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Intrdução

Elasticidade é o ramo da física que estuda o comportamento de corpos materiais que se


deformam ao serem submetidos a ações externas (forças devidas ao contato com outros
corpos, ação gravitacional agindo sobre sua massa, etc.), retornando à sua forma original
quando a ação externa é removida.
Até um certo limite, dependente do material e temperatura, as tensões aplicadas são
aproximadamente proporcionais às deformações. A constante de proporcionalidade entre
elas é chamada módulo de elasticidade ou módulo de Young. Quanto maior esse módulo,
maior a tensão necessária para o mesmo grau de deformação, e portanto mais rígido é o
material. A relação linear entre essas grandezas é conhecida como lei de Hooke.
Força elástica

Força elástica é uma força física associada à compressão ou tração de corpos que
têm elasticidade (molas, borrachas e outros tipos de elásticos em geral). Didaticamente
falando, é a força necessária para deformar (seja diminuindo, seja aumentando o
comprimento) um corpo elástico qualquer.

Dica

Como o próprio termo “elástica” sugere, ao ler sobre esse tipo de força, você deve
automaticamente concluir que o problema físico em questão se trata de objetos que
obrigatoriamente serão deformados, ou seja, sofrerão variações em relação ao seu
comprimento inicial.

Trabalho da força elástica

Todo tipo de força na física é capaz de realizar um certo trabalho. Com a força elástica
não é diferente, sendo que o seu trabalho é dado pela multiplicação do valor numérico
da força elástica pelo deslocamento percebido após a sua aplicação.

Sendo assim, para calcular o trabalho da força elástica nessa ocasião, basta usar a
fórmula T = Fe x d, em que:

 T — trabalho, dado em joules;


 Fe — força elástica, dada em newtons;
 d — deslocamento, em metros.

Força elástica: fórmula

A fórmula para calcular a força elástica é Fe = k x X, em que:

 Fe — força elástica, dada em newtons;


 k — constante elástica do corpo, dada em newtons/metro;
 X — deformação percebida no corpo após a aplicação da Fe, dada em metros.

As unidades presentes nas duas fórmulas acima podem variar conforme o exercício,
porém, é muito comum aparecer nos exercícios e provas as unidades que foram
descritas acima, até porque elas seguem o Sistema Internacional — SI.

Constante elástica
A constante elástica de um corpo geralmente é representada pela letra “k”, e é um
parâmetro físico que quantifica a deformação do objeto (em relação ao seu comprimento
inicial) conforme o esforço o qual ele está sendo solicitado.

Exemplo

Imagine que a constante elástica K de uma mola seja de 100 N/m. Isso significa que
para que essa mola sofra uma deformação de 1 metro em seu comprimento (tanto para
comprimir quanto para esticar) é necessária uma força equivalente a 100 newtons
aplicada sobre ela.

Aplicação
O projeto de estruturas na construção civil usa as equações derivadas da teoria da
elasticidade para dimensionar as colunas, vigas e lajes. De acordo com o peso que esses
elementos vão suportar, além de seu peso próprio, e dos materiais utilizados (concreto ou
aço), as máximas tensões calculadas não podem exceder o seu limite de escoamento.
Como ilustração, o módulo de elasticidade do aço comum, usado nas perfis estruturais é
de 21 000 kgf/mm2 e o limite de escoamento é de cerca de 21 kgf/mm2. Um fio de aço de
2 milímetros de diâmetro e 1 metro de comprimento, com uma pessoa pendurada a ele
pesando 60 kg, fica aproximadamente 1 milímetro maior devido a esse peso, e não se
rompe. Volta a ficar com 1 m após ser liberado da carga.
Na construção mecânica, principalmente na aviação, onde não se pode abusar do recurso
de superdimensionar os elementos estruturais para aumentar sua resistência, (o avião
ficaria desnecessariamente pesado e portanto anti-econômico), o cálculo preciso é
fundamental. Como as formas muitas vezes são complexas e difíceis de equacionar
matematicamente, a solução é o uso da aproximação pelo método dos elementos finitos.
Com o crescente poder de computação, esse método passou a ser largamente utilizado
pela indústria a partir do final do século XX

Inelasticidade
Acima de uma determinada tensão, conhecida como limite elástico ou limite de
escoamento, a relação entre tensões e deformações se quebra. Além deste limite, o
sólido pode deformar-se irreversivelmente, exibindo um comportamento plástico. O início
da deformação plástica significa normalmente o colapso de uma estrutura.
Além disso, não só os sólidos exibem elasticidade. Alguns fluidos não-Newtonianos, como
os fluidos viscoelasticos, também vão exibir elasticidade em certas condições.

Elasticidade (mecânica dos sólidos)


Em física e engenharia, o termo elasticidade designa a propriedade mecânica de certos
materiais de sofrer deformações reversíveis, deformações elásticas quando se
encontram sujeitos à ação de forças exteriores e de recuperar a forma original se estas
forças exteriores se eliminam.

Fundamentação teórica
A elasticidade é estudada pela 'teoria da elasticidade, que por sua vez é parte
da mecânica de sólidos deformáveis. A teoria da elasticidade (TE) como a mecânica de
sólidos (MS) deformáveis descreve como um sólido (ou fluido totalmente confinado) se
move e deforma como resposta a forças exteriores. A diferença entre a TE e a MS é que a
primeira só trata sólidos em que as deformações são termodinamicamente reversíveis.
A propriedade elástica dos materiais está relacionada, como se tem mencionado, com a
capacidade de um sólido de sofrer transformações termodinâmicas reversíveis.
Quando sobre um sólido deformável atuam forças exteriores e este se deforma se produz
um trabalho destas forças que se armazena no corpo em forma de energia potencial
elástica e portanto se produzirá um aumento da energia interna. O sólido se comportará
elasticamente se este incremento de energia pode realizar-se de forma reversível, neste
caso dizemos que o sólido é elástico.

Teoria da Elasticidade Linear


Um caso particular de sólido elástico se apresenta quando as tensões e as deformações
estão relacionadas linearmente, mediante a seguinte equação constitutiva:
Quando isso ocorre dizemos que temos um sólido elástico linear. A teoria da
elasticidade linear é o estudo de sólidos elásticos lineares submetidos a pequenas
deformações de modo que os deslocamentos e deformações sejam "lineares", ou seja,
que os componentes do campo de deslocamentos u sejam muito aproximadamente
uma combinação linear dos componentes do tensor deformação do sólido. Em geral
um sólido elástico linear submetido a grandes deslocamentos não cumprirá esta
condição. Portanto a teoria da elasticidade linear só é aplicável a:

 Sólidos elásticos lineares, nos que tensões e deformações estejam relacionadas


linearmente (linearidade material).
 Pequenas deformações, é o caso em que deformações e deslocamentos estão
relacionados linearmente. Neste caso pode usar-se o tensor deformação de
engenhariapara representar o estado de deformação de um sólido (linearidade
geométrica). Que é uma simplificação do tensor deformação linear de Green-
Lagrange que é usado também para grandes deformações.
Devido aos pequenos deslocamentos e deformações a que são submetidos os corpos,
se usam as seguintes simplificações e aproximações para sistemas estáveis:

 As tensões se relacionam com as superfícies não deformadas


 As condições de equilíbrio se apresentam para o sistema não deformado
Para determinar a estabilidade de um sistema tem-se de apresentar as condições para
o sistema deformado.

Tensão

Componentes do tensor tensão em um ponto P de um sólido deformável.


A tensão em um ponto se define como o limite da força aplicada sobre uma pequena
região sobre um plano π que contenha o ponto dividido da área da região, ou seja, a
tensão é a força aplicada por unidade de superfície e depende do ponto escolhido, do
estado tensional do sólido e da orientação do plano escolhido para calcular o limite.
Pode provar-se que a normal ao plano escolhido nπ e a tensão tπ em um ponto estão
relacionadas por:
onde T é o chamado tensor tensão, também chamado tensor de tensões, que
fixada uma base vetorial ortogonal vem a ser representado por uma matriz
simétrica 3x3:
onde a primeira matriz é a forma comum de se escrever o tensor tensão em
física e a segunda forma usa as convenções comuns em engenharia. Dada
uma região em forma de ortoedro com faces paralelas aos eixos coordenados
situados no interior de um sólido elástico tensionado, as componentes σxx, σyy e
σzz dão conta de alterações de longitude nas três direções, mas que não
deformem os ângulos do ortoedro, enquanto que os componentes σxy, σyz e
σzx estão relacionados com a distorção angular que converteria o ortoedro em
um paralelepípedo.

Deformação
Em teoria linear da elasticidade dada a pequena dimensão das deformações é
uma condição necessária para poder assegurar que existe uma relação linear
entre os deslocamentos e a deformação. Sob essas condições a deformação
pode ser representada adequadamente mediante o tensor deformação
infinitesimal que vem a ser dado por:

Os componentes da diagonal principal contém as deformações normais


nas três direções consideradas, de alongamento ou encurtamento,
enquanto que as demais componentes do tensor significam as distorções
ou deformações angulares. Os componentes estão linearmente
relacionados com os deslocamentos mediante esta relação:

Equações constitutivas de Lamé-Hooke


As equações de Lamé-Hooke são as relações constitutivas de um
material elástico linear e têm a forma:

Em notação indicial (notação de Einstein) o somatório


apresentado na equação anterior pode ser ignorado, pois a
própria notação já pré-supõe as somas. No caso de um problema
unidimensional, σ = σ11, ε = ε11, C11 = E e a equação anterior se
reduz a:

onde E é o módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de


Young e G o módulo de elasticidade transversal ou módulo de
cisalhamento. Para caracterizar o comportamento de um
sólido elástico linear e isotrópico se requerem, além do
módulo de Young, outra constante elástica, chamada relação
de Poisson (ν) e o coeficiente de dilatação térmica (α). Por
outro lado, as equações de Lamé para um sólido elástico
linear e isotrópico podem ser deduzidas do teorema de Rivlin-
Ericksen, que podem escrever-se na forma:
Certos materiais mostram um comportamento só
aproximadamente elástico, mostrando por
exemplo variação da deformação com o tempo
ou fluência lenta. Estas deformações podem ser
permanentes ou após removidas as cargas do
corpo podem desaparecer (parcial ou
completamente) com o tempo (viscoplasticidade,
viscoelasticidade). Além disso, alguns materiais
podem apresentar plasticidade, ou seja, podem
chegar a exibir pequenas deformações
permanentes, pelo que as equações anteriores
em muitos casos tampouco constituem uma boa
aproximação do comportamento destes materiais.

Equações de equilíbrio
As equações de equilíbrio se dão basicamente
pelo somatório de forças igualado a zero (em um
caso estático). Existem dois tipos de força:
Forças de Corpo: Atua em todos os pontos do
corpo, internos e externos. É uma força por
unidade de volume.
,sendo a força de corpo.
Forças de Superície: Força distribuída aplicada
na superfície do corpo, cuja unidade é força por
unidade de área.
,sendo a força de superfície distribuída.
Dentro das forças de superfície, existem as força
de superfície interna, que representam as
interações internas entre partes adjacentes de
um corpo.
Equilíbrio interno
Quando as deformações não variam com o
tempo, podemos igualar o somatório de forças
com zero. Aplicando o somatório de forças sobre
um pequeno volume , limitado por uma
superfície em torno de um ponto temos:
Utilizando a fórmula de Cauchy
, onde é o sentido da superfície normal à força. Posso escrever:
Utizando o Teorema da divergência tenho:
E assim pode-se escrever:
Como pode ser menor que qualquer valor
arbitrado:
O qual implica que campo de tensões
dado pelo tensor tensão representa um
estado de equilíbrio com as forças de
corpo b = (bx,by,bz) em todo ponto do
sólido,assim o campo de tensões satisfaz
estas condições de equilíbrio:
Equilíbrio no contorno
Além das últimas equações
devem cumprir-se as
condições de contorno,
sobre a superfície do sólido,
que relacionam o vetor
normal à mesma n = (nx,ny,nz)
(dirigido para o exterior) com
as forças por unidade de
superfície que atuam no
mesmo ponto da
superfície f = (fx,fy,fz):

Problema elástico
Um problema elástico linear fica definido pela geometria do sólido, as propriedades de tal
material, as forças atuantes e as condições de contorno que impõe restrições ao
movimento do corpo. A partir desses elementos é possível encontrar um campo de
tensões internas sobre o sólido (que permitirá identificar os pontos que suportam mais
tensão) e um campo de deslocamentos (que permitirá encontrar se a rigidez do elemento
resistente é a adequada para seu uso).Para solucionar o problema elástico são
necessárias as noções que tem sido descritas nas seções anteriores, que descrevem as
tensões, as deformações e os deslocamentos de um corpo. Todas estas grandezas são
descritas por 15 funções matemáticas:
Os seis componentes do tensor de tensões e.

Os três componentes do vetor de deslocamentos:

Os seis componentes do tensor de deformações: e.


Para comprovar se cumprem-se estas relações, formadas por 15 funções, o seguinte
passo é comprovar se as relações descritas até agora bastam para descrever
completamente o estado de um corpo. Uma condição necessária para isto é que o número
de equações disponíveis coincida com o número de incógnitas. As equações disponíveis
são:
As três equações de equilíbrio de Cauchy.
As seis equações de compatibilidade de Saint-Venant, que asseguram que se os
deslocamentos e deformações estão adequadamente relacionados.

As seis equações constitutivas, para um material elástico linear isotópico e homogêneo estas
equações são dadas pelas equações de Lamé-Hooke.

Estas 15 equações igualam exatamente o número de incógnitas. Um método comum é


substituir as relações entre deslocamentos e deformações nas equações constitutivas, o qual
faz que se cumpram as equações de compatibilidade trivialmente. Por sua vez o resultado
desta substituição pode ser introduzida nas equações de equilíbrio de Cauchy o que converte o
sistema anterior em um sistema de três equações em derivadas parciais e três deslocamentos
como incógnita.

Desta maneira se chega a um sistema de 15 equações com 15 incógnitas. A formulação mais


simples para resolver o problema elástico é a chamada formulação de Navier. Esta formulação
reduz o sistema a um sistema de três equações diferenciais para os deslocamentos. Isto se
obtém inserindo nas equações de equilíbrio as equações próprias do material (chamadas
equações constitutivas), as equações dos deslocamentos e as equações das deformações.
Assim podemos expressar nosso sistema de equações em um sistema de três equações
diferenciais parciais. Se o reduzimos até os componentes do vetor de deslocamentos
chegamos às equações de Navier:

{\displaystyle G\left[{\frac {\partial ^{2}u_{x}}{\partial x^{2}}}+{\frac {\partial ^{2}u_{x}}{\partial


y^{2}}}+{\frac {\partial ^{2}u_{x}}{\partial z^{2}}}+{\frac {1}{1-2\nu }}{\frac {\partial }{\partial
x}}\left({\frac {\partial u_{x}}{\partial x}}+{\frac {\partial u_{y}}{\partial y}}+{\frac {\partial u_{z}}

{\partial z}}\right)\right]+b_{x}=0}

{\displaystyle G\left[{\frac {\partial ^{2}u_{y}}{\partial x^{2}}}+{\frac {\partial ^{2}u_{y}}{\partial


y^{2}}}+{\frac {\partial ^{2}u_{y}}{\partial z^{2}}}+{\frac {1}{1-2\nu }}{\frac {\partial }{\partial
y}}\left({\frac {\partial u_{x}}{\partial x}}+{\frac {\partial u_{y}}{\partial y}}+{\frac {\partial u_{z}}

{\partial z}}\right)\right]+b_{y}=0}

{\displaystyle G\left[{\frac {\partial ^{2}u_{z}}{\partial x^{2}}}+{\frac {\partial ^{2}u_{z}}{\partial


y^{2}}}+{\frac {\partial ^{2}u_{z}}{\partial z^{2}}}+{\frac {1}{1-2\nu }}{\frac {\partial }{\partial
z}}\left({\frac {\partial u_{x}}{\partial x}}+{\frac {\partial u_{y}}{\partial y}}+{\frac {\partial u_{z}}

{\partial z}}\right)\right]+b_{z}=0}

que com o operador Nabla e o operador de Laplace são escritas como:

{\displaystyle G\left[\Delta \mathbf {u} +{\frac {1}{1-2\nu }}\nabla (\nabla \cdot \mathbf {u} )\

right]+\mathbf {b} =0}

Mediante considerações energéticas, pode-se demonstrar que essas equações apresentam


uma única solução.

Elasticidade e projeto mecânico

Em engenharia mecânica é frequente propor-se problemas elásticos para decidir a adequação


de um projeto. Em certas situações de interesse prático não é necessário resolver o problema
elástico completo, bastando apresentar-se um modelo simplificado e aplicar os métodos
da resistência de materiais para calcular aproximadamente tensões e deslocamentos. Quando
a geometria envolvida no projeto mecânico é complexa a resistência de materiais pode ser
insuficiente e a resolução exata do problema elástico inabordável do ponto de vista prático.
Nesses casos se usam habitualmente métodos numéricos como o método dos elementos
finitos para resolver o problema elástico de maneira aproximada.

Um bom projeto normalmente incorpora requisitos de:

resistência adequada,

rigidez adequada,
estabilidade global e elástica.

Teoria da Elasticidade não Linear

Em princípio, o abandono da hipótese de pequenas deformações obriga a usar um tensor


deformação não-linear e não-infinitesimal, como na teoria linear da elasticidade onde se usava
o tensor deformação linear infinitesimal de Green-Lagrange. Isso complica muito as equações
de compatibilidade. Além disso matematicamente o problema se complica, porque as
equações resultantes da anulação desse suposto incluem fenômenos de não-linearidade
geométrica (flambagem, abaulamento, snap-through,...).

Se, além disso, o sólido em estudo não é um sólido elástico linear, temos de substituir
a equações de Lamé-Hooke por outro tipo de equações constitutivas capazes de dar conta
da não-linearidade material. Além das mencionadas existem outras não-linearidades em uma
teoria da elasticidade para grandes deformações. Resumindo as fontes de não
linearidade seriam:[1]

O tensor deformação não se relaciona linearmente com o deslocamento {\displaystyle \mathbf

{u} } , concretamente é uma aplicação quadrática do gradiente de deformação: {\


displaystyle \mathbf {E} =({\boldsymbol {\nabla }}\mathbf {u} ^{T}+{\boldsymbol {\nabla }}\
mathbf {u} +{\boldsymbol {\nabla }}\mathbf {u} ^{T}{\boldsymbol {\nabla }}\mathbf {u} )/2}

Para muitos materiais a equação constitutiva é não-linear.

As equações de equilíbrio sobre o domínio ocupado pelo sólido, escrito em termos do segundo
tensor de Piola-Kirchhoff são não lineares: {\displaystyle {\mbox{div}}({\boldsymbol {\nabla }}\

phi \Sigma _{R})=\mathbf {b} _{R}} y {\displaystyle \nabla \phi \Sigma _{R}\mathbf {n}

_{R}=\mathbf {f} _{S,R}} . Onde {\displaystyle \phi =\mathbf {T} _{D}(X^{1},X^{2},X^{3})\

in \mathbb {R} ^{3}} é o difeomorfismo que dá a relação entre os pontos antes e depois
da deformação.

Em alguns casos, como as cargas mortas as forças que aparecem nos segundos membros das
equações expressadas no domínio de referência incluem não linearidades, por exemplo
quando na configuração deformada aparece uma pressão normal à superfície, isso comporta
que {\displaystyle \mathbf {f} _{S,R}=-p\det({\boldsymbol {\nabla }}\phi )[{\boldsymbol {\nabla

}}\phi ^{-T}]\mathbf {n} }

As condições de incompressibilidade, de positividade do jacobiano da deformação, ou da


injectividade no caso de contatos que conduzem à autopenetração do sólido deformado
também impõe equações adicionais que se expressam em forma de equações não-lineares.

Deformação

Uma deformação elástica finita implica um alteração de forma de um corpo, devido à condição
de reversibilidade essa alteração de forma vem representada por um difeomorfismo.
Formalmente se {\displaystyle K\;\subset \mathbb {R} ^{3}} representa a forma do corpo

antes de deformar-se e {\displaystyle K'\;\subset \mathbb {R} ^{3}} a forma do corpo


depois de deformar-se, a deformação é dada por um difeomorfismo:

{\displaystyle {\begin{cases}\mathbf {T_{D}} :K\subset \mathbb {R} ^{3}\times \mathbb {R} \


rightarrow {K'}_{t}\subset \mathbb {R} ^{3}&\\(X,Y,Z;t)\mapsto (x,y,z)&(x,y,z)=T_{D}(X,Y,Z;t)\

end{cases}}}

O tensor deformação pode definir-se a partir do gradiente de deformação {\displaystyle \

mathbf {F} } que não é outra coisa que a matriz jacobiana da transformação anterior:

{\displaystyle \mathbf {F} =\nabla \mathbf {T_{D}} ={\begin{pmatrix}{\cfrac {\partial x}{\partial


X}}&{\cfrac {\partial x}{\partial Y}}&{\cfrac {\partial x}{\partial Z}}\\{\cfrac {\partial y}{\partial
Y}}&{\cfrac {\partial y}{\partial Y}}&{\cfrac {\partial y}{\partial Z}}\\{\cfrac {\partial z}{\partial

Z}}&{\cfrac {\partial z}{\partial Y}}&{\cfrac {\partial z}{\partial Z}}\end{pmatrix}}}

Existem diversas representações alternativas conforme se escolham as coordenadas materiais


iniciais sobre o corpo sem deformar (X, Y, Z) ou as coordenadas sobre o corpo deformado (x, y,
z):

{\displaystyle \mathbf {D} _{m}(X,Y,Z)={\frac {1}{2}}(\mathbf {F} ^{T}\mathbf {F} -\mathbf {1} )\
qquad \qquad \mathbf {D} _{e}(x,y,z)={\frac {1}{2}}(\mathbf {1} -\mathbf {F} ^{-T}\mathbf {F}

^{-1})}

O primeiro dos dois tensores deformação recibe o nome de tensor de deformação de Green-
Lagrange, enquanto que o segundo deles é o tensor deformação de Almansi. Além destes
tensores nas equações constitutivas, por simplicidade de cálculo, se usam os tensores de
Cauchy-Green direito e esquerdo:

{\displaystyle \mathbf {C} (X,Y,Z)=\mathbf {F} ^{T}\mathbf {F} ,\qquad \qquad \mathbf {B}

(x,y,z)=\mathbf {F} \mathbf {F} ^{T}}

Equações constitutivas

Existem muitos modelos de materiais elásticos não lineares diferentes. Entre eles se destaca a
família de materiais hiperelásticos, no qual a equação constitutiva pode ser derivada de um
potencial elástico W que representa a energia potencial elástica. Este potencial elástico
comumente é uma função dos invariantes algébricos do tensor deformação de Cauchy-Green:

{\displaystyle W=W(I_{1},I_{2},I_{3});\qquad I_{1}={\mbox{tr}}(\mathbf {I} +2\mathbf {D}


_{m})=3+2{\mbox{tr}}(\mathbf {D} _{m}),\quad I_{2}={\frac {1}{2}}[{\mbox{tr}}(\mathbf {I} +2\
mathbf {D} _{m})]^{2}-[{\mbox{tr}}(\mathbf {I} +2\mathbf {D} _{m})^{2})],\quad I_{3}=\det(\

mathbf {I} +2\mathbf {D} _{m})}


Neste tipo de materiais o tensor tensão de Cauchy é dado em função do potencial elástico e o
tensor espacial de Almansi mediante a expressão:[2]

{\displaystyle \mathbf {T} =\chi _{1}(\mathbf {I} -2\mathbf {D} _{e})+\chi _{0}\mathbf {I} +\chi

_{-1}(\mathbf {I} -2\mathbf {D} _{e})^{-1}}

Onde:

{\displaystyle \chi _{1}=-2W_{2}{I_{3}^{1/2}},\quad \chi _{0}=2{I_{3}^{-1/2}}


(I_{2}W_{2}+I_{3}W_{3}),\quad \chi _{-1}=2W_{1}{I_{3}^{-1/2}};\quad W_{k}={\frac {\partial W}

{\partial I_{k}}}}

Um material elástico linear é um caso particular do anterior onde:

{\displaystyle \chi _{1}={\mbox{cte}}_{1},\quad \chi _{0}={\mbox{cte}}_{2},\quad \chi _{-1}=0}

Aproximação até segunda ordem

Se desenvolve-se [3] até primera ordem se obtem a equação constitutiva da elasticidade linear
para um sólido isotrópico, que depende só de duas constantes elásticas:

{\displaystyle \mathbf {T} =\lambda ({\mbox{tr}}\mathbf {D} )\mathbf {I} +2\mu \mathbf {D} ,\

qquad \sigma _{ij}=\lambda \varepsilon _{kk}\delta _{ij}+2\mu \varepsilon _{ij}}

Onde nessa expressão assim como nas seguintes se aplicará a convenção da soma de de
Einstein para sub-índices repetidos. Um material cuja equação constitutiva tem a forma linear
anterior se conhece como material de Saint Venant-Kirchhoff. Se desenvolve-se a
expressão [3] até segunda ordem então aparecem mais quatro constantes elásticas:

{\displaystyle \mathbf {T} =\lambda ({\mbox{tr}}\mathbf {D} )\mathbf {I} +2\mu \mathbf {D} +\
nu _{1}({\mbox{tr}}\mathbf {D} ^{2})+\nu _{2}({\mbox{tr}}\mathbf {D} )^{2}+\nu _{3}({\

mbox{tr}}\mathbf {D} )\mathbf {D} +\nu _{4}\mathbf {D} ^{2}}

Um material cuja equação constitutiva é dada pela equação anterior se conhece como material
de Murnaghan.[3] Em componentes se tem:

{\displaystyle \sigma _{ij}=\lambda \varepsilon _{kk}\delta _{ij}+2\mu \varepsilon _{ij}++\nu


_{1}\varepsilon _{mn}^{2}\delta _{ij}+\nu _{2}(\varepsilon _{kk})^{2}\delta _{ij}+\nu _{3}\

varepsilon _{kk}\varepsilon _{ij}+\nu _{4}\varepsilon _{ik}\varepsilon _{kj}}

Ou, equivalentemente:

{\displaystyle \sigma _{ij}=\lambda \varepsilon _{V}(1+\nu _{1}\varepsilon _{C}+\nu _{2}\


varepsilon _{V})\delta _{ij}+2\mu (1+\nu _{3}\varepsilon _{V})\varepsilon _{ij}+\nu _{4}\
varepsilon _{ik}\varepsilon _{kj}}e:

{\displaystyle \varepsilon _{V}=\varepsilon _{xx}+\varepsilon _{yy}+\varepsilon _{zz}} éa


deformação volumétrica.
{\displaystyle \varepsilon _{C}=\sum _{m,n=1}^{3}\varepsilon _{mn}^{2}}

O modelo de Murnaghan anterior representa a generalização mais óbvia de um material de


Saint Venant-Kirchhoff, ainda que na prática seja de interesse limitado a expressão anterior, já
que Novozhilov mediante argumentos termodinâmicos sugere que a resposta de um material
só deve conter potências im

Dinamômetro
Dinamômetros são instrumentos utilizados para medir força (algumas vezes
o peso, outras a tração em um fio) tendo como base a Lei de Hooke.

Sua escala de força usa uma mola, em seu interior, que é deformada sob a
ação da força. Como a deformação é proporcional à força (Lei de Hooke), o
que sua escala faz é multiplicar a deformação pela constante da mola, de modo
a informar a força.

Dinamômetro.

Movimento Harmônico Simples

Um movimento harmônico simples (MHS) é um movimento oscilatório, no qual


a força é proporcional ao deslocamento. Assim, um corpo oscilando preso a
uma mola é um exemplo clássico de oscilador harmônico.
Exemplo de movimento harmônico simples.

Esse movimento é supostamente ideal, sem perdas por atrito, e a amplitude de


oscilação se mantém constante.

É possível demonstrar a frequência desse movimento por:f=12π⋅ √ km

Peso é diferente de massa


O peso é diferente da massa porque esta está associada à
inércia, enquanto aquele é a força de atração gravitacional
que o planeta exerce sobre o objeto.

A reação do peso de um
corpo localiza-se no centro de massa da Terra
Quando deixamos um objeto cair, vemos que ele se move em
direção à Terra porque a força peso, também chamada de força
gravitacional, atrai o corpo para baixo. Como o peso é uma força
de atração gravitacional, não podemos confundi-lo com massa.
Embora no dia a dia algumas pessoas tratem massa e peso
como sendo a mesma coisa, na Física elas são totalmente
diferentes. A massa de um corpo está associada à inércia,
enquanto que o peso é a força de atração gravitacional que o
planeta exerce sobre o objeto.
O peso e a terceira lei de Newton
Como você já sabe, para toda ação existe uma reação. Se a
Terra atrai um corpo com uma força gravitacional chamada de
peso, então o corpo atrai a Terra com força de igual módulo,
porém com sentido contrário.
Resumidamente, podemos escrever:
Módulo: P=m .g (onde g é a aceleração da gravidade local e m é
a massa do corpo).
Direção: sobre a linha que une o centro do corpo e o centro do
planeta (vertical).
Sentido: para o centro do planeta (para baixo).
O peso depende do local onde é determinado
O peso de um corpo depende do local onde é determinado. Uma
explicação pode ser encontrada na própria equação do peso,
afinal ele depende da aceleração da gravidade e se ela variar, o
peso variará proporcionalmente.
Considere um corpo de peso PT aqui na Terra. Se esse corpo for
levado da Terra a um outro planeta, cuja aceleração da gravidade
(g) é maior, a atração (peso) também será, isto é, o peso do
corpo no planeta (PP) será maior que o peso do mesmo corpo na
Terra (PT). Vejamos alguns exemplos:
A aceleração da gravidade no planeta Júpiter é 2,37 maior que a
da Terra, logo, o peso dos corpos em Júpiter é 2,37 vezes maior
que o peso dos mesmos corpos na Terra. A aceleração da
gravidade na Terra é 6 vezes superior à aceleração da gravidade
na Lua, assim o peso de um corpo na Terra é 6 vezes maior que
o peso do mesmo corpo na Lua.
Obs.: a massa do corpo não depende do local em que o objeto se
encontra. A massa de um corpo em Júpiter, na Terra e na Lua é
exatamente a mesma.

Peso de um corpo
Física

O peso de um corpo é o produto da sua massa pela aceleração da gravidade


local. Essa grandeza também é a força com a qual o objeto é atraído pelo
planeta.

O peso pode ser definido como a força necessária para segurar um


objeto e impedir sua queda livre.
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Diversas vezes em nosso cotidiano, deparamo-nos com situações nas quais


deixamos cair algum objeto, seja uma borracha, uma caneta, ou até mesmo um
copo. Esse movimento de queda já intrigava os cientistas há muitos e muitos
anos (cerca de 2 mil anos). De acordo com a história das ciências, o primeiro
cientista a propor explicações para tal fato foi Aristóteles, mas o que melhor
esclareceu o fenômeno foi Galileu Galilei.

Após diversos experimentos, Galileu conseguiu chegar à conclusão de que,


para objetos próximos da Terra, e desprezando a resistência do ar, qualquer
objeto cai com a mesma aceleração. Essa aceleração foi chamada
de aceleração da gravidade.

Isaac Newton, que se interessava pelo movimento de queda livre, apresentou


explicações concisas a respeito da existência da aceleração da gravidade. Ele
enunciou que onde houvesse aceleração haveria uma força, pois, se um objeto
cai com aceleração, é porque a Terra exerce uma força sobre ele
– denominada peso –, que é representada por P.

De acordo com suas experimentações, Newton percebeu que a força peso tem
a mesma direção de uma força que passa pelo centro da Terra, ou seja, a
direção do vetor peso é voltada para o centro da Terra, independentemente da
localização do objeto nas proximidades da Terra. Na figura acima, temos a
ilustração da força peso atuando sobre um objeto nas proximidades da Terra,
em que os pesos dos corpos possuem direções diferentes, porém estão ambos
orientados para o centro da Terra.

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Pelo fato de a Terra ser imensa (quando comparada a corpos de massa muito
pequena em relação a seu tamanho), podemos admitir que os corpos, situados
nas proximidades da superfície terrestre, possuem peso com a mesma direção
e o mesmo sentido.

Caso deixemos um objeto possuidor de massa m nas proximidades da


superfície terrestre, em uma região onde se faz vácuo, podemos verificar que a
força resultante que atua sobre o corpo é, na verdade, seu próprio peso. Dessa
forma, tomando como base a segunda lei de Newton, temos:

Sendo assim, podemos dizer que o peso de um corpo ou objeto, quando


colocado nas proximidades da superfície de um planeta, satélite ou estrela,
equivale à força com que esse corpo é atraído por eles.

Referências

https://pt.wikipedia.org/wiki/Elasticidade

https://www.stoodi.com.br/blog/fisica/forca-elastica-o-que-e/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Elasticidade_(mec%C3%A2nica_dos_s%C3%B3lidos)

https://conhecimentocientifico.com/forca-elastica/

https://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/fe.php

https://querobolsa.com.br/enem/fisica/forca-elastica

https://querobolsa.com.br/enem/fisica/forca-elastica
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/peso-diferente-massa.htm

https://brasilescola.uol.com.br/fisica/peso-um-corpo.htm

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