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TEMPO” LUIZ COSTA LIMA O CONTROLE DOIMAGINARIO Razao e imaginacao nos tempos modernos 2 ist e ampliada do 2. eigio— 1989 capris {te Cente Lime cians, Canopy one Sint Nacional das Eres de Lvs RI ina, Lai Costa 1937. ‘sec O conole doing azo eimai 05 tempos moderns | ‘Yet taje Cou im Rio de ama * Foren avers ‘alesis empo) iipata _ Lear soi — Hina cle To. HT: Ra cpp — ean | oe BUT ior tmeane) riba repodaottalou paral bem come rep pets ar irdeto eal foma ce por qelqer mei ic ou meta, c= Siveatrvé de rovewer erp Jleocspmedepunsia enpeminio sk pros do oe fe 38h de 1412.73) ISBN SaaS ese vos 0 ose provide det irs el TEDITORA FORENSE UNIVERSITARUA LTDA. Rn ta Avent, 35 IL andr ~ 2001 — Rie de aro — I "ao de SS6 Francis, 30 01m — Sto Pao SP Limaginaion pottiqu. qui e ame ennemie mor- ‘ale dans epee prosiqa, ajuda pas ‘te Jamul nicrsre de rapper use oma dos Suis gu som Te narration horigue ot ogee, (André Breton: Paton poltaue du suralisme, 5 147) Os Destinos da subjetividade: historia e natureza no romantismo* Dif die Weltgeschichte won Zeit 2 Zot umgetohneben werden mise, dariber ist in unsern Tagen wodl kein Zee brig [peblieben. Eine solche Notwendipket entitoht aber mcht ete dake, wil vel Geschehenesnachentdeott worden, sondern weil neue Ansichton gegeben werden, weil der Gonoste einer fort: Schveltenden Zeit auf Standpunkse gefhrt wird, yon welchen sich das Vergangene auf eine neve Weise iterschawen wd beur- teiln last. Ebense tert den Wanenschaions 991470 Goethe: 1810, 413) A. ANatureza 1. 0 Colapso do universal lassico A tal pontoadpoce cssca 6 atravessada pela ila de undade, ‘medida que domina¢ Estado absolu- Jana dvisa de um s6 Deus, um sri, lua se. Respaldando esta uniformidade,estendiase anazon ave 2 ves: flo, novenbuo 2, Sunda vrs, fl, jo Fine cena rca gape eae muro angar eh Ser pec eet al re “Sokeimertos mm de dopo Soocobartn, mw de havea suid Naves sods to nS mrp wn pe St ar aes © cONTROLE DO INAGINARIO. a devia ser investignda pelo telog e pelo filsofo para_quc. desde a ‘scala polticn nt administatva, aida do divino som amano se mosrass bem funéada. Este elorgo tine por desderutu 0 ea belecimento dees universas — a5 eis da razio. A razdo descol rind como uma harmonia de peas. Lar assim pelo fortalecimento {© manutengae do pact entre homem ¢ Deus era servir ao instiuido pela natureza das cosas. O rei que reverencio € meu a proporezo que feu me integro A ordem universal. O que vale dizer. a subjetiidade € ‘menos negads pela ord séssci do ave subordinada itegrada a principios “natura”. Uniersalidade dos-yalones«-prévia deters Ser ceupado pelo subjetivo eram poss versa reverio. dda mesma medatha. Resuite dat que o indvidao 58 se senta repr ‘ido quando no acitasse ser aqucla uma order natural Assit, 20 invés, a bierarquia "natura, sestado 0 modo de agirfundado na rarlo,osujeito individual ao finha como sentir-secoibido, A suprema “sabedora da épeea el tem, acs poucs, apr ‘er contol da ubjetividad, iniciada naquete lon: nquo fim do séenlo XI, Sabedoria, por cero desconhecedora de sua ‘ripriaextenso, que tina por base aperaconalo principio de analo= ia entre » mundo das coisas eo as palwvras, sobre o qual Foucault ‘os ogou a obra capital, Les Morr e es choses analogs foreinaa como © fertium eomparations tangilizador © do se encerrva n> campo da visualidade = onde, por exemplo, uma substincia era considera bendfea para tal doenga pela semethanga de sua forma ‘com a do 6g afetado — pos de igual se impananoearnp absrato. Perguntando-s por que seus versor slo aceitor por prinipes © pov, Boileau implicitamente utiliza o principio da semethanga tomando-o poreausa de suavalia universal ..) Cet quent rl, ds mensonge aioe, ‘Ques ie etemel sont pss aust (0 verdadairo se mostra aot clos de todos ede ods atinge o corto, squcsabe "yer" a derencacnlzee bene o mal. Sea mesma epstola «0 margués de Segnelayafrma Rien est beau quete ea eval sel estaimable", { bem porque o belo é somethante_ao verdadero, cume dos valores, Uuniversis: Mas, para alcangar est semtelhanya prometia pea natu ta, 6nezessirio queo posta siba se conduit, rconhecendo que sev ‘material, a Gspio, Gums fina lalsidade, melhor, uma flsidade que ele ide omveterem fin, desta, correla: Ciewin de quaigues felsidiade Sau geate Nap gems 00. Gut eau yextrileriaréate™ sian sed olf, Caio ‘de ede {A passager dena clara a fungSo da imitario: er por ea que a fibula oeticalimava os dentes conta a "mentira Yencedora” eb ent se fomnava passive! de ser aceita pela razto, em todos infusa. A mentira seria venedora seo autor eguiase apenas por sua insubmisss sj vidade © no a tornasse aclhida pela order “‘atural”.impossibil {undo pois a sua uniersalidade. & palmar, portanto, que a idia do ‘veto ao Ficcional se diigia ao controle do subjedvo; que oInagindrio ko era por si mesmo objeto de lessasBo, a qual se orginava do et~ ‘vio socal empresta ao imaginirio Controle que no era elcaz sm 4 coneordinca do sujelto agente; melhor dito, se ne couse eon ondigtes siciopolicassufkcentementepersuasivas ...impessibi- tadoras da rebeldia manifesta c, ao mesmo tempo, eliminadorss $8 sensagao de atrito quanto as normas a serem_obedecis. Oa, este Iaboriso edifcio fundado.no principio. da. semelhanea.atvado pelo seericio da rsio, visa uo eatabelecmento de wins logilago ust terval cintemporal, comega «ser minado ainda em finas do sSeulo XVILOs relatos de Fegem. reais ou inventados, que se multpticam 20 Jonge do século, tomando por tema a China, a Pésia, a Alvica ou a ‘América, fits por missionéros,exploradores ou simples viajantes, divolgam a divesidade dos costumes © doe valores, pongo em dvida & ‘uiverslidade até entao afrmada. As Viggens de Gulier (1725) ‘onsttvem apenas documeato fcsonal mas conbeido dastia que 4 pretensa cus, Seo relate ‘ismo,acenuad pos vajntes,alaca a uriformidade extra preten- ‘ida pela Epocaclissica, na frente flosfica,o Fray on human under etend qua ‘iz esncia alm, pois nosa saber ndo deriva sen. de nosis -sensages, de que o pensamento, oraciona, no passa de um. derivado ‘Nio hi por iso nada capaz de receber 0 assentmento aniversal de todosos homens ever de uma rzio naa, a mquletagaoe 0 desejo lo seu fundament, Mas nlo seria substitu uma fonte do universal pr ota, mantendo intacto o programa da universlidade? No, pois DO destaque da es revels algo de particular a indiniduo, em bora ext sla ule comm a fsx os indivi. O mcamo 180 se relent wi. OcONTHOLE Do MMAGINARIO = poderia dectarar do intima da razdoqueeliminava a pecliarkade de Fastespariculares. Nao nos nteressnd o debate filosiio em si, aque ns cade é acentuatscueleito parle: a erica de que parte Sistema de Locke implica oreale do individual. Or, seria groteso Densar-se que o principio agora conraposto se insurgise de um 3b bee conta efi inter da fart untesalizante. Vero com tdes em A Monadolgie (1714 de Leibniz. Declaradamente, 0 Pe ‘quero ratado opunha a ida de subsiinciaespiiual 4 explcacSo por unas mecinieas,deendida plo pensumento cartesian mn ‘Sito movnte de indvido 0, as palvrs do proprio filsao,s tntléqia on alma (63), € eta substincie simples, igi, ee ‘tie! as mesma, imposel de “ser alterada ou modificada em seu Inte por outa ciara qualquer. (~) As mnadasndotém janelas por onde qualquer coisa psa eniar ov Sal” (Lebni, G, W.: 1714, §°9. 0 ave equiale adie, a ménadss 36 se modificam por causes DPropras. Q indivi, monada revestida de um corpo orpéico, € ‘otade pois de um principio exprituale ao mecinio. Este entend- ‘mento udimentar nos enaealcalizar o pensamentoleibnizano @ -sefes cerrada do suet individual, contra sro unresalizante que, eterminava a prior seu lugar. Leis contudo tora sua iia Serine ordom de su tempo pela conjuengdo do principio mona: otic com aexistécia de Deus ‘Sb Deut &uniade primi ou 2 sbstnca simples vgindis de gue prov tat ar maadas criss ou ders (4, Deus se ora ui postulado indispensive para que as ménadas, ence ‘aus em si meses, mQo se choguem entre sl, mas, a0 contri, © ‘harmonizem em uma ordem perfta,Poiss6 assim ess, como argues, em tad sasar Devs como leysador (@ 69 Exes infinitos compos fechados, as ménadas, slo atravessados pelt mesma isha dvina, que, por um lade, os ordena numa harmonla das sores e, por auto, os tora, a cada um, especulares de todos os ‘emai E, asim como mesma cidade parece ours ese mutica perspect ‘iments send corenada de ines lads, 0 mesmo suede quand, ‘ein infiita qoansdade das abstncas spies, parece have ours [Snir unvenen llerentes. qe, portant, apenas oa perspectas de tin sh tepundo or dfloronterpontr de ata de ede mona (7 Por grande que sca a manutengto de um eritério de univer. salidade, dentro dele agore se move uma tina destutva, A sublet vide individual exige que a sabedoria dvinaexpigue por que, asim. ‘monica eprivatizada. &capaz de conhecer 0 universal. Ou sj 0 Sirersal agora ve interioriza c, torando ¢ individvo wm mine & potencalespeiho, converte sua mediagae como divin emt um jg também interalizado. © mundo extero, a natura, se dspovoa do Deus. Emboralogismente explicadat pela aqz0divnn, de que en30 server de prova, as subsiaclas spies falanies se tornam, de fro, 0 penhior da existneia do Deus. Se cls noo afirmarem e, menos higianas do que gostaria o préprio fisofo,sbandenarem seu centro originador, © mundo extemo parecerd deserto, dessacralizade. Neste Sentdo, tanto o pensamento de Locke quanto 0 de Leibniz encami- “nhavam para um mesmo run: a Gnas oe dre encanire do criado com o Crador, desde que a beleva acitasso su Semethanga com a vordaée e asim Se cumprissena mili, mosta-s2 agora deseria © host. Dat, como acentua Cassirer a propisito de RRoussean, "no hi mais agora nenhuma transi diet; ndo a natu- era mass moraldade, nto qualquer conbeciments da ordem objets 1 tindo nas 96 a conscizacia tctirirons cattnto pore Deas (Casszer, E1945, I). Assim, pos, desde fins do siculo anterior © slisses. Dentro do programs desi vo, {aade casi, ovo 8 esto no implkavs fant «hor o.0 Plghso gente. EU adie. porno, 0 SOnTHE da Fogo vsara ao coatrole da subjetidade, do que se seria capaz de fazer com ea. Ora, a0 longo do século XVII, ndo 6-0 pensimeato filosfico emprestava um peso indo i sensagtes, A consists 0 ‘atuto monadolgicodoindvidvo, quanto a religio perdi sua fon mo inslumenio de socalizaco. Demonstraso 9 exame dos livros publicados durante séulona Franga. Ao passo que nos anos 20 mai fe um tergo das obras sto de retpito,jé na metade do séeuo desa- ppatecem a8 obras mais populares, "as de itreia e devorio”. man- Tendo-seasimais “especalizadas oferents & teolgia ed apologies (eh Fare F: 1982, 148 152). ‘Todos os sins mencionadosingica a preparagio de uma mu: ae hoje il econhecer profunda. Por let de rosso tema OCONTROLE DO IMAGINARIO 7 estaquemos apenas mais um: como esta erse aleta a prica © a someepgioda Histiria = ‘Durante a época clissica, a Histria, a partir da interpreta ‘ati do mundo, se apresentava como hisria-universt, em cio Ioroe se inseriam os histériaspariulares. A Hstria se apoiara em ‘um esguema aprirstico, que de um lado a separava da idea ce ‘eaquiss dos fates ede outioa dispunhs no teritrn da Fetiicae des bela letras. Data ertcnifada que Montaigne diigirs os historis sores Geramente cng pacacsteencarg.scbretlnossicuorpresntes estos wipe: pela iva rarho de ser Talar bom com Seb ‘sms aprender ala gramdtca! E cn tm rao ems pea are comet parte, pls 50 por so foram pags 3 ua lone em 3 vend. Asin cm Bes pati, non sere om tio ena ‘ido os boson que ecferam fas cneraitadse dis exade (MoH alge, MCE de: 880, 0, 398, ‘Ainda na segunda metade do culo XVII, s histria sacra & severamente contestada pelos aniguiris, que, como Leibniz, see cerram no arquive, se dedicam 2 ou se servem de especaitas em lineias eno auslisres, como a arguenogia, a numismaties, eden 4e textos, Este imenso trabalho documenta ndo afetacontudo o eta: tuto da Histri, que continua a ser contada entre asbelasletras (ct, FuretFsop. ct, 105 107). “Em er de imine, 0 oss entre o historiador e 0 antiquirin umentado, no séeulo XVII rane, pela moda da hist ior Sill, spenas “um “dscurso sobre a histria univer” licizado” (Furet, dem, 113). Colada sob 0 sgno da tansglo, a histori frfia tradicional procurava calafetaro velho padrio uniersalizante or meio de uma flex dstinta da precedente apenas polo sbandono do esquema dx interpretacio religiosa, Mas este “apenas” nos diz mito: ciznos que a Histria se dessacralia, E nos diz ainda que os {que a dessscralzavam eriam poder empreendé-la mantendoo desprezo pelo rabalho “manual” dosantiquiries. A siuseio no se madara Som 0 impacto crescents do paradigm: Muito ao contri, 0 ideal farem simportinia dos dades empiric ea iredutibiidade do ind vidual. Deste modo os dlemas conhecidos pela historiograia, nests Pinepios dose XVI, em apenas um aga comms cam oF Oto = ore costa uma sinais ais assinalados: também ela é stingida pela crise da con ‘epoio universal apriristca da rato clisica as no é de imedisto fmparada peas correnesinelectuais que se antepunham & meotali ade casi, Estas tém duas frentes, «da explicagio mecinica, bast camente representa polos cartesanos, ea da explicaeo pcan, fealgante do elemontos pertenceates i subjetividade peivade, se to de sua prépria iedutbiliace i agto externa. Nenhura das duas beneli- cia dretamente a tarefa do histeriador. que, como melhor veremos na Segunda parto deste ensio, 6 so desenvolerd no dltimo tego do Séeulo. Pos ainda nto se apresetaraa variant dcisiva: 0 esforwo pela ‘dentidade nacional. SO aia Histria sera afastada de sea parentesco “com arstriseasbela-tetrs, (Conn atc dest capital consist rm sefleti sobre as relagdes ‘que 1 concepeto moderna de Historia teri com o dscurso fcconal, Perguntemo-tos entdo 0 que se passava contemporaneaniente com ‘Ao mvs do que se passava com a Histria, a erse da mental- ade clisica tere um efeito imediato, seja na expresso lterdeia, sea _na rellexio. ques the dedicara, Sobre stima, bastz que ao lent ‘remos dor nomes de Bouous, Dubos e Shaftesbury e dos prnetpos ‘com of quais era proposta a esttica agora fundada na eategeia do ‘osto, Quanto frente terri, baste-nos recordar domindncia da expresso do sentiment, como Manon de Prévost, Pou et Virginie de Bernardin de Sain Pierre, La Nowerlle Heloe de Rovsseat 08 > mances sentimentais de Richardson, Como nto engitamos de fazer tums hstria das is, limitemo-aos a assinalar estes nomes e cor- ees e guatdemeso desenvolvimento para o exame de algunas col eights de_Diderol. Mais preisamente, veiamos como ele aborda a {guesido do sujto individual, através do papel desempenhado pelo Sentiment e pela natureza, abo mais saralizada, Como trees oe siao de ver, osuetoindividuale a natureza ni esperam o remantismo para que estritem suas rlagdes. Perdido o seu antigo lugar, a nat esac aprera para cri a utr senor. No famoso "Essl sur la peiture™ (1768), Diderot nao s6 most ‘ deseréito em que tem o modelo da imitaio, quanto oembate surdo ‘ques Irava entre dois eritros concorrents:o que explica 4 qual dade de uma obra por itradlagao de uma virude individual e© que a justifies por sua fidelidace & natureza, Logo de inicio © poligrafo {concentra suas bateras contra 9 modo como se efetuava a educagio do frtita, Os anos conragrados 8 Academia nio ensinam ao aprendr ‘maisdo.seo deminio de uma “wanetra" wesutadoartifial com que ‘se modelam os corpes de uma forma que nada “tem de coma com a8. 3 Ges da aurora Para que o aprendia se Ubertsse das Prisdes da mancia seria necessirio que tocasse 9 modelo academic peo costume da observagao a0 viv. Mas sé isso nao seria bastante, poiso acabamento permanecria imperteito sem a asistéucia do gio ‘0 refinad sentiment Mas a ver bet enable 9 ht, tats aes ‘do setinanta edo Senineste debeeds (Dsl, D176, 118) Ji. condenagio da maneira vide ago da vel ii lati. Amanera &considerada artifical e menos rien que at ceras 8 ‘ida porque jé nie se r€ em ust modelo temporal de relia, eu bsorgdo pelo artista individual eiminase de sua expresso tudo 0 que Se chasse com a semelhanca do belo com o verdadeio. A nega do Antigo criténio contudo n30 & apenar erica. atagque § imitetio & Parueloa virlénia conta ohieratismerelighoas: a histéria e nossa Feligiioe de nosso Deus" teria oto rendimentofigurativo se nssos padres nko fesse estpies carols: se estecbominie x tiansmo nto fese eset pelo ssssinioe pelo sang: sa ar de enn parvo nan se rere m una ierient ish Bentfien de no seo eq nko se compreende nem se perce Se not infer freee uta sea que no bam 6 fog emir elondor «pice, gemidee «ranger de enter (Diderot, Ds ium 1, ‘Em palavras mais dreas, ocrsianism sera ume fate inst mivel para a representacdo plistca, postica = escultria caso renun- case ao modelo de uma realidad intemporl em favor da expresso ida ida. Ora, mesmo que im ouvido religions concordasse que 0 ‘modelo lassico de ma realidade intemporal se converters em uma forma estereotipada, nfo podria scompanhar Diderot em se louvor a ida, pos ist impliavs a perda do angelsma ds Virge, em prol desuaimagem de mulber sedutora (.) Sea vrgen Maris ene id eo praer, on more de ‘Bea, ne tree tho so bls cnn suas Bee a, mat belt a, que ese sade 0 Esprito Sant ese 580 fs esto Bo Seo desua oi emo), ” 1H.COSTA LIMA Nomomenioem que ainda nos fala nem de romantismo, nem 4e realismo, Diderot encaminha seu raciciio no sentido das due Dropostas. Em uma primeira leitura, o ensio condo parece se inet nar paraadleriz realist. Ou sea. havendo amatureza se tornado este spago vacant, no sucralizado por uma cencepgio que assent na proximidade gue o divino mantinna quanto ao homem, sua foes assava a depender do intercimibio igen com 0 homem. cio inte fesse, ou mesmo entsiasmo, despertaria pela spresentag dar enas vivase mutive's de suas inimeras combinagtes. Mas o homem visado ‘or esi intereiembio seria o homem qualquer? A passagem j& tans Cita, em que se expunha a necessdade de wm talento especial para © artista, mosira que nio: seu poder de observacio quanto a0 todo evera ser soortido por sus verve, seu sendmento © a génio. E tampouco quanto a0 receptor bastavia eapacidade de bem saber observa, A ele stipe que tenha gost, Diderot contudo pereebe que ‘categoria do gosto demasiado fvida, Como trabalhar com entre {30 idiossincré ie? Come converélo em insirumento alien? Seogosiod uma goto de capicho, ato Bénenhuma rear do bel, Ae onde eatio vam ets pagbes alconn que se seam Uo sabia ‘ete to lvelusurtamete io tumult dando de noms fas que acuta oa apertam » que free sco alton 2 lagrimas a alega dade. du sdnirart, sea ao apecto de algae tzandefendmeo fic, a0 rest de slum grade to ora ‘apace. Sophia lamas ersadini meu coast Quest sada em ‘minbas evans aut era oo se somoee de 167) A solo propesa pelo filésofo ser menos convncente que sua ripe questa. Di ‘Que €entoo gost? Une facade adguiide por experince rite zadas-em capt eerdadero ou obo, com «creatine qc terns {une derr pont = wvament ado pore (-) Migs Asp t Peeled: Pty cs Races coe a ec eee eee {ELH niga com eta forma age sun epura,¢dexcee ge Sis épra es euna a aie reals Gucm impos ea cor Mig Are, cre ums inde doutas que pods elt? A ‘aperinca di dsi om, 119) ‘Ao car no individ, ao trata das qualidades a que a expe sina criadora ereceptora da arte deveia responder, Diderot passa Ladi se rasp peo particular erapidamente 0 conduz a um plano gra ‘plano do habit, e plano da inuigho antecipadora. Embora todos 0s ‘ois pressupontam, para o autor, a experéaca cotidiana nose inte fram ao mesmo plann eral. O hibito ale se insrevediretamente, iten ee sufiiote como explicago para a conduta de todos. 1a intwigdo anecipadora, contudo, ¢ priativa av Indliduo dotado de seni En vex pois de toma come defini geal do criador. deve Flames com mats propriedade dizer ques trata dom iro genic, ouco defini em si mesmo. Desta maneira a questo do gosto leva a fm devequifrio na determinagto dos pls presentes na experiénca 4a arte: entendido como fungto do hibit, o gosto se toma operacio nalziel. Relaconado com a qualidade da intuigio do génio, esta ‘io se sone acoscentar mals do que ser ela inesperado,o ical Culivel. que antecipa a descoberta cen, Se abstairmos ete 8 proximidade com a india, ave 0 priprin Diderot no. desenvol ferems 0 génio encerrarse em ume concepya0 sopra: glnio 6 fenio, Mas do proprio autor nlo escapava 0. desequilxio do rendi ‘mento anaitico, O eri de gosto funcionara bem para expat as condigder de recepeao, mas no as de cago. Se eta supe uma Sensibildade especial, nota Diderot tal semibldade raramente ser ‘Scompannads por uma seqiéncia de gosto correspondente, E do fre ‘ene dessompass entre a sensibildade iovadora eo gosto neces fio pata sus comunicapao result a incerteza de xito da obra de génio, ‘ue, pee 880, s6assegurado pela intervene. douto gn: “Da a inserter de rode ods bea de glo El € 5. Nos the {pec serde a flacnando imeitaente 8 tres, quem abe ‘Srsrecune ai? om outro omen de ns Gem, 1), [A cléusulainterposta — a obra de g@nio si compreendida reme tendosetdeimediato A natureza — reitera a mediagao da natureza Mas esta megiagio $6 6 vise a outro gio. O que enti parecia uma patente antecipagio da esgica realist, termina por se mestrar ante ‘inagao do que sri defendido pelo romantistne monesteoricanente vise, Mas nio € tanto este resultado que ns importa, quanto ‘Somprovar qua natura ji eniQo w apresehta como terra desanpa- ada de uma rede simi, ue Ihe assequrase Seu seatldo. A cdi bublimaya.anaiureza, ve riaturas © aidentes ta yerdade previamenteelaborads, Este tipo de produeao agora parece plldo false cavcato &verdade estuante da vida. Mas & ‘enir i fixago da vida se mostra teoricamente insuficene. A codi- ‘cago realist se depara com oespinho da imitago: imitsr o que se a ida Figured Para si € prec ‘iarse cotado de uma capacidade particular edetermnads. O aban ‘dono da lgislaco cldsie deiraarellendo sobre a arte i volts com 0 problima do tnioidiossneritico. Qual poranto © papel que 0 "rea- Tismo" teria no pensamento analle> de Diderot? Por nosio encami- ‘hamente, poderseia pensar que sua anunciacio do realsmo no rusia dem estivio prepavtdro, posterormente sebsumida 20 ‘eslaguedogénio. Mas € uma impresso fas. O argo de quatro ans antes, “Blog de Richardson” (1761), tornava mais evident tensio ‘entre antecpagtes roméntcae relistae por que ako se tatava de Siperd-la, O romancnta ings, nota Diderot, nose pede jamais mas egies da magn (er). O mundo em que iver to Iga de oma funda dese drums & verdad set Personen lm fod rela puso seu arate st trade ‘So mio soledco seus inctener eto ns sumer de fan ices elides a pate ue pats agulas que experiment Inn: (1) ee me mone o cso gerl das cas que se cream. Sem sea ac mini ana inlnasdse cat dor pr citados uence, lest seas momenta imprest fata e passage (Bidet Detret 106. ‘eimpoeo erie real ue oa Settee er ese pa gee la procs ao Feepior.O "ealismo" portant che imp menos por ‘una preccupayio didatica que emprestaria& arte do que pela imposs- bilidade de teorizar eperocionalmente sobre © génio. Quando pois sina escrove Se importa acs homens serem persatitor de que independertemente etd conidrago ites set id, no temor nada Se mehr 8 faverpara er Slits sen scmor virtue, que sortie Richasfon no presto spi rana im, 1062), fo manifesta um mero julzo de ordem dics, pos 0 que etcamente 56 esta também de realce do pono de visa estético, por asegurar 8 lissca da arte, Em palavas diretas a nogio de génio buscava pati Jatirar as endigies para osercrador a de realismo, as condighes ara a sirclasio da obra ctiadora. A sbslstiragao ds spelen. a di segunda. acum can as relies da.realdade social com_a obra de are que-se “ennjecera na coneepgo do reflex. Em termes menos grossirs,.0 “Tages romaene realists aecipam em Diderot porque ele prey sete anecesidade de uma nove teorizasio da arte Ivar em conta 35 ‘quetier de (a) erpecificidade dn obra © (B) 4 svn reagan com 8 ‘alidade, scot a qual aio se explicaria 0 inerene que-despera Entendido por este angulo, Diderot sparese como 0 microvosio de unis problemen que se desenelars, na leraturaeurepti, até finals do Salo XIX, avangando am nalieratura das Amésicas. Esta afrma ‘G0 ndo visi converte os 150 anos aproximads que se desentolam a partir de meades do séeulo XVII em um quad sinernico, 0 ae 38 ‘ria concebivel se cx enunciador de Diderot pudescem coir tate Feza das eolocagéespesteriores. Se iso absurdo, wormente rem as questbes que srd0 bisias A discussto dis, bcadas seuintes, Para comprovil esquematicamente, lebremos a “rflexdo que Wolfgang Presendanz éesenvlve a props dos roman- [Gsiasalemies contemporineos ao naturalimo (Stier, Raabe, G. ‘eller, Fontane). A inststagao que todos manifetam com 0 rumo 40 omance contemporineo, a exten acerha que wm Fantane reserea & Zola e Turguenov resulta de seu desagrado quanto 8 mancita com letuava a “articolagao problemética entre a realdade subjetiva ea {aticidade objetva”(Presendans, W. 1962, 472). Para o germ de Konstans, a questo surgia com o romano, por so papel da 8 poiesis” (Preisendanz, W.: 1962, 488). A emancipago da aasiatornava-se ent problemitica pla separagio entre ox princt pos da mimesis © da poisis. Ao passo que o poeta lrco cege a Segunda como seu bastio, erende-o suiiente para a expressio da fantasia, o prosador, por motivos a serem ainda disetides, opts pela ‘mimesis far de Histira a sun mana (Sem maioes comentrios, © ‘eitor pereebers.que as preilegdes pela pies © pela moments corres “ Luzcosta LIM podem, em Diderot, & tensio ent gEnio e realise.) Por iso, diz Preisendanz, naciica dos rosadores alemacs ao realismo deminaate, “sempre se ratava da natura de uma mimesis possea” dem, 468), declars s vontade 6 ajusar a "eonscacia possica na Vda «oth diana" (Hye) com aimaginasto pots. Pond a questo em vermos eres: pana conseguir. no compe dh arte, a unidade ambicionsday 3 pecs elisa sabordinara a posse a um entendimento simul uh como serosa lepitmidade deuma g auondade, mondegics ¢ de uma st relipio,cetentora edesaradora caer. dade. Ne praca, sso imple a ocioidade de conceit como o de, imaginasio, «nfo ser que foie entendido como unt eso pido ds dnsento, por sua vez Slo eso da pais, asim como 0 despreto Dot atid que vsssem 4 reeonstiunao do passa, pois o sentido da Hiss ja estava previamenteesabcecido pela Meligageschichte, a Iistria sagraa. A via eno se mostava um barco bem calaeta, sem que seus oevpantestvessem dese sentir reprimidos 1. sem que csinferessadcs na arte sentssem o veto 3 fig, porguanto vege estavapré-tragada para todos, So se questionam a sepurang do barca {a tranghilidide dos passagstos quando ¢aetado 0 ponto capital do edificio clissco: a atemporal uniersaidade da r4z30. Quetonado, ema da subjetvidade, de seu papel na consiuicho do eset diss de expresso. No caso da are, prima da nesta pels stticas do gosto © dogo" Na retexa0 sre Diderot, vis presente uma formlagdo que buscava da fte ‘vida toirica vo conhevimento da arte, na Abertura dos tempos Iodernes. Vines eto que seus conceit cave Tedcavan Um Mes problema: a expreaio de natarera «do indivuo, nos crits po dativo rcepivo. Muito embora seus conceit reham a ser ult Passados pela melhor refleto omdntin, nesta ermancoerh afta auestio que ox conceitos de Diderot procuravam responder. Pee este ‘otto cneentrano-nosesracpcamente na figura do enciclapedist taesperanca de que w entendimento ors da fenao ele atante (91 Un rion ands ds concionamntos sii econéniccs Que lavam eta poagem snorua-s en M Fonte (V7, 40520) Rech. Shere otoconia! cue tors “Cesiou sor tenha vtcedev noc uacanse O.CONTROLE DO MAGINARIO s centre sino fxagio “realist” ies a nos servir de erentagao no “utp movin em que agora entraremos, 2. Subjetividade e poética no primeiro romantismo ‘Como ainda possvel falar-se emt o romantisna, no singular? Ji em 1938, Huizinga decarava que "o omantismo tem tants faces, quanta foram suas formas. de expressio" (Huizinga J. 1938, 181). 'Nioss pretender aqui um inventiri destas formas, que nem sequer Saberes quantas fenham sido, Nossa pesquisa limitarse-4 ao campo. se teorizas do rimeizo zmastisino. por sus ver creunserito 4 obra ‘de Friedrich Schlep. com uma pequens incarsio por Wordsworth e (Ceri Para eritarmos a impresio de que este trabalho visa a uma Iistiria das ids, que no caso seria a dos direitos nezados ov eonce- ios ao discurso da. fiepo, comecemos por verfearo impacto cau sado pelo eveno principal do fim do século sobre a elaborapao do programa roméntico. Mas esa decisio também se arses a prowocar ‘outro equioo,o de supor-se que tomames a Revoluyao francesa como ‘oacontecimente gerador do romantsma, Congusnte as paginas preve: ‘antes anos possam defender, ndo cust prevenirmos Contra os mal ‘entendidos, pelo menos agucles que podemos prever. A_queito d> omantismo, bem como. posterior do ealismo. se crgiam do mesmo. ‘lo: a necesscade de oferecer uma nova lesitimacte & ari, depots ni. da ordem clissica,Esabido auc propria fungto social daar. qu, no século XVIM,deixou de ser uma ‘tividadecomandada edesinada a paps espesifios — o dive sda corte « magoificéncin Ges cerimOninsnobres oy clin aran- porque Asters ur ps decisive para nosso a8 rent. Ao ines, ser pital a questi da posibilidade de suspensio do veto ao fccional, que vamos constante a épocaclissia, Como ji vimos, fal veto nfo era sequer obrgatoriamente pereebio. Por isso mesmo nio era, por fora, prejudicial do pont de vista da producto anistca empreendida. Mas, a partir do momento em que a arte dex ‘de ter uma destinacio obrigutriseem que a alanga divino-humana ‘io permite coneeberen-se valores univesalizados, a auiomtiea sis bordinasio do subjetivo individual a uma order prestabelsida € sen {ida como inolerdvel repress, Ese senimento de ordam geral segue meen curso no caso da vvéncia da arte matérasprimas que ja no Alo de ser expresses con $ agora conestads. Encerrem-se pois ests esclarecimentos quase des. recesses © vejamos em que o tema da Revolugie francesa nos & {> dees. ‘A revlugio de 1789 foi saudada pela ineligentsis semi Ingles como 0 aconeclment,capial do sésulo. Reuslios x seguir apenas alguns testemunhos. “Dia hole meu pensamento ests hoje na Franga”, ecreve em 17920 poeta Wackenroder, que acresenta "sea Franga€infliz,entao. © desprezo © mundo inter” (apud Bitcher, K. 1977, 36). Em carta, 0 provarcimente de 1795, Fiche declarava que seu Wissenschefere, § compost ente 945, em mun” enguanto “estavaeserevendo Juma obra sobre 2 Revlucio” e que sus abra era o pendant metafsco da liberagho da humanidade, empreendida pela Revlugto, quanio a "seus giles materia" apud Abrams, M, H.: 1946, 115) Bm 1798, ‘no inicio do ragmento 44, Friedrich Schlegel observa serem “pontas de vista habitual" “consderarse a Revolugtefrnceat come ontalor © ‘mals memordvelfendmeno da histriapolltes, como um teremoto {quae universal, uma imensa inundario no mundo polio ou como 0 protiipe das revlugies, como em sume s revolugio" (Schlegel, F.: 1795, 1,252) Mas oentusiasmo drow pousos anos A ditadurajacobin, ini ‘jada em 1793, o terror sb Robesperee a converto da guerra defen: siraem campankaolensiva provcario o decréscimo do entusiasmo, 0 desinimo, quando aio mest a riraolla da simpata da inelipen- {genule, "Enquanto o romantino na Alemanba no comego slid se lpreseniara com pensamentos republicanos ¢ liberals © também os cline simpatizavam com ae las da Reyologlofeatcea, a atch ‘wiunfal dos extrcitosranceses provocou uma rviravollasigifcativa (Gattcher, K.: 1977, 20). No entato, mesmo em um autor progresi- vamente conservagor, como Coleridge, a mudanca no fo de nico radical. Em carta a Wordoworth, provaeimente datada de 10 de Setembro de 1799, Coleridge insta o amigo a compor sine Wed umpiems, em vero rancor digi uc quem comegaénis do ‘onli rca da Revloioneent abasdsnar fot a ere fangs namibia da burtidode etn sfngands emu castro Aue spit, dread obs Son tenants Se so Aha aspeo pelos vsendrs phsopes(Cnenage, 8 - iets. aon CO cONTROLE DO IMAGINARIO = Sue Biggraphia tterara, ovginalmente publicada em 1817, presenta um testemunto importante da eiravola posterior: (Os cntcints uni mone xo aois matutn da Ree nis pas cmpesadessbeeBenes meritad es (Shige dt rare bot accom nchor aguante atone eels es Sats vere oslo abies be nese scr ponslre(Cnendgs S181, 32 ‘Seo argumentonacionalsia advém provavelmente em daa pos- terior ao poema, o fto é que em "France: an ode", ergialmente stado em 1798, js mostra que a reviravota se Rzere wo sentido ‘ull agoraprivado iberdade. O poema deserve o entusiamo nial Ao poeta Ned hat oath wich ste Stamped ber sire fol andsud she wld be re, ear wit for ene how Ihnped and fen Entusasmo que o abandona quando sabe as tropas revoluconérias, teremineaid «Sua Foygiveme, Feed Oh ove tase rest Tea hy ice, Ihara amet Depo do que poeta termina por lamenta have confundidoo deseo 4c lberdade com a movimentaglo politics do continent ‘The Senoul and he Dark rebel in vai, ‘Sis by tr own empuson Ted yase ‘Theyburt ther mance and nea the sae ‘OtFrcodm, graven ons beaver chat |A partir dostar pasiagens, obseree o sentido que a reagio sssumirh. Ela ger siglfca _produsio incelectual do tempo. O reclhimento em si mesma estima> Tard o carter autoeflexivo da poesia. Assim, aa masma odo, Cole _rdge rexncontra # buseeda iberdade na comtemplagao a ‘para o cardi do romantismno ¢ da ‘Ana here it the — on hase vr, "Whose py, seace taal three aboe, "Ye whle str aad gz, temps are, ‘ire mse ii ie te Note-se a dilerenea rag reals, O poets agra vai Baltes as poses académieas, mas para se compensar do facesso da Uusto Uberti. O mesmo rome resparcce, de forma fcsonaliads, no yperin (1797-9), de Heidt. Hyperion rompe com o ple termina por perder Diotima por sua decsio de combatr contra os tures, em Favor da iberago de sua Grésia. Masa guerra Ihe apresenta uma face dos homens que o leva a reisrse do campo de bata. A Toa pola Jiberdade converse em canto & iberdade interior, imprimindo um cater errnte vida co personager. carta, que ainda encontrar Diotina viva, Hyperion anunca sua revirvolt Mas nt cess extra pes compl, Cream, sempre no rsa tins algr A verdaser dr nspir, Quem sescrea sua miss se fits Et soberno que ao scffmento stam iberdde de alms Uberdade! Quem cose plies & uma pasa profunda, Dio- fin Ete ternanene somal ab morales, tse ‘Sporage soma, Wocompletamentedsonadne. no enant, Mem il ua fra, om ncxpupvel que meus ess, oogonia meres so penetados por am dove esvemesmento (HB toa F198, Ob. or dois eaminhos bem opostos, a pungéncia de Holderincho- ‘cando-se com a elogincin orstria de Coleridge, tesemunhs-se 0. ‘primeio efelto-dnfrusragio politica: ela conduz_ao_incetivo da “aulo-efexdo. Contado as passigenstranscitas de Coleridge apresen- fae ainda una sepunda coasegOéncia, Se o en sndrio fevaraosjorens a expatrar sua esprangs, a goerss napoenicas, 8 ‘dcop com sua politica expansionist, sua queda eo advento, por las Europa, de represio restauradora provocaram o ins “sentimento naconallsta. Embora enuciadcs por umn meso autor 08 ois ees provcario, ne iteratura, dregs drergetes. Ao corer Gesie mai, veremos ques autorllxdo se devenrolverssobretudo na {orm lira, ao passo que o sentimento nacionalisa conflisé com. -priilego da Histria,encontrando no romance seu paallo liter A repereasio de 89 sinda se mostra em dis outres autores. No primeir, sua importinea consiste em permiticverifiar que cla sinda dora e€ reconhecida em um ano jé tho dstante do epicento real ‘oatrio coma ode 1816, Een carta de de stembro, a Lard Byron, Shelley narrava sa passagem por Parise pelo palicio que fora ‘cnt de algo don as interestntes veto do ate pode ser chamado {tema mixine dooce em que Yvemos ~ a Revluo tances (Ghetey, Bo 816,809 2 eo segundo, Wordsworth, & © document mais reevante da rags prowoeada pelos anos rexolucondros. Ele se fixa em se longo The Prelude, aqui comentado em fungi apenas deste t6pico ‘Campeso entre 179 ¢ 1805, embora sb publcado em 1880, The Prelude &, nas palavas do priprio anor he history ofa Poet's mind Poder-se-ia asim tomilo como correspondent em vers da Biogre ‘hia tteraria de seu amigo Coleridge, da qual apenas dilere por uma Sicexo mais intimirada € mencs infelectualizada. Como histrin de lume mente — vista desde sue infacia campeste, pasando pels ‘bancos unitersitros, pola errincia em Londres, ela viager & Franga, onde 6 testerunna da ascensio de Robespierte e, amigo dos giron- fino, sente a ameaga decide retorar & pea, que o encntra sem rumo até que st Ie revelea raga de poeta — como hiss entdo de lamaexistincia em busea de uma meta, 0 poema pode ser toma como fam Bildungsgedichte, o poor de uma frmis0. "O arpumento de ‘Wordsworth, como o de Milton, ¢ uma teoditia qu localiza a justi- Scag do soimentohamano na restauraso de um paris perdido. Na visto de Milton, este evento nto ocorreré “até que um Homen maior / Resauresnos e recupereo itso Lugar, O paraiso de Words: “worth, conto, pade ser slesngad rimplsttene pla niga da mente ‘do homer com a aaturera(.), ou sea, Sem o recurso Sja a une

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