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Farmacêutico e vacinação: novos tempos no Brasil

Julho/2019

Farmacêutico e vacinação: novos tempos no Brasil

Ceura Beatriz de Souza Cunha Goularte – ceurag@gmail.com


Atenção Farmacêutica e Farmácia Clínica
Instituto de Pós Graduação – IPOG
Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 09 de setembro de 2018

Resumo
As imunizações estão fortemente atreladas às ações de saúde pública, sendo reconhecidas no
mundo inteiro como uma medida eficaz na prevenção de doenças infectocontagiosas.
Consideradas postos avançados de saúde, as farmácias e drogarias possuem fácil acesso e
oferecem serviços que podem contribuir positivamente na qualidade de vida do indivíduo.
Este estudo busca avaliar a importância do farmacêutico nas atividades de vacinação,
atribuição que lhe foi concedida por meio de uma resolução, aprovada em 2013 pelo
Conselho Federal de Farmácia, que o autorizou a aplicar e dispensar vacinas em farmácias e
drogarias. Para atender ao objetivo proposto, foi desenvolvido um estudo exploratório,
descritivo e documental, mediante levantamento bibliográfico dos artigos publicados
disponíveis nos bancos de dados PUBMED, LILACS, MEDLINE, SCIELO e Google
Acadêmico, no período de junho/2018 a setembro/2018, produzidos no Brasil e no exterior.
Nesse sentido foram analisadas informações relativas às imunizações, a importância do
profissional farmacêutico nas coberturas vacinais e a legislação vigente que autoriza a
aplicação de vacinas em farmácias. Na análise realizada, conclui-se que o farmacêutico
contribui positivamente nesta atividade, tornando-a importante, confiável e eficaz.

Palavras-chave: Farmacêuticos. Imunizações. Atenção Farmacêutica. Serviços


Farmacêuticos.

1. Introdução
Quando se fala em políticas de saúde pública no Brasil, as atividades relacionadas à vacinação
ocupam posição de destaque, trazendo bons resultados na prevenção e erradicação de doenças
imunopreveníveis. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é considerado referência para
ações semelhantes em outros países, graças ao sucesso das campanhas que erradicou a varíola
e à sua preocupação constante em ampliar a oferta de imunobiológicos, fortalecendo o
calendário vacinal. (PÔRTO; PONTE, 2003:726; TEMPORÃO, 2003: 601-615; HOMMA et
al., 2011:455).
Diversos profissionais possuem a prerrogativa legal de atuar em programas de vacinação
como reais operadores desta ação, por possuírem capacidade técnica para realizar este serviço.
Dentre eles estão os médicos, profissionais de enfermagem e mais recentemente, através da
Resolução 574/13, o farmacêutico. (ARANDA; MORAES, 2006: 181; CFF, 2013).
Com o objetivo de impactar positivamente na saúde dos indivíduos, famílias e comunidades, a
prestação dos serviços farmacêuticos é semelhante à ideia de um sistema de saúde baseado na

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atenção primária, pois é oferecido um atendimento que incidirá na qualidade de vida do


paciente, trazendo resultados positivos na terapia escolhida. (PINHEIRO, 2010: 19). Estes
serviços, que podem ser realizados em drogarias e farmácias, compreendem a atenção
farmacêutica (contemplando a atenção farmacêutica domiciliar, aferição de parâmetros
fisiológicos/bioquímicos e a administração de medicamentos) e a perfuração do lóbulo
auricular para colocação de brincos. (BRASIL, 2009). O recente reforço na implantação
desses serviços é uma tentativa de resgatar a relação farmacêutico-paciente, há muito tempo
esquecida nas farmácias, por uma necessidade de mercado, que visa lucros em detrimento da
saúde do indivíduo. (JOÃO, 2010: 44-45).
Desde 2014, as farmácias têm permissão para dispor de vacinas e soros para atendimento à
população de acordo com a Lei nº 13.021 (BRASIL, 2014). Para regulamentar esta atividade,
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicou em dezembro de 2017, a
Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 197, que define os requisitos para funcionamento
dos serviços de vacinação humana no país, sejam eles públicos, privados, filantrópicos, civis
ou militares. (BRASIL, 2017).
A realização deste estudo é justificada pela ausência de trabalhos no Brasil, relacionando
farmacêutico e imunizações. Também pouco se encontra sobre os serviços farmacêuticos. A
pouca disponibilidade de estudos sobre os referidos assuntos pode ocorrer devido à recente
aprovação de uma resolução que permite a dispensação e aplicação de vacinas por este
profissional e ainda pouco se conhecer sobre o tema.
Outro motivo seria o fato do farmacêutico ainda estar fortemente atrelado às atividades de
dispensação. No entanto, estas práticas já estão bem fortalecidas em outros países, fazendo
com que o farmacêutico seja reconhecido efetivamente como um agente de saúde,
contribuindo para o aumento das taxas de cobertura vacinais e consequentemente diminuindo
o número de mortes por doenças imunopreveníveis.

2. Métodos Adotados
Para atender ao objetivo proposto, foi desenvolvido um estudo exploratório, descritivo e
documental, mediante levantamento bibliográfico dos artigos disponíveis nos bancos de dados
PUBMED, LILACS, MEDLINE, SCIELO e Google Acadêmico, produzidos no Brasil e no
exterior.
A coleta de dados ocorreu entre julho a setembro/2018, quando foram obtidos alguns artigos
que foram criticamente analisados, através dos descritores: imunizações, farmacêuticos,
atenção farmacêutica e serviços farmacêuticos. Também foram utilizadas informações do
Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Conselho Federal de Farmácia (CFF), dos
conselhos regionais de farmácia, Ministério da Saúde (MS) e Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA).

3. Farmacêutico: um agente de saúde


Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Farmácia, o
profissional farmacêutico está habilitado a desenvolver ações de prevenção, promoção,
proteção e reabilitação da saúde, de acordo com os princípios do SUS, formando um
profissional da área da saúde, centrado nos fármacos, nos medicamentos e na assistência
farmacêutica, integrando-se às áreas das análises clínicas e toxicológicas, cosméticos e

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alimentos, visando o cuidado à saúde do indivíduo, da família e da comunidade. (BRASIL,


1990; 2017).
Anteriormente às reformas, estava ocorrendo um desvirtuamento da grade curricular, pois
grande parte dos farmacêuticos preferia denominarem-se bioquímicos, em detrimento da
verdadeira profissão que havia abraçado: a Farmácia. Em 1962, uma mudança curricular
proposta pelo Conselho Federal de Educação, estruturou os cursos de graduação de farmácia
de maneira que ele fosse dividido em dois momentos: uma parte profissional básica, cursada
em três anos, que apenas graduava o farmacêutico e outra parte profissionalizante, cursada em
um ano, que conferia ao egresso o título de farmacêutico-bioquímico, podendo escolher entre
as seguintes habilitações: indústria de medicamentos e alimentos; controle de medicamentos e
análise de alimentos; química terapêutica e; laboratório de saúde pública. Anteriormente, o
currículo era integrado e o aluno se formava em três ou quatro anos, estando apto a exercer
todas as atividades inerentes à profissão. (CECY, 2011: 53).
A reforma curricular do ensino farmacêutico teve como objetivo principal dar um caráter mais
humanizado à formação, visto que anteriormente a graduação era basicamente centrada na
tecnologia. O novo profissional também deve ter noção do processo de fabricação e de
controle dos medicamentos, mas também deve ter subsídios para orientar a população sobre a
utilização correta destes. (ARAÚJO; PRADO, 2008: 101).
Geralmente, o farmacêutico é o último profissional de saúde a ter contato com o paciente
antes de iniciar o tratamento farmacoterápico, logo tem a oportunidade de desempenhar um
importante papel educativo. Quando se fala de educação em saúde, entende-se que não é
somente a prática de espalhar informações, distribuindo materiais aleatoriamente, sem
nenhuma orientação, mas sim auxiliar o paciente a perceber sua condição de saúde e a
importância do uso racional de medicamentos. (SPADA, 2007). Para tanto, o profissional
deve tentar entender quais são as reais necessidades e preocupações de cada paciente,
respeitando o contexto em que ele está inserido, esgotando todas as suas dúvidas, que muitas
vezes podem ser decisivas para a manutenção ou reestabelecimento da sua saúde. (LYRA
JUNIOR, 2005:9).
As atividades desenvolvidas na comunidade pode ser um importante instrumento de
conscientização, já que um usuário bem orientado quanto ao uso correto de medicamentos,
doenças predominantes em seu meio e as formas de prevenir ou minimizar suas complicações,
provavelmente terá uma melhor qualidade de vida e boas condições de saúde, além de tornar-
se um multiplicador das informações. (VIEIRA, 2007: 216). Segundo Angonesi e Sevalho
(2010: 3612), a participação do farmacêutico nas ações destinadas à comunidade e sua
participação na equipe de saúde, estabelece uma relação de confiança e respeito com o
paciente, auxiliando no sucesso de seu tratamento.

4. Atenção Farmacêutica
De acordo com o Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica (AF), proposta pela
Organização Pan-Americana de Saúde:
É um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência
Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades,
compromissos e co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e
recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do

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farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de


resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida.
Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as
suas especificidades biopsicossociais, sob a ótica da integralidade das ações de
saúde. (OPAS, 2002: 16-17).

A atenção farmacêutica ainda é uma atividade pouco desenvolvida nos estabelecimentos de


saúde pública e privada. Com esta prática, o farmacêutico passa a ser mais valorizado,
deixando de ser apenas um comerciante de medicamentos ao dar informações e orientações
necessárias para o restabelecimento da saúde dos pacientes, voltando assim a cumprir seu
papel assistencialista na comunidade. (BOVO; WISNIEWSKI; MORSKEI, 2009: 53).
Segundo Sanches (2017: 10), para a atenção farmacêutica se consolidar no Brasil, é
necessário que este movimento comece pelos próprios farmacêuticos, que deverão se
apropriar e atuar mais nessa atividade, fazendo com que outros profissionais de saúde e a
população passem a reconhecer sua importância e exigir sua presença. São mudanças que
exigem tempo, dedicação e persistência.
Um estudo realizado por Farina e Romano–Lieber (2009: 7-16), buscou conhecer a prática
profissional de farmacêuticos que atuam em farmácias e drogarias, seus conhecimentos e
percepções acerca da AF, entrevistando 91 farmacêuticos do município de Jundiaí-SP.
Percebeu-se que alguns componentes da atenção farmacêutica, estabelecidos pelo Consenso
Brasileiro, faziam parte das atividades de muitos profissionais entrevistados, no entanto, tais
atividades não são realizadas de forma sistemática e organizadas, como o preconizado.
Também se verificou a necessidade de uma mudança estrutural dos estabelecimentos e uma
reorganização de funções, para que a atenção farmacêutica aconteça, visto que, atualmente, a
estrutura e as atividades são adequadas à atividade comercial.

4.1 Serviços farmacêuticos


A prestação de serviços farmacêuticos contempla as ações de assistência e atenção
farmacêutica e permite acompanhar e avaliar a melhoria da qualidade de vida dos pacientes,
quando beneficiados por estas práticas. (CRF-SP, 2010: 5). Entre os propósitos destas ações,
está a assistência aos portadores de doenças crônicas, com consequente redução nas
internações hospitalares, através do auxílio na adesão ao tratamento farmacoterápico e
prevenção de problemas relacionados aos medicamentos. (JOÃO, 2010: 44).
A prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias é regulamentada pela
Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) da ANVISA 44/09 e contempla as atividades
descritas no Quadro 1. Quando disponibilizados pelo estabelecimento, estes serviços devem
ser autorizados pela vigilância sanitária, mediante prévia inspeção, a fim de se verificar se os
requisitos mínimos dispostos nesta resolução foram atendidos. O profissional, sempre que
realizar algum dos procedimentos deverá emitir uma declaração de serviços farmacêuticos,
contendo os dados do usuário (nome, endereço e telefone), a descrição da orientação
farmacêutica, o nome do profissional responsável pelo atendimento, bem como, dos valores
obtidos, dos equipamentos utilizados (número de lote e série), do prescritor e da prescrição, se
houver, contendo nome e número de inscrição no respectivo Conselho Profissional, seguido
da Unidade da Federação correspondente. (BRASIL, 2009).

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Atenção Farmacêutica:
• Atenção farmacêutica domiciliar;
• Aferição de pressão arterial;
• Verificação glicemia capilar;
• Verificação de temperatura corporal;
• Aplicação de medicamentos injetáveis.
Perfuração lóbulo auricular para colocação de brincos.

Quadro 1 – Serviços farmacêuticos contemplados pela RDC 44/09


Fonte: Adaptado de BRASIL (2009)

A atenção farmacêutica domiciliar avalia a eficácia do tratamento prescrito, focando o uso


racional de medicamentos, na aferição de parâmetros fisiológicos e bioquímicos e na
administração de medicamentos na residência do paciente. O estabelecimento deverá contar
com dois ou mais farmacêuticos, com o objetivo de assegurar a assistência farmacêutica no
local, quando um deles se ausentar para prestar este serviço. (CRF-SP, 2010: 18).
A aferição de parâmetros fisiológicos (verificação de temperatura corporal e pressão arterial)
e bioquímicos (glicemia capilar) fornece subsídios para AF e o monitoramento da terapia
medicamentosa, com vistas à qualidade de vida, não possuindo o objetivo de diagnosticar
alguma doença. Havendo discrepância entre os valores encontrados e os valores de referência,
o paciente deve ser orientado a procurar o médico. (CRF-SP, 2010: 19).
A administração de medicamentos injetáveis em farmácias e drogarias é realizada no contexto
do acompanhamento farmacoterapêutico, sendo exigida a receita médica e a avaliação do
profissional farmacêutico. (CRF-SP: 38).
A perfuração do lóbulo auricular deve ser feita com aparelho específico, conforme determina
a legislação, bem como os brincos e o aparelho devem ser regularizados junto a ANVISA.
(CRF-SP: 44).
Muitos estabelecimentos acabam não ofertando os serviços de atenção farmacêutica, porque
os farmacêuticos atuantes como responsáveis técnicos têm uma carga de trabalho excessiva
relacionada a atividades burocráticas, além de faltar infraestrutura física no estabelecimento
para o atendimento privativo dos pacientes e haver dificuldades na formação profissional para
o desempenho destas ações. (FARINA e ROMANO-LIEBER, 2009: 16).

5. Imunobiológicos
Os imunobiológicos ou vacinas são considerados agentes de imunização ativa, sendo obtidos
através de patógenos atenuados, modificados ou seus fragmentos, conforme demonstrado no
Quadro 2. Eles induzem a imunidade, mas não causam a doença, desenvolvendo células de
memória. Uma nova exposição ao agente infeccioso fará com que o sistema imunológico
recrute células específicas e desenvolva uma resposta mais rápida e eficaz. (BRASIL, 2014:
19).
Um médico chamado Edward Jenner, observou que algumas pessoas após contato com uma
doença semelhante, conhecida como cow-pox (pústula da vaca), não adoeciam. Na tentativa
de avaliar e reproduzir este fenômeno, ele passou a desenvolver uma série de testes em
pessoas sadias e em James Phipps, um menino de 8 anos, teve inoculado em seu braço, o pus
das lesões de uma mulher que sofria de cow-pox. O menino teve sintomas leves, de rápida
recuperação e o médico, meses depois, resolveu tentar a inoculação com o pus de lesões

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variólicas. A criança não desenvolveu a doença, iniciando assim uma rede de imunização,
pois a vacina (do latim vacca), quando aplicada, produzia uma reação local com erupções
semelhantes à varíola, sendo retirado o líquido para novas inoculações. (RIEDEL, 2005: 21).
As vacinas geralmente contêm adjuvantes, que são substâncias adicionadas ao antígeno,
aumentando a sua efetividade. O sulfato de potássio e alumínio é o mais usado para este
propósito, sendo o único aprovado para uso humano. Este sal precipita o antígeno, ocorrendo
no local da aplicação uma liberação mais lenta, aumentando o tempo de exposição ao
antígeno e prolongando a resposta imunológica. (KINDT; GOLDSBY; OSBORNE, 2008).
Muitas empresas de biotecnologia, além de instituições de pesquisa e departamentos em
universidades públicas e privadas desenvolvem projetos de pesquisa básica e de inovação
tecnológica de vacinas, tentando desenvolver, por exemplo, novas metodologias de produção
da vacina da influenza por tecnologia DNA recombinante, ao invés de ovo embrionado, que
requer longo tempo e tem pouco rendimento de produção. Também são estudadas outras
formas de administração de vacinas, como a intradérmica, via aerossol, oral, esparadrapo e
outras, como os dispositivos de injeção sem agulha. O uso de agulhas na vacinação pode em
algumas situações causar acidentes, exige profissional treinado e é considerado agressivo,
assustando as crianças, constrangendo muitas vezes os pais ou a pessoa que acompanha a
criança na vacinação. Além disso, o resíduo gerado pelas agulhas utilizadas é um risco pela
possibilidade de reutilização quando há problemas no descarte adequado. (HOMMA et al.
2011: 452).

Tipo de Vacina Doença Vantagens Desvantagens

Provoca forte resposta imune,


Sarampo, pólio e Risco de provocarem doenças
Viva atenuada porém duradoura, mesmo com
febre amarela em pacientes imunodeprimidos
poucas doses

Influenza, raiva, Necessita vários reforços para


Morta ou inativada Estáveis e mais seguras
pólio (SALK) induzir imunidade

Sistema imune torna-se ativado


Toxóide Difteria e tétano para reconhecer toxinas Não descritas
bacterianas

Presença de antígenos
Subunidade
Hepatite B Pertussis específicos. Diminuem as Difícil de desenvolver
(endotoxina inativada)
chances de reações adversas

Haemophilus Ativa o sistema imune infantil


Conjugada Não descritas
influenzae tipo B para reconhecer certas bactérias

Quadro 2 – Classificação das vacinas administradas em seres humanos.


Fonte: Adaptado de BRASIL (2014)

5.1 Programa Nacional de Imunizações

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No ano de 1973, foi criado o Programa Nacional de Imunizações (PNI), tendo como destaque
a Campanha de Erradicação da Varíola (CEV), que resultou na eliminação da doença.
Pensava-se que outras doenças poderiam ser erradicadas, utilizando-se a mesma estratégia da
CEV, como vacinação massiva, controle de qualidade no imunobiológico ofertado e parcerias
com as esferas estaduais e outros órgãos. (BRASIL, 2013; TEMPORÃO, 2003).
As estratégias de vacinação de rotina aliada a campanhas têm ampliado a oferta de vacinas e
demonstrado alcance nacional, atingindo as populações alvo conforme os calendários de
vacinação diferenciados que contemplam crianças, adolescentes, adultos e idosos (Tabela 1).
O PNI vem empenhando esforços para atingir as metas previstas e vacinar os brasileiros com
qualidade e segurança, mesmo nas localidades de difícil acesso. No Brasil, o impacto
comprovado do programa de vacinação e sua contribuição para a redução das doenças
imunopreveníveis colocaram as metas de imunização como prioridade nas políticas públicas
de saúde, sendo necessária a realização contínua de estudos epidemiológicos sobre o impacto
das doenças, bem documentados para cada doença e para cada nova vacina introduzida no
calendário. (DOMINGUES et al., 2015: 3268).

Calendário Idade Vacina Dose Doenças evitadas


BCG Única Formas graves de tuberculose
Ao nascer
Hepatite B 1ª Hepatite B
Pentavalente 1ª Difteria, tétano, coqueluche,
hepatite B e Haemophilus
Influenza do tipo B (HIB)

2 meses Pólio Inativada injetável (VIP) 1ª Poliomielite


Rotavírus Humano 1ª Diarreia por rotavírus

Pneumocócica 10 1ª Pneumonias e outras doenças


causadas por pneumococos
3 meses Meningocócica C 1ª Doença causada por Neisseria
meningitidis
Criança Pentavalente 2ª Difteria, tétano, coqueluche,
hepatite B e HIB
VIP 2ª Poliomielite
4 meses Rotavírus Humano 2ª Diarreia por rotavírus

Pneumocócica 10 2ª Pneumonia e outras doenças


causadas por pneumococo
5 meses Meningocócica C 2ª Doença causada por Neisseria
meningitidis
6 meses Pentavalente 3ª Difteria, tétano, coqueluche,
hepatite B e HIB
Pólio Inativada injetável (VIP) 3ª Poliomielite
9 meses Febre Amarela Única Febre amarela

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Tríplice Viral 1ª Sarampo, rubéola e caxumba

Pneumocócica 10 Reforço Pneumonia e outras doenças


1 ano causadas por pneumococo

Meningocócica C 1° Reforço Doença causada por Neisseria


meningitidis

Tetra Viral Única Sarampo, rubéola, caxumba e


varicela

15 meses Hepatite A Única Hepatite A


Tríplice Bacteriana (DTP) 1° Reforço Difteria, tétano e coqueluche
Poliomielite Oral (VOP) 1° Reforço Poliomielite
Tríplice Bacteriana (DTP) 2° Reforço Difteria, tétano, coqueluche
4 anos Poliomielite Oral (VOP) 2° Reforço Poliomielite
Varicela Única Varicela
Câncer de colo do útero, vulva,
9 anos Papiloma Vírus Humano (HPV) 2 doses (3)
vagina, ânus e verrugas genitais
Reforço a
Dupla adulto (dT) cada dez Difteria e tétano
anos(4)
Hepatite B(1) 3 doses Hepatite B
10 a 19 2 doses(1) até
Adolescente Tríplice Viral (SRC) Sarampo, rubéola e caxumba
anos 29 anos
2° Reforço
Doença causada por Neisseria
Meningo C (11 a 14
meningitidis
anos)
Febre Amarela Única (1) Febre amarela
Reforço a
Dupla adulto (dT) cada dez Difteria e tétano
anos (4)
20 a 59 Hepatite B(1) 3 doses Hepatite B
Adulto
anos
1 dose(1) (30
Tríplice Viral (SRC) Sarampo, rubéola e caxumba
a 49 anos)
Febre Amarela Única (1) Febre amarela
Reforço a
Dupla adulto (dT) cada dez Difteria e tétano
60 anos ou anos (4)
Idoso
mais Hepatite B(1) 3 doses Hepatite B
(1,2)
Febre Amarela Única Febre Amarela
(1) Se não tiver recebido esquema completo na infância.
(2) Deverá ser avaliado risco/benefício da vacinação para indivíduos com 60 anos ou mais.
(3) Esquema para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.
(4) Se não tiver recebido esquema básico com 3 doses previamente, deverá iniciá-lo ou completá-lo.

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Tabela 1 - Calendário Vacinação criança, adolescente, adulto e idoso


Fonte: Adaptado do Centro de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul (CEVS RS), 2018.

6. Farmacêuticos e Vacinas
6.1 Histórico
Em meados dos anos 1800, surgiram os primeiros registros documentando o envolvimento do
farmacêutico com imunizações, quando eram responsáveis pela distribuição de vacinas contra
a varíola para os médicos. Outro relato de sua massiva participação seria no final do século 19
e início do século 20, na ocorrência das epidemias de difteria, em que os farmacêuticos
atuavam em todo os Estados Unidos para supervisionar depósitos de antitoxina diftérica.
(HOGUE et al.,2006: 168).
Em 1970, uma força-tarefa interdisciplinar reuniu-se, representando o Centro Nacional de
Serviços de Saúde de Pesquisa e Desenvolvimento e a Escola de Farmácia da Universidade da
Califórnia, para discutir as potencialidades da profissão farmacêutica, reforçando a ideia de
que ao dispensar e administrar medicamentos, isto se estendia também aos imunobiológicos.
(HOGUE et al., 2006: 168).
A participação de farmacêuticos em imunizações surgiu também da necessidade de melhorar
as taxas de coberturas vacinais. Em 1996, a Associação de Farmacêuticos do Mississipi
(MPhA) foi solicitada a ajudar nas ações destinadas a convencer a população sobre a
importância das vacinas contra a gripe e pneumonia, obtendo sucesso. (HOGUE et al. 2006:
168).

6.2 Farmacêuticos e imunizações no Brasil


As vacinas são produtos biológicos que contêm uma ou mais substâncias antigênicas que,
quando inoculados, são capazes de induzir imunidade específica ativa e proteger contra a
doença causada pelo agente infeccioso que originou o antígeno, sendo consideradas como um
medicamento biológico e registradas como tal. (BRASIL, 2010). Esta definição por si só,
autorizaria farmácias e drogarias a administrá-las, considerando que, segundo a Lei Federal
5.991/73, elas podem dispensar e comercializar drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos, além de, facultativamente, aplicar medicamentos injetáveis,
conforme prescrição médica. (BRASIL, 1973). A possibilidade de ofertar este serviço
também é tratada na RDC 44/09, pois, além da dispensação, farmácias e drogarias estão
habilitadas à prestação de serviços farmacêuticos, contemplando a administração de
medicamentos. (BRASIL, 2009).
O Conselho Federal de Farmácia definiu especificamente, através da Resolução 574 de 22 de
maio de 2013, as atribuições do farmacêutico referentes à aplicação e dispensação de vacinas
em farmácias e drogarias. Para o serviço prestado, deverá ser emitida uma Declaração de
Serviços Farmacêuticos, contendo informações como o nome do imunobiológico, lote e
validade, bem como a descrição da orientação fornecida ao usuário, data, assinatura e
carimbo, com inscrição no Conselho Regional de Farmácia (CRF) do profissional. (CFF,
2013).
Em dezembro de 2017, a ANVISA aprovou uma resolução que permite a qualquer
estabelecimento de saúde, inclusive farmácias e drogarias, vender e aplicar vacinas, devendo a
dispensação estar obrigatoriamente vinculada à dispensação. Os estabelecimentos que

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desejarem ofertar o serviço de vacinação deverão seguir algumas normas, descritas no Quadro
3. É importante destacar que as vacinas que não estiverem contempladas no calendário oficial
do Programa Nacional de Imunizações (PNI), somente serão realizadas mediante a prescrição
de um médico. Os imunobiológicos administrados deverão ser registrados em um cartão de
saúde para ser entregue ao usuário e no Sistema do Ministério da Saúde, bem como o registro
das notificações de eventos adversos pós-vacinação e de ocorrência de erros no sistema da
ANVISA. Estes locais também deverão estar preparados para encaminhar e atender as
intercorrências que por ventura houver. (BRASIL, 2017).

✓ Licenciamento expedido por autoridade sanitária competente;


✓ Inscrição no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES);
✓ Afixar em local visível, o Calendário Nacional de Vacinação com a
indicação das vacinas disponibilizadas pelo PNI;
✓ Possuir responsável técnico e substituto;
✓ Contar com profissional legalmente habilitado para a atividade de
vacinação, que deverá ser capacitado constantemente;
✓ Ter instalações físicas adequadas e itens obrigatórios como equipamento
de refrigeração exclusivo para armazenamento e conservação de vacinas.
Quadro 3 – Requisitos para o funcionamento serviço vacinação
Fonte: Adaptado de BRASIL, 2017.

Com o objetivo de estabelecer critérios para que o farmacêutico atue nos serviços de
vacinação, obtendo autorização dos conselhos regionais de farmácia (CRF), o Conselho
Federal de Farmácia aprovou a Resolução nº 654. A intenção é condicionar a atividade deste
profissional à aprovação em curso de formação complementar que atenda aos referenciais
mínimos estabelecidos por lei e à apresentação de documento comprobatório ao CRF da
jurisdição. Também poderão ser habilitados os farmacêuticos que realizaram pós-graduação
que contemple as condições previstas na resolução ou que comprovem experiência na área de
no mínimo um ano, anterior à data da publicação da norma. Para garantir a qualidade dos
serviços, a norma recomenda que o farmacêutico realize curso de Suporte Básico de Vida e
atualize seus conhecimentos teóricos anualmente, inclusive para que possa acompanhar as
alterações no calendário preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações. (CFF, 2018).
Um dos maiores desafios que os serviços públicos de vacinação enfrentam, sem dúvida é o
atraso vacinal das crianças, que está relacionado a inúmeros fatores, tais como baixa
escolaridade das mães ou responsáveis, baixo poder aquisitivo das famílias, horário de
trabalho das mães ou responsáveis incompatível com horário de funcionamento do serviço,
distanciamento do profissional da sala de vacinas e da falta de um processo educativo
envolvendo mães e profissionais vacinadores. (FERRAREZI et al., 2018:2).
A administração de vacinas em farmácias e drogarias facilitará o acesso da população à
vacinação, contribuindo positivamente para o aumento das coberturas vacinais, sem diminuir
a qualidade do serviço. (SALES, 2015). O profissional farmacêutico poderá fazer
intervenções na comunidade, promovendo a vacinação, informando a população dos seus
benefícios, esclarecendo as dúvidas e desmistificando ideias equivocadas, que muitas vezes
são a causa da não adesão à vacinação. Estes estabelecimentos, por suas características em
termos de acessibilidade e distribuição geográfica, são espaços de saúde com amplo potencial
para trazer benefícios em termos de saúde pública. (JACINTO et al., 2015: 161).

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A atuação do farmacêutico na farmácia comunitária é uma excelente oportunidade para


disseminar à comunidade, a importância da proteção duradoura e efetiva conferida pela
vacinação, contribuindo para diminuir as taxas de morbimortalidade por doenças
imunopreveníveis e para o aumento das coberturas vacinais. (ROSA, 2015: 21). Segundo
Bastos e Caetano (2010: 3542), farmácias e drogarias podem se tornar postos avançados de
saúde, quando bem utilizadas, pois são de fácil acesso e oferecem serviços que podem
contribuir positivamente na qualidade de vida do indivíduo.

6.3 Farmacêuticos e imunizações em outros países


Nos Estados Unidos, a participação do farmacêutico nas ações que envolvem imunizações já
está bem consolidada, sendo considerado o defensor, parceiro e prestador deste serviço, além
de ocupar uma área que tradicionalmente pertence a médicos, enfermeiros e práticos de
enfermagem. (KHAMAL; MADHAVAN; MAINE, 2003).
Grabenstein e colaboradores (2001) realizaram um estudo sobre a percepção do paciente
sobre a aplicação de vacinas por farmacêuticos, avaliando uma população de 1.730 adultos
vacinados em 21 farmácias comunitárias dos Estados Unidos. Foram coletadas informações
como idade, sexo e características demográficas selecionadas, medicamentos utilizados,
distância percorrida até o local e opiniões sobre a administração da vacina. Os entrevistados
relataram estar satisfeitos com a experiência e recomendariam a outros, considerando a
farmácia um local vantajoso para a execução deste serviço, pela facilidade de acesso,
confiança e custo.
Outro estudo avaliou as políticas de imunização contra a Influenza, em Nova Escócia Canadá,
no período de 2006 a 2016 e comprovou que a participação do profissional farmacêutico nas
atividades de vacinação a partir de 2013, impactou positivamente nas coberturas, comparado
aos anos anteriores. (ISENOR; O’REILLY; BOWLES, 2018:1-7).

7. Conclusão
A vacinação é a mais bem sucedida medida de saúde pública, disponível atualmente no Brasil,
apresentando como resultado a introdução de novas vacinas nos programas nacionais de
vacinação, o aumento do acesso à vacinação de populações carentes, aumento da cobertura
vacinal e a eliminação e prevenção de doenças imunopreveníveis em patamares nunca
atingidos. Aumentar o número de farmacêuticos envolvidos com imunizações, além de
enaltecer a profissão, contribuirá positivamente nesta ação tão importante.
As vacinas, por definição, são consideradas medicamentos e, sendo assim, devem estar sobre
a guarda de um farmacêutico, que deverá estar preparado para prestar o serviço de vacinação,
devendo esclarecer o paciente que busca este estabelecimento, sobre a composição do
imunobiológico, características, contra-indicações, interações medicamentosas e os eventos
adversos.
A área de atuação da profissão farmacêutica continua se expandindo cada vez mais e por ser
um profissional de saúde que está mais próximo da população, é necessário que ele atue mais
ativamente, que vá mais além do que simplesmente dispensar o medicamento prescrito pelo
médico.

Referências

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