Você está na página 1de 10
ee Principais correntes de estudo da criatividade e suas relagd6es com o esporte RESUMO Este trabalho tem como objetivo apresentar os * diferentes pensamentos e visdes sobre criatividade, bem como relacioné-los com 0 esporte de uma forma geral. A visio mistica, pragmitica, cognitiva, psicométri criatividade, bem como seus principais conceitos ¢ linhas de pensamentos, siio apresentados de forma sistematica ¢ sucinta ao relacioni-los com 0 fendmeno esportivo. Apresentam-se ainda novas persp UNITERMOS: eriatividade, jogos coletivos, comportamento criativo, processos cognitivos, personalidade. ABSTRACT This study aims fo present the different approaches about creativity and its correlations with sport. The + mystical, pragmatic, psychodynamic, cognitive, psychometric, and social view of creativity as well as your main concepts and visions are presented ° systematically aiming to correlate them with the * sport phenomenon. The new trends about the paradigms that involve the present study of creativity are approached also. UNITERMS: creativity, collective games, creative ~ behavior, cognitive process, personality social da ivas sobre os paradigmas que > envolvem o estudo da eriatividade na atualidade. | Dietmar Martin Samulsk! Franco Noce ‘Varley Teoldo da Costa? 4-INTRODUGAO Scaunnlo STERNBERG & LUBART (199) actividad um assunto abrangente, complexo e & importante «em todas as esferas da vida humana para o dominio de tarefas, Estas esferas podem se dar no plano individual ou social No nivel individual, a criatividade € relevante quando pessoa esti resolvendo problemas no trabalho e na vida dria, No nivel social, a criatividade pode levar para novos achados cientificas, novos movimentos, em arte, novas invengdes tecnoldgic: programas sociais. A importancia econdmica da criatividade esté clara porque novos produtos © servigos criam trabalhos. Além disso, individuos, organizagoes ¢ sociedade devem adaptar-se aos recursos existentes e ds varidveis de demandas de tarefas para permanecer competindo no mercado (STERNBERG & LUBART, 1999) © novos No esporte niio poderia ser diferente, a criatividade se manifesta no sentido de algo inesperad, inovativo ou fora dos padrdes normais de ago que o atleta consegue realizar na modalidade em que le esti inserido. Dentro do esporte, principalmente nos jogos coletivos, ‘como por exemplo voleibol, usa, basquete, handebol € futebol de campo, & sonho de qualquer clube € téenico poder contar em sua equipe com jogadores riativos e capazes de solucionar problemas de onder téenico-titica e de criar novas jogadas Jogadores criativos sem dlivida, na maioria das vezes, io o diferencial entre um resultado positive ¢ uma derrota. Qual clube de futebol nfo gostaria de contar com um Romiéio? Qual equipe de basquete no queria, ter um Michael Jordan dentro de seu elenco? E no Movimento futsal mundial, que equipe dispensaria os servigos de um Manoel Tobias? Para esses atltas no faltam elogios e atributos, como serem jogadores criativos, fora de série, craques, génios, enfim, uma série de adjetivos que tentam. enaltecer o diferencial que 0s mesmos provocam quando esti competindo dentro de suas modalidades. Porém, 0 que se nota & que esse tipo de atleta esti cada vez mais escasso e precioso na atual conjuntura do esporte mundial, devido a uma série de varidvei dentre elas a constant evolugao profissional que vem sofrendo os esportes de um modo geral ‘Segundo HAMSEN & SAMULSK I (1999) aciatvidade um objeto de estudo que desperta muita curiosidade para os cientistas que pprocuram desvendar os Imistérios deste No esporte nito poderia se1 diferente, a criatividade se|fenémeno to complexo. Pensando esta otica, sto as lcorrentes ¢ os cientistas lque propoem a ‘manifesta no sentido de algo sobre inesperado, inovativo ou fora dos padres normais de agao} vrios que 0 atleta consegue realizar .cidar a ciatvidale wba * ‘na modalidade em que ele esti ica do esporte inserido, ‘A seguir sero apresentadas € discutidas as principais comrentes de criatividade € como elas se manifestam dentro do esporte de uma forma geral. 2. PRINCIPAIS CORRENTES DO ESTUDO DE CRIATIVIDADE 2.1- Corrente 5 Segando STERNBERG & LUBART (1999) as origens do estudo de cratividade foram baseadas na tradiglo do misticismo ¢ espiritismo, o qual parecem estar istanciadas do espirito cientifico. Pama estes autores, a ctiatividade sempre que tem sido investigada faz associagies com as crengas misticas. Os mais antigos relatos de criatividade foram baseados na intervengao dlivina, A pessoa criativa foi vista como um vaso vazio ‘que um divino existente encheria com inspiragio. O 58 individuo depois exteriorizaria as idéias inspiradas, formando um produto de outro mundo, Nesta linha, Plato discutiu que um poeta & capaz de forma o trabalho sistemético para o desenvolvimento «a capucchr cristva, segundo HAMSEN&: SAMULSKI (1999) fica relegado a segundo plano, Entendemos que somente através de um trabalho procura-se explcaro fervimeno da criatividade dentro dda corrente psicodinimica. Baseado na idéia que a ciatividade surgi da tensio entre realidade consciente ‘€ uma viagem inconsciente, Freud (1908,1959), citado © por STERNBERG & LUBART (1999), proptis que £ ‘scritores ¢ artistas produiam seus trabalbos criativos como uma forma de expressar seus desejos inconscientes de uma maneira publicamente aceitavel, 1 De acordo com Vermon (1970), eitado por STERNBERG & LUBART (1999), elementos "No esporte é comum{flacionados como? Idesejos_ inconscientes. da Imente humana. No lesporte © © comum de virios atletas que. destacaram em determinadasepcervarmos. estudos de = modalidades esportivas.leasos de vérios atletas determinadas modalidades ! lesportivas. _Algumas Idestas Dibliogratias lesportivas todavia nto lapresentam —parmetros 7 que os identifiquem plenamente dentro de uma conotago cientifia. esportivas todavia nao| identifiquem plenamente| dentro de uma conotacao| cientifica. Pesquisadores como MORAES eal (1999) e SALMELA (1995) dentro de suas linhas de pesquisa através de natise qualitativa no esporte acreditam que estudando a histéria de vida de atletas como Pelé, Garrincha, 7 Michael Jordan, Oscar Schmidt ¢ outros tonar-se-i * possivel entender melhor os processos que os fizeram ‘destaque em suas modalidades. Out fator levantado & que através do entendimento e explicagio das 7 diferentes variveis intervenientes ¢ que foram influenciadas por estes “experts”, sera possivel a cconstrugdo de modelos tedricos capazes de auxiliar ‘no entendimento do fendmeno da criatividade not esporte. 2.4- Corrente cognitiva: ‘Segundo STERNBERG & LUBART (1999), a corente cognitiva, como via de acesso para a criatividade, procura entender as representagdes mentais € 0 processo subordinado ao pensamento criativo. Tem- se estudado a cognigio e a criatividade através de sujetos humanos ¢ simulagSes computadorizadas do pensamento eriativo. FINKE etal (1992) tém proposto o que eles chamam. de “modelo Geneplore”. De acordo com este modelo existem duas principais fases no proceso do pensamento criativo. Uma fase generativa onde 0 individuo constndi representagSes mentais referente a estruturas prévias. Estas estruturas tem propriedades ‘que promovem descobertas crativas, Uma outra fase denominada exploratiria em que estas propriedades io usadas para propor idéias criativas, O niimero de processos mentais que podem entrar dentro desta fases de invengiescriativas incluem 0s processos de recordagio, associaglo, sintese, transformagio, transferéncia por analogia e redugio categorial, WEISBERG (1986,1993) prope que a cratividade envolve essencialmente processos cognitivos usuais produindo produtos extraondinarios. Nos esportes de um modo geral principalmente no Yoleibol, o produto criativo ou jogada criativa esta muito relacionado a eficiéneia © preciso que um Jogador possui para executar ou variar determinada técnica, (COSTA et al 2000:104). Alguns técnivos, dentro do esport, procuram aplicar métodos de treinamento relacionando os processos psiquicos para otimizagao de agdes criativas de seus atletas. Para tanto utilizam situagdes pritieas que envolvem processos mentais de recordagio, associagio, antecipagio, transferéncia por analogia © tomada de decisio. Estas situngBes so oferecidas aos alletas na forma de exereicios que promovam estas habilidades. (Os defensores da teoria de processamento de informagies acreditam que com estimulos vivenciados * por estes atletas na pritica é possivel otimizar 0 + desenvolvimento do potencial erative (ver SCHMIDT. 1993, MAGILL1984) 2.5- Corrente da personalidade soci: Paralelamente 3 via cognitiva, a personalidade social 6 uma das vias para se compreender os processos, criativos. As caracteristicas relacionadas a tragos de personalidade, aspectos motivacionais e 0 envolvimento sociocultural io vatiiveis importantes, dentro da personatidade social (STERNBERG & + LUBART1999). : Estudos de AMABILE (1983); GOUGH (1979) © -MACKINNON (1965) tem observado que extos tragos de personalidade normalmente caracterizam pessoas 2 criativas. Pessoas com tragos de julgamento > independente, autoconfianga, atragio pela complexidade, orientagio para o carter estético (beleza, plasticidade), periculosidade possuem uma + probabilidade maior de serem criativas : STERNBERG & LUBART (1999) citam estudos de + Maslow nos quais os tragos de audicia, coragem, + liberdade, espontaneidade, auto-aceitagdo podem + orientar a pessoa na percepeio da totalidade de seu potencial. : [Estudos de AMABILE (1983), CRUTCHFIELD (1962) e GOLLAN (1962) relacionam a motivagdo ea auto- motivagdo com a cratvidade, Segundo estes autores + a motivagao intrinscea serve para ordenar e fazer com + que haja o progresso em determinadas ages. ‘Trabalhando de forma paralela com a via cognitiva, * a comrente da personalidade social tem desenvolvido % cestudos sobre a motivago inrinseca (AMABILE 1983; HENNESSEY & AMABILE, 1988), Segundo estes, possivel, através do treinamento motivacional ¢ outras técnicas, regular 0 nivel de motivagio © observar os efeitos na performance criativa de tarefas tais como escrever poemas ¢ fazer colagens. : autores & Pesquisas comparando diferentes culturas (LUBART, 1990) ¢ estuios de casos antropoligicos (MADURO, 1976; SILVER, 1981) demonsiraram que existe uma grande variabilidade cultural na expresstio da criatividade. As principais conclusdes, segundo esses cstudos, tém demonstrado que estas culturas diferem simplesmente na quantidade © no valor empreendido a criatividade. No voleibol existem estudos interculturais sobre a criatividade, com atletas de diferentes paises, que procuram investigaras relages cultura € 0 conceitos sobre criatividade de jogo criativo, produto eriativo ‘©0 que so as caracteristicas de um jogador exiativo (ver ROTH, RAAB, GRECO, 1998), 2.6- Corrente psicométriea: AS pesquisas que envolvem a psicometria da cratividade tém recebido criticas positivas e negativas de varios cientistas da dea, Destacaremossa seguir as Drincipais colocagies destes estudiosos em relagdo ao estudo da criatividade através desta linha de Pesquisa, relacionando os proce: Ascriticas positivas da revolugao psicométrica de _mensuragio de criatividade Sio que através delas foi vel preparar um restmo de idtias que tomaram, possivel também a criagao de "scores" que permitem ataxagiio de varios esquemas ¢estruturas (ver ROTH, RAAB,GREOD 19%). Alguns autores, dentre eles STERNBERG (1986), vem, .utilizago da psicometria dentro dos estudos de caiatividade como algo extremamente negativo. Eles afirmam que avaliago escrita & trivial e niio retratam a realidade de algumas situagies como, por exemplo, nos jogos esportivos coletivos. AMABILE (1983) afirma que 0s eritérios de "score", flexiblidade, fluéncia, originalidade e elaboragdo s falhos © passiveis de erros por parte de seus organizadores. Alguns téenicos, dentro do lesporte, procuram aplicar Imétodos de treinamento ios |psiquicos para otimizagiio de lacdes criativas de seus atletas. o STERNBERG & LUBART (1996) ejetam a cringio de niveis para se modir a criatividade, sugerindo que este ‘componente nio pode e nao deve ser mensurado através de dados quantitativos. Entendemos que a corrente psicométriea vem de encontro no sentido de ajudar a solucionar os problemas relacionados @ atletas criativos nos diferentes esportes. GUILFORD (1966), um dos. ‘grandes pescquisadores da frea da cratividade, prope que este tema deve ser estudado com toda a sua subjetividade através da utilizagio de vias psicométricas, Através de testes que envolvem tarefas escritas, sugeridas por Guilford, foi possivel escalonar individuos dentro de ives de eriatvidade. GUILFORD (1966) identificou em uma grande variedade de estudos, através de processos estatistioos de smultifatorial, de 120 Jcapacidades biisieas que andlise mais Extendemos que acorrentd cre i criatividade, psicométrica vem de encontrolentre estas algumas no sentido de ajudar aldisposigdes como solucionar os problemas) originalidade, relacionados a atletas criativos|lexibilidade e as diferentes esportes ntnuidade do pensamento assumem ‘um papel central ‘TORRANCE (1974), subsidiado pelos trabalhos de Guilford desenvotveu 0 Teste de Pensamento Criativo de Torrance. O Tes baseado em tarefas simples (verbal/figurai) que envolvem pensamento divergente mais habilidades para solucionar problemas. de Torrane: O teste de Torrance & composto por quatro varidveis fundamentais: + Fluéneia ou continuidade: refere-se ao nimero total de respostas relevantes & sua adequagao + Flexibilidade: neste item é observado o niumero de diferentes categorias de respostas relevantes. * Originalidade: destaca-se particularmente as novidades, os aspectos pouco comuns, a forga da 62 inovagaio, como também a exclusividade com que se carateriza a agio. + Elaboragio: neste item observa-se a quantidade e a qualidade de detalhes da resposta Alguns subtestes so incluidos dentro da bateria de avaliagio de Torrance visando uma maior confiabilidade dos resultados avaliados anteriormente. Os subtestes sio divididos em 4 categorias: *+ Questdes escritas: o testando escreve todas as quests que ele pode pensar sobre determinada cena. + Desenvolvimento do produto: o testando lista outras alternativas de solucionar aquela situagio de {jogo que the foi apresentada, + Uso pouco comum: 0 testando lista usos interessantes e pouco comuns de uma determinada agio. ircunferéncias/cireulos: o testando através de associagies espalhia circulos vazios de diferentes desenhos ¢ nomeia-os. Estudo de GRECO (1995) avaliando 0 comportamenio titico em Handebol, afirmam que a estrutura do rendimento nos jogos esportivos coletivas esta baseada ‘a interagio de seus componentes, sendo que a énfase destes na competigio & dada pelas capacidades psiquicas (regulagdo das agdes), pelas capacidades, téenicas (coondenacio motora) e pelas capacidades s (claborago de resposta, e tomada de decisso) «em fungao da propria situa30 de jogo. GRECO et al (1998) nos Jogos da Juventude de 1997 avaliaram 0 nivel de conhecimento titieo nas ‘modalidades futsal, voleibol ¢ handebol de 614 jovens, ailetas do sexo masculino ¢ feminino na faixa etiria de 14.217 anos de idade. Os procedimentos utilizados por GRECO et al (1998:83) constam de situagdes tipicas de jogo nas ‘modalidades futsal, handebol e voleibol apresentadas «em formas de diagramas, fotos, slides e video; onde © atleta deve escolher uma altemativa de solucio ou la resposta ao problema e posteriormente ju As jusificativas eram analisadas dentro dos parimettos, fluéncia ou continuidade, flexbilidade, originalidade claboragao, ficando 0 produto criativo dependent. + Movimento da efi da agdo,(ver GRECO 1998), PAULA (2000) desenvolveu, construe validou um 2 teste para avaliar a capacidade de decisdo titica e 0 cconhecimento declarative em situagies de ataque no ‘oleibol, analsando a forma como este instrumento foi = construido observamos caracteristicas redundantes de 1 tragos da corrente psicométrica de estudo da criatividade, Conforme consideragdes feitas pelos estudos de GRECO (1995), ROTH et al (1998), PAULA (2000), verificamos que 0 conhecimento titico depende de uma série de processos cognitivos envolvendo por + exemplo parimetros relacionados ao pensamento 7 criativo, a inteligéncia de jogo e outros aspectos cognitivos como a tomada de decisto, pensamento divergente e convergente. : Apés estas andlises observamos que a corrente Psicométrica de estudo da criatividade possui uma relagaio forte com o esporte, sendo que a cada dia + surgem novos trabalhos cientificos que tentam avaliar 7 parametros como (criatividade, inteligéncia de jogo, tomada de decisio) dentro das modalidades ‘conhecimento seni possivel construir um arcabougo de respostas que permitam responder as principais, ‘perguntas envolvendo a criatividade e o esporte em suas diferentes concepgdes (reereacional, educacional, adaptado e de rendimento) Pesquisas recentes apontam para una nova perspectiva, através de estudos multidimensionais que procuram avangar em diferentes esferas do potencial criativo do individu (CSIKSZENTMIHALYL, 19882; 1988b; LDHUSEN & GOH, 1995; FELDMAN, 1990; GARDNER, 1988, 1993; SIMONTON, 1988; STERNBERG & LUBART, 1996), ‘O camino proposto por CSIKZIEN TMIHALY 1 (1988, 1988b, 1990) é atualmente mais interativo porque cenfatiza anecessidade de considerar © individuo, o dominio 0 campo como um dinamico grupo de influéneias miituas. Dentro da visio do esporte esta teoria & perfeitamente A maioria das pesquisas em criatividade sto unidimensionais, que as descobertas das negligenciando virios aspectos. Esta tendéncia tem feito com compreensivel, pois | Pesquisas sejam distorcidas, através das diferentes | que somente através de uma correntes | tinica corrente nao é possivel esportivas, 3- CONCLUSOES E CONSIDERAGOES FINAIS: ‘Apés uma breve e sucinta descrigao das principai correntes de estuso da criatividade, bem como suas correlagdes com o esporte, & de nosso interesse © objetivo sensibilizar os pesquisadores da rea para a * necessidade de se promover mais estudos e discussdes + que ajudem a elucidar as relagies entre a criatividade > eoesporte, idade sdo + ‘A maioria das pesquisas em tendéncia tem feito com que as descobertas das, pesquisas sejam distorvidas, jé que somente através de uma dinica corrente no & possivel explicar um fendmeno complexo, muito menos relacioni-lo com. oesporte. Precisamos compreender que somente através de > agdes integradas entre diferentes campos do sobre conceped explicar um fenimeno ctatividade épossivel | complexo, muito menos compreender como | etaciond-lo com o esporte. atleta criativo (individuo), que ‘possui determinadas caracteristicas (dominio) de corde técnica, ttica,fisica psicolbgica que o difere de outros atetas, se enquadra dentro uma determinada ‘modalidade esportiva (campo). través da confluéncia de varias teorias poder-se-A estabelecer um caminho mais promissor para 0 desenvolvimento de um modelo dimensional, mais explicito do processo eriativo, que envolva as particularidades especificas de cada modalidade esportiva. ‘Apés esta breve abordagern e mediante uma extensa revisio bibliogrifica na rea conelui-se que: + Nao existem comprovagSes que pemmitam afirmar jentificamente que a eriatividade pode ser * desenvolvida nos atletas de uma forma geral. > + Sabe-se muito pouco sobre a treinabilidade de elementos relacionados ao desenvolvimento da cviatividade e do produto criativo, ou seja, ainda * estamos caminhando em fundamentagdes tedricas + que no conseguem explicar o fendmeno da catividade em todas as suas dimensGes no esporte + Poucas pesquisas esto voltadas para o estudo da * criatividade, Somente 0,5% das publicagies, no 1 periodo de 1975 a 1994, na drea de psicologia so vollados para o estudo da cratvidade (STERNBI & LUBART, 1999:3). Com base nesta afirmacio, ‘observa-se que poucos slo os pesquisadores que se > atrevem, através de trabalhos cientificos, oferecer ‘caminhos e subsidios que elucidem as relagbes entre 6 esporte ¢ a criatividade. : +E pequeno o corpo de conhecimentos, concepgdes, vocabulirios tecnologias e téenieas de mensuraggio teérica e pritica que permitam estabelecer relagdes seguras e confidveis, do ponto de vista cientifico, entre + acriatividade e o esport. Embora estejamos longe de uma explicagao adequada para 0 avango criativo, temos em nossa frente um 2 campo de investigagao produtivo que comegou a ser. cexplorado ao longo destas dcadas. Porém, este & um processo dificil de que trlha eaminhos nem sempre ‘sio claros e consistentes, principalmente dentro do. ‘esporte, que ¢ apenas uma das facetas deste imenso universo que atua a criatividade, Contudo estamos cons jentes que, através do ‘embasamento cientfico proporcionado pelos varios enfoques das diferentes correntes de estudo da criatividade, sera possivel chegarmos a pontos, confluentes da criatividade dentro do esporte. 4- REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: AMABILE, TM. The social psychology of + creativity. New York: Springer. Verlag. 1983. (COSTA.V-T:NOCE,£-SAMULSKI, D. M. Ani dos conceitos de eriatividade e inieligéncia de jogo? de jogadores de voleibol de alto nivel (Superliga > 97/98 Brasileira): Um estudo comparativo entre ggneros, SEMANA DE INICIACAO CIENTIFICA, DAUFMG 9, 2000, Belo Horizonte, Resumnos dda IX Semana de Iniciagio Cientifica da UFMG. Belo Horizonte: Imprensa Universitaria, p.104,2000. CRUTCHFIELD, R. Conformity and creative thinking. In: GRUBER, H1.; TERRELL, G.; WERTHEIMER, M. (Eds). Contemporary approaches to creative thinking. New York: Atherton, 1962. p.120-140, CSIKSZENTMINALY!, M. Motivation ane creativity: ‘Toward a synthesis of structural and energistie approaches to cognition, New Ideas in Psychology, 6,1988a. p.159-176. CSIKSZENTMIHALYL, M. Society, culture, and person: A system view of creativity. In: STERNBERG, R. (Ed). The nature ofereativity Cambridge University Press. 1988b, p. 325-339. CSIKSZENTMIHALYL M. The domain of creativity In: RUNCO, M; ALBERT, R. (Eas). Theories of creativity. Newbury Park, CA Sage, 1990. p.190- 212. DE BONO, E. Lateral thinking for ‘management. New York: MeGraw-Hill,1971. DE BONO, E. Six thinking hats. Boston: Lide, Brouwn,1985, DE BONO, E. Serious creativity: Using the power of lateral thinking to create new ideas. New York: HarperCollins, 1992, FELDMAN D. H. Four frames for the study of creativity. Creativity Research Journal, 2:104- 111,190, FELDHUSEN J. F.; & GOH BE. ye and essing Creativity: An interpretive review of theory, research, and development, Creativity Research Journal, 8: 1995. p. 231-247. FINKE, R.A; WARD, TB; & SMITH, S. M, Creative Cognition: Theory Research and applications. Cambridge, MA: MIT Press, 1992 GARDNER, H. Creative lives and creative works: A synthetic scientific approach. In: STERNBERG R. (ed) The nature ofereativity. Cambridge: University Press, 1988. p.298-324. GARDNER, H. Frames of mind. New York: Basic, 1983/1993. GRECO, P. J. Ensino do comportamento titico nos Jogos Esportivos: Aplicagao no Handebol. + Movimento ‘Campinas: Faculdade de Educagio da UNICAMP, 1995 (Tese de doutoramento em Educagiio) GRECO; COSTAV.T; NOCE, Fs et al. Anil do nivel de conhecimento titico: voleibol, hhandebol, futsal. In: Resultado da Avaliacao + dos Jogos da Juventude 1997. Brasilia: INDESP, p.81-102,1998. GOLLAN, S. E. The creativity motive. Jounal oj Personality, 30:1962. p.588-600, GOUCH, H. G, A creativity scale for the adjective check list. Journal of Personality and Social * Psychology, 37:1979.p. 1398-1405. GUILFORD, J.P. Intelligence: 1965 modell. American psychologist, 21: 1966.p.20-26, HAMSEN, L & SAMULSKI D. Andlise qualitativa de processas criativos no Jutebolprofissional. Probal: Heidelberg. 1999. HENNESSEY B. A. & AMABILE, TM. The conditions of creativity. Inz STERNBERG, R. (ed). Thenatre of creativity. Cambridge: University Pre 1988.p. 11-38. LUBART, T. L Creativity and cross cultural variation, International Journal of Psychology, 25:1990 p. 39-59, MACKINNON, D. W. Personality and the realization of creative potential. American Psychologist. 20:1965.p. 273-281 MADURO, R. Anistie creativity in a Brahmin painter community. Research monograph 14, + Berkeley: Center for South and Southeast Asia Studies, University of Califia. 1976, MAGILL, R. prendizagem motora: conceitos e aplicagoes. Sao Paulo: Edgard Blicher, 1984 MORAES, LC-DURAND-BUSH N; SALMELAJ. H. Modelos de desenvolvimento de talentos, In: SAMULSKL D. M(Ed). Novos Conceitas em Treinamento Esportivo. Brasilia : Indesp,1999 p. 173-190. OSBORN, A F. Applied imagination (Ed). New York: Scribner's 1953. PAULA P. Processo de Validacio de teste para avaliar a capacidade de decisao tética e 0 declarativo no voleibol. conhecimento situagdes de ataque de rede. Belo Horizonte: Escola de Educagio Fisica da UFMG, 200.189 p. (Dissertago de mestrado em Educagio Fisica/Treinamento Esportivo) ROTH, K; RAAB, M,; GRECO, P.O modelo da incubagdo incidental (MI): um estudo semi- experimental sobre o desenvolvimento da criatividade de jovens esportistas brasileiros e alemées. In: RELATORIO do projeto de intercimbio de pesquisadores com a RFA 2 Apoiodo programa PROBRAL convénio CAPES- 1 DAAD, 1998. ROTHENBERG, A. & HAUSMAN, CR. (Eds) The creativity question. Durham, NC: Duke University Press. 1976, SALMELA, 1H. Leaming from the development of expert couches. Coaching and Sport Science Journal, n2 v.2,1995.p.3-13. SCHMIDT R. A. Aprendizagem e Performance Motora: dos prineipios & pritiea. Sio Paulo Movimento, 1993- 309 p. SILVER, H. R. Cateulations risks-. The socioeconomic foundations of aesthetic innovation in na Ashante carving community: + Ethnology, 9.20 v.2, 1981.p.101-114, SIMONTON, D. K. Creativity, leadership, and chance. In: STERNBERG, R. (ed) The nature of creativity. Cambridge University Press. 1988. p.386426, STERNBERG, RJ. Intelligence Applied: Understanding and increasing your ‘ncellecualskils. San Diego: Harcourt; Brace, Jovanovich, 1986, STERNBERG, R & LUBART, T.imvestng incretivy. American Psychologist, 51, 1996. p.677-688, STERNBERG, RJ. LUBART T1L. The concept of {creativity prospects and paradigms. In: STERNBERG, R. (Ed), Handbook of Creativity, cap 1, Melbourne, 1999 p.3-15. TORRANCE, E. P. Torrance Tests of Creative Thinking. Lexington, MA: Personne! Press, 1974 + WEISBERG, R. W. Creativity, genius and other ‘myths, New York: Freeman, 1986. WEISBERG, R. W. Creativity: Beyond the myth of + gemius. New York: Freeman, 1993. + NOTAS ‘, Coordenador do Laboratério de Psicologia do Esporte (LAPES: 2 ufing. br ® ENDEREGO PARA CONTATO 2 Coordenador do Laboratério de Psicologia do Esporte do UNILESTE-MG. + Av. Presidente Carlos Luz, 4664. B. Pampulha. fnoce2000@yahoo. com. br Belo Horizonte-MG CEP331310-180. *. Professor da Universidade de Itaiina - MG. varley @cenesp. eef. ufing. br

Você também pode gostar