representa um
estado de equilíbrio com as forças de
corpo b = (bx,by,bz) em todo ponto do
sólido,assim o campo de tensões satisfaz
estas condições de equilíbrio:
Equilíbrio no contorno
Além das últimas equações
devem cumprir-se as
condições de contorno,
sobre a superfície do sólido,
que relacionam o vetor
normal à mesma n = (nx,ny,nz)
(dirigido para o exterior) com
as forças por unidade de
superfície que atuam no
mesmo ponto da
superfície f = (fx,fy,fz):
Problema elástico
Um problema elástico linear fica definido pela geometria do sólido, as propriedades de tal
material, as forças atuantes e as condições de contorno que impõe restrições ao
movimento do corpo. A partir desses elementos é possível encontrar um campo de
tensões internas sobre o sólido (que permitirá identificar os pontos que suportam mais
tensão) e um campo de deslocamentos (que permitirá encontrar se a rigidez do elemento
resistente é a adequada para seu uso).Para solucionar o problema elástico são
necessárias as noções que tem sido descritas nas seções anteriores, que descrevem as
tensões, as deformações e os deslocamentos de um corpo. Todas estas grandezas são
descritas por 15 funções matemáticas:
Os seis componentes do tensor de tensões e.
As seis equações constitutivas, para um material elástico linear isotópico e homogêneo estas
equações são dadas pelas equações de Lamé-Hooke.
{\partial z}}\right)\right]+b_{x}=0}
{\partial z}}\right)\right]+b_{y}=0}
{\partial z}}\right)\right]+b_{z}=0}
{\displaystyle G\left[\Delta \mathbf {u} +{\frac {1}{1-2\nu }}\nabla (\nabla \cdot \mathbf {u} )\
resistência adequada,
rigidez adequada,
estabilidade global e elástica.
Se, além disso, o sólido em estudo não é um sólido elástico linear, temos de substituir
a equações de Lamé-Hooke por outro tipo de equações constitutivas capazes de dar conta
da não-linearidade material. Além das mencionadas existem outras não-linearidades em uma
teoria da elasticidade para grandes deformações. Resumindo as fontes de não
linearidade seriam:[1]
As equações de equilíbrio sobre o domínio ocupado pelo sólido, escrito em termos do segundo
tensor de Piola-Kirchhoff são não lineares: {\displaystyle {\mbox{div}}({\boldsymbol {\nabla }}\
phi \Sigma _{R})=\mathbf {b} _{R}} y {\displaystyle \nabla \phi \Sigma _{R}\mathbf {n}
in \mathbb {R} ^{3}} é o difeomorfismo que dá a relação entre os pontos antes e depois
da deformação.
Em alguns casos, como as cargas mortas as forças que aparecem nos segundos membros das
equações expressadas no domínio de referência incluem não linearidades, por exemplo
quando na configuração deformada aparece uma pressão normal à superfície, isso comporta
que {\displaystyle \mathbf {f} _{S,R}=-p\det({\boldsymbol {\nabla }}\phi )[{\boldsymbol {\nabla
Deformação
Uma deformação elástica finita implica um alteração de forma de um corpo, devido à condição
de reversibilidade essa alteração de forma vem representada por um difeomorfismo.
Formalmente se {\displaystyle K\;\subset \mathbb {R} ^{3}} representa a forma do corpo
end{cases}}}
mathbf {F} } que não é outra coisa que a matriz jacobiana da transformação anterior:
{\displaystyle \mathbf {D} _{m}(X,Y,Z)={\frac {1}{2}}(\mathbf {F} ^{T}\mathbf {F} -\mathbf {1} )\
qquad \qquad \mathbf {D} _{e}(x,y,z)={\frac {1}{2}}(\mathbf {1} -\mathbf {F} ^{-T}\mathbf {F}
^{-1})}
O primeiro dos dois tensores deformação recibe o nome de tensor de deformação de Green-
Lagrange, enquanto que o segundo deles é o tensor deformação de Almansi. Além destes
tensores nas equações constitutivas, por simplicidade de cálculo, se usam os tensores de
Cauchy-Green direito e esquerdo:
{\displaystyle \mathbf {C} (X,Y,Z)=\mathbf {F} ^{T}\mathbf {F} ,\qquad \qquad \mathbf {B}
Equações constitutivas
Existem muitos modelos de materiais elásticos não lineares diferentes. Entre eles se destaca a
família de materiais hiperelásticos, no qual a equação constitutiva pode ser derivada de um
potencial elástico W que representa a energia potencial elástica. Este potencial elástico
comumente é uma função dos invariantes algébricos do tensor deformação de Cauchy-Green:
{\displaystyle \mathbf {T} =\chi _{1}(\mathbf {I} -2\mathbf {D} _{e})+\chi _{0}\mathbf {I} +\chi
Onde:
{\partial I_{k}}}}
Se desenvolve-se [3] até primera ordem se obtem a equação constitutiva da elasticidade linear
para um sólido isotrópico, que depende só de duas constantes elásticas:
{\displaystyle \mathbf {T} =\lambda ({\mbox{tr}}\mathbf {D} )\mathbf {I} +2\mu \mathbf {D} ,\
Onde nessa expressão assim como nas seguintes se aplicará a convenção da soma de de
Einstein para sub-índices repetidos. Um material cuja equação constitutiva tem a forma linear
anterior se conhece como material de Saint Venant-Kirchhoff. Se desenvolve-se a
expressão [3] até segunda ordem então aparecem mais quatro constantes elásticas:
{\displaystyle \mathbf {T} =\lambda ({\mbox{tr}}\mathbf {D} )\mathbf {I} +2\mu \mathbf {D} +\
nu _{1}({\mbox{tr}}\mathbf {D} ^{2})+\nu _{2}({\mbox{tr}}\mathbf {D} )^{2}+\nu _{3}({\
Um material cuja equação constitutiva é dada pela equação anterior se conhece como material
de Murnaghan.[3] Em componentes se tem:
Ou, equivalentemente:
Dinamômetro
Dinamômetros são instrumentos utilizados para medir força (algumas vezes
o peso, outras a tração em um fio) tendo como base a Lei de Hooke.
Sua escala de força usa uma mola, em seu interior, que é deformada sob a
ação da força. Como a deformação é proporcional à força (Lei de Hooke), o
que sua escala faz é multiplicar a deformação pela constante da mola, de modo
a informar a força.
Dinamômetro.
A reação do peso de um
corpo localiza-se no centro de massa da Terra
Quando deixamos um objeto cair, vemos que ele se move em
direção à Terra porque a força peso, também chamada de força
gravitacional, atrai o corpo para baixo. Como o peso é uma força
de atração gravitacional, não podemos confundi-lo com massa.
Embora no dia a dia algumas pessoas tratem massa e peso
como sendo a mesma coisa, na Física elas são totalmente
diferentes. A massa de um corpo está associada à inércia,
enquanto que o peso é a força de atração gravitacional que o
planeta exerce sobre o objeto.
O peso e a terceira lei de Newton
Como você já sabe, para toda ação existe uma reação. Se a
Terra atrai um corpo com uma força gravitacional chamada de
peso, então o corpo atrai a Terra com força de igual módulo,
porém com sentido contrário.
Resumidamente, podemos escrever:
Módulo: P=m .g (onde g é a aceleração da gravidade local e m é
a massa do corpo).
Direção: sobre a linha que une o centro do corpo e o centro do
planeta (vertical).
Sentido: para o centro do planeta (para baixo).
O peso depende do local onde é determinado
O peso de um corpo depende do local onde é determinado. Uma
explicação pode ser encontrada na própria equação do peso,
afinal ele depende da aceleração da gravidade e se ela variar, o
peso variará proporcionalmente.
Considere um corpo de peso PT aqui na Terra. Se esse corpo for
levado da Terra a um outro planeta, cuja aceleração da gravidade
(g) é maior, a atração (peso) também será, isto é, o peso do
corpo no planeta (PP) será maior que o peso do mesmo corpo na
Terra (PT). Vejamos alguns exemplos:
A aceleração da gravidade no planeta Júpiter é 2,37 maior que a
da Terra, logo, o peso dos corpos em Júpiter é 2,37 vezes maior
que o peso dos mesmos corpos na Terra. A aceleração da
gravidade na Terra é 6 vezes superior à aceleração da gravidade
na Lua, assim o peso de um corpo na Terra é 6 vezes maior que
o peso do mesmo corpo na Lua.
Obs.: a massa do corpo não depende do local em que o objeto se
encontra. A massa de um corpo em Júpiter, na Terra e na Lua é
exatamente a mesma.
Peso de um corpo
Física
De acordo com suas experimentações, Newton percebeu que a força peso tem
a mesma direção de uma força que passa pelo centro da Terra, ou seja, a
direção do vetor peso é voltada para o centro da Terra, independentemente da
localização do objeto nas proximidades da Terra. Na figura acima, temos a
ilustração da força peso atuando sobre um objeto nas proximidades da Terra,
em que os pesos dos corpos possuem direções diferentes, porém estão ambos
orientados para o centro da Terra.
Referências
https://pt.wikipedia.org/wiki/Elasticidade
https://www.stoodi.com.br/blog/fisica/forca-elastica-o-que-e/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Elasticidade_(mec%C3%A2nica_dos_s%C3%B3lidos)
https://conhecimentocientifico.com/forca-elastica/
https://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/fe.php
https://querobolsa.com.br/enem/fisica/forca-elastica
https://querobolsa.com.br/enem/fisica/forca-elastica
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/peso-diferente-massa.htm
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/peso-um-corpo.htm