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Esquizofrenia Na Infância
Esquizofrenia Na Infância
Esquizofrenia na Infância
3. O que é Esquizofrenia
A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico muito grave que leva a distorções no
pensamento, percepção e nas emoções (Organização Mundial da Saúde, 1992). Sendo assim,
esses transtornos são caracterizados por anormalidades em um ou mais dos cinco domínios a
seguir: Delírios (crenças fixas, não passíveis de mudança), Alucinações (percepção real de
algo inexistente), Desorganização do Pensamento (duas ideias fundidas sem coerência),
Comportamento Motor Grosseiramente Desorganizado ou Anormal (de comportamentos
“tolos” a agitação imprevisível), e Sintomas Negativos (Expressão emocional diminuída e
Anedonia), onde causam prejuízos na vida social, acadêmica, no trabalho ou no autocuidado
(DSM-V TR, Artmed, 2023). Vale acrescentar que as alucinações e delírios são observados
em algum momento durante o curso da esquizofrenia. As alucinações visuais ocorrem em
15%, as auditivas em 50% e as táteis em 5% de todos os sujeitos, e os delírios em mais de
90% deles (Pull, Diagnóstico da esquizofrenia: uma revisão, Artmed, RS, 2005),
A esquizofrenia é causada por um conjunto de aspectos biológicos, genéticos,
cerebrais e ambientais. É uma patologia muito complexa, difusa e diversificada, sendo
debatida fortemente até os dias de hoje. Já se descobriu muito sobre ela, mas mesmo assim,
ainda necessita de mais estudos para melhores prognósticos. Acredita-se que cerca de 1% da
população mundial é acometida pela mesma, geralmente, com início entre 15 e 30 anos de
idade (McClellan JM. Early-onset schizophrenia. In: Sadock BJ, Sadock VA, editors.
Comprehensive Textbook of Psychiatry. 7th ed. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins;
2000), com a prevalência semelhante entre homens e mulheres (V.E Caballo, Santos, 2003).
Entretanto, sabemos que esta patologia pode afetar adolescentes com menos de 18 anos,
até crianças com menos de 5 anos de idade (Hollis C. Adult outcomes of child and adolescent
onset schizophrenia, 2000; Dr. Gustavo Teixeira, BestSeller, 2013). Embora sejam condições
extremamente raras, afetando cerca de um a dois em cada mil estudantes, com meninos duas
vezes mais acometidos, essa patologia prejudica o desempenho social e acadêmico desta
pessoa, em níveis muito grandes, pois a Esquizofrenia interfere e afeta nas capacidades de
adquirir novas habilidades e novos conhecimentos (Dr. Gustavo Teixeira, BestSeller, 2013).
O tratamento para aqueles que sofrem com a esquizofrenia tende a ser complexo e,
geralmente, se perpetua até o fim da vida, podendo os sintomas diminuírem ou reduzirem
seus prejuízos. Este tratamento, assim como para diversos transtornos, é multimodal, ou seja,
o uso simultâneo de intervenções distintas. Esse tratamento, segundo o Dr. Gustavo Teixeira
(Manual dos Transtornos Escolares, BestSeller, RJ, 2013. pp. 205-207), deve-se consistir em
psicoeducação, da criança, adolescente ou adultos e dos pais, psicoterapia familiar,
psicoterapia cognitivo-comportamental - também descrita por V.E. Caballo (Santos, 2003)
para o tratamento deste e diversos outros transtornos, em alguns casos o encaminhamento à
fonoaudiologia será fundamental. Além do uso de medicamentos, como o olanzapina,
risperidona, quetiapina e outros (Fleischhacker, Tratamento farmacológico da esquizofrenia:
uma revisão. Artmed, RS, 2005.).
5. Comorbidades
6. Diagnóstico Diferencial
Esses transtornos duram menos tempo que a esquizofrenia, duram menos de seis
meses. No transtorno esquizofreniforme, a perturbação está presente por menos de seis
meses, já o transtorno psicótico ocorre por pelo menos um dia, mas menos de um mês.
7. Conclusão
8. Referências
Reitor, N.A. & Beck, A.T. (2001). Terapia Cognitivo-Comportamental para esquizofrenia:
Uma revisão empírica. Jornal de Doenças Nervosas e Mentais, 189 (5) 278-287.
Pull, C. (2005). Diagnóstico da esquizofrenia: uma revisão. In M. Maj & N. Sartorius (Orgs.),
Esquizofrenia. Porto Alegre: Artmed.
Salgado, J. V., Hetem, L. A., & Sandner, G. (2006). Modelos experimentais de esquizofrenia
& uma revisão. Revista Brasileira de Psiquiatria, 28(2), 135-141.
Oliveira, A.; Oliveira, D.; Ribeiro, D.; Oliveira, J.L.; Oliveira, J.; Ribeiro, R.; Oliveira, M.; e
Barnes, T.R.E. Um ensaio clínico randomizado e controlado de terapia
cognitivo-comportamental para sintomas persistentes na esquizofrenia resistente à
medicação. Arquivos de Psiquiatria Geral, 57: 165-72, 2000.
Lee FI. Epidemiologia e fatores clínicos dos transtornos afetivos na infância e adolescência.
In: Assumpção FB, editor. Transtornos Afetivos na Infância e Adolescência. São Paulo:
Lemos Editorial; 1996
Kremen WS, Buka SL, Seidman LJ, Goldstein JM, Koren D, Tsuang TT. IQ Decline during
childhood and adult psychotic symptoms in a community sample: a 19-year longitudinal
study. Am J Psychiatry. 1998;155:672-7.
McClellan JM. Early-onset schizophrenia. In: Sadock BJ, Sadock VA, editors.
Comprehensive Textbook of Psychiatry. 7th ed. Baltimore: Lippincott Williams &
Wilkins; 2000.
Hollis C. Adult outcomes of child and adolescent onset schizophrenia: diagnostic stability
and predictive validity. Am J Psychiatry. 2000;157:1652-9.