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Osvaldo Manuel Silvestre: Um Elogio da Literatura, Para mim, pensar nos Livros sete el tie Cotovia é indissociivel de pensar nas casas editoriais que fizeram Ge teel Aedes aN o pel da Europa culta no pés-guerra casas como a Einaudi, em sat Tialia, a Gallimard, na Pranga, a Faber & Faber, em Inglaterra a Suhrkamp, na Alemanha, et. Que essa cultura europeia era urna cultura matricialmente literati, & 0 que facilmente se depreende do teor destes exemplos, ji que €diffell pensar nessas grandes “casas da edigio” — expresso a tomar no seu sentido mais profundo de *moradas do livro” — sem as indexar aos grandes autores que cada uma foi cativando e cultivando: Calvino, Gide, Sartre, a Pléiade, Bliot, Brecht, Celan, ete. (no resisto a um cexemplo maior numa editora de menor dimensio: a Minuit ea sua dedicagio a Beckett). Em Portugal este fenémeno teve de csperar pela Revolugio de 1974, se descontarmos a improvivel cexcepgao da Moraes de Alcada Baptista, Teve de esperar, dligamos, pela democracia, com o fim da censura, ¢ com o infcio do processo de massificagio do ensino, e pela Europa ¢ a iclhoria das condigées de vida dos portugueses Os Livros Cotovia, desde a sua opgio por um grafismo sé: brio e reconhecive, apandgio daquela familia de editoras que icima indiquei, sempre foram, por iso, uma “coisa estangeira” em Portugal, e também por se terem mantido figs a uma lina

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