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AULA 6

ANIMAÇÃO NA EDUCAÇÃO

Prof. André Luiz Pinto dos Santos


CONVERSA INICIAL

Discussão sobre a linguagem da animação na educomunicação

Seguindo uma concepção educomunicativa, em que se parte da educação


para a comunicação e mediação escolar, a animação pode ser utilizada como uma
ferramenta de educação crítica dos alunos, objetivando, no processo
comunicativo, a formação de sujeitos ativos.

TEMA 1 – EDUCOMUNICAÇÃO

A educomunicação pode ser compreendida como a área de atuação que


trata da educação para a comunicação e as possíveis mediações capazes de
serem realizadas tanto pela família, quanto pela escola, na relação dos alunos
com os meios de comunicação. Dessa forma, sugere uma concepção teórico-
prática com algumas linhas básicas, com uso de formas de comunicação como
rádios, jornais, programas de televisão; de educação para a mídia; de uso das
mídias na educação; de produção de conteúdos educativos; de gestão
democrática das mídias; e de prática epistemológica e experimental desses
conceitos. Em suma, a educomunicação refere-se à utilização da tecnologia na
sala de aula e à sua apropriação positiva no ambiente escolar.
O conceito de educomunicação surgiu das pesquisas desenvolvidas na
Universidade de São Paulo (USP) no final da década de 1990, conforme explica
o professor Ismar de Oliveira Soares, reconhecido internacionalmente por suas
pesquisas sobre a inter-relação entre comunicação e educação:

Como já havíamos assinalado, o termo atualmente utilizado para


designar este diferencial – a educomunicação – passou a ser corrente
nos textos do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de
São Paulo (NCE-USP), a partir de 1999. A pesquisa que levou ao
conceito trabalhou com uma amostragem representativa de programas
e projetos que, em 12 países da América Latina, desenvolviam algum
tipo de trabalho na interface entre a comunicação social e a educação.
Seu objetivo era detectar o imaginário desses agentes culturais sobre a
referida interface. (Soares; Passos, 2012, p. 22)

Ainda de acordo com Soares (2000), há o reconhecimento do surgimento


da educomunicação a partir do Fórum Mídia e Educação, que foi promovido pelo
Ministério da Educação em 1999, como destacado no documento Mídia e
educação: “Reconhecemos a inter-relação entre Comunicação e Educação como

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um novo campo de intervenção social e de atuação profissional, considerando que
a informação é um fator fundamental para a Educação” (Soares, 2000, p. 22).
O pesquisador defende também a intervenção social, por considerar que a
educomunicação se apresenta com autonomia, uma vez que tem uma filosofia
própria, história e reconhecimento da sociedade. A educomunicação seria um
campo de mediações, de interdiscursividade. “Há necessidade de teorização e de
reflexão crítica sobre os projetos para que se constitua esse campo, tornando-o
um novo espaço de luta material e discursiva” (Soares, 1999, p. 57).
Prado e Mungioli (2016) abordam a questão da influência das novas mídias
na educação considerando que elas descentralizaram a educação, dado que a
família e a escola perderam o status de instância socializadora primária e
detentora de todo o saber. Ainda segundo a autora, não é possível afirmar que o
avanço tecnológico “[...] tornou irrestrito o acesso de todos à informação e à
cultura, porém, podemos dizer que quebrou barreiras e ampliou o processo”
(Prado; Mungioli, 2016, p. 91).

É nesse cenário que a Educomunicação pretende atuar. No momento


em que, diante de todas as possibilidades educativas e de
entretenimento que os alunos têm fora da sala de aula e que tornam a
escola ainda mais desinteressante, a inserção de produtos midiáticos no
ambiente escolar pode ser uma forma de estimular crianças e jovens a
restabelecer o vínculo de interesse perdido com a educação formal.
Horizontalizar a educação, estabelecer o diálogo, dar voz ativa ao
sujeito, esses são alguns dos pressupostos da Educomunicação para
que a educação e a comunicação caminhem juntas como uma forma de
emancipar o receptor. (Prado; Mungioli, 2016, p. 91)

Observa-se que, por meio da educomunicação, é possível promover,


segundo Metzker (2008), a educação emancipatória, levando o aluno a pensar,
desenvolver sua consciência, seu senso crítico. Além disso, Soares (1999) reforça
que a proposta também é que se cumpra o que os Parâmetros Curriculares
Nacionais estabelecem:

As ações da Educomunicação destinam-se também, além de criar e


fortalecer ecossistemas comunicativos, a integrar o estudo sistemático
dos sistemas de comunicação às práticas educativas. Soares lembra
que a proposta é efetivamente cumprir o que solicitam os Parâmetros
Curriculares Nacionais no que diz respeito a observar como os meios de
comunicação agem na sociedade e buscar formas de colaborar com os
alunos para conviverem com os meios de comunicação de forma
positiva, sem se deixarem manipular. É preciso desenvolver o espírito
crítico dos usuários dos meios massivos, assim como usar
adequadamente os recursos da informação nas práticas educativas. A
Educomunicação também se propõe a melhorar o coeficiente expressivo
e comunicativo das ações educativas, ou seja, facilitar o processo de
aprendizagem e incentivar alunos, professores e comunidade a se
expressarem. (Metzker, 2008)

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A linguagem comunicativa tem como objetivo melhorar os fluxos de
comunicação na escola e essa é a principal aplicação dos estudos
educomunicativos. Soares (1999) delimita também que são cinco as possíveis
áreas de intervenção da educomunicação, sendo elas: educação para a
comunicação; expressão comunicativa através das artes; gestão da comunicação
nos espaços educativos; reflexão epistemológica; mediação tecnológica nos
espaços educativos. Essas áreas de intervenção surgiram de uma pesquisa
desenvolvida pelo Núcleo de Comunicação e Educação (NCE) do Departamento
de Comunicações e Artes da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de
São Paulo (ECA-USP), realizada com 172 especialistas e profissionais de 12
países da América Latina, confirmada por agentes do campo nos Estados Unidos.

A pesquisa indagou, basicamente, sobre a natureza da inter-relação em


estudo, as várias áreas de atividades que resultam dessa inter-relação e
o perfil dos trabalhadores nela envolvidos. O objetivo, segundo Ismar
Soares, coordenador do NCE (Núcleo de Comunicação e Educação) da
Escola de Comunicações e Artes da USP, “foi identificar como se
estabelecem, no mundo contemporâneo, espaços transdisciplinares
próprios das atividades do saber. No caso específico, espaços que
aproximam, tanto de forma teórica quanto pragmática, os tradicionais
campos da Educação e da Comunicação” (Soares, 1999, p. 20).

No próximo tópico, abordaremos o tema da mediação tecnológica nos


espaços educativos, que, conforme já mencionamos, é uma das possíveis áreas
de intervenção da educomunicação.

TEMA 2 – MEDIAÇÕES TECNOLÓGICAS NO ESPAÇO EDUCATIVO

Das cinco possíveis áreas de intervenção da educomunicação, a mediação


tecnológica na educação será nosso objeto principal. No entanto, para melhor
elucidar o tema, cabe dizer que, segundo Soares (1999), a educação para a
comunicação se constituiu pelas reflexões sobre a relação entre produtores de
conteúdo e o processo de produção e recepção das mensagens, além da
realização de programas para a formação de um público consciente e crítico dos
meios. A área de expressão comunicativa através das artes, por sua vez, se
caracteriza “[...] pelo planejamento, execução e realização de programas e
projetos que se articulam no âmbito da Comunicação/Informação/Educação,
criando e implementando ecossistemas comunicacionais” (Soares, 2001, p. 121).
Já a área da gestão da comunicação no espaço educativo tem relação com
planejamento, execução e realização de projetos que articulem comunicação,

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cultura e educação. Já a área de reflexão epistemológica acontece nas pesquisas
sobre as práticas de educomunicação.
A mediação tecnológica é tida como o esforço para compreender a
discussão em torno da presença e dos usos das tecnologias de informação na
educação e será, como explicado, a área a que daremos maior atenção a partir
deste momento.
Partindo do pressuposto de que a educomunicação aborda temas
transversais e valoriza o conhecimento como um todo e não apenas informações
compartimentadas, as tecnologias têm um papel fundamental nesse processo,
não sendo apenas instrumentos para auxiliar ou melhorar a performance do
professor; elas devem ser usadas em benefício de todos os envolvidos no espaço
educacional. Conforme explica Metzker (2008, p. 7):

[...] não podem ser vistas apenas como instrumentos; o cenário e o


ambiente em que atuam também devem ser considerados, ou seja, a
tecnologia deve ser vista como mediação. Na escola, a tecnologia e os
meios de comunicação podem ser usados para promover a integração
do grupo, abolindo a centralização e valorizando a pluralidade.

De acordo com Soares (citado por Metzker, 2008), parte-se do princípio de


que existe uma nova realidade e de que os novos recursos da informação,
principalmente o computador e a internet, “[...] vieram abalar a dicotomia entre
Comunicação e Educação, permitindo aos educadores e aos educandos a
ampliação de suas possibilidades de expressão e de produção cultural” (Soares,
2001, p. 121). As evoluções tecnológicas promovem, no cotidiano da sociedade,
diversas mudanças, por exemplo, na maneira como os processos educativos
fazem uso das tecnologias da informação, e esses são os temas estudados pela
área de mediação tecnológica na educação.
Se as tecnologias funcionam como uma mediação na aprendizagem, é
importante que a escola reconheça e utilize esses recursos. A mediação
tecnológica faz com que os educadores se apropriem das linguagens e das
técnicas de produções midiáticas com o objetivo central e a intenção de produzir
sentidos/significados na sua interatividade com os educandos. De acordo com
Moran (2006), isso também envolve a capacitação e o preparo dos professores
diante das novas tecnologias. Torna-se imprescindível que o professor
compreenda as técnicas e as tecnologias presentes no ensino de forma
equilibrada e esteja apto a construir o seu percurso com estudantes que, muitas
vezes, já se apropriaram dessas tecnologias, mas não se utilizam delas no

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contexto educacional. Sobre esse aspecto, Soares (citado por Metzker, 2008)
reforça que alunos e professores encaram a chegada da tecnologia de diferentes
maneiras. Os professores, geralmente, mostram-se receosos e até resistentes a
ela, enquanto os alunos são atraídos por esse novo modo de aprender.

A falta de orientação dos professores pode ser um obstáculo para a


realização da mediação tecnológica na educação, pois, de acordo com
Soares, ao citar Bernard Levrat, da Unesco, há muitas opiniões sobre o
que deveria ser feito na escola, mas poucas pesquisas que possam
realmente orientar os professores. “A obsolescência das informações
parece ser tão rápida quanto a dos equipamentos” (SOARES, 1999, p.
36). Mesmo com todas as dificuldades, é inegável que o computador
está propiciando uma nova forma de ensino/aprendizagem. Ele trouxe o
hábito de pesquisa para os alunos, o qual deve permear o modo como
as disciplinas são exploradas e ensinadas. (Metzker, 2008)

Outro ponto importante a ressaltar a respeito da mediação tecnológica nos


espaços educativos é que essas novas formas de aprender demonstram que o
ensino ultrapassa os limites das salas de aula e, dessa maneira, os objetivos da
educação devem contribuir para o desenvolvimento humano, indo além do
conteúdo escolar transmitido, apenas. “Parece-nos primordial não mais questionar
qual o problema da educação e sim quais os problemas do indivíduo que a
educação pode ajudar a solucionar” (Soares, 1999, p. 36).
Por fim, entendemos que a área de mediação tecnológica nos espaços
educacionais compreende a utilização das tecnologias no processo educativo e
se trata de uma área em expansão, por consequência da evolução e das
descobertas tecnológicas e de sua aplicação no ensino. Sob a ótica da
educomunicação, a área da mediação tecnológica deve ser considerada com
base em uma perspectiva de trabalho pedagógico disciplinar relacionado a um
projeto de educação que visa capacitar alunos, com prioridade, para o uso das
tecnologias e discutir o seu uso social e político. Segundo Canuto e Moura (2015),
as novas tecnologias abriram uma nova cultura e entraram na escola, mudaram
sua realidade e exigem atualização constante dos educadores.

TEMA 3 – ANIMAÇÃO COMO FERRAMENTA DE MEDIAÇÃO EM AULAS DE


ARTES VISUAIS

Se a educomunicação, como dito anteriormente, pode ser compreendida


como a área que atua na educação com foco na comunicação, atrelada ainda às
possíveis mediações capazes de serem realizadas, entre família e escola, com os
meios de comunicação, a animação seria uma ferramenta desse processo. É

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possível, portanto, compreender a educomunicação como a área que faz uso da
tecnologia na sala de aula. Em detrimento dessa conceituação, a linguagem da
animação cumpre o objetivo de ser a tecnologia de mediação do processo de
comunicação.
No que tange ao processo de aprendizagem da disciplina de Artes, existem
várias animações que poderiam ser utilizadas para discutir os assuntos
pertinentes à disciplina. A partir do instante em que as diversas formas de se
aprender e de se entreter estão disponíveis para os estudantes fora do ambiente
escolar, a escola passa a não ser um local atrativo ou, ao menos, um local
prazeroso para se conhecer novos assuntos. Assim, quando o professor da
disciplina de Artes insere animações (produtos midiáticos) em sua análise ou se
propõe a elaborar uma oficina de elaboração dessa linguagem, ele acaba por
estimular crianças e jovens a restituírem em si o elo de interesse com a educação
formal.
Dessa forma, vamos imaginar um cenário hipotético para entendermos
melhor como a animação pode ser utilizada em sala de aula, na disciplina de
Artes. Imagine um professor que tenha, em seu planejamento de aulas, o
conteúdo intitulado barroco, a ser ministrado aos seus estudantes do ensino
básico. O professor poderia contextualizar o período em que vigorou esse estilo
como sendo aquele que surgiu no final do século XVI e meados do século XVIII,
como sustenta Gombrich (1999). Poderia ainda, esse professor, em suas aulas,
mostrar que o barroco surgiu inicialmente na Itália, como sustenta Hauser (1978),
e, posteriormente, se disseminou em terras americanas, pelos católicos. Todavia,
o barroco teve desdobramentos e com ele se pode discutir, também, assuntos
relativos ao protestantismo.
Para abordar esses e outros aspectos característicos do estilo, o professor
poderia propor elaboração de animações, para os seus estudantes. Como forma
de referência, ainda seria possível mostrar como elaborar animações que gerem
como resultados elementos formais como os da Figura 1.

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Figura 1 – Possibilidade de animação para se ensinar aspectos do período do
barroco

Crédito: Ruslan Kim Studio/Shutterstock.

Na Figura 1, vê-se aparentemente uma sala de aula, sem estudantes,


repleta de carteiras e mesas. Nas paredes, veem-se alguns murais com
informações descritas em papéis. A sala é banhada pela luz do entardecer, quase
em um ângulo de 45°, o que dá à composição uma diagonalidade, além de um
desequilíbrio formal. A instabilidade criada pelo jogo de luz e sombra contrastante
é flagrante, na imagem.
O professor poderá trabalhar aspectos de leitura, feitura e análise de obras
de arte, por meio da utilização de animações, em sala de aula. A seguir, veremos
outro exemplo de como o professor pode utilizar a animação como ferramenta de
mediação no processo de educomunicação em aulas da disciplina de História, no
ensino básico.

TEMA 4 – ANIMAÇÃO COMO FERRAMENTA DE MEDIAÇÃO EM AULAS DE


HISTÓRIA

Com a educomunicação, pode haver uma intervenção social, pois ela


proporciona autonomia, com base em uma filosofia própria, com sua história e
reconhecimento da sociedade, como sustenta Soares (2000). Assim, é possível
entender a educomunicação como um espaço voltado a mediações e
interdiscursividade, ou seja, a uma relação intertextual, na qual um texto aponta
para outro, de alguma forma.

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Como foi observado, anteriormente, é por meio da educomunicação que,
segundo Metzker (2008), a educação se torna emancipatória. Por ela o estudante
é levado a pensar, a aprimorar sua percepção, além de seu senso crítico. Dessa
maneira, ao propor um projeto de animação em sala de aula, o professor da
disciplina de História poderá gerar um ambiente propício à autonomia e ao espírito
crítico de seus estudantes.
Como exemplo, imaginemos outro caso hipotético em que o professor da
disciplina de História poderá trabalhar uma oficina de animação em sala de aula.
Ao fazer isso, o professor poderia propor o desenvolvimento de um sketch
(rascunho), na linguagem do desenho, para personagens e cenários (concept art).
Para isso, poderiam ser mostradas diferentes fontes historiográficas para seus
estudantes entenderem melhor o assunto, como no caso da imagem de Dom João
VI, como se vê nas Figuras 2 e 3.

Figura 2 – Retrato a óleo de Dom João VI

Crédito: StockPhotosArt/Shutterstock.

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Figura 3 – Selo em homenagem a Dom João VI

Crédito: Zoltan Katona/Shutterstock.

De posse dessas fontes, os estudantes poderiam ficar instigados a


pesquisar mais, a elaborarem estudos mais aprimorados sobre o tema. O objetivo,
ao se fornecer fontes imagéticas como o quadro artístico e o selo das Figuras 2 e
3, seria o de munir o estudante de referências imagéticas para a ação do desenho
de observação. Ao observarem as fontes fornecidas pelo professor, os estudantes
poderão treinar a sua percepção visual, de forma que as informações por eles
captadas sejam reproduzidas por meio da linguagem do desenho.
Como visto, o processo de elaboração de uma animação é híbrido e capaz
de fomentar um aprendizado crítico e autônomo. É possível aplicar a linguagem
da animação para discutir assuntos pertinentes a outras disciplinas, como é o caso
da Literatura, como veremos a seguir.

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TEMA 5 – ANIMAÇÃO COMO MEIO TECNOLÓGICO EM AULAS DE
LITERATURA

A linguagem da animação pode funcionar como mediação no processo de


ensino e aprendizagem e, assim sendo, escolas e professores não devem negar-
se ao uso desse recurso. Todavia, toda tecnologia pode, por vezes, gerar algum
desconforto em alguns professores com pensamento mais tradicional. Como já
dito e visto, segundo Moran (2006), se faz necessário o desenvolvimento de
processos de capacitação e preparo de docentes, no que se refere às novas
tecnologias.
Dessa maneira, os professores de disciplinas da área de humanas, como:
História, Geografia, Filosofia, Sociologia e Literatura, podem explorar a linguagem
da animação, como forma de potencialização do aprendizado, em suas aulas.
Aqui, discutiremos, a seguir, o uso da animação na disciplina de Literatura.
O professor da disciplina de Literatura poderia, em uma primeira aula, pedir
para que os estudantes lessem o livro Morte e vida severina e fizessem um
fichamento do livro. De posse do fichamento do livro, os estudantes poderiam
elaborar roteiros e storyboards como forma de criar um guia para etapas
posteriores de captura de imagem e som sobre o livro em questão (Melo Neto,
2007).
Os estudantes podem ser estimulados a modelarem os personagens da
história, como Severino, em massa de modelar. Uma vez que tenham feito a
modelagem dos personagens e elaborado os cenários, desde o sertão até a
cidade grande, os estudantes podem capturar as imagens sugeridas pelo livro
(Melo Neto, 2007). Para isso, poderão utilizar tripé e celulares como ferramentas
de ação. Por se tratar de uma história na qual as narrativas são presentes, os
estudantes poderão capturar os sons. Os produtos de imagem e som dos
estudantes poderão ser editados por meio de aplicativos e, posteriormente,
apresentados para a turma.
Dessa forma, conclui-se que a animação como ferramenta de mediação na
educomunicação favorece o processo de ensino e aprendizagem.

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REFERÊNCIAS

CANUTO, K. J.; MOURA, A. S. de. Mediação tecnológica na perspectiva


educomunicativa. In: CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA
REGIÃO NORDESTE, 17., 2015, Natal. Anais... Natal: Intercom, 2015.

GOMBRICH, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 1999.

HAUSER, A. História social da arquitetura e da arte. São Paulo: Mestre Jou,


1978.

MELO NETO, J. C. de. Morte e vida severina. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2007.

METZKER, G. F. R. Educomunicação: o novo campo e suas áreas de intervenção


social. In: CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO
SUDESTE, 13., 2008, São Paulo. Anais... São Paulo: Intercom, 2008.

MORAN, J. M. Novas tecnologias e mediação tecnológica. Campinas: Papirus,


2006.

PRADO, A. L.; MUNGIOLI, M. Educomunicação e mediação escolar: um projeto


educomunicativo para a relação criança, desenho animado e consumo.
Comunicação & Educação, v. 21, n. 2, p. 87-96, 2016.

SOARES, I. de O. Comunicação/Educação: a emergência de um novo campo e o


perfil de seus profissionais. Contato, Brasília, v. 1, n. 1, 1999.

SOARES, I. de O.; PASSOS, J. D. Educomunicação: o conceito, o profissional,


a aplicação – contribuições para a reforma de Ensino Médio. São Paulo: Editora
Paulinas, 2012.

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