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– 2019.

Exame Físico do Recém Nascido e da Criança Maior


Antes de Começar o Exame, lembrar de se apresentar aos pais/responsáveis, higienizar as
mãos e explicar o procedimento.

Didaticamente, o exame físico deve ser feito no


sentido Craniocaudal, com exceção da Pele e
Anexos.

Pele e Anexos
Existem inúmeras alterações fisiológicas na pele do
RN, algumas bastante frequentes que devem ser
diagnosticadas por causarem ansiedade nos pais. Pontos amarelos-esbranquiçados os quais aparecem
com frequência na base do nariz, queixo, pálpebras
VÉRNIX CASEOSO e região frontal. Surgem como resultado da
O vérnix caseoso é um material gorduroso branco, obstrução de glândulas sebáceas por ação do
formado pelo acúmulo de secreção das glândulas estrógeno materno. Desaparecem em poucas
sebáceas e inclui células epiteliais mortas. Ele semanas.
lubrifica a pele e HEMANGIOMA
facilita a passagem
pelo canal de parto, São formações tumo-
além de servir como rais benignas de
barreira contra vasos sanguíneos
contaminação bacte- mais comum da
riana e proteção infância, caracteri-
contra hipotermia. zado por lesão de
coloração vinhosa,
predominantemente
LANUGO OU LANUGEM em cabeça e pescoço
e geralmente não requer tratamento, pois involui
São pelos finos, geral- espontaneamente.
mente presentes próxi-
mo à área de inserção MANCHA MONGÓLICA
dos cabelos e no dorso. Mancha de coloração
Desaparece nas primei- arroxeada ou marrom-
ras semanas de vida, azulada, normalmente
sendo substituído pelo na região lombossacra e
definitivo. de tamanho variável.
ERITEMA TÓXICO Sua incidência é maior
em negros e asiáticos e
São lesões elementa- ela tende a desaparecer
res, em pápula ou em alguns anos, mas
mácula, com causa pode não desaparecer.
desconhecida. É um
processo fisiológico MANCHA SALMÃO
que regride sem Mancha de coloração rosada clara ou vermelhas,
nenhuma intervenção. com limites imprecisos, mais comum na região
MILIUM SEBÁCEO occipital, glabela e pálpebra superior as quais
exacerbam durante o choro. Desaparece entre 1 e
3 anos de vida.
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polpa digital ao nascimento e fecha-se por
volta do 1º ou 2º mês de vida.
 Quando abauladas, sugerem aumento da
pressão intracraniana e quando deprimida,
sugerem desidratação.
 Palpando-se o couro cabeludo, também pode-
se identificar lesões por acúmulo de sangue,
mais comuns:
 Bossa Serossanguinolenta: Edema de
ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
partes moles na área de apresentação fetal,
Corresponde à expressão clínica da hiperbilir- não respeita os limites ósseos e sua
rubinemia, é a coloração amarelada da pele. Seu regressão ocorre nos primeiros dias pós-
aparecimento é bastante comum entre os RN e é parto.
fisiológica quando aparece entre 48 a 120 horas de  Cefalohematoma: Rompimento de um vaso
vida. Caso surja dentro das primeiras 24 horas, subperiosteal secundário ao traumatismo do
deve-se considerar um achado preocupante. parto, tem consistência líquida e restringe-
se aos limites ósseos. Demora mais a
MELANOSE PUSTULOSA NEONATAL TRANSITÓRIA
regredir quando comparado a bossa.
Presença de pústu-
las (elevação com
pus, parecido com
espinhas) peque-
nas, flácidas e
superficiais, as
quais se rompem
facilmente deixan-
do crostas e
hiperpigmentação persistente por meses. Não
significa infecção da pele do bebê e não necessita
de tratamento com antibióticos.
Algumas anormalidades são: palidez, acrocianose,
cianose central, pletora, icterícia e equimoses
extensas.
ANORMALIDADES CRANIANAS: macro e

Crânio e Face microcefalia, craniossinostose, Encefalocele,


hidrocefalia, anencefalia, retrognatismo/
prognatismo.
 Medir o Perímetro Cefálico com a fita entre a OLHOS
glabela e a proeminência occipital. O normal é
de 34 a 36 cm. Atentar ao formato, distância entre os dois olhos e
 Procurar por assimetrias no crânio que, com para a fenda palpebral, sempre à procura de sinais
frequência, são transitórias e variam de acordo indicativos de síndromes genéticas. Importante
com a apresentação fetal na hora do parto. saber que em RN, principalmente pré-termos,
 Palpar as suturas em busca de cavalgamentos estrabismo e nistagmo horizontal transitórios
que são comuns e desaparecem em poucos dias. podem ser encontrados. Fazer teste do olhinho.
 Palpar as Fontanelas, avaliando-se tensão, OUVIDOS
tamanho, abaulamento ou depressão e
pulsações. Verificar forma, consistência e a altura da
 A fontanela Bregmática representa cerca implantação do pavilhão auricular. Para verificar a
de duas polpas digitais ao nascimento, implantação, traçar uma linha imaginária que sai
fechando por volta do 9º ou 18º mês de vida. do canto interno do olho e vai até a orelha. Pelo
A fontanela Lambdoide mede cerca de uma menos 1⁄3 da orelha deve estar acima dessa linha
para que haja implantação normal. Baixa
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implantação é indicativo de centenas de síndromes  Sinais de Doença Cardíaca: cianose, dispneia,
genéticas. Fazer teste da orelhinha e reflexo taquipneia, má perfusão periférica, cansaço às
cócleo-palpebral. mamadas, alterações nos pulsos.
 Frequência Cardíaca: o normal é entre 120 e
NARIZ
160 bpm.
Avaliar formato, tamanho, simetria,  Ausculta Cardíaca: sopros e arritmias podem
permeabilidades das coanas (em busca de atresia estar presentes ao nascimento e ter caráter
das coanas) e se há batimento de asa nasal (sinal transitório, principalmente nas primeiras 48
de desconforto respiratório) ou obstrução nasal. horas de vida.
 Pulsos: Palpar os pulsos centrais e periféricos,
BOCA
pois algumas cardiopatias congênitas têm
Deve-se observar mucosas, avaliar a forma do importante repercussão nos pulsos.
palato e sua integralidade (descartar fenda  Perfusão Periférica: no RN é avaliada
palatina) e do frênulo lingual (teste da linguinha) pressionando-se com um dedo a região do
com um dos dedos, buscando sentir se há fixação esterno por 15 segundos e, então, retira-se o
mais anterior (“língua presa”) que poderá dedo. O tempo de enchimento deve ser de até
atrapalhar a amamentação. 3 segundos.

Abdome
PESCOÇO
Deve-se esticar o pescoço e palpá-lo à procura de
massas congênitas, pregas cutâneas excessivas (Sd.
De Down e Turner) e alargamentos na linha média  INSPEÇÃO: Abdome semigloboso, com PA de 2
(bócio). a 3 cm menor que o PC. É importante avaliar o
coto umbilical, o qual inicialmente é gelatinoso

Tórax e seca progressivamente, mumificando-se entre


o 3º e o 4º dia de vida e soltando-se entre o 6º
e o 15º dia.
RN normalmente possuem tórax cilíndrico, com PT  PERCUSSÃO: Som timpânico, exceto no local de
cerca de 2 cm menor que o PC. Deve-se atentar a: presença hepática.
 PALPAÇÃO: Realizar tanto a superficial quanto
 Frequência Respiratória: normal entre 40 e 60 a profunda. No RN não há presença de massas
irpm. abdominais. O fígado pode ser palpável no RN
 Sinais de Desconforto Respiratório: em média de 1 a 2 cm do rebordo costal e rins
caracterizam dificuldade em realizar as trocas e baço não são palpáveis.
gasosas. Clinicamente, apresenta-se com:  AUSCULTA: Presença de ruídos hidroaéreos.
tiragem subcostal e intercostal, retração de Quando aumentados sugerem obstrução,
fúrcula, gemência e batimento de asa de nariz. quando ausentes, sugerem doença grave.
Sem suporte adequado a evolução pode ser com  ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS: destacam-se:
cianose e dessaturação.
 Fratura de Clavícula: palpar clavícula e GASTROSQUISE
movimentar os membros superiores a fim de
Defeito total de
procurar desvios, crepitação e dor (choro) no
parede abdominal,
local, os quais indicam fratura. É relativamente
com evisceração do
comum em parto normal de RN GIG.
intestino fetal,
 Ginecomastia: Pode ocorrer em ambos os
sempre à direita do
sexos, em virtude da passagem de hormônios
coto umbilical e sem
maternos pela placenta. Desaparece em 2 a 3
revestimento de
semanas.
peritônio, ficando as
 Ausculta: presença de murmúrio vesicular, vísceras abdominais em contato direto com o
podem ser encontrados estertores finos e líquido amniótico.
crepitantes assim como roncos o que é comum
logo após o nascimento. ONFALOCELE
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Defeito da parede anterior do abdome, com há edema de pequenos e grandes lábios, bem como
evisceração central corrimento esbranquiçado ou sanguinolento. Todos
do conteúdo esses achados são fisiológicos e decorrem de
abdominal, envolvi- estímulo hormonal materno.
do por saco herniário
(peritônio), impedin-
do contato direto Dorso
com o líquido
amniótico. Está
associada a diversas outras malformações.
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA

Avaliar a linha média na busca de malformações da


coluna vertebral, bem como a presença de
escoliose. É importante também a visualização de
alterações de fechamento do tubo neural, a
exemplo da espinha bífida.
Defeito no diafragma que permite conteúdo
abdominal adentrar o tórax. Se o defeito por muito
grande, pode comprimir o pulmão do lado afetado
Osteoarticular
e o coração, causando desconforto respiratório e
instabilidade cardiovascular. MEMBROS
Observar o tamanho, proporção simétrica de

Genitália membros e extremidades, bem como sua


mobilidade. Exemplos clássicos de alterações de
membros são: polidactilia, sindactilia,
MASCULINA artrogripose, pé torto congênito.
Avaliar apresentação do pênis, local de QUADRIL
implantação da uretra (hipospádica, epispádica),
prepúcio (no RN há fimose fisiológica) e presença Há duas manobras importantes para investigação
de testículos no escroto, à procura de de displasia congênita de quadril: Barlow e
criptorquidia. A hidrocele é fisiológica no período Ortolani, com RN em decúbito dorsal e sobre
neonatal. Atentar para casos de genitália ambígua, superfície firme.
torção testicular e assimetrias testiculares.

MANOBRA DE ORTOLANI: flexiona-se o joelho e o


FEMININA quadril em 90º, segurando pernas e coxas com as
mãos e apoiando o polegar na face medial da coxa,
Avaliar quaisquer anormalidades em grandes e
no pequeno trocânter e o dedo médio no grande
pequenos lábios, uretra, clitóris, vagina e região
trocânter. Faz-se abdução das coxas e, se a cabeça
perianal. Nos primeiros dias de vida, geralmente,
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do fêmur estiver luxada, ela deslizará e provocará calcanhar-artelhos. A resposta normal se manifesta
um ressalto na mão do examinador. com os dedos adquirindo postura de extensão. É
fisiologicamente positivo até os 2 anos.
MANOBRA DE BARLOW: a partir da posição final da
manobra anterior, faz-se movimento inverso. REFLEXO DE MORO: Desencadeado por um
Quando há instabilidade articular, a cabeça do estímulo brusco, como bater palmas ou soltar os
fêmur sairá da articulação. (Manobra Iatrogênica). braços semiestendidos do RN. Ocorre extensão e
abdução dos membros superiores, com a abertura

Sistema Nervoso das mãos e choro. Em seguida, flexão e adução dos


braços, voltando a posição original. Desaparece
parcialmente aos 3 meses e completamente aos 6
Consiste na avaliação de três aspectos: meses.
Comportamento, Tônus Muscular e Reflexos
REFLEXO DE MAGNUS-DE-KLEJIN OU DO
Primitivos.
ESGRIMISTA: em decúbito dorsal, o examinador
COMPORTAMENTO estabiliza o tórax do RN com uma mão e lateraliza
a cabeça com a outra. Ocorre extensão dos
Avaliar o estado de alerta do paciente, existem seis membros do lado para qual a face está voltada e
estados comportamentais: sono profundo, sono flexão dos contralaterais.
leve, sonolência, alerta inativo, alerta com
atividade e choro. REFLEXO CÓCLEO-PALPEBRAL: A partir de um
estímulo sonoro emitido a aproximadamente 30 cm
TÔNUS MUSCULAR da criança ela deve piscar os olhos em resposta. O
Observar a posição de descanso e a resistência dos estímulo deve ser realizado em ambas as orelhas,
membros ao movimento passivo. O Tônus do RN é devendo ser obtido no máximo em 2 a 3 tentativas.
flexão generalizada, o qual se desenvolve no REFLEXO DE GALANT: com o bebê em decúbito
sentido céfalocaudal ao longo da gestação. Avaliar ventral, passamos os dedos pela região renal,
também o tônus de cabeça e pescoço, por meio da paralelamente à coluna vertebral. Quando se faz
observação do controle da cabeça nas posições do lado esquerdo, o corpo do RN se curva para a
supina e vertical. esquerda, já quando é feito no lado direito, seu
REFLEXOS PRIMITIVOS corpo se curva para a direita.

Particularidades Para a
SUCÇÃO: Quando os lábios do RN são tocados por
um objeto, ele inicia movimentos de sucção dos
lábios e língua.
VORACIDADE: Quando a bochecha é tocada perto
da boca, o RN desloca a face e a boca ao lado do Criança Maior
estímulo. Evitar realizar logo após a amamentação.
ABORDAGENS DIFERENCIADAS
PREENSÃO: É plantopalmar, ocorre quando o
examinador faz uma leve pressão com o seu dedo LACTENTE (0 A 2 ANOS)
na palma da mão ou abaixo dos dedos dos pés.
Ambiente com temperatura agradável, criança
MARCHA: ocorre quando o RN é segurado em completamente despida ou iniciado com a criança
posição ortostática. Em contato com a superfície, no colo da mão vestida e dormindo.
o RN estende as pernas antes fletidas e quando
inclinado para a frente, inicia a marcha. Primeiro faz-se os procedimentos os quais o choro
Desaparece ainda no 1º mês de vida. pode prejudicar mais como ausculta pulmonar e
cardíaca.
FUGA À ASFIXIA: Quando em decúbito ventral, RN
levanta a cabeça após alguns segundos, afastando É importante distrair o bebê e retirar a fralda no
o mento da superfície, sem virar-se para algum dos momento em que for pesar ou examinar a região.
lados. PRÉ-ESCOLAR (3 A 6 ANOS)
CUTÂNEO-PLANTAR: É obtido por meio do Faixa etária de maior resistência ao exame, é
estímulo contínuo na planta do pé, no sentido importante conversar sobre todos os
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procedimentos, especialmente os desagradáveis e ESTADIAMENTO DE TANNER
os dolorosos e demonstrar em si mesmo ou em
PILOSIDADE PÚBICA – AMBOS OS SEXOS
algum boneco. Se for necessária a contenção da
criança para alguns procedimentos, deixar para o P1: Ausência de pelos púbicos. Pode haver uma
final do exame. leve penugem, semelhante à observada na parede
abdominal.
ESCOLAR (7 A 10 ANOS)
Maior resistência ao exame, é importante
conversar com a criança sobre escola ou amigos,
explicar os procedimentos e conservar parte da
roupa enquanto se examina o resto do corpo.
Geralmente, as crianças preferem os irmãos e/ou
progenitor do sexo oposto fora da sala.
P2: Aparecimento de pelos longos e finos,
ADOLESCENTE (MAIOR DE 10 ANOS) levemente pigmentados, lisos ou pouco
O paciente pode escolher se vai ser examinado na encaracolados, ao longo dos grandes lábios e na
presença ou não dos pais, eles gostam de ser base do pênis.
tratados como adultos e esperam isso do médico. É
importante orientar sobre as mudanças corporais
típicas da adolescência e ter cautela ao exame dos
genitais para evitar constrangimentos.
FREQUÊNCIA CARDÍACA MÉDIA (BPM)

Nascimento 140 ± 25
P3: Maior quantidade de pelos, agora mais grossos,
Até 6 meses 130 ± 25
escuros e encaracolados, espalhando-se esparsa-
6 a 12 meses 115 ± 20
mente na região púbica.
1 a 2 anos 110 ± 20
2 a 6 anos 103 ± 17,5
6 a 14 anos 95 ± 17,5
Maior que 14 anos 70 ± 10
FREQUÊNCIA MÉDIA RESPIRATÓRIA (IRPM)

IDADE EM SONO EM VIGÍLIA


0 a 6 meses 35 65
6 a 12 meses 25 65 P4: Pelos do tipo adulto, cobrindo mais
1 a 4 anos 20 35 densamente a região púbica, mas sem atingir a face
4 a 10 anos 18 25 interna das coxas.
10 a 14 anos 16 20
Em lactentes, medir FC e FR enquanto a criança
está tranquila, antes de despi-la.
PRESSÃO ARTERIAL

 PA normal: pressão arterial sistólica e


diastólica abaixo do percentil 90;
 PA normal-alta ou limítrofe: pressão arterial P5: Pilosidade púbica igual à do adulto, em
sistólica ou diastólica entre o percentil 90 e 95; quantidade e distribuição, invadindo a face interna
 Hipertensão Arterial: pressão arterial sistólica da coxa.
ou diastólica acima do percentil 95, medida em
3 ocasiões diferentes.

CÁLCULO EMPÍRICO
PA max: idade x 2 + 80 mmHg
𝑃𝐴𝑚á𝑥
PA mín: + 10 mmHg DESENVOLVIMENTO MAMÁRIO FEMININO
2
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M1: Mama infantil, com elevação somente da DESENVOLVIMENTO GENITAL MASCULINO
papila.
G1: Testículos, escroto e pênis de tamanho e
proporções infantis.

M2: Broto mamário. Forma-se uma saliência pela


elevação da aréola e da papila. O diâmetro da
G2: Aumento inicial do volume testicular (3 a 4 ml).
aréola aumenta e há modificação na sua textura.
Pele do escroto muda de textura e torna-se
Há pequeno desenvolvimento glandular subareolar.
avermelhada. Aumento do pênis pequeno ou
ausente.

M3: Maior aumento da mama e da aréola, sem


separação dos seus contornos. O tecido mamário G3: Crescimento do pênis em comprimento. Maior
extrapola os limites da aréola. aumento dos testículos e do escroto.

M4: Maior crescimento da mama e da aréola, está G4: Aumento do pênis, principalmente em
formando uma segunda saliência acima do contorno diâmetro, e desenvolvimento da glande. Maior
da mama (duplo contorno). crescimento de testículos e escroto, cuja pele se
torna mais enrugada e pigmentada.

M5: Mama de aspecto adulto, em que o contorno


areolar novamente é incorporado ao contorno da
mama. G5: Desenvolvimento completo da genitália, que
assume características adultas.
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EXAME NEUROLÓGICO
Sinais de Irritação Meníngea:

 Rigidez da Nuca
 Sinal de Kerning
 Sinal de Brudzinsk

Desenvolvimento Infantil
Aumento da capacidade do indivíduo em realizar funções cada vez mais complexas.
Medidos por meio de testes ou provas funcionais.

Refletem a aquisição de habilidades neuropsicomotoras que dependem da integridade do SNC, do sistema


neuromuscular e da estimulação psicossocial.
Os marcos do desenvolvimento são considerados importantes indicadores de saúde de um indivíduo, e sofrem
influência de fatores biológicos e ambientais.
É importante estimular precocemente o desenvolvimento da criança para deixá-la desenvolver
autoconfiança, autoestima e desenvolver capacidade de relacionar-se bem com outras crianças, com a família
e com a comunidade. É a fase na qual o SNC tem a maior plasticidade.
FATORES DE RISCO PARA PROBLEMAS NO DESENVOLVIMENTO:

 Ausência ou Pré-natal incompleto;


 Problemas na Gestação, parto ou nascimento;
 Prematuridade;
 Baixo Peso ao Nascer (< 2.500g);
 Icterícia Grave;
 Hospitalização no período neonatal;
 Doenças graves como meningite e convulsões;
 Cosanguinidade;
 Deficiência ou Doença Mental na Família;
 Fatores de Risco Ambientais como uso de drogas, depressão materna, violência doméstica e abuso sexual.
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO

 MENOR DE 1 MÊS: Reage ao som, eleva a cabeça, observa um rosto e em decúbito dorsal os braços e
pernas ficam fletidos e a cabeça lateralizada.
 ENTRE 1 E 2 MESES: Sorriso social, abre as mãos, movimenta os membros ativamente, esperneia
alternadamente, vocaliza/emite sons, diálogo mãe-bebê.
 ENTRE 2 E 4 MESES: Resposta ativa ao contato social, segura objetos, emite sons (conversa).
 ENTRE 3 E 4 MESES: Em decúbito ventral eleva a cabeça e apoia nos antebraços.
 ENTRE 4 E 6 MESES: Busca ativa de objetos, leva objetos à boca, localiza o som, muda de posição
ativamente (rola).
 ENTRE 6 E 9 MESES: Brinca de esconde-achou, transfere objetos de uma mão a outra, duplica sílabas (pa
pa, ma ma), senta-se com apoio aos 6 meses e sem apoio aos 7.
 ENTRE 9 E 12 MESES: Imita gestos, faz pinça, produz “jargão”, anda com apoio.
 ENTRE 12 E 15 MESES: Mostra o que quer, coloca blocos na caneca, fala 1 palavra (água, mama, dada),
anda sem apoio.
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 ENTRE 18 E 24 MESES: Tira a roupa, constrói torre de 3 cubos, aponta 2 figuras, chuta bola.
 ENTRE 24 E 30 MESES: Veste-se com supervisão, constrói torre de 6 cubos, fala frases com 2 palavras,
pula com ambos os pés.
 ENTRE 30 E 36 MESES: Brinca com outras crianças, imita linha vertical, reconhece 2 ações, arremessa
bola.
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

 1 A 3 MESES: presta atenção aos sons e se acalma com a voz da mãe. Chora, faz alguns sons e dá
gargalhadas.
 4 A 6 MESES: Procura de onde vem o som. Grita, faz alguns sons como se estivesse conversando, imita sua
própria voz.
 7 A 11 MESES: Encontra de qual lado vem o som. Faz alguns sons, repete palavras, bate palmas, dá tchau.
 12 MESES: começa a falar as primeiras palavras e imita a ação de outra pessoa.
 18 MESES: Pede as coisas usando uma palavra. Já sabe falar umas 20 palavras.
 2 ANOS: Consegue dizer frases curtas. Já sabe falar umas 200 palavras.
 3 ANOS: É possível entender tudo o que ele fala, mas às vezes, conjuga errado. Conhece as cores.
 4 ANOS: Inventa histórias e é capaz de compreender regras de jogos simples.
 5 ANOS: Forma frases completas e fala corretamente.
 6 ANOS: Aprende a ler e a escrever.
DESENVOLVIMENTO DA VISÃO

 Ao nascer, o RN ainda não apresenta as estruturas visuais bem desenvolvidas, tanto as células da retina
quanto o sistema neuronal e outras estruturas dos olhos, como o cristalino e os músculos ciliares são
imaturos.
 Durante o primeiro mês, ele visualizará melhor os objetos localizados a uma distância de 20 a 30 cm de
seus olhos. Isso permite que ele estabeleça contato visual com a sua mãe.
 Entre o 1º e o 2º mês ele já será capaz de identificar o contorno dos objetos e seus movimentos.
 Com cerca de 3 meses, a criança apresenta melhor fixação do olhar, já segue objetos por 180 graus e já
consegue enxergar as cores básicas porém sem muita nitidez.
 Entre os 7 e 8 meses de vida, sua acuidade visual será similar à do adulto.
DESENVOLVIMENTO AUDITIVO

 Presente desde o 5º mês de vida intra-uterina e durante os próximos meses de gestação o feto terá a
capacidade de escutar ruídos do organismo materno, mas terá pouca sensibilidade para sons externos.
 Durante o nascimento, a criança já dara atenção aos estímulos sonosos, ainda mais aos sons da fala.
 A sensibilidade auditiva irá evoluir notadamente no primeiro ano de vida, depois disso mais lentamente
até os 10 anos, quando se iguala a do adulto.
PALADAR E OLFATO

 RN desde o nascimento reagem bem aos 4 sabores básicos e o olfato reage muito bem a certos odores
como o leite materno e menos a outros como o álcool. Crianças de uma semana já diferem o odor materno
de outros estímulos olfatórios.
TATO

 Provavelmente o feto sente a parede abdominal a partir do 7º mês de gestação. Os RN reagem ao toque,
seja afastando-se do estímulo ou se aproximando dele.
QUANDO SUSPEITAR QUE O DESENVOLVIMENTO NÃO ESTÁ ADEQUADO?

 Sem aquisição de marcha aos 18 meses;


 Inabilidade de segurar xícaras e copos aos 24 meses;
 Não demonstra interesse pelo ambiente ou por pessoas;
 Presença de estereotipias;
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 Brincadeira superficial e desorganizada;
 Ausência de palavras aos 12 meses;
 Menos que 6 palavras aos 18 meses;
 Não forma frases de 2 a 3 palavras aos 2 anos e 6 meses;
 Frases ininteligíveis ou sem significado aos 3 anos;
 Criança aparenta não compreender a linguagem;
 Prefere brincar sozinho aos 2 anos;
 Não interage com os pares aos 3 anos.

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