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ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR

ESCOLA DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS

Marcel Júnio Botelho Moraes, 139.777-7, Cb PM, turma M.

TRABALHO DE DEFESA PESSOAL:


um resumo das aulas práticas

Belo Horizonte
2022
Marcel Júnio Botelho Moraes, 139.777-7, Cb PM, turma M.

TRABALHO DE DEFESA PESSOAL:


um resumo das aulas práticas

Resumo da aula prática ministrada que teve como


objetivo orientar os discentes quanto ao tipo de
imobilização, algemação e condução de presos.

Docente: Carlos de Souza Filho, 2º Sargento PM

Docente: Carlos de Souza Filho, 2º Sgt PM

Belo Horizonte
2022
SUMÁRIO

Imobilização pág. 04
Domínio da perna pág. 04
Algemação pág. 05
Condução pág. 05
Método de condução com forçamento de punho pág. 05
Método de forçamento de articulações dos dedos pág. 06
Método de forçamento das algemas pág. 06
Método de forçamento das articulações cotovelo e ombro pág. 06
Conclusão pág. 07
Referências pág. 08
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TÉCNICAS DE IMOBILIZAÇÕES TÁTICAS

1) IMOBILIZAÇÃO:

A imobilização do infrator no solo será feita na posição deitado, de barriga


para baixo, que é a posição ideal. Imobilizar uma pessoa não se limita em apenas
segurar um braço ou uma perna, é preciso utilizar técnica que cause desconforto,
buscando o mínimo de lesões possíveis. Para tanto, utiliza-se técnicas de pressão e
torção de articulações para proporcionar a submissão do agressor ao policial
(PMMG, 2010).
Após a verbalização para que o abordado erga as mãos, será dada a ordem
para que ele deite ao solo de barriga para baixo (posição ideal). Após, o policial se
aproxima pela lateral da cabeça e pela mão, faz um giro no sentido horário,
finalizando com a palma da mão do infrator para cima, apoia os joelhos nas costas
com o braço dele esticado entre as duas pernas, aplicando torção em três pontos
(ombro, cotovelo e punho) (PMMG, 2010).

Distâncias para iniciar a abordagem:


- 4 metros entre militares;
- 3 metros do abordado.
Obs: indivíduo com faca, ou outro instrumento perfurocortante: distância de 6,4
metros.

- aproveitar, para aproximação, a janela de oportunidade (distração do abordado).


- Controle de contato: mão forte com mão forte e a mão fraca no cotovelo.

1.1) Domínio da perna

Estando o agressor deitado de barriga para baixo, o policial aproxima-se pela


lateral de uma das pernas (do mesmo lado que o outro policial pegou o braço),
levanta-a num ângulo de 90º com uma das mãos pegando no peito do pé; em
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seguida entra com a perna do lado interno passando por trás do joelho do infrator
lançando esta perna; na sequência assenta-se com o pé do agressor travado em
sua virilha, e com a sua canela entre a coxa e a panturrilha do agressor, provocando
uma “chave de panturrilha”. A técnica se completa com o policial inclinando o tronco
para cima do tronco do oponente, causando dor na região da panturrilha até cessar
a resistência (PMMG, 2010).

2) ALGEMAÇÃO:

Ao algemar o conduzido, as mãos do cidadão deverão ficar para trás. O bloco


de trancamento deve estar em posição voltada para o dorso das mãos, no punho do
conduzido. Após a algemação, as mãos do conduzido deverão estar com os dorsos
voltados um ao outro. A fechadura deverá estar voltada para os cotovelos e as
algemas deverão estar travadas, evitando que o algemado tenha acesso ao sistema
de fechadura e travamento do equipamento (PMMG, 2010).
. Para melhor uso da técnica, o infrator deve ser colocado deitado em decúbito
ventral, com os braços abertos no prolongamento dos ombros, como um crucifixo, o
abordado não poderá estar olhando para o policial que faz a imobilização e as
palmas das mãos do abordado deverão estar voltadas para cima. Essa posição
pode ser adaptada (PMMG, 2010).
Em seguida, o policial deverá aproximar-se do infrator deitado, próximo à
cabeça, preferencialmente pelo lado contrário ao que o infrator está virado, evitando
ficar próximo das pernas, que é outro ponto quente.
Dominando as mãos, segurando a maior parte dos seus dedos e o dorso da
mão, torcendo em direção ao tronco e ajoelhando no pescoço e na cintura deste.
Após, saque a algema com a mão que está livre, proceda a algemação no braço
dominado do abordado, segurando entre os blocos de trancamento das algemas, o
policial exercerá uma torção leve no pulso algemado e, com a outra mão, pegará a
mão do infrator do outro lado do corpo e encaixará na algema livre, determinando ao
infrator traga a mão para ser algemada (PMMG, 2010).

3) CONDUÇÃO:
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3.1) Método de condução com forçamento de punho: utilizado quando o


indivíduo que será conduzido estiver algemado e totalmente dominado, já na
posição de pé. Se posicione de forma que a arma fique do lado contrário ao do
conduzido. A mão forte pega o braço do conduzido na região do cotovelo e a mão
fraca pega o dorso da mão do conduzido, onde é feita uma leve pressão para cima.
Caso haja reação por parte do conduzido, o policial imprime mais pressão com o
intuito de que o conduzido cesse a tentativa de fuga (PMMG, 2010).

3.2) Método de forçamento de articulações dos dedos: também é utilizado


quando o indivíduo que será conduzido estiver algemado e totalmente dominado, já
na posição de pé. Posicione-se de forma que a arma fique afastada do conduzido. A
mão forte pega o braço do conduzido na região do cotovelo e com a mão fraca você
fecha a mão deixando para fora o indicador e o polegar, o que se assemelha a um
“revólver”, introduz o dedo indicador na articulação de um dos dedos da mão do
conduzido, o polegar fica na palma da mão do conduzido (PMMG, 2010).

3.3 Método de forçamento das algemas: após a imobilização do indivíduo e


algemação, coloca-se o conduzido na posição de pé. Posicione-se de forma que a
arma fique do lado contrário ao do conduzido. A mão forte pega o braço do
conduzido na região do cotovelo e a mão fraca pega o elo das algemas, sendo que
os quatro dedos da sua mão envolvem todos os elos da algema, já o seu dedão fica
sobre a haste da algema Nesse momento, caso seja necessário ou haja tentativa de
fuga do conduzido, exerça uma força moderada, onde é imprimida uma força no
dedão de cima para baixo, esse movimento causa um desconforto no conduzido.
Esse método visa cessar a tentativa de fuga do conduzido (PMMG, 2010).

3.4 Método de forçamento das articulações cotovelo e ombro: o policial deverá


posicionar-se de forma que a arma fique do lado contrário ao do conduzido. Sua
mão forte pega o braço do conduzido na região do cotovelo e a mão fraca entra por
trás do braço do conduzido, na altura do cotovelo, fornecendo o ângulo para a
torção, nesse momento deslize seu braço até conseguir segurar o tríceps do
agressor onde é colocado os dedos para que o braço do conduzido fique preso e
não possa sair. Ao realizar essa condução você estará na retaguarda do conduzido,
com a chave de braço encaixada, fará o apoio do ombro do suspeito com sua outra
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mão livre. Caso o conduzido reaja ou tente fuga ou haja necessidade de imprimir
força moderada é possível. Uma opção que você poderá utilizar para conduzir o
indivíduo agressivo é executar uma “gravata” no pescoço do conduzido, fornecendo,
assim, de maneira segura, uma opção de estrangulamento (PMMG, 2010).

CONCLUSÃO:

Foram analisadas técnicas que auxiliam o policial militar na algemação e


condução de um cidadão preso. Tais técnicas amenizam os riscos envolvidos na
prisão, tendo em vista que nenhuma técnica extingue os riscos.
Se bem executadas, além da segurança do policial, evitará lesões
desnecessárias ao preso, evitando questionamentos posteriores por parte dos
órgãos de controle e fiscalização.
Além disso, importante destacar que no teatro de operações, haverão
adaptações, por isso a importância de conhecer as modalidades de condução,
utilizando a que melhor se adeque a situação
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REFERÊNCIAS

Manual Técnico-Profissional n. 3.04.01/2020, que regula a intervenção policial, o


processo de comunicação e o uso da força no âmbito da Polícia Militar de Minas
Gerais.

MINAS GERAIS. Manual de Defesa Pessoal Policial: Polícia Militar de Minas Gerais;
Centro de Pesquisa e Pós-Graduação da PMMG, 2010.

Fonte: Centro de Treinamento Policial

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