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INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN Código: 09.03.

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Série: OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO Emissão: 23.05.2003

ASSUNTO: CONCESSÃO DE TRAVESSIA E/OU OCUPAÇÃO LONGITUDINAL DA FAIXA DE


DOMÍNIO POR DUTOS PARA O TRANSPORTE DE LÍQUIDOS, DERIVADOS CLARO DE
PETRÓLEO, ÁLCOOL E GÁS NATURAL.

SUMÁRIO

Pág.

1. OBJETIVO 02
2. AMPARO LEGAL 02
3. DEFINIÇÕES 02
4. CRITÉRIOS 02
4.1. Os pedidos de avaliação 02
4.1.1. Fase preliminar 02
4.2. Critérios Técnicos 04
4.2.1. Travessia 04
4.2.2. Ocupação Longitudinal 05
5. OBRIGAÇÕES 06
5.1. Obrigações da Permissionária 06
6. DISPOSIÇÕES GERAIS 06
7. ANEXOS 06
8. APROVAÇÃO 07

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INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN Código: 09.03.02

Série: OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO Emissão: 23.05.2003

ASSUNTO: CONCESSÃO DE TRAVESSIA E/OU OCUPAÇÃO LONGITUDINAL DA FAIXA DE


DOMÍNIO POR DUTOS PARA O TRANSPORTE DE LÍQUIDOS, DERIVADOS CLARO DE
PETRÓLEO, ÁLCOOL E GÁS NATURAL.

1. OBJETIVO

1.1. Estabelecer normas e procedimentos a serem observados para a permissão de uso


da faixa de domínio nas rodovias sob a jurisdição da Agência Goiana de Transportes
e Obras – AGETOP, por duto ou poliduto destinado ao transporte de líquidos,
derivados claro de petróleo, álcool e gás natural.

2. AMPARO LEGAL

2.1. Lei nº 14.408 de 21 de janeiro de 2003

3. DEFINIÇÕES

3.1. Travessia é a condição, o mais perpendicularmente possível, que permita a


transposição de um ou mais dutos, preferencialmente subterrânea, de um lado para
o outro do maciço estradal.

3.2. Ocupação longitudinal é a condição de ocupação da faixa de domínio paralela ao


eixo da rodovia ao longo de um ou ambos os seus lados.

4. CRITÉRIOS

4.1. Os pedidos para fins de avaliação da viabilidade técnica da permissão de uso por
travessia e/ou ocupação longitudinal da faixa de domínio deverão ser apresentados,
em duas fases, juntamente com os documentos a seguir relacionados:

4.1.1. Fase preliminar:

4.1.1.1. Apresentar para conhecimento e análise de viabilidade técnica, requerimento (carta


de intenção) dirigida ao Presidente da AGETOP contendo de maneira clara e
objetiva a solicitação, indicando nome, CGC, endereço e representante legal da
interessada, informações precisas sobre o Código da Rodovia, Trecho, quilômetro
mais metro, extensão prevista para a ocupação, objeto da permissão de uso.

4.1.1.2. Apresentar cópia do anteprojeto da ocupação pretendida, contendo:

a) Planta topocadastral do leito da rodovia abrangendo os dois lados da pista de


rolamento (para a direita e para a esquerda) até a largura da faixa de domínio
definida no projeto final de engenharia para a rodovia, no referido trecho,
contendo a diretriz do duto ou a posição da travessia, amarrada ao eixo da
rodovia em toda extensão do trecho pretendido no Estado de Goiás. Contendo
ainda a indicação das travessias e/ou outras ocupações necessárias à
implantação e/ou operação do sistema.

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b) Detalhe transversal e longitudinal do duto com todos os seus componentes de
proteção, de operação, de manutenção e de controle.

4.1.2. Segunda fase: em caso do certificado de vistoria prévia com parecer favorável para
a formalização da permissão especial de uso, a solicitante deverá apresentar a
AGETOP, em três vias, devidamente assinados por profissional legalmente
habilitados e devidamente registrados e licenciados o projeto completo da ocupação
pretendida, contendo:

4.1.2.1. Traçado da rodovia em planta com localização exata de tubulação e de todas as


suas partes e pertences, referida ao eixo, interseções, acessos, cercas, linhas de
bordo da pista de rolamento e da plataforma, código da rodovia, trecho, quilômetro
+ metro e largura da faixa de domínio;

4.1.2.2. Planta topográfica amarrada aos RN com curvas de nível de metro em metro;

4.1.2.3. Perfil longitudinal do eixo da rodovia;

4.1.2.4. Perfil longitudinal do terreno contendo a posição da tubulação referida ao greide;

4.1.2.5. Detalhes transversal e longitudinal da tubulação e todas as suas partes e pertences


com localização exata e área de ocupação;

4.1.2.6. Detalhe da estrutura de apoio e/ou sustentação no caso de utilização de obras de


arte corrente existentes;

4.1.2.7. Detalhe de outras obras de qualquer tipo existentes na área abrangida pelo obra;

4.1.2.8. Planta de situação do terreno amarrado a um marco quilométrico ou RN mais


próximo incluindo as obras que se pretende construir;

4.1.2.9. Cadastramento de todos os detalhes ao longo da faixa de domínio preiteada, tais


como: interseção com outras vias de acesso, loteamentos marginais, posição das
cercas de arame em relação ao eixo da estrada, poste de iluminação, construção,
acidentes geográficos notáveis (grotas, cursos dágua), características físicas da
rodovia (cortes, aterros, drenagem superficial), obras de arte corrente (bueiro de
tubo) e especiais (pontes e bueiros celulares) bem como delimitação do perímetro
urbano servido pela rodovia;

4.1.2.10. Projeto da sinalização a ser aplicada – bem como o esquema de orientação do


tráfego, durante a execução dos serviços;

4.1.2.11. Projeto da sinalização de proteção a ser fixada durante e após a conclusão da obra.

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4.1.2.12. Licenciamento Ambiental do projeto e de execução da obra expedido pelos órgãos
ambientais pertinentes;

4.1.2.13. Comprovante de registro da obra na CREA/GO;

4.1.2.14. Cadastramento de todas as propriedades atravessadas pela tubulação, indicando


nomes do proprietário e do imóvel, município, código da rodovia de acesso, trecho
, marco quilométrico de referências e quaisquer outras informações que facilitem a
identificação do local, para controle da AGETOP sobre novos traçados rodoviários
e/ou aproveitamento de jazidas;

4.1.2.15. Nos trechos onde existir loteamento ou concentrações populacionais, próximos à


faixa de domínio deverá ser apresentada à manifestação expressa do governo
Municipal em relação à obra;

4.1.2.16. Plano de manejo para a execução da obra de forma a impedir que os trabalhos de
implantação do projeto bem como os serviços de operação, controle, manutenção,
conservação, reparo e segurança, para que em hipótese alguma, venha prejudicar
o tráfego da rodovia, a segurança dos usuários da rodovia e de trabalhadores da
obra. 4.2. Critérios Técnicos

4.2.1. Travessia:

4.2.1.1. O duto deve ser projetado e instalado a uma profundidade mínima de 1,50 (um e
meio) metro medidos, em situações de aterro a partir do greide natural do terreno,
em situações de corte esta profundidade deverá ser medida a partir da cota mais
baixa da plataforma da rodovia, e não será permitida travessia nos locais onde haja
dreno profundo;

4.2.1.2. Implantação da travessia deve ser, obrigatoriamente, por processos de cravação


não destrutivos do pavimento e do maciço estradal;

4.2.1.3. A tubulação deve ser, obrigatoriamente, revestida por camisa metálica, constituída
de material não oxidante, especificado em projeto e com diâmetro maior que o da
tubulação;

4.2.1.4. Excepcionalmente, a AGETOP, poderá autorizar, a abertura de valas, e

conseqüentemente o corte do pavimento, para a implantação de uma travessia obedecendo


as seguintes condições:

a) a abertura da pista será feita por etapas de forma a não ocorrer interrupção no
tráfego da rodovia;

b) o reaterramento, necessário ao fechamento da vala e a reconstituição do


pavimento, será executado pela permissionária, imediatamente, após o término
dos serviços e simultâneo a colocação do duto;

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c) Excepcionalmente, e a critério da AGETOP, poderá ser autorizado à utilização
da estrutura de pontes e/ou paredes de bueiros para a fixação de dutos para a
travessia , por processos que não danifiquem as paredes do bueiro ou a estrutura
da ponte. Nestes casos todos os detalhes do processo de cravação e proteção
do duto das obras rodoviárias devem constar de projetos específicos,
previamente, analisados e aprovados pelo setor competente da AGETOP.

d) A permissionária deverá, manter e implantar fielmente no local da obra, o projeto


de sinalização bem como o esquema de orientação e controle do tráfego ,
aprovados pela AGETOP, durante a execução dos serviços.

4.2.2. Ocupação Longitudinal.

4.2.2.1. O duto deve ser subterrâneo e instalado, preferencialmente, a uma distância de


5(cinco) metros para dentro da linha limite da faixa de domínio e a uma
profundidade mínima de l,50 (um e meio) metro do terreno natural;

4.2.2.2. Na transposição de cursos d`água a tubulação não poderá utilizar-se de obras de


arte especiais existentes como ponto de apoio e/ou sustentação;

4.2.2.3. No caso de obstáculo representado por rocha compacta, sendo necessário o uso
de explosivo deve ser apresentado a AGETOP, o laudo de sondagem do local, com
estaqueamento amarrado ao RN mais próximo e indicação da extensão em
quilômetro + metro. Deve ainda ser apresentada a descrição técnica a ser usada
para execução dos serviços, bem como o estudo da prorrogação das ondas de
influência sobre a estrutura da rodovia;

4.2.2.4. Se ocorrer terreno alagado ou turfa deverá ser apresentado estudo sobre a área,
indicando os cuidados a serem tomados para evitar a desestabilização do corpo
estradal;

4.2.2.5. Caso ocorra transposição em material de jazida em exploração ou a explorar, deverá


ser apresentado o traçado da ocupação do local, bem como o sistema de sinalização
adequado à identificação da rota da tubulação, a fim de se evitar acidentes durante
o manuseio da jazida pela AGETOP;

4.2.2.6. As escavações a céu abertas deverá ser reaterradas e compactadas


simultaneamente à implantação do sistema;

4.2.2.7. A Abertura de caixa de empréstimos ou aproveitamento de material (solo), na faixa


de domínio, necessários ao fechamento das escavações depende de prévia
autorização do setor competente da AGETOP;

4.2.2.8. O revestimento vegetal necessário a devolver à faixa de domínio sua condição


natural e/ou tratamento de áreas degradas em função da instalação do sistema ou
para a proteção do mesmo deverá ser executada, imediatamente após a instalação
do sistema naquele ponto e segundo os critérios técnicos e ambientais
determinados pelo setor competente da AGETOP.

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5. OBRIGAÇÕES

5.1. São obrigações da permissionária:

5.1.1. Obedecer rigorosamente o projeto apresentado e aprovado pela AGETOP;

5.1.2. Não efetuar qualquer modificação no projeto sem prévia autorização da AGETOP;

5.1.3. Apresentar, junto ao setor competente da AGETOP, com antecedência mínima de


10 dias, do início das obras, cronograma de execução de serviços para
programação, por parte da AGETOP, do acompanhamento da obra;

5.1.4. Remover, paralisar ou alterar, a qualquer tempo, suas instalações caso os responsáveis pelo
acompanhamento das obras, por parte da AGETOP, considerem necessário para resguardar
uma boa técnica, instruções e normas ambientais e da segurança;

5.1.5. Todas as obras que a concessionária for obrigada a recuperar serão executadas dentro das
normas e especificações da AGETOP;

5.1.6. Durante a construção deverão ser observadas as Normas de Segurança do Código


Nacional de Trânsito;

5.1.7. Quaisquer ampliações ou melhoramentos que a obra implantada venha a requerer


(aumento do número de linhas de tubos e outros) serão objeto de novas
autorizações;

5.1.8. Todas as autorizações concedidas são a título precário, cabendo a AGETOP,


cancelar ou determinar modificações ou retiradas, caso necessário, sem
indenizações ou qualquer ônus para a AGETOP;

5.1.9. A concessionária tem livre acesso aos serviços de construção, manutenção,


conservação e reparos desde que os mesmos não prejudiquem o tráfego e a
Segurança da Rodovia.

6. DISPOSIÇÕES GERAIS

6.1. A presente Instrução Normativa está de acordo com as prescrições da Lei nº.
14.408 de 21 de janeiro de 2003 e seu Regulamento.

7. ANEXOS.

7.1. Modelo de Requerimento para Credenciamento;

7.2. Modelo de Requerimento para Permissão de Uso;

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7.3. Modelo de Termo de Permissão de Uso;

7.4. Modelo de Certificado de Vistoria Prévia;

7.5. Diagrama do Processo de Autorização de Uso da Faixa de Domínio;

7.6. Fluxograma do Processo de Autorização de Uso da Faixa de Domínio;

7.7. Diagrama do Processo de Fiscalização de Uso da Faixa de Domínio;

7.8. Fluxograma do Processo de Fiscalização de Uso da Faixa de Domínio.

8. APROVAÇÃO

8.1. A Diretoria Executiva através de sua reunião aprova a IN – Instrução Normativa nº.
09.03.02, para a AGETOP, com seus respectivos anexos e determina que todas as
Unidades Administrativas dessa Agência dêem ciência e cumpra-se.

8.2. Esta IN entra em vigor nesta data, revogando-se as disposições em contrário,


emitidas no âmbito da AGETOP.

DIRETORIA EXECUTIVA DA AGÊNCIA GOIANA DE TRANSPORTES E OBRAS,


em Goiânia aos dias do mês de do ano de 2003.

Carlos Rosemberg Gonçalves dos Reis


Presidente da AGETOP

Hélio Rodrigues Pinto Rogério Mendonça de Lima


Diretor Financeiro Diretor de Operação e Manutenção

Nelson Henrique de Castro Ribeiro Luiz Antônio de Paula


Diretor Administrativo Diretor de Obras Civis

Delano Cavalcanti Calixto José Américo de Sousa


Diretor de Planejamento e Projetos Diretor de Obras Rodoviárias
7/7

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