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ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA. GABINETE DO PREFEITO LEI N° 2.610, DE 29 DE DEZEMBRO 2017. “Dispde Sobre a Politica Municipal de Seneamento ico, aprova o Plano ‘Municipal de Saneamento Basico, e di outras providéncias”. © PREFEITO MUNICIPAL DE CORUMBA Faco saber que a Cémara Municipal de Corumbé aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: capituLo 1 DA POLITICA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BASICO SegioT Das Disposigées Preliminares ‘Art. 19 A Politica Municipal de Saneamento Basico do Municipio de ‘Corumbé tem como objetivo, respeitadas as competéncias da Unio e do Estado, melhorar a qualidade de sanidade pablica e menter 0 Meio Ambiente equllibrado buscando 0 desenvolvimento sustentavel & fornecer diretrizes ao poder piiblico e & coletividade para a defesa, conservago recuperagio da qualidade e salubridade do Melo Ambiente Urbano e Rural, além de disciplinar o planejamento e a execucdo das acdes, obras e servicos de saneamento basico do Municipio, tendo como objetives: 1 Contribuir para desenvolvimento e a reduco das desigualdades locais, a geracao de emprego e de renda e a incluso social; IT - Priorizar planos, programas e projetos que visem & implantagéo e ampliacdo dos services e agées de saneamento basico nas areas ‘ocupadas por populacées de balxa renda; IIL - Proporcionar condicdes adequadas de salubridade sanitéria as opulacGes rurais e de pequenos niicleos urbanos isolados; 1V-- Assegurar que a aplicacdo dos recursos financeiros acministrados elo poder publico dé-se segundo critérios de promocéo da Salubridade sanitéria, de maximizacao da relaco beneficio-custo e de ‘maior retorno social;, (ee ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA GABINETE DO PREFEITO V = Incentivar a adogdo de mecanismos de planejamento, regulagéo e fiscalizac3o da prestacdo dos servicos de saneamento bésico; VI_- Promover alternativas de gestio que viebilizem a auto sustentago econémica e financeira dos servigos de saneamento bbdsico, com énfase na cooperacio com os governos estadual & federal, bem como com entidades municipalistas; VII_- Promover 0 desenvolvimento institucional do_saneamento bisico, estabelecendo melos para a unidade e articulagéo das acées dos diferentes agentes, bem como do desenvolvimento de sua organizagao, capacidade técnica, gerencial, financelra e de recursos humanos contemplados as especificidades locais; VIII - Fomentar 0 desenvolvimento cientifico e tecnolégica, a adagao de tecnologias apropriadas e a difusio dos conhecimentos gerados de Interesse para o saneamento basico; 1X = Minimizar os impactos ambientais relacionados & implantaclo & desenvolvimento das agdes, obras e servicos de saneamento basico € assegurar que sejam executadas de acordo com as normas relativas 8 protecdo do melo ambiente, a0 uso e ocupacao o solo e a salide. Art. 2° Para os efeitos desta lei considera-se: 1 = saneamento bésico: conjunto de servigos, infraestruturas e instalagdes operacionais de: a) Abastecimento de gua potével: constituido pelas atividades, Infraestruturas e instalagbes necessarias ao abastecimento pliblico de gua potével, desde a captacdo até as ligagdes predials e respectivos instrumentos de medicéo; b) Esgotamento ‘sanitério: constituido elas _atividades, infraestruturas e instalagBes operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposi¢go final adequados dos esgotos sanitérios, desde as ligagBes predials até 0 seu langamento final no meio ambiente; ©) Limpeza urbana e manejo de residuos sélidos: canjunto de atividades, Infraestruturas e instalagBes operacionals de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final dos residuos sélidos doméstico, residuos originarlos da limpeza de logradouros e Vias publicas, residuos de satde, residuos de construgéo civil, residuos comerciais (com obrigatoriedade ou nio da logistica reversa), dentre outros; ) Drenagem e manejo das aguas pluviais urbanas: conjunto de one ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA. GABINETE DO PREFEITO atividades, infraestruturas e instalagies operacionais de drenagem Urbana de aguas pluviais, de transporte, detengao ou retencio para 0 amortecimento de vazdes de chelas, tratamento e disposicéo final das aguas pluvials drenadas nas éreas urbanas; II- Universalizagéo: ampliacao progressiva do acesso ce todos os ‘ocupadas a0 saneamento bisico; IM = Controle social: conjunto de mecanismos e procedinentos que garantem & socledade informagées, representagées técnicas © ParticipagBes nos processos de formulagio de politicas, de Planejamento e de avaliagao relacionados aos servigos publices de saneamento bésico; IV - Subsidios: instrumento econémico de politica social para garantir universalizagé do acesso a0 saneamento basico, especialmente para populacGes e localidades de baixa renda; V_ = ‘Localidade de pequeno porte: vilas, aglomerados rurais, povoados, niicleos, lugarejos e aldeias, ‘assim definidos pela Fundacdo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica - I8GE. Art. 39 Os recursos hidricos no integram os servigos piiblicos de saneamento basco Parégrafo dnico. A utilizagdo de recursos hidricos na p-estacéo de servigos publicos de seneamento basico, inclusive para disposicéo ou diluigéo de esgotos e outros residuos liquidos, é sujeita a outorga de direito de uso, nos termos da Lei n° 9.433, de 8 de janeire de 1997. ‘Art.4°N3o constitul servigo pilblico a ago de saneamento executada por melo de solugSes individuais. Art, 5° A alocacéo de recursos puiblicos municipais serd felta em conformidade com as diretrizes e objetivos estabelecides resta Lei e condicionada 1 a0 alcance de indicies minimo de: 2) desempenho do prestador na gestéo técnica, econdmica e financeira dos servicos; b) eficigncia e eficdcia dos services, ao longo da vida itil do empreendimento; e II ~ & adequada operacdo e manutencdo dos empreendimentos anteriormente financiados com recursos mencionadas no caput deste d ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA GABINETE DO PREFEITO artigo. Paragrafo dinico. A exigéncia prevista na alinea "a" do inciso I do caput deste artigo ndo se aplica 4 destinagSo de recursos para programas de desenvolvimento institucional do operador de servigos piblicos de saneamento basico. ‘Art. 6° Compete ao Municipio organizar e prestar direta ou indiretamente os servigos de saneamento basico de interesse local § 1° Os servicos de saneamento bisico devergo integrar-se com as demais funcdes essenciais de competéncia municipal, de modo a assegurar prioridade para a seguranca sanitéria e 0 bem-estar de ‘seus habitantes, § 2° A prestacdo de servicos puiblicos de saneamento bésico no municipio podera ser realizada por: I - 6rg30 ou pessoa juridica pertencente & Administragdo Publica ‘municipal, na forma da legislagéo; IL pessoa juridica de direlto piblico ou privado, desde que atendidos 0s requisites da Constituigdo Federal e da Lei n® 11.445, de 5 de Janeiro de 2007. Seco 11 Dos Instrumentos Art. 7° So instrumentos da Politica Municipal de Saneamento Basico: 1 Instrumentos legais e institucionais: a) Normas constitucionais; b) Legisiaggo que dispée sobre concessdo de servigos piblicos & regulacdo dos servicos de saneamento; ©) Convénios de delegagdo para regulacio dos services de saneamento; 4) Contratos de outorga, concessio © permisséo de prestago dos servicos de saneamento; ©) Normas e regulamentos referentes as relag6es contratuals para a prestacdo dos servicos; f) Audiéncias péblicas; 9 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA GABINETE DO PREFEITO 9) Lels relativas aos planos plurianuals e diretrizes orgamentérias anuais do Estado e do Municipio; h) Plano estadual, regional e municipal de saneamento; |) Planos de ago para orientar os investimentos na expanslo € melhoria da prestacdo das services de saneamento; J) Planos de exploracdo dos servigos de saneamento; k) Certificagdes de qualidade dos servicos de saneamento; I) Sistema de gestao operacional e financeira da prestagic dos servicos de saneamento; m) Auditorias; 1) Mecanismo tarifério e de subsidios; 0) Sistema de informacées de saneamento. IT - Instrumente financeiros: a) Lei orcamentaria anuais do Estado e do Municip b) Taxas de regulacdo; ©) Tarifas; d) Subsidios; @) Incentivos fiscals; & £) Fundo Municipal de Saneamento. Segao m1 Dos Principios Art. 8° A Politica Municipal de Saneamento Basico orientar-se- pelos seguintes principios: I - universalizaco do acesso; II = integralidade, compreendida como 0 conjunto ds todas as atividades e componentes de cada um dos diversos servigos de saneamento basico, propiciando populaggo 0 acesso na conformidade de suas necessidades © maximizando a aficacia das agées e resultados; HI - abastecimento de dgua, esgotamento sanitérlo, limpeza urbana fe manejo dos residuos sélidos realizados de formas adequadas & saiide piblica e 4 protego do meio ambiente; 1V = disponibilidade, em todas as areas urbanas, de servigos de sanitério disponivel; IV = 0 correto manuseio, separacdo, armazenamento € disposicéo para coleta dos residuos sélidos, de acordo com as normas estabelecidas pelo poder puiblico municipal; \V- primar pela retencdo das &guas pluviais no imével, visando a sua Infiltrago no solo ou seu reuso; VI = colaborar com a limpeza piblica, zelando pela saluzridade dos bens piblicos e dos imvels sob sua responsabilidade. VII - participar de campanhas pblicas de promogio do saneamento basico. Pardgrafo Unico. Nos locais no atendidos por rede coletora de esgotos, & dever do usuario 2 construglo, implantago e manutengao de sistema individual de tratamento © disposicao final de esgotos, conforme regulamentac3o do poder piiblico municipal, promovendo Seu reuso sempre que possivel, sendo, entretanto, edequado o auxilio do municipio para a execugo dos servicos’ supracitados, quando possivel. capiruto1v PRESTACAO DOS SERVIGOS Art. 34 A prestacdo dos servicos de saneamento basico atenderé a requisites minimos de qualidade, incluindo a regularidade, a continuidade e aqueles relatives’ 20s produtos oferecidos, a0 atendimento dos usudrios e 8s condigSes operacionais ¢ de ‘manutencao dos sistemas, de acordo com as normas regulamentares e contratuais. Art. 35 Toda edificagéo permanente urbana serd conectada as redes > * ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA GABINETE DO PREFEITO publics de abastecimento de agua e de esgotamento sanitérios disponiveis e sujeita a0 pagamento das tarifas e de outros pregos blicos decorrentes da conexéo e do uso desses servigos, § 1° Na auséncia de redes publicas de agua e esgotes, serdo admitidas solucdes individuals de abastecimento de dgua e de tratamento e disposicio final dos esgotos sanitérios, observadas as ormas editadas pela entidade reguladora e pelos érgios responsdvels pelas politicas ambiental, sanitéria e de recursos hidricos. § 2° A instalagéo hidréulica predial ligada & rede publica de abastecimento de gua ndo poderd ser também alimentada por outras fontes. ‘Art. 36 Em situagao critica de escassez ou contaminago de recursos hhidricos que obrigue & adogéo de racionamento, deciarada pela autoridade gestora de recursos hidricos, o ente regulador poder adotar mecanismos tariférios de contingéncia, com objetivo de cobrir Custos adicionais decorrentes, garantindo o equilibria financeiro da prestacdo do servico e a gestio da demanda. Art. 37 Os prestadores de servicos de saneamento basico devergo elaborar manual de prestacao de Servigo e atendimento zo usuério e assegurar amplo e gratuito acesso ao mesmo. caPiTuLo v ASPECTOS ECONOMICOS E SOCIAIS Art. 38 Os servigos piblicos de saneamento bisico terSo a sustentabilidade econémico-financeiraassegurada, mediante remuneracao pela cobranca dos servigos: 1 = de abastecimento de agua e esgotamenta _sanitério, preferenciaimente na forma de tarifas e outros precos piiblicas, que Poderao ser estabelecidos para cada um dos servigos ou 2ara ambos ‘conjuntamente;, IT de limpeza urbana e manejo de residuos sélides urbanos: taxas ou tarifas e outros precos piblicos, em conformidade com 0 regime de prestagio do servico ou de suas atividades; »s ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA GABINETE DO PREFEITO III = de manejo de aguas pluviais urbanas: na forma de tributes, inclusive taxas, em conformidade com 0 regime de prestagio do servico ou de suas atividades. Paragrafo Gnico. Observado o disposto nos incisos I a III do caput deste artigo, a instituicSo das tarifas, pregos publicos e taxas para os servigos de Saneamento basico observarao as seguintes diretrizes: 1 - prioridade para atendimento das funcdes essenciais relacionadas & satide publica; II - ampliagao do acesso dos cidadéos e localidades de balxa renda 205 servigos; II = geragdo dos recursos necessérlos para realzacio dos investimentos, objetivando 0 cumprimento das metas e objetivos do servicgo; 1V- inibigo do consumo supérfluo e do desperdicio de recursos; V = recuperaco dos custos incorridas na prestago do servico, em regime de eficiéncia; VI = remuneracdo adequada do capital investido pelos prestadores dos servigos; VII_~ estimulo a0 uso de tecnologias modernas e eficientes, compativeis com os niveis exigidos de qualidade, con:inuidade ¢ seguranga na prestagéo dos servicos; VIII - incentivo & eficiéncia dos prestadores dos servicos. ‘Art. 39 Os servicos de saneamento basico poderdo ser interrompidos pelo prestador nas seguintes hipéteses: I. situagées de emergéncia que atinjam a seguranga de pessoas e bens; IL - necessidade de efetuar reparos, modificagSes ou melhorias de qualquer natureza nos sistemas; II - negativa do usuério em permitir a instalago de dispositive de leitura de agua consumida, apés ter sido previamente notificado a respeito; IV ~ manipulago indevida de qualquer tubulacdo, medidar ou outra instalagéo do prestador, por parte do usuario; \V - inadimplemento do usurio dos servicos de saneamento bisico, do pagamento das tarifas, apés ter sido formalmente notif cado, > ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA. GABINETE DO PREFEITO § 1° As interrupcdes programadas sero previamente comunicadas 20 regulador e aos ususrios. § 2° A suspensao dos servigos prevista nos incisos IIT e V do caput deste artigo seré precedida de prévio aviso ao usuario, nio inferior a 30 (trinta) dias da data prevista para a suspenséo. '§ 3° A interrupcdo ou a restrigfo do fornecimento de Agua por inadimpléncia 2 estabelecimentos de satide, a instituigbes educacionais @ de internagSo coletiva de pessoas e a usudrio residencial de balxa renda beneficiério de tarifa social deverd ‘obedecer a prazos e critérios que preservem condigées ‘ninimas de manutencéo da saiide das pessoas atingidas, de acordo com as normas do éraio de regulagio. Art. 40 Os valores investidos em bens reversiveis pelos orestadores onstituirso créditos perante 0 Municipio, a serem recuperados mediante a explorac3o dos servicos, nos termos das normas regulamentares e contratuais e, quando for 0 caso, observada a legislacao pertinente as sociedades por acées. § 1° N3o gerarto crédito perante o Municipio os investimentos feitos sem énus para o prestador, tals como os decorrentes de exigéncia legal aplicavel & implantagao de empreendimentos imobildrios € os provenientes de subvengSes ou transferéncias fiscais voluntarias, § 2° Os investimentos realizados, os valores amottizados, a depreciagao e os respectivos saldos sero anualmente auditados & certificados pela entidade reguladora. § 3° Os créditos decorrentes de investimentos devidamente Certificados poderdo constituir garantia de empréstimos aos delegatérios, destinados exclusivamente a investimentos nos sistemas de saneamento objeto do respectivo contrato, CAPITULO VI REGULACAO E FISCALIZAGAO pio poderé prestar diretamente ou delegar a organizagéo, a regulagdo, a fiscalizagéo e a prestaco dos servigos de 17 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA. GABINETE DO PREFEITO saneamento basico, nos termos da Constituicéo Federal, da Lei ne 8,987, de 13 de fevereiro de 1995, da Lei n? 11.107, de € de abril de 2005,'da Lei n® 11.079 de 30 de dezembro de 2004 e da Lei n° 11.445, de 5 de janeiro de 2007 e da Lei n° 12.305 de 02 de agosto de 2010, § 19 As atividades de regulacdo e fiscalizagdo dos servigos de Saneamento basico poderso ser exercidas: I~ por autarquia com esta finalidade, pertencente & prépria ‘AdministracSo Publica; Il - por drggo ou entidade de ente da Federagio que 9 municipio tenha delegado o exercicio dessas competéncias, obedecido a0 disposto no art. 241 da Constituicao Federal; IIT - por consércio pablico integrado pelos titulares dos servigos. ‘Art. 42 So objetivos da regulacdo: I - estabelecer padres e normas para a adequada prestago dos servicos e para a satisfagdo dos ususrios; I~ garantir 0 cumprimento das condigBes e metas estabe'ecidas; III = definir tarifas que assegurem tanto o equilfbrio e2onémico & financeiro dos contratos como a modicidade tariféria, mediante mecanismos que Induzam a eficiéncia e eficécia dos servigos e que ermitam a apropriacio social dos ganhos de produtividade, ‘Art, 43 A entidade reguladora editard normas relativas as dimens6es técnica, econémica e social de prestagio dos services, que abrangergo, pelo menos, os seguintes aspectos: 1 - padres e indicadores de qualidade da prestaco dos servicos; I~ requisitos operacionais e de manutengao dos sistemas, II - as metas progressivas de expansdo ¢ de qualidade des servigos © 05 respectivos prazos; IV - regime, estrutura e niveis tariférios, bem como os procedimentos prazos de sua fixacdo, reajuste e reviséo; \V-- medico, faturamento e cobranca de servigos; \VI- monitoramento dos custos; VII - avaliagdo da eficiéncia e eficdcia dos servigos prestados; VIII = plano de contas © mecanismos de informacdo, auditoria e certificacéo; 9 8 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA GABINETE DO PREFEITO IX - subsidios tariférios e no tariférios; X - padres de atendimento ao piblico e mecanismos de participacao € informacao; XI = medidas de contingéncias © de emergéncias, inclusive racionamento; § 1° As normas a que se refere o caput deste artigo fixarso prazo Para os prestadores de servigos comunicarem aos usuérios as providéncias adotadas em face de queixas ou de reclamacées relativas aos servicos. § 2° As entidades fiscalizadoras deveréo receber e se manifestar Conclusivamente sobre as reclamacoes que, a juizo do interessado, rngo tenham sido suficientemente atendidas pelos prestadores dos servicos. Art. 44 Os prestadores dos servicos de saneamento bésico devergo fornecer 8 entidade reguladora todos os dados e informacdes hnecessérias para o desempenho de suas atividades, na forma das rnormas legais, regulamentares e contratuais. § 19 Incluem-se entre os dados e informagies a que se refere o caput deste artigo aquelas produzidas por empresas ou profissionais contratados para executar services ou fornecer materiais equipamentos especificos. '§ 2° Compreendem-se nas atividades de regulagdo dos services de saneamento basico a interpretacdo e a fixacdo de critérios para a fel ‘execugo dos contratos, dos servigos e para a correta administracao de subsidies, 19 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA GABINETE DO PREFEITO CAPITULO VIE DA POLITICA TARIFARIA SegaoI Do preco dos servicos Art. 45 Os reajustes de tarifas de servigos piiblicos de saneamento basico serdo realizados observando-se 0 interval mirimo de 12 (doze) meses, de acordo com as normas legals, regulamentares & contratuals ‘Art, 46 As revises tariférias compreenderio a reavaliacéo das condigdes da prestacéo dos servicos e das tarifes praticadas e poderdo ser: 1 - periédicas, objetivando a distribuigéo dos ganhos de produtividade com os usudrios e a reavaliago das condigBes de mercado; Tl = extraordinérias, quando se verificar a ocorréncia de fatos nao previstos no contrato, fora do controle do prestador dos servigos, que alterem 0 seu equllibrio econémico-financelro. 5 19 As revisdes tariférias terdo suas pautas definidas pelas respectivas entidades reguladoras, ouvidos os titulares, os usuérios & 0s prestadores dos servicos. § 2° Poderdo ser estabelecidos mecanismos tariférios de indugéo & eficiéncia, Inclusive fatores de produtividade, assim como de antecipacao de metas de expansdo e qualidade dos servigos. § 30 Os fatores de produtividade podergo ser definides com base em indicadores de outras empresas do setor. Art. 47 As tarifas serio fixadas de forma clara e objetiva, devendo 0s reajustes e as revises ser tornados piblicos com antecedéncia minima de 30 (trinta) dias com relagio & sua aplicacéo. Art. 48 Pela prestacdo dos servicos pelo Municipio ou delegados via Contrato & Concessionéria, sero cobradas as tarifas discrminadas na Planilha da Estrutura Tarifara, § 1° A Estrutura Tariféria deve cobrir os custos operacionais eficientes, segundo o nivel de qualidade dos servicos ofertados e assegurar_a obten¢’o de um retorno justo e adequado dos Investimentos e ainda a necesséria proviséo das depreciacies, 20 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA. GABINETE DO PREFEITO observadas as condicées do convénio de delegacéo celebrado entre 0 Municipio e a Agéncia Reguladora conveniada § 2° Para entrarem em vigor e serem cobradas dos usudtios, as tarifas e suas alteracées deverdo ser homologadas pela Agéncia Reguladora conveniada. ‘Art, 49 Caso n8o houver os regulamentos especificos, as tarifas relativas aos servicos de gua e esgotos sanitérios, poderso ser reajustados anualmente, pelos indices de correcao setoriais, sem prejuizo da aplicacdo de previsdo Estadual. Art. 50 Na exploragio do servigo ptiblico, a Concessionéria néo poderd dispensar tratamento diferenciado, inclusive tarifério, aos Usuérios de uma mesma classe de consumo e nas mesmas condicées de atendimento, exceto nos casos previstos na legislagio federal, estadual e regulamento da Concessionéria, Paragrafo Gnico. Seré vedada a concessdo de \sengéo de pagamento de tarifas, inclusive 2 entes do Poder Pablico, visando garantir_a_manutengo da adequada prestago dos servicos e tratamento isonémico aos usudrios. Seco I Do reajuste tarifério ‘Art. 54 Os valores das tarifas sero reajustados em conformidade com as seguintes condigées: 1 - 0 reajuste seré anual, sempre no més de julho, cakulado pela variagio do Indice de Pregos a0 Consumidor Amplo ~ IPCA apurado pelo IBGE e, na falta desse indice, o reajuste deveré ser calculado Por outro indice oficial que venha a Substitute. Secio 111 Da revisio tarifaria ‘Subsecao I Da revisio o1 Art. 52 A Agéncia Reguladora de acordo com o previsto nesta cléusula, procederé nas revisées dos valores das tarifas, aa ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA GABINETE DO PREFEITO considerando as alteracées na estrutura de custos, os estimulos & eficiéncia e 8 modicidade das tarifas, ouvidos o Municipio, os usuarios ea Concessionéria, caso haja § 1° A revisdo seré efetivada sempre que, por fatos alheios ao controle e influéncia da Concessionéria, seu valor tornar-se Insuficiente para amortizar integralmente todos os investimentos, custes operacionais, de manutengéo e expanso dos services, assegurando-se, dessa forma, 0 equilibrio econémico-financeiro. do contrato. § 2° Os pedidos de revises ordinérias das tarifas, acompanhados de todos os elementos e informagies necessérias, serso encaminhados pela Concessionéria Agéncia Reguladore conveniada, com pelo menos 90 dias de antecedéncia 4 data de sua vigéncia, a qual procederé aos trémites para sua avaliagdo e aprovacio ou denegacéo, integral ou parcial '§ 3° Por sugestio das partes poderd ser realizada a readequacdo da estrutura tarféria. Subsegio IT Da revisao extraordinéria ‘Art. 53 As partes reconhecem que as tarifas indicadas na Planitha de Estrutura Tariféria, em conjunto com as regras de reajuste e reviso descritas nos artigos anteriores, sero suficientes para a adequada prestagdo dos servigos concedidos e @ manutencgo do equiliorio ‘econ6mico-financeiro do contrato. Parégrafo dinico. Sempre que forem atendidas as condicées do sistema, considera- se mantido seu equilirio econémico-fnanceiro, ‘Art. 54 Sem prejuizo dos reajustes e revises a que se referem os artigos anteriores, caso haja alteragdes significativas os custos, devidamente comprovada por documentos, a Agéncia Reguladora poderd, a qualquer tempo, proceder & revisso extraordinaria das tarifas, visando manter o equilibrio econémico-financelro do contrato nas seguintes hipéteses: 22 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA. GABINETE DO PREFEITO 1 - Quando houver necessidade de alteracées significativas nas metas de investimentos ou para atender demandas extraordindrias que ‘afetem a estrutura tariféria, acarretando variacdes acima de 2% (dois Por cento), negativas ou’ positivas, dos valores das tarifas dos servigos necessétias para a manutencSo do equilirio econémico- financeiro contrato; II ~ Em decorréncia de fatos extraordindrios fora do controle da Concessionéria ou do Municipio, em razdo de: a) Atos da natureza que afetem significativamente os custos da prestacdo dos servicos; b) Alteracdes na politica tributéria ou fiscal; ©) Em decorréncia de decisies judiciais que repercutam, direta ou indiretamente, nos custos de prestacdo dos servicos concedidos provocando variagées positivas ou negativas superiores @ 2 % (dois Por cento); 4) Ocorréncia de outros fatos extraordindrios admitides reconhecidos pelas partes que afetem significativamente os custos da prestacao dos servigos; Art. 55 As fontes provenientes de receitas _alternativas, complementares, acessérias ou de projetos associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas, seréo obrigatoriamente consideradas para a aferigéo do equilibrio econémico-financeiro do Sistema. Art. 56 Ressalvados os impostos incidentes sobre a renda, a criago, a alteraco ou a exting’o de quaisquer tributos ou encargos legais, apés a assinatura do Contrato entre Municipio e Concessiondria, quando comprovado seu impacto, implicaré na reviso das tarifas, para mais ou para menos, conforme 0 caso. capituLo vit Dos ASPECTOS TECNICOS Aart. 87 A prestago dos servigos atenderé a requisitos minimos de ‘qualidade, devendo tender as normas técnlcas vigentes, ncluindo @ regularidade, 2 continuidade 'e aqueles relatives ace. produtos oferecidos, 20 atendimento dos usuérios e as condigées operacionais e de manutengéo dos sistemas, de acordo com as normas 23 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA. GABINETE DO PREFEITO regulamentares e contratuais. Parégrafo Gnico. Os pardmetros minimos para a potebilidade da gua sero aqueles estabelecidos na legislagéo federal e/ou estaduais. Art. 58 0 lixo originério de atividades comercials, industriais e de servicos, cuja responsabilidade pelo manejo néo Seja atribulda ao gerador pode, por decisao do poder publico, ser considerado residuo sélido urbano, Art. 59 Para os efeitos desta Lei, 0 servico piblico de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos urbanos composto pelas seguintes atividades: I ~ de coleta transbordo e transporte dos residuos sélides e de limpeza urbana; TI = de triagem para fins de reuso ou reciclagem, de tratamento, inclusive por compostagem, e de disposi¢So final dos residuos; & III - de varricao, capina e poda de drvores em vias e logradouros publicos © outros eventuals servigos pertinentes limpeza publica urbana, Art. 60 Os recursos hidricos, definidos pela Lei Federal n® 12.651, de 25 de maio de 2012, nao integram os services pablicos’ de Saneamento basico. Paragrafo dnico. A utiizacSo de recursos hidricos na prestaggo de servicos piblicos de saneamento basico, Inclusive para disposigéo ou diluigo de esgotos e outros residuos liquidos, & sujeita a outorga de direito de uso, nos termos da Lei Federal n® 9.433, de 8 d2 janeiro de 1997, de seus regulamentos e da legislacio estadual.. ‘Art. 61 Nao constitul servico piblico a aco de saneamento executada por melo de solugdes individuals, desde que o usuario nao dependa de terceiros para operar os servigos, bem como as aces e servigos de saneamento basico de responsabilidade privaca, Incluindo ‘0 manejo de residuos de responsabilidade do gerador. 24 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA, GABINETE DO PREFEITO capiruto 1x : DO SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMACAO ‘Art, 62 Fica criado o Sistema Municipal de Informagées em Saneamento, articulado com o Sistema Nacional de InformacSes em Saneamento (SINISA) e vinculado ao Departamento de Saneamento, ‘cujas finalidades e objetivos, em Ambito municipal, seréio: 1 Constituir banco de dados com informagSes e indicadores sobre os servigos de saneamento ambiental e a qualidede sanitéria do Municipio; II ~ Subsidiar 0 Conselho Gestor do Saneamento Ambiental na definig5o do responsdvel pela elaborac3o dos _indicadores, promovendo 0 acompanhamento desta elaboragfo promovendo assim 0 acompanhamento do desempenho dos servigos publicos de saneamento; III ~ Avaliar e divulgar os indicadores de desempenho cos servicos pablicos de saneamento ambiental, na periodicidade indicada junto a0 Plano de Saneamento Ambiental aprovado. IV = Disponibilizar estatisticas, indicadores © outras informagées relevantes para a caracterizacdo da demanda e da oferta de servigos. piblices de saneamento basico; V = Permitire faciltar o monitoramento e avaliacdo da effcéncia e da eficécia da prestacdo dos servicos de saneamento bésico, §1° Os prestadores de servigos piblicos de saneamento ambiental fornecero as informacSes necessérias para o funcionamento do Sistema Municipal de Informagées em Saneamento, na forma e na periodicidade estabelecidas pelo Conselho Municipal de Saneamento. '§2° A estrutura organizacional e a forma de funcioramento do Sistema Municipal de InformacSes em Saneamento Ambiental serso estabelecidas em regulamento, Art. 63 As Informagies do Sistema Municipal de Informacées em Saneamento so publicas e acessiveis a todos, devendo ser publicadas por melo da internet, radio ou outro meio de divulgacéo em massa. 28 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CORUMBA GABINETE DO PREFEITO CAPITULO X DAS DISPOSICGES FINATS E TRANSITORIAS. Art. 64 A regulamentaglo do Fundo Municipal de Saneamento e do Conselho Municipal de Saneamento serdo feltos por Decretos especificos. Art. 65 Havendo necessidade os érgos ¢ entidades municipais da rea de saneamento basico sergo reorganizadas para atender 0 disposto nesta lei, no prazo de 30 (trinta) dias. Art. 66 Esta lel entra em vigor na data de sua publicaco, revogadas disposiges em contrario. Corumbé, 29 de dezembro de 2017. wii be Prefeito Municipal aie a /241 | K 26

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