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Capítulo 5: A Camada de Ligação de Dados

Os nossos objectivos:

❒ compreender os princípios por trás dos serviços da

camada de ligação de dados:

❍ detecção de erros, correcção

❍ partilha de um meio de difusão: acesso múltiplo

❍ endereçamento de ligação de dados

❍ transferência fiável de dados, controlo de fluxo: feito!

❒ instanciação e implementação de várias tecnologias de

ligação de dados

Ligação de Dados 5-1

Capítulo 5: Sumário

❒ 5.1 Introdução e ❒ 5.6 Concentradores,

serviços pontes e comutadores

❒ 5.2 Detecção e ❒ 5.7 Ligações sem fios e

correcção de erros LANs

❒ 5.3 Protocolos de ❒ 5.8 PPP

acesso múltiplo ❒ 5.9 ATM

❒ 5.4 Endereços de LAN ❒ 5.10 Frame Relay


e ARP

❒ 5.5 Ethernet

Ligação de Dados 5-2


Ligação de Dados: Introdução
“ligação”
Alguma terminologia:

❒ sistemas terminais e routers

são nós (pontes e comutadores

também)

❒ canais de comunicação que

ligam nós adjacentes são

ligações

❍ ligações com fio (linhas)

❍ ligações sem fio

❍ LANs

❒ A PDU de nível 2 é uma trama,

encapsula um datagrama

a camada de ligação de dados tem

a responsabilidade de transferir

datagramas de um nó para o nó

adjacente por uma ligação Ligação de Dados 5-3

Ligação de Dados: contexto

analogia dos transportes


❒ Datagramas são
viagem de Princeton para Lausanne
transferidos por

limousine: Princeton para JFK
diferentes protocolos de

avião: JFK para Geneva
ligação de dados em

comboio: Geneva para Lausanne
diferentes ligações:

❒ turista = datagrama
❍ e.g., Ethernet na primeira

ligação, frame relay nas ❒ fase do transporte = ligação


ligações intermédias,
da comunicação
802.11 na última ligação

❒ modo de transporte =
❒ Cada protocolo de
protocolo de ligação de dados
ligação de dados oferece
agência de viagens =
diferentes serviços

algoritmo de encaminhamento
❍ e.g., pode oferecer, ou

não, transferência fiável

de dados
Ligação de Dados 5-4
Serviços da Camada de Ligação de Dados

❒ Delimitação, acesso à linha:

❍ Encapsula os datagramas em tramas, adição de cabeçalhos

e caudas nas tramas

❍ Implementa o acesso ao canal se o meio for partilhado

❍ Endereços físicos usados nos cabeçalhos das tramas para

identificar a origem e o destino

• diferentes dos endereços IP!

❒ Transferência fiável entre dois nós adjacentes:

❍ Já se aprendeu como fazer isto!

❍ raramente utilizado em ligações com taxas de erros

baixas (fibra, alguns pares entrançados)

❍ ligações sem fios: taxas de erros elevados

• Q: Porquê fiabilidade no nível de ligação de dados e ao

nível extremo-a-extremo ?

Ligação de Dados 5-5

Serviços da Camada de Ligação de dados (mais)

❒ Controlo de fluxo:

❍ adaptar o passo dos emissores e receptores

❒ Detecção de erros:

❍ erros causados por atenuação do sinal, ruído.

❍ receptores detectam a presença de erros:

• sinaliza emissor para retransmitir ou descarta a trama

❒ Correcção de erros:

❍ receptor identifica e corrige os bits errados

sem recorrer à retransmissão

❒ Half-duplex e full-duplex

❍ em half duplex, os nós em ambos os extremos da linha

podem transmitir, mas não ao mesmo tempo


Ligação de Dados 5-6
Placas em Comunicação

datagrama

protocolo de ligação de dados nó que


nó que
recebe
envia

trama trama

placa placa

❒ o nível de ligação de dados ❒ lado que recebe:

está implementado em ❍ procura erros, controlo de

placas de rede fluxo, etc

extrai datagrama, passa


placa Ethernet, placa
❍ ❍
para o nó que recebe
PCMCIA, placa 802.11

❒ lado que envia: ❒ a placa é semi-autónoma

❍ encapsula o datagrama numa ❒ camadas de ligação de

trama dados & física

❍ acrescenta bits para

verificação de erros, controlo


Ligação de Dados
de fluxo, etc.
5-7

Capítulo 5: Sumário

❒ 5.1 Introdução e ❒ 5.6 Concentradores,

serviços pontes e comutadores

❒ 5.2 Detecção e ❒ 5.7 Ligações sem fios e

correcção de erros LANs

❒ 5.3 Protocolos de ❒ 5.8 PPP

acesso múltiplo ❒ 5.9 ATM

❒ 5.4 Endereços de LAN ❒ 5.10 Frame Relay


e ARP

❒ 5.5 Ethernet

Ligação de Dados 5-8


Detecção de Erros

EDC= bits de Detecção e Correcção de Erros (redundância)

D = Dados protegidos por verificação de erros, pode incluir campos

de cabeçalho

•A detecção de erros não é 100% fiável!

• o protocolo pode deixar passar alguns erros, mas raramente

• um campo EDC maior resulta numa melhor detecção e correcção

datagrama datagrama

todos

os bits em D’

OK? erro detectado

linha com erros


Ligação de Dados 5-9

Verificação de Paridade

Bit de Paridade: Paridade Bidimensional:


Detecta e corrige erros singulares
Detecta erros singulares

bit de

paridade

paridade impar

erro de

paridade

0 0
paridade par sem erros
erro de

paridade
bidimensional
erro de 1 bit

corrigível
Ligação de Dados 5-10
Checksum na Internet

Objectivo: detectar “erros” (e.g., bits trocados) no segmento

transmitido (nota: utilizado apenas na camada de transporte)

Receptor:
Emissor:
❒ Calcula o checksum dos
❒ Trata o conteúdo do
segmentos recebidos
segmento como uma

sequência de inteiros de 16 ❒ Verifica se o checksum

bits calculado é igual ao do campo

de checksum
❒ checksum: soma do conteúdo

do segmento (complemento ❍ NÃO – erro detectado

para 1 da soma) ❍ SIM – não houve erro

❒ Emissor coloca o valor do detectado

checksum no campo de ❍ Mas podem haver erros?

checksum do segmento UDP

Ligação de Dados 5-11

Códigos Cíclicos (CRC - Cyclic Redundancy Check)

❒ considere os bits de dados, D, como um número binário, ou um

polinómio

❒ escolha um padrão de r+1 bits (gerador), G

❒ objectivo: obter r bits de CRC, R, tais que

❍ <D,R> exactamente divisível por G (módulo 2)

❍ o receptor conhece G, divide <D,R> por G. Se o resto não for zero:

detectado erro!

❍ pode detectar todas as rajadas (bursts) de erros com menos de r+1 bits

❒ muito utilizado na prática (ATM, HDLC, PPP, Ethernet)

padrão de
bits de dados a enviar
bits

fórmula

matemática

Ligação de Dados 5-12


CRC: Exemplo

Quer-se:

D2 XOR R = nG
. r

equivalentemente:

D2 = nG XOR R
. r

equivalentemente:

Se se dividir D 2
. r

por G, obtém-se o

resto R

D2
. r

R = resto [ ]
G

Ligação de Dados 5-13

Capítulo 5: Sumário

❒ 5.1 Introdução e ❒ 5.6 Concentradores,

serviços pontes e comutadores

❒ 5.2 Detecção e ❒ 5.7 Ligações sem fios e

correcção de erros LANs

❒ 5.3 Protocolos de ❒ 5.8 PPP

acesso múltiplo ❒ 5.9 ATM

❒ 5.4 Endereços de LAN ❒ 5.10 Frame Relay


e ARP

❒ 5.5 Ethernet

Ligação de Dados 5-14


Ligações e Protocolos de Acesso Múltiplo

Dois tipos de “ligações”:

❒ ponto a ponto

❍ PPP para acesso pela linha telefónica

❍ ligação ponto a ponto entre um comutador Ethernet e uma

máquina

❒ difusão (broadcast) (ligação física ou meio partilhado)

❍ Ethernet tradicional

❍ IEEE 802.11 wireless LAN (Wi-Fi)

Ligação de Dados 5-15

Protocolos de Acesso Múltiplo

❒ Os humanos usam vários protocolos de

acesso simultâneo ao meio

❒ Os alunos podem ”descobrir" vários

protocolos de acesso múltiplo

❍ protocolo de acesso múltiplo 1:

❍ protocolo de acesso múltiplo 2:

❍ protocolo de acesso múltiplo 3:

❍ protocolo de acesso múltiplo 4:

Ligação de Dados 5-16


Protocolos de Acesso Múltiplo

❒ único canal de comunicação partilhado

❒ duas transmissões simultâneas em cada nó: interferência

❍ apenas um nó consegue transmitir de cada vez com sucesso

Protocolo de acesso múltiplo:

❒ algoritmo distribuído que determina como é que os nós

partilham o canal, i.e., quando um nó pode transmitir

❒ comunicação sobre a partilha do canal tem de utilizar o

próprio canal!

❒ o que procurar num protocolo de acesso múltiplo:

❍ síncrono ou assíncrono

❍ necessidade de informação sobre as outras estações

❍ robustez (e.g., erros de canais)

❍ desempenho
Ligação de Dados 5-17

Protocolo de Acesso Múltiplo Ideal

Canal de difusão com ritmo R bps

1. Quando apenas um nó quer transmitir, pode enviar

dados ao ritmo R.

2. Quando M nós querem transmitir, cada nó pode

enviar dados a um ritmo médio de R/M

3. Totalmente descentralizado:

❍ não há um nó especial para coordenar as transmissões

❍ não há sincronização de relógios, slots

4. Simples

Ligação de Dados 5-18


Protocolos MAC: uma taxonomia

Três classes de protocolos:

❒ Partição de canal – Channel partition

❍ divide o canal em partes mais pequenas

• no tempo – slots de tempo

• na frequência - bandas de frequência

• código - códigos diferentes

❍ atribui cada parte exclusivamente a um nó

❒ Acesso Aleatório – Random access

❍ canal não dividido, permite que ocorram colisões

❍ recupera das colisões

❒ Por turnos -“Taking turns”

❍ acesso muito coordenado ao meio partilhado evita as colisões

Objectivo: eficiência, partilha, simplicidade, descentralização

Ligação de Dados 5-19

Protocolos MAC de partição de canal: TDMA

TDMA: time division multiple access

❒ acesso ao canal por ciclos

❒ cada estação obtém um slot da dimensão fixa em cada ciclo

❍ dimensão = tempo de transmissão de um pacote

❒ slots não utilizados ficam vazios (idle)

❒ exemplo: LAN com 6 estações

❍ estações 1,3,4 têm pacotes para transmitir

❍ slots 2,5,6 vazios

❒ TDM – Canal dividido em N slots, um por estação:

❍ Ineficiente

• longos ciclos de espera se o número de estações for elevado

• recursos livres não podem ser ocupados por outras estações

Ligação de Dados 5-20


Protocolos MAC de partição de canal: FDMA

FDMA: frequency division multiple access

❒ o espectro do canal é dividido em bandas de frequência

❒ a cada estação está atribuída uma banda de frequências fixa

❒ no tempo de transmissão não utilizado em cada banda de

frequências, esta fica vazia (idle)

❒ exemplo: LAN com 6 estações

❍ estações 1,3,4 têm pacotes para transmitir

❍ bandas de frequência 2,5,6 vazias

tempo
Bandas de frequência

Ligação de Dados 5-21

Protocolos MAC de partição de canal: CDMA

CDMA (Code Division Multiple Access)

❒ “código” único atribuído a cada estação

❒ usado essencialmente em canais de difusão sem fios (redes

celulares, satélite, etc)

❒ todos as estações partilham a mesma frequência, mas possui

um código próprio (“chipping” sequence) para codificar os

dados

❒ sinal codificado = (dados originais) X (chipping sequence)

❒ sinal descodificado: produto interno do sinal codificado e

chipping sequence

❒ permite que múltiplas estações coexistam, transmitam ao

mesmo tempo com um mínimo de interferência (se os códigos

forem “ortogonais”)

Ligação de Dados 5-22


CDMA: Codificação/Descodificação

emissor

receptor

Ligação de Dados 5-23

CDMA: interferência de dois emissores


emissores

receptor 1

Ligação de Dados 5-24


CDMA: outro exemplo

(a) Sequências chip

binárias para 4

estações
seis exemplos:
(b) Sequências chip

bipolares

(c) Seis exemplos

de transmissões

(d) Recuperação do

sinal da estação C

Ligação de Dados 5-25

Protocolos de acesso aleatório

❒ Quando um nó tem uma trama para transmitir

❍ transmite ao ritmo máximo R de transferência do canal.

❍ não existe coordenação à priori entre os nós

❒ Dois ou mais nós em transmissão simultânea -> colisão

❒ Os protocolos MAC de acesso aleatório especificam:

❍ como detectar colisões

❍ como recuperar das colisões (através de retransmissões

posteriores)

❒ Exemplos de protocolos MAC de acesso aleatório:

❍ ALOHA slotted

❍ ALOHA

❍ CSMA, CSMA/CD, CSMA/CA

Ligação de Dados 5-26


ALOHA Slotted (Sincronizado)

Condições Operação

❒ todas a tramas têm o ❒ quando um nó tem uma

mesmo tamanho nova trama, transmite no

❒ o tempo está dividido em próximo slot

slots de igual duração, que ❒ se não há colisão, o nó

dão para transmitir 1 trama pode enviar uma nova

❒ os nós só começam a trama no próximo slot

transmitir tramas no início ❒ se há colisão, o nó

de slots retransmite a trama em

❒ os nós estão sincronizados cada slot subsequente com

probabilidade p até ter


❒ se 2 ou mais nós
sucesso
transmitem num slot, todos

os nós detectam a colisão

Ligação de Dados 5-27

ALOHA Slotted

(S) - Sucesso,
(C) - Colisão,
(E) - Slot vazio
(empty)

Prós Contras

❒ um único nó activo pode ❒ colisões desperdiçam

transmitir continuamente slots

ao ritmo máximo do canal ❒ slots vazios

❒ altamente descentralizado: ❒ os nós podem detectar


só os slots nos nós têm de a colisão em menos do
estar sincronizados que o tempo de

❒ simples transmissão da trama


Ligação de Dados 5-28
Eficiência de ALOHA Slotted

Eficiência é a fracção de longo ❒ Para máxima eficiência

prazo de slots com sucesso, com N nós, ache p* que

quando há muitos nós, cada um maximiza: Np(1-p)


N-1

com muitas tramas para enviar


❒ Para muitos nós, tomar

o limite de
Supondo que há N nós
Np*(1-p*) quando N
❒ N-1

com muitas tramas para


tende para infinito, dá
transmitir, cada
1/e = 0.37
transmite num slot com

probabilidade p No máximo: o canal

❒ prob que 1º nó tenha é utilizado para

sucesso num slot transmissões com

= p(1-p) sucesso em 37%


N-1

❒ prob que um nó qualquer do tempo!

tenha sucesso = Np(1-p)


N-1
Ligação de Dados 5-29

ALOHA Puro (não sincronizado)

❒ Aloha puro: simples, não precisa de sincronização

❒ Quando uma trama precisa de ser transmitida:

❍ envia imediatamente, sem esperar pelo início do slot

❒ A probabilidade de colisão aumenta:

❍ trama enviada em t0 colide com tramas enviadas em [t0-1, t0+1]

Ligação de Dados 5-30


ALOHA Puro (cont.)

P(sucesso para um dado nó) = P(nó transmite) .

P(nenhum outro nó transmite em [t0-1,t0] ) .

P(nenhum outro nó transmite em [t0,t0+1] )

= p . (1-p)
N-1 .
(1-p)
N-1

= p . (1-p)
2(N-1)

… escolhendo o p óptimo quando n -> infinito ...


S = débito (throughput “goodput”)

= 1/(2e) = 0.18
(taxa de sucesso)

0.4

0.3
o protocolo
Aloha Slotted
0.2 restringe o débito

efectivo do canal!
0.1
Aloha Puro

0.5 1.0 1.5 2.0


G = carga oferecida = Np
Ligação de Dados 5-31

CSMA: Carrier Sense Multiple Access

CSMA: escuta antes de transmitir:

❒ Se o canal escutado estiver livre: transmite a trama

❒ Se o canal escutado estiver ocupado, atrasa a

transmissão

❍ CSMA Persistente : tenta imediatamente com uma

probabilidade p quando o canal fica livre

• pode causar instabilidade

❍ CSMA Não Persistente: tenta após um intervalo

aleatório

❒ Analogia humana: não interromper os outros

Ligação de Dados 5-32


Colisões em CSMA
Distribuição espacial dos nós na Ethernet

Colisão ainda pode

ocorrer:

atraso de propagação

significa que os nós podem

não se “ouvir” uns aos outros

enquanto transmitem

Colisão:

todo o tempo de

transmissão da trama é

desperdiçado

Nota:

Importância da distância e

do tempo de propagação na

determinação da

probabilidade de colisão
Ligação de Dados 5-33

CSMA/CD (Collision Detection)

CSMA/CD:

❍ Detecção de colisões num curto espaço de tempo

❍ Transmissões em colisão são abortadas, reduzindo o

desperdício de ocupação do canal

❍ Retransmissões persistentes ou não-persistentes

❒ Detecção de colisões:

❍ Fácil em LANs com fios:

• Medição da potência do sinal

• Comparação do sinal recebido com o transmitido

❍ Difícil em LANs sem fios:

• Potência do sinal pode variar durante a transmissão

• Receptor desligado durante a transmissão

❒ Analogia humana: o conversador educado

Ligação de Dados 5-34


CSMA/CD detecção de colisão

Ligação de Dados 5-35

Protocolos MAC por turnos

Protocolos MAC de partição de canal:

❍ partilham o canal de forma eficiente para carga

elevada

❍ ineficiente para carga baixa: atraso no acesso

ao canal, 1/N da largura de banda atribuída

mesmo quando há apenas 1 nó activo!

Protocolos MAC de acesso aleatório

❍ eficiente para carga baixa: um único nó pode

utilizar a totalidade do canal

❍ carga elevada: sobrecarga das colisões

Protocolos “por turnos”

procurar o melhor dos dois mundos!


Ligação de Dados 5-36
Protocolos MAC por turnos

Polling: Passagem de testemunho (token

❒ Em cada turno, o nó passing):

mestre convida um ❒ Testemunho de controlo transferido

nó escravo a sequencialmente entre nós.

transmitir
❒ Mensagem de testemunho

❒ Problemas:

❒ Mensagens: ❍ overhead do testemunho

❍ Request to Send, ❍ latência

❍ Clear to Send ❍ um único ponto de falha (testemunho)

❒ Problemas:

❍ overhead do polling

❍ latência

❍ um único ponto de

falha (mestre)

Ligação de Dados 5-37

Protocolos baseados em reserva

Num protocolo com reserva:

❒ Tempo dividido em slots

❒ começa com N pequenos slots de reserva

❍ a duração do slot de reserva é igual ao tempo de propagação

extremo a extremo do canal

❍ uma estação com uma mensagem para transmitir envia uma

reserva

❍ as reservas são vistas por todas as estações

❒ depois dos slots de reserva, as transmissões das mensagens são

ordenadas por uma ordem de prioridades conhecida

Ligação de Dados 5-38


Sumário dos Protocolos MAC

❒ O que fazer com um meio partilhado?

❍ Partição do canal, por tempo, frequência ou código

• Divisão no tempo, Divisão no código, Divisão na frequência

❍ Partição aleatória (dinâmica),

• ALOHA, S-ALOHA, CSMA, CSMA/CD

• escuta da portadora (carrier sensing): fácil em algumas

tecnologias (fios), difícil em outras (sem fios)

• CSMA/CD utilizado na Ethernet

❍ Por turnos

• polling a partir de um lugar central, passagem de testemunho,

reservas

Ligação de Dados 5-39

Capítulo 5: Sumário

❒ 5.1 Introdução e ❒ 5.6 Concentradores,

serviços pontes e comutadores

❒ 5.2 Detecção e ❒ 5.7 Ligações sem fios e

correcção de erros LANs

❒ 5.3 Protocolos de ❒ 5.8 PPP

acesso múltiplo ❒ 5.9 ATM

❒ 5.4 Endereços de LAN ❒ 5.10 Frame Relay


e ARP

❒ 5.5 Ethernet

Ligação de Dados 5-40


Endereços de LAN e ARP

Endereço IP de 32 bits

❒ Endereço de nível de rede

❒ Utilizado para enviar os datagramas até à rede de

destino

Endereço de LAN (MAC ou físico ou Ethernet)

❒ Utilizado para enviar o datagrama duma interface

para outra interface fisicamente ligada à mesma

rede

❒ Endereço MAC de 48 bits (para a maioria das LANs)

introduzido na ROM da placa de rede

Ligação de Dados 5-41

Endereços de LAN e ARP

Cada placa de rede numa LAN tem um endereço (LAN) MAC diferente

Ligação de Dados 5-42


Endereços de LAN (mais)

❒ Atribuição de endereços MAC administrada pelo IEEE

❒ Fabricantes compram partes do espaço de endereços

MAC para garantir unicidade

❒ Analogia:

(a) endereço MAC: como um número de BI

(b) endereço IP: como um endereço postal

❒ Espaço de endereçamento MAC é plano => portabilidade

❍ É possível transferir uma carta de interface duma

LAN para outra

❒ Endereçamento IP é hierárquico => não é portável

❍ depende da rede IP a que se está ligado

Ligação de Dados 5-43

Relembrando as anteriores discussões de encaminhamento

Iniciando em A, dado um

datagrama IP destinado a B: A 223.1.1.1


❒ Pesquisar endereço de rede 223.1.2.1
endereço de B é da mesma rede

223.1.1.2
223.1.1.4 223.1.2.9
de A
B
❍ nível de ligação de dados envia o
E
223.1.2.2
datagrama para B dentro duma
223.1.1.3 223.1.3.27
trama de ligação de dados
223.1.3.1 223.1.3.2
Endereços de origem Endereços de origem

e destino da trama e destino do datagrama

endereço endereço endereço ender.


dados IP
MAC de B MAC de A IP de A IP de B

datagrama

trama

Ligação de Dados 5-44


ARP: Address Resolution Protocol

Questão: dado o endereço ❒ Cada nó IP (Sistema

Terminal, Router) na
IP de B, como determinar o
LAN tem uma tabela de
endereço MAC?
ARP

❒ Tabela de ARP:

mapeamento de

endereços IP/MAC para

alguns nós da LAN

< endereço IP; ender. MAC; TTL>

❍ TTL (Time To Live):

tempo após o qual o

mapeamento é “esquecido”

(tipicamente 20 min)

Ligação de Dados 5-45

Protocolo de ARP

❒ A quer enviar um datagrama para ❒ A guarda em cache o

B, e A conhece o endereço IP de mapeamento de endereços

B. IP/MAC na sua tabela ARP até

❒ Suponha que o endereço MAC de a informação ficar

B não está na tabela ARP de A. desactualizada (TTL expirar)

❒ A difunde (broadcast) um pacote ❍ soft state: a informação que

de pedido ARP query, contendo o expira é descartada, a

endereço IP de B menos que seja refrescada

antes
❍ todas as máquinas na LAN

recebem o pacote ARP query ❒ ARP é “plug-and-play”:

❒ B recebe o pacote ARP, responde ❍ os nós criam as suas tabelas

a A com o seu (de B) endereço ARP sem intervenção do

MAC administrador da rede

❍ trama enviada para o endereço

MAC de A (unicast)

Ligação de Dados 5-46


Encaminhando para outra LAN

percorrendo: encaminhamento de A para B através de R

assumindo que A conhece o endereço IP de B

R
B

❒ Duas tabelas ARP no router R, uma para cada rede IP

(LAN)
Ligação de Dados 5-47

❒ A cria um datagrama IP com origem A e destino B

❒ A usa ARP para obter o endereço MAC de 111.111.111.110

❒ A cria uma trama Ethernet com o endereço MAC do router como

endereço de destino

❍ a trama Ethernet contém o datagrama IP de A para B

❒ camada de ligação de dados de A envia a trama Ethernet

❒ camada de ligação de dados de R recebe a trama Ethernet

❒ R remove o datagrama IP da trama Ethernet e verifica que é

destinado a B

❒ R usa ARP na LAN 2 para obter o endereço MAC de B

❒ R cria uma trama que contém o datagrama a enviar de A para B

R
B

Ligação de Dados 5-48


Capítulo 5: Sumário

❒ 5.1 Introdução e ❒ 5.6 Concentradores,

serviços pontes e comutadores

❒ 5.2 Detecção e ❒ 5.7 Ligações sem fios e

correcção de erros LANs

❒ 5.3 Protocolos de ❒ 5.8 PPP

acesso múltiplo ❒ 5.9 ATM

❒ 5.4 Endereços de LAN ❒ 5.10 Frame Relay


e ARP

❒ 5.5 Ethernet

Ligação de Dados 5-49

Ethernet

Tecnologia “dominante” de LAN:

❒ barata: €20 para 100Mbps!

❒ primeira tecnologia de LAN amplamente utilizada

❒ mais simples, barata que LANs com testemunho e ATM

❒ acompanhou a corrida das velocidades: 10, 100, 1000 Mbps

Esboço da Ethernet

de Metcalfe

Ligação de Dados 5-50


Estrutura duma trama Ethernet

A placa de rede do emissor encapsula datagramas IP

(ou um pacote de outro protocolo da camada de

rede) numa trama Ethernet

Preâmbulo (Preamble)

❒ 7 bytes com o padrão 10101010, seguidos dum byte

com o padrão 10101011

❒ usado para sincronizar os ritmos de relógio do

emissor e do receptor

Ligação de Dados 5-51

Estrutura duma trama Ethernet

❒ Endereços: (6 bytes cada)

❍ as tramas são recebidas por todas as placas de rede da LAN

❍ se a placa de rede recebe uma trama com o seu endereço de

destino, ou com o endereço de broadcast (eg. pacote ARP),

passa os dados da trama para o protocolo da camada de rede

❍ senão, a placa de rede descarta a trama

❒ Tipo: (2 bytes) indica o protocolo de nível superior

❍ normalmente IP

❍ outros protocolos podem ser suportados, ex: Novell IPX,

AppleTalk e ARP

❒ CRC: (4 bytes) verificado no receptor, se forem

detectados erros, a trama é simplesmente descartada

Ligação de Dados 5-52


Serviço sem ligação, não fiável

❒ Sem ligação: não há “handshaking” entre a placa de

rede que envia e a que recebe.

❒ Não fiável: a placa de rede que recebe não envia

confirmações (acks), nem confirmações negativas

(nacks) para a placa de rede que envia

❍ fluxo de datagramas passado para a camada de rede pode

ter buracos

❍ os buracos podem ser preenchidos se a aplicação está a

utilizar TCP

❍ senão, a aplicação verá os buracos

Ligação de Dados 5-53

Ethernet usa CSMA/CD

❒ Sem slots ❒ Antes de tentar a

❒ Uma placa de rede não retransmissão, uma

transmite se detecta que placa de rede espera

outra placa de rede está a um tempo aleatório.

transmitir. Isto chama-se Isto chama-se acesso

detecção de portadora aleatório (random

(carrier sense). access).

❒ Uma placa de rede em

transmissão aborta se

detecta a transmissão de

outra placa de rede. Isto

chama-se detecção de

colisão (collision detection).


Ligação de Dados 5-54
Algoritmo CSMA/CD da Ethernet

1. A placa de rede recebe o 4. Se a placa de rede detecta

datagrama e cria a trama outra transmissão enquanto

2. Se a placa de rede transmite, aborta e envia

detecta o canal um sinal de reforço de

desocupado, começa a colisão (jam signal)

transmitir a trama. Se 5. Depois de abortar, a placa

detecta o canal ocupado, de rede entra em recuo

espera que o canal fique exponencial (exponential

livre e então transmite backoff): depois da m-

3. Se a placa de rede ésima colisão, a placa de

transmite a trama inteira rede escolhe um K aleatório

sem detectar outra de {0,1,2,…,2 -1}. A placa


m

transmissão, a placa de de rede espera K*512

rede acabou de servir a durações de bit e volta ao

trama ! Passo 2 Ligação de Dados 5-55

CSMA/CD na Ethernet (mais)

Sinal de Reforço de Recuo Exponencial (Exponential

Colisão (Jam Signal): Backoff):

serve para assegurar ❒ Objectivo: adaptar as

que todas as outras tentativas de retransmissão à

transmissões tomam situação de carga real da rede

conhecimento da ❍ Carga elevada: espera aleatória

será elevada
colisão; 48 bits;
❒ 1ª colisão:
Duração de 1 bit: 0.1
❍ escolher K de {0,1};
microseg para
❍ atrasar a transmissão K x 512 bits
Ethernet a 10 Mbps ;
❒ Depois da 2ª colisão:
para K=1023, a espera
❍ escolher K de {0,1,2,3}…
é de cerca de 50 mseg
❒ Depois de 10 ou mais colisões

Veja a applet Java no ❍ escolher K de {0,1,2,3,4,…,1023}

sítio do livro/cadeira!
Ligação de Dados 5-56
Ethernet: Algoritmo CSMA/CD

A: sense channel, if idle

then {

transmit and monitor the channel;

If detect another transmission

then {

abort and send jam signal;

update # collisions;

delay as required by exponential backoff algorithm;

goto A

else {done with the frame; set collisions to zero}

else {wait until ongoing transmission is over and goto A}

Ligação de Dados 5-57

Eficiência do CSMA/CD

❒ T = tempo de propagação máximo entre 2 nós na LAN


prop

❒ t = tempo para transmitir trama de tamanho máximo


trans

1
eficiência =
1 + 5t prop / ttrans
❒ Eficiência tende para 1 quando t tende para 0
prop

❒ Tende para 1 quando t tende para infinito


trans

❒ Muito melhor que ALOHA, mas ainda descentralizado,

simples, e barato

Ligação de Dados 5-58


Tecnologias Ethernet: 10Base2

❒ 10: 10Mbps; Base: transmissão em banda de base (sem

modulação); 2: comprimento máximo do cabo coaxial é de

200 metros (sem repetidores)

❒ Cabo coaxial fino numa topologia em bus

❒ Repetidores usados para ligar múltiplos segmentos

❒ Repetidores repetem os bits que recebem numa interface

nas outras interfaces: dispositivos de nível físico!

❒ Tecnologia em desuso! Ligação de Dados 5-59

10BaseT e 100BaseT

❒ Ritmos de 10/100 Mbps;

❍ 100 Mbps é chamada de “fast ethernet”

❒ T significa par entrançado (Twisted Pair)

❒ Nós são ligados através de um concentrador (hub)

utilizando pares entrançados, numa topologia em estrela

❒ 100 m de distância máxima entre nós e concentrador

nós

concentrador (hub)

Ligação de Dados 5-60


10BaseT e 100BaseT (mais)

❒ Os concentradores são essencialmente repetidores

de nível físico:

❍ os bits que chegam numa linha saem em todas as

outras linhas

❍ não há memória (buffer) para tramas

❍ não há CSMA/CD no concentrador: as placas de

rede detectam as colisões

❍ pode fornecer funcionalidades de gestão da

rede

Ligação de Dados 5-61

Codificação Manchester

❒ Utilizada em 10BaseT, 10Base2

❒ Cada bit tem uma transição

❒ Permite que os relógios nos nós emissor e receptor

se sincronizem entre si

❍ não é necessário um relógio global, centralizado, para

todos os nós!

❒ Isto faz parte da camada física! Ligação de Dados 5-62


Gbit Ethernet

❒ usa o formato de trama standard da Ethernet

❒ permite linhas ponto a ponto e canais de difusão

partilhados

❒ no modo partilhado, usa CSMA/CD; para ser

eficiente, as distâncias entre nós devem ser curtas

❒ usa concentradores (hubs), chamados aqui de

“Buffered Distributors”

❒ Full-Duplex a 1 Gbps para linhas ponto a ponto

❒ 10 Gbps a aparecer!

Ligação de Dados 5-63

Capítulo 5: Sumário

❒ 5.1 Introdução e ❒ 5.6 Concentradores,

serviços pontes e comutadores

❒ 5.2 Detecção e ❒ 5.7 Ligações sem fios e

correcção de erros LANs

❒ 5.3 Protocolos de ❒ 5.8 PPP

acesso múltiplo ❒ 5.9 ATM

❒ 5.4 Endereços de LAN ❒ 5.10 Frame Relay


e ARP

❒ 5.5 Ethernet

Ligação de Dados 5-64


Interligação de segmentos de LANs

Q: Porque não uma LAN grande?

❒ Quantidade de tráfego suportado é limitada:

❍ Numa só LAN todas as estações têm de partilhar a

largura de banda

❒ Comprimento limitado:

❍ 802.3 especifica um comprimento máximo para o cabo

❒ Domínio de ”colisão” grande

❍ podem ocorrer colisões com muitas estações

❒ Nº limitado de estações

Ligação de Dados 5-65

Interligação de segmentos de LANs

❒ Concentradores (Hubs)

❒ Pontes (Bridges)

❒ Comutadores (Switches)

❍ Comentário: comutadores são essencialmente

pontes com múltiplas portas.

❍ O que se disser de pontes também é válido para

comutadores!

Ligação de Dados 5-66


Concentradores (Hubs)

❒ Dispositivos de nível físico:

❍ Essencialmente repetidores

❒ Hubs podem ser usados numa hierarquia,

com os hubs de backbone no topo

Ligação de Dados 5-67

Concentradores (Hubs) (mais)

❒ Cada LAN que se liga ao Concentrador é um segmento

de LAN

❒ Os concentradores não isolam domínios de colisão:

❍ Um nó pode colidir com qualquer nó, que resida em qualquer

segmento da LAN

❒ Vantagens dos concentradores:

❍ Dispositivos simples e de baixo custo

❍ Hierarquia multi-nível permite uma degradação suave:

se um concentrador deixar de funcionar, só uma

porção da LAN é que deixa de funcionar

❍ Aumenta a distância entre pares de nós (100m por

concentrador)

Ligação de Dados 5-68


Limitações dos Concentradores

❒ Um único domínio de colisão não permite aumentar

o débito máximo

❍ débito da hierarquia multi-nível e de um só nível

é o mesmo

❒ Restrições das LANs individuais impõem limitações

no nº máximo de nós no mesmo domínio de colisão e

na área geográfica que é possível cobrir

❒ Não pode interligar diferentes tipos de Ethernet

(e.g. 10BaseT e 100BaseT)

Ligação de Dados 5-69

Pontes (Bridges)

❒ Dispositivos de nível de ligação de dados:

❍ armazenam e enviam tramas Ethernet

❍ examinam os cabeçalhos das tramas, encaminham

selectivamente as tramas, com base no endereço

MAC de destino

❍ quando uma trama vai ser enviada num segmento, usa

CSMA/CD para aceder ao segmento e transmitir

❒ transparente

❍ os sistemas terminais não se apercebem da presença

das pontes

❒ plug-and-play, auto-aprendizagem

❍ as pontes não precisam de ser configuradas

Ligação de Dados 5-70


Pontes: isolamento de tráfego

❒ A instalação da ponte divide a LAN em segmentos de LAN

❒ As pontes filtram pacotes:

❍ as tramas destinadas ao mesmo segmento de LAN

normalmente não são enviadas para outros segmentos de

LAN

❍ os segmentos de LAN tornam-se domínios de colisão

domínio
= concentrador
domínio de
de colisão
ponte
colisão
= sistema

terminal

segmento LAN segmento LAN

LAN (rede IP)

Ligação de Dados 5-71

Encaminhamento

Como saber para que segmento de LAN enviar a trama?

• Parece um problema de encaminhamento...

Ligação de Dados 5-72


Pontes: Auto-aprendizagem

❒ Uma ponte tem uma tabela de filtragem.

❒ Entrada da tabela de filtragem:

❍ (endereço de LAN de um nó, interface da ponte,

tempo de criação)

❍ entradas antigas descartadas (TTL pode ser de 60

minutos)

❒ As pontes aprendem que estações podem ser

alcançadas por cada interface

❍ quando uma trama é recebida, a ponte “aprende” a

localização do emissor: segmento da LAN de origem

❍ armazena a localização do emissor na tabela de

filtragem
Ligação de Dados 5-73

Filtragem/Encaminhamento

Quando uma ponte recebe uma trama:

indexa a tabela de filtragem utilizando o endereço MAC de

destino

se encontra uma entrada para o destino

então {

se destino no segmento pelo qual a trama chegou

então descarta a trama

senão encaminha a trama para a interface indicada

senão inunda
envia para todas as interfaces, excepto

aquela por onde a trama chegou

Ligação de Dados 5-74


Exemplo de aprendizagem duma Ponte

Suponha que C envia uma trama para D, e D responde a C.

❒ a ponte recebe a trama de C

❍ anota na tabela de filtragem da ponte que C está na interface 1

❍ como D não está na tabela, a ponte envia em difusão para as

interfaces 2 e 3

❒ a trama é recebida em D (e ignorada na LAN de cima)

Ligação de Dados 5-75

Exemplo de aprendizagem duma Ponte (2)

❒ D gera uma resposta para C e envia-a

❒ a ponte recebe a trama

❍ a ponte regista na tabela que D está na sua

interface 2

❍ a ponte sabe que C está na interface 1, pelo que

encaminha a trama selectivamente através da

interface 1 Ligação de Dados 5-76


Interligação sem Backbone

❒ Não é recomendada por duas razões:

- um único ponto de falha no hub Computer Science

- todo o tráfego entre EE e SE tem de passar pelo

segmento CS

Ligação de Dados 5-77

Configuração de Backbone

Recomendado !

Ligação de Dados 5-78


Árvore Geradora (Spanning Tree)

de uma ponte
❒ para melhor fiabilidade, é vantajoso ter caminhos

redundantes (alternativos) da origem para o destino

❒ com múltiplos caminhos simultâneos, podem ocorrer ciclos

❍ as pontes podem multiplicar tramas e encaminhá-las eternamente

❒ solução: organizar as pontes numa árvore, desactivando

conjuntos de interfaces - Protocolo da Árvore Geradora

Desactivado

Ligação de Dados 5-79

Algumas funcionalidades das Pontes

❒ As pontes isolam domínios de colisão

resultando num débito total superior

❒ não impõem limitações ao número de nós,

nem à área geográfica coberta

❒ Pode ligar diferentes tipos de Ethernet,

uma vez que é um dispositivo store and

forward

❒ Transparente (“plug-and-play”): não é

necessária configuração

Ligação de Dados 5-80


Pontes vs. Routers

❒ ambos são dispositivos do tipo store and forward

❍ routers: equipamentos de nível de rede (examinam cabeçalhos da

camada de rede)

❍ pontes: nível de ligação de dados

❒ os routers mantêm tabelas de encaminhamento e

implementam algoritmos de encaminhamento

❒ as pontes mantêm tabelas de filtragem e implementam

algoritmos de filtragem, de aprendizagem e outros que

não falámos (árvore geradora)

Ligação de Dados 5-81

Routers vs. Pontes

Pontes + e -

+ A operação duma Ponte é mais simples e requer menos

processamento de pacotes

+ As tabelas de uma ponte são auto-aprendidas

- Todo o tráfego restringido à árvore geradora

(spanning tree), mesmo quando há largura de banda

alternativa disponível

- As pontes não oferecem protecção contra broadcast

storms (tempestades de pacotes em difusão). As

pontes encaminham todos os broadcasts.

Ligação de Dados 5-82


Routers vs. Pontes

Routers + e -

+ Pode suportar qualquer tipo de topologia, os ciclos são

limitados pelo contador de TTL (e por bons protocolos de

encaminhamento)

+ fornece protecção de firewall contra broadcast storms

- requer configuração de endereços IP (não é do tipo plug

and play)

- requer mais processamento por pacotes

❒ As pontes são adequadas para redes pequenas (poucas

centenas de sistemas terminais), enquanto os routers são

utilizados em redes grandes (milhares de sistemas

terminais) Ligação de Dados 5-83

Comutadores Ethernet

❒ Essencialmente uma ponte

com múltiplas interfaces

❒ filtragem, encaminhamento

de nível 2 (tramas), utilizando

endereços LAN

❒ Comutação: A-para-A’ e

B-para-B’ simultaneamente,

sem colisões

❒ grande número de interfaces

❒ frequente: sistemas

individuais, ligados em estrela

por um comutador

❍ Ethernet, mas sem

colisões! Ligação de Dados 5-84


Comutadores Ethernet

❒ comutação cut-through: trama encaminhada

da porta de entrada para a porta de saída

sem esperar pela recepção da trama inteira

❍ ligeira redução na latência

❒ combinações de interfaces

partilhados/dedicados 10/100/1000 Mbps

Ligação de Dados 5-85

Uma LAN típica (Rede IP)

Dedicated

Shared

Ligação de Dados 5-86


Sumário Comparativo

concentradores pontes comutadores

(hubs) (bridges) routers (switches)

isolamento não sim sim sim

de tráfego

plug & play sim sim não sim

encaminha- não não sim não

mento óptimo

cut sim não não sim

through

Ligação de Dados 5-87

Capítulo 5: Sumário

❒ 5.1 Introdução e ❒ 5.6 Concentradores,

serviços pontes e comutadores

❒ 5.2 Detecção e ❒ 5.7 Ligações sem fios e

correcção de erros LANs

❒ 5.3 Protocolos de ❒ 5.8 PPP

acesso múltiplo ❒ 5.9 ATM

❒ 5.4 Endereços de LAN ❒ 5.10 Frame Relay


e ARP

❒ 5.5 Ethernet

Ligação de Dados 5-88


IEEE 802.11 Wireless LAN

❒ 802.11b ❒ 802.11a

❍ banda rádio 2.4-5 GHz ❍ banda 5-6 GHz

não licenciada ❍ até 54 Mbps

até 11 Mbps
802.11g


❍ espalhamento de espectro
❍ banda 2.4-5 GHz
por sequência directa
até 54 Mbps
(direct sequence spread

spectrum - DSSS) na ❒ Todos usam CSMA/CA

camada física
para acesso múltiplo
• todos os sistemas
❒ Todos têm versões de
terminais usam o
redes com estações
mesmo “chipping code”

base e redes ad-hoc


❍ muito difundido,

utilizando estações base

Ligação de Dados 5-89

Aproximação com Estação Base

❒ o equipamento sem fios comunica com a estação base

❍ estação base = ponto de acesso (access point, AP)

❒ Basic Service Set (BSS) (conhecido como “célula”)

contém:

❍ equipamentos sem fios

❍ ponto de acesso (AP): estação base

❒ BSS’s combinados para formar um sistema de

distribuição (distribution system, DS)

Ligação de Dados 5-90


Aproximação de Rede Ad Hoc

❒ Não há AP (i.e., estação base)

❒ equipamentos sem fios comunicam entre si

❍ para enviar um pacote do equipamento sem fios A

para B pode ser necessário encaminhar através dos

equipamentos sem fios X,Y,Z

❒ Aplicações:

❍ encontro com portáteis numa sala de

conferências, carro

❍ interligação de dispositivos “pessoais”

❍ campos de batalha

❒ grupo de trabalho do IETF

MANET (Mobile Ad hoc Networks)

Ligação de Dados 5-91

IEEE 802.11: acesso múltiplo

❒ Colisão se 2 ou mais nós transmitem ao mesmo tempo

❒ CSMA faz sentido:

❍ obtém-se toda a largura de banda se se for o único a

transmitir

❍ não deve causar uma colisão se detectar outra transmissão

❒ Detecção de colisão não funciona: problema do

terminal escondido
força do sinal

localização

Ligação de Dados 5-92


IEEE 802.11 MAC Protocolo: CSMA/CA

802.11 CSMA: emissor

- se detecta o canal desocupado

por DISF seg.

então transmite a trama inteira

(não há detecção de colisão)

- se detecta o canal ocupado

então recuo binário (binary

backoff)

802.11 CSMA: receptor


DISF - Distributed Inter

- se recebeu OK Frame Spacing

SIFS - Short Inter Frame


retorna ACK após SIFS
Spacing
(o ACK é necessário devido ao

problema do terminal escondido)


Ligação de Dados 5-93

Mecanismos para evitar colisões

❒ Problema:

❍ dois nós, escondidos um do outro, transmitem tramas

completas para a estação base

❍ desperdício de largura de banda por tempo significativo!

❒ Solução:

❍ pequenos pacotes de reserva

❍ nós memorizam intervalos das reservas com o

vector de atribuição de rede:

“network allocation vector” (NAV)

Ligação de Dados 5-94


Collision Avoidance: troca de

RTS-CTS

❒ o emissor transmite um

curto pacote de RTS

(request to send): indica

a duração da transmissão

❒ o receptor responde com

um curto pacote de CTS

(clear to send)

❍ notificando os nós

(possivelmente escondidos)

❒ os nós escondidos não vão

transmitir pela duração

especificada: NAV

Ligação de Dados 5-95

Collision Avoidance: troca de

RTS-CTS

❒ RTS e CTS curtos:

❍ colisões menos prováveis,

e de menor duração

❍ resultado final similar a

detecção de colisão

❒ IEEE 802.11 permite:

❍ CSMA

❍ CSMA/CA: reservas

❍ polling a partir do AP

Ligação de Dados 5-96


Uma palavra sobre o Bluetooth

❒ Tecnologia de redes sem ❒ até 721 kbps

fios de baixa potência, ❒ Interferência das LANs

pequeno raio de alcance sem fios, telefones sem

❍ 10-100 metros fios, fornos de

❒ omnidireccional microondas:

❍ não precisa de trabalhar em ❍ salto na frequência ajuda

linha de vista como os infra-


❒ protocolo MAC suporta:
vermelhos
❍ correcção de erros

❒ Interliga pequenos
❍ ARQ

equipamentos electrónicos
❒ Cada nó tem um
banda rádio não licenciada
endereço de 48 bits

nos 2.4-2.5 GHz

Ligação de Dados 5-97

Capítulo 5: Sumário

❒ 5.1 Introdução e ❒ 5.6 Concentradores,

serviços pontes e comutadores

❒ 5.2 Detecção e ❒ 5.7 Ligações sem fios e

correcção de erros LANs

❒ 5.3 Protocolos de ❒ 5.8 PPP

acesso múltiplo ❒ 5.9 ATM

❒ 5.4 Endereços de LAN ❒ 5.10 Frame Relay


e ARP

❒ 5.5 Ethernet

Ligação de Dados 5-98


Controlo de Ligação de Dados

Ponto a Ponto

❒ um emissor, um receptor, uma linha: mais fácil que

um meio com difusão:

❍ não há controlo de acesso ao meio (MAC)

❍ não há necessidade explícita de endereçamento

MAC

❍ e.g., ligação telefónica, linha RDIS

❒ protocolos populares de controlo de ligação de

dados (DLC - Data Link Control) ponto a ponto:

❍ PPP (point-to-point protocol)

❍ HDLC: High-level Data Link Control (Camada de

Ligação de Dados já foi considerada “camada

alta” na pilha de protocolos! )

Ligação de Dados 5-99

Requisitos de desenho do PPP [RFC 1557]

❒ construção de pacotes: encapsulamento de um datagrama

da camada de rede numa trama da camada de ligação de

dados

❍ transportar dados de qualquer protocolo da camada de

rede (não apenas do IP) ao mesmo tempo

❍ possibilidade de desmultiplexar para cima

❒ transparência de bits: tem de poder transmitir qualquer

padrão de bits no campo de dados

❒ detecção de erros (sem correcção)

❒ vida da ligação: detectar, assinalar falha de linha para a

camada de rede

❒ negociação de endereço da camada de rede: os extremos

podem aprender/configurar o endereço de rede do outro

extremo Ligação de Dados 5-100


Requisitos não necessários em PPP

❒ sem correcção/recuperação de erros

❒ sem controlo de fluxo

❒ entrega fora de ordem permitida

❒ não é necessário suportar linhas multiponto

(e.g., polling)

Recuperação de erros, controlo de fluxo,

reordenação dos dados

relegados para camadas mais altas!

Ligação de Dados 5-101

PPP: Tramas de Dados

❒ Flag: delimitador (separar tramas)

❒ Endereço: não faz nada (apenas uma opção)

❒ Controlo: não faz nada; múltiplos campos de

controlo possíveis no futuro

❒ Protocolo: protocolo da camada superior a quem

entregar a trama (eg, PPP-LCP, IP, IPCP, etc)

Ligação de Dados 5-102


PPP: Tramas de Dados

❒ info: dados da camada superior a transmitir

❒ check: código cíclico (CRC) para detecção de erros

Ligação de Dados 5-103

PPP: Byte Stuffing

❒ requisito de “transparência de dados”: o campo de dados

tem de poder incluir o padrão da flag: <01111110>

❍ Q: quando se recebe <01111110>, são dados ou flag?

❒ Emissor: acrescenta (“stuff”) um byte extra < 01111101> de

escape antes de cada byte < 01111110> de dados.

Se aparecer um byte < 01111101> nos dados, este é

duplicado (também é precedido pelo byte de escape).

❒ Receptor:

❍ byte de escape < 01111101>: descarta-o, considera o

próximo byte um byte de dados. Um par de bytes de

escape < 01111101> é transformado num byte de escape

de dados

❍ único 01111110: byte de flag Ligação de Dados 5-104


PPP: Byte Stuffing

byte com

padrão da

flag nos

dados a

enviar

byte stuffed mais byte

com padrão da flag nos

dados transmitidos

Ligação de Dados 5-105

PPP: Protocolos de Controlo de Dados

Antes de trocar dados da

camada de rede, as entidades

pares da camada de ligação de

dados têm de:

❒ configurar a ligação PPP

(tamanho máx. de trama,

autenticação)

❒ aprender/configurar

informação da camada de rede

❍ para o IP: transportar msgs

do IP Control Protocol

(IPCP) (campo de protocolo:

8021) para configurar/

aprender o endereço IP Ligação de Dados 5-106


Capítulo 5: Sumário

❒ 5.1 Introdução e ❒ 5.6 Concentradores,

serviços pontes e comutadores

❒ 5.2 Detecção e ❒ 5.7 Ligações sem fios e

correcção de erros LANs

❒ 5.3 Protocolos de ❒ 5.8 PPP

acesso múltiplo ❒ 5.9 ATM

❒ 5.4 Endereços de LAN ❒ 5.10 Frame Relay


e ARP

❒ 5.5 Ethernet

Ligação de Dados 5-107

ATM: Asynchronous Transfer Mode

❒ standard dos anos 1990’s/00 para alto débito

(155 Mbps a 622 Mbps e mais elevado) da

arquitectura da Rede Digital com Integração de

Serviços de Banda Larga

❒ Objectivo: transporte integrado extremo a extremo

de voz, vídeo, dados

❍ cumprindo requisitos temporais/QoS da voz,

vídeo (versus modelo de melhor esforço da

Internet)

❍ telefonia de “próxima geração”: raízes técnicas

no mundo telefónico

❍ comutação de pacotes (pacotes de tamanho fixo,

chamados “células”) utilizando circuitos virtuais


Ligação de Dados 5-108
Arquitectura ATM

Sistema Terminal Comutador ATM Comutador ATM Sistema Terminal

❒ camada de adaptação: apenas na periferia da rede ATM

❍ segmentação/reassemblagem de dados

❍ grosso modo análoga à camada de transporte da

Internet

❒ camada ATM: camada de “rede”

❍ comutação de células, encaminhamento

❒ camada física Ligação de Dados 5-109

ATM: camada de rede ou de

ligação de dados?

Visão: transporte extremo a

extremo: “ATM de um

computador a outro

computador”

❍ o ATM é uma

tecnologia de rede

Realidade: utilizado para

interligar routers IP de

backbone

❍ “IP sobre ATM”

❍ ATM como camada de

ligação de dados comutada,

ligando routers IP
Ligação de Dados 5-110
ATM Adaptation Layer (AAL)

❒ ATM Adaptation Layer (AAL): “adapta” camadas

superiores (IP ou aplicações nativas ATM) à camada

ATM por baixo

❒ AAL presente apenas nos sistemas terminais, não nos

comutadores

❒ segmento da camada AAL (campos de cabeçalho/

cauda, dados) fragmentado por múltiplas células ATM

❍ analogia: segmento TCP em muitos pacotes IP

sistema terminal comutador ATM comutador ATM sistema terminal

Ligação de Dados 5-111

Camada de adaptação ATM (AAL) [mais]

Diferentes versões de camadas AAL, dependendo da classe

de serviço ATM:

❒ AAL1: para serviços CBR (Constant Bit Rate), e.g. emulação de circuito

❒ AAL2: para serviços VBR (Variable Bit Rate), e.g., vídeo MPEG

❒ AAL5: para dados (eg, datagramas IP)

Dados do Utilizador

subcamada de

convergência

PDU AAL

subcamada

SAR

célula ATM (Segmentation

And Reassembly)

Ligação de Dados 5-112


AAL5 - Simple and Efficient AL

(SEAL)

❒ AAL5: AAL de baixo overhead que é

utilizado para transportar datagramas IP

❍ CRC de 4 bytes

❍ PAD garante que a CPCS-PDU (Common Part

Convergence Sublayer Protocol Data Unit)

tenha uma dimensão múltipla de 48 bytes

❍ unidades de dados AAL5 de grande dimensão

são fragmentadas em células ATM de 48 bytes

Ligação de Dados 5-113

Camada ATM

Serviço: transportar células pela rede ATM

❒ análogo à camada de rede IP

❒ serviços muito diferentes dos da camada de rede IP

Garantias ?
Arquitectura Modelo de Informação de
de Rede Serviço L. de Banda Perdas Ordem Tempo Congestão

Internet melhor nenhuma não não não não (inferida


esforço pelas perdas)
ATM CBR ritmo sim sim sim sem
constante congestão
ATM VBR ritmo sim sim sim sem
garantido congestão
ATM ABR mínimo não sim não sim
garantido
ATM UBR nenhuma não sim não não
Ligação de Dados 5-114
Camada ATM: Circuitos Virtuais (VC)

❒ transporte em VC: células transportada num VC da fonte até

ao destino

❍ estabelecimento de ligação por cada chamada antes que os dados

possam fluir, desconexão no fim

❍ cada pacote transporta um identificador de VC (não um ID do

destino)

❍ cada comutador no caminho fonte-destino mantém “estado” para cada

ligação que passa

❍ recursos das linhas, comutadores (largura de banda, buffers) podem

ser reservados para um VC: para obter desempenho tipo circuito.

❒ VCs Permanentes (Permanent Virtual Circuit, PVCs)

❍ ligações de longa duração

❍ tipicamente: caminho “permanente” entre dois routers IP

❒ VCs Comutados (Switched Virtual Circuit, SVC):

❍ estabelecidos dinamicamente por cada chamada Ligação de Dados 5-115

VCs ATM

❒ Vantagens da aproximação de VC do ATM:

❍ garantia de desempenho de QoS para a ligação

mapeada para o VC (largura de banda, atraso,

jitter (variação do atraso))

❒ Desvantagens da aproximação de VCs do ATM:

❍ suporte ineficiente de tráfego de datagramas

❍ um PVC entre cada par de fonte/destino não

escala (necessárias O(N ) ligações)


2

❍ um SVC introduz latência no estabelecimento de

ligação, sobrecarga de processamento para

ligações de curta duração

Ligação de Dados 5-116


Camada ATM: célula ATM

❒ cabeçalho ATM de 5 bytes

❒ campo de dados de 48 bytes

❍ Porquê: pequeno campo de dados -> pequeno

atraso na criação da célula para voz digitalizada

❍ a meio caminho entre 32 e 64 (compromisso!)

Cabeçalho

da célula

Formato

da célula

Ligação de Dados 5-117

Cabeçalho da célula ATM

❒ VCI: virtual channel ID (ID de canal virtual)

❍ muda de linha para linha ao longo da rede

❒ PT: Payload type (e.g. célula RM versus célula de dados)

❒ CLP: bit de Cell Loss Priority

❍ CLP = 1 implica célula de baixa prioridade, pode ser

descartada se houver congestão

❒ HEC: Header Error Control

❍ código cíclico para controlo de erros

Ligação de Dados 5-118


Camada Física de ATM

Duas partes (subcamadas) da camada física:

❒ Subcamada de Convergência para a Transmissão

(Transmission Convergence Sublayer, TCS): adapta a

camada ATM acima para a subcamada PMD em baixo

❒ Subcamada do Meio Físico (Physical Medium Dependent):

depende do meio de transmissão utilizado

Funções TCS:

❍ Geração do checksum do cabeçalho: CRC de 8 bits

❍ Delimitação de células

❍ Com subcamadas PMD “não estruturadas”, transmissão

de células vazias quando não há células de dados para

transmitir. Ligação de Dados 5-119

Camada Física de ATM (mais)

Subcamada do meio físico (Physical Medium

Dependent, PMD)

❒ SONET/SDH: estrutura de trama de transmissão (como

um contentor transportando bits);

❍ sincronização de bit;

❍ partição de largura de banda (TDM);

❍ vários ritmos: OC3 = 155.52 Mbps; OC12 = 622.08 Mbps;

OC48 = 2.45 Gbps, OC192 = 9.6 Gbps

❒ T1/T3: estrutura de trama de transmissão (antiga

hierarquia telefónica): 1.5 Mbps/ 45 Mbps

❒ não estruturada: apenas células (ocupadas/vazias)

Ligação de Dados 5-120


IP-Over-ATM
IP sobre ATM

Apenas IP clássico ❒ substitui “rede” (e.g.,

❒ 3 “redes” (e.g., segmento LAN) por

segmentos de LAN) rede ATM

❒ endereços MAC ❒ endereços ATM,

(802.3) e IP endereços IP

rede

ATM

LANs LANs

Ethernet Ethernet

Ligação de Dados 5-121

IP-Over-ATM

Problemas:
rede

Datagramas IP para
ATM

PDUs AAL5 de ATM

❒ de endereços IP para

endereços ATM

❍ tal como

endereços IP para
LANs
endereços MAC
Ethernet
802.3!

Ligação de Dados 5-122


Caminho de um Datagrama numa rede IP sobre ATM

❒ no sistema terminal fonte:

❍ a camada IP mapeia entre os endereços de destino IP, ATM

(utilizando ARP)

❍ passa o datagrama ao AAL5

❍ o AAL5 encapsula os dados, segmenta em células, passa à camada

ATM

❒ na rede ATM: transmite as células pelo VC até ao destino

❒ no sistema terminal destino:

❍ o AAL5 junta as células para obter o datagrama original

❍ se o CRC estiver OK, o datagrama é passado ao IP

sistema terminal comutador ATM comutador ATM sistema terminal

Ligação de Dados 5-123

Capítulo 5: Sumário

❒ 5.1 Introdução e ❒ 5.6 Concentradores,

serviços pontes e comutadores

❒ 5.2 Detecção e ❒ 5.7 Ligações sem fios e

correcção de erros LANs

❒ 5.3 Protocolos de ❒ 5.8 PPP

acesso múltiplo ❒ 5.9 ATM

❒ 5.4 Endereços de LAN ❒ 5.10 Frame Relay


e ARP

❒ 5.5 Ethernet

Ligação de Dados 5-124


Frame Relay

Tal como o ATM:

❒ tecnologias de rede de área alargada (WAN)

❒ orientados a circuitos virtuais

❒ origens no mundo das redes telefónicas

❒ podem ser utilizadas para transportar

datagramas IP

❍ podem, por isso, ser vistas como camadas

de ligação de dados pelo protocolo IP

Ligação de Dados 5-125

Frame Relay

❒ Concebido no fim dos anos 80, largamente difundido

nos anos 90

❒ Serviço Frame Relay:

❍ sem controlo de erros

❍ controlo de congestão extremo a extremo

❍ uma versão simplificada da rede X.25, a primeira

rede pública de comutação de pacotes

comutador

frame relay
Ligação de Dados 5-126
Frame Relay (mais)

❒ Desenhado para interligar LANs empresariais de clientes

❍ tipicamente VC’s permanentes: “linha” transportando o

tráfego agregado entre dois routers

❍ VC’s comutados: tal como em ATM

❒ cliente empresarial aluga serviço FR da rede pública

Frame Relay (eg, Sprint, ATT)

camada 3

camada 2

endereçamento e

encaminhamento

de tramas,

notificação de

congestão

Ligação de Dados 5-127

Frame Relay (mais)

flags address data CRC flags

❒ Bits de flag, 01111110, delimitam a trama

❒ endereço:

❍ campo VC ID de 10 bit

❍ 3 bits de controlo de congestão

• FECN: forward explicit congestion

notification (a trama sofreu congestão no

caminho)

• BECN: backward explicit congestion

notification (congestão no caminho inverso)

• DE: discard eligibility

Ligação de Dados 5-128


Frame Relay - Controlo de Ritmo num VC

❒ Committed Information Rate (CIR)

❍ definido, “garantido” para cada VC

❍ negociado no estabelecimento do VC

❍ o cliente paga com base no CIR

❒ bit DE: bit Discard Eligibility

❍ comutador FR da periferia mede o ritmo do tráfego

para cada VC; marca o bit DE

❍ DE = 0: alta prioridade, trama que cumpre o ritmo;

entregar a “qualquer custo”

❍ DE = 1: baixa prioridade, elegível para ser

descartada se houver congestão


Ligação de Dados 5-129

Frame Relay - CIR & Marcação de tramas

❒ Ritmo de Acesso: ritmo R da linha de acesso entre

o router fonte (cliente) e o comutador FR da

periferia (fornecedor); 64Kbps < R < 1,544Kbps

❒ Tipicamente, muitos VCs (um por router de

destino) multiplexados na mesma tronca de acesso;

cada VC tem o seu próprio CIR

❒ O comutador FR da periferia mede o ritmo de

tráfego para cada VC; marca (ie DE = 1) tramas

que excedem o CIR (estas podem ser depois

descartadas)

❒ Os serviços diferenciados da Internet, que são

mais recentes, usam ideias semelhantes

Ligação de Dados 5-130


Capítulo 5: Sumário

❒ princípios por trás dos serviços da camada

de ligação de dados:

❍ detecção de erros, correcção

❍ partilha de um meio de difusão: acesso múltiplo

❍ endereçamento de ligação de dados, ARP

❒ tecnologias de ligação de dados: Ethernet,

concentradores, pontes, comutadores, LANs

IEEE 802.11, PPP, ATM, Frame Relay

❒ próxima paragem : multimédia.

Ligação de Dados 5-131

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