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Amnistia internacional

Trabalho realizado por:


Ana Sofia Nº2
David Monteiro Nº4
Francisco Mouta Nº5
Rafael Quintas Nº18 Geografia
Sérgio Leonardo Nº21
2021/2022
Índice

O que é uma organização não-governamental 2,


3

O que é a Amnistia Internacional 3, 4

História e movimentos da Amnistia Internacional 4-


10

Imagens de algumas das histórias dos movimentos 10,


11

A Amnistia Internacional em Portugal em 2021


12

Conclusão
12

Bibliografia
13

Introdução

Este trabalho foi pedido pela professora Sónia Gomes no âmbito da disciplina
de geografia. Nele vamos apresentar/explicar o que é uma organização não-
governamental e, especificando, a Amnistia Internacional, bem como a sua
história, as suas funções e todos os seus objetivos.

O objetivo deste trabalho é dar a conhecer/promover esta organização


solidária.

Desenvolvimento
O que é uma organização não-governamental?

As ONG (Organizações não-governamentais) são organizações sem fins


lucrativos formadas pela sociedade civil, ou seja, cidadãos voluntários, que
agem de forma independente, relativamente ao governo. Estas têm como
objetivo a resolução de algum problema da mesma, seja ele económico, racial,
ambiental, entre outros, ou ainda a reivindicação dos direitos e melhorias e
averiguação do poder público. Desenvolvem o seu trabalho essencialmente
com o dinheiro de donativos, de campanhas de angariação de fundos e de
projetos a que se candidatam.

As ONG ligadas ao desenvolvimento (ONGD) têm como áreas fundamentais de


intervenção: a cooperação e a educação para o desenvolvimento e a ajuda
humanitária e de emergência. Estas atuam especialmente em duas vertentes:
na prevenção das causas (tratamento de águas, construção de escolas,
formação de professores, etc.) e nas consequências (estruturas de ajuda de
emergência, defesa dos princípios que contrariam as características da
globalização liberal, ajuda aos cidadãos a assumir ativamente as causas que
pretendem defender, etc.).

Estas organizações têm vindo a aumentar e a ajudar diversos países em


desenvolvimento a ultrapassar certos problemas estruturais, contribuindo assim
para a diminuição da pobreza.

O que é a Amnistia Internacional?

A Amnistia Internacional (AI) é uma organização não governamental com o


objetivo de defender os direitos humanos, admitidos na Declaração Universal
dos Direitos Humanos e em outros padrões internacionais. Esta foi fundada a
28 de maio de 1961 por Peter Benenson, sendo que a sua criação originou pelo
jornal inglês “The Observer”, através de uma notícia publicada do qual fazia
referência a dois estudantes que tinham gritado em público “Viva a Liberdade!”.

A AI tem como principal objetivo investigar e descrever, assim como evitar e


terminar com os abusos significativos às integridades de modo físico e mental,

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à liberdade de expressão e à discriminação, dentro do contexto de um estímulo
aos Direitos Humanos, como já referido a cima.

Protestação alusiva aos direitos


humanos e aos refugiados

A Amnistia Internacional é um movimento global de mais de 7 milhões de


pessoas em mais de 150 países. Este movimento congrega pessoas de todo
mundo com culturas diferentes.

Mas, apesar da diversidade cultural e linguística, todas as vítimas são


orientadas pelos mesmos princípios: solidariedade internacional, ação eficaz
(no caso das vítimas individuais), universalidade e indivisibilidade dos Direitos
Humanos e um respeito mútuo

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História e movimentos da Amnistia Internacional *1

1961: início da construção do Muro de Berlim. Durante os quase 30 anos


representou a divisão do mundo em três blocos mais ou menos identificados:
leste, ocidente e não alinhados.

Estabeleceu-se a “rede dos três” onde cada grupo adota três prisioneiros, um
de cada área geográfica e política, dando enfase à imparcialidade do trabalho
da Amnistia Internacional.2

1962: primeira missão de investigação da organização. O país em causa é o


Gana. A esta seguem-se missões à Checoslováquia, a Portugal e à República
Democrática Alemã.

1963: estabelecimento da sede da Amnistia Internacional, o Secretariado


Internacional, em Londres.

1965: oposição à pena de morte. Desde que a Amnistia Internacional começou


a trabalhar este tema, 140 países aboliram a pena de morte.

Publicação dos primeiros relatórios sobre as condições prisionais em Portugal,


África do Sul e Roménia.

1972: lançamento da primeira campanha mundial para a abolição da tortura.

1973: aprovação pelas Nações Unidas por unanimidade de uma resolução que
denuncia a tortura e que teve como base um texto da Amnistia Internacional.

Publicação da primeira ação urgente a favor do professor Luiz Basílio Rossi,


um brasileiro preso por razões políticas.

1975: adoção pelas Nações Unidas por unanimidade a Declaração contra a


tortura e outros tratamentos ou punições cruéis, desumanas ou degradantes,
na sequência da campanha da Amnistia Internacional.

1977: Distinção da AI com o Prémio Nobel da Paz, pelo seu amplo trabalho no
campo da proteção dos direitos humanos e pela sua contribuição para o
asseguramento das liberdades, da justiça e, desse modo, para a paz no
mundo.

1
*toda esta informação foi retirada do site: https://www.amnistia.pt/historia-do-movimento/

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1978: prémio das Nações Unidas ganho pela AI, devido aos “excecionais
contributos no campo dos direitos humanos”.

1980: lançamento da primeira campanha contra a pena de morte, tendo esta


como objetivo alcançar a erradicação desta prática. Desde então, 142 países
aboliram a pena de morte na lei ou na prática.

1981: lançamento da campanha sobre os desaparecimentos. O impacto da


campanha foi tal que vários músicos perpetuaram este lado escuro da história
da humanidade com música.3

É criada também a Secção Portuguesa da Amnistia Internacional.

1984: lançamento da segunda Campanha contra a Tortura, incluindo um plano


de 12 pontos para a abolição da mesma.

Na sequência da campanha da Amnistia Internacional, a Assembleia Geral das


Nações Unidas adota a Convenção contra a tortura e outros tratamentos ou
punições cruéis, desumanas ou degradantes.

1985: alargamento do mandato para incorporar o trabalho sobre as questões


dos refugiados.

Publicação do primeiro conteúdo educativo da Amnistia: “Ensinar e aprender


sobre os direitos humanos”.

1987: entrada em vigor da Convenção contra a tortura no seguimento da


campanha da Amnistia Internacional.

Lançamento da campanha contra a pena de morte, no seguimento da


publicação de um estudo sobre o assunto: “Quando o Estado mata”.

1988: no 40º aniversário da DUDH, a Amnistia Internacional junta a música e


os Direitos Humanos.

1989: queda do Muro de Berlim.

1990: libertação de Nelson Mandela da Prisão. Em 2006, recebe o prémio


Embaixador da Consciência da Amnistia Internacional.

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*toda esta informação foi retirada do site: https://www.amnistia.pt/historia-do-movimento/

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1991: alargamento do conceito de prisioneiro de consciência a todos quantos
estão presos devido à sua orientação sexual.

1992: respondendo às violações de direitos humanos no contexto da Guerra na


ex-Jugoslávia, há um lançamento de várias ações de campanha.

1993: criação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos


Humanos na sequência da campanha realizada pela Amnistia Internacional.

1994: início da rede de ações urgentes na AI em Portugal.

1998: adoção do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, na


sequência da campanha da Amnistia Internacional.

No 50º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, há o


lançamento da campanha “Get Up, Sign Up” com o objetivo de pedir às
pessoas que assinem o compromisso de cumprir e promover a DUDH.4

1999: início do trabalho da Amnistia Internacional de Portugal em Educação


para os Direitos Humanos.

2000: lançamento da terceira campanha contra a tortura.

A Amnistia une esforços com a OXFAM para a criação de legislação mais


rigorosa sobre o comércio de armas.

Lançamento do primeiro Encontro de Jovens da Amnistia Internacional em


Portugal.

2001: ataque ao World Trade Center, em Nova Iorque.

Criação do Centro de detenção na Baía de Guantánamo.

2003: lançamento da campanha para a criação de um tratado global que regule


o comércio de armas.

Amina, nigeriana, foi condenada por ter um filho depois de se ter divorciado e
quando era já mãe de outras duas crianças. Para a comutação da sua
sentença de morte e consequente libertação, em 2003, terão contribuído as
mais de 50 milhões de assinaturas em todo o mundo, das quais 15 mil de
Portugal.
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*toda esta informação foi retirada do site: https://www.amnistia.pt/historia-do-movimento/

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2006: reconhecimento por parte do Parlamento Português do trabalho
inestimável da Secção Portuguesa da Amnistia Internacional na defesa e
promoção dos direitos humanos em Portugal e no mundo, sendo-lhe atribuído o
Prémio de Direitos Humanos da Assembleia da República.5

2007: adoção pela Assembleia geral, pela primeira vez, de uma resolução
apelativa a uma moratória global do uso da pena de morte, no seguimento de
campanhas da Amnistia Internacional e dos seus parceiros na Coligação
Mundial contra a Pena de Morte.

2009: lançamento da campanha Exija Dignidade com o objetivo de por fim às


violações dos direitos económicos sociais e culturais que, conjugados com os
abusos aos direitos civis e políticos, conduzem à pobreza e contribuem para o
seu aprofundamento.

Até 2009, a nepalesa Rita Mahato receou pela vida, devido ao seu trabalho no
Centro de Reabilitação para Mulheres. Recebeu ameaças de morte, de
violação e de rapto. Ameaças que se transformaram em atos, quando um
grupo de 60 a 70 homens entrou no Centro gritando ameaças e, noutra
ocasião, as instalações e os funcionários foram apedrejados. Estes
acontecimentos nunca foram investigados pela polícia.

2010: Carlos Jorge Garay foi condenado, em 1992, a uma pena de 25 anos de
prisão por “terrorismo” no quadro das atividades da organização armada
Sendero Luminoso, após um julgamento que não respeitou os padrões
internacionais. Nos anos que se seguiram passa um calvário de detenções e
libertações que só termina em março de 2010, com a sua libertação
incondicional, após 16 anos de prisão.

2011: início no Egito da chamada “Primavera Árabe” que irá se estender a


vários países no Médio Oriente e Norte de África pedindo uma maior abertura à
democracia.6

A Amnistia Internacional celebra 50 anos de trabalho em defesa dos direitos


humanos.

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*toda esta informação foi retirada do site: https://www.amnistia.pt/historia-do-movimento/
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*toda esta informação foi retirada do site: https://www.amnistia.pt/historia-do-movimento/

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2013: entrada em vigor do Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional sobre
os Direitos Económicos, Sociais e Culturais, que permite aos cidadãos acesso
direto à justiça na ONU, caso estejam em risco direitos como o acesso a
habitação adequada, água, saúde, segurança social ou educação. A Amnistia
Internacional é uma das organizações envolvidas.7

2014: entrada em vigor do Tratado Global sobre o Comércio de Armas que


ajudará a parar o fluxo de armas que alimenta os conflitos no mundo.

2015: entrada em vigor, no Código Penal Português, a autonomização do crime


de mutilação genital feminina.

2017: dedicação às urgências da contemporaneidade.

2019: Primeiros casos de COVID-19, em Wuhan, na China. Inicio de um


período de Pandemia que se vai estender pelos próximos anos (até hoje) com
um impacto nos direitos humanos e na forma de os trabalhar. Em pleno ano
2021, a Amnistia Internacional ainda continua a trabalhar neste caso.

Proposta da criação de um Comité de Monitorização de Direitos Humanos, com


o objetivo de fortalecer a responsabilização e vigilância pelos direitos humanos
em Portugal.

2020: início da Academia Amnistia, na Amnistia Internacional Portugal.

2021: posse de uma nova secretária-geral da Amnistia Internacional que


enfrentará os desafios do futuro com a força de um movimento global composto
por mais de 10 milhões de pessoas.

Condecoração da Amnistia Internacional pelo Presidente da República


Portuguesa com o título de Membro Honorário da Ordem da Liberdade pelo
seu trabalho na defesa dos Direitos Humanos.

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*toda esta informação foi retirada do site: https://www.amnistia.pt/historia-do-movimento/
Imagens de algumas das histórias dos movimentos:

Caso de Amina – ver data de


2003

Caso de Rita Mahato – ver data


de 2009

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A Amnistia Internacional em Portugal em 2021

Além de desenvolver o seu trabalho sobre as violações específicas de Direitos


Humanos, a Amnistia Internacional, em Portugal, apela a todos os governos
que realizem os seguintes pontos:

 Observem o primado da lei;


 Ramifiquem e implementem os padrões de Direitos Humanos;
 Promovam uma ampla variedade de atividades em educação de Direitos
Humanos;
 Encorajem as organizações intergovernamentais, indivíduos e todos os
agentes sociais a apoiar e a respeitar os Direitos Humanos.

O movimento em Portugal é formado por uma componente associativa, uma


direção, e um conselho fiscal, por uma equipa executiva, por grupos e
estruturas locais e temáticas, e por um conjunto de voluntários, ativistas e
apoiantes. Mais de 15 mil pessoas em Portugal apoiam este movimento.

Conclusão

Resumindo e concluindo, as ONG (Organizações não-governamentais) são


organizações sem fins lucrativos formadas pela sociedade civil, ou seja,
cidadãos voluntários, que agem de forma independente, relativamente ao
governo. Tentam resolver algum problema que a sociedade enfrenta.

A Amnistia Internacional, uma organização não governamental, surgiu através


de uma notícia, alusiva à prisão de dois jovens por terem gritado “Viva a
Liberdade!”, tendo sido criada para defender os direitos humanos bem como
acabar com os abusos, com a descriminação e prevenir a liberdade de
expressão. A história desta é, de uma forma, emotiva e muito interessante.

Achamos muito cativante trabalhar este tema de organizações não-


governamentais e, principalmente, abordar a Amnistia Internacional, alargando
o nosso conhecimento cultural. Pensamos igualmente como a AI: todas as
pessoas devem ter os mesmos direitos!

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Bibliografia

Nós, para este trabalho, pesquisamos nos seguintes sites/livros:

Amnistia internacional Portugal – Pelos Direitos Humanos, acedido a 23 de


novembro de 2021, https://www.amnistia.pt/

Slide Share, Amnistia Internacional, acedido a 23 de novembro de 2021


https://pt.slideshare.net/

AA.VV., Sem Fronteiras – Geografia 9ºano, Plátano Editora

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