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COR LUZ, COR PIGMENTO E OS SISTEMAS RGB E CMY THE ADDITIVE COLOR MODEL RGB, AND SUBTRACTIVE COLOR MODEL CMY Prof. Me. Joao Carlos Rocha Resumo: Este texto pretende tratar dos sistemas de cor RGB ( Red, Green and Blue ~ Vermelho Verde e Azul) © CMY ( Cyan, Magenta and Yellow- Ciano, Magenta © Amarelo ), bem como suas relagdes. O sistema RGB & conhecido como sistema cor-luz ou sistema aditivo. O sistema CMY € conhe do como sistema cor-pigmento ou sistema subtrativo. Ambos so 0 oposto fisico/matematico um do outro © sas permutagdes indicam as relagdes entre as cores opostas e/ou complementares bem como as relagdes entre positivo/negativo de cores e de luz Palavras-Chave: Cor, Luz, Pigmentos, Impressao, Abstract: Summary: this text aims to treat RGB color schemes (Red, Green and Blue red green and blue) and CMY (Cyan, Magenta and Yellow-Cyan, Magenta and yellow), as well as their relationships. The RGB color system is known as light or system additive. The CMY system is known as colour pigment system or subtractive system. Both are the opposite physical/mathematical one another and their permutati the relationships between colors opposite and/or complementary as well as relations between positive/negative color and light. Key-words: Color, Light, Pigments, Print. INTRODUGAO, As cores esto to presentes em nossa vida, em nosso dia-a-dia, que mal thes damos importincia. Na verdade, a cor, bem como sta percepgao, fazem parte de um conjunto quase indissocidvel que permeia vérias esferas que vao da ciéncia a arte, do tecnico ao estético, Neste texto veremos algumas relagdes técnicas que envolvem a cor. Reflexdes sobre a cor Quando tratamos do assunto cor, a primeira coisa que devemos levar em consideragao & a propria conformacao do olho humano. Nossos olhos possuem na retina 2 tipos de sensores: os cones ¢ os bastonetes; os cones permitem a percepedo das cores € 6s bastonetes a pereepedo dos tons de cinza. Nés herdamos de nossos antepassados a visio trierémica, ou seja, vemos todas as cores baseadas em apenas trés: 0 vermelho, 0 azul ¢ 0 verde. Os bastonetes nos permitem “ver” a noite, ou seja, podemos perceber wetas com algum grau de preciso, sem, no entanto, notarmos os detathes. Nos primatas a visto & baseada no vermelho, azul e verde, jé os outros ‘mamiferos geralmente s6 percebem duas delas. Os répteis e alguns insetos, no entanto, enxergam “cores” que nés ndo podemos. Corte lateral do othe Retina cones e bastonetes A segunda coisa importante para entendermos as cores € a luz. A luz visivel faz parte de um conjunto de vibragdes cletromagnéticas, das quais sé uma poredo percebida por nés. Por eletromagnético entenda-se alguma coisa elétrica, ou magnética, ou qualquer interagao entre as duas. No universo, elétrons existem “soltos” no espaco, eles no viajam em linha reta, mas oscilam num movimento em forma de onda. Sua velocidade ¢ constante, porém sua oscilagdo pode abranger quilémetros ou centimetros. Onday longas/baixa fregtiéneta Ondas curtas/alta fregiéncia Quando a oscilacdo é préxima de 100 metros, ela passa a ter o mesmo tamanho das ondas de radio (comerciais). Conforme a oscilagio aumenta, o tamanho da onda diminui, ou seja, 0 espago percorrido € menor, de tal forma que, ao chegar préximo dos nanomilimetros, 0 elétron libera um féton ¢ ai temos a luz visivel. Caso esta vibracdo continuasse ns teriamos 0s raios-x, 0s raios-gama e assim por diante. A relagdo entre a oscilagao do elétron e 0 tamanho da onda é sempre proporcional, ou seja, quanto maior a oscilagio, menor © tamanho da onda e quanto menor a oscilagio, maior o tamanho da onda, O tempo que o elétron ou foton leva para oscilar & chamado de freqtléncia, Assim, frequéncia € qualquer coisa que acontece num de erminado intervalo de tempo, portanto, ¢ o tempo que o elétron gasta para percorrer 0 espago durante sua oscilagao. 10 10% 10° 0” 10” 10 10 10° 1010 10° 10" Fomine) Comprimeni de Ona nd A luz visivel se encontra na poredo entre o tamanho de 380nm e a freqiiéneia de 790 THz ¢ vai até 740nm e a freqdéncia de 405 THz. Esta porgdo chamamos de “espectro visivel”. No entanto a luz que chamamos de branca é, na verdade, formada por sete cores que vao do vermelho ao violeta, Abaixo do vermelho temos o infravermelho, que nbs ndo enxergamos, mas répteis, como as cobras, véem. Acima do violeta temos o ultravioleta que nés também no vemos, mas muitos insetos, sim. Para facilitar a compreensao, nano significa 10°, ou seja, 0,0000000001 metros ¢ Tera significa 10'” ou 1.000.000.000.000 Hz ou vibragdes por segundo. Cor Comprimento de onda Frequéncia ve SSS LESSOR | Isaac Newton fez experiéneias com a luz, € com a ajuda de um prisma (tridngulo silido de vidro) decompés a luz do sol e obteve as sete cores: vermelho, laranja, fa. Mais tarde, Newton tentou recombinar amarelo, verde, azul claro, azul escuro e viol as sete cores para obter a luz branca, Num primeiro momento, pintow as sete cores num disco (como fatias de uma pizza) que girou por meio de uma manivela, porém, obteve somente as cores vermelha, verde e azul. Posteriormente ele pintou num outro disco as cores vermelha, verde e azul € obteve algo proximo do branco, na verdade, um branco amarelado. Desta forma, Newton descobre que para recompor a luz branca nao sio necessirias as setes cores originais, mas apenas o vermelho, o verde € 0 azul (RGB). Sy eau) jaan ear Poet) ed Pot fared 7 Prey ris Na época de Newton, ainda nfo se sabia muita coisa sobre a fisiologia do olho humano e como 0 famoso fisico ndo entendeu completamente o fendmeno que observara, também nao descobriu o motivo pelo qual ndo obteve a cor branea. O engano de Newton foi ter pintado as trés cores na mesma proporgdo, ou seja, ele dividiu 0 is. E assim ca irculo em varias “fatias” igu ‘or ocupou um espago idéntico no disco, resultando num branco que tendia para o amarelo, praticamente bege. Disco de Newton 1" tentativa Disco de Newton 2 temtativa (RGB) Na verdade, para obtermos a cor branca neste processo é necessério misturarmos © vermelho 0 verde ¢ 0 azul em proporgdes diferentes: 30% de vermetho, 59% de verde © 11% de azul. A explicagao para este fendmeno teve que esperar até o final do século 19, quando os fisiologistas se debrugaram sobre a questao. Circulos Crométicos RGB Porém, antes que isto acontecesse, um outro problema de ordem pratica havia surgido, com 0 inicio da Revolugao Industrial, cujo produto principal eram os téxteis, logo se percebeu que, nao havia um padrio para as cores dos tecidos, ou seja, no havia uma definigdo cientifica ou técnica para o que era vermelho, azul ou verde, ou ainda qualquer outra cor. © que era vermetho para uns, podia ser um laranja avermelhado para outros, o vermelho podia variar entre o vermelho propriamente dito, passar pelo bords ¢ chegar as vezes até uma espécie de magenta. Em meados do séc, 19 surge um padrio técnico para a definigao da cor em tecidos, baseado na mistura em proporgdes corretas dos pigmentos mais conhecidos, confiiveis e usados. Jaa del ‘lo para cores na luz demoraria mais um pouco e uma tabela para sua definigdo s6 se toma possivel gragas aos trabalhos do fisico britanico Willian Thomson, (Sir Willian Thomson, 1° Bardo de Kelvi of Largs) ou simplesmente Lord Kelvin. Ao estudar a expansdo dos gases, elaborou uma escala (escala Kelvin) que, mais tarde, seria usada para medir a cor das fontes luminosas. Para “medit” a cor foi feita a seguinte experiéncia: uma barra de ferro foi aquecida até atingir a cor vermelha e a temperatura foi medida ndo na escala Celsius ou Fahrenh mas na graduagdo criada por Thomson, ou seja, graus Kelvin (ou K° ). Nesta escala, a barra de ferro aquecida até o vermelho atingiu 1200 K° e a partir lai, através de cilculos, as outras cores foram obtidas. Na escala Kelvin, 0° equivale a -273° Celsius, portanto, basta subtrair 273 de qualquer medigdo em Kelvin para se obter 0 equivalente em graus Celsius, pois as duas escalas seguem 0 sistema métrico-decimal. Desta forma, as cores das fontes luminosas possuem as seguintes medidas: or aa Vermelho 1200 K° Laranja 3200 K° Amarelo 3800 K° Verde 4500 Ke Azul claro 5600 K° Ail escuro 7000 K° Violeta 11000K° Obs.: 0 azul escuro também € conhecido como azul marinho ou indigo, e por vezes ¢ chamado erroneamente de anil, Também é importante ressaltar que uma fonte luminosa, uma lampada amarela por exemplo, nao gera 3800K° de calor, mas sim a coloragdo (radiagio luminosa) equivalente a 3800K®, A titulo de comparagdo um alto forno de siderurgia funde ferro a partir de 900C°, ou seja, 1173K®, assim, se uma Kimpada gerasse todo esse calor seria impossivel termos iluminagao elétric. Desta forma as diferentes fontes de luz possuem diferentes cores, ou seja, cada fonte luminosa emite mais uma cor do que outra. A este fendmeno chamamos de “temperatura de cor”, Sao as seguintes temperaturas de cor das fontes luminosas mais conhecidas: ae ea) 1200k° Fogueira 1700k° Vela 2800k° Limpada incandescente doméstica 3200k° Lampada incandescente estidio 410K Luar (Lua cheia ) $600k° Luz diurna (dia ensolarado ) 700k? Dia nublado 000K" até 25000K° Praia, alto-mar, montanha, gelo, neve e grandes altitudes No entanto, o sistema que permite a obtengao de cores através da combinagao do vermelho do azul e do verde & completamente diferente daquele empregado na obtengdo das cores de tintas. Neste ponto notou-se que existiam duas formas de se lidar com a cor, e so assim elaborados dois sistemas: um para cores oriundas de corpos que emitiam luz e outro para corpos opacos que refletiam a luz, sistema que regula as cores dos corpos que emitem luz & conhecido como RGB ( Red, Green and Blue em ingk , ou seja, vermelho, verde e azul )e 0 sistema que regula as cores de corpos opacos € 0 CMY ( Cyan, Magenta and Yellow em inglés, ou seja, ciano, magenta ¢ 0 amarelo ), O RGB ¢ também conhecido como sistema de Cor Luz, e trabalha por adigdo ou seja, se somarmos as trés cores basicas, nas proporgdes corretas, obteremos a cor branca. Ja 0 CMY € conhecido o sistema de Cor Pigmento, ¢ trabalha por subtragao, ou seja, se somarmos as trés cores nas proporgdes corretas obteremos preto (desde que se use pigmentos apropriados e de boa qualidade), A “versio” industrial do CMY & 0 CMYK, no qual 0 Preto é adicionado e no obtido por meio de mistura, Assim, 0 CMYK € baseado em quatro cores € foi criado como uma oped mais barata, pois no necessita de pigmentos puros e mais caros, sendo usado para impressdes em larga eseala, A letra K, do CMYK, tanto significa preto ( Black ), como chave ( Key’), pois a cor preta ¢ usada para interferir nos detalhes na impressto. © RGB é usado em Fotografia, Cinema, Video, Televisio, Fotografia Digital ¢ na tela dos computadores; ja o CMY é empregado para impressio em baixa escala, ou seja, nas impressoras domésticas e também nas artes plas Para entendermos melhor a diferenga entre um sistema de outro vejamos os seguintes exemplos Sistema RGB: imagine acender sobre uma superficie (uma parede branca, por exemplo) duas limpadas, uma de 100W de poténcia ¢ outra de SOW. O resultado nao serda média das duas (75 W), mas a soma (150 W), portanto, houve uma adicdo. Sistema CMY: se juntarmos um litro de tinta branea com um de tinta preta obteremos dois litros de tinta cinza, ou seja, a média das duas cores. Ao mesmo tempo em que clareamos 0 preto escurecemos o branco, Neste processo temos uma reagio quimica que depende nao s6 da qualidade dos pigmentos, mas também do suporte aonde aplicaremos a tinta. Além disso, a luz refletida pela superficie de um corpo colorido somente emite a cor especifica daquele corpo. Por exemplo: uma superficie vermelha, a0 ser iluminada com luz branca, refletiri, (@ mostrard) somente a cor vermelha, absorvendo 0 verde e azul que ndo veremos, e desta forma enxergaremos “menos” informagio luminosa, pois parte da luz nao seré vista ( as vibragdes referentes ao Verde eao Azul ). Y No exemplo s6 a cor vermetha da maga foi refletida, No sistema RGB a luz (ou seja, 0 “branco”) se encarrega de levar a cor; no sistema CMY a base ( ou seja, 0 papel, ou tela ) tem de ser branca para refletir a luz . No CMY deve-se levar em conta mais um detalhe: a tinta tem que ter uma densidade propria de modo a criar uma espécie de trama, que deixe vazar o fundo branco onde a tinta foi aplicada, para que possa haver reflexdo da luz ¢ assim enxergarmos o brilho apropriadamente. Por este motivo a impressdo é sempre feita em papel branco, caso contririo, as cores sairiam alteradas. Como podemos observar nas figuras a seguir, as cores primérias num si io secundirias no outro e vice-versa. Circulos Cromaticos RGB Cireulos Cromaticos CMY ‘As cores no sistema RGB seguem a seguinte proporeio: ra Branco 100% Amarelo 89% Ciano 70% Verde 59% Magenta 41% Vermetho 30% Awl 11% Preto 0% sendo: oa eae] Branco = 30% de vermelho + 59% de verde + 11% de azul ~ cor tereiéria Amarelo = 30% de vermelho + 59% de verde — cor secundéria Ciano = 59% de verde + 11% de azul — cor secundiria Verde= 59% de verde ~ cor priméria Magenta = 41% - cor secundéria Vermetho = 30% - cor priméria 11% - cor priméria 0% (é considerado auséncia de informagao no RGB ) As cores no sistema CMY seguem a seguinte proporedo: Preto -100% Aull 89% Vermetho 70% Magenta 59% Verde 41% Gano 30% Amarelo 11% Branco 0% sendo: Cae Preto= 30% ciano + 59% magenta + 11% amarelo — cor tercidria Aull= 30% ciano + 59% magenta — cor secundéria 59% magenta + 11% amarelo ~ cor secundéria 59% magenta — cor priméria Verde= 30% ciano + 11% amarelo - cor secundéria Giano = 30% ciano — cor priméria Amarelo= 11% amarelo — cor priméria Branco = 0% (€ considerado auséncia de informagao no CMY ) A melhor maneira de entendermos o sistema RGB ( por extensdo 0 CMY) € observarmos 0 que em televisdo & chamado de Color Bar. Color bar s8o as barras coloridas que a emissoras transmitem (geralmente de madrugada) quando interrompem as transmissdes, © que sio usadas para ajuste © regulagem dos equipamentos da emissora, desde as cdmeras até os monitores. Existem virios padres de Color Bars, no entanto, para melhor exemplificarmos, utilizaremos o padrao EBU ( European Broadcasting Union ) ou Full Bar, composto por oito barras verticais. Neste ba como as bat direita, na exemplo, per seguem da esquerda para seguinte ordem: branco, amarelo, ciano, verde, magenta, vermelho, azul € preto € ‘ocupam a tela verticalmente de cima até embaixo. Sendo: onzPrx»D Repare que se somarmos a barra branca com a preta obteremos 100%, se somarmos amarelo com azul teremos também 100! iano com vermelho 100% e verde com magenta 100%, Isto indica que a disposigao das cores obedece a dois principios: 0 negativo de cor e de luz, ou seja, a cor e seu oposto complementar. Na natureza podemos afirmar que 0 azul 0 contririo do amarelo e 0 vermelho & © contrétio do verde (na verdade, ciano), por contririo entenda-se oposto ou complementar. Israel Pedrosa, em seu livro Da Cor d Cor Inexistente, chama a atengio para a percepedo que temos das cores, e para isto, ele se vale de um pequeno “defeito” que existe na nossa visio: a persisténcia das imagens na retina, Toda imagem que vemos fica retida na retina por cerea de 1/10 de segundo, ou seja, a0 olharmos fixamente para alguma coisa por muito tempo, a imagem ficara desenhada no fundo de nossos ohos e demora algum tempo para desaparecer. Se olharmos para uma paisagem ensolarada, nosso olho demorard algum tempo para se acostumar quando entrarmos num ambiente fechado, mesmo que bem iluminado. Da mesma maneira, se olharmos diretamente para o sol, ou outra fonte luminosa, isto ficaré marcado na retina por algum tempo até sumir. Ou seja, nossos olhos demoram pa € substitui-la por outra, Gragas a esta “deficiéncia” & que o cinema ou a televistio (ambos uma sucessio de imagens paradas) nos dao a ilusdo de movimento. No que se refere & cor especificamente, se olharmos por muito tempo para um objeto, a imagem dele ficard formada na nossa retina, porém com a cor invertida, Na verdade a cor e a luz ficardo invertidas. Desta forma, um objeto vermetho, se othado por mais de 20 segundos fixamente, ficara registrado na nossa retina como ciano, que é 0 negativo da cor e da luz do vermelho. Faga a experiénei othe para algum objeto com uma tinica cor, por cerea de 30 segundos sem pist -ar e sem mexer os olhos e, em seguida, olhe para uma parede branca fixamente . Vocé veri o objeto em negativo de cor e de luz. tivo de cor e luz obte Se passissemos a Color Bar para on ios a seguinte imagem; Color Bar negative de cor e de luz Repare que as barras se inverteram e ficaram como se as tivéssemos colocado de cabega para baixo, ou seja, elas ficaram perfeitamente invertidas, dando © primeiro indicativo de que o sistema € matematicamente correto. No entanto, se mantivéssemos a base preto e branco da imagem e adiciondssemos a cor negativa obteriamos a seguinte imagem: Base P/B positiva Base P/B positiva e cor negativa Neste caso houve o que chamamos de inversao de fase ( Hue ow Phase ), ou seja, a base branco ¢ preto da imagem esti positiva, mas a cor esti negativa. Isto ocorre devidamente ajustado, As cores ficaram entio da quando © equipamento nao est seguinte forma: branco, azul claro, rosa, magenta, verde, azul da prissia, sépia, preto. Curiosamente, em outros padres de Color Bar temos essas cores “invertidas” fazendo parte do padrao, como, por exemplo, nas barras padraio Philips, Philips PMS544 Note que nas laterais do quadro temos reténgulos com as cores em fases invertidas para ajudar no ajuste da imagem. Além destes dois padres temos o padrilo SMPTE ( Society of Motion Picture and Television Engineers ) que permite um ajuste mais simples do equipamento, desde que os monitores possuam o ajuste Blue Only. O recurso Blue Only exclui o vermelho & © verde da imagem, bem como 0 amarelo, que ¢ a combinagao dos dois. Este ajuste s6 & possivel com imagens eletrénicas, pois a informagao de cor (Cromindncia) é separada da informagio de luz (Luminancia). Gragas a isso, por exemplo, é que podemos ajustar a saturagao (intensidade das cores) de um televisor, indo da imagem preto e branco até a saturagdo excessiva em que praticamente s6 teremos o vermelho 0 azul e 0 verde. quando perdemos os meios-tons cromaticos. Padrao SMPTE TL SMPTE Blue Only (sem cromindncia ) SMPTE Blue Only las, apesar dos sistemas RGB e CMY serem matematicamente homélogos, na Pratica, isso nao é totalmente verdadeiro, pois existe uma limitagao fisica que impede que as cores de uma imagem em RGB saiam idénticas quando impressas, Se escanearmos, fotografarmos ou filmarmos uma imagem impressa, estaremos convertendo esta imagem ao padrio RGB. Neste caso no teremos uma alteragdo significativa das cores, elas apenas se tornario mais luminosas. Porém se imprimirmos (passarmos para CMY) uma imagem que originalmente estava em RGB, notaremos que as cores sairio mais escuras e perderdo os meios-tons. Caso se imprima a imagem de uma Color Bar, as cores ficario esmaecidas perceberemos alteragdes crométicas acentuadas na barra de cor ciano, que ficard turquesa (ou seja, perderd verde), ¢ na barra de cor magenta, que ficaré purpura (perdera vermetho) Isso se deve as limitagdes fisicas do processo, bem como aos pigmentos usados, que por mais puros que sejam, reagem quimicamente de maneira diversa & esperada, RGB RGB convertido para CMY Existem ainda outros padrdes de Color Bar, menos conhecidos, porém utilizad Europa e Asia, tais como: HD Shade Half Invert — Half Color Philips PMS538 Philips HD MPTE HD Existem outros sistemas de cor dos quais nfo trataremos aqui, porém é necessdrio citar: o sistema RYB (Red, Yellow and Blue ~ vermelho, amarelo e azul), que apesar de nao corresponder matematicamente a nenhum outro istema, pode ser usado em artes plisticas, ¢ na fabricagdo de tintas que mio exijam p nentos “puros”, como, por exemplo, tintas de uso doméstico (para parede), automotivas, tecelagem e até na fabricacao de papeis. O sistema RYB necessita do uso combinado das cores branca (para clarear uma cor) bem como do preto (para escur ‘er uma cor), © por ndo possuir outro sistema equivalente, nao é possivel realizar sua conversto adequada para nenhum outro sistema, somente por aproximacao. Circulos Crométicos RYB Assim, imagine as limitagdes técnicas em imprimir um catilogo de cores de tintas de parede, que foi elaborado em RYB, em papel, que € produzido através do sistema CMYK. Este € 0 motivo pelo qual muitas vezes a tinta na parede fica diferente do equivalente que esta impresso no catalogo do fabricante Os sistemas RGB e CMY nio sto perfeitos, mas de todos os € jentes (CMYK, HLS, HSB, HSV) sao os dois que permitem a melhor correlagdo entre a tinta e a luz, 0 wal. pigmento ¢ a cor “pura”, o real € 0 REFERENCIAS Eastman Professional Motion Picture Films, Rochester: Kodak Prints, 1982. Enciclopedia Focal de las Técnicas de Cine y Television. Barcelona: Ediciones Omega, 1976. PEDROSA, Israel. Da Cor & Cor Inexistente. Rio de Janeiro: Editora Universidade de Brasilia, 1982, SPOTTISWOODE, Raymond. Film and Its Techniques. Berkeley: University of California Press, 1951 The Focal Encyclopedia of Photography. New York: McGraw-Hill Book Company, 1965, Webgrafia Disponivel em: < http://www.smpte.org/home/ > Acesso em: 25 ago. 2010. Disponivel em: < http://www.technicolor.com > Acesso em: 25 ago. 2010.

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