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Análise comparativa do acertamento judicial no direito

italiano e no direito brasileiro

ANÁLISE COMPARATIVA DO ACERTAMENTO JUDICIAL NO DIREITO


ITALIANO E NO DIREITO BRASILEIRO
Esame comparato dell’accertamento giudiziale nel diritto italiano e nel diritto brasiliano
Revista de Processo | vol. 336/2023 | p. 47 - 82 | Fev / 2023
DTR\2023\303

Humberto Theodoro Júnior


Doutor em Direito pela UFMG. Professor Titular Emérito da Faculdade de Direito da UFMG.
Desembargador aposentado do TJMG. Advogado. htj@htj.adv.br

Érico Andrade
Pós-doutorado na Università degli Studi di Milano. Doutor em Direito Processual Civil pela
UFMG/Università degli Studi di Milano. Professor visitante na Università degli Studi di Trento.
Professor Adjunto de Processo Civil da Graduação e Pós-graduação da UFMG. Advogado.
ericoandrade@ufmg.br

Área do Direito: Civil; Processual


Resumo: No direito brasileiro encontra-se referência ao acertamento em decisões judiciais e na
doutrina. Entretanto, ao contrário do direito italiano, no qual é corrente o uso das expressões
“acertamento judicial” ou simplesmente “acertamento”, não se encontra maiores explicações ou
definições no direito brasileiro em torno do acertamento judicial, razão pela qual se busca, no
presente estudo, apresentar o cenário do acertamento judicial no direito italiano e, em seguida,
apurar, comparativamente, a compatibilidade com o direito brasileiro, especialmente no campo da
chamada tutela declaratória em seus vários aspectos, como coisa julgada, ação declaratória pura e
declaração e execução.

Palavras-chave: Processo civil – Acertamento judicial – Análise comparada – Direito italiano –


Direito brasileiro
Riassunto: Nel diritto brasiliano si trova riferimento all’accertamento nei provvedimenti giudiziali e
anche nella dottrina. Tuttavia, all’inverso del diritto italiano, nel quale si trova spessamente l’uso del
termine “accertamento giudiziale” o semplicemente “accertamento”, nel diritto brasiliano non si trova
maggiore spiegazione o chiarimento incirca l’accertamento, ragione per cui si cerca, in questo studio,
di presentare alcuni spunti dell’accertamento giudiziale nel diritto italiano e dopo si cerca di fare un
paragone con il diritto brasiliano, specialmente nell’ambito della tutela dichiarativa nei suoi vari
aspetti, ad esempio l’accertamento e il giudicato, la tutela di mero accertamento, l’accertamento e la
tutela esecutiva.

Parole chiave: Processo civile – Accertamento giudiziale – Esame comparato – Diritto italiano –
Diritto brasiliano
Para citar este artigo: Theodoro Júnior, Humberto; Andrade, Érico. Análise comparativa do
acertamento judicial no direito italiano e no direito brasileiro. Revista de Processo. vol. 336. ano 48.
p. 47-82. São Paulo: Ed. RT, fevereiro 2023. Disponível em: inserir link consultado. Acesso em:
DD.MM.AAAA.
Sumário:

1.Introdução - 2.O acertamento judicial no direito italiano - 3.A tutela declaratória e o acertamento
judicial no direito brasileiro - 4.Breves considerações conclusivas - 5.Referências bibliográficas

1.Introdução

No direito brasileiro, pode ser encontrado tanto na literatura jurídica como na jurisprudência
referência ao chamado “acertamento judicial”.

No âmbito da doutrina, por exemplo, indica-se que o processo de conhecimento é o “processo


destinado a promover o acertamento das situações de conflito de interesses”1 ou mesmo que, após a
Lei 11.232/05 (LGL\2005\2775),

“o procedimento ordinário, em nosso direito processual civil, perdeu sua pureza de expediente
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voltado unicamente à cognição e acertamento da situação jurídica litigiosa, passando a englobar,


numa só relação processual, provimentos cognitivos e executivos.”2

Mais recentemente encontra-se, ainda, referência ao acertamento judicial em outras manifestações


doutrinárias, a respeito, por exemplo, da coisa julgada, com indicação de que “o espectro da coisa
julgada no direito processual brasileiro é somente o acertamento da disputa, i.e., a resolução da
demanda e não seu antecedente lógico ou a fundamentação utilizada”3.

Também na jurisprudência, depara-se, por exemplo, com referência ao acertamento judicial em


julgado do Supremo Tribunal Federal de 1977, no qual afirma-se que a

“declaratória tem por conteúdo o acertamento, pelo juiz, de uma relação jurídica, mas a Recorrente
não demonstrou, no caso por ela questionado, nenhum ponto incerto que deva se deferido ou
acertado”4. (grifos do original)

No âmbito do Superior Tribunal de Justiça, em julgados mais atuais, faz-se referência ao


acertamento judicial ao se anotar que a “indenização, em hipóteses desse jaez, depende de
acertamento prévio em processo de conhecimento” 5; ou que o “acertamento judicial nos lindes do
pedido não revela a possibilidade de reforma da decisão”6.

Interessante notar, ainda, que no direito brasileiro consta referência doutrinária ao acertamento
negocial ou ao chamado “negócio de acertamento”7, como produto da atuação da autonomia privada
das partes, de modo que a doutrina italiana, por exemplo, indica a existência de uma base ou
denominador comum presente tanto no acertamento judicial como no acertamento negocial8, que
pode permitir até mesmo a construção de uma espécie de teoria geral do acertamento9.

Tal cenário de acertamento negociado, entretanto, não será objeto de exame neste trabalho, que se
concentra no acertamento judicial no direito brasileiro, a fim de analisar com mais vagar tal figura,
especialmente à luz da teorização desenvolvida no direito italiano, tendo como ponto de referência
importante estudo desenvolvido por Edoardo Ricci10 , para traçar seus contornos gerais, a fim de
tentar analisar comparativamente o contexto, no direito brasileiro, da utilização da expressão
“acertamento judicial”.

2.O acertamento judicial no direito italiano

2.1.Aspectos gerais

A ideia de acertamento traz consigo relacionamento necessário com a cognição, base do


acertamento jurídico11 , que se desenvolve, normalmente, em três momentos ou estágios: o inicial,
envolvendo a situação de incerteza; o intermediário, no qual se realiza a atividade de acertamento; e
o final, que produz a certeza12 .

A atividade de acertamento por excelência se dá no âmbito judicial, por meio do processo de


conhecimento13 , especialmente em sede da tutela declaratória14 , que atua para eliminar a incerteza,
fornecendo a forma básica de intervenção judicial15 , ou de tutela mínima16 , voltada para a fixação
judicial da existência ou inexistência do direito substancial17 ou seu modo de ser18 , e que compõe o
objeto da chamada “tutela de mero acertamento”19 .

Na literatura italiana se encontra, inclusive, discussão de teoria geral do direito em torno do


acertamento judicial, a partir da leitura de Kelsen, que considerava a atuação jurisdicional sempre
constitutiva, mas que para Enrico Allorio seria atividade de acertamento, a fim de “filtrar” o
ordenamento jurídico e depurar o direito subjetivo20 , indicando que o acertamento judicial do direito
seria uma operação de pesquisa que, em caso positivo, “descobriria” a situação jurídica preexistente
21
.

O cenário judicial veicula, por meio do processo (processo que não é o acertamento em si, mas seu
veículo), a forma mais importante e elevada de acertamento, mas não a única22 , pois é possível
também, como acenado supra, o acertamento negocial realizado diretamente pelas partes.

Assim, não obstante o acertamento encontrar residência natural na função jurisdicional declaratória
(ou tutela puramente declaratória), voltada apenas à eliminação da incerteza em si, com o
pronunciamento judicial sobre a existência ou inexistência do direito substancial23 , aparece, também,
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nas outras formas de tutela cognitiva, a condenatória e a constitutiva24 : ambas têm por base o
acertamento do direito25 , mas agregam, ao lado do acertamento, a intervenção judicial substitutiva
para realização do direito reconhecido26 , diante da insuficiência da declaração para resolver a crise
do direito material, o que marca a importante diferença entre o acertamento contido na sentença
declaratória e aquele inserido nas sentenças condenatórias e nas constitutivas27 .

Por conseguinte, o acertamento judicial pode ser considerado o denominador comum de todos os
tipos de sentença proferidas no processo de conhecimento28 , constituindo o objeto principal no caso
da sentença puramente declaratória, é também encontrado nas sentenças condenatórias e
constitutivas, em que se acrescenta um plus ao acertamento: a imposição da condenação ou a
constituição de uma nova situação jurídica29 .

Em outras palavras, o acertamento pode ser ou não ser, conforme o caso, o único efeito da decisão
30
, ou ao acertamento podem se agregar outros efeitos, como o constitutivo, que não só torna certa a
situação substancial, mas dá vida a uma nova situação jurídica; e o condenatório, em que, acertada
a existência do direito, agrega-se, por exemplo, a formação do título executivo31 .

Por outro lado, o acertamento pode ser desdobrado em duas vertentes funcionais ou de atuação no
processo: aquela com o olhar voltado para o passado, em sede de verificação de fatos jurídicos, para
apurar descritivamente se o direito existe, não existe ou em que maneira ou conformação; e aquela
com o olhar no futuro, para estabelecer prescritivamente a solução do litígio ou da crise de direito
material em relação à qual as partes devem conformar sua atuação32 .

Em tal contexto, Edoardo Ricci indica que o acertamento pode ser visto de forma mais geral como a
atividade pela qual o juiz verifica as bases para emissão da decisão judicial, ou seja, promove uma
espécie de verificação histórica da existência ou inexistência do direito, mas seu ponto central ou
principal residiria, no âmbito do processo civil, no efeito produzido pelo acertamento contido na
decisão judicial sobre a situação jurídica controvertida: tornar certa a existência ou inexistência da
situação jurídica declarada pelo juiz na sentença, de modo que tal juízo de certeza se expande para
fora do processo e vincula futuramente as partes e juízes33 .

Aqui surge interessante discussão na doutrina italiana se o acertamento produziria efeito ex tunc ou
ex nunc, prevalecendo a opinião tradicional no sentido de aplicação do efeito extunc34 , não obstante
interessante questionamento de que o acertamento, na realidade, não poderia ser retroativo, pois
mira sempre o futuro35 .

Nessa linha, o acertamento judicial tem por objeto determinado caso concreto e, ao se reconhecer
judicialmente a existência de uma relação jurídica, tem-se o reconhecimento da existência de tal
relação desde a sua formação, mas o vínculo produzido pelo acertamento entre as partes e os
futuros juízes se projeta para o futuro, de modo que não se pode dizer que o vínculo opera
retroativamente, mas apenas que para todos os sujeitos interessados seria incontroversa a relação
jurídica desde o momento da sua formação36 .

Edoardo Ricci sugere, ainda, a separação entre acertamento propriamente dito e a mera cognição: a
mera cognição incide sobre os antecedentes lógicos para se chegar à decisão judicial, mas tal
cognição não produziria o efeito vinculante derivado do acertamento, que se expande para fora do
processo e traduziria a estabilidade da decisão37 .

Por isso, o acertamento se liga sempre à decisão de mérito, vez que define a situação jurídica de
direito substancial controvertida38 , reservando-se o uso do termo acertamento judicial, para evitar
confusões indevidas, para se referir apenas às decisões relativas ao mérito da demanda39 .

Todavia, não se pode deixar de registrar que o ordenamento jurídico italiano tem reconhecido, no
curso do tempo, a produção de efeitos estáveis em relação a determinadas decisões que não
realizam propriamente acertamento das situações jurídicas litigiosas, como, por exemplo, o mandado
injuntivo ou algumas modalidades de decisão sumária não cautelar ou antecipatória40 .

Noutras palavras, diante de tal cenário, a doutrina italiana faz a distinção, de um lado, de decisões
que veiculam o acertamento com força de coisa julgada, no âmbito do rito ordinário do processo de
conhecimento; e, de outro lado, das decisões sem acertamento, normalmente veiculadas em
ambiente de cognição sumária, com força para tutelar o direito litigioso, sem formar coisa julgada41 .

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Assim, em linhas gerais, a eficácia plena do acertamento judicial opera no âmbito do procedimento
ordinário, de cognição plena, em que se tem ampla possibilidade de exercício do contraditório42 , para
dar certeza às relações jurídicas com a enunciação de juízo estavelmente vinculante que se impõe
às partes43 , de modo a precluir a rediscussão no plano substancial, com a fixação da situação
controversa desde a sua origem em conformidade com o juízo vinculante produzido44 .

2.2.Eficácia preclusiva do acertamento judicial

Nesse ponto, surge interessante teorização da doutrina italiana que, ao lado da eficácia declarativa
ou constitutiva do acertamento, apresenta a chamada eficácia preclusiva45 , indicando que a simples
eficácia declarativa não explica integralmente o fenômeno jurídico do acertamento46 , sendo
imprescindível acrescentar o efeito preclusivo, por meio do qual se elimina a possibilidade de se
contestar a sentença passado em julgado47 ou torna irrelevante eventual contestação futura48 . Daí a
principal eficácia emanada da coisa julgada ser, na realidade, a eficácia preclusiva, que elimina
qualquer tentativa de rediscutir o alcance da realidade jurídica determinada na sentença49 .

A eficácia preclusiva do acertamento judicial contido na sentença passada em julgado traduziria,


portanto, a eliminação da incerteza jurídica e colocaria de lado, definitivamente, a possibilidade de
contestação ao direito, em relação ao passado definido, ou melhor, “acertado” judicialmente. A
sentença se colocaria como fato jurídico de acertamento dotado de eficácia preclusiva própria e, por
força de lei, adquiriria eficácia preclusiva máxima com o “corte” com o passado, que não mais poderá
ser utilizado para futura impugnação50 .

2.3.Acertamento e coisa julgada

O acertamento, especialmente o acertamento judicial, se relaciona com vários outros temas de


processo civil, como a possibilidade do acertamento como forma autônoma de tutela e as interações
do acertamento com a coisa julgada51 ou com a tutela executiva, razão pela qual se passa a
explicitar, ao menos em linhas gerais, essas perspectivas.

Merece destaque especial a interface do acertamento com a coisa julgada52 , pois, não obstante a
possibilidade de acertamento negocial, o judicial pode ser tido como a modalidade mais estável de
acertamento que o ordenamento jurídico conhece53 e, por isso, implica correlação direta entre a
tutela judicial e a estabilidade daí derivada com a formação da coisa julgada54 .

Edoardo Ricci, na linha de Liebman, destaca que o acertamento em si não pode ser confundido com
a estabilidade de seus efeitos, que ocorrem após a formação da coisa julgada derivada do
esgotamento dos meios de impugnação da decisão de acertamento 55 , entendimento que, todavia,
não é pacífico na doutrina italiana, em cujo âmbito se encontra abalizada opinião na linha da coisa
julgada como efeito do acertamento judicial.56

Independentemente de tal discussão, a coisa julgada incidente sobre o acertamento judicial que tem
por objeto situações jurídicas substanciais traz, como visto, a inviabilidade de se rediscutir a situação
acertada em um segundo processo com o mesmo objeto ou mesmo no caso de se pretender discutir,
no segundo processo, situação jurídica dependente daquela acertada anteriormente na decisão
judicial transitada em julgado57 .

Mas, alerta a doutrina, no direito italiano, a mera cognição de questões ou pontos no processo não
poderia produzir o efeito vinculativo externo ao processo e, por isso, o chamado acertamento
incidenter tantum58 . Para produzir os efeitos do acertamento propriamente dito, e diferenciá-lo da
mera cognição, a doutrina apresenta contornos precisos em que, mediante demanda da parte,
permitir-se-ia que a mera cognição da questão se transforme em acertamento e produza o efeito de
coisa julgada apenas no ponto em que foi objeto de demanda das partes, não se aplicando às
demais questões resolvidas com a mera cognição59 .

2.4.A tutela de mero acertamento

No que tange à temática da tutela de mero acertamento, o direito italiano não tem previsão legal
expressa admitindo a ação declaratória “pura”, sendo tal ação admitida em alguns casos especiais
previstos em lei60 e, em via geral, com base em interpretação mais aberta do direito constitucional de
ação, realizada pela doutrina e jurisprudência61 .

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A doutrina italiana admite a propositura da ação de acertamento puro mesmo no caso em que o
autor possa formular pedido condenatório, pois cabe à parte a escolha da forma de tutela que
pretende obter judicialmente62 .

O cabimento da ação de acertamento ou declaratória “pura” exige que o direito ou a situação jurídica
seja objeto de contestação, de modo a provocar incerteza objetiva e atual a respeito da existência ou
inexistência do direito63 , cenário que exige eliminação por meio formal para tornar certa a situação
jurídica64 .

Todavia, o acertamento admissível em linha geral tem por objeto, via de regra, direitos subjetivos
materiais65 , somente se admitindo acertamento de meros fatos, como falsidade documental, apenas
nos casos previstos expressamente em lei66 . Na mesma linha, também só se admitiria o acertamento
de situações processuais, como reconhecimento de nulidade ou de inexistência de sentença, nos
casos previstos em lei, ainda que derivados de interpretação ampliativa da doutrina ou
jurisprudência, mas sem qualquer reconhecimento como princípio geral67 .

A tutela de mero acertamento seria admissível, em tese, tanto para a declaração da existência de
direito (acertamento positivo) como para a declaração de inexistência de direito (acertamento
negativo)68 , mas, neste último caso, surge discussão na Itália a respeito da viabilidade da demanda
de acertamento negativo69 , admitindo-se, por exemplo, no caso de direitos obrigacionais, envolvendo
declaração de inexistência de crédito entre as partes, hipótese que estaria coberta pela regra
constitucional do direito de ação ligado à figura do direito subjetivo, que abarcaria situações
definíveis como de “liberdade” 70 ; mas já seria mais difícil de vislumbrar, por exemplo, no caso de
demanda para negar pura e simplesmente a propriedade de outrem, pois não geraria proveito, por
exemplo, para o próprio autor71 .

Tal diferenciação entre o acertamento positivo e negativo repercute também na importante temática
do ônus da prova72 . No acertamento positivo, não há maiores dúvidas, toca ao autor o ônus da prova
do fato constitutivo do direito que quer ver declarado como existente73 .

Porém, no caso do acertamento negativo, em que o autor nega a existência de um direito alegado
pelo réu e quer ver declarada judicialmente tal inexistência, surge discussão em torno da alocação
do ônus da prova74 : argumenta-se, de um lado, que não se poderia alocar tal ônus para o réu, pois
agravaria sua situação processual, e por isso deveria restar com o autor75 ; de outro lado,
argumenta-se que mesmo diante da iniciativa do autor para propor a ação, tal circunstância não
poderia levar à alteração no ônus da prova, sob pena de se agravar excessivamente, na realidade, a
posição do próprio autor76 , razão pela qual o ônus da prova da existência do direito (fato
constitutivo) teria mesmo de ser alocado ao próprio réu77 , pois se deve atentar mais para a posição
de cada qual no direito substancial do que no processo78 .

2.5.Acertamento e tutela executiva

Por fim, vale ressaltar que o acertamento judicial ou negocial, em sentido amplo, é a base ou o ponto
de partida da tutela executiva ou do processo executivo, pois a execução forçada parte sempre do
título executivo, que deve conter a definição dos contornos da obrigação quanto à certeza da
existência, bem como da liquidez e da exigibilidade79 .

No ambiente judicial, diante do fato de que a definição da obrigação pode estar contida, como visto,
tanto em sentença como em decisões de outra natureza, a certeza da existência da obrigação,
emanada do título judicial, não se confunde com a coisa julgada ou a definitividade do acertamento,
inclusive porque é possível o início da execução antes do trânsito em julgado80 .

Nesse sentido, a “certeza” em sentido lato da existência da obrigação no título executivo pode
derivar, tanto no ambiente judicial (v.g., sentença condenatória passada em julgado, decreto injuntivo
ou decisão baseada em cognição sumária), como no ambiente extrajudicial (normalmente negocial,
derivado de negócios jurídicos81 ), de situações das mais diversas, mas todas elas permeadas pela
“definição” da obrigação no título executivo com maior ou menor grau de estabilidade82 .

Por isso, diante de tal variedade de títulos executivos, que vai desde a sentença com trânsito em
julgado, passando por decisões de mera cognição, que não fazem coisa julgada, e chegando nos
títulos executivos derivados de negócios jurídicos, o requisito da “certeza” traduz, na realidade
“alguma” certeza83 , que varia a partir do grau de estabilidade do acertamento, desde o mais estável,
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o judicial com coisa julgada, até o mais frágil, de origem negocial.

De qualquer modo, o acertamento em sentido amplo pode ser tido como presente nos títulos
executivos judiciais ou extrajudiciais, tanto que uma das tentativas de reconstrução unitária do título
executivo, hábil a deflagrar a execução forçada, gira justamente em torno do entendimento do título
executivo como ato de acertamento em sentido amplo, que define a existência da obrigação e seus
contornos84 .

Assim, de um modo geral, o acertamento se apresenta como base do título executivo, pois surge
tanto nos títulos executivos de formação judicial – que tem por base o “acertamento” judicial em
sentido amplo, em que se encontra tanto aqueles mais estáveis, como é o caso da sentença
condenatória passado em julgado, como aqueles com menor estabilidade, como é o caso do decreto
injuntivo e das decisões de cognição sumária – como nos títulos executivos de formação
extrajudicial, que tem por base o acertamento negocial da obrigação85 .

3.A tutela declaratória e o acertamento judicial no direito brasileiro

3.1.Aspetos gerais

No direito brasileiro é mais frequente o uso dos termos “tutela declaratória” ou “ação declaratória” ou
simplesmente “declaração” 86 , para representar a definição judicial do direito no processo de
conhecimento, e que representaria a ideia do accertamento do direito italiano87 , mas é possível
encontrar, como visto, na doutrina e jurisprudência, o uso dos termos “acertamento judicial” ou
simplesmente “acertamento” ou mesmo “negócio de acertamento”.

Por isso, interessante apresentar o paralelismo, ainda que de forma breve, entre a “declaração” e o
“acertamento” nos direitos italiano e brasileiro, inclusive sob o enfoque comparativo dos temas
delineados no item 2 supra, quais sejam, declaração/acertamento e coisa julgada; a ação
declaratória “pura” e o acertamento/declaração e a execução.

Na esteira do direito italiano, encontra-se no direito brasileiro o uso da tutela meramente declaratória
para debelar as crises de certeza jurídica objetivamente caracterizada, que se resolve com a
prolação da sentença declaratória88 ; ou ainda, o uso da declaração como base para as tutelas
constitutiva e condenatória, que partem da definição dos direitos (declaração ou acertamento) e
agregam à declaração89 a constituição de nova situação jurídica90 ou a condenação, que vai permitir
a realização coativa, por meio da sanção executiva, do direito em crise91 .

Interessante que o direito brasileiro, a partir de debates doutrinários e jurisprudenciais92 , na linha de


modernização da eficiência da tutela jurisdicional, superou a perspectiva de a sentença declaratória
apresentar apenas a declaração da existência ou inexistência do direito93 , e passou a admitir,
conforme dispõe hoje, por exemplo, o art. 515, I, CPC/2015 (LGL\2015\1656), que mesmo a
sentença meramente declaratória, quando reconhece a existência da obrigação, possa funcionar
como título executivo judicial para exigibilidade da obrigação acertada94 .

De qualquer modo, tanto no Brasil, como na Itália, a base da decisão no processo de conhecimento
é a definição da existência/inexistência do direito (declaração ou acertamento), de modo que todas
as sentenças vão declarar/acertar a existência ou inexistência do direito95 , sendo que, no caso de
“negativa” da existência do direito, tem-se a chamada sentença declaratória negativa96 .

Já no caso de sentença positiva, que fixa a existência do direito, tem-se que, caso se tratar de
sentença condenatória, agrega-se à declaração a perspectiva executiva, que vai permitir, em
momento subsequente, a realização coativa do direito reconhecido97 ; e, caso se tratar de sentença
constitutiva, agrega-se à declaração a constituição de nova situação jurídica98 .

Nesses termos, a doutrina clássica chega até mesmo a indicar que a função processual declaratória,
no âmbito do processo de conhecimento, se subdivide em “três classes distintas”, quais sejam:
a) mera declaração; b) constitutiva; c) condenatória99 .

3.2.Acertamento/declaração e a coisa julgada

Sob a ótica da declaração/acertamento produzir a coisa julgada no direito brasileiro, surge o


entendimento de que não só na hipótese das sentenças meramente declaratórias, mas também no
caso daquelas constitutivas e condenatórias, a definição do direito nelas veiculada é alcançada pela
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coisa julgada. Noutras palavras, a coisa julgada, como assentou Barbosa Moreira, apanha a
sentença toda, inclusive seu elemento declaratório100 . De qualquer forma, mesmo em sede de
entendimento mais restritivo a respeito do alcance da coisa julgada, o elemento “declaratório” da
sentença estaria sempre abarcado pela coisa julgada101 .

No direito brasileiro tem-se, ainda, no CPC/2015 (LGL\2015\1656), interessante linha evolutiva no


sentido de permitir-se a extensão da coisa julgada para apanhar também as questões prejudiciais,
quando atendidas as exigências do art. 503. §§ 1º e 2º 102 , indicando-se até mesmo a possibilidade
de que a relação jurídica litigiosa possa ser estabilizada pela coisa julgada em razão da sua
extensão para a questão prejudicial, na forma do art. 503, § 1º103 .

Também avançou o direito brasileiro para conferir certa estabilidade para a tutela monitória e a tutela
provisória antecipatória, em princípio sem a formação da coisa julgada, já que nestes casos estaria
ausente a técnica da cognição plena, base do acertamento judicial que pode formar a coisa julgada
104
, pois tais decisões são fundadas em cognição sumária, superficial. Como o CPC/2015
(LGL\2015\1656) admitiu a estabilização dessas decisões, tal cenário que tem gerado na doutrina
discussões a respeito da formação ou não da coisa julgada propriamente dita105 .

3.3.Declaração/acertamento e precedentes

No que tange à eficácia das decisões judiciais, no direito brasileiro ganha destaque no CPC/2015
(LGL\2015\1656) o cenário dos chamados precedentes vinculantes (art. 927), que passam a figurar
como fonte do direito, ainda que secundária por espelhar o contexto normativo primário106 e, por
conseguinte, ao definir ou solucionar a crise de direito material objeto do processo, podem fixar a
tese aplicável (v.g., art. 985, no caso do IRDR, ou arts. 1038, § 3º, e 1039, no caso de recurso
extraordinário ou especial repetitivo107 ), de modo que tal fixação da tese, atenta aos fatos da causa
(art. 926, § 2º), irá produzir uma espécie de acertamento ou declaração vinculante para o sistema de
justiça (art. 927).

Assim, em tal hipótese, tem-se, a partir da cognição das fontes primárias do direito, o “acertamento”
da definição do sentido concreto da norma com a fixação da tese pelos tribunais que será, então,
aplicada de forma vinculante para os demais juízes e tribunais, conferindo eficácia vinculante a tal
acertamento.

Trata-se, pois, de acertamento judicial diverso daquele emanado, por exemplo, da coisa julgada, em
que a definição do direito na sentença é recoberta de definitividade e imutabilidade (art. 502, do
CPC/2015 (LGL\2015\1656)), porque tal acertamento, mediante fixação da tese aplicável, se torna
vinculante em razão da força normativa derivada do sistema de precedentes108 .

3.4.A ação declaratória pura ou de mero acertamento

Em relação à tutela de acertamento puro, ou da chamada ação meramente declaratória ou


puramente declaratória109 , a legislação brasileira, ao contrário da italiana, admite expressamente, de
forma clara, a ação declaratória desde o CPC/1939 (LGL\1939\3) (art. 2º, par. único), passando pelo
CPC/1973 (LGL\1973\5) (art. 4º) e atualmente ampliada no CPC/2015 (LGL\2015\1656) para permitir
não só a declaração de existência ou inexistência do direito, mas também para declarar “o modo de
ser da relação jurídica” (art. 19)110 .

A legislação brasileira também admite, de forma expressa, o pedido meramente declaratório mesmo
que já tenha ocorrido a violação do direito (art. 4º, par. único, do CPC/1973 (LGL\1973\5); art. 20, do
CPC/2015 (LGL\2015\1656)).

A doutrina destaca o não cabimento, em regra, da declaratória para acertamento de meros fatos,
salvo casos expressamente previstos em lei, como a autenticidade ou falsidade de documentos
(art. 19, II, CPC/2015 (LGL\2015\1656))111 . No direito brasileiro, é possível, também, o manejo de
ação judicial para afastar a incerteza jurídica em torno da constitucionalidade ou não de uma norma,
no âmbito, por exemplo, da ação declaratória de constitucionalidade, na qual se exige que a petição
inicial apresente a “existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição
objeto da ação declaratória” (art. 14, III, da Lei 9868/99 (LGL\1999\138))112 .

Na jurisprudência, encontra-se interessante casuística, como, por exemplo, cabimento da ação


declaratória para discussão de cláusula contratual (Súmula 181/STJ); ou de tempo de serviço para
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fins previdenciários (Súmula 242/STJ), sendo que esta última hipótese traduziria discussão em torno
do modo de ser da relação jurídica; mas, por outro lado, não se admitiu a declaratória para discussão
de falsidade ideológica113 .

No direito brasileiro, na esteira do direito italiano, surge debate a respeito do ônus da prova nas
ações declaratórias puras, indicando-se que, na declaratória positiva, não há maiores dúvidas a
respeito da atribuição do ônus ao autor, titular do direito que se quer ver declarado existente, o ônus
da prova do fato constitutivo do direito; enquanto nas ações declaratórias negativas, como no polo
ativo normalmente se encontra o devedor, que quer ver declarada inexistente a relação jurídica,
encontra-se orientação no sentido de que o ônus da prova do fato constitutivo do direito deve restar
com o réu, credor, e o de provar fatos extintivos, impeditivos ou modificativos com o autor, devedor,
consideradas as respectivas posições das partes no direito substancial, independentemente do polo
que ocupam no processo114 .

3.5.Acertamento/declaração e tutela executiva

Por fim, vale mencionar, no direito brasileiro, o paralelismo com o direito italiano no tema
acertamento judicial ou negocial no ambiente da tutela executiva, que parte sempre da realidade
formal do título executivo115 , sendo que na execução não há propriamente acertamento sobre o
direito do credor, mas realização de um direito já acertado pelo título executivo.

O acertamento, todavia, é pré-requisito da execução, que se cumpre por meio do título, sem o qual
não se pode cogitar de processo executivo. O acertamento, in casu, pode ser dar tanto judicialmente
(por exemplo, sentença no processo de conhecimento) ou extrajudicialmente (título executivo
extrajudicial, decorrente, v.g., de acertamento negocial)116 , pois, em tais hipóteses, “o devedor, além
de reconhecer sua obrigação” no título executivo, também “aceita, no mesmo ato, o consectário
lógico-jurídico de que poderá vir a sofrer a agressão patrimonial que corresponde à sanção de seu
eventual inadimplemento”117 .

Nesse sentido, por exemplo, já se encontrava na doutrina brasileira referência a que o título
executivo representa “o acertamento de um crédito”, o qual promana “a certeza necessária para
autorizar o Estado a desenvolver o processo onde a sanção se concretiza, em benefício do credor e
as expensas do devedor”118 .

De outro lado, convém lembrar que o processo de execução, embora não se destine a produzir uma
sentença de acertamento sobre o crédito exequendo, somente pode encerrar-se, de maneira
exaustiva e eficaz, por meio de uma sentença, de particular função, que é justamente a de extinguir a
execução. Nesse sentido, o art. 925 do CPC/2015 (LGL\2015\1656) dispõe, textualmente, que a
extinção da execução “só produz efeito quando declarada por sentença”.

Vê-se, portanto, que o processo de execução transcorre todas suas etapas procedimentais sem
necessidade de um novo acertamento sobre o direito substancial do exequente. Seu epílogo, porém,
se dá por um acertamento sentencial que reconhece a ocorrência da exaustão do processo
executivo, sem que haja, propriamente formação da coisa julgada sobre o direito realizado
forçadamente em juízo. O que se declara em sentença é tão somente que a execução se encerrou,
findando a relação processual que vinculava as partes até então. Trata-se de acertamento
declaratório puramente processual, como se vê.

4.Breves considerações conclusivas

Os termos “acertamento”, “acertamento judicial” ou mesmo “acertamento negocial” (ou “negócio de


acertamento”), não obstante encontrados frequentemente na literatura jurídica italiana, surgem
também no direito brasileiro, razão pela qual pareceu interessante apresentar o cenário geral do
acertamento judicial no direito italiano para verificar, em seguida, a perspectiva do uso do
acertamento no direito brasileiro.

Certo que não se pretende, neste trabalho, sustentar, por exemplo, a troca do termo “declaratório”
por “acertamento”, mas sim a intenção foi muito mais de clarear o uso do “acertamento”,
especialmente do “acertamento judicial” no direito italiano para, em seguida, realizar o paralelo ou a
comparação com o direito brasileiro, até para verificar se o sentido do termo encontrado no direito
brasileiro corresponde àquele do direito italiano.

Página 8
Análise comparativa do acertamento judicial no direito
italiano e no direito brasileiro

Em tal contexto, pode-se afirmar que, no direito brasileiro, não obstante o uso mais frequente ou
comum do termo “declaração”, o termo “acertamento” poderia também ser usado, na esteira do
direito italiano119 , tanto no sentido descritivo, em que o juiz, no processo, promove a análise da
reconstrução do fato ou relação jurídica litigiosa (acertamento que se dirige ao passado); como no
sentido normativo, do acertamento/declaração contida na sentença, que vai se tornar a lei do caso
concreto (art. 503, CPC/2015 (LGL\2015\1656)), regulando, para o futuro, o comportamento das
partes.

Em outras palavras, o uso do termo acertamento, no direito brasileiro, pode se dar tanto sob a
perspectiva da “pesquisa” ou “reconstrução” histórica do fato jurídico litigioso no processo, para
verificar a existência ou inexistência do direito; como de conteúdo da sentença, traduzindo a
aplicação da lei ao caso concreto, tornando-se a norma individual do caso120 , passível de
estabilização definitiva por meio da formação da coisa julgada.

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1 .THEODORO JÚNIOR, Humberto. Coisa julgada, ação declaratória seguida de condenatória.


Revista de Processo, São Paulo, v. 81, p. 82-97, jan.-mar. 1996.

2 .THEODORO JÚNIOR, Humberto. O cumprimento das medidas cautelares e antecipatórias.


Revista de Processo, São Paulo, v. 139, p. 7-27, set. 2006.

3 .CORRÊA, Leonardo Peres; ARRUDA ALVIM, Teresa. Algumas anotações acerca da coisa julgada
sobre questão prejudicial. Revista de Processo, São Paulo, v. 321, p. 61-82, nov. 2021. Cf., ainda,
RODRIGUES, Daniel Colnago. A audiência de justificação prévia no processo civil brasileiro. Revista
de Processo, São Paulo, v. 329, p. 121-157, jul. 2022, ao mencionar a possibilidade de se buscar
previamente a produção antecipada de prova testemunhal para depois ajuizar a “ação de
acertamento do direito material, requerendo a concessão de tutela provisória a partir do depoimento
testemunhal agora documentado”.

4 .STF, RE 85.486/PR, 1ª T., j. 11.10.1977, rel. Min. Antonio Neder.

5 .STJ, REsp 1.659.768/RS, 4ª T., j. 16.08.2022, rel. Min. Raul Araújo.

6 .STJ, AgRg no REsp 266.405/CE, 1ª T., j. 11.12.2001, rel. Min. Milton Luiz Pereira.

7 .Cf. CHATEAUBRIAND FILHO, Hindemburgo. Negócio de acertamento. Belo Horizonte: Editora


DelRey, 2005, publicação que retrata a tese de doutorado defendida perante a Faculdade de Direito
da UFMG. Cf., ainda, mais recentemente, CABRAL, Antonio do Passo. Negócio de certificação:
introdução, objeto e limites. Revista de Direito Civil Contemporâneo, São Paulo, v. 29, p. 89-145,
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Análise comparativa do acertamento judicial no direito
italiano e no direito brasileiro

out-dez. 2021, que, inclusive, critica o uso da expressão “negócio de acertamento” ou da palavra
“acertamento”, preferindo “negócio de certificação” ou “certificação”. “Além disso, utilizei o termo
‘certificação’, por alusão à palavra alemã Feststellung, que indica o sentido de ‘fixar’, ‘declarar’ ou
‘afirmar declarativamente’, ‘atestar’ ou ainda ‘tornar certo’ ou ‘certificar’. A opção se opõe ao
italianismo ‘acertamento’. Penso ser ‘certificação’ mais correta porque, de um lado, a palavra
‘acertamento’ não tem uso corrente no Brasil, e é dicionarizada na língua portuguesa com outro
significado, de ‘acerto’, ou ‘ajuste’, em sentido que não expressa bem a função deste específico
negócio jurídico. Portanto, o uso do termo ‘acertamento’ confunde e parece ser um estrangeirismo
indevido”. Não se pode, entretanto, deixar de observar que o termo “acertamento” já encontra amplo
emprego na linguagem técnica do direito brasileiro, que, na matéria, tem maior afinidade histórica
com o direito italiano do que com o alemão. Por essa razão, se preferiu, na análise da linguagem
doutrinária, utilizar expressão que nos facilita aproximação do modelo italiano. Mesmo porque,
“acertamento” tem maior presença na linguagem jurídica nacional do que, data venia, “certificação”,
quando se trata do tema que se aborda no presente estudo. Aliás, no Dicionário Houaiss se encontra
a palavra “acertamento” como ato ou efeito de “acertar”, e “acertar”, entre outros significados,
também tem o sentido de “encontrar”, “descobrir”, o que não é estranho ao contexto do acertamento
judicial, como se verá no desenrolar do trabalho.

8 .FALZEA, Angelo. Voce Accertamento. In: Enciclopedia del Diritto. Milano: Giuffrè, 1958. v. I, inicia
seu estudo sobre o acertamento indicando “lo sforzo di individuare e fissare il denominatore unitario
che ricorre in temi importantissimi, quali l’accertamento processuale nella sentenza e nel giudicato,
l’accertamento sostanziale nel negozio giuridico di diritto privato”.

9 .FORNACIARI, Michele. Lineamenti di una teoria generale dell’accertamento giuridico. Torino: G.


Giappichelli Editori, 2002. p. 66-67, esclarece, ao tratar do acertamento em linhas gerais, que a
“prima esigenza che si avverte è quella di comparare fra loro le problematiche separatamente emerse
in campo processuale ed in campo sostanziale” e indica que as questões são “tutte comune ai due
settori e ciò, qualora ve ne fosse ancora bisogno, conferma ulteriormente che quello
dell’accertamento è un argomento che appartiene di pieno diritto alla sfera della teoria generale e che
a tale livello deve pertanto essere indagato”.

10 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I.

11 .FALZEA, Angelo. Voce Accertamento. In: Enciclopedia del Diritto. Milano: Giuffrè, 1958. v. I:
“Stabilire il significato generale che ha nel diritto il fenomeno della conoscenza è la strada maestra
che può condurci ad intendere l’essenza e la funzione degli istituti dei quali l’accertamento è
denominatore comune e renderci possibile la definizione della categoria generale dell’accertamento”.

12 .FALZEA, Angelo. Voce Accertamento. In: Enciclopedia del Diritto. Milano: Giuffrè, 1958, v. I:
“nell’accertamento come in ogni processo della realtà noi possiamo opportunamente distinguere tre
momenti o stadi: l’inizio, lo svolgimento, il termine. Dallo stadio iniziale, costituito dalla situazione di
incertezza, si tratta di pervenire, attraverso lo stadio mediano rappresentato dall’attività di
accertamento, allo stadio finale della situazione di certezza”.

13 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 17: “la decisione fonte di accertamento è sempre atto dell’autorità giudiziaria
italiana, compiuto nell’esercizio della funzione giurisdizionale contenziosa; e il mezzo per giungervi è
sempre (in senso lato) un processo di cognizione”.

14 .FORNACIARI, Michele. Lineamenti di una teoria generale dell’accertamento giuridico. Torino: G.


Giappichelli Editori, 2002. p. 294: “Iniziando dunque dell’accertamento per eccellenza, vale a dire
quello giudiziale, l’aspetto di maggiore interesse – ovviamente in relazione al tema qui in esame – e
sul quale vorrei pertanto soffermarmi, è quello, del resto ben noto, circa i rapporti fra l’accertamento e
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Análise comparativa do acertamento judicial no direito
italiano e no direito brasileiro

la tutela giurisdizionale, e segnatamente fra l’accertamento e la tutela dichiarativa”.

15 .LUISO, Francesco Paolo. Diritto Processuale Civile. 11. ed. Milano: Giuffrè-Francis Lefebvre,
2020. v. I. p. 11: “La prima forma di intervento giurisdizionale a tutela di situazioni protette è quella
che comunemente va sotto il nome di funzione giurisdizionale dichiarativa, a cui corrisponde il
processo di cognizione”.

16 .BOVE, Mauro. Lineamenti di diritto processuale civile. 2. ed. Torino: G. Giappichelli Editore,
2006. p. 64: “Quella di mero accertamento è la forma di tutela minima nell’ambito della più generale
tutela dichiarativa, nel senso che con essa se giunge, puramente e semplicemente, alla fissazione di
qual è il diritto nel caso concreto”.

17 .Indica-se, v.g., que a sentença de improcedência, mesmo no caso de demandas condenatórias


ou constitutivas, é um claro exemplo de sentença de acertamento negativo, cf. PROTO PISANI.
Andrea. Le tutele giurisdizionali dei diritti. Napoli: Jovene Editore, 2003. p. 37, ao apontar ser
“indiscutibile che anche tali sentenze, come tutte le sentenze che rigettano nel merito la domanda
dell’attore, siano da considerare sentenze di mero accertamento (nel senso che l’unico loro contenuto
e l’unica loro efficacia pratica destinata a permanere nel tempo è l’accertamento con autorità di cosa
giudicata dell’inesistenza del diritto dedotto in giudizio dell’attore)”. Cf., ainda, LIEBMAN, Enrico Tulio.
Manuale di diritto processuale civile. 5. ed. Milano: Giuffrè editore, 1992. p. 171: “Sentenze di
accertamento sono anche tutte le sentenza che rigettano la domanda, poiché accertano l’inesistenza
del diritto o in genere del rapporto giuridico fatto valere dall’attore”.

18 .LIEBMAN, Enrico Tulio. Manuale di diritto processuale civile. 5. ed. Milano: Giuffrè editore, 1992.
p. 170: “L’azione d’accertamento si propone lo scopo di eliminare l’incertezza intorno all’esistenza,
inesistenza o modalità di un rapporto giuridico. La sentenza a cui tende si chiama sentenza di mero
accertamento o sentenza dichiarativa (jugement déclaratoire, declaratory judgment)”. Cf. ainda,
BOVE, Mauro. Lineamenti di diritto processuale civile. 2. ed. Torino: G. Giappichelli Editore, 2006.
p. 64: “Insomma, qui siamo in presenza di un’ipotesi in cui un soggetto ha contestato l’esistenza e/o il
modo di essere del diritto di un altro soggetto e questi reagisce al fine di ottenere dal giudice una
sentenza che fissi il modo di essere della realtà giuridica, accerti l’esistenza e/o il modo di essere del
diritto, eliminando la provocata incertezza”.

19 .PROTO PISANI. Andrea. Le tutele giurisdizionali dei diritti. Napoli: Jovene Editore, 2003. p. 36:
“Con l’espressione ‘tutela de mero accertamento’ ci si intende riferire alle ipotesi in cui il
provvedimento giurisdizionale richiesto dall’attore sia una sentenza di mero accertamento; cioè quelle
ipotesi in cui l’attore si limita a domandare al giudice di dichiarare se un determinato diritto esiste o
non esiste, e il bisogno di tutela giurisdizionale è soddisfatto dalla sola autorità di cosa giudicata, dalla
sola immutabilità dell’accertamento contenuto nella sentenza in tutti i futuri giudizi fra le stesse parti
(o i loro eredi e aventi causa) nei quali il diritto accertato sia dedotto come petitum o come elemento
della fattispecie di un diverso diritto cha a sua volta costituisce il petitum”.

20 .GRASSO, Edoardo. Enrico Allorio, l’accertamento giudiziale nella teoria dell’ordinamento tra
Hans Kelsen e Santi Romani. Rivista di diritto civile, Padova: Cedam, n. 6, p. 774-775, 2001: “Allorio,
convinto che il diritto oggettivo non si può ‘frammentare nel polverio delle cosiddette situazioni
giuridiche soggettive’, quali altrettanti stati psicologici di bisogno, accoglie del diritto soggettivo la
definizione kelseniana, con qualche deviazione, e la volge all’esaltazione della giurisdizione di cui
precisa la funzione: quella, che per Kelsen è sempre costitutiva, per Allorio è sempre un
accertamento, attraverso il quale secondo la sua immaginifica espressione, filtra l’ordinamento
giuridico e la sua luce si rinfrange nel prisma di quell’accertamento”.

21 .GRASSO, Edoardo. Enrico Allorio, l’accertamento giudiziale nella teoria dell’ordinamento tra
Hans Kelsen e Santi Romani. Rivista di diritto civile. Padova: Cedam, n. 6, 2001. p. 775:
“L’accertamento giudiziale del diritto è una mera operazione di ricerca e, se positiva, di rinvenimento
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Análise comparativa do acertamento judicial no direito
italiano e no direito brasileiro

di una situazione giuridica preesistente, avente le caratteristiche di una pretesa della parte, che può
formare oggetto di un accertamento autonomo, ed è quindi idonea a superare il giudizio che Allorio
qualifica di ammissibilità”.

22 .FORNACIARI, Michele. Il negozio di accertamento. In: GABRIELLI, Enrico; LUISO, Franceso


Paolo (a cura di). I contratti di composizione delle liti. Milano: UTET-WKI, 2005. v. 4. t. I. p. 12-13: “il
processo, pur rappresentando, indiscutibilmente ed indiscussamente, la sede più frequente ed
elevata dell’accertamento, intanto non ne è, quantomeno sul piano delle possibilità teoriche (a
prescindere cioè dalle scelte concrete del singolo ordinamento), l’unica; e comunque – quand’anche
lo fosse – non si identifica con questo: il processo non è l’accertamento; ne è solo un (al limite
il) veicolo; ciò che – per scelta del diritto positivo o se del caso anche per necessità intrinseca – vale
per esso ben può dunque essere che esprima esigenze proprie solo dello strumento (il processo) in
quanto tale e non del suo prodotto (l’accertamento)”.

23 .Interessante registrar que quando a definição do direito, com eliminação da incerteza, não é o
objeto principal da ação, ou seja, fora do contexto da admissibilidade da tutela declaratória ou de
acertamento puro, o elemento da incerteza não é fundamental ou posto como problema, como
destaca FORNACIARI, Michele. Lineamenti di una teoria generale dell’accertamento giuridico.
Torino: G. Giappichelli Editori, 2002. p. 20: “nell’ottica processualistica, l’incertezza è bensì collegata
all’accertamento, ma all’accertamento inteso come specifica forma di tutela e non all’accertamento
inteso come elemento inerente a qualunque tipo di tutela. Quello dell’incertezza viene cioè posto
come problema di ammissibilità della tutela dichiarativa, non come problema di ammissibilità
dell’accertamento tout court”.

24 .Como destaca DENTI, Vittorio. La giustizia civile. Bologna: il Mulino, 2004. p. 128, a distinção
entre sentenças declaratórias (ou de acertamento), condenatórias e constitutivas tem base na
tradição doutrinária, sem correspondência direta no direito positivo: “Una tradizione dottrinale, che
non trova nel diritto positivo uma direta base testuale, distingue gli effetti scaturenti dalle pronunce
giudiziali in effetti di accertamento, di condanna e costitutivi”. Cf., ainda, COMOGLIO, Luigi Paolo;
FERRI, Corrado; TARUFFO, Michele. Lezioni sul processo civile. 4. ed. Bologna: il Mulino, 2006. v. I.
p. 578: “Nell’ambito della tutela giurisdizionale dichiarativa, secondo una tradizionale ripartizione, la
parte può chiedere al giudice, predeterminando così il contenuto della sentenza, una tutela di mero
accertamento del diritto, un provvedimento di condanna e una tutela costitutiva”.

25 .LIEBMAN, Enrico Tulio. Manuale di diritto processuale civile. 5. ed. Milano: Giuffrè editore, 1992.
p. 170: “Tutte le sentenze che decidono il merito di una causa contengono anche un accertamento
intorno al rapporto giuridico dedotto in giudizio, perché questa è la necessaria premessa per qualsiasi
ulteriore provvedimento (di condanna o costitutivo)”.

26 .FORNACIARI, Michele. Lineamenti di una teoria generale dell’accertamento giuridico. Torino: G.


Giappichelli Editori, 2002. p. 294, indica que a intervenção judicial para a realização dos direitos “si
articolerebbe quindi in due momenti: da un lato, e in primo luogo, nell’accertamento del modo di
essere del diritto sostanziale, vale a dire della regolamentazione del conflitto di interessi, dettata dalla
norma primaria; dell’altro lato, e in secondo luogo, nell’intervento sostitutivo, vale a dire nella
soddisfazione, in via alternativa, dell’interesse tutelato dalla norma medesima”.

27 .PROTO PISANI. Andrea. Le tutele giurisdizionali dei diritti. Napoli: Jovene Editore, 2003. p. 36,
destaca a forma de inserção do acertamento como diferencial entre a sentença de mero acertamento
e as sentenças condenatórias e constitutivas, ou seja, nas palavras do autor, “a distinguere le
sentenze di mero accertamento sia dalle sentenze di condanna (che hanno anche la funzione di
preparare l’esecuzione e accanto all’accertamento producono sempre degli effetti ulteriori), sia dalle
sentenze costitutive (nelle quali l’accertamento è considerato dal legislatore come un elemento di una
più complessa fattispecie cui ricollegare il prodursi di un determinato effetto di diritto sostanziale)”.

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28 .PROTO PISANI. Andrea. Lezioni di Diritto Processuale Civile. 5. ed. Napoli: Jovene editore,
2006, p. 133: “Nel processo a cognizione piena si chiede che il giudice emani, riguardo al diritto fatto
valere in giudizio, un provvedimento giurisdizionale (sentenza) di tutela che, secondo una tripartizione
tradizionale, può avere contenuto di mero accertamento, di condanna o costitutivo. Il comune
denominatore di tutte queste ipotesi è che l’attore chiede giudizialmente (quantomeno) un
accertamento del diritto azionato; corrispondentemente l’accertamento del diritto dedotto in giudizio è
l’elemento comune alle tre specie, sopra indicate, di provvedimenti giurisdizionali”.

29 .DENTI, Vittorio. La giustizia civile. Bologna: il Mulino, 2004, p. 129, a respeito da sentença de
mero acertamento: “Il realtà, il mero accertamento è tale non perché il giudice si limiti alla sola
dichiarazione dell’effetto giuridico, ma perché alla fattispecie dedotta in giudizio non si ricollega né il
quid pluris, né il quid novi che caratterizzano, sul piano sostanziale, la tutela di condanna e la tutela
costitutiva”. E a seguir o mesmo DENTI. Op. cit., p. 130-131, acrescenta: “Secondo il modo di
pensare tradizionale, la condanna sarebbe caratterizzata da un plus rispetto all’acertamento,
rappresentato dalla sua idoneità a costituire titolo per l’esecuzione forzata. (…) Il plus della tutela
costitutiva, infatti, non si coglie sul paino processuale, bensì sul piano sostanziale, essendo
rappresentato dal potere di modificazione sostanziale che entra a comporre la fattispecie dedotta in
giudizio dall’attore”. A respeito da sentença constitutiva, cf. FERRI, Corrado. Profili dell’accertamento
costitutivo. Padova: CEDAM, 1970. p. 233-234: “In realtà, se anche nell’attività diretta a ‘costituire,
modificare o estinguere rapporti giuridici’ si può distinguere un ‘elemento’ di accertamento da un
‘elemento’ modificativo del rapporto sostanziale preesistente, l’effetto dichiarativo del potere
sostanziale di modificazione non è idoneo ad operare come effetto autonomo, indipendentemente
dall’effetto costitutivo. Questa conclusione emerge dall’esatta individuazione dell’oggetto del giudizio
che è il potere ‘strumentale’ di attuare il mutamente giuridico per il tramite della sentenza”.

30 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 26: “Se l’accertamento positivo della situazione dedotta come controversa è, a
sua volta, o accertamento mero o accertamento accompagnato da effetti ulteriori, sempre
accertamento mero è l’accertamento negativo, quale è prodotto dal rigetto della domanda”.

31 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 23: “Il primo di questi casi è offerto dalle decisioni di condanna. Secondo la tesi
che riteniamo corretta, la condanna è ammissibile solo per i crediti suscettibili di esecuzione forzata; e
suo tramite il giudice, previo accertamento del credito e verifica della sua esigibilità, crea anche un
titolo esecutivo. La condanna deve essere sia chiesta dal creditore, sia pronunciata; e vuoi la
domanda vuoi la decisione hanno dunque un contenuto che eccede i confini dell’accertamento. Il
secondo di questi casi si verifica con le decisioni costitutive in senso stretto (a proposito delle quali si
adopra talora anche il termine di ‘accertamento costitutivo’, da noi riferito più sopra ad altro
fenomeno). In senso lato, non vi è decisione che non sia costitutiva di un effetto nuovo: anche
l’accertamento è un quid novi. Ma per convenzione di linguaggio si parla di decisione costitutiva solo
quando la decisione crea anche degli effetti ulteriori, che siano diversi dal titolo esecutivo”. Todavia,
há autores que questionam que tal eficácia executiva seja o principal efeito da sentença
condenatória, como se extrai, v.g., de DENTI, Vittorio. La giustizia civile. Bologna: il Mulino, 2004.
p. 131: “Per quanto riguarda, invece, l’efficacia esecutiva, è dubbio se essa rappresenti veramente un
effetto ‘principale’ della sentenza, idoneo a distinguere la tutela di accertamento da quella di
condanna. Non solo, infatti, l’esecutorietà non è un effetto proprio delle sentenze di condanna, in
quanto spetta anche ad altri provvedimenti giudiziali ed a titoli di formazione negoziale (art. 474,
c.p.c.), ma non sempre le sentenze qualificate dal codice come ‘condanna’ hanno efficacia esecutiva:
è questo il caso della sentenza generica, prevista dall’art. 278 c.p.c., che si limita ad accertare il diritto
alla prestazione, senza determinare la quantità, e il cui solo effetto è la possibilità di iscrizione della
ipoteca giudiziale”.

32 .LUISO, Francesco Paolo. Diritto Processuale Civile. 11. ed. Milano: Giuffrè-Francis Lefebvre,
2020. v. I. p. 14: “non si deve confondere l’accertamento (in senso speculativo, descrittivo) che il
giudice deve effettuare in relazione all’attuale esistenza del diritto fatto valere (accertamento, in
relazione al quale è rilevante ciò che è accaduto prima del processo, o al massimo durante il
processo: un accertamento, quindi, che guarda al passato) con l’accertamento (in senso prescrittivo,
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normativo) che è contenuto nella sentenza. Quest’ultimo accertamento guarda al futuro, in quanto
stabilisce i comportamenti leciti e doverosi che ciascuna parte deve tenere dopo il processo.
L’accertamento, quindi, ha le sue radici in un momento storico ben preciso (che individueremo,
quando esamineremo i limiti temporali di efficacia della sentenza stessa), ma produce effetti nel
futuro. Il provvedimento giurisdizionale dichiarativo ha i piedi nel passato e lo sguardo nel futuro:
l’accertamento (descrittivo) dell’essere è meramente strumentale all’accertamento (prescrittivo) del
dover essere”.

33 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 17: “Con il termine ‘accertamento giudiziale’ si può, in genere, designare l’attività
con la quale il giudice verifica i presupposti del provvedimento a volta a volta da emettere. Ma nella
dottrina processual-civilistica il termine ‘accertamento giudiziale’ (o ‘accertamento’ puramente e
semplicemente) assume anche un altro significato, più importante dal punto di vista scientifico, al
quale è opportuno far riferimento in questa sede. Si designa infatti, con tale locuzione, un effetto della
decisione sulla situazione controversa: e precisamente l’effetto consistente nel render certa
l’esistenza (o inesistenza) di tale situazione, così come dichiarata dal giudice. La certezza si fa
avvertire come vincolo al di fuori del processo in cui la decisione è stata presa, vuoi per le parti vuoi
per il giudice di processi futuri”. Daí, por exemplo, COMOGLIO, Luigi Paolo; FERRI, Corrado;
TARUFFO, Michele. Lezioni sul processo civile. 4. ed. Bologna: il Mulino, 2006. v. I. p. 580,
indicarem que a tutela de acertamento não se confunde com a mera cognição histórica de um direito:
“tutela di mero accertamento non vuol dire cognizione storica di un diritto, poiché l’accertamento
contenuto nella sentenza deve intendersi in senso prescrittivo: come si è da ultimo correttamente
rilevato, l’accertamento ‘guarda al futuro’ in quanto stabilisce comportamenti legittimi e doverosi che
ciascuna parte dovrà tenere dopo il processo”.

34 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 22: “Una volta che l’accertamento si sia prodotto, poi, si discute se esso valga ex
tunc o ex nunc; e l’opinione tradizionale è prevalentemente per la prima soluzione”. Cf., ainda,
FERRI, Corrado. Profili dell’accertamento costitutivo. Padova: Cedam, 1970. p. 172: “L’opinione in
esame esprime, dunque, l’efficacia dichiarativa della sentenza in termini di retroattività e, definita
quest’ultima come l’operare dell’efficacia di un fatto da un momento anteriore a quello in cui si è
verificato, ne trae la conseguenza che l’effetto di accertamento è sempre retroattivo in quanto opera
dal momento stesso in cui il rapporto è sorto”.

35 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 22: “Chi ha esaminato l’argomento più a fondo ha potuto tuttavia osservare, con
rilievi puntuali e condivisibili, che in realtà dietro la asserita retroattività dell’accertamento si celano
fenomeni diversi di varia natura. Ora si indicano gli effetti della situazione accertata, ora gli effetti
sostanziali della domanda, ora gli effetti di atti che presuppongono l’accertamento ma non possono
essere identificati con esso; ed una volta notata la possibile retroattività delle conseguenze ulteriori
cui l’accertamento può aprire la via (infra, par. 11), è probabilmente da accogliere la tesi di chi ritiene
che l’accertamento non sia in realtà mai retroattivo. Inteso come vincolo secondo la definizione
datane all’inizio, del resto, l’accertamento pare poter concernere solo il futuro e le valutazioni da
compiere dopo il suo sorgere”.

36 .FERRI, Corrado. Profili dell’accertamento costitutivo. Padova: Cedam, 1970. p. 189-190: “Infatti,
nel caso dell’accertamento, la ‘realtà giuridica’ è sempre la medesima, poiché il rapporto giuridico
sostanziale preesistente è quello stesso rapporto che forma il contenuto dell’effetto dichiarativo.
Appaiono, quindi, chiare le ragioni per cui una nota dottrina ha ritenuto che ‘accertamento’ e
‘retroattività’ siano termini fra loro incompatibili. Se le sentenze dichiarative hanno sempre ad oggetto
una fattispecie i cui effetti operano con riferimento al momento in cui la fattispecie si è realizzata,
l’accertamento dell’effetto comporta necessariamente l’affermazione della sua esistenza da un
momento anteriore, mentre il vincolo, per le parti ed i futuri giudici, a ritenere incontrovertibile
l’esistenza o l’inesistenza del rapporto si proietta nel futuro, giacché opera dal momento in cui la
decisione è passata in giudicato formale. Non si può dire, dunque, che il vincolo opera
retroattivamente, ma soltanto che, per tutti i soggetti interessati, è incontrovertibile l’esistenza del
rapporto con riferimento al suo momento iniziale”.
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37 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 18: “Come detto, l’accertamento va tenuto separato e distinto dalla mera
cognizione. Per sapere se la situazione controversa esista o non esista (ovvero, quale ne sia la
disciplina), può esser necessario risolvere in funzione preparatoria altri quesiti, la cui valutazione dà
vita al complesso dei così detti antecedenti logici della decisione; e v’è un certo dibattito sul
problema, se i giudizi formulati su questi antecedenti logici (punti e questioni pregiudiziali) abbiano al
di fuori del processo l’efficacia vincolante cui si è fatto cenno”.

38 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 19: “Poiché si è definito l’accertamento come effetto della decisione sulla
situazione controversa, è ictu oculi chiaro che la decisione di cui si parla deve avere la situazione
controversa a proprio oggetto. La decisione che interessa è dunque la decisione così detta ‘sul
merito’”.

39 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 19-20: “poiché non giova ad alcuno designare con lo stesso termine fenomeni
diversi, dominati da diverse regole e diversi problemi, il partito migliore è senz’altro quello di limitare il
termine ‘accertamento’ a quel vincolo sulla situazione controversa, del quale si è parlato all’inizio e
del quale solo le decisioni sul merito sono capaci”.

40 .MENCHINI, Sergio. Nuove forme di tutela e nuovi modi di risoluzione delle controversie: verso il
superamento della necessità dell’accertamento con autorità di giudicato. Rivista di Diritto
Processuale, Padova: Cedam, n. 3, 2006. p. 869, aponta que nos últimos tempos o legislador tem
reformado as formas de tutela e o processo sempre com um denominador comum: “ridurre lo spazio
della giurisdizione statuale e, nell’ambito di questa, da un lato, diminuire il ricorso alla tutela
dichiarativa, rendendo, con sempre maggiore frequenza, il processo di cognizione meramente
eventuale, e, dall’altro lato, con riguardo alle attribuzione dichiarative, proseguire nell’opera, da tempo
avviata, di sottrazione di spazi al procedimento ordinario di cognizione, affiancando ad esso riti
speciale, vuoi sommari vuoi a cognizione piena. Il risultato che si intravede, in esito a tale percorso, è
il superamento, forse definitivo, nel sistema di tutela giurisdizionale dei diritti, del modello tradizionale,
che si fonda sulla centralità della tutela dichiarativa, del processo di cognizione e dell’accertamento
con autorità di cosa giudicata”. Também MONTESANO, Luigi. La tutela giurisdizionale dei diritti.
2. ed. Torino: UTET, 1994. p. 260, já anotava, a respeito do decreto injuntivo no procedimento
monitório, que “a differenza di quel che accade dopo la condanna passata in giudicato,
l’inoppugnabile decreto ingiuntivo non impedirà all’ingiunto di contestare, verso l’ingiungente, per ogni
effetto diverso da quello del suddetto pagamento, la fonte sostanziale di questo (si pensi a danni o ad
altre rate di debito rateale) né estenderà il suo effetto vincolante ad alcun rapporto connesso con
quello dedotto in giudizio, proprio perché la stabilità dell’effetto giurisdizionale in discorso non è
‘accertamento’ di quel rapporto”.

41 .TISCINI, Roberta. I provvedimenti decisori senza accertamento. Torino: G. Giappichelli Editore,


2009. p. 35: “La categoria della c.d. ‘decisorietà senza accertamento’ (o c.d. ‘decisorietà mera’) è
ricondotta in questo lavoro entro quella più generale della c.d. ‘funzione giurisdizionale decisoria’ (
rectius, ‘funzione giurisdizionale dichiarativa’ o ‘funzione giurisdizionale cognitiva’), a cui appartiene
distinguendosene per una deminutio in punto di effetti: mentre in quest’ultima – nella sua accezione
più tradizionale – la realizzazione del risultato pratico (il titolo esecutivo) si accompagna sempre al
giudicato, nella c.d. decisorietà senza accertamento ciò che viene a mancare è l’effetto ulteriore
consistente nell’accertamento (identificato al punto nel giudicato). Tra funzione giurisdizionale
decisoria (o dichiarativa) e decisorietà senza accertamento vi è quindi un rapporto genere a specie, la
prima costituendo il genus a cui appartiene la seconda (species) che si contraddistingue per una più
limitata tutela, data la rinuncia al giudicato e la proiezione dell’azione esclusivamente verso
l’immediata utilitas (eventualmente spendibile in executivis)”.

42 .MONTESANO, Luigi. La tutela giurisdizionale dei diritti. 2. ed. Torino: UTET, 1994. p. 261:
“l’ordinamento sembra collegare indissolubilmente l’accertamento giurisdizionale al provvedimento
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conclusivo di processo in cui siano state date alle parti quelle che lo stesso ordinamento pone come
le massime garanzie di svolgimento dell’azione e delle paritarie contrapposte difese, e perciò
escludere quell’accertamento là dove, come nelle cognizioni sommarie, le dette garanzie siano minori
di quelle consentite nell’ambito degli strumenti di tutela normale dei diritti”.

43 .MONTESANO, Luigi. La tutela giurisdizionale dei diritti. 2. ed. Torino: UTET, 1994. p. 256-257:
“l’efficacia di accertamento si può definire, in generale, come quella che opera dando forte certezza a
rapporti giuridici, con l’enunciare sulla loro essenza un giudizio ‘stabilmente vincolante’, che, cioè, si
impone ai soggetti in modo da rendere giuridicamente irrilevante ogni affermazione o pretesa e
illegittimo ogni comportamento che contrastino col giudizio medesimo”.

44 .MONTESANO, Luigi. La tutela giurisdizionale dei diritti. 2. ed. Torino: UTET, 1994. p. 57:
“Bisogna ora precisare che tale efficacia si caratterizza nel ‘prescindere dalle situazione giuridiche
pregresse, così da assorbire e precludere già su piano sostanziale ogni loro ulteriore effetto’, in altre
parole, la situazione giuridica controversa o dubbia non sarebbe utilmente ‘accertata’ se non venisse,
ad ogni effetto, ‘fissata’ fin dalla sua origine in conformità del vincolante giudizio”.

45 .FALZEA, Angelo. Voce Accertamento. In:Enciclopedia del Diritto. Milano: Giuffrè, 1958. v. I: “In
quelle nostre indagini, criticati i presupposti teorici della teoria tradizionale che, fondandosi
principalmente sul fenomeno del negozio giuridico, concepiva la efficacia giuridica essenzialmente
come efficacia trasformativa e innovativa, noi abbiamo isolato nel mondo complesso dei fenomeni
giuridici tre tipi di efficacia ben distinti: #) efficacia costitutiva in cui la situazione giuridica statuita dalla
norma diverge, in modo netto e giuridicamente apprezzabile, dalla situazione giuridica preesistente
(non può spiegare efficacia giuridica una vendita di cosa già di proprietà dell’acquirente); #) efficacia
dichiarativa in cui la situazione giuridica statuita dalla norma converge, nell’essenziale, con la
situazione giuridica preesistente (la ricognizione del rapporto enfiteutico può spiegare gli effetti che il
diritto le assegna solo in quanto il rapporto preesista nella realtà giuridica); #) efficacia preclusiva in
cui la situazione giuridica statuita dalla norma sorge indipendentemente dalla (conformità o difformità
della) situazione giuridica preesistente”.

46 .FALZEA, Angelo. Voce Accertamento. In:Enciclopedia del Diritto. Milano: Giuffrè, 1958. v. I: “La
semplice dichiaratività non è in grado di spiegare la incontestabilità in tutte e due le ipotesi della
situazione giuridica determinata dalla sentenza”.

47 .FALZEA, Angelo. Voce Accertamento. In:Enciclopedia del Diritto. Milano: Giuffrè, 1958. v. I:
“Perché la alternativa sia abbracciata nella sua totalità occorre fare ricorso ad un tipo di effetto
giuridico che superi le ipotesi singole della costitutività e della dichiaratività: e questo tipo di effetto
giuridico è proprio l’effetto preclusivo. Una volta intervenuto l’accertamento definitivo, con il passaggio
della sentenza in cosa giudicata, il contrasto che aveva paralizzato la realizzazione dell’interesse
viene tolto radicalmente di mezzo e non può essere più riproposto in forma giuridicamente rilevante: e
ciò tanto se la sentenza abbia rispecchiato la realtà anteriore, tanto se invece l’abbia modificata e
perciò alterata”

48 .FALZEA, Angelo. Voce Accertamento. In:Enciclopedia del Diritto. Milano: Giuffrè, 1958. v. I:
“possiamo dire che la messa fuori contestazione, la sostituzione della situazione giuridica incerta con
la situazione giuridica accertata, null’altro possono significare nella loro versione scientificamente
corretta se non precisamente la preclusione di qualsiasi indagine sulla situazione giuridica
antecedente al fatto di accertamento e pertanto la irrilevanza di ogni contestazione relativa al
contenuto della situazione giuridica accertata sulla base della sua validità storico-giuridica. Dopo il
fatto di accertamento una ulteriore contestazione non tanto è vietata quanto è resa irrilevante e perciò
è privata della sua forza paralizzatrice della realizzazione del valore giuridico”.

49 .FALZEA, Angelo. Voce Accertamento. In:Enciclopedia del Diritto. Milano: Giuffrè, 1958. v. I: “La
essenzialissima ed insostituibile funzione del giudicato sul piano sostanziale sta proprio in questa sua
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autonoma validità, che rende del tutto inoperante ogni ulteriore tentativo di rimettere in discussione la
effettiva portata della realtà giuridica determinata dalla sentenza. Questa configurazione del giudicato
in funzione della efficacia preclusiva risolve uno dei problemi più dibattuti dalla scienza giuridica”.

50 .FALZEA, Angelo. Voce Efficacia giuridica. In:Enciclopedia del Diritto. Milano: Giuffrè, 1965.
v. XIV: “Ma il fatto di accertamento può conseguire questo risultato, di rendere irrilevante per il diritto
la contestazione sulla situazione giuridica accertata, solo in virtù di un effetto non meramente
dichiarativo. (…) Perché venga rimossa la incertezza è dunque indispensabile un effetto giuridico
svincolato da una simile condizione di validità: capace cioè di abbracciare integralmente, insieme
all’ipotesi della conformità, l’alternativa della difformità dall’effetto giuridico anteriore. Questa
ambivalenza è propria e soltanto dei fatti preclusivi: tra i quali sono quindi da includere i fatti di
accertamento. Ma l’eliminazione dell’incertezza può conseguirsi per altra via. Il fatto di accertamento
– e come tale è da considerare, se non esclusivamente senza dubbio principalmente il giudicato, il
quale è istituzionalmente predisposto a questo fine”.

51 .FORNACIARI, Michele. Lineamenti di una teoria generale dell’accertamento giuridico. Torino: G.


Giappichelli Editori, 2002. p. 12, destaca que dois problemas inerentes ao acertamento judicial são o
da admissibilidade da tutela de acertamento como forma autônoma de tutela e a interface com a
coisa julgada: “In campo processuale, l’accertamento identifica infatti due problematiche, certo,
strettamente connesse, ma nondimeno distinte: da un lato quella relativa alla tutela dichiarativa, vale
a dire all’accertamento come autonoma forma di tutela; dall’altro lato quella relativa al giudicato,
segnatamente sostanziale, vale a dire all’accertamento come elemento contenuto (o di cui comunque
si discute se lo sia) in ogni sentenza, sia questa dichiarativa, di condanna o costitutiva”.

52 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 17: “Premesso quanto sopra sul concetto di accertamento come effetto giuridico
e sui suoi confini, va subito detto che i più rilevanti problemi concernenti la sua disciplina vengono
spesso presentati come problemi inerenti alla cosa giudicata”.

53 .MONTESANO, Luigi. La tutela giurisdizionale dei diritti. 2. ed. Torino: UTET, 1994. p. 258, indica
que o acertamento contido na sentença “è la più stabile che l’ordinamento conosca” e acrescenta, a
seguir, que “l’accertamento inerente alla sentenza è ben più forte ed esteso che ogni altri in ragione
della qualità del giudizio che la legge trasforma in accertamento. È, infatti, un giudizio raggiunto
nell’esercizio della giurisdizione, che, como s’è visto, è attuazione dell’ordinamento oggettivo nella
sua universalità”.

54 .MENCHINI, Sergio; MOTTO, Alessandro. Cosa giudicata. In: GABRIELLI, Enrico (diretto da).
Commentario del Codice Civile. Milano: UTET, 2016. p. 25: “Tornando alla giurisdizione statale,
sussiste una correlazione strettissima tra tutela (dichiarativa) delle situazioni soggettive, sentenze
conclusive di processi a cognizione piena ed autorità di cosa giudicata: la giurisdizione contenziosa
origina accertamenti vincolanti dei diritti e degli status, contenuti in provvedimenti aventi forma di
sentenza, emessi in esito a procedimenti regolati dalla legge in ogni loro fase, impugnabili con rimedi
che assicurano un controllo pieno della decisione da parte dei giudici di grado superiore”.

55 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 17-18: “Tale concezione, che con differenziazione tra autore ed autore
corrisponde alle idee correnti nella dottrina classica, è stata revocata in discussione dalla diversa tesi
del Liebman, secondo la quale il giudicato non va identificato con uno o più effetti della decisione
sulla situazione controversa (né in genere con gli effetti di alcun’altra decisione o alcun altro
provvedimento), ma piuttosto con la stabilità di quegli effetti: stabilità che gli effetti acquistano
allorché, con la preclusione di certi gravami qualificabili come ordinari, diviene stabile l’atto che li
produce. E chi aderisce alla concezione liebmaniana (come noi aderiamo) non può considerare la
tradizionale ripartizione della materia del tutto corretta. A rigore, una cosa è la disciplina
dell’accertamento in sé e per sé considerato, un’altra il vedere a quali condizioni (e con quali ulteriori
conseguenze) l’accertamento diventi stabile”.
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56 .Cf., por exemplo, MENCHINI, Sergio; MOTTO, Alessandro. Cosa giudicata. In: VILLATA, Stefano
A. (a cura di). Materiali sulla cosa giudicata. Milano: WKI, 2017. p. 15-16: “La cosa giudicata
sostanziale è un effetto giuridico che riguarda l’accertamento, essa consiste ‘nell’indiscutibilità
dell’esistenza della volontà concreta di legge affermata nella sentenza’, con la conseguenza che ciò
che il giudice ha stabilito ‘deve tenersi in futuro come norma immutabile del caso deciso’. Non può
essere condivisa, dunque, la ricostruzione di Liebman, per il quale, posta la distinzione tra efficacia
ed autorità della sentenza, quest’ultima consisterebbe non in un in autonomo effetto, ma, piuttosto,
‘nella qualità degli effetti della pronuncia, e a tutti gli effetti riferibile, costituita dalla loro immutabilità’.
Il giudicato, cioè, esprimerebbe soltanto un modo di essere degli effetti (di accertamento, costitutivi e
di condanna) della decisione e si risolverebbe nella loro immutabilità”.

57 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 22: “Una volta prodottosi, l’accertamento ha naturalmente rilievo soprattutto
nell’ipotesi in cui tra le parti al di fuori di ogni processo si discuta della situazione accertata, ovvero
sorga un processo nuovo sulla stessa situazione; e ci si chiede, in questo secondo caso, se il vincolo
derivante dall’accertamento si traduca in un divieto di nuova decisione (operando come impedimento
processuale), ovvero imponga una nuova decisione di merito dello stesso tenore. Accanto a questa
ipotesi, ne va tuttavia collocata una seconda, altrettanto importante: quella in cui si discuta su una
situazione dipendente da quella decisa, rispetto alla quale quest’ultima si pone come pregiudiziale. In
tale caso, la situazione decisa costituisce una premessa ferma, alla quale non si può derogare”.

58 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 20, explica que parte da doutrina entende que situar a figura do acertamento
incidenter tantum entre o acertamento propriamente dito e a mera cognição: “un autore ha rivalutato il
concetto di accertamento incidenter tantum, quale categoria intermedia tra l’accertamento vero e
proprio e la mera cognizione; e niente impedisce di designare con questo nome, se si vuole, l’effetto
di fissazione di antecedenti logici della decisione, che è proprio di tali provvedimenti. Se si è prudenti
quanto basta per non lasciarsi trascinare dalla locuzione ‘accertamento’, e si tiene ben fermo che
l’‘accertamento incidenter tantum’ non è l’accertamento vero e proprio, non v’è ragione di muovere
obiezioni di puro tipo terminologico. Ma questi sono anche i limiti, entro i quali il concetto può essere
accettato”.

59 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 27: “Sin qui si è parlato dell’accertamento ottenibile (da solo, o con ulteriori
effetti) mediante un apposito e separato processo: vale a dire dell’accertamento ottenibile in via
principale. Accanto a questo il sistema prevede tuttavia anche un accertamento incidentale (art. 34
c.p.c.), che ha luogo ogniqualvolta venga risolta con valore di accertamento una questione
pregiudiziale di merito. Alcune questioni devono essere risolte con accertamento, solo che sorgano: e
si può parlare qui di accertamento incidentale necessario. Altre sarebbero invece destinate ad essere
risolte con mera cognizione (cfr. supra, par. 3); ma le parti possono chiedere con apposita istanza
(domanda di accertamento incidentale) che la mera cognizione diventi accertamento, acquistando
forza vincolante al di fuori del processo: ed è questo il caso dell’accertamento incidentale per
apposita domanda”.

60 .PROTO PISANI. Andrea. Le tutele giurisdizionali dei diritti. Napoli: Jovene Editore, 2003. P. 37: “Il
nostro diritto non contiene alcuna disposizione dalla quale possa dedursi in maniera esplicita
l’ammissibilità in via generale di questa forma di tutela. Di qui il ‘problema’ della tutela di mero
accertamento, problema che può trovare soluzione solo a seguito di complesse indagini esegetiche e
sistematiche. Se, come si è detto, il nostro ordinamento non contiene alcuna disposizione esplicita
che ammetta la categoria della tutela di mero accertamento come categoria generale, esso contiene
invece non poche disposizioni che prevedono ipotesi tipiche di azioni di mero accertamento, o che
– ad avviso della dottrina – si dovrebbero necessariamente riferire al mero accertamento come figura
generale ed atipica di tutela”. COMOGLIO, Luigi Paolo; FERRI, Corrado; TARUFFO, Michele. Lezioni
sul processo civile. 4. ed. Bologna: il Mulino, 2006. v. I. p. 578: “Nessuna disposizione sembra
prevedere in via generale la possibile tutela di mero accertamento della esistenza o inesistenza del
diritto soggettivo, ma non si è mai dubitato dell’ammissibilità di tale tutela. È ben vero che
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italiano e no direito brasileiro

l’ordinamento prevede ipotesi tipiche di mero accertamento (ad esempio le azioni di accertamento
negativo dell’esistenza di diritti da altri affermati), ma ciò non costituisce motivo per ritenere si tratti di
ipotesi eccezionali”.

61 .LIEBMAN, Enrico Tulio. Manuale di diritto processuale civile. 5. ed. Milano: Giuffrè editore, 1992.
p. 172: “Ma per ammettere l’azione d’accertamento con opportuna larghezza e senza le restrizioni
sostenute da una parte della dottrina recente, basta ricordare che l’art. 24 Cost. consente di agire per
la tutela dei propri diritti e interessi legittimi, senza porre altre particolari condizioni oltre quelle che
risultano da una attenta esegesi della norma; e che una forma di tutela del proprio diritto è anche
l’accertamento, quando il diritto è dubbio o contestato e l’interesse del titolare è sufficientemente
tutela con l’accertamento”.

62 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 25: “In questo ambito, peraltro, il principio di fondo può essere uno solo: se non
esistono ragioni particolari, non si può limitare la libertà del soggetto nel chiedere (e ottenere) una
tutela minore di quella possibile; e non giustificati appaiono i ricorrenti tentativi di porre ostacoli al
mero accertamento dei crediti suscettibili di esecuzione forzata. La possibilità di una tutela maggiore
di quella offerta dal mero accertamento non basta a giustificare divieti; decisiva è invece la mancanza
di motivi di ordine superiore, apprezzabili sotto il profilo dell’interesse generale, idonei a limitare la
libertà del creditore”. Cf., ainda, LIEBMAN, Enrico Tulio. Manuale di diritto processuale civile. 5. ed.
Milano: Giuffrè editore, 1992. p. 172-173: “Si è dubitato talvolta se sia possibile proporre un’azione di
accertamento anche nel caso che la situazione di fatto sia matura per la proposizione dell’azione di
condanna, quando per es. dal rapporto che si vuol accertare sorga un diritto ad una prestazione
rimasto inadempiuto. Può l’attore limitarsi a chiedere la condanna? Ma dov’è la norma che costringe
l’attore a chiedere in ogni caso la tutela giuridica nella forma più completa consentita dalla situazione
di fatto? Questa norma non c’è e non si può perciò limitare la sua libertà di scelta e vietargli di
contentarsi del semplice accertamento, anche nel caso in cui potrebbe ottenere di più, cioè la
condanna”.

63 .BOVE, Mauro. Lineamenti di diritto processuale civile. 2. ed. Torino: G. Giappichelli Editore,
2006. p. 65: “la contestazione deve essere tale da provocare un’incertezza obiettiva ed attuale, essa
deve scaturire da fatti tangibili”.

64 .FALZEA, Angelo. Voce Accertamento. In: Enciclopedia del Diritto. Milano: Giuffrè, 1958. v. I: “La
incertezza è insita nella medesima contestazione, sicché la sua eliminazione richiede l’intervento di
un mezzo formale, e perciò oggettivo, capace di sostituirsi con i formali attributi della certezza, alla
situazione giuridica incerta”.

65 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 20: “Per quanto concerne le situazioni accertabili, limitato per ora lo sguardo alle
situazioni sostanziali, vige nel nostro sistema il generale principio della accertabilità dei diritti
soggettivi. Questa regola, già preesistente alla entrata in vigore della Costituzione, ha assunto con la
Costituzione stessa il ruolo di garanzia fondamentale non derogabile neppure dalla legge (art. 24, 1º
co., Cost.). Ciò significa che un mezzo per l’accertamento è in ogni caso presente; e nell’ipotesi di
mancanza di un procedimento ad hoc è disponibile l’ordinario processo di cognizione come canone di
chiusura”. Cf., ainda, PROTO PISANI. Andrea. Le tutele giurisdizionali dei diritti. Napoli: Jovene
Editore, 2003. p. 53: “Oggetto della tutela di mero accertamento, alla stessa stregua dell’oggetto di
qualsiasi forma di tutela giurisdizionale contenziosa, possono essere solo diritti, situazioni giuridiche
soggettive concrete (anche se future) e non meri fatti (anche se giuridicamente rilevanti) o norme. È
questa, una affermazione comunemente recepita dalla dottrina e dalla giurisprudenza. (…) Si può
pertanto concludere rilevando che la tutela – a livello di effettività – del diritto di difesa del convenuto,
impone di individuare nella deduzione in giudizio di un diritto concreto anche se futuro e non solo di
meri fatti o norme un limite generale alla ammissibilità della tutela di mero accertamento”.

66 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
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UTET, 1987. v. I. p. 20: “In un primo gruppo di casi, si consente l’accertamento di meri fatti,
giuridicamente rilevanti. Secondo la tesi che mi pare corretta, è questa l’ipotesi cui danno vita la
querela di falso (volta all’accertamento della non autenticità o falsità dell’atto pubblico, o della non
autenticità della scrittura privata) e la verificazione di scrittura (volta all’accertamento dell’autenticità
della scrittura privata): istituti il cui esame è riservato ad altra sede. Tutti sono peraltro d’accordo nel
ritenere che l’accertamento di meri fatti sia eccezionale, e non possa essere consentito al di fuori dei
casi espressamente previsti”.

67 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 21-22: “Preso atto del ruolo che l’accertamento può avere quanto alle situazioni
giuridiche sostanziali, occorre tuttavia aggiungere subito che esso è utilizzato dal sistema anche a
proposito di situazioni giuridiche diverse, che in antitesi alle prime potremmo chiamare ‘processuali’.
Accade infatti talora che in un processo si prospetti come oggetto controverso una situazione
giuridica nata in un altro processo, destinata a vivere solo all’interno di questo; oppure una situazione
giuridica che, invece di collocarsi sul terreno dei rapporti sostanziali delle parti, riguarda i mezzi della
loro tutela. In questi casi ci si trova di fronte non a decisioni sul processo nel senso cui si è fatto
cenno nel par. 3, ma a decisioni sul merito: semplicemente è per l’appunto il merito ad essere
costituito da situazioni processuali, nate al di fuori del processo in cui si pongono come thema
decidendum. (…) A differenza dell’accertamento delle situazioni sostanziali, peraltro, l’accertamento
delle situazioni giuridiche non sostanziali va limitata ai casi tipici previsti dalla legge (quali che siano i
criteri, più o meno ampi, impiegati per riconoscerli). Due delle ipotesi sopra ricordate (quelle
concernenti l’accertamento dell’inefficacia del provvedimento di volontaria giurisdizione e
l’‘inesistenza’ della sentenza) sono per vero il frutto di un superamento di questo limite, ad opera della
dottrina e della giurisprudenza; ma non conviene ricavarne un generale principio. Dobbiamo invece
considerarle come un dato ormai indiscutibile del ius quo utimur per mere ragioni storiche, e
prenderne atto con tale spirito”.

68 .BOVE, Mauro. Lineamenti di diritto processuale civile. 2. ed. Torino: G. Giappichelli Editore,
2006. p. 65-66: “In concreto, poi, il detto bisogno di accertamento può riguardare l’esistenza stessa
del diritto o anche il suo contenuto. (…) Peraltro, l’accertamento può essere in negativo. È ovvio che,
se il giudice rigetta la domanda nella quale l’attore si è affermato titolare di un diritto, il contenuto
dell’accertamento consisterà in una negazione, in quanto, appunto, mancando la prova del diritto
affermato, la sentenza ne negherà l’esistenza. Ma, è anche possibile che lo stesso attore miri ad una
negazione, ossia che egli nella domanda non si affermi titolare di un diritto, ma affermi l’inesistenza di
un diritto del convenuto. (…) In definitiva, la domanda rivolta ad ottenere la tutela di mero
accertamento può contenere l’affermazione di un diritto di chi agisce o la negazione di un diritto di
colui contro il quale si agisce”. Sobre a discussão, na Itália, a respeito da admissibilidade da ação de
acertamento negativo, cf. TAVORMINA, Valerio. Per la tendenziale ammissibilità di domande di
accertamento negativo di diritti altrui. Rivista di Diritto Processuale, Padova: Cedam, n. 1, p. 233-239,
2001; MERLIN, Elena. Azione di accertamento negativo di credito ed oggetto del giudizio (casi e
prospettive). Rivista di Diritto Processuale, Padova: Cedam, n. 4, p. 1064 /1110, 1997.

69 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 26: “Il problema dell’accertamento negativo coincide dunque con il quesito, se
nelle materie interessate dal processo ordinario o dal processo del lavoro sia ammissibile chiedere
contro un soggetto l’accertamento che costui non è titolare di un credito o di un diritto reale. In difetto
di apposite norme è indispensabile risalire a considerazioni di ordine sistematico; e diverso pare,
secondo i casi, il discorso da compiere”.

70 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 27: “In un secondo gruppo di casi la domanda di accertamento negativo mira a
far dichiarare la libertà del soggetto da obblighi: come accade, quando si chiede la dichiarazione di
inesistenza di un altrui credito. Ed anche qui la risposta può essere positiva, forse ancora una volta
con l’aiuto dell’art. 24, 1º co., Cost. Non è infatti azzardato pensare che questa norma, quando parla
di ‘diritti soggettivi’, possa riferirsi — oltre che ai diritti soggettivi tradizionali — anche alle situazioni
definibili come ‘di libertà’, offrendo il processo e la decisione come possibile forma di loro tutela”.

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71 .RICCI, Edoardo F. Voce accertamento giudiziale. In: Digesto delle Discipline Privatistiche. Torino:
UTET, 1987. v. I. p. 27: “Qualche perplessità è invece lecita al di fuori di questi casi: vale a dire
nell’ipotesi residua di domanda volta a negare sic et simpliciter l’altrui diritto di proprietà. Una
domanda siffatta non è configurabile in sé e per sé come forma di tutela di diritti dell’agente, o di sue
situazioni di libertà assimilabili ai diritti; e la si può ammettere solo pensando che nel nostro sistema
possa essere chiesto l’accertamento dell’esistenza o inesistenza di qualsiasi situazione giuridica
come principio di fondo. Ma già si è detto che l’accertamento di situazioni non assimilabili ai diritti
soggettivi va confinata, a nostro parere, alle ipotesi tipiche previste dalla legge (supra, par. 5); e se si
accoglie tale opinione, anche ora conviene esprimere orientamento negativo”.

72 .BOVE, Mauro. Lineamenti di diritto processuale civile. 2. ed. Torino: G. Giappichelli Editore,
2006. p. 66, destaca que a diferenciação entre acertamento positivo e negativo “non ha una valenza
puramente descrittiva, ma essa comporta rilevanti conseguenze pratiche, particolarmente in
riferimento all’operatività della regola dell’onere della prova”.

73 .PROTO PISANI. Andrea. Le tutele giurisdizionali dei diritti. Napoli: Jovene Editore, 2003.
p. 62-63: “Con riferimento alle domande di mero accertamento positivo, la ripartizione dell’onere della
prova non dà luogo ad alcuna particolarità rispetto a come esso si pone in generale per qualsiasi tipo
di azione: l’attore avrà l’onere di provare i fatti costitutivi del diritto fatto valere in giudizio di cui
domanda l’accertamento, e il convenuto l’onere di provare i fatti impeditivi ed estintivi”.

74 .PROTO PISANI. Andrea. Le tutele giurisdizionali dei diritti. Napoli: Jovene Editore, 2003. p. 63: “Il
‘problema’ della ripartizione dell’onere della prova diviene particolarmente grave con riferimento alle
domande di mero accertamento negativo. In questo caso l’attore deduce in giudizio (allo scopo di
ottenere la dichiarazione giudiziale di inesistenza) un diritto di cui stragiudizialmente si è affermato
(esplicitamente o implicitamente) titolare il convenuto. Come si ripartirà l’onere della prova?”.

75 .PROTO PISANI. Andrea. Le tutele giurisdizionali dei diritti. Napoli: Jovene Editore, 2003. p. 63:
“Conseguentemente ritiene che, allo scopo di non ‘aggravare la condizione del convenuto
costringendolo ad una prova a cui forse non è preparato’, anche nelle azioni di accertamento
negativo la prova incombe sull’attore, in quanto questi chiede al giudice una particolare forma di
tutela e pertanto a lui spetta provare il fondamento di tale richiesta”.

76 .PROTO PISANI. Andrea. Le tutele giurisdizionali dei diritti. Napoli: Jovene Editore, 2003.
p. 63-64: “Soffermandoci molto brevemente su questa soluzione (che – ripeto – è quella prevalente in
dottrina e giurisprudenza), è da richiamare l’attenzione sul fatto che essa può suscitare perplessità in
quanto l’esigenza (doverosa) di non aggravare la condizione del convenuto (oggi si potrebbe dire: di
tutelare sul piano della effettività il suo diritto di difesa), rischia di aggravare eccessivamente la
posizione dell’attore nella misura in cui: a) pone a sua carico la prova dell’inesistenza di tutti i possibili
fatti costitutivi del diritto vantato dal convenuto, e cioè, anche, di quei fatti di cui l’attore può prima
dell’inizio del processo non avere avuto alcuna conoscenza, non essendo stati indicati dal convenuto;
b) sanziona il mancato assolvimento dell’onere della prova da parte dell’attore con l’accertamento
positivo del diritto de convenuto”.

77 .BOVE, Mauro. Lineamenti di diritto processuale civile. 2. ed. Torino: G. Giappichelli Editore,
2006. p. 66-67: “Tornando, quindi, alla tutela di mero accertamento, è evidente che, se l’attore si
afferma titolare di un diritto, la cui esistenza il convenuto aveva precedentemente contestato, sarà a
lui addossato l’onere di provarne i fatti costitutivi, con la conseguenza che egli perderà la causa ove
difetti quella prova. Ma, se l’attore nega l’esistenza di un diritto, della cui titolarità nei suoi confronti il
convenuto si era precedentemente vantato, starà a quest’ultimo l’onere di provare, in positivo,
l’esistenza dei fatti costitutivi del diritto in gioco e non certo all’attore l’onere di provare, in negativo,
l’inesistenza del diritto vantato”.

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78 .BOVE, Mauro. Lineamenti di diritto processuale civile. 2. ed. Torino: G. Giappichelli Editore,
2006. p. 67: “In conclusione, non bisogna lasciarsi fuorviare dalle posizione processuali assunte delle
parti: ciò che conta veramente, a prescindere dalle posizioni di attore e convenuto, è la sostanza delle
cose, per cui è sempre colui che si afferma titolare del diritto a dover, innanzitutto, subire il rischio del
processo, ossia a doversi accollare l’onere di provare il fondamento di ciò che afferma”.

79 .PROTO PISANI. Andrea. Lezioni di Diritto Processuale Civile. 5. ed. Napoli: Jovene editore,
2006. p. 695: “La nozione di titolo esecutivo è nozione centrale per la comprensione della struttura dei
processi di esecuzione forzata. L’art. 474, 1º comma, individua nella certezza, nella liquidità e nella
esigibilità del diritto le caratteristiche comuni a tutti i titoli esecutivi”.

80 .PUNZI, Carmine. Il processo civile. Sistema e Problematiche. Torino: G. Giappichelli editore.


2008. v. IV. p. 25: “Più in particolare la ‘certezza’ non coincide con la incontrovertibilità del diritto e
con la definitività dell’accertamento, che consegue solo al passaggio in giudicato della sentenza, in
quanto anche le sentenze non passate in giudicato possono costituire titolo esecutivo”.

81 .CAMPEIS, Giuseppe; DE PAULI, Arrigo. Le esecuzioni civili. 4. ed. Padova: Cedam, 2007.
p. 41-42: “Titolo esecutivi stragiudiziali sono costituiti da negozi giuridici il cui contenuto è trasfuso in
documenti cui è attribuita una particolare solennità formale: così le cambiali e gli altri titoli di credito
dotati di efficacia esecutivi, nonché gli atti contrattuali (…)”.

82 .TOMMASEO, Ferruccio. L’esecuzione forzata. Milano: Cedam-WKI, 2009. p. 48-49: “Il catalogo
dei titoli esecutivi rende evidente che la certezza del diritto si fonda su situazioni e vicende
eterogenee. Si pensi all’accertamento contenuto in sentenze di condanna o in decreti ingiuntivi o
anche in provvedimenti che sono espressione di forme di tutela sommaria non cognitiva; si pensi
anche al grado di certezza che circonda i fatti costitutivi d’un diritto soggettivo incorporati in un titolo di
credito o documentati in atti pubblici, in scritture private autenticate o in provvedimenti dell’autorità
amministrativa: situazioni eterogenee in grado però di dar corpo a un grado di certezza fondato ora
sulla verificazione giudiziale, ora sulla formazione della fattispecie costitutiva d’un diritto davanti ad
autorità pubbliche o private, ora sulla provenienza d’una sottoscrizione, ora sulla funzione attribuita
dalla legge ai titoli di credito”.

83 .PROTO PISANI. Andrea. Lezioni di Diritto Processuale Civile. 5. ed. Napoli: Jovene editore,
2006. p. 695: “Si va da sentenza di condanna passata in giudicato alla sentenza di condanna di primo
grado, ai provvedimenti sommari fondati su di una cognizione parziale o superficiale, per giungere
infine alle scritture private con sottoscrizione autenticata o non autenticata passando per l’atto
pubblico. Sul piano della certezza l’unico atto comune ai titoli esecutivi può, con qualche sforzo,
essere individuato nella certezza che essi offrono in ordine alla esistenza dei fatti costitutivi del
credito: ma il dato finisce probabilmente con l’essere riduttivo. (…) Così che, concludendo quanto al
requisito della certezza, non è possibile dire nulla più che questo: i provvedimenti, atti o documenti
costituenti titolo esecutivo offrono una ‘certa qual certezza’, di grado notevolmente diverso, in ordine
all’esistenza dei fatti costitutivi dei crediti liquidi ed esigibili da essi rappresentati”.

84 .ARIETA, Giovanni; DE SANTIS, Francesco; MONTESANO, Luigi. Corso base di diritto


processuale civile. 2. ed. Padova: Cedam, 2005. p. 98: “La nozione di titolo esecutivo – che assume
rilievo centrale anche ai fini della giustificazione dell’autonomia dell’azione esecutiva dal diritto
sostanziale che essa tende a realizzare – è stata per decenni oggetto di molteplici tentativi di
ricostruzione in chiave unitaria, al fine di comporre il contrasto tra le teorie del titolo esecutivo come
atto di accertamento, come documento (prova legale del credito), ovvero come atto costitutivo della
sanzione derivante dell’inadempimento”.

85 .COMOGLIO, Luigi Paolo; FERRI, Corrado; TARUFFO, Michele. Lezioni sul processo civile.
4. ed. Bologna: il Mulino, 2006. v. II. p. 300: “Si ritiene comunemente l’impossibilità di elaborare una
nozione presupposta e univoca del titolo esecutivo ed anche tra i titoli esecutivi di formazione
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italiano e no direito brasileiro

stragiudiziale si ravvisano notevoli diversità. Si potrebbe forse ravvisare una caratteristica comune
nella presenza di una dichiarazione in senso lato confessoria del soggetto obbligato, ravvisando
quindi nel titolo una sorta di consenso documentato. Tutto ciò può essere vero per le cambiali, gli
assegni, alcuni titoli notarili ma non certo per tutti i titoli esecutivi stragiudiziali. Al solo fine di ulteriore
chiarimento si può comunque delineare una prospettiva secondo cui gli atti indicati nel n. 3, comma 2
dell’art. 474 contengono una sorta di accertamento formatosi in via negoziale (accertamento dunque
di natura diversa rispetto a quello conseguente alla cognizione giudiziale) dell’esistenza di un diritto
come eseguibile sufficienti e idonei a far luogo all’esecuzione forzata”.

86 .Registre-se que, por exemplo, na tradução brasileira do Manual de Direito Processual Civil de
Liebman se encontra referência à ação de declaração/azione di accertamento, cf. LIEBMAN, Enrico
Tulio. Manual de direito processual civil. Trad. Cândido Rangel Dinamarco. 2. ed. Rio de
Janeiro: ed. Forense, 1985. v. I. p. 179.

87 .BUZAID, Alfredo. A ação declaratória no direito brasileiro. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1986.
p. 139-140, ao tratar da ação declaratória indica que corresponderia à tutela de acertamento do
direito italiano: “examinando depois a evolução da doutrina italiana que se seguiu a CHIOVENDA,
verifica que para tal tipo de ação, designada pelos alemães com a palavra Feststellung, se foi
empregando a palavra acertamento com o mesmo sentido. Assim LIEBMAN. Lezioni di diritto
processuale civile, v. 1, n. 45; CARNELUTTI. Rivista di Diritto Processuale Civile, v. 15, fasc. 1, p. 4.
Com o acertamento jurisdicional propõe-se o autor a conseguir a certeza sobre a existência de
relação jurídica duvidosa (acertamento positivo), ou a não-existência (acertamento negativo)”.

88 .DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituição de direito processual civil. 10. ed. São Paulo:
Malheiros Editores/Editora JusPodivm, 2020. v. I. p. 187: “A mais simples dessas situações da vida,
que o sujeito lamenta ao demandar em juízo, é a crise de certeza, representada por dúvidas
objetivas criadas no meio social no tocante a direitos e obrigações ou à existência, inexistência ou
modo de ser das relações jurídicas. (...) A tutela jurisdicional adequada para dirimir essa situação da
vida das pessoas, eliminando a incerteza que incomoda, é aquela que a ordem processual outorga
mediante as sentenças meramente declaratórias. Essas sentenças de mérito não alteram situações
jurídicas nem mandam pagar, entregar, fazer ou não fazer, e não preparam alguma futura execução,
como faz a sentença condenatória. Simplesmente afirma ou negam a existência de direitos,
obrigações etc., caracterizando, pois, a tutela meramente declaratória”. Cf., ainda, THEODORO
JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 61. ed. Rio de Janeiro: gen-Forense, 2020.
v. I. p. 1058: “Na sentença declaratória, o Órgão Judicial, verificando a vontade concreta da lei,
apenas ‘certifica a existência do direito’, e o faz ‘sem o fim de preparar a consecução de qualquer
bem, a não ser a certeza jurídica’”; e MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz;
MITIDIERO, Daniel. Curso de processo civil. São Paulo, 2015. v. 2. p. 463.

89 .BARBOSA MOREIRA, José Carlos. Temas de Direito Processual: primeira série. São Paulo:
Saraiva, 1977. p. 86: “A sentença – toda sentença – contém uma declaração, podendo conter ou
não, junto dela um aliud. Falar-se-á, pois, do conteúdo declaratório da sentença, ou do elemento
declaratório presente nesse conteúdo. No particular, é incensurável a dicção da lei italiana:
‘L’accertamento contenuto nella sentenza...’”.

90 .MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Curso de processo
civil. São Paulo: ed. RT, 2015. v. 2. p. 464: “Todas as sentenças contêm declaração. A sentença
constitutiva, por exemplo, antes de formar, modificar ou extinguir uma situação jurídica, declara algo
que possibilita a constituição ou a desconstituição”.

91 .MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Curso de processo
civil. São Paulo: ed. RT, 2015. v. 2. p. 465: “Entretanto, se o autor deseja indenização pelos danos,
deve pedir sentença que condene ao pagamento de quantia em dinheiro, embora essa sentença
também deva declarar a responsabilidade do réu, ainda que como simples pressuposto da
condenação. Perceba-se que a sentença condenatória vai além da sentença declaratória,
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condenando o réu a pagar – o pedido nesse caso é condenatório e não declaratório (...) observa-se
que a sentença condenatória diferencia-se da sentença declaratória apenas porque abre
oportunidade para a execução. É por tal motivo que se afirma e sempre se afirmou que a sentença
condenatória é caracterizada pela sanção executiva”. (grifos do original)

92 .Cf., v.g., STJ, REsp 588.202/PR, 1ª T., j. 10.02.2004, rel. Min. Teori Albino Zavascki; e
ZAVASCKI, Teori Albino. Sentenças declaratórias, sentenças condenatórias e eficácia executiva dos
julgados. Revista de Processo, São Paulo, v. 109, p. 435-448, jan.-mar. 2003.

93 .O CPC (LGL\2015\1656)/1393, relembre-se, previa, de forma expressa, no seu art. 290, que na
“Na ação declaratória, a sentença que passar em julgado valerá como preceito, mas a execução do
que houver sido declarado somente poderá promover-se em virtude de sentença condenatória”.
Também o CPC/1973 (LGL\1973\5), na redação original do art. 584, I, se previa como título
executivo judicial apenas “a sentença condenatória proferida no processo civil”.

94 .THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 61. ed. Rio de Janeiro:
gen-Forense, 2020. v. I. p. 1058-1059: “A moderna concepção de tutela jurisdicional efetiva vai,
todavia, além dessa postura clássica. Mesmo que no momento do ajuizamento da causa, o propósito
não fosse além da pretensão declaratória, se, no futuro, a sentença declarar a existência de uma
obrigação revestida de certeza e liquidez, com relação à res debita e sua exigibilidade, terá
constituído título suficiente para justificar a pretensão executiva. O direito processual contemporâneo,
para permitir o cumprimento forçado, não exige que a sentença seja formalmente condenatória.
Basta que a sentença, qualquer que seja, defina integralmente a relação obrigacional, acertando seu
objeto e seu termo de exigibilidade. É o que dispõe o art. 515, I, do CPC/2015 (LGL\2015\1656), ou
seja, são títulos executivos judiciais ‘as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a
exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa’”.

95 .BUZAID, Alfredo. A ação declaratória no direito brasileiro. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1986.
p. 139-140: “‘Toda ação’, escreveu CAMMEO, ‘é sempre preliminarmente declaratória, embora tenda
a obter uma sentença de prestação ou constitutiva, pios a condenação ou a constituição de novos
efeitos jurídicos são sempre a consequência de uma prévia verificação da existência ou inexistência
de uma relação jurídica, ou direito’. (...) Daí a razão que levou ALFREDO ROCCO a afirmar que ‘é
melhor dizer-se ação de simples declaração, porque também a ação de prestação é principalmente
ação de declaração; só que lhe é acrescido o pedido de uma ordem de prestação; se a ação de
prestação ou de condenação tende à declaração por um escopo ulterior, isto não tolhe que ela
também tenda à declaração; se há então uma ação tendente, não à declaração como preparativo da
execução forçada, mas à declaração simpliciter, costuma-se falar então de ação declaratória’”.

96 .THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 61. ed. Rio de Janeiro:
gen-Forense, 2020. v. I. p. 1059: “A par disso, é bom lembrar que não apenas a sentença proferida
na ação declaratória é sentença declaratória. Em qualquer ação, toda sentença que dá pela
improcedência do pedido é sentença declaratória, ‘declaratória negativa’, como ensina José
Frederico Marques. É que, ‘julgando improcedente a ação, a sentença nada mais faz do que declarar
a inexistência da relação jurídica em que o autor fundamentava a ação’. Assim também, há sempre
declaração negativa na sentença que desacolhe pedido de declaração positiva de existência de
relação jurídica, e vice-versa”.

97 .THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 61. ed. Rio de Janeiro:
gen-Forense, 2020. v. I. p. 1059: “Na sentença condenatória, certifica-se a existência do direito da
parte vencedora, ‘como preparação à obtenção de um bem jurídico’. Exerce, pois, dupla função, essa
modalidade sentencial: ‘Aprecia e declara o direito existente e prepara a execução. (...)’”.

98 .THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 61. ed. Rio de Janeiro:
gen-Forense, 2020. v. I. p. 1061-1062: “Sem se limitar à mera declaração do direito da parte e sem
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italiano e no direito brasileiro

estatuir a condenação do vencido ao cumprimento de qualquer prestação, a sentença constitutiva


‘cria, modifica ou extingue um estado ou relação jurídica’”.

99 .BUZAID, Alfredo. A ação declaratória no direito brasileiro. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1986.
p. 145.

100 .Assim, por exemplo, BARBOSA MOREIRA, José Carlos. Temas de Direito Processual: primeira
série. São Paulo: Saraiva, 1977. p. 86, escrevendo sob a égide do CPC/73 (LGL\1973\5) destaca
que no direito brasileiro “a opção do legislador” foi no sentido de atribuir “força de lei”, nos termos do
art. 468, “a toda a sentença (rectius: a toda sentença de mérito) e à sentença toda (entenda-se: na
parte decisória, não na fundamentação, cf. o art. 469); não a restringe à sentença declaratória, nem
ao elemento declaratório da sentença. O que se julgou, pois, conveniente e útil ao ângulo prático – e,
ao que nos parece, com inteira razão – foi proporcionar a garantia da coisa julgada assim à
declaração, como a qualquer outro elemento que integre o conteúdo decisório da sentença”. (grifos
do original)

101 .Cf., mais recentemente, SILVA, Ricardo Alexandre da. A nova dimensão da coisa julgada. São
Paulo: ed. RT, 2019, p. 91: “O tema causa grande divisão na doutrina, havendo autores de escol
para quem a coisa julgada incide somente sobre o efeito declaratório das decisões. O ato de declarar
é elemento essencial, presente em todos os provimentos jurisdicionais e, de acordo com tal
entendimento doutrinário, somente a declaração ficaria coberta pela coisa julgada”.

102 .Cf., v.g., THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 61. ed. Rio de
Janeiro: gen-Forense, 2020. v. I. p. 1107-1111; SIQUEIRA, Thiago Ferreira. Limites objetivos da
coisa julgada: objeto do processo e questões prejudiciais. Salvador: Editora JusPodivm, 2020.
p. 518-554.

103 .Assim, v.g., SIQUEIRA, Thiago Ferreira. Limites objetivos da coisa julgada: objeto do processo
e questões prejudiciais. Salvador: Editora JusPodivm, 2020. p. 434 a respeito da tutela constitutiva:
“De toda sorte, a partir do momento, em que, por meio da regra do art. 501, § 1º, do CPC/15
(LGL\2015\1656), o sistema processual passa a atribuir não apenas a autoridade de coisa julgada,
mas também a eficácia substancial à situação jurídica incidental cuja análise respeite aqueles
requisitos, é possível se cogitar que essas repercussões extrapolem o âmbito interno do processo.
Assim, por exemplo, uma vez que o juiz acolha a exceção de anulabilidade e, com base nisso, julgue
improcedente a pretensão condenatória por considerar tolhido de qualquer eficácia o contrato, este
juízo, uma vez preenchidos os requisitos do art. 503, § 1º, repercutirá externamente ao processo.
Poderá, com isso, ser utilizado no julgamento de outras pretensões e, ainda, passará a regular as
relações substanciais das partes, que deverão considerar invalidado o pacto”. E, mais adiante, o
mesmo autor, op. cit., p. 436, trata do tema à luz da tutela condenatória: “A partir dessas
considerações, não parece fazer sentido a possibilidade de que um comando condenatório se
coloque como elemento incidental ao julgamento de uma pretensão deduzida em juízo. Afinal,
trata-se de elemento com eficácia eminentemente processual, que apenas está presente na
sentença com o intuito de tornar adequada a prática de atos executivos para o fim de satisfazer o
direito do credor reconhecido no momento lógico anterior. O que se pode verificar, sem maiores
problemas, é que o próprio direito à prestação, que poderia dar azo ao provimento condenatório, se
coloque como elemento prejudicial ao julgamento de determinada pretensão. Ao longo do presente
trabalho, foram dados diversos exemplos de situações em que isso poderia ocorrer, podendo-se
mencionar, a título ilustrativo, o crédito principal em relação à cobrança de juros ou outros encargos
moratórios, ou o direito ao ressarcimento por benfeitorias em relação à pretensão possessória. O
fato, porém, é que o reconhecimento incidental desses direitos ocorre por meio de atividade de
índole declaratória, sem que seja necessário falar em condenação. É o direito de crédito, e não a
autorização para sua execução, o elemento submetido à cognição judicial cuja existência ou
inexistência pode mostrar-se relevante para o julgamento de uma pretensão deduzida em caráter
principal”.

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104 .Cf. ANDRADE, Érico. A coisa julgada e a extensão da sua eficácia preclusiva no CPC/2015
(LGL\2015\1656). Revista de Processo, São Paulo, v. 326, p. 135-166, abr. 2022.

105 .BONATO, Giovanni. A estabilização da tutela antecipada de urgência no Código de Processo


Civil brasileiro de 2015 (uma comparação entre Brasil, França e Itália). Revista de Processo, São
Paulo, v. 273, p. 191-253, nov. 2017, registra, por exemplo, as discussões no direito brasileiro em
torno da formação ou não de coisa julgada tanto no caso do art. 304, § 6º, como daquele do art. 701,
§ 3º, CPC/15 (LGL\2015\1656), indicando, nesta última hipótese, o entendimento de parte da
doutrina no sentido da formação da coisa julgada, diante da previsão do cabimento da ação
rescisória. Cf., a respeito da discussão na Itália a respeito da injunção de pagamento não
impugnada, VIGNERA, Giuseppe. Sulla non idoneità al giudicato sostanziale del decreto ingiuntivo
non opposto. Rivista Trimestrale di Diritto e Procedura Civile, Milano: Giuffrè Editore, anno LXXII,
n. 3, p. 1099-1121, 2018, adotando entendimento da não incidência da coisa julgada substancial na
hipótese.

106 .Cf. THEODORO JÚNIOR, Humberto; ANDRADE, Érico. Precedentes no processo brasileiro. Rio
de Janeiro: ed. gen-Forense, 2021. p. 32-46.

107 .Cf. THEODORO JÚNIOR, Humberto; ANDRADE, Érico. Precedentes no processo brasileiro. Rio
de Janeiro: ed. gen-Forense, 2021. p. 83-86.

108 .Cf. THEODORO JÚNIOR, Humberto; ANDRADE, Érico. Precedentes no processo brasileiro. Rio
de Janeiro: ed. gen-Forense, 2021. p. 19-21.

109 .BUZAID, Alfredo. A ação declaratória no direito brasileiro. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1986.
p. 144, entende que “as expressões apropriadas e corretas para denotar a função específica da
sentença de mérito seriam as seguintes: mera declaração, mera declarativa, simples declaração,
simples declarativa, puramente declarativa, locuções estas nas quais os vocábulos empregados
põem de manifesto o sentido estritamente declaratório do que é o direito na espécie, com exclusão
de todo elemento de condenação ou constitutivo, que lhe é completamente estranho”. Mas, o mesmo
BUZAID. Op. cit., p. 141, reconhece que no Brasil, em função da terminologia adotado no CPC de
1939, a denominação corrente passou a ser “ação declaratória”: “Posto que, à luz da boa doutrina,
fosse aconselhado denominar a ação de ‘meramente declaratória’, o legislador do Código de
Processo Civil de 1939 preferiu capitulá-la de ‘ação declaratória’. ‘Na ação declaratória, a sentença
que passar em julgado valerá como preceito, mas a execução do que houver sido declarado
somente poderá promover-se em virtude de sentença condenatória’ (Cód. Proc. Civ., art. 290). E
esta denominação acabou sendo de uso corrente entre os juristas”. (grifos do original)

110 .A doutrina já admitia mesmo no CPC/1973 (LGL\1973\5) a possibilidade de manejo da ação


declaratória para definir o “modo de ser” da relação jurídica, cf., v.g., YARSHELL, Flávio. Tutela
jurisdicional meramente declaratória. Revista de Processo, São Paulo, v. 76, p. 42-54, out.-dez.
1994: “Na tutela meramente declaratória, a finalidade é sempre a de alcançar uma certeza jurídica,
exaurindo-se aí a função jurisdicional. Nessa modalidade de tutela estatal, o objetivo a ser atingido
pela eficácia sentencial é o de eliminar a incerteza quanto à existência, inexistência ou modo de ser
de uma relação jurídica (e, excepcionalmente, quanto à autenticidade de documento), prestando-se
exclusivamente a declarar qual é a situação jurídica existente entre as partes, tendo, portanto,
eficácia ex tunc. A doutrina, tratando da admissibilidade da tutela meramente declaratória, fala
sugestivamente em ‘crises de certeza’”.

111 .MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. Comentários ao Código de Processo Civil.
2. ed. São Paulo: ed. RT, 2018. v. I. p. 403; DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil.
18. ed. Salvador: ed. JusPodivm, 2016. v. 1. p. 296.

112 .DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil. 18. ed. Salvador: ed. JusPodivm, 2016.
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italiano e no direito brasileiro

v. 1. p. 296.

113 .Cf. CUNHA, Leonardo José Carneiro da. Interesse de agir na ação declaratória. Curitiba: Juruá
Editora, 2009. p. 170-175.

114 .BARBI, Celso Agrícola. Ação declaratória principal e incidente. 7. ed. Rio de Janeiro: ed.
Forense, 1995. p. 124.

115 .THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 54. ed. Rio de Janeiro:
gen-Forense, 2021. v. III. p. 216-217.

116 .THEODORO JÚNIOR, Humberto. Processo de execução e cumprimento de sentença. 31. ed.
Rio de Janeiro: gen-Forense, 2021. p. 116-118.

117 .THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 54. ed. Rio de Janeiro:
gen-Forense, 2021. v. III. p. 217-218.

118 .CAMPOS, Ronaldo Cunha. Execução fiscal e embargos do devedor. Rio de Janeiro: Forense,
1978. p. 6-7); THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 54. ed. Rio de
Janeiro: gen-Forense, 2021. v. III. p. 217.

119 .Cf. LUISO, Francesco P. Diritto Processuale Civile. 11. ed. Milano: Giuffrè-Francis Lefebvre,
2020. v. I. p. 14, citado na nota de rodapé 32 supra.

120 .MENCHINI, Sergio; MOTTO, Alessandro. Cosa giudicata. In: GABRIELLI, Enrico (diretto da).
Commentario del Codice Civile. Milano: UTET, 2016. p. 23: “La giurisdizione contenziosa dichiarativa
ha la funzione di dirimere il conflitto insorto tra le parti in ordine ad un bene della vita. La sentenza,
applicando il diritto oggettivo alla fattispecie dedotta in causa, dichiara qual è la volontà di legge per il
caso concreto; alla norma imperativa astratta si sostituisce la norma imperativa stabilita dal giudice,
per la vicenda sostanziale sottoposta alla sua decisione”. No direito brasileiro, cf., THEODORO
JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 61. ed. Rio de Janeiro: gen-Forense, 2020.
v. I. p. 1075.

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