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Após o insucesso de um acordo firmado com a empresa Elephant, a Figueirense LTDA,

sociedade empresária constituída em 2014, requereu Tutela Cautelar em Caráter


Antecedente. Aquela deveria realizar aportes para a Figueirense FC, porém não cumpriu
com o acordado, resultando assim em uma dívida no valor R$165 milhões que suscitou
na busca pela Negociação antecipada e, consequentemente, na Recuperação
Extrajudicial.
É fato que a Figueirense se encontrou em um estado de crise, com execuções
decorrentes de suas dívidas, o que a levou ao pedido de tutela cautelar para ter a
suspensão daquelas pelo prazo de 60 dias (Stay). Assim, a empresa buscou realizar
negociações com seus credores, sendo estas disciplinada pela Lei 11.101/05 através dos
artigos 20-A a 20-D. É importante mencionar que este tipo de negociação é vantajosa,
visto que é feita entre os advogados da partes, não sendo necessária a presença de um
juiz, salvo para homologar o acordo por uma sentença meritória, mas apenas de um
árbitro, e pela “Novação” que é o surgimento de uma nova dívida no lugar da antiga
condicionada ao pagamento durante o prazo estabelecido. Além disso, esse
procedimento pode ser realizado no CEJUSC (Centro Judiciário de Solução de
Conflitos e Cidadania) ou pela Câmara Especializada.
Para o autor Ricardo Negrão a Recuperação extrajudicial se dá como “A proposta e a
negociação de meios que proporcionem ao devedor a recuperação de seu
empreendimento que são realizadas diretamente com seus credores”, ou seja, é uma
medida que visa evitar a falência de uma pessoa jurídica,-sem intervenção do poder
judiciário-, em que as partes ( credor e devedor) buscam resolucionar a lide
desenvolvida pela falta de pagamento de dívidas. O artigo 163, §7º da Lei de
Recuperação de Empresas e Falência- LREF- determina que para o acordo ser
obrigatório entre os credores é imprescindível o quórum de mais da metade dos credores
para o plano de recuperação extrajudicial ser homologado, no prazo improrrogável de
90 dias. No caso supramencionado, a empresa Figueirense Futebol Clube LTDA.
apresentou medida cautelar visando a obtenção do total do quórum passível de
homologação, o que fora indeferido em primeira instância, dado a falta de
reconhecimento da empresa como de sociedade limitada, entretanto, a empresa
apresentou recurso para os tribunais superiores revertendo a decisão.
-----------------------Conclusão-----------------------------------------

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