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Sui No Cultur Ra
Sui No Cultur Ra
SUINICULTURA
Importância sócio-económica
A criação de porcos em Moçambique tem uma grande importância, pois, fornece carne para a
alimentação, constitui fonte de renda para as famílias e gera divisas, através da exportação da
carne e seus subprodutos, os seus excrementos são utilizados como fertilizantes.
Vantagens
A criação de suínos apresenta algumas vantagens em relação aos diferentes tipos de criação, das
quais podemos destacar:
Os suínos não são muito exigentes na alimentação (consomem quase todo tipo de
alimentos -são omnívoros);
São prolíferos, isto é, produzem muitos leitões em cada parto (cerca de 14); e
Aproveita-se quase tudo do suíno.
Desvantagens
Causam poluição urbana, devido ao mau cheiro dos seus excrementos, quando criados
nas cidades ou aldeias;
A sua carne não é aceite internacionalmente (algumas religiões a rejeitam); e
São muito sensíveis a doenças.
A importância do estudo do exterior dos suínos é similar a dos outros animais, como por
exemplo as galinhas e coelhos.
ESCOLA DA HIDROELÉCTRICA DE CAHORA BASSA
SEDE: REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, VILA DO SONGO, DISTRITO DE CAHORA BASSA, TETE
CONTACTO:
TELEFONE + 258 22 82 099
FAX: + 258 22 82 099
Localização
Para a escolha do local para implementação de instalações suínas, deve tomar em conta os
seguintes aspectos:
Localização fora das zonas habitadas, para evitar a poluição, devido ao mau cheiro dos
seus excrementos ou transmissão de doenças para o homem;
Protegidos dos ventos fortes, sol intenso e chuva;
Locais que facilitam a limpeza e higienização; e
Deve ser feito em terrenos com uma inclinação (topográfica) que facilite a drenagem dos
excrementos e água, para evitar doenças.
Tipos de instalações
As instalações para os suínos dependem: das características físicas, fisiológicas e da fase em que
o animal se encontra, ssim, podemos destacar:
Instalações de gestação - alojam porcas desde a cobrição até alguns dias antes do parto;
Instalações de maternidade - alguns dias antes do parto até ao desmame dos leitões (com
cerca de 30/35 dias);
Instalações de recreio – desde o desmame até as 8 semanas de idade (12/15 kg);
Instalações de crescimento e engorda – alojam leitões ou bácoros dos 12/15 kg até a fase
de abate; e Instalações para varrascos - alojam machos reprodutores.
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Tipos de Alimentos - Os porcos são animais omnívoros, isto é, alimentam-se de quase todo tipo
de alimentos. Geralmente alimentam-se de cereais, tubérculos, raízes, capim, farelo, restos de
cozinha e da machamba, rações industriais, etc.
Para garantir o conforto dos suínos, é fundamental que existam comedouros, bebedouros, cama e
lâmpadas.
Cio – os suínos iniciam a reprodução a partir dos 8 meses de idade. O cio, na porca, dura cerca
de 40 a 65 horas, com intervalo de 21 dias. Durante o cio, as fêmeas apresentam os seguintes
sintomas: perda de apetite, emitem gritos (grunhidos) característicos, tumefação ou dilatação da
vulva, tornando-se mais avermelhada, há maior secreção do muco vaginal e a porca apresenta-se
bastante agitada.
Cobrição - durante a cobrição, a fêmea comporta-se da seguinte forma: imobiliza-se, fica em pé,
move constantemente as orelhas e deixa-se montar. Após o cio ou cobrição, há uma redução na
produção do muco vaginal, a fêmea fica mais calma, o apetite aumenta e recusa o macho.
Gestação – a gestação nos suínos dura cerca de 114 a 115 dias. As fêmeas em gestação não
devem engordar, pois, não a gordura dificulta a circulação sanguínea e gera leite com excesso de
gordura.
Parto - alguns horas antes do parto, as fêmeas apresentam os seguintes sintomas: a vulva
dilatada, tetas volumosas e avermelhadas; aparecem os primeiros jactes de leite (colostro). Após
o parto, é importante fornecer água e alimentos à porca, para evitar o canibalismo.
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Para assegurar o crescimento dos leitões, o criador deve garantir os seguintes cuidados:
Protecção contra o esmagamento pela mãe e alterações da temperatura (chuvas, frio e
calor enteso);
Amamentação pela mãe, para que se beneficiem do colostro que é rico em anticorpos
para a defesa do organismo;
Fornecer água e boa alimentação suficiente, de modo a evitar casos de canibalismo;
Preparar caixas de madeira ou ninhos para abrigar os leitões;
Proporcionar condições de temperatura adequadas;
Em caso de insuficiência do leite da mãe, ou abandono, deve-se distribuir os leitões por
fêmeas substitutas que tenham parido recentemente; e
A partir da terceira semana, pode-se complementar a manutenção com rações
balanceadas/ equilibradas aos leitões.
Conforme vimos nas unidades anteriores, a limpeza e desinfecção são importantes para garantir a
protecção dos animais contra doenças e promovem a produção.
As doenças mais frequentes nos suínos são: a peste suína africana (PSA), golpe de calor,
intoxicação alimentar e sarna. A peste suína africana é a doença mais mortífera e não tem
tratamento.
De uma forma geral, as medidas de prevenção e tratamento de doenças nas explorações suínas,
são similares as dos outros tipos de criação estudadas nas unidades 7 e 10.