JORNAL DO BRASIL quarta-feira, 19/7/89 o Cidade o 3

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Caravana vaia
Brasília junto
com secretário
BRASÍLIA — Cerca de 600 repre-
sentantes de associações de moradores
do Rio se concentrarão hoje de manhã
em frente ao prédio da Caixa Econômica
Federal (CEF) para exigir a liberação da
contrapartida da instituição ao emprésti-
mo concedido pelo Banco Mundial para
o programa de prevenção de enchentes
no Estado.
A manifestação ocorrerá simultânea-
mente à audiência que o presidente da
Caixa, Paulo Mandarino, concederá ao
secretário municipal de Obras, Luiz Pau-
lo Corrêa da Rocha, ao presidente da
Caixa volta a garantir prioridade
O presidente da Caixa Econômica
Federal (CEF), Paulo Mandarino, vol-
tou a afirmar ontem que o Rio somente
terá a contrapartida no empréstimo do
Banco Mundial ao seu programa de
quando a ins-
prevenção de enchentes"Quando
tituição tiver dinheiro. a Caixa
dispuser de recursos, o Rio terá priorèda-
de", disse Mandarino, reafirmando o
compromisso que assumiu com o prefei-
to Marcello Alencar.
Mandarino disse não saber o mon-
tante que a CEF terá a partir deste
Famerj, Sérgio Bonato, e aos vereadores
Eleomar Coelho (PT) e Laura Carneiro
(PSDB), que estiveram ontem à tarde
com o ministro Ronaldo Costa Couto,
do Gabinete Civil, a quem entregaram
um documento pedindo a liberação dos
recursos.
Segundo informou o secretário muni-
cipal à saída do encontro, Costa Couto
considerou a reivindicação "uma causa
nobre e justa" e prometeu ajudar, falan-
do com o presidente Sarney e com Man-
darino. Bonato, por sua vez, disse que a
concentração popular de hoje tem um
único objetivo: sair de Brasília com a
certeza de que a instituição vai liberar os
recursos. "A Caixa Econômica precisa
esclarecer por que não quer colaborar
com a população carioca", disse Sérgio
Bonato, que quer uma posição concreta
mês com a decisão do governo de de-
terminar aos empregadores a antecipa-
ção dos depósitos do FGTS (Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço) e
dos repasses por parte dos bancos arre-
cadadores. Como a Caixa está arreca-
dando mensalmente uma média de NCzS
400 milhões do FGTS, as estimativas do
órgão indicam que a antecipação do re-
colhimento poderá gerar os recursos ne-
cessários ao programa do Rio. Assim, a
CEF terá condições de, até o próximo
mês, começar a liberar parte da contra-
e não mais "promessas" de que o dinhei-
ro será liberado.
O presidente da Famerj esclareceu
que as despesas com a caravana que veio
a Brasília foram custeadas pelo governo
do Rio, Prefeitura, políticos e pelas pró-
prias associações de moradores do esta-
do. Os 600 manifestantes estavam sendo
esperados, no final da noite de ontem,
mas houve atraso na saída do Rio.
O vice-governador do Rio, Francisco
Amaral, justificou o atraso de quatro
horas no fornecimento dos ônibus para a
caravana afirmando que as empresas
contatadas pelo governo não tinham car-
ros disponíveis. Além do atraso, que
quase levou os representantes dos mora-
dores a desistirem da viagem, foram ce-
didos somente 11 ônibus em vez dos 20
solicitados pela Famerj.
partida de USS 190 milhões do emprésti-
mo contraído com o Banco Mundial.
Despreocupação — "Deixa ele
entrar na Justiça'. Esta foi a reação de
Mandarino ao ser informado de que
Marcello Alencar pretendia entrar na
Justiça para conseguir a liberação do
empréstimo. "Se eu vou comprar um
produto, só faço a compra se tiver o
dinheiro da entrada e a segurança de
que vou dispor de dinheiro para as
prestações", acrescentou.
IT
Arquivo
Estoque da
Emop faria
y.:_ fi*. -.
. .;' Ciep barato
A Empresa de Obras Públicas
(Emop) está estocando material para
construção de Cieps que, se fosse libe-
rado, reduziria os custos das obras de
'&*-¦ * conclusão de cinco brizolões inacaba-
*m: ^mmW^mmm%-v^'4a^^^ ^ dos do município. A informação é da
Companhia Municipal de Conservação
\. mpm ^•j&MmÈÈSm 2j£r*v*» y —r e Obras Públicas (Riocop), em relato-
rio enviado esta semana à prefeitura.
No documento, o presidente da Rio-
cop, Luís Otávio Brizola, informa que
a Emop deveria repassar para o muni-
/m^ym Bbí™f' :i?'--f ¦ ¦ '¦ igia H cípio esquadrias de alumínio, material
de instalação, artefatos de cozinha e
''¦: ^B mobílias escolares qüc estão retidas na
empresa, apesar de o governo do estado
ter repassado para a prefeitura a respon-
sabilidade pelos Cieps municipais.
Luís Otávio lembra que o material é
de "difícil utilização imediata em' ou-
tros estabelecimentos" e poderia ser
A verbug diz que marrecos dão acesso à tecnologia húngara aproveitado pelas empreiteiras que.veíi-
cerem a licitação aberta pela Secretaria
Marreco sai de graça Municipal de Obras para a conclusão
dos cinco Cieps, reduzindo o custo do
trabalhos das construtoras. Mas, segun-
do o presidente da Riocop, o material foi
Secretário diz Estudo — O secretário de Pia-
nejamento esclareceu que o estudo
vendidio às empreiteiras que faziam o
trabalho para o governo estadual, e por
que vão ajudar citado em matéria publicada terça- isso não pode ser liberado para o municí-
a criar peixes feira pelo JORNAL DO BRASIL so-
bre as distorções da administração
pio. O presidente da Emop, José Augus-
to Pereira das Neves, informa que não
pública do estado foi elaborado pelo tem conhecimento do material estocado,
1.000 filhotes de marreco que secretário-chefe do Grupo de Análi- mas prometeu fazer um levantamento na
Os chegam em agosto da Hungria ses e Programas Públicos (Gapp), empresa para verificar se ele existe real-
para serem engordados pela Fiperj —

Sinais voltarão a funcionar

Este mês trânsito
flui normalmente,
promete o estado
Até 30 de julho, os 100 sinais lumino-
sos das ruas da cidade que ainda estão
com defeito serão consertados. A ga-
rantia foi dada ontem pelo diretor do
Departamento Geral de Circulação Viá-
ria da Secretaria estadual de Transpor-
tes, coronel Paulo Sarmento, em entre-
vista coletiva. Segundo ele, o DGCV já
recuperou 980 sinais e trocou 2.100 lâm-
padas no período entre 26 de junho e 16
de julho, durante a fase de transição da
administração do trânsito do Rio, que
está sendo passada pelo estado à prefei-
tura.
O coronel Sarmento lembrou que os
sinais de trânsito ficaram sem manu-
tenção durante 20 dias no mês de ju-
nho, quando o governador Moreira
Franco assinou decreto transferindo a
responsabilidade do trânsito para a ad-
ministração municipal, a pedido do pre-
feito Marcello Alencar. Logo depois, o
secretário municipal de Transportes, Ál-
varo Santos, solicitou a formação de
uma comissão mista de transição, para
que a prefeitura tivesse acesso às infor-
mações técnicas do Detran e do DGCV.
Foi dado prazo até o dia 30 para que a
secretaria municipal assuma a gerência
do trânsito definitivamente.
"Surgiram várias críticas com rela-
ção ao estado de conservação dos si-
nais durante os 20 dias em que a prefei-
tura recebeu mas não operou o trânsito.
Quero deixar claro que o estado não
neglicenciou o problema e iniciou uma
operação de emergência assim que volta-
mos a assumir essa tarefa", observou o
coronel Sarmento, anunciando que, no
dia 30, a Prefeitura receberá todos os
sinais recuperados e vários projetos para
melhoria do tráfego em andamento. "Es-
tamos tomando outras medidas de enge-
nharia dc trânsito que são indispensáveis
para resolver problemas graves. À prefei-
tura caberá continuá-las".
Entre os projetos que foram inicia-
dos, estão a substituição de sinais ob-
soletos de dois visores por outros mais
modernos, de três visores, no trecho en-
tre o Jardim de Alah e o Túnel Rebou-
ças, na Avenida Epitácio Pessoa, na La-
goa (Zona Sul), além da renovação,
nessa área, da sinalização horizontal, co-
mo pintura de faixas de pedestres e de
divisão de pistas. Também estão sendo
confeccionadas placas informativas para
o projeto de modernização da sinaliza-
ção gráfica do Méier (Zona Norte), entre
a Avenida Suburbana e a estação ferro-
viária. A Light já começou a fixar os
postes para instalar placas ainda esse
mês.
Outro plano de ação do Departamen-
to de Circulação Viária é a implanta-
ção de sinalização luminosa e gráfica
em frente a escolas, com a fixação de
placas de advertência, sinais e faixas
de pedestres. A escola municipal Ma-
nuel Bandeira, no Jardim Botânico, está
funcionando como experiência.
Fundação Instituto de Pesca — em
uma estação de aquicultura em Cam-
pos (norte do estado), foram objeto
de um convênio "altamente favorável
ao Rio de Janeiro, visando a coope-
ração técnica e financeira do DNOS
—Departamento Nacional de Obras
Sociais —, a Secretaria de Agricultu-
ra e a Hungria", segundo o secretário
de Planejamento do estado, Marcello
Averbug.
O objetivo do contrato de ajuste
de dívida entre os governos brasileiro
e húngaro è de construir, administrar
e operar uma estação de piscicultura
e uma granja de marrecos. "Através
desse convênio", diz Averbug, "o es-
tado terá acesso à tecnologia húngara
de propagação artificial de peixes e
criação de marrecos. Trata-se de in-
centivar a política de desenvolvimen-
to econômico da atividade agró-pe-
cuária no estado".
Ainda segundo ele, a negociação
para aquisição dos marrecos não im-
plicou ônus financeiro para o Rio —
o valor dos 1000 marrecos chineses é
USS 1 milhão —, já que o critério do
pacote de cooperação foi negociado
entre a União e a Hunszria.
Sérgio Abranches, a pedido do gover-
nador Moreira Franco com objetivo
de identificar os problemas do setor
público. Algumas das propostas já
foram executadas, como a extinção
da Fundrem — Fundação para o De-
senvolvimento da Região Metropoli-
tana — e da Faep — Fundação de
apoio â escola pública estadual.
Marcello Averbug diz que o go-
verno reconhece a existência de pro-
blemas como os apontados no estu-
do, mas, segundo ele, são problemas
estruturais e históricos do setor públi-
co brasileiro. O secretário ressaltou
que o enfrentamento desses proble-
mas passa pela "irracionalidade dessa
estrutura" e dependem de aspectos
jurídicos, sociais e trabalhistas. Aver-
bug disse que a Feem — Fundação dc
Educação ao Menor — e a Fundação
Leão XIII são órgãos antigos na ad-
ministração, que já passaram por si-
tuaçòes muito piores. Em março de
87 a Feem tinha 2.191 funcionários e
atendia a 16.000 menores, enquanto
hoje possui o mesmo número de ser-
vidores para 54.000 menores. "Houve
aumento de produtividade por fun-
cionário para cuidarem de maior nú-
mero de crianças", disse.
mente.
Condomínio da
Barra tem
IPTU errado
A Secretaria municipal de Fazenda
descobriu mais uma série de aparta-
mentos com inscrição irregular, o que
diminui indevidamente o Imposto Pre-
dial e Territorial Urbano (IPTU). Desta
vez, a blitz dos fiscais foi no Condomínio
Atlântico Sul, na Barra, onde 430 apar-
tamentos estavam inscritos na Secretaria
com área total de 104.494 m2, enquanto
a área real era de 141.479 m2. A partir de
segunda-feira, a secretaria vai emitir os
carnes com a diferença do IPTU a ser
paga pelos proprietários, o que represen-
tara arrecadação de NCzS 2 milhões pa-
ra a prefeitura.
Apenas 72 apartamentos do condo-
mínio estavam com inscrição regular
na Secretaria de Fazenda. Até o clube
exclusivo dos moradores tinha área cons-
Iruida registrada menor do que a área
real. Este mês, os fiscais do IPTU já
descobriram seis imóveis com registro
irregular, entre eles o Hotel Ebony, regis-
trado com apenas 5 m:, quando tem
4.926 m2 de área construída.

Queixas diárias caíram de 50 para 12 UWíAJS-Mr

Durante 20 dias após a assinatura do
decreto estadual que passou a respon-
sabilidade do trânsito para o municí-
pio, mais de mil sinais luminosos apre-
sentaram defeitos e não foram reparados
porque a Secretaria municipal dc Trans-
portes concluiu que precisaria de tempo
para familiarizar-se com sua nova tarefa.
Quando reassumiu a manutenção de si-
nais, a partir de 26 de junho, o Detran
registrava cerca de 50 queixas diárias de
motoristas e pedestres, vítimas de aci-
dentes ou que se sentiam ameaçados por
causa dos sinais defeituosos. Esse nume-
ro caiu para 12 na última semana, quan-
do o Departamento Geral de Circulação
Viária comgjelüu-e-ecmsêrtõHé^SO
sinais^
Mas ainda restam outros 100 a serem
reparados, segundo levantamento do
próprio departamento. E não é preciso
QUEÍT\ EATEnDE DE PRIXRO
ir muito longe para encontrar sinais
com lâmpadas queimadas ou totalmente
descontrolados e o conseqüente tumulto
do trânsito. Na Praça Tiradentes, em
frente ao prédio do Detran, cinco das seis
lâmpadas dos dois sinais luminosos que
orientam os motoristas em direção à Pra-
ça da República estão queimadas. Os
sinais de pedestres da Avenida Passos e
da Rua da Constituição, nas esquinas
com a Praça Tiradentes, também estão
com defeito.
A cena se repete pela Rua Visconde
do Rio Branco, na Praça da República
e na esquina com a Rua do Riachuelo;
em vários pontos da Avenida Marechal
Rondon,-em direção à Zona Norte; na
Avenida João Ribeiro, perto do Cerni-
tério de Inhaúma; na Avenida-Monse-
nhor Félix, cruzamento com registro
de muitos acidentes em frente à esta-
ção do pré-metrô, em Irajá; em dois
pontos da Rua Professor Pereira Reis,
em Santo Cristo; na esquina da Rua
Luís Barbosa com Teodoro da Silva,
em Vila Isabel, e nas esquinas das ruas
Barão de São Francisco e Gomes Bra-
ga com Maxwell, no Andarai.
Um dos pontos mais críticos, no en-
A MAÇA SEM PECADO.
tanto, é a esquina das ruas Conde de
Bonfim com General Roca, na Praça
Saens Pena, na Tijuca. O trânsito nas
duas pistas da Conde de Bonfim tem
sido lento durante todo o dia porque as
lâmpadas verdes e vermelhas dos si-
nais permanecem acesas ao mesmo tem- A produção nacional de maçãs alcança hoje volume e qua-
po. Os motoristas levam muito tempo
para perceberem que o sinal está aberto e lidade que tornam o Brasil um dos principais produtores mun-
o grande movimento naquele cruzamen-
to impede a percepção imediata da orien- diais da fruta.
taçãodada por dois policiais de plantão. Esta posição foi atingida depois de 25 anos de trabalho,obe-
decendo aos rigorosos padrões internacionais de tecnolo-
gia agrícola e controle de qualidade, resultando na conquis-
¦yyyyy:¦..-
m-y<mmm-myy.
¦¦:.
ta do exigente mercado europeu.

SERPR!X0IWELRFmi05. jiSc
SÀNDPIPÉR '
"TTlr
O Brasil, de grande importador,transformou-se em exporta-
"A dor de maçãs de nível de qualidade internacional. O suces-
FM 105 pra mim é
força totol... é vibração
positiva, é uma renovação CAMI^TAS so alcançado tem gerado, como era de se esperar, descon-
tentamentos de outros países tradicionais exportadores. Os
ÍP:' ~1; '^/Q^m^B^oi/C1
de esperança na nossa
música." Alcione
recentes acontecimentos evidenciam uma reação insensa-
ta da concorrência ameaçada com a nossa nova realidade.
yyyyi
¦
LISA
y

Nd$ Mercados para os quais o Brasil exporta maçãs possuem

me padrões de qualidade técnico-legais extremamente rigoro-
sos, o que qualifica e credencia a maçã brasileira para ser
Da bem comovida

NCzS
consumida em qualquer lugar do mundo, como também de-
m I monstram as recentes análises (12 e 13 de julho) realizadas
em laboratórios oficiais.
«JB LISTRADA
Com este esclarecimento, nós,brasileiros,podemos continuar
absolutamente tranqüilos — e orgulhosos — de que produ-
m/C >? zimos mais do que uma maçã deliciosa, uma maçã sem pe-
cado.
fmrrrtw ozimo NCifi

 festa social
e política do leitor. Centro - Rua da Quitanda, Wl° ¦ TeU 252-2523
Tijuca - Rua Santo Afonso, 445/Lj.)- TèW 581-3448
Ipanema - Fbmni de Ipanema, Sl 503 • Tè# 287-1840
ABPM
Associação Brasileira de Produtores de Maçãs
Norteshopplng-1? Piso - Lj. 2104 - Td.1591-7353
Salvador - Shopping Center Iguatemi, 3? Pímj